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A figura mostra um homem, sem olhos, sem mãos, sem pés, desajeitado,
desengonçado, com pouca ou nenhuma feição facial, e, como não citar, está
sozinho. Além disso, se o leitor observar irá notar que contém apenas duas cores,
branco e preto, que representam o sentido literário das coisas no mundo autista,
ou é, ou não é, o sim e o não, ou seja, o mundo sem metáforas.
Agradecimentos: A revisora Anna Avellar, que além disso me tolera com toda a
paciência do mundo em suportar um autista clássico, a minha mãe e filha Nicole
Rugenski, também.
Porem, a história da descoberta de uma doença nem sempre é por vias floridas, e
deixamos a história se incumbir do seu julgamento. O fato é que o trabalho de
Asperger não pode ser descartado e veremos ao longo do livro a sua importancia,
na classificação metódica e de características científicas rígidas ao seu estudo.
Vemos que até no nosso milênio ainda há pessoas adultas autistas que não sabem
da sua doença, e são pessoas que como não tem a alma social o gemüt . A alma
social é a capacidade das pessoas se relacionarem e contribuírem para aquele
nicho social se desenvolver.
Tambem não entraremos no mérito de alguns pais serem contra ao termo
DOENÇA, o fato é que pela a OMS se trata realmente de uma doença, e eu que
sou autista Asperger, considero que alguns problemas meus, como me
desconectar da realidade e ir para um mundo imaginário, seja ele, uma discussão
ocorrida, que eu não consigo esquecer, e tento criar soluções melhores daquelas
que ocorreram de fato.
Você mesmo, o autista, não se reconhece como tal, ignora essas falácias e leva
para o lado pessoal quando da crítica, mesmo sendo uma crítica construtiva. As
descrições realizadas pelas as outras pessoas blindam ainda mais o diagnóstico.
Aliás, existe uma luta interna entre o eu interno, com o eu social da pessoa, com
uma tendência de contornar assuntos que o levem ao seu próprio reconhecimento
da doença.
O autista não imagina que seja ele doente, mas que as pessoas ao seu redor muitas
vezes sejam essas sim problemáticas e causadoras de brigas, discussões, etc. O
autista por sua característica de ser extremamente sincero, muitas vezes magoa as
pessoas, mesmo sem sentir, e mesmo tentando atenuar o seu ato. Um exemplo
seria daquele que numa noite de natal, ao receber um presente, o autista olha e
após ver realmente o que ganhou, e quando percebe que não gostou, ele mesmo
tentando não ser indelicado diz OBRIGADO! Mas não consegue esconder sua
fisionomia ao dizer com palavras, não imaginando que seu corpo através dos
sinais do seu rosto, respondem de forma contraria as suas palavras. As outras
pessoas o entendem, mas ele mesmo não.
A dificuldade em entender situações e a fisionomias das pessoas é algo que pode
gerar ações de risco para o autista, ou mesmo desconfortáveis. E como não, pode
criar a perda de boas amizades, pelo simples fato do uso de uma frase mal
colocada num contexto sem nexo. As dificuldades do autista em compreender os
contextos é algo comum, mesmo ele ao ter aprendido a responder em certas
ações, pois com o passar do tempo nosso cérebro aprende independente do ser
autista, ou do ser normal.
Imagens de locais, observados quando a pessoa tinha 3 anos de idade, que foram
guardadas na memória do autista, e posteriormente ao revisitá-las, o mesmo local,
anos depois (37 anos depois), o autista consegue descrever imagens antigas e
comparar com a atual, podendo até mesmo citar como era antigamente, e conferir
sua memórias visuais, com pessoas que sempre moraram nesses locais.
Alguns fatos são mais marcantes do que outros, evidentemente, não podemos
classificá-los como completamente normais. Há relatos de crianças que ouvem
vozes, e essas vozes, geralmente de uma única pessoa, às vezes adulta, se
confirmam como amigos virtuais. Em casos extremos a criança autista pode
materializar até mesmo o seu amigo.
Essas vozes que podem configurar um amigo oculto, imaginário, ajuda a pessoa
autista quando da infância a superar seu isolamento social. Crianças de alta
funcionalidade autista, os futuros “aspies” conseguem se relacionar com seus
pais, porém existe uma limitação a contatos externos ao clã familiar.
A sua relação com os irmãos, também não é simples e fluente. Ciúmes e a pré
indicação, na mente autista, de uma preferência por um dos irmãos pelos seus
pais, que não ele próprio, pode culminar num maior isolamento. Com o tempo e
ao crescer os irmãos perdem as ligações familiares, e o autista pode simplesmente
não ter nenhum carinho com seus irmãos, podendo em algumas situações ignorá-
los, não tendo a necessidade nem a vontade de conversar.
Eles os autistas com a idade, assim raciocinam: não tenho nada a dizer. Ahh !! ...
bom o fato é que simplesmente não há vontade de se comunicar, então não se
comunicam. Essa característica pode até mesmo ocorrer ao proferir um bom dia
para uma pessoa. O autista pode filosofar da necessidade de dar um bom dia a
uma pessoa. E isso não pode ser compreendido como uma má criação, ou
desleixo, ou ignorância.
Quais programas são mais interessantes para uma criança autista? Isso vai
depender em muito da vontade dela, porém o range de escolhas pode ser diverso,
desde programas científicos, documentários sobre história da humanidade,
programas sobre biologia, química, chegando por final aos desenhos animados.
No caso dos programas científicos a criança não tem bagagem para compreender
as informações. No entanto, ela terá uma tendência de ter sua capacidade de
atenção, ser completamente capturada por esses programas. Diríamos que o seu
EU autista investigador, nasce ou toma corpo ao assistir esses programas, ou
quando da realidade, vê com seus próprios olhos um evento instigante. O autismo
de alta funcionalidade podemos dizer que é uma máquina de produzir cientistas,
pesquisadores, filósofos, desde que seja vontade dela. Do contrario se for forçada,
isso pode gerar graves crises emocionais, levando ao estágio de autoagressão ou
agressão a terceiros.
O problema da troca está no tempo. Quanto tempo irá demorar a nova amizade?
Uma mente complexa na qual as outras pessoas de seu convívio se sentem como
objeto é real, mas a criança, ou mesmo o adulto, não consegue perceber esse seu
comportamento, pois é de toda forma natural para ela. O sentimento de validade
das relações pessoais é algo notório para autistas de alto funcionamento.
A criança asperger sente que o animal de estimação é parte do seu clã familiar, e
geralmente o protege, dá alimento, carinho, como também conversa com ele,
usando a voz ou mesmo feições linguísticas do animal para se comunicar. Não é
incomum que o asperger quando numa viagem, e ao ligar através do telefone para
sua casa, peça para falar também com animal de estimação, se esse é um cachorro
ou gato. É importante entender que o autista, anexa o animal doméstico como
integrante da sua família, um irmão ou irmã. Esse fato, o de inserir um animal
como membro da família, pode ser devido ao pequeno rol de amizades que o
autista tem, e a sua necessidade de interagir diante do mundo. Talvez o asperger
não seja exatamente autossuficiente, como ocorre com o autista de baixa
funcionalidade, sendo o autossuficiente na maneira de ser o seu Eu, não das
necessidades básicas que ele não consegue realizar.
O autista geralmente não gosta de usar roupas apertadas, assim, roupas justas ao
corpo, simplesmente não são vestidas. Essa condição já é observada quando na
fase de criança, onde se nota que ele não usa roupas apertadas, dando preferência
a roupas um ou dois números maiores. Outro fator, que pode ser também de não
menos importância, é que as etiquetas das roupas, principalmente as das
camisetas e camisas, incomodam de tal maneira o autista que ele irá até mesmo
arranca-la com as mãos, ou dentes. As crianças autistas alem de escolherem
roupas largas, podem também optarem por roupas que não estão na moda. Roupas
démodé, na qual elas, se sintam confortáveis podem ser requisitadas ano após
ano. Sua atenção também poderá ser capturada nas roupas coloridas, como
laranja, vermelho, azul. Roupas que contenham contraste, como exemplo na cor
azul e laranja, no mesmo item, poderão ser convidativos, ao autista. Roupas com
cor básica também são aceitas. As roupas como o jeans poderá ser abdicado ao
uso diário, ou mesmo excluído do rol de possibilidades, como vestimenta, por ser
composto de material menos maleável e que engessa os movimentos.
Os problemas não ficam apenas na esfera das roupas, mas também com o excesso
de luz em ambientes, a luminosidade o irrita, ou mesmo cria nele, um estado de
desconforto. Ele irá preferir locais com luminosidade baixa, ou mesmo, a
penumbra. Caso ele tenha o controle do ambiente, fatalmente irá pedir para
desligar a luz, ou mesmo, ele fará a ação desligando-a, e irá manter como
exemplo apenas a luminosidade da televisão. Além disso, a criança geralmente
pode ter uma maior irritabilidade a determinados sons. O asperger pode às vezes
ouvir ruídos agudos de até 4dB de amplitude, sendo que uma pessoa normal ouve
em média amplitudes de 6dB. Isso pode ser explicado, mesmos para ruídos
distantes, de baixa frequência, que podem impedir a criança de dormir. Esse dom
também é mantido quando a criança se torna adulto.
A sua dificuldade de olhar nos olhos das pessoas, poderá prejudicar a ele
apresentar os seus sentimentos para a namorada (o). Geralmente essa pretensa
namorada (o) pode ser alguém próxima, em que ele se apaixonou. No entanto a
pessoa pretendida pode vê-lo apenas como amigo e não ter observado ele como
uma pessoa interessante para o namoro. Numa visão da seleção natural das
espécies, o autista tende ser excluído da escolha do pretenso parceiro. Essa
característica pode ter um revés na fase adulta, quando ele assumir uma posição
social.
Nessa fase jogos esportivos como voley, basquete e futebol, irão gerar um choque
social na pessoa autista. Ela ou se engajará em melhorar suas atuações ou
simplesmente ira abdicar das suas obrigações, optando por quadros esportivos
individuais, e isso, se manter-se na área de educação física. (STRAPASSON,
2007)
A sociedade não pode excluir o asperger devido aos seus problemas, mas deve
usa-lo da melhor forma para que também o ajude a ter uma vida mais saudável, e
inspiradora.
O autista na fase juvenil para adulto, quando está diminuindo seus laços
familiares, pode criar rotinas em sua vida. Quando inserido totalmente na vida
familiar, ou seja, no núcleo familiar, a rotina é aquela imposta pela mãe e pai.
Quando ele começa a sair, e evidentemente talvez, venha morar longe da família,
pode ele criar rotinas na sua nova casa, ou mesmo em ambientes externos. Essas
rotinas podem ser alimentar, rigidez de horário, escolha de determinados tipos de
roupas, modos de vestimenta (uso de papéte com meia, roupas coloridas, porem
básicas, roupas largas com 1 ou 2 números maiores, etc).
Quanto à vestimenta o asperger não irá ligar se a mesma está fora de moda, ou
tem uma combinação estranha, ou é feia. Ele irá usar coisas que são confortáveis,
acima de tudo, ou que lhe faça se sentir bem. Ele não irá se importar com o que as
pessoas acham da roupa dele.
Pode ocorrer que apenas no inicio da sua fase adulta ele tenha necessidade de se
relacionar amorosamente, talvez, apenas nessa etapa do desenvolvimento ele
consiga dar o primeiro beijo. É importante frisar que o autista que não foi
diagnosticado na infância, pode carregar ainda na fase adulta problemas de
desenvolvimento, e até mesmo de conhecimento comportamental, que poderiam
ser corrigidos através da terapia. No que tange as relações amorosas, ele como já
tem dificuldade em olhar nos olhos, tem uma enorme dificuldade de tentar fixar o
olhar nos olhos da pessoa pretendida. Imagine uma relação de namoro na qual a
pessoa inicialmente apresenta fuga de olhares? Como se Dará ? as vezes a fuga
dos olhares no asperger sejam discretos, e não pronunciado.
Na fase adulta sua voz já deverá estar desenvolvida, e será possível em muitos
casos que ele como no caso da sua própria imagem no espelho, não consiga
reconhecer a si mesmo. Uma fala modulada, que é característico de autista de alta
funcionalidade poderá estar presente.
Alguma reclamação da companheira (o) pode ocorrer no ato sexual. Isso se deve
ao asperger escolherem determinadas posições preferenciais. Isso para uma
parceiro normal pode resultar em mesmice.
A escolha sexual não é influenciada pela síndrome. Ele poderá tentar se descobrir
tardiamente, mas isso não traduz numa tendência de ser homossexual ou
heterossexual. Nesses casos, características sociais e ambientais poderão ser
determinísticas, porem, mesmo nesses casos o autista pode ser que fique alheio
devido a sua dificuldade de interação ambiental e social.
Quanto ao trabalho, na sua profissão, ele poderá ser dedicado. Poderá não ser uma
pessoa que faça seu trabalho muito rápido, mas com certeza será preciso. A sua
dedicação e seu detalhis-mo para certas coisas da vida e observações, podem
levar ao altista Asperger, a ser um profissional que resolva problemas, e solucione
ou melhore a eficácia do trabalho.
Na biografia dos autsitas há um caso especifico de uma pessoa chamada Mary
Temple Grandin, uma americana, mais conhecida por Temple Grandin, é uma
mulher com autismo de alta funcionalidade, Síndrome de Asperger, que
revolucionou as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas
e abatedouros. Ela para entender o comportamento dos animais, se pôs como um
animal, entrando até mesmo dentro do curral, e andando de quatro, interagindo
com os bois, para compreender o seu stress no confinamento no frigorifico, dias
antes do seu abate. Temple Grandin além desse comportamento distrófico criou
aparelhos que tinham o objetivo de conter o animal para tratamento veterinário,
de tal forma que atenuasse o seu sofrimento e stress. Temple Grandin chegou ao
titulo de PhD (Doctor Philosophy degree) e se configurou como uma
pesquisadora que modificou a forma de tratamento dos animais e revolucionou a
indústria pecuarista.
O autista possui lapsos em sua interação social, já que não consegue observar
pequenos sinais de descontentamento ou mesmo felicidade. Mas possuem
também lapsos quanto à identificação de detalhes, não só nas pessoas, como nos
objetos. O autista é péssimo para localizar coisas, às vezes o objeto pode estar a
sua frente, aquilo que ele esta procurando, mas definitivamente ele não irá
localizar, ou terá dificuldade. Qual o autista adulto que nunca ouviu a frase, “se
fosse uma cobra teria lhe picado”, quando tentava encontrar o objeto?
Por isso alguns testes psicológicos irão abordar tal assunto. Os testes
neuropsicológicos WAIS III - Escala de inteligência Wechsler para adultos, são
testes simples, no entanto, não devem ser subestimados. O autista que estiver
decidido a realizar os testes poderá ficar até mesmo chateado, e nervoso, pois
apesar da simplicidade, os testes irão forçar a sua resposta, e talvez ele não
consiga realiza-lo em sua plenitude. Assim, é importante que os testes sejam
realizados em conjunto a um psicólogo.
O autista tem dificuldade em imaginar o que esta faltando nos desenhos. Ele irá
tentar identificar coisas pequenas, contagens de portas, janelas, como exemplo.
Tentando localizar o que é simétrico, e pode não atentar ao assimétrico, ou
mesmo a descontinuidades.
Respostas:
1a= falta neve em cima das toras.
2a= falta o ponteiro dos segundos.
3a= falta o contorno do nariz.
4a=o numero nove da carta não corresponde aos números de losangulos na
carta (8 losangulos).
5a= faltam as maçanetas do carro.
6a= falta a água saindo da jarra.
7a=é uma balança, então o peso deve ser igual, resposta número 4.
Existem outras doenças que podem ser verificadas com testes também cognitivos,
como o Alzheimer. Por mais incrível que se aparente o paciente com Alzheimer
tem dificuldade também em prestar atenção, e evidentemente de se lembrar.
Assim alem dos vários testes que podem ser aplicados ao paciente, existe um
muito simples e eficaz, que dará bons resultados. O desenho de um relógio
analógico.
O teste do relógio é um recurso rápido para ser aplicado no consultório (em média
3 a 5 minutos) e traduz o padrão de funcionamento frontal e temporoparietal. As
disfunções executivas podem preceder os distúrbios de memória nas demências.
Pacientes com escores normais no MEEM podem ter severas limitações
funcionais demonstradas no teste do relógio.
Esse simples teste tem demonstrado ser mais sensível no diagnóstico precoce da
doença de Alzheimer do que muitos outros instrumentos, podendo ser ranqueado
de acordo com protocolos padronizados.(
http://www.alzheimermed.com.br/diagnostico/avaliacao-cognitiva )
Como o diagnostico não é simples, você pode imaginar que a pessoa com
espectro autista, o asperger, ele esta no meio da distancia entre um conteúdo dito
normal e outro de fato com todas as características autistas, e com presença de
retardo mental, você pode imaginar se ele realmente consegue entender na sua
plenitude todos os sinais sociais. Evidentemente não irá ter um bom
entendimento.
Os leves detalhes como observado nos testes mostram que ele poderá não dar
importância para um determinado assunto, ou fato. Ele o autista irá ignorar e
assim poderá colher, inimigos ao longo da sua vida. E essa atitude será imparcial
e sem o devido objetivo de ignorar. Simplesmente não interage, pois não tomou
ciência do assunto.
A memória que também foi abordada nos testes pode ser um resultado ruim para
o quadro autista, não por que ele tenha problema de memória, mas pelo fato de
talvez ele não tenha interagido com o fato, o numero, a imagem, em fim, as coisas
do mundo, e assim, não se recorda quando questionado.
A não compreensão dos sinais pelo Ele (autista) e por
ela (normal).
O autista é uma pessoa singular. Como ele tem dificuldade de entender os sinais
enviados pelas pessoas, ele mesmo pode gerar confusão, interpretar errado o
sinal. Um exemplo seria a de uma garota que lhe dá bom dia, com sorriso no rosto
e olhar nos olhos. Ele pode interpretar como um interesse distinto do simples
comprimento, e entender como uma aproximação por interesse, e se apaixonar
por ela. Alias o autista quase sempre se engana com os sinais, pois não está
inserido na sociedade devido as suas próprias limitações.
Num dialogo em que haja “entre linhas” a serem compreendidas, e sua ação
verbal não é máxima expressão da conversa, o autista de alta função pode
simplesmente ignorar, entender o real sentido enviado pela pessoa, ou até mesmo
entender o oposto do que está sendo informado.
Assim a não compreensão dos sinais pelo ele é algo difícil de compreensão não
apenas para o autista como para as pessoas que interagem com ele.
A sociedade ao ver um autista não tem a noção de quão complexo pode ser a
pessoa, e sua interação. O Asperge parece ser uma pessoa normal, mas não é. As
pessoas, portanto acreditam que ela compreenda as informações tanto verbais,
como através de sinais, seja ela através da face, mãos, ou desenhos.
Isso decorre porque ele muitas vezes não irá se culpar por ser grosseiro, brigar, ou
mesmo discutir com alguém. Ele irá colocar a culpa sempre no outro.
Porem, com o tempo amigos verdadeiros, que ele possivelmente ira perder ao
longo da sua vida, devido as suas atitudes de personalidade serem difíceis, irão
deixar frases, relatos, menções que em algum dia ele, em muitos dos seus dias
depressivos irá lembrar, e irá analisar.
O tempo é uma variável que não existe realmente para o autista. Ele poderá ser
afixonado em chegar na hora certa, ou antes, ao encontro ou trabalho, mas quando
ultrapassa esse nível, o após horário de referência, para aquele dia e momento,
durante o dia, o tempo se dilata ou comprime, na percepção autista. Simplesmente
por conveniência. O fato que nem sempre o cotidiano tem haver com o tempo, é
uma simples rotina. O autista tende a manter uma rotina diária.
Em algum momento, tudo pode ocorrer, e quando ele fizer a analise, pode
imaginar que é loucura. Eu ser autista ? jamais, assim ele dirá. Mas quando as
características se encaixarem completamente como um quebra cabeças em sua
mente, ele possivelmente ira entrar em choque, pois descobri-rá que todos aqueles
eventos, desgastantes, dentro de suas varias relações sociais foram culpas dele.
Talvez ele irá procurar ajuda profissional depois disso, pode ocorrer que ele já
tenha 30, 40, 50 anos de idade, mas se ele procurar e começar a fazer os testes,
talvez, mesmo assim, ele torça para não ser verdade o diagnóstico.
Ele pode se lembrar da sua infância, pois tem uma memória incrível, ele se
lembrará que tem dificuldade de se auto-reconhecer ao espelho, ele lembrará que
tinha amigos virtuais, que conversa com eles, e que nunca viu de fato eles,
quando criança. Se lembrará que gostava de ficar sozinho, de ouvir músicas
clássicas, e que tinha e tem rotinas em sua vida. Irá relembrar que brigava com
todos mesmo aqueles mais amigos. Se lembrara que ninguém convidava para
visitas, e mesmo se convidaram ele não gosta de ir, e simplesmente não ia.
Vai se lembrar de que talvez em algum momento teve uma tendência de dupla
personalidade ou bipolaridade. Ele irá se lembrar de que as vezes conversa só,
com sigo mesmo, ou com outras pessoas, e essas conversas pode ser em locais
distintos ao local em que ele esta, ele se teletransporta até mesmo para o ambiente
em que conversou com a pessoa, e fica remoendo isso, varias vezes na mente. O
autismo é, sobretudo, uma doença que pode desdobrar em outras. O desligamento
do real pode gerar perigos, pois isso pode ocorrer quando você esta dirigindo, na
cama, na escada, ou em qualquer outro lugar.
O mundo paralelo em ele vive, gera projeções reais em sua mente, apesar de ser
imaginário. Mas não se pode esquecer que seu corpo físico está num ambiente
físico real, e poderá estar num ambiente semi-hostil. Acidentes podem ocorrer
nesses casos, pois nunca sabemos quando nos desligaremos e sonharemos alto,
assim como as pessoas dizem.
O descobrir autista perante a sociedade.
Sentir que não é igual às pessoas, sentir e descobrir que realmente é diferente das
outras pessoas, pode ter um significado benéfico, mas é depressivo.
Assim, o autista deve ser impulsionado para se interessar pelas grandes incógnitas
do nosso mundo, e não ser deixado de lado da sociedade. Ser totalmente
cognitivo não significa que seja melhor do que um autista. Pelo contrario, a
própria historia dos autistas de sucesso nos mostram o quão complexo é seu
mundo, e o quão pode ser inspirador sua convivência.
O descobrir autista perante a sociedade pode ser uma dádiva, pode ser uma
muleta de deficiente, pode ser uma desculpa, não importa o seu sentido, a
sociedade deve usa-la plenamente e ajudar o autista a não desistir da vida.
Nessas frequências pode ocorrer a anomalia em Alpha, sendo que nesse intervalo
a média é de 40 micro Volts (FRANK H. DUFFY, 1986). No Brasil, um paisonde
leitura de livros é algo não cultural, a média é de 20 micro Volts. Valores acima
podem ainda indicar o estado normal neurológico, no entanto, num Asperger
existe uma alta probabilidade de que o hemisfério esquerdo tenha anomalias
superiores a 60 micro Volts. Abaixo é observado um exemplo de EEG nas Figuras
9 a 11. A figura 12 observa-se o desenho do cérebro e suas divisões.
Figura8. Boletim escolar da pré-escola de uma criança Asperger. No boletim se
observa a dificuldade de aprendizado nos primeiros meses de estudo, através da
cor amarela que reflete uma média regular. Observe que a criança não conseguiu
ao longo do ano obter nenhuma nota excelente (cor azul)
Figura 9. Exame EEG nas frequências de Deltha a Betha 3. É visível a anomalia
na frequência alpha com valores em micro Volts superiores a 40 micro Volts, e
indicando o hemisfério esquerdo mais ativo do que o da direita. A média do
Asperger nesse caso na frequência Alpha é de180 micro Volts. É uma indicação
da alta capacidade de raciocínio dos autistas.
Figura 10. Imagem realçada nas frequências Alpha e Betha 3.
Figura 11. Média EGG para cérebros normais no Brasil.
Figura 12. Cérebro Humano e suas divisões em lóbulos. Desenho do cérebro
Humano (HTTP://largadoemguarapari.com.br)
Conclusão
O autismo de alta funcionalidade não é um dom, e está mais para uma praga, algo
que irá atormenta-lo pelo resto da sua vida. Um exemplo que podemos citar é a
relação de amizade e inimizade de Robert Hooke e IsaacNewton. Newton sempre
acusou que Hooke havia roubado sua ideia, relativa à relação entre as forças entre
corpos conectados a molas, uma experiência simples hoje ensinado no primeiro
ano do colegial.
PHIL BARKER, 2008. PSYCHIATRIC AND MENTAL HEALTH NURSING: THE CRAFT OF
CARING,SECOND EDITION. CRC PRESS, 760 PÁGINAS.
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CATEGORIZATION FLEXIBLY MODIFIES THE PERCEPTION OF FACES IN RAPID VISUAL
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HILLHEAD STREET, GLASGOW G63 9RE, UK RECEIVED 27 JANUARY 1997; ACCEPTED 2
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