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Guia de leitura 1 – Conselhos a uma recém-casada

A casa de Penélope – Material exclusivo. Distribuição e compartilhamento proibidos.


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Índice

Nossos mandamentos 4

Quem é Alice? 8

O gênero epistolar 9

De um coração a outro 11

Alguns elementos importantes 12

Perguntas dirigidas 14

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Nossos mandamentos

Elaborar algo como uma lista de mandamentos


foi a alternativa divertida que encontrei para elencar
algumas sugestões importantes às associadas. Ou
seja, não são mandamentos de fato, mas conselhos
que, penso eu, ajudarão a melhorar o desempenho
na leitura, qualificando-a e aprofundando-a. Mas,
como disse, são sugestões, e aquelas que já têm o
hábito de ler e de estudar podem dispensá-las, pois
já encontraram a sua própria “receita de sucesso”
nestes assuntos.

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I - Crie um contexto favorável


Quem já tem o hábito de ler, sabe o que precisa e o que não precisa para
conseguir estudar de fato, de maneira produtiva. No entanto, nem todos já têm
essa familiaridade, de modo que conseguir criar um entorno favorável pode ser
um elemento importante na conquista dessa nova habilidade. Assim, na busca
por um “cantinho” que a ajude a ler, preste atenção aos seguintes fatores:
- Luminosidade: nem fraca demais, que dê sono; nem forte demais, que doa os
olhos.
- Postura: evite ler deitada, para não acabar dormindo, mas busque um local
suficientemente confortável que a mantenha desperta e bem acomodada.
- Silêncio vs. barulho: se você consegue se concentrar independentemente dos
sons ao redor, excelente, eu, porém, não consigo, então procuro ler à noite,
depois que as crianças foram dormir; descubra qual é a melhor ocasião para si.

II - Mantenha o foco
Para muitas de nós, é praticamente impossível fazer alguma atividade sem
que o celular esteja por perto e sem uma ou outra olhadinha em visita à web. No
entanto, permitir-se desnecessariamente tal dispersão é como deixar aberta a
torneira do tempo. Assim, se você não precisa realmente estar conectada, afaste-
se do telefone na hora da leitura. A maioria de nós já dispõe de pouco tempo livre
ao longo do dia, de modo que esbanjá-lo durante o momento reservado à leitura é
um atalho certo para não conseguir aproveitar toda a riqueza daqueles breves

instantes. Aquelas que usam o tablet, o celular ou o kindle para leitura podem

desligar o wi-fi por alguns minutos sem maiores prejuízos.

III - Tenha sempre um lápis à mão


É interessante notar como o simples ato de segurar um lápis enquanto
lemos já nos coloca de maneira diversa diante da leitura: é como se ficássemos
mais atentos, mais ativos, à espreita de algo que não sabemos o que é, mas que
não podemos deixar passar. Mesmo àquelas que leem no kindle ou no tablet,

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sugiro o uso de algum material de anotação para que essa mesma disposição
diante do livro seja obtida.
É claro, porém, que o objetivo de ter um lápis entre os dedos não é segurá-
lo simplesmente, como se fosse algum tipo de objeto mágico, mas usá-lo. Assim,
não tema ao fazê-lo: sublinhe o que achar importante, circule a palavra
desconhecida, assinale aquilo que vale uma pesquisa, faça setas naquilo que gera
insights, escreva notas sobre o que pensa a respeito etc. Tais sinais servirão como
guia para futuras consultas e ainda muito mais, como veremos a seguir.

IV - Nunca ignore uma palavra incompreendida


De lápis em punho, assinale todas as palavras desconhecidas ou que
tenham um significado impreciso. Muitas vezes conseguimos captar o seu sentido
graças ao contexto, mas nada melhor para ampliar nossa compreensão do texto e
também o nosso vocabulário do que precisar exatamente o que as palavras
querem dizer.

V - Use e abuse do dicionário


Para isso, nada melhor do que a companhia de um velho conhecido: o
dicionário. Conheço quem tenha vergonha de utilizá-lo, pois, por algum motivo
que me escapa, têm medo do que os outros possam pensar. Eu, no entanto, como
tenho mais medo de emburrecer do que da opinião dos outros, adoro usar o
dicionário, sem medo de ser feliz. O melhor dicionário que temos em língua
portuguesa é o Caldas Aulete, em cinco volumes enormes, mas você não precisa
de um Caldas Aulete sempre, então um Aurélio já serve.

VI - Escreva
Muitas vezes, durante a leitura, ocorrem-nos boas ideias, insights
interessantes, paráfrases importantes e nada mais frustrante do que pensar
determinada coisa que ilumina nossa inteligência para depois esquecê-la. Por isso
é bastante útil rascunhar esses pensamentos. Com o tempo eles também nos
servirão como uma espécie de retrato, registrando, ainda que imperfeitamente,
nosso estado cognitivo, intelectual e, às vezes, até emocional naquela ocasião.
Enfim, escrever, registrar nossos pensamentos, ajuda-nos a avaliar nosso

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progresso, nosso ritmo, nosso crescimento. Use as margens, as páginas em


branco, ou tenha sempre um bloco especialmente para isso.

VII - Associe
Não tenha receio de achar que determinada passagem lembra alguma outra
coisa que você leu em algum outro lugar, ou que o que foi lido remete você a certa
lembrança. Estas são associações importantes e a sua identificação é muito útil,
pois são as referências que comporão a malha dos nossos conhecimentos. Nada é
inútil, nada é irrelevante: tudo, quando devidamente contextualizado e
hierarquizado, tem a sua utilidade e pode contribuir para a nossa formação.

VIII - Repita
Mortimer Adler, o grande expoente da educação liberal norte-americana,
dizia que os livros precisam ser lidos ao menos duas vezes a fim de serem
realmente compreendidos. Nem todas temos esse tempo, mas esta é, sem dúvida,
uma prática que contribui e muito para um melhor aproveitamento da obra e,
consequentemente, para o aprimoramento da nossa formação. Quem puder não
deve furtar-se à repetição.

IX – Medite
Você já reparou como pressa e meditação parecem ser coisas antagônicas?
E aqui me refiro à meditação no sentido de reflexão demorada a respeito, de
“ruminação” interior, que nada tem a ver com sentar em alguma posição
específica e ficar “esvaziando a mente”. Pelo contrário, a ideia aqui é justamente
encher a mente com os bons conteúdos lidos, refletir demoradamente sobre eles,
imaginar-se vivendo/pensando/dizendo aquilo que foi lido e deixando que criem
raízes em nós. Para isso é preciso tempo. Não necessariamente um tempo em que
precisemos ficar paradas, apenas pensando no assunto, mas um tempo em que
voltamos voluntariamente a nossa mente para ele, independente do que
estejamos fazendo. Sem a meditação, os aspectos mais profundos das leituras
costumam passar despercebidos, e os frutos que poderiam nos auxiliar a crescer
permanecem ocultos a nós.

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Quem é Alice?

Nascida em 11 de março de 1923, na Bélgica, Alice Jourdain precisou fugir


de seu país por ocasião da II Guerra Mundial, recebendo asilo nos Estados
Unidos em 1940. Foi lá, na cidade de Nova York, que conheceu Dietrich von
Hildebrand, seu professor e futuro marido. À época, Dietrich, que também era um
refugiado, já havia enviuvado - ele era 34 anos mais velho que ela - e tinha um
filho. Após um primeiro encontro em que Dietrich palestrava a um pequeno grupo
em seu apartamento, Alice viu-se profundamente impactada por suas palavras a
respeito da fé e de Cristo, tornando-se, então, sua aluna na Fordham University.
Dietrich já então um renomado teólogo e filósofo, precisou fugir da Alemanha por
ter sido um dos primeiros - ou talvez o primeiro - intelectual a opor-se de forma
pública e veemente a Adolph Hitler.
Alice e Dietrich tiveram um casamento feliz que estendeu-se até o fim da
vida de seu esposo, em 1977. Ambos acadêmicos - Alice também tornou-se
teóloga, filósofa e professora universitária - , produziram não somente uma vasta
lista de obras, mas exerceram também uma forte influência pessoal sobre seus
alunos, muitos dos quais, diante das intensas e rápidas mudanças ocorridas a
partir da década de 60, mostravam-se perdidos e desesperançados. Não poucos
são os relatos de conversões à fé cristã.
Dietrich foi considerado por Papa Pio XII "o Doutor da Igreja do século XX".
Alice recebeu do Papa Francisco, em reconhecimento à sua obra, o título de
Dama da Ordem de São Gregório Magno.
Atualmente Alice é professora aposentada e permanece nos EUA, lutando
para recuperar-se da fratura de um osso, o que a deixou mais de onze semanas
internada em um hospital.

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O gênero epistolar

De todos os gêneros literários existentes, o mais famoso talvez seja o


romance. Assim, quando se fala em livros de literatura, a maioria de nós, leigos
no assunto, logo imagina os longos - e muitas vezes românticos - romances. Mas
há muitos outros modos de se transmitir informações, conhecimentos e histórias,
sendo que dentre eles o romance é um dos mais recentes, historicamente falando.
Por outro lado, o gênero epistolar - nome antigo, técnico e elegante, de origem
grega (epistolê), para “cartas” - é um dos mais antigos e importantes da história.
Não é necessário muito esforço para que lembremos, por exemplo, daquelas
que compõem a maior parte do Novo Testamento: as epístolas dos apóstolos
Paulo, Pedro, Tiago, Judas e João, isto é, as cartas por eles enviadas ou às igrejas
que estavam a nascer naquela época ou a indivíduos específicos, como são os
casos das Epístola a Timóteo, a Tito, a Filemon etc. Conclui-se daí que sobre o
gênero epistolar estão assentados alguns dos principais fundamentos do que
mais tarde veio a se chamar Civilização Ocidental.
Contudo, a fácil e imediata associação com as epístolas apostólicas pode
gerar a compreensão errônea de que todas as epístolas têm conteúdo religioso.
Observando a própria origem do termo e indo um pouco mais longe na
investigação, descobre-se, no entanto, que pelo menos dois séculos antes de
Cristo já se encontram exemplares do gênero, como os de autoria Lucius Licinius
Lucullus, cônsul romano situado na região da Espanha. Foi um pouco mais
tarde, entretanto, apenas alguns anos antes de Cristo, que o poeta Horácio, com
sua Epistola ad Pisones (ou Arte poética), atingiu aquele que se tornou um padrão
de referência no gênero.

“Se não posso nem sei respeitar o domínio e o tom de cada gênero literário,
por que saudar em mim um poeta? Por que a falsa modéstia de preferir a
ignorância ao estudo?
A um tema cômico repugna ser desenvolvido em versos trágicos; doutro lado,
o Jantar de Tiestes indigna-se de ser contado em composições caseiras,
dignas, por assim dizer, do soco. Guarde cada gênero o lugar que lhe coube e
que lhe assenta.

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Às vezes, contudo, a comédia ergue a voz e um Cremes zagado ralha de


bochechas inchadas; muitas vezes, também, na tragédia um Télefo ou Peleu
se lamenta em linguagem pedestre, quando este ou aquele, na pobreza ou no
exílio, rejeita os termos empolados e sesquipedais, se lhe importa tocar, com
suas queixas, o coração da plateia.
Não basta serem belos os poemas; têm de ser emocionantes, de conduzir os
sentimentos do ouvinte aonde quiserem. O rosto da gente, como ri com
quem ri, assim se condói de quem chora; se me queres ver chorar, tens de
sentir a dor primeiro tu; só então, meu Télefo, ou Peleu, me afligirão os teus
infortúnios; se declamares mal o teu papel, ou dormirei, ou desandarei a rir.
Se um semblante é triste, quadram-lhe as palavras sombrias; se irado, as
carregadas de ameaças; se chocarreiro, as joviais; se severo, as graves. A
natureza molda-nos primeiramente por dentro para todas as vicissitudes; ela
nos alegra ou impele à cólera, ou prostra em terra, agoniados, ao peso da
aflição; depois é que interpreta a linguagem as emoções da alma.”

Assim, o que define o gênero epistolar não é tanto o conteúdo, mas mais a
forma com que ele é apresentado. Apesar das muitas variações ocorridas ao longo
da história, pouco importando se o destinatário era um indivíduo ou um grupo,
real ou fictício, o objetivo sempre foi abordar os mais diferentes assuntos em uma
linguagem o mais próxima possível da cotidiana, ainda que com grande limpidez
na exposição e grande perícia na técnica empregada.
No século XX o gênero praticamente desapareceu, sendo substituído pela
troca real de correspondência entre os autores, sem pretensão literária. Em
outras palavras, abandonou-se quase que por completo a obra literária sob a
forma epistolar. Felizmente, porém, “Conselhos a uma recém-casada” é uma
agradável exceção.

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De um coração a outro
Composta de 66 cartas que cobrem os dois primeiros anos de casamento de
Julie, Alice divide conosco seus conselhos neste diálogo entre madrinha e
afilhada. As palavras de Julie, suas cartas, não estão inclusas no livro, mas
aparecem apenas de modo indireto, sob a menção de Alice. Entretanto, o que
poderia se tornar um problema pela aparente fragmentação do diálogo, não
resulta em prejuízo algum, pois Alice sempre retoma o “fio da meada” das
questões trazidas por Julie, de modo que conseguimos vislumbrar e compreender
o todo dos assuntos abordados.
Tão variadas quanto as questões enfrentadas no matrimônio são os
assuntos das cartas, que passam pelos corriqueiros problemas de adaptação
entre os cônjuges, a influência de terceiros na união do casal, o trabalho, até o
propósito último do casamento e a geração de filhos. Em todas elas, porém, das
mais ordinárias às mais extraordinárias, Alice oferece a perspectiva certa, isto é,
a perspectiva da eternidade sobre a temporalidade. Em outras palavras, Alice é
capaz de mostrar à Julie, na prática dos desafios da vida a dois, aquilo a que nos
exorta o sábio Salomão: “reconhece-O em todos os teus caminhos e Ele
endireitará as tuas veredas”. Assim, num certo sentido, pode-se dizer que a
comunicação entre as duas mulheres se resume a um esforço para tentar
perceber, compreender e aprender com as “pistas” que Deus oferece no dia a dia
matrimonial para a nossa santificação e salvação, nossa e de nosso cônjuge.
Embora não seja psicóloga nem possua credenciais que a autorizariam
formalmente a estender os seus conselhos para outras pessoas além de sua
afilhada, Alice possui o certificado que neste caso realmente importa: um
casamento feliz e duradouro. Além disso, no entanto, Alice tem uma imensa e
dolorosa vantagem: ela redige suas cartas desde a completude de sua experiência
de casada, ou seja, enquanto viúva, e este é um difícil privilégio. Na viuvez não há
mais mudança, não há outra chance, não há correções. Tudo o que se tem é o
que está irreversivelmente consumado e esta condição derrama uma nova e
sóbria luz sobre o presente daqueles de quem o fio ainda não se partiu e que têm,
portanto, a possibilidade de mudar, de corrigir, de dar outra chance.

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Alguns elementos importantes

Listo aqui alguns conceitos que merecem destaque na leitura e sobre os


quais convém dar atenção, pois são algumas das “pérolas” de Alice. O livro possui
muitos mais, no entanto.

Interioridade
As duas primeiras cartas já apontam para algo que, embora não seja
explicitamente mencionado, perpassará todas as demais: a ênfase na dimensão
interior do indivíduo (sua disposição espiritual, poderíamos dizer) e como ela
determina, em grande medida, o modo como vivemos a exterioridade.

Atenção
A necessidade de atenção, de cuidado, de um voltar-se atento, focado,
exclusivamente dedicado é outro aspecto enfatizado de diferentes modos em
várias cartas. É deste tipo de atenção que dependem os relacionamentos, tanto
com o nosso cônjuge, quanto com Deus.

Natureza humana
Por não sermos meros animais como as demais criaturas da natureza,
mesmo nossa dimensão instintiva se processa de maneira diversa, isto é, comer,
dormir, proteger-se e reproduzir-se são atividades que envolvem muito mais do
que apenas o nosso corpo: envolvem nossa alma. Assim, mesmo aí há dois modos
de proceder: um que nos aproxima das bestas e outro que nos aproxima dos
anjos.

Reverência
A irreverência como caminho para a intimidade é, na verdade, um atalho
para o desrespeito e para o desprezo. Já a reverência reconhece a nobreza no que
é reverenciado e enobrece aquele que reverencia.

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Contexto
Saber discernir o contexto naquilo que é falado e naquilo que é vivido é
fundamental. A autoreferencialidade viciada, onde se é sempre o centro de tudo,
impede a correta compreensão do que o outro diz e também do que exigem as
situações. O resultado costuma ser desastre sobre desastre. Abrir-se, discernindo
o contexto, não só amplia a compreensão como reconcilia com a realidade.

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Questões dirigidas

Estas são algumas perguntas destinadas a auxiliar na meditação pessoal


sobre os assuntos das cartas. Como o teor da obra é bastante íntimo, as
perguntas acabam sendo de semelhante modo:

1. Na primeira carta, Alice afirma que o casamento é “o mais completo, o mais


intenso, o mais belo vínculo possível entre dois seres humanos”. Como
compreendemos essa completude, essa intensidade e essa beleza?

2. Na terceira carta, a autora fala sobre as “ninharias”. Você concorda que não
existam coisas irrelevantes em um casamento? Por quê?

3. Na arca da memória entesouramos tanto boas quanto más recordações.


Alice, porém, enfatiza os grandes momentos do passado como uma força
restauradora. Como temos usado tais tesouros, para a esperança ou para a
vingança, para a alegria ou para a dor?

4. Todos cometemos erros e, portanto, todos precisamos de perdão. No


entanto, conseguimos perdoar com a mesma presteza com que nos
sentimos merecedores de perdão? Conseguimos separar a objetividade da
falta cometida da subjetividade da falta sofrida?

5. Num país como o nosso, onde a extroversão e as piadas são vistas como
virtudes em si mesmas, independente da ocasião, como resgatar ou
adquirir o senso de reverência?

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