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ÍNDICE
Página
1 – Escolha da posição do vaso: horizontal ou vertical 2
2 – Velocidade de Separação
2.1 – Separação Líquido-Vapor - velocidade crítica (vk) e velocidade de projeto (vp) 3
2.2 – Separação Líquido-Líquido - velocidade de Sedimentação (vS) 3
4 – Relação comprimento/diâmetro 6
8 – Distribuidores de carga
8.1 – Vasos verticais 25
8.2 – Vasos horizontais 25
9 – Bocais
9.1 – Bocais principais 27
9.2 – Bocais auxiliares 28
9.3 – Recomendações para a instalação de bocais 28
10 – Vasos especiais
10.1 – Vaso coletor de descarga de válvulas de alívio de líquido 30
10.2 – Vaso de condensado para controle de nível em refervedores 30
11 – Outros acessórios
11.1 – Coalescedores 33
11.2 – Chicanas vertedouras para controle de interfacede líquidos 33
Não há critérios bem definidos para a escolha entre as posições horizontal e vertical de um vaso para
um determinado serviço. Entretanto, existem alguns serviços para os quais a posição do vaso é
consagrada. Assim, são colocados na posição vertical os vasos de “knock-out”, vasos de “flash” e os
vasos de purga, e na posição horizontal os vasos separadores líquido-líquido e os vasos acumuladores.
Para outros serviços, existem algumas regras que servem para ajudar na escolha da posição a ser
colocado o vaso. Assim:
a) Para grandes vazões de vapor e baixas vazões de líquido é mais vantajoso a colocação do vaso
na posição vertical, pois toda a seção transversal do vaso é utilizada para o escoamento do
vapor.
b) Para vazões razoáveis de líquido deve-se dar preferência à posição horizontal, pois esta posição
facilita a separação das fases presentes.
c) O espaço disponível para a instalação do vaso (“lay-out”) pode ser determinante na escolha da
posição do vaso.
d) O custo da suportação deve ser levado em consideração. O custo da suportação de vasos
horizontais tende a ser menor que o de vasos verticais.
Onde:
vk - velocidade crítica, m/s
K - 0,048 m/s
l - massa específica do líquido, kg/m3
v - massa específica do vapor, kg/m3
A velocidade de projeto do vapor (vp)será determinada usando-se uma relação vp/vk e poderá ser maior
ou menor que a velocidade crítica, dependendo do tipo de serviço do vaso e da importância de uma
maior ou menor presença de liquido arrastado no gás.
A relação vp/vk é especificada para a separação desejada conforme a tabela abaixo:
vp = vk*( vp / vk ) (eq. 2)
Onde:
vp - velocidade de projeto, m/s
vs = 830000 *(d2*S/c)
vs = 10353*[(d1,143*S0,714)/(c0,429*Sc0,286)]
vs = 2051*[(d*S)/Sc]0,5
e) Equação do nº de Reynolds
Re = 10,74*(d*vS*Sc)/ c
Onde:
vS - velocidade de separação, in/min.
d - diâmetro da gota ou da bolha da fase dispersa, in.
S - diferença entre as densidades das fases contínua e dispersa.
c - viscosidade da fase continua, cP.
Sc - densidade da fase contínua.
Como a velocidade de separação precisa ser conhecida para o cálculo do nº Re, recomenda-se um
primeiro cálculo com a equação de Stokes para a determinação da velocidade que será utilizada no
cálculo do nº Re. Com o nº Re, determina-se qual equação para cálculo da velocidade de separação
deverá ser usada.
A velocidade de separação para os sistemas líquido-líquido existentes em uma refinaria é limitada em
10 in/min. Para esses sistemas, o diâmetro da gota de líquido pode ser considerado fixo e igual a
0,127 mm (0,005 in) e como, usualmente, o nº Re é menor que 2, a equação de Stokes pode ser
simplificada para:
vS = 20,8*S/c
O tempo de residência (“surge time”) é o tempo mínimo requerido, entre os níveis HLL e LLL, para
prover uma razoável flexibilidade operacional. Ele deve ser suficiente para o operador sentir e
corrigir um problema ocorrido em determinado equipamento de uma unidade (ex.: parada de uma
bomba).
O tempo de residência é dependente da experiência da equipe de operação e do grau de instrumentação
da planta.
A tabela a seguir apresenta valores típicos de tempos de residência. Esses valores são baseados na
experiência dos operadores e no grau de instrumentação da unidade e deverão ser aumentados pelo
projetista, quando for necessário, com a utilização dos fatores de correção abaixo:
No caso do vaso apresentar 2 serviços distintos, por exemplo: refluxo e produto, calcular os volumes
necessários para atender os tempos de residência de cada serviço e usar o maior valor. Não usar a
soma dos dois volumes.
Para fixarmos a melhor relação comprimento/diâmetro, uma análise econômica faz-se necessária para
a determinação do valor ótimo.
A experiência mostra que a relação ótima (a que leva ao peso mínimo, ou seja, menor custo), de modo
geral, encontra-se na faixa 1,5 a 5.
Um valor mais acurado pode ser obtido levando-se em consideração a pressão de projeto do vaso.
5.1 – Funcionamento
As gotículas líquidas que se acham em suspensão em uma corrente gasosa, ao passar através do
colchão, devido a sua maior inércia, não se desviam dos fios das telas chocando-se com a superfície
dos mesmos, ficando brevemente retidas.
As gotículas se acumulam e crescem em seu tamanho até que possam vencer a força do fluxo de gás e
cair livremente.
A eficiência na separação é superior a 99% sob condições normais de operação e a queda de pressão,
para a maioria das aplicações, desprezível. Um “demister” pode remover gotículas de 3 a 5 microns
com eficiência acima de 90%. Na medida que aumenta o tamanho da gotícula, a eficiência será
também elevada. Com tamanho de 8 microns, a eficiência estará na ordem de 99,9%.
400
d
D ld
Ad = Qv/Vp
cd = D*{1 – (d/R)2}1/2
ld = Ad/cd
Onde:
R - raio da seção transversal do vaso, m
Ad - área requerida para o “demister”, m2
Qv - vazão de gás, m3/s
cd - comprimento do “demister”, m
ld - largura do “demister”, m
Em vasos com D 1000 mm (3,5 ft) com “demister”, cujo o anel de suporte reduz significativamente a
área transversal, deve-se considerar a largura do anel de suporte, aproximadamente 50 mm (2 in), no
cálculo do diâmetro. Ou seja, o diâmetro do vaso será o valor obtido com a equação acima acrescido
de 100 mm (duas vezes a largura do anel de suporte).
6.2 – Vaso para sucção de compressor (vaso com “demister” e com intertravamento
de nível alto)
Esse tipo de vaso requer “demister” e um nível de parada do compressor para evitar o envio de líquido
para este, pois pode ocorrer a presença de líquido na carga do vaso.
Altura mínima
Entrada de Carga 500 + /2 ou 60% de D 500 + /2 ou 60% de D
Altura mínima
1650
máximo 2000 mm máximo 2000 mm
2350
350 ou TR
LLL 300
D 300
Saída de Líquido
Quebra-Vórtice - Necessário no caso de saída contínua de líquido
Altura mínima
2150
400 ou 20% de D
600 ou 50% de D
HLL
350 ou TR
LLL
D 300
Saída de Líquido
Quebra-Vórtice - Necessário no caso de saída contínua de líquido
Onde:
As dimensões indicadas são valores mínimos em mm.
TR - tempo de residência requerido para o líquido, min
D - diâmetro do vaso, mm
Altura mínima
Altura mínima
Altura mínima
2150
2350
1800
Entrada de Carga 900 ou 75% de D 900 ou 75% de D 900 ou 75% de D
máximo 1800 mm máximo 1800 mm máximo 1800 mm
Saída de Líquido
Quebra-Vórtice - Necessário no caso de saída contínua de líquido
Onde:
As dimensões indicadas são valores mínimos em mm.
TR - tempo de residência requerido, min
D - diâmetro do vaso, mm
Esquema geral:
Diâmetro mínimo
950 mm
300
HLL
350 ou TR 80 a 90% do
volume do vaso
LLL
300
Saída de Líquido
Quebra-Vórtice
Os vasos separadores líquido/vapor têm como finalidade a separação das fases de uma mistura
líquido/vapor. Eles podem ser usados tanto na posição vertical quanto horizontal. A escolha do tipo
depende da razão vapor/líquido na carga do vaso. Eles podem requerer o uso de “demister” caso seja
necessária uma separação mais rigorosa. As aplicações típicas para esse tipo de separadores são:
vasos de refluxo, vasos de “flash”, vasos de sucção de compressor, vasos “knock-out” de gás
combustível, etc.
Bocal de Saída de Gás ou Vapor
Esquema geral:
Com Demister Sem Demister
Diâmetro mínimo
Diâmetro mínimo
1350 mm
950 mm
400
700 ou 20% de D ou 20% de D
máximo 50% de D máximo 50% de D
HLL
350 ou TR 350 ou TR
LLL
300 300
100 a 150
Quebra-Vórtice
Saída de Líquido
Mínimo
Procedimento de cálculo:
1 – Fixar o tempo de residência do líquido requerido pelo serviço (TR) e a relação L/D.
2 – Calcular vk e vp (eqs.1 e 2).
3 – Arbitrar um valor para o diâmetro do vaso (D) (atenção para as dimensões mínimas indicadas no
esquema geral onde temos como diâmetro mínimo 950 mm, para vaso sem “demister”) e calcular
o comprimento do vaso (L) e a área transversal total do vaso (At).
4 – Calcular a área mínima requerida pelo vapor (av min.),
av min. = Qv/vp
Onde:
Qv - vazão de vapor, m3/s
vp - velocidade de projeto, m/s
av min. - área mínima requerida pelo vapor, m2
5 – Com av min., At e uma tabela de relações no círculo, calcular a altura mínima relativa à área do vapor
(hv min.).
6 – Verificar se o valor de hv min. atende as recomendações mínimas e máxima do esquema geral. Se
for menor que as recomendações mínimas, adotar para altura do espaço destinado para o vapor
(hv) o valor mínimo do esquema geral. Se for maior que o valor máximo, aumentar o diâmetro do
vaso (D).
722201291.doc 25/01/24 13/33
7 – Calcular o tempo necessário para a separação do líquido da fase vapor (t) e o tempo de residência
do vapor (TRv).
Verificar se TRv é maior que t. Se for menor, aumentar a relação L/D e repetir todo o
procedimento.
Pode-se, também, calcular o comprimento mínimo do vaso (Lmin.) necessário para se obter a
separação do líquido do vapor,
Lmin. = Qv*t/av
Se Lmin. for menor que L, continuar com os cálculos. Se for maior, adotar para L o valor de Lmin. e
continuar com os cálculos.
8 – Com a altura do LLL (hlll), calcular a área correspondente(alll) com uma tabela de relações no
círculo.
9 – Calcular a área da seção transversal do vaso disponível para o líquido entre os níveis HLL
e LLL (al),
al = At - av - alll
10 – Calcular o volume de líquido compreendido entre os níveis HLL e LLL (Vl),
Vl = al*L
11 – Calcular o tempo de residência do líquido entre os níveis HLL e LLL (TRc),
TRc = Vl /Ql
Onde:
Ql = vazão de líquido, m3/min
12 – Comparar o TRc com o TR fixado. Se o TRc for maior, as dimensões do vaso estão definidas; se
for menor, aumentar D.
Frequentemente, é necessário separar dois líquidos imiscíveis e um vapor, ou seja, uma fase leve, outra
pesada e um vapor. Um exemplo típico é a separação de água, hidrocarboneto líquido e vapor em
vasos de topo de torres de destilação. A separação da fase pesada pode ser feita dentro do próprio
Diâmetro mínimo
Diâmetro mínimo
1400 mm
1800 mm
400
700 ou 20% de D 300 ou 20% de D
máximo 50% de D máximo 50% de D
HLL
150 150
Onde:
l - diâmetro do bocal de saída da fase leve, mm
TRl - tempo de residência da fase leve, min
TRl* - tempo de residência com base na vazão da fase leve, min. Esse tempo de residência
deve ser fixado em função da capacidade de formação de espuma do sistema.
Considerar tempos de 2 a 5 minutos.
TRp - tempo de residência da fase pesada, min
LLL
50 mm
Mínimo
Quebra-Vórtice
HIL
LIL
Quebra-Vórtice
Saída da Fase Leve
Saída da Fase Pesada
Mínimo
av min. = Qv/vp
Onde:
Qv - vazão de vapor, m3/s
vp - velocidade de projeto, m/s
5 – Com av min., At e uma tabela de relações no círculo, calcular a altura mínima relativa à área do
vapor (hv min.).
6 – Verificar se o valor de hv min. atende as recomendações mínimas e máxima do esquema geral.
Se for menor que as recomendações mínimas, adotar para altura do espaço vapor (hv) o valor
mínimo do esquema geral. Se for maior que o valor máximo, aumentar o diâmetro do
vaso (D).
7 – Calcular o tempo necessário para a separação do líquido leve da fase vapor (t) e o tempo de
residência do vapor (TRv),
Verificar se TRv é maior que t. Se for menor, aumentar a relação L/D e repetir todo o
procedimento.
Pode-se, também, calcular o comprimento mínimo do vaso (Lmin.) necessário para se obter a
separação do líquido do vapor,
Lmin. = Qv*t/av
Se Lmin. for menor que L, continuar com os cálculos. Se for maior, adotar para L o valor de
Lmin. e continuar com os cálculos.
8 – Cálcular a área (aLIL) e o volume de líquido pesado(VLIL) abaixo do LIL.
9 – Determinação da altura entre os níveis HIL e LIL:
vSfpesada = 20,8*S/fleve
tSfpesada = Hfleve/(25,4*vSfpesada)
Onde:
722201291.doc 25/01/24 17/33
vSfpesada - velocidade de sedimentação da fase pesada na fase leve, in/min. Caso
o valor calculado seja maior que 10 in/min, deverá ser adotado o valor
máximo de 10 in/min.
S - diferença entre as densidades (dt/4) dos líquidos pesado e leve
fleve - viscosidade do líquido leve, cP
tSfpesada - tempo de sedimentação da fase pesada na fase leve, min
Hfleve - altura de líquido leve entre os níveis HLL e HIL, mm:
vSfleve = 20,8*S/fpesada
tSfleve = Hfpesada/(25,4*vSfleve)
Onde:
vSfleve - velocidade de sedimentação da fase leve na fase pesada, in/min. Caso
o valor calculado seja maior que 10 in/min, deverá ser adotado o valor
máximo de 10 in/min.
S - diferença entre as densidades (dt/4) dos líquidos pesado e leve
fpesada - viscosidade do líquido pesado, cP
tSfleve - tempo de desprendimento da fase leve na fase peaada, min
Hfpesada - altura de líquido pesado entre os níveis HIL e o fundo do vaso, mm
Na separação de dois líquidos imiscíveis e um vapor, quando a fase pesada é a água, a separação
das fases pesada e leve poderá ser feita com a utilização de uma bota. A bota poderá ser
acoplada ao corpo do vaso ou colocada ao nível do solo como se fosse um outro vaso, menor,
conectado ao vaso principal por uma tubulação.
Diâmetro mínimo
Diâmetro mínimo
1350 mm
950 mm
400
ou 20% de D ou 20% de D
máximo 50% de D máximo 50% de D
HLL
300 300
100 a 150
Quebra-Vórtice
HIL
Mínimo
920 mm 350 ou TRp Saída da Fase Leve
LIL Mínimo
300
Mínimo
Quebra-Vórtice
LLL
Bocal de 3 in ou 4 in
100 a 150
300
HIL
Mínimo
350 ou TRp
LIL 950 mm
300
av min. = Qv/vp
Onde:
Qv - vazão de vapor, m3/s
vp - velocidade de projeto, m/s
av min. - área mínima requerida pelo vapor, m2
5 – Com av min., At e uma tabela de relações no círculo, calcular a altura mínima relativa à área do
vapor (hv min.).
6 – Verificar se o valor de hv min. atende as recomendações mínimas e máxima do esquema geral.
Se for menor que as recomendações mínimas, adotar para altura do espaço destinado para o
vapor (hv) o valor mínimo do esquema geral. Se for maior que o valor máximo, aumentar o
diâmetro do vaso (D).
Pode-se, também, calcular o comprimento mínimo do vaso (Lmin.) necessário para se obter a
separação do líquido leve do vapor,
Lmin. = Qv*t/av
Se Lmin. for menor que L, continuar com os cálculos. Se for maior, adotar para L o valor de
Lmin. e continuar com os cálculos.
8 – Determinar as dimensões da bota seguindo o procedimento apresentado a seguir.
9 – Com a altura do LLL (hlll), calcular a área correspondente com uma tabela de relações no
círculo (alll). No caso, o valor inicial do hlll é 300 mm, de acordo com o esquema geral.
10 – Calcular o volume da fase leve abaixo do LLL(Vl*) considerando como comprimento o
valor obtido como segue:
Suporte do vaso
Db 50
50
50
150
Vl* = alll*L*
vSfpesada = 20,8*S/fleve
tSfpesada = hlll/(25,4*vSfpesada)
Onde:
vSfpesada - velocidade de sedimentação da fase pesada na fase leve, in/min. Caso o valor
calculado seja maior que 10 in/min, deverá ser adotado o valor máximo de 10 in/min.
S - diferença entre as densidades (dt/4) dos líquidos pesado e leve
fleve - viscosidade do líquido leve, cP
tSfpesada - tempo de sedimentação da fase pesada na fase leve, min
hlll - altura de líquido leve abaixo do LLL, mm
12 – Calcular o tempo de residência da fase leve abaixo do LLL(TRl*)
all = At - av - alll
15 – Calcular o volume de líquido compreendido entre os níveis HLL e LLL (Vll)
Vll = all*L
16 – Calcular o tempo de residência do líquido leve entre os níveis HLL e LLL (TRlc)
Db = {(4*1000/25,4)*QH2O/(*vSH2O)}1/2 = 157,48*QH2O/(*vSH2O)}1/2
Onde:
Db - Diâmetro da bota, metros
QH2O - Vazão de água, m3/min
vSH2O - Velocidade de sedimentação da água em in/min. O valor usual é de 6 in/min,
mas poderá ser elevada até 10 in/min, caso o diâmetro da bota exceda os valores limites.
2 – Fixar o tempo de residência requerido para a água (TRH2O) - normalmente, emprega-se um
valor entre 2 e 4 min - e determinar o volume de água (VolH2O) e a altura (HH2O)entre os
níveis HIL e LIL. Atentar para a altura mínima de 350 mm, caso exista controle do nível da
água.
O emprego da bota separada do corpo do vaso é indicado nos casos de presença eventual de
água. Nesses casos, a drenagem da água será feita manualmente ou com a utilização de controle
do tipo “on-off”. Esse tipo de bota apresenta como vantagens um melhor acesso aos
instrumentos de nivel e não requerer elevação extra do vaso para acomodação da bota sob ele.
A utilização da bota acoplada ao vaso é limitada para vazões de água muito elevadas, que podem
requerer diâmetros para a bota fora dos limites impostos pelo ASME. Esses limites são:
Chapa de Sacrifício
Mínimo
Tipo 2:
Trata-se de um tubo com o mesmo diâmetro do bocal de carga, com a extremidade fechada e com dois
rasgos apontados para as laterais do vaso. Pode ser usado para cargas líquidas ou bifásicas. É o tipo
mais usado.
Mínimo Corte AA’
X
200 mm
A’
Y
150 mm
X
Y = D - 350 X = Arasgo / Y
Obs.: Nos vasos de alta pressão de unidades de recuperação de gases, usa-se a área total dos rasgos
igual ou superior a 4 vezes a área do bocal de carga. O número de rasgos poderá ser superior a 2 para
atender o requisito de área.
30º
Bocal de carga
Como normalmente a carga de um vaso é bifásica, estimar o diâmetro do bocal de modo que a
velocidade da mistura fique na faixa:
Onde:
vbocal - velocidade no bocal, m/s [ft/s]
L+V - massa específica da mistura, kg/m3 [lb/ft3] {L+V = (Wl + Wv)/(Ql + Qv)}
Wl e Wv - vazão massica, kg/h [lb/h]
Ql e Qv - vazão volumétrica, m3/h [ft3/h]
Nota: Essa equação de velocidade máxima é recomendada para verificação de bocal de saída de
líquido no ponto de bolha, de modo a evitar a vaporização do líquido no bocal. Entretanto, como
estimativa, tem sido usada, também, no caso de líquido subresfriado.
O diâmetro mínimo das bocas de visita ou dos bocais de inspeção são determinados em função do
diâmetro do vaso de acordo com a tabela:
Vasos horizontais com mais de 10 metros de comprimento devem ter duas bocas de visita.
Boca de visita
Nos vasos verticais a boca de visita é colocada no costado. O tampo superior reto de vasos verticais
de pequeno diâmetro e com baixa pressão de projeto pode ser considerado como boca de visita.
Nos vasos horizontais, a boca de visita, normalmente, é colocada no tampo. Vasos horizontais muito
longos (L > 10 m) requerem duas bocas de visita.
Altura mínima
900 mm
Entrada de Carga
2150
D/2 ou 600 mm, o que for maior
HLL
350 mm ou TR de 2 min
LLL
D 300 mm
Saída de Líquido
Linha de equalização
Mínimo
300
Mínimo
h = [(Prefervedor + Plinha)*104/condensado]*1000
Onde:
h - distância entre a geratriz inferior do refervedor e o nível baixo de condensado no vaso, mm
A posição relativa do vaso em relação ao refervedor deve ser informada no fluxograma P&I. Deve-se
informar a cota H que é igual a distância entre a linha de centro do refervedor e a linha de tangência
inferior do vaso:
Deve-se informar que a conexão da linha de equalização com a linha de vapor deve ficar a uma
distância mínima do bocal de entrada de vapor no refervedor.
Linha de equalização
Mínimo
LLL
150
Conexão de alta do
instrumento de
nível
Na folha de dados do vaso deverá ser informado que o bocal de carga deverá ficar a uma distância
mínima da linha de tangência superior do vaso e colocada uma nota informando que o bocal de baixa
do instrumento de nível será colocado na linha de entrada de vapor no refervedor. No “sketch” do
vaso só aparecerá o bocal de alta do instrumento de nível.
No P&I, deverá ser informado que a distância entre a geratriz inferior do refervedor e a linha de
tangência superior do vaso deverá ser mínima. Deve-se informar que a conexão da linha de
equalização com a linha de vapor deve ficar a uma distância mínima do bocal de entrada de vapor no
refervedor.
11.1 – Coalescedores
Em alguns vasos utilizamos coalescedores para eliminar a possibilidade de arraste de água pelo
hidrocarboneto. Nos vasos horizontais localizamos o coalescedor conforme o esquema abaixo. É
aconselhável a colocação de um bocal para drenagem de possíveis depósitos de sujeira à montante do
coalescedor. A presença do coalescedor aumenta a eficiência de separação, pois permite a formação
de gotas maiores de líquido o que acarreta a elevação da velocidade de sedimentação das gotas. O
projeto do vaso segue o procedimento normal de um vaso separador líquido-vapor.
Entrada de carga Saída de vapor
Saída de água
Saída de
hidrocarbonetos
Drenagem
L/3
Entrada de carga
Fase leve
Fase leve
Fase pesada
Saída de água
Saída de hidrocarbonetos