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TERMORREGULAÇÃO E AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

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NOSSA HISTÓRIA

A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 1

Sumário .................................................................................................................... 2

Termorregulação e Avaliação Nutricional ............................................................... 3

Compartimentos dos Líquidos Corporais ............................................................... 4

Termorregulação ....................................................................................................... 6

Composição do suor ............................................................................................... 15

Desidratação ............................................................................................................ 16

Reposição Hidroeletrolítica .................................................................................... 18

Recomendações Nutricionais ................................................................................ 21

Estratégia global sobre alimentação saudável, atividade física e saúde ........... 25

Avaliação da composição corporal ....................................................................... 26

REFERENCIAS ......................................................................................................... 33

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Termorregulação e Avaliação Nutricional

A saúde é produto de uma série de fatores relacionados com a qualidade de

vida, os quais incluem um padrão adequado de alimentação e nutrição, de habitação

e saneamento, de renda e de oportunidades de educação ao longo de toda a vida dos

indivíduos e das comunidades.

O acompanhamento da situação nutricional das crianças de um país constitui

um instrumento essencial para a aferição das condições de saúde da população

infantil, sendo uma forma objetiva de avaliar a evolução das condições de vida da

população em geral.

A avaliação nutricional é fundamental devido à influência decisiva que o estado

nutricional exerce sobre os riscos de mortalidade e sobre o crescimento e o

desenvolvimento infantil.

O perfil epidemiológico, realizado através de estudos sobre fatores

comportamentais de risco, representa um dos componentes mais importantes para o

estabelecimento de programas eficazes e efetivos de educação e comunicação em

saúde.

A identificação dos padrões de comportamento e estilos de vida da população

em geral, ou de segmentos específicos, e o significado que adquirem na vida social

podem contribuir para o desenho de estratégias mais eficazes no campo da promoção

da saúde. (KRAUSE; MAHAN; ESCOTT--STUMP, 2005) O conhecimento sobre o

contexto social e econômico, gerador de tais comportamentos ou estilos de vida,

certamente contribuirá para a escolha de intervenções mais eficazes e efetivas, no

que tange à promoção da saúde de crianças e adolescentes.

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As alterações biológicas e fisiológicas ocorridas no organismo da criança e do

adolescente demandam uma dieta balanceada para um adequado crescimento e

desenvolvimento orgânico. Cabe aos profissionais de saúde, em especial aos

nutricionistas, a identificação do estado nutricional desse segmento para que haja uma

intervenção apropriada com referência à qualidade e à quantidade da alimentação.

Existem distúrbios decorrentes de falhas nos esquemas de alimentação e

reposição hídrica, eletrolítica e de substrato energético, que prejudicam sobremaneira

a tolerância ao esforço e colocam em risco a saúde dos praticantes de exercícios

físicos, podendo até mesmo causar a morte. Esses distúrbios, mais frequentemente

observados em atividades de longa duração, são bastante influenciados pelas

condições ambientais. Aos profissionais que militam no esporte e atuam em

programas de exercícios físicos destinados à população em geral, apresenta

informações, embasadas em evidências científicas, visando a uma prática de

exercícios desenvolvida com segurança e preservação da saúde. São informações

que devem ser consideradas por todos os praticantes de exercícios físicos, sejam os

atletas competitivos, sejam os anônimos frequentadores de academias e outros

espaços destinados à prática de exercícios. Será abordado alguns dos aspectos

essenciais da hidratação e da nutrição do esporte, por razões didáticas distribuídos

em seis sessões: compartimento dos líquidos corporais; termorregulação no exercício

físico; composição do suor; desidratação; reposição hidroglicoeletrolítica; e

recomendações nutricionais.

Compartimentos dos Líquidos Corporais

Os líquidos corporais estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular,

sendo esse último formado pelo interstício celular e plasma sanguíneo. Os dois

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compartimentos, intra e extracelular, devido à permeabilidade seletiva da membrana

endotelial, possuem constituição semelhante, mas concentrações distintas de solutos.

Cerca de 20% do peso corporal são formados pelos líquidos intersticial e

plasmático, respectivamente, ¾ e ¼ dos 14 litros do compartimento extracelular

existentes no homem médio de 70kg. Na sua composição predominam os cátions de

sódio (142mEql/l), secundados pelos ânions de cloro e pequenas quantidades de

proteínas e potássio (4,2mEq/l). A composição do líquido extracelular é rigorosamente

regulada por diversos mecanismos, com destaque para a função renal, o que mantém

as células banhadas por um líquido com concentração de eletrólitos e nutrientes

apropriada ao seu perfeito funcionamento. No compartimento intracelular existem 28

litros dos 42 litros existentes no corpo, representando cerca de 40% do peso corporal

do indivíduo médio. O líquido intracelular contém pequenas quantidades de cloreto e

de íon sódio (14mEql/l), grandes quantidades de íon potássio (140mEql/l), fosfato e

praticamente o quádruplo da concentração plasmática de proteínas,

A manutenção de um volume relativamente constante e de uma composição

estável dos solutos dos líquidos corporais é essencial para a homeostasia do

organismo. A necessidade diária de água varia individualmente, sendo influenciada

por uma série de fatores, como as condições ambientais e as características da

atividade física, como duração da sessão, intensidade do exercício e necessidade de

vestimentas que interferem na termorregulação, por exemplo. A água do organismo

provém de várias fontes, sendo ingerida sob a forma de água pura e de água que

compõe os alimentos, inclusive os sólidos, que são as fontes exógenas. Existe, ainda,

a produção endógena de água, decorrente da oxidação dos macronutrientes. A soma

das fontes exógena e endógena precisa oferecer ao organismo humano a quantidade

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de água correspondente às perdas diárias. Além do débito urinário, cerca de 100ml

de urina/hora, ocorrem perdas pela pele e pelo trato respiratório, somando cerca de

700ml/dia de perda insensível de água, perda pelo suor, que é bastante variável,

podendo atingir até dois litros por hora durante a prática de exercícios físicos, além

das perdas pelas fezes, cerca de 100ml/dia. Portanto, para que exista equilíbrio entre

ingestão e excreção, cabe aos rins a tarefa de regular a perda de líquidos e eletrólitos,

por meio de múltiplos mecanismos. Com efeito, o mecanismo essencial pelo qual o

organismo mantém o equilíbrio hidroeletrolítico depende do bom funcionamento renal.

Termorregulação

A eficiência mecânica do organismo humano é baixa. Na caminhada rápida e

na corrida, no máximo 25% da energia química advinda da oxidação dos nutrientes

costumam se transformar em energia mecânica, responsável pelo movimento. O

restante é transformado imediatamente em energia térmica. Posteriormente, inclusive

a energia mecânica, que proporcionou o movimento, também é transformada em

energia térmica. Portanto, 100% da energia são transformados em calor. Essa energia

térmica, que se acumula durante a prática de exercícios, elevando a temperatura

corporal, deve ser dissipada, o que ocorre através de mecanismos termorregulatórios,

sem os quais o organismo entraria em colapso devido ao superaquecimento em

questão de poucos minutos de atividade contínua.

Dentre os mecanismos termorregulatórios, o mais eficaz durante a prática de

exercícios é a evaporação do suor. Portanto, não basta suar, sendo necessária a

evaporação do suor para que o calor seja liberado pelo organismo, algo influenciado

pela umidade relativa do ar ambiente. Ou seja, o aumento da umidade relativa do ar

diminui a taxa de evaporação do suor, possibilitando, consequentemente, menor

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liberação do calor corporal. Os demais mecanismos, que são a condução, a irradiação

e a convecção, têm importância menor durante a prática de exercícios, principalmente

os mais intensos e prolongados. Na medida em que ocorre a elevação da temperatura

externa, esses três mecanismos se tornam ainda menos efetivos.

O fluxo sanguíneo que banha as células do hipotálamo anterior permite ao

organismo humano a constatação da temperatura sanguínea ou central do organismo.

Diante do aumento de temperatura central, desencadeia-se uma resposta eferente

mediada por receptores adrenérgicos nos vasos sanguíneos, ocorrendo vasodilatação

periférica e, consequentemente, desvio de sangue para a pele. Concomitantemente,

ocorre estímulo dos receptores colinérgicos nas glândulas sudoríparas, as quais

aumentam a taxa de produção do suor. Portanto, o aumento da temperatura central

desencadeia o mecanismo de termorregulação, que culmina com a formação e

evaporação do suor. Os mecanismos da termorregulação e da manutenção da

homeostasia cardiocirculatória podem se tornar conflitantes, principalmente se houver

desidratação com diminuição do volume plasmático circulante, quando o organismo

privilegia a manutenção do volume plasmático, em detrimento da termorregulação,

ocorrendo, então, diminuição da vasodilatação periférica e da produção de suor. Com

o aumento da temperatura central, a consequência é a gradativa diminuição do

desempenho físico, que pode culminar com colapso, exaustão e insolação,

ocasionando até mesmo o óbito.

O comitê em Medicina de Esporte da Academia Americana de Pediatria

recomenda que para a prática esportiva sejam levados em consideração os níveis de

estresse térmico medido pelo Índice de Temperatura do Globo e Bulbo Úmido. Esse

índice combina as temperaturas de medida do ar (Tdb), umidade (Twb) e radiação

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solar (Tg), sendo determinado por meio da equação WBGT= 0,7wb + 0,2Tg + 0,1Tdb.

Vale ressaltar que essa recomendação é mais relevante para as atividades intensas

e de longa duração.

Todos os processos que ocorrem em um organismo para manter seu

funcionamento necessitam de uma temperatura adequada. Isso se deve ao fato de

tais processos envolverem proteínas, enzimas, reações químicas e físicas que

ocorrem mais rapidamente ou de forma muito lenta de acordo com a temperatura do

meio em que se encontram. Por exemplo, se a temperatura baixar muito as reações

ficam lentas e podem ate cessar parando a função corporal. Por outro lado,

temperaturas elevadas podem desnaturar proteínas comprometendo a integridade do

organismo. Assim, é fundamental que os seres vivos disponham de estratégias para

regular a temperatura do corpo e de acordo com elas os animais são classificados

como homeotérmicos ou pecilotérmicos.

Os pecilotérmicos variam sua temperatura corporal de acordo com a

temperatura do ambiente, mas controlam essa variação por métodos

comportamentais. Por exemplo, o lagarto fica exposto ao sol pela manha e se esconde

do sol durante o resto do dia para evitar o hiperaquecimento. Às vezes veterinários

são solicitados a opinar sobre o manejo de pecilotérmicos de cativeiro, é importante

aconselhar os proprietários a providenciar fonte de aquecimento para que os animais

fiquem ativos nas épocas frias do ano. Os homeotérmicos conseguem manter sua

temperatura corporal constante na presença de variações significativas de

temperatura ambiente Essa característica traz vantagens e desvantagens. Os

homeotérmicos podem sobreviver em uma ampla variedade de ambientes e podem

ficar ativos no inverno. Porém, eles precisam ingerir mais alimento que outros animais,

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pois para manter sua temperatura necessitam de processos metabólicos que

demandam grande quantidade de energia. Já os pecilotérmicos são capazes de

sobreviver a longos períodos sem alimento porque precisam de muito menos energia.

Mas, de onde vem o calor do corpo, o calor que os homeotérmicos mantém

dentro de uma faixa estreita, graças a estratégias típicas desses animais, e que os

pecilotérmicos controlam por comportamento? O calor é um subproduto de todos os

processos metabólicos, do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Pode

entrar também a partir do exterior através de radiação, condução e convecção. Um

organismo esta sempre “queimando” as substâncias citadas, mesmo em jejum e em

repouso. Esse metabolismo mínimo que mantém o organismo vivo pode ser medido

pela taxa metabólica basal. O metabolismo basal é maior nos homeotérmicos devido

ao custo energético extra que estes animais tem para gerar calor e manter a

temperatura. Também é maior nos pequenos mamíferos que nos grandes porque a

superfície de perda de calor dos pequenos animais é relativamente maior que nos

grandes animais. Assim precisam gerar mais calor, pois trocam mais facilmente com

o meio. Durante um exercício, a taxa metabólica se eleva, pois a necessidade

energética para atender o corpo é maior. Então, parte das transformações bioquímicas

dos nutrientes geram o trabalho da musculatura e parte gera calor, elevando a

temperatura corporal final. A partir desse principio o organismo pode aumentar a

produção de calor quando a temperatura ambiente estiver baixa. São os tremores!

Músculos antagônicos se contraindo sem produzir trabalho útil, elevando a

temperatura do corpo pela transformação de energia química de carboidratos,

gorduras e proteínas em calor.

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Para reagir a situações de frio o organismo também eleva sua produção

metabólica de calor, sendo uma forma de elevar a temperatura sem ocorrer tremores.

É um método mais eficiente uma vez que a energia metabolizada é mais concentrada

para produção de energia térmica e não para trabalho (contrações da musculatura).

O aumento do metabolismo é medido pela secreção de tiroxina e pelos efeitos

calorigênicos das catecolaminas sobre os lipídeos. Os lipídeos são extremamente

calóricos. A metabolização de gorduras produz mais calorias do que carboidratos e

proteínas. Em geral em alguns órgãos como o fígado e o coração, a produção de calor

é relativamente constante. O músculo esquelético dá uma contribuição variável para

a produção de calor: durante o trabalho muscular, mais de 80% do calor do corpo são

produzidos no músculo esquelético; durante o repouso o percentual é muito menor. A

temperatura do fígado pode estar 1 a 2 graus acima da retal e a do cérebro em geral

é um pouco mais alta que a do sangue carotídeo. Essas regiões são, portanto, mais

resfriadas que aquecidas pelo sangue arterial. Em ruminantes a temperatura intra

ruminal é mais alta do que a retal devido ao calor extra produzido pelos

microorganismos ruminais. A temperatura das partes mais periféricas do corpo, assim

como os membros, pode ser, em um ambiente frio, 10 graus ou mais baixa que a

temperatura profunda (é mais fácil obter um índice da temperatura pelo reto. Embora

ela não represente sempre uma média da temperatura corporal profunda o equilíbrio

ocorre mais lentamente do que em outras partes profundas do corpo. Assim torna-se

um bom índice de equilíbrio dinâmico verdadeiro).

Mas e quanto a perda de calor para manter o equilíbrio? Como ocorre? O corpo

perde calor por meio de radiação, condução, evaporação da água das vias aéreas e

pele, excreção de fezes e urina. Respostas fisiológicas do organismo que ocorrem

sempre procurando manter a temperatura dentro de uma faixa desejada. Ajustes

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circulatórios promovem a vasodilatação cutânea elevando a temperatura da pele e

assim favorecendo a troca de calor com o meio ambiente. Essa resposta é mediada

principalmente por nervos vasoconstritores simpáticos. A vasodilatação periférica é,

portanto resultado da inibição do tônus simpático. O calor pode diminuir esse tônus

por meio de um aumento da temperatura do SNC ou de forma reflexa, pela mediação

de termorreceptores na pele A evaporação de água é outro meio eficiente de perder

calor. Enquanto apenas um caloria é necessária para elevar a temperatura de 1 grama

de água em 1 grau ceulsius , quase 600 calorias são necessárias para a evaporação

de água no corpo. A água evaporada a partir da vias aéreas e pele contribui com cerca

de 25% da perda do calor produzido em mamíferos. No cão a piloteia trata-se da forma

mais importante de regular o calor, já em humanos a sudorese tem esse papel

principal. Avaliando todas as vias de produção de calor podemos imaginar que a

concentração dos processos está na musculatura e no fígado.

Então, como toda essa energia térmica é distribuída para as outras partes do

organismo? Afinal, todo o corpo precisa do calor produzido e precisa também perder

esse calor para manter a temperatura em estreitas variações. Os tecidos tem uma

condutividade semelhante a da cortiça, portanto, a condução não e um meio eficiente

de redistribuir o calor. É o sangue que perfunde um órgão que então capta o calor e

redistribui para as partes mais frias do corpo.

Febre

Febre é uma elevação da temperatura corpórea, resultante de modificações

provocadas por pirogenicos que são substancias extremamente potentes que atuam

sobre o hipotalamo, aumentando o ponto fixo para a temperatura corpórea. Incluem

produtos bacterianos como endotoxinas de bactérias Gram negativas e proteínas

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produzidas pelos próprios tecidos do corpo, em particular por leucócitos. Os

pirogenicos exógenos, como a endotoxina, podem estimular os leucócitos a

produzirem pirogenio endógeno. Quando o hipotalamo é exposto ao pirogenio, o ponto

fixo se eleva e o animal inicia respostas para conservar e produzir o calor ate que a

temperatura corpórea alcance o novo ponto fixo, o animal mantém seu corpo à nova

temperatura ate que o pirogenio seja metabolizado e sua produção cesse. Quando

isso ocorre, o ponto fixo abaixa novamente para o normal, e o animal inicia

mecanismos de perda de calor para diminuir a temperatura corpórea. Acredita-se que

a produção de prostaglandina E1 no hipotalmo esteja envolvida na elevação de ponto

fixo. Por essa razão os bloqueadores da ciclooxigenase como aspirina e fenilbutazona

são usados para tratar a febre. Ocorre choque pelo calor quando a produção do

mesmo ou seu ganho excede o debito, resultando em aumento da temperatura

corpórea para níveis perigosos Em climas quentes e úmidos, é difícil os animais

conseguirem trocar calor, porque não pode ocorrer resfriamento eficaz por

evaporação. Cães que ficam fechados dentro de carros ao sol, seu ofego satura o ar

com vapor de água, impossibilitando qualquer perda adicional de calor. À medida que

a temperatura corporal aumenta, a taxa metabólica também aumenta, produzindo

mais calor. Além disso, o ofego ou a sudorese, ou ambos, acarretam desidratação e

colapso circulatório, dificultando ainda mais a transferência de calor para a pele.

Quando a temperatura corpórea ultrapassa 41,5 a 42,5 a função celular fica

seriamente prejudicada e o animal perde a consciência. Ocorre hipotermia quando o

debito de calor ultrapassa sua produção, de forma que a temperatura corpórea cai a

níveis perigosos.

Na natureza, a hipotermia em geral ocorre devido a exaustão dos mecanismos

metabólicos de defesa contra o frio. O tremor pode persistir por longos períodos,

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causando depleção de reservas de glicogênio do músculo esquelético e do fígado,

bem como queda do glicogênio do músculo cardíaco. Animais pequenos o doentes

expostos a um ambiente frio podem perder mais calor que são capazes de gerar e a

temperatura corpórea pode cair a um ponto em que o animal não consiga invocar os

mecanismos termorreguladores.

A capacidade hipotalâmica de regular a temperatura do corpo fica bastante

prejudicada a um temperatura abaixo de 29 graus. Ocorre parada cardíaca em torno

de 20 graus. Os recém-nascidos parecem ser mais capazes de sobreviver a baixas

temperaturas corpóreas que animais adultos e, aparentemente , cordeiros leitões e

filhotes de cães em coma podem ser reaquecidos e reviver. Hibernação Alguns

mamíferos mantém uma alta temperatura corporal, principalmente sob condições de

temperatura ambiental favorável, mas abandonam a homeotermia no frio. Entre esses

hibernadores estão a marmota européia e americana, o hamster e o ouriço caixeiro.

O urso, por outro lado não e um verdadeiro hibernador, visto que permanece de

sangue quente durante seu sono de invento. A temperatura dos hibernadores

apresenta grandes variações, mesmo no estado de sangue quente e depende muito

da atividade do animal. Durante o sono de inverno, ela cai e permanece em nível

apenas ligeiramente acima da temperatura ambiental. Mas está presente mesmo nos

hibernadores que dormem durante o inverno um mecanismo protetor contra o

resfriamento profundo. Se a temperatura corporal cai a níveis próximos ao

congelamento, o animal acorda e se reaquece rapidamente. A maioria dos

hibernadores acorda periodicamente de modo rítmico e cada breve despertar envolve

considerável dispêndio de energia. A capacidade de acordar usando calor apenas de

suas próprias fontes parece dever-se à preponderância de gordura parda e suas

características metabólicas nesses animais. As células do tecido gordurosos pardo

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são ricas em mitocondrias e inervados por fibras do simpático. Quando estimuladas,

essas células consomem oxigênio e produzem calor rapidamente. Durante o despertar

da hibernaçao a temperatura desse tecido, localizado entre os omoplatas, é a mais

elevada do corpo.

Nos ruminantes: A formação de calor nos diversos tecidos corporais é variável.

Nos pré-estomagos os ruminantes a formação de calo aumenta no decorrer dos

processos microbianos da digestão da forragem, de maneira que a temperatura do

rumem se situar 1 a 2 graus acima da temperatura retal. Com aumento da produção

de leite aumenta nos bovinos a formação de calor no fígado e nas glândulas mamarias

de forma acentuada. No fígado aumenta neoglicogenese e síntese de lipoproteínas.

Com aumento de produção de leite, os bovinos ficam mais sensíveis a um aumento

da temperatura ambiente acima da zona térmica neutra, reduzindo a secreção de

tirocina; assim conseguem reduzir formação de calor, mas também ocorre redução na

síntese do leite uma vez que a tiroxina é via comum para ambos eventos. Quando os

animais permanecem por períodos prolongados no frio, aumenta a assimilação de

alimentos, a secreção de tiroxina e a extensão dos processos de combustão também

aumentam.

Os ruminantes possuem uma boa adaptação a baixas temperaturas caso as

necessidades energéticas sejam supridas por meio de uma administração suficiente

de alimentos. Mesmo com queda de temperatura a 0 graus havendo alimentos, não

ocorre redução na capacidade de produção d leite. Nos ruminantes são formadas

quantidades convidareis de calor no rumem através de transformações dos ácidos

graxos voláteis. A extensão do calor obtido depende do volume de alimentos e da

digestibilidade da ração. Com aumento temperatura ambiente acima de 30 graus,

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diminui a ingestão de alimentos e a produção de leite cai. Animais mantidos no pasto

procuram locais com sombra, reduzindo o pastejo e aumentando também a

necessidade de água. Ao falarmos sobre tolerância o calor, lembramos-nos das raças

dos países tropicais que se adaptam a determinado aumento de temperatura

ambiente sem a perda acentuada de sua capacidade produtiva. Os fatores que dão

tais característica a essas raças são: -o pequeno grau de transformação energética

sob condições de manutenção , causado por uma redução da secreção de tiroxina por

Kg de massa corporal; -o elevado numero de glândulas sudoríparas na pele, que

promovem maior evaporação de agua e consequente perda de calor; -uma redução

na capacidade aumentar a mas corporal ou leite e com isso reduzir a formação de

calor.

Composição do suor

Como já foi dito, a sudorese é estimulada em resposta ao aquecimento central

do organismo como forma de controlar a temperatura. Dependendo da intensidade do

exercício, condições ambientais, nível de treinamento físico e estado de aclimatação,

a sudorese pode exceder dois litros/hora. Ressalte-se que a perda do suor significa a

perda de água e eletrólitos que devem ser repostos no intuito de que sejam evitados

sérios transtornos orgânicos agudos, como a hipovolemia e o superaquecimento

corporal, e crônicos, como a hiponatremia.

Sendo hipotônico o suor em relação ao plasma, inicialmente a perda de água é

proporcionalmente maior do que a de eletrólitos, em especial do sódio, ocorrendo

desidratação com hipernatremia. Posteriormente, como se costuma oferecer mais

água do que sódio, pela ingestão de água pura ou de bebidas 'desportivas' com menor

concentração de sódio do que a do plasma sanguíneo, como decorrência da

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hidratação, por hemodiluição, ocorre hiponatremia. A quantidade de perda do sódio

vai depender da aclimatação ao calor e da taxa de sudorese. Indivíduos aclimatados

apresentam menor perda de sal em relação aos não aclimatados, mas têm taxa maior

de sudorese, podendo apresentar hiponatremia em atividades com mais de três horas

de duração ao considerarmos o montante final de sudorese e a qualidade da reposição.

O suor contém cerca de 30 a 60mEq/litros de sódio e 8 a 15mEq/litros de potássio.

Portanto, quando se faz uma avaliação relativa, considerando-se as concentrações

plasmáticas de ambos, verifica-se que a perda relativa de potássio é bem superior à

de sódio. Entretanto, tendo em vista a grande concentração de potássio no meio

intracelular, existe facilidade na sua reposição, o que não ocorre com o sódio, que

depende essencialmente da fonte exógena.

Desidratação

Em atletas de provas de longa duração, o mecanismo de desidratação se dá

principalmente pela perda de suor, que pode chegar a ser de até dois litros/hora,

sendo que fatores como as condições ambientais, condicionamento físico,

aclimatação, grau de intensidade de esforço e tempo de exposição influenciam o

volume da perda. Principalmente, mas não somente, as atividades de longa duração

em climas quentes expõem o indivíduo às doenças relacionadas com o calor, sendo

importante o diagnóstico do estado de hidratação nesse contexto. O uso de solução

de reposição oral, recomendação que obrigatoriamente deve ser seguida pelos

participantes de atividades de longa duração, inclusive os que percorrem trilhas,

atividade que vem crescendo nos últimos anos, permite a adequada reposição de

água, energia (carboidrato simples) e eletrólitos (principalmente o sódio). Portanto, a

reposição ideal se faz por meio das soluções hidroglicoeletrolíticas, conhecidas

popularmente como 'bebidas desportivas'.

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O grau de desidratação pode ser determinado pela massa corporal verificada

imediatamente antes e após a atividade física, sendo a perda de cada 0,5kg

correspondente a aproximadamente 480-500ml de líquido. A partir de certo ponto, a

desidratação, que espolia os compartimentos intracelular e extracelular, acarreta

diminuição do fluxo sanguíneo periférico e do ritmo da transpiração, podendo mesmo

interromper a dissipação do calor. Verifica-se que a desidratação que reduz a massa

corporal em 1% causa aumento significativo na temperatura retal, na comparação com

a situação de exercício realizado sem desidratação. Quando a desidratação reduz

entre 4 e 5% a massa corporal, torna-se evidente o prejuízo da capacidade de realizar

atividade física. Foi demonstrado que a redução da massa corporal de 1,9% diminuio

desempenho da marcha e o consumo máximo de oxigênio, respectivamente, em 22%

e 10%, enquanto redução de 4,3% da massa corporal diminui os mesmos parâmetros,

respectivamente, em 48% e 22%. A desidratação que reduz em1% a massa corporal

compromete a termorregulação entre 3 e 5%, causando aumento da FC e da

temperatura retal e diminuindo o débito cardíaco, enquanto a desidratação que reduz

a massa corporal em 7% em geral causa o colapso durante o exercício. Contudo, a

condição ambiental deve ser sempre considerada, pois atletas que apresentam o

mesmo nível de perda percentual de massa corpórea mantêm melhor desempenho

em ambientes frios ou amenos (20-21ºC) em relação ao clima quente (31-32ºC).

Desidratação leve e moderada causa sinais e sintomas como fadiga, perda de

apetite, sede, pele vermelha, intolerância ao calor, tontura, oligúria e aumento da

concentração da urina. A desidratação grave causa pele seca e murcha, olhos

afundados, visão fosca, delírio, espasmos musculares, choque térmico e coma,

podendo evoluir para óbito.

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No entanto, nem sempre nas atividades de longa duração a perda de peso total

reflete o verdadeiro grau de desidratação, pois as alterações de massa corporal do

atleta representam um somatório de perdas hídricas e de fontes não hídricas. Dentre

as fontes não hídricas, deve ser considerada, principalmente, a perda de peso

decorrente da glicogenólise, ou seja, da perda do glicogênio muscular e hepático, em

prol da preservação de níveis satisfatórios de glicemia. Portanto, tem sido

demonstrado que nas atividades de longa duração a perda absoluta de peso pode

causar superestimação da desidratação, pois entre 1 e 2kg costuma advir de fontes

sem relação com o plasma. Na avaliação de atletas de atividade de longa duração,

como maratonistas e triatletas, é necessária a aplicação de um fator de correção,

evitando-se a superestimação da desidratação, para o que se faz indispensável o

descarte da perda decorrente do substrato energético, em especial o glicogênio

'superarmazenado' como consequência do treinamento e das manipulações dietéticas,

que costumam ser adotadas antes das provas.

Em relação às atividades prolongadas, deve ser adotada uma estratégia que

reduza não somente os riscos da desidratação, mas, também, os decorrentes da

super-hidratação ou hiper-hidratação. Uma e outra situação podem ocasionar graves

transtornos, como, por exemplo, a injúria térmica na desidratação e a hiponatremia na

hiper-hidratação.

Reposição Hidroeletrolítica

A partir da desidratação que causa entre 1 e 2% da perda de peso corporal

ocorre aumento da temperatura do organismo em 0,4ºC para cada percentual

subsequente de desidratação. A reposição em volumes equivalentes às perdas

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previne o declínio no volume de ejeção ventricular, beneficiando a termorregulação,

favorecendo o fluxo sanguíneo periférico, facilitando a transferência de calor.

Especialmente no exercício de longa duração, água, eletrólitos e estoques de

glicogênio são constantemente depletados e, a menos que esses elementos sejam

repostos, podem ocorrer hipovolemia, hipoglicemia, hiponatremia, hipertermia e

desidratação. A inadequada reposição eletrolítica e a super-hidratação podem

contribuir para a hiponatremia, cujos sinais e sintomas, muitas vezes semelhantes aos

da desidratação, exigem a dosagem de sódio sérico capilar( e a pesagem de massa

corporal antes e após a atividade física, para que se estabeleça o diagnóstico

diferencial.

A perda de sódio é dependente do estado de aclimatação e da taxa de sudorese

do atleta, sendo uma preocupação maior nas atividades de longa duração. Em adição

às perdas de água e eletrólitos, o exercício prolongado pode ocasionar hipoglicemia

e depleção de glicogênio, fatores que contribuem para o aparecimento da fadiga. A

característica da bebida de reposição hidroglicoeletrolítica deve respeitar fatores

individuais, como também aqueles relacionados ao clima e à atividade desportiva. O

Colégio Americano de Medicina Esportiva publicou um guia de orientação para a

reposição hidroglicoeletrolítica fundamentado na duração e intensidade do evento

desportivo, de modo que seja devidamente estimada a necessidade de reposição de

água, eletrólitos e substrato energético. Tal reposição deve ocorrer antes, durante e

após a sessão de exercício. Conforme a duração, os eventos são classificados em

atividades de menos de uma hora, entre uma e três horas e acima de três horas. Em

atividades com menos de uma hora de duração, a reposição de água visa a evitar o

aumento da temperatura central, não sendo necessária a reposição de sódio. Nessa

19
situação, também, a reposição de carboidrato não é recomendada, principalmente

porque em geral são atividades de alta intensidade, nas quais o esvaziamento gástrico

é prejudicado. Eventos com duração entre uma e três horas são realizados geralmente

entre 60 e 90% do consumo máximo de oxigênio, devendo ocorrer reposição hídrica

e do substrato energético. Nesses casos, a reposição de sódio é indicada para

melhorar a palatabilidade e aumentar a absorção de glicose, mas não com a

preocupação de evitar a hiponatremia. Em eventos de mais de três horas de duração,

como ultramaratonas e triatlo Ironman, a intensidade de esforço situa-se entre 30 e

70% do consumo máximo de oxigênio e, além da reposição hídrica e do substrato

energético, há necessidade do fornecimento de eletrólitos ao atleta, principalmente o

sódio. Por exemplo, no final de uma prova de três horas de duração, com a taxa de

sudorese de dois litros por hora, a ingestão de metade das perdas na forma de água

pode resultar em hiponatremia, com níveis de sódio abaixo de 132mEql/l no plasma.

Em eventos de longa duração, ou com duração maior que três horas,

recomenda-se a ingestão de 300 a 500ml de água antes da prova e de 500 a 1.000ml

por hora de atividade. A bebida a ser consumida durante a atividade deve ter

temperatura entre 5 e 15ºC, e conter entre 6 e 8% de carboidrato e entre 20 e 30mEq/l

de sódio. A reposição de potássio pode ser benéfica, na concentração entre 3 e

5mEq/l.

As diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva, a respeito de

modificações dietéticas e reposição hidroeletrolítica, recomendam de forma geral que

o indivíduo inicie a hidratação com 250 a 500ml de água duas horas antes do exercício

e mantenha a ingestão de líquido a cada 15 a 20 minutos durante o exercício. O

volume a ser ingerido varia conforme a taxa de sudorese, que pode variar de 500 a

20
2.000ml/h. A reposição de carboidrato, entre 30 e 60g de glicose por hora de atividade,

deve ser considerada apenas para as atividades intensas e contínuas com mais de

uma hora de duração. Após o exercício, deve continuar a ingestão de líquido, para

que sejam supridas as perdas adicionais pela urina e sudorese. Recomenda-se a

reposição de 50g de glicose nas primeiras duas horas após a atividade, para que se

promova a ressíntese de glicogênio muscular e hepático.

Recomendações Nutricionais

Para indivíduos que praticam exercícios de natureza não competitiva, uma dieta

balanceada conforme o que é recomendado para a população em geral é suficiente

para manutenção da saúde e possibilitar bom desempenho físico.

No caso do atleta, a necessidade energética é calculada por meio da soma da

necessidade energética basal e o gasto energético médio em treino. Os

macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas) devem ser consumidos visando à

recuperação muscular, manutenção do sistema imunológico, equilíbrio do sistema

endócrino e melhora do desempenho desportivo. As necessidades nutricionais, em

termos calóricos, correspondem a um consumo que se situa entre 37 e 41kcal/kg de

peso/dia. Contudo, a depender dos objetivos, a necessidade calórica pode apresentar

variações mais amplas entre 30 e 50kcal/kg de peso/dia.

Na atividade leve, abaixo de 70% da FC máxima, portanto, abaixo do limiar

anaeróbio, a energia advém quase que exclusivamente das reservas de gordura

(quociente respiratório igual ou pouco acima de 0,70). Durante uma atividade contínua

e moderada, com intensidade entre 70 e 85% da FC máxima, algo em torno ou pouco

acima do limiar anaeróbio, a obtenção de energia advém de fonte mista, ou seja, da

mobilização de carboidratos e gorduras (quociente em torno de 0,83). Quando a

21
intensidade se acentua, igual ou acima do ponto de compensação respiratória, a

obtenção de energia depende exclusivamente dos carboidratos (quociente

respiratório igual ou acima de 1,0). A energia decorrente dos carboidratos depende

principalmente do glicogênio armazenado no músculo esquelético, ou seja, da

glicogenólise e subsequente glicólise, enquanto a energia vinda da gordura decorre

da oxidação de ácidos graxos, provenientes principalmente da lise de triglicérides

(lipólise). Portanto, a determinação do substrato a ser utilizado como fonte de energia

depende da duração e intensidade do exercício.

O glicogênio exige muito espaço para pouca energia, pois 3/4 do seu volume

correspondem à água. A energia advinda dos carboidratos é de grande explosão,

sendo facilmente depletável. Consequentemente, após cerca de 90' de uma atividade

contínua, moderada e intensa, costuma ocorrer depleção quase total das reservas de

carboidrato, com suas consequências, como a fadiga e indisposição, causadas

principalmente pela hipoglicemia e acúmulo de corpos cetônicos (cetose). Para que

isso não ocorra há necessidade de consumo de carboidrato simples durante a

atividade, mesmo quando existe boa reserva inicialmente. Reposição das reservas de

carboidrato é importante no período de recuperação, evitando a fadiga crônica,

preservando o desempenho desportivo e a saúde. Quanto à gordura, não há a

preocupação de estoque depletado e sua repleção, tendo em vista se tratar de energia

que é armazenada ocupando pouco espaço. Ou seja, por ser armazenada desidratada,

permite que haja grande quantidade de energia em pouco espaço, sendo o principal

combustível utilizado em atividades leves e moderadas, de modo que o carboidrato

seja poupado para as atividades intensas.

22
A ingestão de carboidratos correspondente a algo situado entre 60 e 70% do

aporte calórico diário atende perfeitamente à demanda de um treinamento desportivo.

Para aperfeiçoar o processo de recuperação muscular recomenda-se o consumo de

carboidratos entre 5 e 8g/kg de peso/dia Em atividades de longa duração

recomendam-se até 10g/kg de peso/dia para que ocorra adequada recuperação do

glicogênio muscular. Para atletas de provas longas recomenda-se consumo entre 7 e

10g/kg de peso/dia e entre 30 e 60g de glicose para cada hora de exercício contínuo,

para prevenção da hipoglicemia, da depleção de glicogênio e da consequente fadiga.

Imediatamente após o exercício, recomenda-se a ingestão de carboidratos simples,

de alto índice glicêmico, correspondente a algo entre 0,7 e 1,5g/kg de peso. A ingestão

de carboidrato simples imediatamente após o exercício favorece a ressíntese de

glicogêniomuscular de forma mais rápida, tendo sido demonstrado que altas taxas de

ressíntese de glicogênio muscular podem ser obtidas com o consumo de cerca de

1,2g de glicose/kg a cada 30 minutos nas primeiras cinco horas de recuperação.

Visando à maior estocagem ou 'supercompensação' de glicogênio muscular,

Sherman et al propuseram para um grupo de atletas de atividades de longa duração

a diminuição do volume e intensidade de treino e o aumento do consumo de

carboidrato, para cerca de 9 a 10g/kg/dia durante os quatro dias imediatamente antes

da prova, em abordagem considerada mais efetiva do que a anteriormente proposta

por Bergstrom et al, que haviam demonstrado que a sobrecarga de carboidratos

produzia altas concentrações de glicogênio muscular após a corrida. Foi também

demonstrado que a ingestão de bebida contendo carboidrato simples melhora o

desempenho dos atletas durante a atividade de longa duração, na comparação com

a ingestão de água ou placebo, sendo que a resposta metabólica não ocasionou

23
elevação da temperatura corporal central, mesmo em temperaturas ambientes de

30ºC.

Keizer et al. verificaram que quando se permitia o consumo alimentar livre, sem

que fosse dada orientação especial aos atletas, estes não conseguiam repor os

estoques de glicogênio de forma adequada. Portanto, é importante monitorar e

orientar consumo de carboidrato no período de recuperação dos atletas conforme a

prescrição necessária. Deste modo, para atletas de provas longas recomenda-se

consumo entre 7 e 10g/kg de peso/dia e entre 30 e 60g de carboidrato simples a cada

hora de exercício contínuo, visando à prevenção da hipoglicemia, depleção acentuada

de glicogênio e fadiga. Após o exercício, recomenda-se a ingestão de carboidrato de

alto índice glicêmico, correspondente a algo entre 0,7 e 1,5g/kg de peso, no período

entre quatro e cinco horas. Mas, para a população em geral, o consumo de dieta com

quantidade normal de carboidratos, nas 24 horas após atividades longas, é suficiente

para repor os estoques de glicogênio, não havendo necessidade de recomendação

especial.

Em relação às proteínas, é suficiente para indivíduos sedentários o consumo

entre 0,8 e 1,2g/kg/peso/dia. Para atletas, a recomendação pode ser entre 1,2 e

1,6g/kg/peso/dia. Mesmo no caso de atletas de força (fisiculturistas, halterofilistas, etc.)

a recomendação é de no máximo 1,8g/kg/peso/dia, algo facilmente possível de ser

obtido por meio de uma dieta balanceada, que, portanto, é suficiente para fornecer a

proteína que permita a necessária síntese proteica, necessária para o ganho de

massa muscular, não havendo necessidade de qualquer suplementação.

Quanto às necessidades diárias de lipídios, os atletas necessitam das mesmas

recomendações destinadas à população em geral, ou seja, 1g de lipídio/kg de peso

24
corporal, correspondendo a 30% do valor calórico total da dieta, devendo ser mantidas

as proporções normais de ácidos graxos, ou seja, 10% de lipídios saturados, 10% de

monoinsaturados e 10% de poli-insaturados.

Finalmente, vale ressaltar que não existe evidência científica que sustente a

suplementação de proteínas e lipídios. Para os atletas, assim como para a população

em geral, o recomendável é que seja adotada uma alimentação equilibrada,

balanceada, rica em fibra vegetal e pobre em gordura saturada.

Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito de

interesses referente a este artigo.

Estratégia global sobre alimentação saudável, atividade física e saúde

Estratégia global da Organização Mundial de Saúde sobre Alimentação

Saudável, Atividade Física e Saúde foi aprovada pela 57ª Assembleia Mundial de

Saúde, em maio de 2004, pelo reconhecimento da importância das doenças crônico-

degenerativas e do seu crescimento mundial. A meta dessa estratégia é proteger a

saúde, orientando a criação de um ambiente favorável à adoção de medidas

sustentáveis em nível individual, comunitário, nacional e mundial, que, em conjunto,

promovam a redução da mortalidade e morbidade, através de quatro objetivos

principais:

1. Reduzir os fatores de risco para enfermidades não transmissíveis, associadas à

alimentação desbalanceada e ao sedentarismo, mediante uma ação de saúde pública

essencial e medidas de promoção da saúde e prevenção da morbidade;

2. Promover a consciência e o conhecimento gerais acerca da influência do padrão

alimentar e da atividade física na saúde, assim como do potencial das intervenções

de prevenção;

25
3. Fomentar o estabelecimento, o fortalecimento e a aplicação de políticas e planos

de ação mundiais, regionais, nacionais e comunitários, com o objetivo de melhorar a

alimentação e aumentar a atividade física, de forma sustentável, com a integração de

todos os setores, inclusive a sociedade civil, o setor privado e os meios de

comunicação;

4. Monitorar dados científicos e fatores que influenciam a dieta e a atividade física;

apoiar pesquisas nas várias áreas pertinentes, inclusive na avaliação de intervenções

e no fortalecimento de recursos humanos necessários para promover e manter a

saúde.

As recomendações para uma boa alimentação de indivíduos e populações

incluem, dentre outras:

• Buscar o equilíbrio energético para o controle de peso saudável;

• Equilibrar o consumo energético e manter um peso saudável;

• Limitar o consumo de gorduras totais, substituir as gorduras saturadas por gorduras

insaturadas e eliminar as gorduras trans;

• Aumentar o consumo de frutas e hortaliças, assim como de legumes, cereais

integrais, nozes e similares;

• Limitar a ingestão de açúcar simples;

• Limitar o consumo de sal.

Avaliação da composição corporal

Medidas de Circunferências / Perímetros

As medidas antropométricas de circunferências correspondem aos chamados

perímetros que podem ser definidos como o perímetro máximo de um seguimento

corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo dificuldade de

26
se medir recomendada para acompanhamento individual - Obesos tecido

adiposo - Preferencialmente não devem ser utilizadas isoladamente androide e

ginoide- Permite avaliar a distribuição de gordura corporal Medidas de Pregas ou

Dobras Cutâneas Técnica simples, pouco onerosa e de fácil manuseio. Apresenta

alta fidedignidade, correlacionando-se com técnicas sofisticadas.

1) Perímetro Braquial ou Circunferência do Braço (CB) - Reflete tanto as reservas de

energias como a massa proteica auxiliando no estudo das dimensões corporais

crianças até 5 anos- Permite avaliar desnutrição energético-proteica rápido, fácil

aferição e de baixo- Recomendado em avaliações do estado nutricional custo -

Rastreamento ou triagem de crianças de 12 a 60 meses de idade, quando não é

possível a utilização das medidas de peso e altura Medida da Circunferência do Braço

(CB)

Método de mensuração O braço do avaliado deve estar flexionado em direção ao

tórax, formando um ângulo de 90º Localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio

e o olecrano Solicitar ao avaliado que fique com os braços estendidos ao longo do

corpo com a palma da mão voltada para a coxa Contornar a fita flexível no ponto

marcado em plano horizontal ao eixo longitudinal do braço

Pontos de Corte de CB para crianças: Adaptação para população brasileira da “Fita

de Shakir” (Moçambique, 1974) > 17,5 cm – obesidade 13,5 – 17,5 – eutrofia 13,5 –

12,5 – desnutrição moderada < 12,5 – desnutrição grave Pontos de Corte de CB para

adultos Através da adequação da CB Faixa de normalidade simplificada Sexo CB(cm)

CMB (cm) AMB(cm 2 ) ♂ 29,5 25,5 28,1 ♀ 28,5 23,2 22,2. Pontos de Corte de CB para

crianças Idade em anos Nível crítico de CB (cm) 2 15,7 3 16,2 4 16,5 5 16,7 6 17,1.

27
Diagnóstico Adequação (%) CB PCT CMB Depleção grave 120 > 120 --- % CB = CB

obtida x 100 CB percentil 50

2) Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Área Muscular do Braço(AMB)

Circunferência Muscular do Braço (CMB) - Avalia a reserva musculoesquelética - Para

alguns autores a CMB avalia satisfatoriamente a massa magra ou proteína muscular

superestima em 20 a 25% a massa muscular por incluir-) alguma gordura

subcutânea, bainha neuromuscular e ossos AMB = CMBc- Correção da CMB

Cálculo da Circunferência Muscular do Braço (CMB) corrigida para 0,314 para

multiplicar PCT em mm (constante pi) = 3,1416  Cálculo da Área Muscular do

Braço (AMB) no numerador = corrigida para 0,314 para multiplicar PCT em mm

no denominador = recebe o valor original = 3,1416

3) Circunferência da Cintura (CC) - Utilizada para determinação da razão

cintura/quadril (C/Q) - Utilizada erroneamente como medida preditora da distribuição

de gordura corporal - Duarte “O termo circunferência da cintura é usado de forma

inadequada, por alguns autores, para expressar a circunferência abdominal” - Usada

em conjunto com o IMC para monitoramento na intervenção para perda de peso (Lau

et al., 2007) x PCTmm)CMB = CB – ( x PCT)2♂ AMB = CB – ( – 10 4 x

PCT)2♀ AMB = CB – ( – 6,5 4

Circunferência da Cintura (CC) Método de mensuração O avaliado de estar em

posição ortostática, com o peso distribuído em ambos os pés afastados 25 a 30 cm.

Circundar a fita no plano horizontal, na linha natural da cintura (ponto de menor

circunferência), no ponto médio entra a última costela e a crista ilíaca. A leitura deverá

ser realizada no momento da expiração.

28
4) Circunferência do Abdominal (CA) - Utilizada para determinação da distribuição de

gordura corporal custo- Avaliação por ressonância magnética ou tomografia

computadorizada elevado para prática clínica - Revela concentração de gordura

visceral (central ou abdominal), que independente da gordura corporal total, é um fator

de risco para doença arterial coronariana (DAC) e diabetes mellitus (DM) - Obesidade

intra-abdominal, mensurada pela CA, é a melhor preditora para DAC e DM

Avaliação Nutricional conforme Circunferência Abdominal, OMS, 2000. Homens

Mulheres Risco de Doença Cardiovascular ≥ 94,0 cm ≥ 102,0 cm ≥ 80,0 cm ≥ 88,0 cm

Aumentado Substancialmente aumentado.

Circunferência Abdominal (CA) Método de mensuração

O avaliado de estar em posição ortostática, com o peso distribuído em ambos os

pés afastados 25 a 30 cm Circundar o abdome despido com a fita no plano horizontal,

passando sobre a cicatriz umbilical 5) Circunferência do Quadril (CQ) - Utilizada em

conjunto com circunferência da cintura (CC), fornece CC/CQ - A relação CC/CQ é

utilizada por refletir a proporção de gordura intra-abdominal como determinação de

risco DAC, HA e MD

Limitações na utilização da relação CC/CQ - A CC/CQ é um marcador menos precisa

que CC, principalmente quando se deseja observar alterações ao longo do tempo

alguns autores- Determinação dos valores de ponto de corte para obesidade central

consideram 0,8 para mulheres e 1,0 para homens, outros utilizam pontos de corte a

partir de 0,85 para mulheres e 0,95 para homens

Circunferência do Quadril (CQ) Método de mensuração O avaliado deve estar em

posição ortostática Braços levemente afastados, pés juntos e glúteos contraídos

29
Colocar a fita em plano horizontal, no ponto de maior massa muscular das nádegas

A medida é tomada lateralmente

Medidas de Pregas Cutâneas (PC) / Dobras Cutâneas (DC) - Método preferido na

área de exercício físico e esportes - Medidas realizadas do lado direito do avaliado -

Realiza-se uma série de três medidas sucessivas, no mesmo local, considerando a

média dos três. Se ocorrer discrepância > 5% entre uma das medidas, no mesmo local,

realiza-se uma nova série de três medidas - A pele do avaliado deve estar seca e o

avaliador com as unhas aparadas e lixadas Dobra Cutânea Biciptal É medida no

sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto mesoumeral, de

maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps. Dobra Cutânea Tricipital

É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que

compreende a metade da distância entre a borda súperolateral do acrômio e o

olecrano. Dobra Cutânea Subescapular A medida é executada obliquamente em

relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada

a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula.

Dobra Cutânea Axilar Média É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar

média e uma linha imaginária horizontal na altura do apêndice xifoide do esterno. A

medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, acompanhando os arcos

intercostais. Com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção

da medida. Dobra Cutânea Supra ilíaca É obtida obliquamente em relação ao eixo

longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca (2 cm

acima), sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para

trás ou sobre a nuca, para permitir a execução da medida. Dobra Cutânea Abdominal

É medida aproximadamente a dois centímetros à direita da borda lateral da cicatriz

30
umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal do corpo. Dobra Cutânea da Coxa É

medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femoral a um terço

da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela Guedes (1985), e na

metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento

desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma

semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo.

Dobra Cutânea Panturrilha Medial Para a execução desta medida, o avaliado deve

estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em

posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no sentido paralelo ao eixo

longitudinal do corpo, no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão

esquerda apoiado na borda medial da tíbia. Aplicação dos resultados obtidos a partir

das medidas das pregas cutâneas 1) Medida isolada comparada a um padrão de

referência (FRISANCHO, 1990) Exemplo: PC Tricipital e PC subescapular. (apêndice

5.5, Cuppari, 2002) A) Somatória de pregas cutâneas PCT + PCSE: comparadas a

um padrão 2) Medidas Derivadas A) Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Área

Muscular do Braço (AMB) (apêndices 5.2 e 5.3, Cuppari, 2002) B) % de Gordura B.1)

Soma das 4 pregas cutâneas ( PCT + PCB + PCSE + PCSI) (apêndice 5.8, Cuppari,

2002) B.2) Densidade corpórea (DC) ♀ (18 a 55 anos) (∑ 3 PC = PCT + PC Coxa +

PCSI) DC = 1,0994921 – 0,0009929 x (∑ 3 PC) + 0,0000023 x (∑ 3 PC)2 – (0,0001392

x idade) % Gordura = [(5,01/DC) – 4,57] x ♂ (18 a 61 anos) (∑ 3 PC = PC torácica +

PC Coxa + PC Abdominal) DC = 1,10938 – ((0,0008267 (∑ 3 PC)) + (0,0000016 x (∑

3 PC)2 ) – (0,0002574 x idade) % Gordura = [(4,95/DC) – 4,50] x 100 ♀ (18 a 55 anos)

(∑ 7 PC = PCT + PC Coxa + PCSI + PC Peitoral + PC Abdominal + PCSE + PC Axilar

média) DC = 1,0970 – (0,00046971 x (∑ 7 PC)) + (0,00000056 x (∑ 7 PC)2 ) –

(0,00012828 x idade) % Gordura = [(14,85/DC) – 4,39] x 100 ♂ (18 a 61 anos) DC =

31
1,11200000 - (0,00043499 x (∑ 7 PC))+(0,00000055 x (∑ 7 PC)2 ) – (0,00028826 x

idade) % Gordura = [(14,37/DC) – 3,93] x 100 Padrões de Gordura Corporal

Classificação Homens Mulheres Risco de doenças associada à desnutrição ≤ 5% ≤ 8%

Abaixo da média 6 – 14 % 9 – 22 % Média 15 % 23 % Acima da média 16 – 24 % 24

– 31 % Riscos de doenças associadas à obesidade ≥ 25 % ≥ 32 % .

32
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