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NP202 : Eletrônica Analógica I - 1º Semestre de 2013

Prof. Pedro Sergio Monti e Prof. João Scudeler Neto


2.1
2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
deBohr
Bohr
A Evolução dos Modelos Atômicos
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Leucipo (480 a 420 a.C.) , filósofo grego, dizia que a matéria podia
ser dividida em partículas cada vez menores, até chegar-se a um
limite.
Demócrito (460 a 370 a.C.), discípulo de Leucipo, afirmava que a
matéria era descontínua, isto é, a matéria era formada por
minúsculas partículas indivisíveis, as quais foram denominadas de
átomo (que em grego significa "indivisível").

O modelo da matéria descontínua foi rejeitada por um dos grandes


filósofos da época, Aristóteles (484 a 322 a.C.), o qual afirmava que
a matéria era contínua, isto é, a matéria vista como um "todo inteiro"
(contrastando com a idéia de que a matéria era constituída por
minúsculas partículas indivisíveis).
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2.1
2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
deBohr
Bohr
O químico inglês John Dalton, que viveu entre 1.766 a 1.825,
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

afirmava que o átomo era a partícula elementar, a menor partícula que


constituía a matéria.
Em 1.808, Dalton apresentou seu modelo atômico: o átomo como uma
minúscula esfera maciça, indivisível, impenetrável e indestrutível.
Para ele, todos os átomos de um mesmo elemento químico são
iguais, até mesmo as suas massas.
Hoje, nota-se um equívoco pelo fato da existência dos isótopos, os
quais são átomos de um mesmo elemento químico que possuem
entre si massas diferentes.
Seu modelo atômico também é conhecido como "modelo da bola de
bilhar".

Modelo Atômico de Dalton: "bola de bilhar".


O átomo seria uma esfera (partícula) maciça e indivisível.
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2.1
2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
deBohr
Bohr
Em 1897, pesquisando os raios catódicos, o inglês J. J. Thomson
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

demonstrou que os mesmos podiam ser interpretados como sendo um


feixe de partículas carregadas de energia elétrica negativa, as quais
foram chamadas de elétrons.
Utilizando campos magnéticos e elétricos, Thomson conseguiu
determinar a relação entre a carga e a massa do elétron. Ele conclui
que os elétrons (raios catódicos) deveriam ser constituintes de todo
tipo de matéria pois observou que a relação carga/massa do elétron
era a mesma para qualquer gás que fosse utilizado.
Com base em suas conclusões, Thomson colocou por terra o modelo
do átomo indivisível e apresentou seu modelo, conhecido também
como o "modelo de pudim com passas":

Modelo de Thomsom: "pudim com passas".


O pudim é toda a esfera positiva (em azul) e as passas são os elétrons (em amarelo), de carga negativa.
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2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
deBohr
Bohr
Em 1911, Rutherford e seus colaboradores realizaram a seguinte
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

experiência: bombardeamento de uma lâmina muito fina (delgada) de


ouro (Au) com partículas alfa (que eram positivas).

Rutherford e seus colaboradores verificaram que, para


aproximadamente cada 10.000 partículas alfa que incidiam na lâmina
de ouro, apenas uma era desviada ou refletida. Com isso, concluíram
que o raio do átomo era 10.000 vezes maior que o raio do núcleo.
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2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
deBohr
Bohr
Comparando, se o núcleo de um átomo tivesse o tamanho de uma
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

azeitona, o átomo teria o tamanho do estádio do Morumbi. Surgiu


então em 1911, o modelo do átomo nucleado, conhecido como o
modelo planetário do átomo: o átomo é constituído por um núcleo
central positivo, muito pequeno em relação ao tamanho total do
átomo, porém com grande massa, e ao seu redor localizam-se os
elétrons com carga negativa (compondo a "enorme" eletrosfera) e
com pequena massa, que neutraliza o átomo.
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2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
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Bohr
Modelo Atômico Rutherford-Bohr
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Bohr (1913), baseando-se nos estudos feitos em relação ao


espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta em 1900 por
Planck (Teoria Quântica), segundo a qual a energia não é emitida
em forma contínua, mas em ”blocos”, denominados quanta de
energia, propôs os seguintes postulados:

1. Os elétrons nos átomos descrevem sempre órbitas circulares ao


redor do núcleo, chamadas de camadas ou níveis de energia.

2. Cada um desses níveis possui um valor determinado de energia


(estados estacionários).

3. Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham uma


determinada quantidade de energia.
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2.1
2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
deBohr
Bohr
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

4. Os elétrons podem saltar de um nível


para outro mais externo, desde que
absorvam uma quantidade bem
definida de energia (quantum de
energia).

5. Ao voltar ao nível mais interno, o


elétron emite um quantum de
energia, na forma de luz de cor bem
definida ou outra radiação
eletromagnética (fóton).
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2.1
2.1– –Modelo
Modeloatômico
atômicode
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Bohr
6. Cada órbita é denominada de estado estacionário e pode ser
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

designada por letras K, L, M, N, O, P, Q. As camadas podem


apresentar um número máximo de elétrons.

7. Cada nível de energia é caracterizado por um número quântico (n),


que pode assumir valores inteiros: 1, 2, 3, etc.
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2.1
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Modeloatômico
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2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

MASSA
PARTÍCULAS CARGA
RELATIVA

NÊUTRON 1 0

PRÓTON 1 + e = 1,6x10-19C

ELÉTRON 1/1836 - e = 1,6x10-19C

Modelo atômico de Rutherford-Bohr


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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Níveis de Energia
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

.
Em uma estrutura atômica isolada
existem níveis discretos de energia,
associados à órbita do elétron.
Os gaps correspondem aos
intervalos existentes entre os níveis
discretos de energia.

A energia associada a cada elétron é


Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky
Electronic Devices and Circuit Theory, 8e
medida em elétron-volts.

1eV  1,6x10 19 J


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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Classificação quanto a condutibilidade elétrica
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky


Electronic Devices and Circuit Theory, 8e

A 0 K, todos os elétrons de valência dos semicondutores estão presos à


camada mais externa do átomo.
À temperatura ambiente, os elétrons livres formam uma banda de
condução.
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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Classificação quanto a condutibilidade elétrica
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

ex.: Mica ex.: Silício ex.: Cobre


r  1012 cm r  50103 cm r  10-6 cm
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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Elementos base dos semicondutores
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Estrutura Atômica do Si e do Ge
Átomos Tetravalentes (4 elétrons na banda de valência)
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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Ligação covalente: ligação de átomos
estabelecida pelo compartilhamento de
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

elétrons

Si
Banda de Valência

Si Si Si

Si Núcleo + elétrons das bandas internas

Rede cristalina do Si intrínseco


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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Si

Si Si Si

Si Energia

Geração do par elétron - lacuna


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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Elétron livre

Si
Lacuna

Si Si Si

Si

Geração do par Elétron - Lacuna


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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Estado Livre
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Elétrons da banda de valência absorvem energia de fontes


externas e quebram a ligação covalente, assumindo um
estado livre (portadores intrínsecos) e se tornam sensíveis a
campos elétricos.
A uma mesma temperatura, a relação entre os portadores
intrínsecos do Ge e do Si é superior a 103.

Portadores intrínsecos por cm3, à temperatura ambiente:


Si: 1 elétron livre para cada 1012 átomos
1,5 x 1010 portadores intrínsecos (elétrons livres)
Ge: 1 elétron livre para cada 109 átomos
2,5 x 1013 portadores intrínsecos (elétrons livres)
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2.2 – Rede cristalina de material semicondutor
Ionização
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Ionização: Processo pelo qual um átomo perde ou ganha


elétrons

A ionização térmica resulta na geração de pares elétrons-


lacuna livres. Os elétrons e lacunas livres se movem
aleatoriamente através da estrutura do cristal e, nesse
processo, alguns elétrons podem preencher algumas
lacunas, o que denominamos recombinação. Da
recombinação resulta o desaparecimento de pares
elétrons-lacuna livres.
No equilíbrio térmico, a taxa de recombinação é igual à
taxa de ionização.
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2.3 – Condução no semicondutor
Difusão e Deriva
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

São mecanismos através dos quais elétrons e lacunas se


movimentam através de um cristal

Difusão: Corresponde a uma fluxo de portadores de


cargas (elétrons ou lacunas) de uma região de maior
para uma de menor concentração de cargas, gerando um
fluxo líquido de cargas, ou seja, corrente elétrica.

Deriva: Corresponde a um movimento de cargas


originado a partir da aplicação de um campo elétrico
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Si Si Si Si

Si Si Si Si

Si Si Si Si

I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

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I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

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Si Si Si Si

Si Si Si Si

Corrente no semicondutor intrínseco


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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

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I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

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I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

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I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

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I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Si Si Si Si

Si Si Si Si

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I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Si Si Si Si

Si Si Si Si

Si Si Si Si

Corrente no semicondutor intrínseco


NP202 : Eletrônica Analógica I
Instituto Superior para Tecnologias da Informação e Comunicação - ISUTIC
- 1º Semestre de 2013
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2.3 – Condução no semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Si Si Si Si

FLUXO DE ELÉTRONS

Si Si Si Si

FLUXO DE LACUNAS

Si Si Si Si

I -
+
Corrente no semicondutor intrínseco
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Material Extrínseco
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

O material semicondutor livre de impurezas é denominado


material intrínseco.
O material semicondutor submetido ao processo de
dopagem é denominado material extrínseco.
O material extrínseco tipo N é obtido a partir de impurezas
pentavalentes (5 elétrons na banda de valência), tais como
antimônio, arsênio e fósforo.
O material extrínseco tipo P é obtido a partir de impurezas
trivalentes (3 elétrons na banda de valência), tais como
boro,gálio e índio.
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2.4 – Dopagem do semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Não realiza ligação covalente

Si

Si P Si

Si Átomo Pentavalente (doador)


fósforo-P
arsênio-As
antimônio-Sb
bismuto-Bi

CRISTAL TIPO N
Dopagem com Átomos Pentavalentes
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Instituto Superior para Tecnologias da Informação e Comunicação - ISUTIC
- 1º Semestre de 2013
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Prof. Pedro
Material tipoSergio
N ( 2º sem/2011)
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

O 5º elétron do átomo de impureza não estabelece uma ligação


covalente, ficando situado na banda proibida e tenuemente ligado ao
átomo de origem. Portanto, irá requerer menor energia para saltar à
banda de condução, (Eg=0,05 eV para o Si e Eg= 0,01 eV para o Ge).

À temperatura ambiente, para um nível


de dopagem de 1 átomo de impureza
para cada 10 milhões de átomos de Si
(1:107), teremos um aumento na
concentração de portadores livres de
100.000:1 (1012/107=105).

Para o Ge esta relação será de 100:1


Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky
Electronic Devices and Circuit Theory, 8e
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Elétron livre
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

(portador majoritário)

Si

Si P Si

Si
Átomo Pentavalente (doador)
fósforo-P
arsênio-As
antimônio-Sb
bismuto-Bi

CRISTAL TIPO N
Dopagem com Átomos Pentavalentes
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2.4 – Dopagem do semicondutor
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Lacuna
(portador majoritário)
Si

Si B Si

Si
Átomo Trivalente (receptor)
boro-B
gálio-Ga
alumínio-Al
índio-In

CRISTAL TIPO P
Dopagem com Átomos Trivalentes
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Prof. Pedro
Material tipoSergio
P ( 2º sem/2011)
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Com impurezas trivalentes haverá insuficiência de elétrons para


completar as ligações covalentes, resultando em lacunas que
aceitarão elétrons.

A condução pelo efeito lacuna


se dará quando um elétron
adquire energia suficiente para
quebrar a sua ligação
covalente, passando a ocupar
uma lacuna existente e, assim,
criando uma nova lacuna na
ligação covalente que liberou
o elétron.
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Electronic Devices and Circuit Theory, 8e
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2.4 – Dopagem do semicondutor
O efeito lacuna
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky


Electronic Devices and Circuit Theory, 8e

O elétron que se desloca para preencher uma lacuna existente não é


livre. O efeito elétrico corresponde ao deslocamento de uma lacuna e,
portanto, a condução se dá pelo deslocamento de lacunas livres.
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Portadores Majoritários
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

No estado intrínseco, apenas os elétrons que receberam


energia suficiente para quebrar a ligação covalente se
encontram na banda de condução.
Em um material tipo N, o número de lacunas é
praticamente o mesmo em relação ao estado intrínseco do
semicondutor, mas o número de elétrons livres excede,
em muito, o número de lacunas, sendo denominados
Portadores Majoritários.
Já para um material tipo P, as lacunas livres são
majoritárias.
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Cristal tipo N e Cristal tipo P
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky


Electronic Devices and Circuit Theory, 8e

Para um átomo pentavalente, quando o 5º elétron


abandona o átomo de origem, este adquire uma carga
positiva (íons doadores).
O átomo trivalente, ao receber um elétron, adquire uma
carga negativa (íons receptores).
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2.4 – Dopagem do semicondutor
Simulador de Dopagem
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Si = 0,05 eV
Ge = 0,01 eV BANDA DE BANDA DE
CONDUÇÃO CONDUÇÃO Si = 0,05 eV
Ge = 0,01 eV

BANDA PROIBIDA
BANDA PROIBIDA

BANDA DE VALÊNCIA BANDA DE VALÊNCIA

NÍVEL DE ENERGIA DOS ELÉTRONS NÍVEL DE ENERGIA DAS LACUNAS


DO ELEMENTO DOADOR NA DO ELEMENTO RECEPTOR NA
FORMAÇÃO DO SEMICONDUTOR FORMAÇÃO DO SEMICONDUTOR
TIPO “ N ” TIPO “ P ”
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2.5 – Formação da junção PN
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

antes: P N

difusão
durante: P N

depois: P - + N
EBP

Formação da Junção PN
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2.5 – Formação da junção PN
Barreira de Potencial
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Os elétrons que se difundem para dentro da região P se recombinam


com lacunas majoritárias de P e as lacunas que se difundem para
dentro da região N se recombinam com elétrons majoritários de N, o
que resulta no desaparecimento lacunas livres do lado P e elétrons
livres do lado N.
Como a recombinação se dá próxima à região da junção, surgirão
cargas fixas (íons) negativas no lado P e positivas no lado N. Haverá
então uma região de depleção (redução) de portadores de carga de
ambos os lados da junção, chamada Região de Depleção.
A presença de cargas fixas dos dois lados da junção dará origem a um
campo elétrico que se oporá à difusão de lacunas na região N e de
elétrons na região P, agindo como uma barreira, denominada Barreira
de Potencial, a ser superada para que novos elétrons e lacunas se
difundam.
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2.5 – Formação da junção PN
Corrente de Difusão e de Deriva
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

Corrente de Difusão: Existe uma maior


concentração de lacunas do lado P e
de elétrons do lado N (portadores
majoritários), logo, lacunas se
difundirão de P para N e elétrons de N
para P, formando a corrente de
difusão.

Corrente de Deriva: Os portadores


minoritários, elétrons do lado P e
lacunas do lado N se difundirão para a
borda da região de depleção, onde
Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky
Electronic Devices and Circuit Theory, 8e serão acelerados pelo campo elétrico
lá existente, passando de P para N e
de N para P, formando a corrente de
deriva.
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2.5 – Formação da junção PN
O Equilíbrio
2 – FÍSICA DOS SEMICONDUTORES

A Corrente de Difusão (ID) é


fortemente dependente da largura da
barreira de potencial.
A Corrente de Deriva ou de Saturação
(IS), formada pelos portadores
minoritários, depende da temperatura.
Como não há corrente externa,
conclui-se que ID=IS.
A condição de equilíbrio é mantida
pela largura da barreira de potencial
Robert L. Boylestad and Louis Nashelsky
que aumenta se ID exceder IS e reduz
Electronic Devices and Circuit Theory, 8e
se IS exceder ID.

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