Você está na página 1de 11

Astronomia Observacional

Respostas da Lista de Exercı́cios - Telescópios

Professor: Roberto Martins


Aluno: Ícaro Meidem

Exercı́cio 1a - Resposta: Utilizando a equação nos fornecida no enunciado, que é m =


m0 + KlogF l, basta-se substituir os dados que também nos fora fornecido no enunciado.
Logo temos que:

m1 = m0 + Klog(100F l) (1)

m6 = m0 + KlogF l (2)

Subtraindo 1 de 2, temos que:

m1 − m6 = m0 + Klog(100F l) − (m0 + KlogF l)


m1 − m6 = −K(log(100F l) + logF l)
m1 − m6 = −K(log( 100F l
F l ))

m1 − m6 = −Klog100
(3)
1−6 = −2K
−5 = −2K
K = 5/2
K = 2, 5

Portanto, K = 2, 5, neste caso.

Exercı́cio 1b - Resposta: Utilizando o quarto termo da equação 3 e isolando K temos que:

1
m1 − m6 = −Klog100
1−5 = −2K
−4 = −2K (4)
K = 4/2
K = 2

Portanto, K = 2, neste caso.

Exercı́cio 1c - Resposta: Utilizando a equação nos fornecida no enunciado, portanto temos


que:

m = m0 + KlogF l (5)

Substituindo o valor de magnitude que é dado no enunciado, encontramos a relação para calcular
nesse novo sistema de magnitudes. Temos que:

m = 10 + 2logF l (6)

Exercı́cio 2a - Resposta: Levando em consideração que o que obstrui e o espelho principal


são cı́rculos, portanto a área da obstrução (Aobs ) é determinada a partir da equação 6. e é dito
no enunciado que obstrui apenas 10% da área total do espelho AT . Temos:

Aobs = 10%AT (7)

Como a abertura do telescópio é uma abertura circular, portanto para calcular a área total (AT )
é a formula de calculo da área do circulo, disponı́vel em Martins (2023) (equação 2.1.1).

πD2
Acirculo = (8)
4

Usando a relação 7 com a equação 9, temos que:

2
Aobs = 10% πD
4
(9)
πd2 πD2
4 = 10% 4

Isolando d, que é o diâmetro da obstrução, temos que:

2
p
d= 0, 1D (10)

Com isso encontramos a relação entre os diâmetros dos espelhos principais e da obstrução.

Exercı́cio 2b - Resposta: Para auxiliar calcular os diâmetros, usando a equação 10, foi-se
utilizado o seguinte script em Python a seguir para calcular todos os diâmetros dos de obstrução
do telescopios da tabela 2.1.1.

A saı́da, com os valores de cada obstrução é os valores da tabela 1:

Tabela 1: Valores calculados com a relação 10 usando python. Autoria própria.


Abertura (cm) Diâmetro da Obstrução (cm)
0.6 0.189737
32 10.1193
46 14.5465
60 18.9737
160 50.5964
400 126.491
800 252.982

Exercı́cio 2c - Solução: Podemos definir a magnitude através da equação 2.2.1 de Martins


(2023), no qual seria:

Fl
 
Mmax − mmax = −2, 5log (11)
fl

Onde Mmax é a magnitude limite máxima que se enxerga com um telescópio de abertura D,
sem obstrução central, mmax é a magnitude limite que se enxerga se este telescópio tiver uma
obstrução de 10% da área da objetiva, F l é o fluxo máximo em uma área sem obstrução e f l é
o fluxo que é barrado pela obstrução. Definindo os fluxos utilizando a equação 2.1.3 de Martins
(2023), temos que:

3
KN
Fl = (12)
∆tD2

E, onde d é a relação 10:

KN KN
fl = 2
= √ (13)
∆d ∆t( 0, 1D)2

Substituindo 12 e 13 em 11, temos que:


 
KN 0,1∆tD2
Mmax − mmax = −2, 5log ∆tD2 KN

(14)

Mmax − mmax = −2, 5log0, 1

Isolando mmax em 14, temos que:

mmax = Mmax − 2, 5 (15)

Exercı́cio 2d - Solução: A obstrução central em um telescópio é uma consideração importante


para a sua performance óptica. Ela afeta diversos aspectos, incluindo a qualidade da imagem,
resolução, brilho do fundo e coleta de luz. Essencialmente, a obstrução central é uma solução
para guiar os raios luminosos em direção ao foco desejado. Sem a obstrução central, os raios
luminosos poderiam encontrar um segundo caminho em direção ao foco por meio da reflexão.
No entanto, essa alternativa não seria ideal, pois resultaria em perdas na coleta de fótons. Além
disso, tal abordagem demandaria o uso de mais instrumentos ópticos para corrigir os problemas
decorrentes da falta de obstrução central, tornando assim inviável a construção de um telescópio
maior. Portanto, a obstrução central é um elemento de equilı́brio no design de um telescópio.
Ela contribui para a otimização da performance óptica, mesmo que possa introduzir algumas
limitações. A relação entre os benefı́cios e as restrições da obstrução central varia conforme o
tipo de telescópio e suas aplicações especı́ficas. Por fim acredito que a obstrução central é um
componente a ser cuidadosamente considerado no projeto de um telescópio, influenciando sua
qualidade geral e eficácia nas observações astronômicas.

Exercı́cio 2e - Solução: Levando em consideração essa faixa central, temos que a área é dada
por:

2
πDobs 2
πDobs
Aobs = = (16)
2 2 × 101

4
Logo, seguimos que:

πDT 2
At 4 20
= 2
πDobs
= =5 (17)
Aobs 4
20

Portanto, temos que:

AT
Aobs = = 20%AT (18)
5

Por fim, nós sabemos que teremos, neste caso, 20% da área total perdida.

Exercı́cio 2f - Solução: Levando em consideração a situação descrita no exercı́cio anterior e


a definição de magnitude, temos que:
 
Aobs
Mmax − mmax = −2.5log AT

Mmax − mmax = −2.5log( 51 )


Mmax − mmax = −2.5log(5) (19)

Mmax − mmax ≈ 1.75


mmax = Mmax − 1.75

Portanto, com isso, sabemos que o decrescimo na magnitude será de 1.75 da magnitude total.

Exercı́cio 3a - Solução: Sabemos que 1 rad = 180◦ /π e 1◦ = 60′ , logo temos que:

180 × 60
1 rad = ≈ 3437.74 (20)
π

Agora, para segundo temos que:

1 rad = 60 × 3437.74 = 206264.80 (21)

Exercı́cio 3b - Solução: Pelo exercı́cio anterior, temos que 1′ ≈ 0.000291 e tan(2.91 × 10−4 ) ≈
2.91 × 10−4 , portando:

1′ 2.91 × 10−4

≈ =1 (22)
tan(1 ) 2.91 × 10−4

Logo a razão é 1.

Exercı́cio 3c - Solução: Temos que 1” ≈ 4.85 × 10−6 e tan(4.85 × 10−6 ) ≈ 4.85 × 10−6 . Dito

5
isso, analogamento ao exercı́cio anterior, temos que a razão é igual a 1.

Exercı́cio 4 - Solução: Temos que, tan(β) = h/F e tan(α) = h/f . Como ja é sabido, temos
que β ≪ 1, logo tan(β) = β. Portanto:

h
β = F
(23)
h
α = f

Com isso chegamos na relação (2.3.3) dado no teste de apoio (Martins, 2023), quando fazemos
β/α e isolando β. Portanto temos:

F
β= α (24)
f

Onde:
- β é o ângulo entre os feixes paralelos de saı́da da ocular, visto pelo observador.
- α é o ângulo entre dois astros que distam um do outro.
- F é a distância focal do telescópio.
- f é a distância focal da ocular.
Para entender essa relação, vamos considerar o comportamento dos raios de luz à medida que
eles passam pelo telescópio: 1- Quando a luz dos astros entra no telescópio, ela é coletada pela
lente objetiva. A lente objetiva forma uma imagem real do objeto no foco, que é a distância
focal F do telescópio. 2- Em seguida, a luz da imagem formada pela lente objetiva é direcionada
para a ocular. A ocular atua como uma lupa e cria uma imagem virtual da imagem formada
pela lente objetiva. Com isso, quanto maior o f , maior será o β, assim, aumentando a imagem
vista na ocular.

Exercı́cio 5a - Solução: Suponha que o fluxo possa ser escrito em termo do número de fótons.
Temos que o numero de fótons é diretamente proporcional ao de estrelas. O que nos leva a:

KN
F = (25)
∆tD2

Tomando Nt el o numero de estrelas vistas pelo telescópio e NO o numero a olho, temos que:

KNO KNtel
F = 2
= (26)
∆t1 d ∆t2 D2

Assumindo ∆t1 = ∆t2 :

6
Ntel D2
= 2 (27)
NO d

Sendo NO = 6000 cm e d = 0.6 cm. logo temos que Ntel = 1.67 × 104 D2 /cm2 .

Exercı́cio 5b - Solução: Sabemos que:

 2
d
M − m = 2.5log (28)
D2

Relacionando com o item anterior, chagamos a:


 
NO
m − mO = −2.5log Ntel
(29)
m = 6 + 2.5log(Ntel ) − 2.5log(6000)

Portanto temos que:

m+3.45
Ntel = 10 2.5 (30)

Foram observadas as estrelas de magnitude até 9, logo, m = 9. Logo temos que (da equação
30):

9+3.45
Ntel = 10 2.5 = 9.55 × 104 (31)

Exercı́cio 5d - Solução: Isso se da por conta das aberturas dos telescópios. Quanto maior a
abertura, mais fótons, o que significa que os objetos de menor brilho podem ser detectados por
esses telescópios (Martins, 2023).

Exercı́cio 6a - Solução: O fluxo lumino para os casos descritos é dado por:

L
F1 = (32)
4πr12

E
L
F2 = (33)
4πr22

Onde L é a luminosidade da estrela e é uma grandeza intrı́nseca e não depende da distância


portanto é constante. r1 é a distância da estrela a 4 anos luz, e r2 é a distância da estrela a
4.8109 anos-luz.

7
A partir da Fórmula de Pongson (Martins, 2023), temos:

L 4πr22
 
m1 − m2 = −2.5log (34)
4πr12 L

Fazendo as simplificações necessárias em 34, temos que:

r2
 
m1 − m2 = −5log (35)
r1

Sendo m1 = 1, temos:

r2
 
m2 = −5log +1 (36)
r1

Substituindo os valores que temos em 35:

4.8 × 109
 
m2 = −5log + 1 = 46.4 (37)
4

Para 13.8 × 109 , temos:

13.8 × 109
 
m2 = −5log + 1 = 48.7 (38)
4

Exercı́cio 7a - Solução: Por definição, podemos escrever a energia do filtro como:

E
Fλ = (39)
∆tA

Sabendo que a energia de um fóton é dada por:

hc
Ef oton = (40)
∆λ

Substituindo 39 em 38, temos que:

N hc
Fλ = (41)
∆tA ∆λ

Tomando h = 1 = c, temos que em 41 fica como:

N
Fλ = (42)
∆tA∆λ

Tomando N1 como número de fótons nas condições dadas e A = π4 D2 . Temos que:

8
π 2
N1 = 4 F1 ∆t1 ∆λ1 D1

N1 = π
4 F1 (2.2)
2 ∗ 35 ∗ 1.38 × 10−7 (43)
N1 = 1.8 × 10−5 F1

Tomando N = N1 , temos:

Fλ ∆λ π4 D2 ∆t = 1.8 × 10−5 F1
(44)
F1 ∗2.3×10−5
∆t = F λ∆λD2

Da fórmula de Pongson (Martins, 2023), temos que:

F1
 
m1 − m = −2.5log (45)
F

Isolando a razão entre os fluxos:

F1 m1 −m
= 10 2.5 (46)
F

Sabendo dessa razão e substituindo em 44, temos:

m1 −m 2.3 × 10−5
∆t = 10 2.5 (47)
∆λD2

Para m1 = 19, temos:

19−m 2.3 × 10−5


∆t = 10 2.5 (48)
∆λD2

Exercı́cio 7a - Solução: Vamos listar os dados que nos fora fornecido no enunciado do exercı́cio
que são: m = 20, ∆λ = 20nm, e D = 1m, 2m, 3m, 4me8m. A partir desses dados, temos que os
calculos são:
Para D = 1m:

19−20 2.3 × 10−5


∆t = 10 2.5 = 2287.5s (49)
20 × 10−8 (1)2

Para D = 2m:

19−20 2.3 × 10−5


∆t = 10 2.5 = 232.7s (50)
20 × 10−8 (2)2

Para D = 3m:

9
19−20 2.3 × 10−5
∆t = 10 2.5 = 320.6s (51)
20 × 10−8 (3)2

Para D = 4m:

19−20 2.3 × 10−5


∆t = 10 2.5 = 180.5 (52)
20 × 10−8 (4)2

Para D = 8m:

19−20 2.3 × 10−5


∆t = 10 2.5 = 45.1 (53)
20 × 10−8 (8)2

Pode-se observar que, à medida que aumentamos a área da objetiva do telescópio, o tempo de
exposição necessário para obter uma boa fotometria diminui. A fotometria está intimamente
relacionada com o tempo de exposição e a área coletora; objetos menos luminosos requerem
um tempo de exposição mais longo para uma boa fotometria, enquanto objetos mais luminosos,
quando submetidos a um tempo longo de observação, podem prejudicar o processo de medição.
Portanto, é essencial calcular o tempo de exposição para um objeto especı́fico antes de realizar
a observação do mesmo.

10
Referências

Martins, R. V. (2023). Telescópios. Observatório Nacional. Texto de apoio.

11

Você também pode gostar