Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Art. 1º Esta Portaria aprova a Classificação de Risco dosAgentes Biológicos, na forma do anexo a
esta Portaria, elaborada em2017 pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS).Art. 2º A CBS poderá
instituir Comissão de Especialistaspara a revisão e a atualização da Classificação de Risco dos
AgentesBiológicos a cada dois anos a contar de publicação desta Portaria.
Parágrafo único. A Comissão prevista no "caput" deste artigoserá coordenada pelo Coordenador
da CBS.
Art. 6º As funções dos membros da Comissão não serãoremuneradas e seu exercício será
considerado serviço público relevante.
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 1/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
RICARDO BARROS
ANEXO
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS
Osagentes biológicos que afetam o homem, os animais e asplantas são distribuídos em classes
de risco assim definidas:
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco paraa comunidade): inclui os agentes
biológicos que possuem capacidadede transmissão, em especial por via respiratória, e que causam
doençasem humanos ou animais potencialmente letais, para as quaisexistem usualmente medidas
profiláticas e terapêuticas. Representamrisco se disseminados na comunidade e no meio ambiente,
podendose propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírusda Imunodeficiência
Humana (HIV).
Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade):inclui os agentes biológicos com
grande poder de transmissibilidade,em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida. Atéo
momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficazcontra infecções ocasionadas por estes.
Causam doenças humanas eanimais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação
nacomunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmentevírus. Exemplos: Vírus Ebola e Vírus
da varíola.
3. O estabelecimento de uma relação direta entre a classe derisco do agente biológico e o nível
de biossegurança (NB) é umadificuldade habitual no processo de definição do nível de contenção.
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 2/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
tem uma alta concentração de bacilos,existindo, portanto, um alto risco de produzir aerossóis; tais
atividadesdevem ser realizadas com a utilização de CSB em Laboratórios deContenção da Tuberculose
(referem-se a instalações NB2 que possuemas características mínimas de projeto necessárias para
manipularculturas de bacilos de forma segura e instalações NB3).
5. Agentes com potencial de risco zoonótico não existentesno Brasil, exóticos, e de alto risco de
disseminação no meio ambientedevem ser manipulados em laboratórios com o maior nível de
contençãoexistente no País. Embora estes agentes não sejam obrigatoriamentepatógenos de importância
para o homem, eles podem gerarsignificativas perdas na produção de alimentos e graves danos
econômicos.6.Para o caso de agentes biológicos geneticamente modificadosdevem ser seguidas as
determinações e as Resoluções Normativasda Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
TAB E L A
CLASSE DE RISCO 1
A classe de risco 1 é representada por agentes biológicos nãoincluídos nas classes de risco 2, 3
e 4 e para os quais até o momentoa capacidade de causar doença no homem não foi reconhecida.A
ausência de um determinado agente biológico nas classes de risco2, 3 e 4 não implica a sua inclusão
automática na classe de risco 1.Para isso deverá ser conduzida uma avaliação de risco, baseada
emcritérios tais como: natureza do agente biológico, virulência, modo detransmissão, estabilidade,
concentração e volume, origem do agentepotencialmente patogênico, disponibilidade de medidas
profiláticas etratamentos eficazes, dose infectante, manipulação e eliminação doagente biológico.
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 3/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Chlamydia trachomatis
Eikenella corrodens
Erysipelothrix rhusiopathiae
Escherichia coli extra intestinal (ExPEC): Escherichia coliUropatogênica (UPEC), Escherichia coli
que causa Meningite Neonatal(MNEC) e cepas diarreiogênicas (DEC): Escherichia coli
enteropatogênica(EPEC), Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC),Escherichia coli enteroinvasora (EIEC),
Escherichia coli enteroagregativa(EAggEC), Escherichia coli de aderência difusa (DAEC), excetoEscherichia
coli produtora de toxina Shiga-Like (STEC), grupono qual está incluído aquelas que podem determinar o
quadro deSíndrome Hemolítica Urêmica e Colite Hemorrágica, como a Escherichiacoli enterohemorrágica
(EHEC), classificada como de risco3
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 4/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Plesiomonas shigelloides
Porphyromonas spp.
Prevotella spp.
Rhodococcus equi
Shigella boydii, S. flexneri, S. sonnei (exceto Shigella dysenteriaetipo 1 classificada como de risco
3)
Streptobacillus moniliformis
Aphanoascus fulvescens
Apophysomyces elegans
Botryomycescaespitosus
Cunninghamella bertholletiae
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 6/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Gymnoascus dankaliensis
Madurellagrisea, M. mycetomatis
Neotestudina rosatii
Ochroconis humicola
Paecilomyces variotii
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 7/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Pseudallescheria boydii
Rhinosporidium seeberi
Saksenaea vasiformis
Schizophyllumcommune
Scytalidium hyalinum
PARASITOS - HELMINTOS
Acanthoparyphium tyosenense
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 8/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Alaria spp.
Appophalus donicus
Artyfechinostomum oraoni
Baylisascaris procyoni
Brachylaima cribbi
Cathaemacia cabrerai
Clonorchis sinensis
Cotylurus japonicus
Cryptocotyle lingua
Diplogonoporusbalaenopterae
Dipylidium caninum
Dracunculus medinensis
Enterobius vermicularis
Episthmium caninum
Fasciolopsis buski
Fischoederius elongatus
Gastrodiscoides hominis
Gymnophaloides seoi
Heterophyopsis continua
Himastla spp.
Lagochilascaris minor
Loa loa
Macracanthorhynchus hirudinaceus
Metorchisconjunctus
Moniliformis moniliformis
Nanophyetus salminicola
Necator americanus
Onchocerca volvulus
Procerovumcalderoni, P. varium
Prosthodendrium molenkampi
Pseudoterranova decipiens
Spelotrema brevicaeca
Stellantchasmus falcatus
Trichuris trichiura
Uncinaria stenocephala
Watsonius watsonius
Wuchereria bancrofti
PARASITOS - PROTOZOÁRIOS
Acanthamoeba castellani
Balantidium coli
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 10/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Entamoeba histolytica
Enterocytozoon bieneusi
Giardia lamblia
Isospera belli
Naegleria fowleri
Sarcocystis spp.
Toxoplasma gondii
VÍRUS E PRÍONS
Família Bornaviridae - com exceção do vírus da doença deBorna que é classificado como de
risco 3
Família Bunyaviridae:
Gênero Hantavirus - Prospect Hill, Puumala (manipulaçõescom altas cargas virais devem ser
conduzidas em laboratórios de nívelde segurança 3) - com exceção de Andes, Belgrade, Hantaan,
Seoul,Sin Nombre que são classificados como de risco 3
Gênero Nairovirus - Dugbe, Ganjam, Hazara, Nairobi SheepDisease - com exceção do vírus
Crimean Congo hemorrhagic feverqueé classificado como de risco 4
Gênero Phlebovirus - Punta Toro, Rift Valley (linhagem vacinalMP-12), Sandfly fever Naples,
Toscana - com exceção de RiftValley fever e SFTS phlebovirus (severe fever with
thrombocytopeniasyndrome virus) que são classificados como de risco 3
Família Caliciviridae:
FamíliaCircoviridae
Família Coronaviridae:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 11/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
FamíliaFlaviviridae:
Gênero Flavivirus - Bussuquara, Cacipore, Dengue (sorotipos1, 2, 3 e 4), Iguape, Ilheus, Japanese
encephalitis virus (linhagemSA14-14-2), St. Louis Encephalitis (Vírus da Encefalite deSt. Louis), Usutu, West
Nile (Vírus do Oeste do Nilo), Yellow fevervirus (Vírus da Febre amarela), Zika - com exceção de
Absettarov,Alkhumra, Central European Tick-borne encephalitis, Hanzalova, Hypr,Japanese encephalitis,
Kumlinge, Langat, Louping ill, MurrayValley encephalitis, Powassan, Rocio, Sal Vieja,San Perlita,
SiberianTick-borne encephalitis, Spondweni, Tick-borne encephalitis, Wesselsbronque são classificados
como de risco 3 e Kyasanur forestdisease, Omsk hemorrhagic fever, Russian spring-summer
encephalitis,que são classificados como de risco 4
Família Herpesviridae:
Família Orthomyxoviridae:
Gênero Influenzavirus A - Influenza virus A, incluindo ossubtipos H1N1, H2N2, H3N2, linhagem
A/goose/Guangdong/1/96; osprocedimentos com os vírus citados deverão ser conduzidos em cabinesde
segurança biológica; as manipulações com H2N2 e A/goose/Guangdong/1/96poderão ser realizadas em
laboratórios NB2 utilizando-serespiradores NB3; os vírus com potencial pandêmico taiscomo os de subtipo
H3, que se apresentem significativamente diferentesde linhagens humanas circulantes, deverão ser
manipuladosem maiores níveis de contenção; linhagens altamente patogênicascom potencial de risco
pandêmico, que incluem os subtipos H5N1,H7N9 e H9 são classificados como de risco 3
Família Paramyxoviridae:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 12/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Família Parvoviridae:
Família Picobirnaviridae
Família Picornaviridae:
Gênero Parechovirus
Família Poxviridae:
Família Reoviridae:
Família Rhabdoviridae:
Família Reoviridae
Família Retroviridae:
Família Togaviridae:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 13/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
CLASSE DE RISCO 3
Bacillusanthracis
Brucella melitensis biovar Abortus, B. melitensis biovar Canis,B. melitensis biovar Suis, Brucella
spp.
Clostridium botulinum
Coxiella burnetii
Escherichia coli produtoras de toxina Shiga-Like (STEC),grupo no qual está incluído aquelas que
podem determinar o quadrode Síndrome hemolítica Urêmica (SHU) e Colite Hemorrágica, comoa
Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC), como por exemplo, E.coli O157:H7
Mycobacterium africanum, M. bovis (exceto as cepas vacinaisBCG, que são classificadas como
risco 2), M. canetti, M.microti,M. tuberculosis, M. ulcerans
Yersinia pestis
FUNGOS
VÍRUS E PRÍONS
Família Bunyaviridae:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 14/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Gênero Phlebovirus - Rift Valley fever, SFTS phlebovirus(severe fever with thrombocytopenia
virus)
FamíliaRetroviridae:
CLASSE DE RISCO 4
VÍRUS
Família Filoviridae:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 15/16
04/01/2021 PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - PORTARIA Nº 2.349, DE 14 DE SETEMBRO DE 2017. - DOU - Imprensa Nacional
Família Poxviridae - Gênero Orthopox - Variola (vírus davaríola - major e minor), todas as
linhagens incluindo Whitepox,Camelpox(varíola do camelo)
RICARDO BARROS
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-349-de-14-de-setembro-de-2017-19307768 16/16