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A revisão do artigo destaca a diferença entre a vida natural dos equinos, que envolve pastagens
abertas e interações sociais, e o manejo dos cavalos atletas, que frequentemente são mantidos em
confinamento. Isso pode resultar em alterações no comportamento, dieta e torná-los mais propensos
a doenças. O autor enfatiza a importância de reconhecer os comportamentos anormais e
estereotipias como indicativos de práticas de manejo inadequadas.
A discussão aborda o estresse e seus impactos nos cavalos atletas, incluindo o desenvolvimento de
comportamentos anormais devido à frustração e estresse, o que pode prejudicar o desempenho. O
artigo também destaca a importância da avaliação metabólica e fisiológica para evitar fadiga e
treinamento excessivo, bem como a nutrição adequada e o manejo sanitário para manter a saúde
dos cavalos atletas.
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O artigo discute a evolução do entendimento sobre o bem-estar dos cavalos e sua aplicação no
transporte de cavalos atletas, com foco na minimização dos fatores estressantes durante o
transporte. O autor começa por definir o bem-estar animal (BEA) com base nas definições de Broom
& Johnson (1993) e Mellor et al. (2009), destacando a importância desse conceito, que considera o
estado físico e psicológico dos animais em relação ao ambiente em que vivem.
Além disso, o autor aborda as "Cinco Liberdades" do bem-estar animal, conforme definidas pelo
Comitê Brambell (1965). Essas liberdades incluem a ausência de fome e sede, medo e ansiedade,
desconforto, ferimentos, dor e doenças, bem como a liberdade para expressar comportamento
natural. No entanto, o autor argumenta que essas liberdades podem não ser completamente
aplicáveis a animais domésticos devido a diferenças fisiológicas, o que levou ao desenvolvimento
dos "cinco domínios do BEA" por Mellor & Reid (1994). Esses domínios englobam nutrição e
hidratação, ambiência, saúde e status funcional, comportamento e estado mental.
O foco principal do artigo recai sobre o transporte de cavalos atletas, no qual se destaca que o
transporte pode ser uma fonte de estresse para esses animais devido a diversos estressores
potenciais, como isolamento, contato com animais desconhecidos, exposição a patógenos, privação
de atividades normais, entre outros. O autor destaca a necessidade de estratégias que minimizem
o estresse durante o transporte e menciona a síndrome dos transportes, que pode resultar em
problemas de saúde como cólica, diarreia, pleuropneumonia e laminite.
O autor ressalta que a prevenção de situações negativas de BEA durante o transporte não deve se
limitar apenas ao embarque e desembarque, mas deve considerar uma variedade de agentes
estressores, como condições climáticas extremas, distância e duração da viagem, privação de
alimentos e água, entre outros. Além disso, enfatiza a importância da qualificação da mão-de-obra
envolvida no transporte, incluindo motoristas e tratadores, e destaca a necessidade de adotar
condutas baseadas em evidências científicas em vez de tradições.
O artigo conclui que, apesar da divulgação generalizada das boas práticas de transporte de cavalos,
ainda existem situações em que essas práticas não são adequadamente seguidas. O autor enfatiza
a importância de conhecimentos sobre fisiologia, ambiência, sanidade e agentes estressores no
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transporte de cavalos e ressalta que a aplicação dos princípios de BEA deve envolver todas as
pessoas envolvidas no processo, desde proprietários até motoristas e tratadores. Além disso, a
fiscalização por parte das autoridades pode desempenhar um papel crucial na melhoria do bem-
estar durante o transporte, evitando o uso de veículos inadequados. A maximização do bem-estar
durante o transporte, segundo o autor, pode resultar em uma experiência mais positiva para os
cavalos atletas e melhorar seu desempenho em competições.
Uma abordagem relevante do artigo é a introdução do modelo das "cinco liberdades" ou "cinco
domínios" como uma estrutura para avaliar o bem-estar animal de maneira sistemática. O modelo
enfatiza a importância de maximizar o bem-estar positivo e minimizar os estados negativos, além de
proteger contra o sofrimento. Isso é considerado fundamental para melhorar os resultados das
intervenções clínicas e cirúrgicas e, consequentemente, a relação entre os médicos veterinários, os
pacientes equinos e os proprietários.
O texto discute questões práticas e importantes para a promoção do bem-estar dos equinos
hospitalizados, como a influência do ambiente físico, instalações e piquetes na redução do estresse.
Também destaca a necessidade de alimentação individualizada, particularmente relevante para a
privacidade dos cavalos durante a alimentação. Além disso, enfatiza a importância de avaliações
regulares do estado dos animais e a manutenção de instalações seguras.
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e implementar protocolos nutricionais específicos de suporte. Além disso, aborda a dor e seu
controle, destacando a necessidade de reconhecimento e tratamento apropriados.
Contudo, o artigo oferece uma análise abrangente e informativa sobre o bem-estar de equinos
hospitalizados, destacando aspectos críticos e práticos que os profissionais da medicina veterinária
devem considerar para garantir o tratamento ético e compassivo de seus pacientes equinos. A
estrutura do artigo e a apresentação de informações são claras e bem organizadas, tornando-o uma
valiosa contribuição para a comunidade veterinária que lida com equinos.