Capı́tulo 1

AULA 10 - O Teorema do Núcleo e

Imagem

Definição 1 Sejam V e W espaços vetoriais e T : V → W uma transformação linear.

Definimos
• A Imagem de T é o conjunto definido

Im(T ) = {w ∈ W ; ∃u ∈ V tal que w = T (u)}.

• O Núcleo de T é o conjunto definido por

Ker(T ) = {u ∈ V ; T (u) = 0}.

Proposição 1 Sejam V e W espaços vetoriais e T : V → W uma transformação linear.

Então, o núcleo e a imagem de T são subespaços vetoriais de V e W , respectivamente.

Definição 2 Seja T : V → W uma transformação linear. Dizemos que

• T é injetiva quando
T (u) = T (v) =⇒ u = v.
Ou, equivalentemente,
u 6= v =⇒ T (u) 6= T (v).
• T é sobrejetiva se Im(T ) = W , ou seja, ∀w ∈ W, ∃u ∈ V tal que T (u) = w;

Proposição 2 Seja T : V → W uma transformação linear. Etão, temos

T é injetiva ⇐⇒ Ker(T ) = 0.

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 Dem.
[=⇒] Suponha que T é injetiva. Como T (0) = 0 segue que {0} ⊆ Ker(T ). Mostremos,
então, que Ker(T ) ⊆ {0}, ou seja, todo vetor de Ker(T ) é nulo. Seja u ∈ Ker(T ), isto é,
T (u) = 0. Assim, temos
T (u) = 0 = T (0).
Sendo T injetiva temoa que u = 0.
[⇐=] Suponha que Ker(T ) = {0}. Sejam u, v ∈ V tais que T (u) = T (v). Assim, temos

T (u) = T (v) =⇒ T (u − v) = T (u) − T (v) = 0.

Portanto, u − v ∈ Ker(T ), daı́ u − v = 0, ou seja, u = v. 

Proposição 3 Sejam T : V → W uma transformação linear injetiva e u1 , u2 , ..., um vetores

de V . Então, temos

{u1 , u2 , ..., um } é L.I. ⇐⇒ {T (u1 ), T (u2 ), ..., T (um )} é L.I.

[Deixo a demonstração como exercı́cio.]

Proposição 4 Sejam T : V → W uma transformação linear e β = {v1 , v2 , ..., vn } uma base

de V . Então,
T é injetiva ⇐⇒ {T (v1 ), T (v2 ), ..., T (vn )} é L.I.

Teorema 1 (Teorema do Núcleo e Imagem) Seja T : V → W linear. Suponha ainda

que dim(V ) = n < ∞. Então,

dim Im(T ) + dim Ker(T ) = dim(V ).

Corolário 1 Seja T : V → W linear. Então, temos

1. Se T é injetiva, então dim(V ) ≤ dim(W );
2. Se T é sobrejetiva, então dim(V ) ≥ dim(W );
3. Se dim(V ) = dim(W ), então

T é injetiva ⇐⇒ T é sobrejetiva.

Definição 3 Uma transformação linear T : V → W é um isomorfismo se T possui inversa

T −1 e esta é uma transformação linear. No caso em que existe um isomorfismo entre dois
espaços vetoriais, dizemos que estes são isomorfos.

Proposição 5 Uma transformação linear T : V → W é bijetiva se, e somente se ela é um

isomorfismo.

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Corolário 2 Se dim(V ) = dim(W ), então

T é um isomorfismo ⇐⇒ Ker(T ) = {0}.

Corolário 3 Se T : V → W é um isomorfismo e β = {v1 , v2 , ..., vn } é base de V , então

γ = {T (v1 ), T (v2 ), ..., T (vn )} é base de W

Corolário 4 dim(V ) = dim(W ) se, e somente se V e W são isomorfos.