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UNISINOS – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: TRATAMENTO DE ÁGUA


Aula 6: Unidades de Mistura Rápida e Floculação

Prof. Marcelo Oliveira Caetano


mocaetano@unisinos.br

Curso de Engenharia Civil - Tratamento de Água


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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.1. Introdução

- Necessidade de Tratamento e processos exigidos = determinados com


base nas inspeções sanitárias e nos resultados representativos de exames e
análises;
- Resultados de uma única análise ou de algumas análises que não cubram
um período suficiente em relação as estações do ano pode levar a erros
grosseiros.

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.2. Escolha do Manancial

- Decisão mais importante e responsável de um projeto de abastecimento


de água;
- Estudar tecnicamente o manancial levando em consideração o custo de
implantação e tratamento. Pensar no custo da rede de distribuição também;
- Mananciais mais próximos, mais cautelosos, capazes de atender a
demanda por mais tempo, melhor qualidade de água, menos sujeito a
poluição;
- Normalmente escolhido o ponto de captação a montante das cidades.

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.3. Qualidade da água

- Varredura da qualidade da água em todos os períodos do ano;


- A qualidade da água muda com estações do ano, chuvas, período de maior
lançamento de esgotos e efluentes industriais, etc...);
- Tempo para projetar uma ETA: mínimo 6 meses a 1 ano de estudos.

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.4. Investigações de laboratório e instalação piloto

- Sempre que possível (é recomendável), fazer testes de laboratório;


- Permite melhorar tecnicamente os projetos, reduzir custos e oferecer
maior segurança para as soluções adotadas;
- Trazer subsídios e contribuição para comportamento e eficiência dos
processos de: coagulação, floculação, sedimentação, filtração, desinfecção,
etc...;
- No caso de grandes ETA´s, em que não exista experiência prévia com o
tipo de água a ser tratada, justifica-se uso de instalações experimentais.

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.5. Finalidades da Purificação

a) Higiênicas: remoção de bactérias, protozoários, vírus e outros


microrganismos, substâncias tóxicas, impurezas, compostos orgânicos;
b) Estéticas: correção de cor, odor e sabor;
c) Econômicas: redução de corrosividade, dureza, cor, turbidez, ferro,
manganês, odor e sabor.

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.6. Principais Processos de Purificação
a) Aeração: por gravidade, pro asperção, difusão de ar, aeração forçada,
etc...;
b) Sedimentação ou decantação: simples, após coagulação;
c) Coagulação: aplicação de coagulantes (sulfato de alumínio ou
compostos de ferro);
d) Filtração: lenta, rápida, em leito de contato, superfiltração;
e) Tratamento por contato: leitos de coque, de pedra ou de pedriscos para
remoção do ferro; carvão ativado para remoção de odor e sabor;
f) Correção da dureza: processos de cal – carbonato de sódio e dos
zeólitos (troca iônica);
g) Desinfecção: cloro e seus compostos, ozona, raios ultravioletase outros
processos.
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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.6. Principais Processos de Purificação
h) Sabor e odor: uso do carvão ativado, substituição do processo de
cloração;
i) Controle de corrosão: cal, carbonato de sódio, metafosfato, silicato e
outros.

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
Principais Tecnologias de Tratamento
de água para consumo humano

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.7. Efeitos dos Processos de Tratamento

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.8. Alcance das instalações e programação
- Atender necessidades previstas para 10, 15, 20 ou 25 anos;
- Tempo depende: comunidade a ser atendida, processos de tratamento a
ser utilizados, condições econômico-financeira local, etc...;
- Considerar no projeto: programação para construção por etapas,
diminuindo investimentos iniciais e possibilidade de ampliações.

12.9. Localização das ETA´s


- Facilidade de acesso e transporte;
- Cota topográfica favorável para a adução;
- Condições topográficas e geológicas satisfatórias;
- Proximidades com área urbana

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12 – PROJETOS DE TRATAMENTO DE
ÁGUA
12.10. Disposição das Instalações
- Proximidade: mistura rápida x floculadores x decantadores;
- Redução de tubulações, menor área ocupada, redução de custo, etc...
Reservatório
Reservatório Elevado

Rede de
E.B.A Distribuição

F Cl Cal Filtro - t< 20min


Filtro
Decantador
Filtro
Casa de
Química Filtro
Filtro Decantador
Cal Filtro t < 3:30h
Al2(SO4 )3 Filtro

C. Parshal Floculador
t < 0,1s t < 30 min

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13 – UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA
E FLOCULAÇÃO

13.1. Medidor ou Calha Parshall;

13.2. Floculador Alabama;

13.3. Floculador de Chicanas.

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13 – UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA


E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal
Tem sido utilizado para combinar as funções de medição de vazão e
mistura rápida em função de sua geometria, do regime de escoamento a
montante e da intensidade de turbulência gerada pelo ressalto hidráulico
produzido.

OBS: Ressalto hidráulico - fenômeno localizado que se forma durante a


mudança de regime de escoamento supercrítico para o subcrítico.
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13. – UNIDADES DE MISTURA
RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal

Ressalto hidráulico - fenômeno localizado que se forma durante a mudança de


regime de escoamento supercrítico para o subcrítico.

Ressalto
hidráulico
Calha Parshal
Usina Hidroelétrica

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13. – UNIDADES DE MISTURA


RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal

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13. – UNIDADES DE MISTURA
RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal

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13. – UNIDADES DE MISTURA


RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal
DIMENSIONAMENTO
a) Vazão:
 Depende da estimativa da população – Redes de água
 Exemplo: 221,62 l/s ou 0,22162 m³/s

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13.2. Calha Parshal
DIMENSIONAMENTO
b) Medidas da Calha Parshall:

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13. – UNIDADES DE MISTURA


RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal
DIMENSIONAMENTO
c) Cálculo da Espessura da Parede do Canal:

- Montante:
Ep = 10cm (de cada lado)
- Jusante:
Ep = (57,5cm + 20 cm) – 38 cm
Ep = 19,75 cm

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13. – UNIDADES DE MISTURA
RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal
DIMENSIONAMENTO
d) Cálculo de h1, h2 e hf:
Para o cálculo das alturas temos as equações a seguir:

V = Rh2/3 x I1/2 Onde:


V = velocidade da água no conduto
n
Rh = raio hidráulico
Am = área molhada
Rh = Am Pm = perímetro molhado
I – declividade do canal
Pm
n = coeficiente de rugosidade das paredes
Q = vazão
Q=Axv A = área

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13. – UNIDADES DE MISTURA


RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal
DIMENSIONAMENTO
d) Cálculo de h1, h2 e hf:
Considerando:
I = 0,5%
n = 0,012 (de acordo com a tabela de Manning)

h1: 0,30m
h2: 0,45m

hf = h2 – h1
hf = 0,15

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13. – UNIDADES DE MISTURA
RÁPIDA E FLOCULAÇÃO
13.2. Medidor, Vertedor ou Calha Parshal
DIMENSIONAMENTO
e) Cálculo do degrau
Após a adição do coagulante na água, de forma que este de distribua o mais
uniforme possível a toda a massa líquida, deve-se projetar uma queda
d´água com intuito de aumentar a intensidade da agitação. Isto possibilita a
formação de coágulos maiores.

Por exemplo, neste projeto, optou-se por uma altura de queda de 21,4 cm.

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