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Engenharia Civil

Instalações Hidráulicas e Sanitárias

José Willington Gondim Oliveira


Mestre em Saneamento Ambiental
Engenheiro Civil
Semestre – 2020.2
Sistema Predial de Água Fria:
 Subsistema de Alimentação:
• Ramal predial;
• Cavalete/hidrômetro;
• Alimentador predial.

 Subsistema de Reservação:
• Reservatório inferior;
• Estação elevatória;
• Reservatório superior.

 Subsistema de Distribuição:
• Barrilete;
• Coluna/prumada;
• Ramal;
• Sub-ramal.

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Sistema Predial de Água Fria:
 Subsistema de distribuição:
• Barrilete;
• Coluna/prumada;
• Ramal;
• Sub-ramal.

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Sistema Predial de Água Fria:

 Subsistema de distribuição:
• Pressão Estática:
• É a pressão registrada quando v=0 m/s, ou seja, água parada. A NBR
5626:19998 prescreve que em uma instalação predial de água fria,
em qualquer ponto, a pressão estática máxima não deve superar a
40 m.c.a. (metro de coluna de água).
• Pressão de Serviço:
• É a máxima pressão que podemos submeter um tubo, conexão,
válvula ou outro dispositivo, quando em uso normal. O fechamento
de qualquer peça de utilização, não pode provocar sobre pressão
(Golpe de Aríete) maior que 20 m.c.a (2 kgf/cm²) acima da pressão
estática, no mesmo ponto. Conclui-se que a pressão de serviço não
deve superar 60 m.c.a (6 kgf/cm²) em qualquer ponto da instalação.
• Pressão Dinâmica:
• Pressão medida quando existe escoamento da água. Nessas condições
(com escoamento) a pressão da água nos pontos de utilização deve
ser estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto e o bom
funcionamento da peça de utilização. Em qualquer caso a pressão
não deve ser inferior a 10 kPa ou 1 m.c.a., com exceção do ponto da
caixa de descarga onde a pressão pode ser de até 5 kPa ou 0,5
m.c.a. Para válvulas de descarga a pressão não deve ser inferior a 15
kPa ou 1,5 m.c.a.

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Sistema Predial de Água Fria:
 Subsistema de distribuição:
Critérios para cálculo de vazões:
•Consumo Máximo Possível:
• Deve-se considerar o uso de todas as peças atendidas por um mesmo
ramal ao mesmo tempo.
• Ex.: estabelecimentos com horários rígidos - quartéis, escolas, creches.
•Consumo Máximo Provável:
• Deve-se prever quais as peças de utilização (do ramal que está sendo
dimensionado) que serão utilizadas simultaneamente.

No dimensionamento dos sub-ramais é usado o método das seções


equivalentes ao diâmetro de 1/2“.
No dimensionamento dos ramais é usado o método de dimensionamento
adotado pela NBR5626/98 baseado na probabilidade do uso simultâneo.
Para o dimensionamento das colunas e do barrilete será utilizado o
Método de Hunter.

Prof.: Willington Gondim 6


Instalação Predial de Água Fria

Subsistema de distribuição:
Critérios para calculo de vazões:
•Método das seções Equivalentes:

Número de
Diâmetro de
Diâmetro nominal Diâmetro externo Diâmetro
Referência
de 15mm para a
mesma vazão
mm mm polegadas
15 20 ½ 1
20 25 ¾ 2,9
25 32 1 6,2
32 40 1¼ 10,9
40 50 1½ 17,4
50 60 2 37,8
60 75 2½ 65,5
75 85 3 110,5
100 110 4 189

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Instalação Predial de Água Fria

Subsistema de distribuição:
Critérios para calculo de vazões:
•Método das seções Equivalentes:
• Dimensionamento de sub-ramais:

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Instalação Predial de Água Fria

Subsistema de distribuição:
Critérios para calculo de vazões:
• Método das seções Equivalentes:
• Ex.: dimensionar, através do critério do consumo máximo possível, os
trechos do ramal de alimentação do banheiro feminino de uma escola.

TRECHO AB BC CD DE

Diâmetro mínimo do sub-ramal ½” ½” ½” ½”

Equivalência com diâmetro de ½” 1 1 1 1

Soma das equivalências 1 2 3 4

Diâmetro do trecho 1/2” 3/4” 1” 1”

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
• Método das seções Equivalentes:
• Ex.: dimensionar, através do critério do Consumo Máximo Possível, os
trechos do ramal de alimentação do banheiro masculino de um quartel.

Número de
Diâmetro de
Diâmetro nominal Diâmetro externo Diâmetro
Referência
de 15mm para a
mesma vazão
mm mm polegadas
15 20 ½ 1
20 25 ¾ 2,9
25 32 1 6,2
32 40 1¼ 10,9
40 50 1½ 17,4
50 60 2 37,8
60 75 2½ 65,5
75 85 3 110,5
100 110 4 189

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
• A.1.1 Demanda provável :
• Por razões de economia, é usual estabelecer como provável uma
demanda simultânea de água menor do que a máxima possível. Essa
demanda simultânea pode ser estimada tanto pela aplicação da teoria
das probabilidades, como a partir da experiência acumulada na
observação de instalações similares. O método de pesos relativos usado
neste anexo se enquadra no segundo caso.
• A.1.2 Unidades de carga (pesos relativos):
• Os pesos relativos são estabelecidos empiricamente em função da vazão
de projeto. A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada
pela tubulação, que está sendo dimensionada, é multiplicada pelos
correspondentes pesos relativos e a soma dos valores obtidos nas
multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a
somatória total dos pesos (ΣP).
𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟎 𝑷𝒆𝒔𝒐𝒔 (l/s)
• Usando a equação apresentada acima, esse somatório é convertido na
demanda simultânea total do grupo de peças de utilização considerado,
que é expressa como uma estimativa da vazão a ser usada no
dimensionamento da tubulação.

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Instalação Predial de Água Fria

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Instalação Predial de Água Fria
• Vazão de projeto e pesos relativos dos pontos de utilização.

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
• Ex.: dimensionar, através do critério do Consumo Máximo Provável, o ramal de
alimentação do banheiro.
Vazão Peso
• LV – 0,15 0,30
• BS – 0,15 0,30
• DC – 0,20 0,40
• CH – 0,20 0,40
Total = 0,70 1,40
Pesos = 1,40
𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟎𝒙 𝚺𝑷𝒆𝒔𝒐𝒔 (𝐿/𝑠)
𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟎 𝒙 𝟏, 𝟒𝟎
Q = 0,35 L/s



• DN20 = DE25mm
Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Pressão: força exercida sobre uma determinada área.
Unidades de Medida:
kgf/cm² = quilograma força por centímetro quadrado.
m.c.a. = metros de coluna d’água.
1kgf/cm² é a pressão exercida por uma coluna de 10 metro de altura, ou seja,
10 metros de coluna d’água = 100.000 Pa = 100 kPa

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Pressão Estática : pressão da água quando está parada dentro da tubulação.
Sendo o seu valor medido pela altura que existe entre, por exemplo, o chuveiro e o
nível d’água no reservatório superior

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Pressão Dinâmica : é a pressão verificada quando a água está em movimento, que
pode ser medida também através de um manômetro.
Esta pressão depende do traçado da tubulação e dos diâmetros adotados.
O valor da Pressão Dinâmica será a Pressão Estática menos as perdas de carga
distribuída e localizada.

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Instalação Predial de Água Fria
Pressões Estáticas e Dinâmicas nos pontos de utilização
Diâmetro tubulação Pressão Estática Pressão Dinâmica
Ponto de utilização (mm) (m) de Serviço (m)
DN DE (pol) Mínima Máxima Mínima Máxima

Bebedouro 15 20 ½ - 40 2,0 40
15 20 ½ - 40 2,0 40
Chuveiro
20 25 ¾ - 40 1,0 40
15 20 ½
Torneira 20 25 ¾ - 40 0,5 40
25 32 1
Caixa de descarga 15 20 ½ - 40 1,5 40
(torneira de boia) 20 25 ¾ - 40 0,5 40
20 25 ¾ 12 40 11,5 24
25 32 1 10 40 6,5 15
Válvula de descarga
32 40 1.1/4 3 15 2,5 7
40 50 1.1/2 2 6 1,2 4
Dimensionamento de Distribuição dos Apartamentos:

E F H J Pesos
Vazão
Diâmetro
G

Pesos
Vazão
Diâmetro

Pesos
Vazão
Diâmetro D
A

B Prof.: Willington Gondim C 19


Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
• Localização e altura dos pontos de Água Fria e Quente.
Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
• Localização e altura dos pontos de Água Fria e Quente.

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
• Localização e altura dos pontos de Água Fria e Quente.
Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Água Fria e Quente: PVC e PPR
Tubulação embutida Tubulação Aparente
Tubos em PVC atende a NBR 5648 –
Sistemas prediais de água fria e tubos com
comprimento comercial de 3 e 6 metros
na cor marrom.
A instalação deve ser feita segundo a NBR
5626 – Instalação predial de água fria.
Disponível nos diâmetros de 20, 25, 32,
40, 50, 60, 75, 85 e 110 mm, suporta
pressão de serviço de até 750 kPa, (7,5
kgf/ cm² ou 75 m.c.a.), à temperatura de
20 °C, sendo 4,0 kgf/cm² para pressão
estática máxima e 2,0 kgf/cm² para
eventuais sobrepressões.

PPR - Os tubos e conexões PPR foram desenvolvidos de acordo com a norma NBR 15813:2010 –
Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria – Polipropileno
copolímero Random (PPR), atendendo às especificações exigidas pela NBR 7198 – Projeto e execução
de instalações prediais de água quente.
PN 25: 70 °C a 80 m.c.a.*, suportando picos de 95 °C a 80 m.c.a.
PN 20: 70 °C a 60 m.c.a.*, suportando picos de 95 °C a 60 m.c.a.
PN 12 (apenas para uso em instalações de água fria): até 100 m.c.a. para temperaturas médias de 27 °C.
Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Água Fria e Quente: PVC e CPVC

A Linha Super CPVC é uma solução segura, econômica e de fácil instalação para a condução de água quente e
água fria. É um sistema completo de tubos e conexões fabricados em CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) e
indicado para aplicação em obras residenciais e comerciais.
A linha foi desenvolvida atendendo às normas brasileiras:
• NBR 15884 – Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria em policloreto
de vinila clorado (CPVC);
• NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente.
Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Água Fria e Quente: PVC e CPVC
Tubulação aparente

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Água Fria e Quente: PVC e CPVC
Tubulação embutida e aparente

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Instalação Predial de Água Fria

Subsistema de distribuição:
Banheiro para PCR
(Pessoa em Cadeira de Rodas)

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Instalação Predial de Água Fria
Subsistema de distribuição:
Água Fria e Quente: PVC e CPVC
Tubulação embutida e aparente

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Água Fria e Quente:
PEX (embutido)
Sistema PEX está em
conformidade com:
NBR 15939 “Sistemas de
tubulações plásticas para
instalações prediais de água
quente e fria.
PE-X - Polietileno reticulado com
vida útil de 50 anos.
Conexões metálicas (em latão) são
do tipo anel deslizante.

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Cozinha e Área de Serviço
Água Fria e Quente:
PVC e PPR (embutido e aparente)
Área de Serviço
Água Fria e Quente:
PVC e PPR (embutido e
aparente)

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Distribuição de água quente.
Aquecedor de passagem - GÁS: nesse tipo de aquecedor, a água é aquecida
no momento em que se abre uma torneira de água quente. Aquecedores de
passagens são indicados quando se deseja aquecimento instantâneo de água, sem
necessidade de um reservatório de acumulação.
Distância do aquecedor ao ponto de consumo mais desfavorável:
 A distância do aquecedor ao ponto de consumo é fundamental para um bom
rendimento do equipamento.
 Quanto maior a distância do aquecedor ao ponto de consumo, maior a perda de
temperatura.
 Considerando que pode ter uma perda de até 1° C/m e que o aquecedor de
passagem na sua vazão nominal eleva a temperatura da água em + 20° C, se o ponto
mais distante está a uma distância de 12 m a perda pode chegar a 12° C.
Pressão e vazão mínimas para funcionamento:
 A coluna d’água mínima entre o fundo da caixa e o ponto de consumo mais elevado
não deve ser inferior 8 a 10 m.c.a (metros de coluna d’água). Essa distância depende
do produto de cada fabricante.

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Distribuição de água quente:
Aquecedor de passagem – GÁS:
A pressão de água é fundamental para o bom funcionamento dos aquecedores de
passagem a gás.

 Para um ponto recomenda-se que a instalação disponha de pelo menos 5 mca.

 Para dois ou mais pontos, a pressão mínima deve ser no mínimo de 10 mca.

Exaustão Natural – O aquecedor de água a gás com exaustão natural


possui defletor interno projetado para exaustão dos gases queimados
através do arraste natural. Os aquecedores a gás com exaustão natural,
são alimentados através de duas pilhas.

Exaustão Forçada – A exaustão dos gases queimados da combustão é


realizada por uma ventoinha interna. Isto facilita a instalação do sistema
de exaustão devido o diâmetro reduzido da chaminé, tornando-o mais
seguro. Os aquecedores a gás com exaustão forçada, necessitam de
energia elétrica para seu acionamento e ambos são bivolt (127 volts ou
220 volts). Prof.: Willington Gondim 34
Distribuição de água quente:
Aquecedor de passagem – GÁS:
Ligado um ponto de água quente, a agua fria passa pelo aquecedor acionando o
dispositivo para acender o queimador. A água segue pela serpentina por toda a
câmara de combustão onde a água aumenta sua temperatura por ganhar calor do
queimador. Uma vez que a água foi aquecida vai para o ponto de distribuição de
consumo de água quente.

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Distribuição de água quente:
O Aquecedor de passagem a gás deve ser instalado em local ventilado: Ex: área
de serviço.
(NBR 13103 – Adequação de Ambientes residenciais para adequação de
aparelhos que utilizam gás)
A tubulação de água quente deve ser de Cobre, CPVC, PPR ou outro material
adequado à temperatura e a pressão de água.

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Aquecedor de passagem a GÁS:
EXAUSTÃO NATURAL: Os gases provenientes da queima na combustão saem pela chaminé
naturalmente. Seu uso é recomendado em áreas de serviço que permitem as adequações
exigidas na norma NBR 13103. Existem dois subtipos de aquecedores de exaustão natural:
COM PILOTO: possui um piloto que fica permanentemente aceso. Não necessita de
energia elétrica.
COM ACENDIMENTO AUTOMÁTICO: não possui piloto e utiliza pilhas comuns para sua
ignição. A chama acende quando você abre o registro de água quente e apaga quando
você o fecha. Não necessita de energia elétrica.

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Aquecedor de passagem a GÁS:
Exaustão Natural

Prof.: Willington Gondim 39


Aquecedor de passagem a GÁS:
Exaustão Natural

Prof.: Willington Gondim 40


Aquecedor de passagem a GÁS:
EXAUSTÃO FORÇADA: aquecedor possui um exaustor interno que força a saída dos gases
proveniente da combustão para fora do ambiente através da chaminé.
É utilizado em áreas de serviços onde há restrições para atender as condições exigidas pela
norma NBR 13103. Necessita de energia elétrica para funcionar. Em geral, são equipamentos
de maior potência. Também são indicados para locais com grande incidência de vento.

Área de ventilação = maior que a área da seção


transversal
Prof.: Willingtonda tubulação da chaminé.
Gondim 41
Aquecedor de passagem a GÁS:
Exaustão Forçada

Prof.: Willington Gondim 42


Aquecedor de passagem a GÁS:
Exaustão Forçada

Prof.: Willington Gondim 43


Aquecedor de passagem a GÁS:
Consumo pela Vazão da peça utilizada:
Apartamento com 3 quartos suítes;
Total de Chuveiros = 3
Vazão por chuveiro = 0,20 L/s = 12 L/min
Qtotal = 3 chuveiros x 12 L/min = Qtotal = 36 l/min

Como a água quente está sendo misturada com agua fria dentro do aquecedor, têm-se:
Qaq = Qtotal / 2 = 18 L/min

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Aquecedor de passagem a GÁS:

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