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Química Tecnológica
Laboratório de Termodinâmica
Departamento de Química
Tratamento estatístico de
dados experimentais- Parte II
2. INTRODUÇÃO
Uma experiência de laboratório é um processo de se fazer uma observação.
Quando se deseja conhecer o valor de uma grandeza x, faz-se uma medida desta
quantidade.
Uma experiência aleatória é um processo que pode ser repetido em condições
idênticas tantas vezes quantas se queira e em que não se pode prever, em cada
realização, qual o resultado que se vai obter de entre um conjunto de resultados
possíveis conhecidos. Sendo assim, toda experiência realizada no laboratório é uma
experiência aleatória e deve ser distinguida de uma experiência determinística ideal,
onde as condições conhecidas determinam completamente o seu resultado.
Essa condição gera erros estatísticos ou aleatórios, que são resultantes de
variações no valor da grandeza, devido a fatores que não podem ser controlados ou
que por qualquer motivo não são controlados. Uma solução para minimizar os
efeitos de erros estatísticos consiste em repetir medidas, uma vez que o valor médio
de um grande número de medidas tem erro estatístico menor. Dessa forma, os erros
aleatórios são flutuações, para cima ou para baixo, que fazem com que
aproximadamente a metade das medidas realizadas de uma mesma grandeza
numa mesma situação experimental esteja desviada para mais, e a
outra metade seja desviada para menos. Os erros aleatórios afetam a precisão da
medida. Nem sempre se pode identificar as fontes de erros aleatórios.
Os erros aleatórios devem ser distinguidos dos erros sistemáticos que são erros
causados por fontes identificáveis, e, em princípio, podem ser eliminados ou
compensados. Erros sistemáticos fazem com que as medidas feitas estejam
consistentemente acima ou abaixo do valor real, prejudicando a exatidão da medida.
3. MATERIAIS E REAGENTES
3.1 Materiais
● Bureta de 50,00 mL;
● Tubo de vidro;
● Tubo de borracha;
● Régua milimetrada;
● Béquer;
● Pipeta pasteur;
● Suporte universal;
● Pinça dupla.
3.2 Reagentes
● Água Destilada.
4. PARTE EXPERIMENTAL
● Em um suporte universal, encaixe a pinça dupla e, em seguida, coloque em
um dos lados da pinça o tubo de vidro e, no outro lado, a bureta completa
com água destilada;
● Interligue o tubo de vidro e a ponta da bureta com o tubo de borracha;
● Abra a torneira da bureta e deixe escoar água até um limite escolhido,
marque-o e o nomeie de zero. Complete a bureta com mais água, se
necessário, utilize a pipeta pasteur;
● Escoa 1 mL de água da bureta para o tubo, observe e registre a altura da
água no tubo de vidro. Repita este processo por mais 4 vezes e anote
(Tabela 1);
● Retire a água do tubo com o auxílio do béquer, transfira para a bureta e,
novamente, transfira água para o tubo até o limite zero;
● Escoe água destilada para o tubo até completar uma altura de 20 cm. Anote
o resultado e repita essa prática por mais 4 vezes (Tabela 2);
● Meça, com a régua milimétrica, o diâmetro externo do tubo de vidro;
● Por fim, responda às seguintes perguntas:
a) Calcule, da tabela 2, o volume médio, os desvios (σi) das medidas com
relação a valor médio V e o desvio médio (σm). Calcule o diâmetro interno do
tubo, usando a relação matemática (volume de um cilindro é igual a área da
base vezes a altura) uma vez que temos o volume médio e a altura 20,0 cm.
b) Trace um gráfico de volume versus altura com o conjunto, de medidas {V,
h} obtidas na experiência da tabela 1. Calcule a inclinação, a, da melhor reta
que pode ser traçada por esses pontos. Caso a reta não passe pela origem
explicar a razão. Representa na reta as barras de erro usando o valor do
desvio médio (σm) de V admitindo que esse desvio é constante para
qualquer volume.
7,1 1,0
13,1 2,0
19,5 3,0
25,1 4,0
31,5 5,0
Fonte: Autoria Própria
h / cm V / cm3
20,0 5,9
20,0 5,8
20,0 5,6
20,0 5,5
20,0 5,7
Fonte: Autoria Própria
Legenda:
● h: altura
● V: volume
● h / cm: representa o tubo de vidro
● V / cm3 : representa a bureta
● Diâmetro do tubo: externo = 6,0 mm
5,9 0,2
5,8 0,1
5,7 0,0
Fonte: Autoria Própria
Legenda:
● Linha Azul: Gráfico da Expressão Linear da Tabela 1
● Linha Vermelha: Regressão Linear
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- ALMEIDA, A.E. Tratamento Estatístico de Dados Experimentais. Santa
Catarina. UDESC LAGES, 2006. 12-16p.
2- CALADO, C.R.; PATRICIO, P. S. de O. GALVÃO, B. R. L. Apostila do Curso
Prático de Termodinâmica Química. Belo Horizonte. Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais, 2022. 27-29p.