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Manual de

técnicas
fotográficas

Produção apoiada pelo Programa Operacional


Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS),
co-financiado pelo Estado Português e pela União
Europeia, através do Fundo Social Europeu
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
FICHA
Título
Manual de Técnicas Fotográficas
Autores
José Soudo e Manuel Silveira Ramos (Texto e Fotos)

Edição
Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor)
R. de Júlio de Andrade, 5 – 1150-206 Lisboa – Telef. 21 885 50 00

Coordenação de Projecto
Fernando Cascais
Coordenação Editorial
José Luiz Fernandes

Produção fotográfica
Luísa Neves
Digitalização de fotos
Bruno Rascão
Infografias
Assunção Duarte
Capa e Design
Maria Ramos
Revisão
ELingua

© Instituto do Emprego e Formação Profissional


Todos os direitos reservados de acordo com a legislação em vigor.
José Soudo
Manuel Silveira Ramos

Manual de
técnicas
fotográficas
Sumário
Introdução 9

1. CÂMARAS FOTOGRÁFICAS 11
1.1. Todas diferentes, todas iguais 11
1.2. A camera obscura de Leonardo
da Vinci 12
1.3. Elementos comuns 12
1.3.1. Sistema óptico 13
1.3.2. Sistema de focagem 13
1.3.3. Diafragma 13
1.3.4. Obturador 13
1.3.5. Visor 14
1.3.6. Material fotossensível 15
1.4. Manuseamento 15
1.4.1. As câmaras fotográficas
e respectivos comandos 15
1.4.2. Tipos de câmara fotográfica 15
1.5. Fotometria 18
1.5.1. ISO/Escala de diafragmas/Escala
de tempos de obturação 18
1.5.2. Fotómetros 19
1.5.3. Tipos de sensor
dos fotómetros integrados 20
1.5.4. Fotometria básica 21
1.6. Profundidade campo 24
1.6.1. Foco e nitidez 24
1.6.2. Profundidade de campo
e diafragma 25
1.6.3. Profundidade de campo, distância
focal e distância ao assunto 25
1.6.4. Forquilha de profundidade
de campo 28
1.6.5. Plano hiperfocal 28
1.7. Tempo de obturação 29
1.7.1. Funcionamento mecânico
dos obturadores 29
Sumário
1.7.2. Congelamento, arrasto
e fantasma 30
1.7.3. Panning e travelling 32
1.8. Falha da lei da reciprocidade 33
1.9. Flash 34
1.9.1. Controle de potência e fotometria 35

2. PROCESSAMENTO QUÍMICO
DE PELÍCULA PRETO
E BRANCO (P/B) 37

2.1. Características gerais


das películas 37
2.1.1. Estrutura e composição 37
2.1.2.Sensibilidade e normas ISO 38
2.1.3. Sensibilidade cromática 39
2.1.4. Grão 39
2.1.5. Poder de resolução 39
2.1.6. Contraste 39
2.2. Processamento padrão 40
2.2.1. Meios necessários às diversas
fases do processamento 41
2.2.2. Produtos químicos necessários às
diversas fases do processamento 42
2.2.3. Fases do processamento químico 42
2.3. Processamento alterado 46
2.3.1. Pushing 46
2.3.2. Reducing 48
2.4. Análise de resultados 48

3. AMPLIAÇÃO FOTOGRÁFICA 51
3.1. Câmara escura e equipamentos 51
3.2. Processos de impressão 52
3.2.1. Impressão por contacto 52
3.2.2. Impressão por ampliação 53
3.3. Fases do processo
Sumário
de ampliação 54
3.3.1. Escolha do tipo de papel
fotográfico 54
3.3.2. Produtos químicos essenciais
ao processamento de papel 55
3.3.3. Fases do processo
de impressão/ampliação 55
3.3.4. Fases do processo químico 56

Exercícios 61
Trabalhos práticos 61
Trabalho n.º 1 61
Trabalho n.º 2 62
Trabalho n.º 3 62
Trabalho n.º 4 62
Teste 63
Correcção do teste 66

Glossário 67
Bibliografia 73
Sítios na Internet 75
Índice de figuras 77
Índice remissivo 79


técnicas Fotográficas


Introdução

O Manual de Técnicas Fotográficas integra-se num


conjunto de recursos didácticos orientados para
um processo de ensino/aprendizagem na área da fotografia
documental e de reportagem, tendo como objectivo
desenvolver as bases técnicas elementares da Fotografia,
nomeadamente:
-O manuseamento da câmara fotográfica;
-As relações físicas e químicas entre os elementos fotossensíveis
e a luz;
-O controlo das exposições e os resultados obtidos em
função dos critérios tempo/diafragma;
-As bases do trabalho laboratorial;
-Os sistemas automáticos e manuais de fotometria e as
questões básicas do flash portátil.

As competências adquiridas sobre os temas aqui tratados


deverão representar uma verdadeira porta de acesso a
futuros estudos e práticas mais avançadas ou especializadas
da Fotografia.

Um conjunto de exercícios para a consolidação de


competências está incluído neste manual, que também
incorpora um Glossário, uma Bibliografia e uma lista de sítios
a consultar na Internet relativos às técnicas nele tratadas.

Este manual faz parte de uma série de edições para a área da


Fotografia, que inclui os seguintes títulos: Óptica Fotográfica,
Teoria da Cor Fotográfica, Iluminação Fotográfica e Fotografia
Digital.


técnicas Fotográficas

10
1. CÂMARAS
FOTOGRÁFICAS

Objectivo:
Este capítulo explicita o que há de comum
em todas as câmaras fotográficas. Inicia um
processo de formação e aprendizagem que
pretende articular e optimizar os meios de
trabalho comuns em fotografia:
a) Câmaras fotográficas;
b) Materiais fotossensíveis;
c) Luz.

1.1. Todas diferentes, todas iguais

Numa breve análise dos vários tipos e modelos de câmaras fo-


tográficas actuais, ressaltam grandes diferenças no que respeita ao
design e ao formato das mesmas, no entanto é válida a afirmação de
que sendo todas diferentes são todas iguais, ou seja, qualquer tipo
de câmara fotográfica é no essencial baseada na camera obscura de
Leonardo da Vinci (Fig. 1).

•1•
Camera obscura

11
1.2 A camera obscura de Leonardo da Vinci
1.2. A camera obscura de Leonardo da Vinci

Nos finais do século XV, Leonardo da Vinci (1452/1519) descre-


veu no Codex Atlanticus, o seguinte princípio da física:

“Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num


compartimento escuro através dum pequeno orifício e são recebidas
sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício,
vêem-se no papel os objectos invertidos com as suas formas e cores
próprias.”

Afirmar que Leonardo da Vinci foi o inventor da câmara escura


é precipitado.

Referências históricas remetem-nos para a Antiguidade Clássi-


ca, onde Aristóteles (384/322 A.C.) descreveu na Problemática, o
mesmo princípio físico que usou para fins astronómicos. No século
X e XI respectivamente, o sábio e astrónomo árabe Ali Hassan Ibn
Hassan Al Haitham (965-1040), conhecido como Alhazem pelos
europeus do Mediterrâneo, aplicou o mesmo princípio para a visu-
alização de eclipses solares.

Em 1589, o físico italiano Giambattista della Porta refere no tra-


tado Magiae Naturalis o ajuste de uma lente do tipo convergente a
um “quarto escuro de desenhar”, tornando-o mais pequeno e trans-
portável.

Este equipamento passou a designar-se câmara óptica.

Durante os séculos XVI a XIX, a câmara óptica foi um excelente


apoio de trabalho para pintores e desenhistas.

A partir do século XIX passou a ser usada com a finalidade de


fotografar.

A estrutura funcional de qualquer câmara fotográfica tem ori-


gem em tempos muito antigos, embora a conjugação dos factores
que levaram ao surgimento da fotografia só tenha ocorrido nas pri-
meiras décadas do século XIX.
técnicas Fotográficas

1.3. Elementos comuns

As câmaras fotográficas têm, no essencial, os seguintes elemen-


tos comuns (Fig. 2):

12
1.3. Elementos comuns

��������������
���������

���������

�����

•2•
Câmara fotográfica
tipo
1.3.1. Sistema óptico:

Sistema constituído por uma lente do tipo convergente ou por


um conjunto mais complexo com várias lentes, designado por ob-
jectiva e que tem como função fazer convergir para o plano do ma-
terial fotossensível os raios luminosos provenientes do assunto.

Algumas câmaras de construção muito elementar não possuem


sistema óptico. A luz passa através dum pequeno furo e estas câma-
ras são conhecidas por câmaras esténopeicas ou pinhole camera.

1.3.2. Sistema de focagem

Sistema que permite ajustar a posição do meio óptico de modo


a que o plano seleccionado fique focado sobre o plano do material
fotossensível. Dependendo do tipo de câmara, este sistema pode ser
regulado manualmente ou por autofocagem.

1.3.3. Diafragma

Sistema que permite ajustar o diâmetro efectivo do círculo de pas-


sagem da luz através do meio óptico. É constituído por um conjunto
de lamelas metálicas com um funcionamento em íris.

1.3.4. Obturador

Sistema accionado por um mecanismo de relógio ou equivalen-


te, que permite controlar o tempo durante o qual a luz atravessa o
meio óptico. Os tempos de abertura/fecho deste mecanismo, podem

13
1.3. Elementos comuns
variar de fracções de segundo a minutos ou horas de exposição.
Quando este sistema de controlo da passagem da luz está integrado
no meio óptico, próximo do diafragma, é designado por obturador
central. É normalmente constituído por um conjunto de lamelas que
funcionam em íris.

Quando este sistema é colocado fora do meio óptico e integra-


do no próprio corpo da câmara, junto ao plano onde se coloca o
material fotossensível é designado por obturador de cortina ou ob-
turador de plano focal. Em modelos de câmara antigos esta cortina
é construída em tecido muito rígido. Nos modelos mais recentes é
composto por lamelas metálicas muito resistentes.

O obturador de plano focal pode actuar em movimento horizon-


tal ou pode actuar em movimento vertical.

1.3.5.Visor

Sistema que permite ao operador decidir onde focar e qual o


enquadramento final pretendido, permitindo a pré-visualização
do que vai registar.

Os visores mais comuns são:

a) Visor óptico directo


Visor integrado na parte superior da câmara e que associado a
um telémetro facilita o processo de focagem. O fotógrafo tem uma
visão directa do assunto, sem passar pela objectiva.

Em situações de proximidade pode provocar um erro de parala-


xe, ou seja, um desajuste entre o que se vê no visor e o que a objec-
tiva regista de facto.

b) Visor através da objectiva


Visor associado a um espelho colocado atrás da objectiva com
uma inclinação de 45º, que projecta a imagem reflectida num vidro
despolido à mesma distância a que esta se formará no material fo-
tossensível quando o espelho se levantar.
técnicas Fotográficas

As câmaras com este tipo de visor são também designadas por


SLR (Single Lens Reflex), ou simplesmente reflex.

Algumas câmaras digitais proporcionam a visão em “vídeo”


através de um visor de cristais líquidos associado directamente ao
meio óptico, designado LCD (Liquid Cristal Display).

14
1.4. Manuseamento
Se a câmara for do tipo “objectivas gémeas” (TLR - Twin Lenses
Reflex), a objectiva superior serve exclusivamente de visor e a outra
forma a imagem no material fotossensível.

1.3.6. Material fotossensível

Nas câmaras analógicas, o material fotossensível é colocado no


espaço físico reservado para o efeito. Nas digitais, os sensores fo-
tossensíveis já estão incorporados na câmara.

Os suportes fotossensíveis em película implicam processamento


químico.

Os sensores implicam processamento analógico-digital.

Os resultados dos diversos suportes fotossensíveis podem ser a


preto e branco ou a cores e em negativo ou em positivo.

1.4. Manuseamento

1.4.1. As câmaras fotográficas e respectivos comandos

Cada modelo de câmara fotográfica é específico na localização


dos respectivos sistemas de comando, no entanto o manuseamento
é similar em todas e passa pelas seguintes fases:

a) Colocação na câmara do material fotossensível, excepto nas


câmaras digitais onde o sensor é integrado;

b) Com o fotómetro ajustado para o valor ISO (International


Standards Organization) do material fotossensível em uso, adequa-
ção dos valores de tempo de obturação e número f/;

c) Selecção do enquadramento, decisão do plano a focar e dis-


paro.

1.4.2. Tipos de câmara fotográfica

Como referência, apresentam-se alguns modelos de câmara. As


compactas não serão descritas neste manual, embora toda a lógica
do seu funcionamento seja o equivalente automático dos equipa-
mentos que passamos a descrever.

15
1.4. Manuseamento
a) Câmaras de pequeno formato
Apropriadas para receber película de 35mm com 24 ou 36 fo-
togramas de 24x36mm (Fig. 3 e 4), ou com sensor integrado (Fig.
5).

•4•
•3•
Câmara com visor reflex
Câmara com visor de telémetro

•5•
Câmara com visor
de vídeo

b) Câmaras de médio formato


técnicas Fotográficas

Apropriadas para receber película 120 com fotogramas de


6x6cm, 6x4,5cm, 6x7cm, 6x9cm (Fig. 6 e 7).

Podem receber adaptadores para o formato 35mm e também


para película polaróide, assim como backs digitais.

16
1.4. Manuseamento

•6• •7•
Câmara SLR Câmara TLR
de médio formato de médio formato

c) Câmaras de grande formato


Apropriadas para receber película rígida de formato 9x12cm ou
4x5”, 13x18cm ou 5x7” (Fig. 8 e 9) ou maior, e também estruturas
de adaptação ao formato 120 e a película polaróide, assim como
backs digitais.

•8• •9•
Câmara de grande formato View Camera

17
1.5. Fotometria

1.5. Fotometria

Neste manual faremos a introdução ao estudo da fotometria


numa perspectiva prática e elementar.

1.5.1. ISO/Escala de diafragmas/Escala


de Tempos de Obturação

O fotómetro quantifica os valores lumínicos do assunto que se pre-


tende fotografar, indicando a relação tempo de obturação/diafragma,
em função do valor ISO utilizado. É necessário articular três escalas.

a) A escala ISO de sensibilidade determina a energia necessária


para o registo da imagem no material fotossensível. Para um mesmo
assunto e nas mesmas condições de iluminação, quanto maior for o
valor ISO, menor a exposição exigida e vice-versa.

Por exemplo, para um mesmo assunto e nas mesmas condições


de iluminação, uma fotografia produzida num filme ISO 100, re-
quer o dobro da exposição que outra registada num filme ISO 200,
e requer metade da exposição num filme ISO 50.

Escala ISO:…25-50-100-200-400-800-1600-3200-6400…

Note-se que os fabricantes podem produzir material fotossen-


sível com sensibilidades intermédias, com uma variação de 1/3
do valor anterior ou posterior, como por exemplo ISO 32, 45, 64,
80, 125, 160, 250, 320, 500, 640, 1000, 1250, 2000, 2500, 4000,
5000.

b) A escala de tempos de obturação determina o tempo durante


o qual a câmara vai manter a película em exposição. Sempre que
se avança ou recua em um ponto na escala, o valor de exposição
reduz-se para metade ou duplica, respectivamente.

Escala de tempos de obturação:


T/B…1s – 1/2s – 1/4s – 1/8s – 1/15s – 1/30s – 1/60s – 1/125s
– 1/250s – 1/500s – 1/1000s – 1/2000s – 1/4000s – 1/8000s….
técnicas Fotográficas

Sempre que seja necessário um tempo de exposição superior a 1


segundo, utiliza-se a posição B ou a posição T, consoante o tipo de
câmara, e poder-se-ão controlar tempos de 2, 4, 8, 15 e 30 segun-
dos, 1, 2, 4, 8, 15 e 30 minutos, 1, 2, 4….horas ou valores intermé-
dios, conforme a fotometria calculada.

18
1.5. Fotometria
Na posição B, tem que se accionar o obturador por pressão con-
tínua para a câmara se manter em exposição.

Nas câmaras com posição T, acciona-se o obturador e a câmara


manter-se-á em exposição que só termina quando se carregar de
novo no sistema de disparo.

c) A escala de diafragma (nº f/) determina a área de abertura da


objectiva. Quanto maior a área de passagem da luz, mais luminosa
será a imagem produzida. Desenvolve-se numa sequência de valo-
res cujo factor de progressão é a raiz quadrada de 2. Quanto maior é
o número, menor é a área de entrada de luz pela objectiva. Sempre
que se avança ou recua em um ponto na escala, o valor de exposição
reduz-se para metade ou duplica, respectivamente.

Escala de nº f/: …1 - 1,4 – 2 - 2,8 – 4 - 5,6 – 8 – 11 – 16 – 22


– 32 – 45 - 64………

Cada variação que faça duplicar ou reduzir para metade a in-


tensidade lumínica da imagem sobre a película, quer por variação
na escala de tempos de obturação, quer por variação na escala de
diafragmas, chama-se, na gíria fotográfica, stop.

São possíveis valores intermédios em qualquer das escalas re-


presentando acréscimos ou decréscimos de 1/3, 1/2 ou 2/3 de stop.

Exemplos de variações de 1/3 de stop:


Na escala de tempos de obturação: 1/60s-1/80s-1/100s-1/125s;
Na escala de diafragmas: f/8-f/9-f/10-f/11;

Exemplos de variações de 1/2 de stop:


Na escala de tempos de obturação: 1/60s-1/90s-1/125s
Na escala de diafragmas: f/8-f/9,5-f/11

1.5.2. Fotómetros

Os fotómetros quantificam a luz segundo um padrão preestabe-


lecido, convertendo os valores lidos num binário tempo de obtura-
ção/diafragma, ajustado para uma dada sensibilidade ISO.

19
1.5. Fotometria

TIPOS DE FOTÓMETROS
a) Quanto ao sistema operativo: b) Quanto ao sistema de controlo:
- Fotómetros integrados na câmara
fotográfica
- Fotometria manual
Fazem a leitura da luz reflectida pelo
O controlo e interpretação dos dados
assunto, através do meio óptico (TTL)
são feitos directamente pelo operador;
ou através de sensor integrado no
corpo da câmara.
- Fotómetros exteriores à câmara
fotográfica
Fotómetros de utilização manual, com
possibilidade de leitura da luz: - Fotometria automática
1- Reflectida pelo assunto segundo Com recurso a sistemas automatizados
ângulos de leitura predefinidos. de medição – prioridade ao diafragma;
Conforme o modelo de fotómetro, prioridade ao tempo de obturação; ou
estes ângulos podem ser de 50º, 30º, programas de automatismo total.
15º, 10º, 7,5º, 5º, 2º e 1º;
2- Incidente no assunto, com recurso a
calote integradora.

1.5.3. Tipos de sensor dos fotómetros integrados

As câmaras com fotómetro através do meio óptico, ou TTL


(Trough The Lens), têm um sensor associado a determinadas áreas
do enquadramento e que faz leituras do tipo:

- Leitura global
Tudo o que o visor abarca está a ser ponderado pelo fotómetro
(fig. 10);

- Leitura ponderada
Só é ponderado pelo sensor o que integrar uma área pré-definida
com cerca de 2/3 do visor (Fig. 11);

- Leitura central
Só é considerado pelo sensor o que estiver dentro do círculo
central (Fig. 12);
técnicas Fotográficas

- Leitura pontual
Só é lido o que estiver no ponto central (Fig.13);

20
1.5. Fotometria
- Leitura matricial
O sensor reage em pontos aleatórios estabelecidos pelo fabri-
cante, que são designados por pontos matriciais. Dependendo do
grau de sofisticação da câmara o fotómetro pode ser de 3 pontos
aleatórios, 5, 7, ou mais (Fig. 14);

•10• •11•
Sensor de leitura Sensores de leitura
global ponderada

•12• •13• •14•


Sensor de leitura Sensor de leitura Sensor com 5
central pontual pontos de leitura
matricial

1.5.4. Fotometria básica

a) Noção de exposição correcta:


Quando se expõe uma imagem fotográfica, o efeito produzido
no material fotossensível é consequência da intensidade lumínica
de cada ponto do assunto e do tempo durante o qual esta intensidade
actua.

E=I x t (Exposição=Intensidade x Tempo)

A fotometria está adequada para o ISO do suporte fotossensível


quando as opções de tempo de obturação/diafragma escolhidos nos
dão uma boa representação tonal de todos os valores – das zonas
mais luminosas às menos luminosas do assunto. Na gíria fotográfi-

21
1.5. Fotometria
ca, é comum designar as zonas mais e menos luminosas do assunto,
respectivamente, como altas luzes e sombras.

Em termos práticos para se obter uma exposição equilibrada


(Fig. 15), actua-se do seguinte modo:

Para um diafragma escolhido, faz-se a busca do tempo de obtu-


ração que se lhe ajusta, ou, para um tempo de obturação escolhido,
faz-se a busca do diafragma que se lhe ajusta.

Se, por hipótese, o fotómetro indicar uma relação 1/125s-f/5,6,


qualquer das seguintes relações organizadas em diferenciais de 1
stop, fornecerão exposições equivalentes.

Em cada uma das opções, a luz é alterada em dobros ou metades


por uma das escalas, mas compensada, por variações de metades ou
dobros com sentido inverso, na outra escala.

Diafragma f/1 f/1.4 f/2 f/2.8 f/4 f/5.6 f/8 f/11 f/16 f/22 f/32 f/45 f/64

Tempo de
1/4000s 1/2000s 1/1000s 1/500s 1/250s 1/125s 1/60s 1/30s 1/15s 1/8s 1/4s 1/2s 1s
Obturação

Nesta noções simplificadas de fotometria, não são considerados


factores tão importantes como a interpretação do contraste do as-
sunto e outros dados de controlo usados nas técnicas de iluminação
e nos processamentos químicos e informáticos.

b) Subexposição
Entende-se por subexposição uma deslocação de todas as lumi-
nâncias do assunto para a área das sombras e uma compressão de
tons associada a perdas efectivas de informação nas zonas menos
luminosas do assunto.

Na prática, obtemos uma situação de subexposição (Fig. 16)


sempre que a luz for reduzida numa das escalas, e não for compen-
sada por variações idênticas no sentido inverso, na outra escala.

c) Sobreexposição
Entende-se por sobreexposição uma deslocação de todas as lu-
minâncias do assunto para a área das altas luzes associada a perdas
técnicas Fotográficas

efectivas de informação nas zonas mais luminosas do assunto.

Na prática, obtemos uma situação de sobreexposição (Fig. 17),


sempre que a luz for aumentada numa das escalas, e não for com-
pensada por variações idênticas no sentido inverso, na outra esca-
la.

22
1.5. Fotometria

•15•
Luz correcta

•16•
Subexposição

•17•
Sobreexposição

23
1.6. Profundidade de campo
d) Latitude de exposição
Latitude de exposição representa a capacidade que os materiais
fotossensíveis têm de produzir resultados sem percas significativas
de pormenor nas zonas de altas luzes e nas sombras do assunto,
em situações de exposição desviadas para mais ou para menos da
exposição ideal.

A opção mais correcta será sempre a de uma fotometria opti-


mizada e rigorosa, no entanto a prática comprova que a latitude de
exposição, pode variar de +/ – 1/3 a +/ – 2 stops, dependendo do
tipo de suporte fotossensível e do contraste do assunto.

1.6. Profundidade de campo

Nos pontos anteriores foram descritos procedimentos básicos


associados à fotometria e ao manuseamento das câmaras. Não se
analisaram as consequências da escolha de binários fotométricos
que, sendo equivalentes entre si, nada nos explicitam sobre a niti-
dez da fotografia final. Ao decidir tecnicamente uma fotografia, o
fotógrafo tem que relacionar múltiplos parâmetros.

Um desses parâmetros tem a ver com o plano que decidiu focar


e com os níveis de nitidez que pretende.

1.6.1. Foco e nitidez

Em qualquer fotografia, apenas um e só um plano fica focado;


neste plano, os pontos de luz projectam-se como pontos. Nos planos
anteriores e posteriores ao do foco, os pontos de luz projectam-se
sempre como círculos - é o desfoque.

Mas, o que a Física nos diz em termos teóricos, não é acompa-


nhado, na prática, pela visão humana.

Quando estes círculos de desfoque, chamados de confusão, têm


uma dimensão inferior a cerca de 0,05mm de diâmetro, o olho hu-
mano não os consegue percepcionar. Quando os círculos de confu-
são atingem dimensões superiores ao valor referido passam a ser
reconhecidos e a nitidez da imagem perde-se.
técnicas Fotográficas

Os círculos de confusão são mais ou menos evidentes consoante


o ângulo de intersecção dos raios luminosos com o plano de foco é
mais ou menos aberto (Fig. 18).

24
1.6. Profundidade de campo
������� �������

������� �������

������� �������

•18•
1.6.2. Profundidade de campo e diafragma Ponto e círculos
de confusão

O foco e o tipo de nitidez aquém ou além do plano focado, são


consequência, entre outras coisas, do diafragma seleccionado.

Com grandes diâmetros, os ângulos de intersecção dos pontos ante-


riores e posteriores ao plano focado são muito abertos e rapidamente se
atingem valores de círculo de confusão que evidenciam desfoque.

Com diafragmas mais fechados, os ângulos de intersecção dos


pontos anteriores e posteriores ao plano focado são também mais fe-
chados e mantém-se a sensação de “ponto” numa maior amplitude.

Chama-se profundidade de campo à zona compreendida entre os


dois limites com nitidez visual.

No exemplo apresentado (Fig. 19, 20 e 21), a opção de foco foi


feita no 1º plano e utilizaram-se diferentes diafragmas, desde muito
aberto até muito fechado, mantendo-se sempre a mesma objectiva e
o mesmo ponto de vista.

Com outras opções de foco ou de ponto de vista, os resultados


seriam diferentes.

1.6.3.Profundidade de campo, distância focal e distância


ao assunto

Como foi dito, a maior ou menor evidência dos círculos de con-


fusão é consequência de um maior ou menor ângulo de intersecção
com o plano do material fotossensível.

Significa isto que, para além do diafragma utilizado, a maior ou


menor distância focal em uso e a distância relativa da óptica ao as-
sunto influenciam significativamente este dado.

25
1.6. Profundidade de campo

•19•
Foco no 1º plano
e diafragma f/22

•20•
Foco no 1º plano
e diafragma f/2
técnicas Fotográficas

•21•
Foco no 1º plano
e diafragma f/5,6

26
1.6. Profundidade de campo
Para o mesmo diafragma, se estamos mais próximos do assunto,
os círculos de confusão percepcionáveis são mais rapidamente atin-
gidos do que se estivermos mais distantes.

Utilizando uma objectiva de distância focal mais curta e outra de


distância focal mais longa, com o mesmo diafragma, verificaremos
que os círculos de confusão são mais evidentes, na distância focal
mais longa do que na distância focal mais curta.

No exemplo apresentado (Fig. 22 e 23), a opção de foco foi feita


no 1º plano com o diafragma f/2 e o mesmo ponto de vista para as
duas objectivas.

Quaisquer outras opções de foco, de ponto de vista ou de distân-


cia relativa aos assuntos, dariam resultados diferentes.

•22•
Foco no primeiro
plano, diafragma f/2
e objectiva grande
angular

•23•
Foco no primeiro
plano, diafragma f/2
e teleobjectiva

27
1.6. Profundidade de campo

1.6.4.Forquilha de profundidade de campo

A forquilha de profundidade de campo (Fig. 24) é um sistema


auxiliar de trabalho desenhado na maioria das objectivas, que per-
mite ter uma noção prévia da nitidez do resultado final, em função
do diafragma.

O número do diafragma em uso aparece repetido à esquerda e à


direita do ponto indicador do plano focado, informando entre que
distâncias haverá nitidez, para cá e para lá desse ponto.

Os valores marcados confirmarão que a amplitude de profun-


didade de campo, seja ela qual for, é menor no sentido da câmara
fotográfica e maior no sentido do infinito.

Em alguns modelos de câmara com visor através do meio óp-


tico, também se pode ter uma noção da profundidade de campo,
colocando fisicamente o diafragma na posição pré-seleccionada
e obtendo, no visor, uma noção do que irá resultar na fotografia
final.

No exemplo apresentado no desenho, o foco foi colocado no


plano 1,5m e vai usar-se diafragma 16.

A forquilha diz-nos que temos profundidade de campo, para este


diafragma, entre 0,75m e 3m.

1.6.5. Plano hiperfocal

Quando se ajusta o foco para infinito, em função do diafragma


escolhido, há um plano a partir do qual começa a haver nitidez. Este
plano designa-se por plano hiperfocal.

Se posicionarmos o foco no plano hiperfocal, conquistamos uma


zona muito significativa de nitidez antes deste plano e continuare-
mos a manter a nitidez até infinito – a profundidade de campo foi
optimizada para o nº f/ escolhido.

No exemplo apresentado na Fig. 25, o diafragma em uso é f/16.


técnicas Fotográficas

Quando se focou para infinito, o primeiro plano com nitidez encon-


trava-se nos 3m.

Ao posicionarmos o foco nos 3m, passamos a ter profundidade


de campo desde 1,5m até ao infinito.

28
1.7. Tempo de obturação

���� ��� �

�� �� � � �� ��
•24•
Forquilha de
profundidade de
campo
�� �� � ��� � ���

� ��� �

�� �� � � �� �� �� �� � � �� ��
•25•
Foco em infinito
e foco no plano
�� �� � ��� � ���
hiperfocal
�� �� � ��� � ���

1.7. Tempo de obturação

Vimos, no ponto 1.3.4., que o obturador é o mecanismo que per-


mite controlar o tempo durante o qual a luz passa para o material
fotossensível, e que o tempo de abertura e fecho deste sistema pode
variar desde fracções de segundo muito rápidas, até exposições
muito longas.

Quando integrado no centro do sistema óptico, designa-se por


obturador central, e quando integrado no corpo da câmara, junto ao
plano onde se coloca o material fotossensível, designa-se por obtu-
rador de cortina ou obturador de plano focal. Consoante o modelo
de câmara, a cortina pode actuar em movimento horizontal ou em
movimento vertical.

1.7.1.Funcionamento mecânico dos obturadores

Quanto ao funcionamento mecânico, as diferenças mais signifi-


cativas entre os dois tipos de obturador, são as seguintes:

a) O obturador central abre e fecha, em movimento circular, um


conjunto de lamelas metálicas controladas por molas sob pressão.

29
1.7. Tempo de obturação
Qualquer tempo de obturação programado expõe todos os pontos da
área fotossensível simultaneamente.

b) O obturador focal é constituído por duas cortinas que funcio-


nam em parceria.

Os tempos de obturação só serão efectivos até um valor de re-


ferência que, usualmente, é de 1/60s se a câmara tiver obturador
de movimento horizontal e de 1/125 a 1/250, se possuir obturador
vertical. Tempos mais rápidos serão produzidos por simulação.

Se, por exemplo, numa câmara com o limite físico de 1/125s,


programarmos um tempo de obturação de 1/250s, ao disparar, a 1ª
cortina corre efectivamente a 1/125s e ao percorrer metade do ca-
minho, a 2ª cortina fecha. O registo final representa 1/125s:2 ou
seja, 1/250s. Se passarmos para 1/500s, a segunda cortina começa a
fechar quando a primeira percorreu ¼ do caminho – o registo final
representa 1/125s:4=1/500s, e assim sucessivamente, à medida que
o tempo de obturação programado for cada vez mais rápido.

Com tempos de obturação iguais, não se notarão diferenças dig-


nas de nota, em registos efectuados com câmaras de obturador cen-
tral ou focal, excepto quando for necessário a utilização de flash
que impõe uma limitação física de sincronismo com os obturadores
focais.

Modelos mais recentes de câmaras com obturadores focais per-


mitem um tempo de exposição real de 1/350s.

1.7.2.Congelamento, arrasto e fantasma

Analisámos, no ponto 1.6., as consequências na nitidez da ima-


gem e respectiva profundidade de campo em função do nº f/, da
objectiva em uso, e da aproximação ao assunto.

Vamos agora analisar as consequências de registos com tempos


de obturação rápidos e lentos.

Se fotografarmos, com obturações muito rápidas, assuntos em


técnicas Fotográficas

movimento relativo à câmara, obteremos imagens que darão a sen-


sação de não haver deslocação do assunto.

A imagem fica “congelada” (Fig. 26).

30
1.7. Tempo de obturação
Para congelar movimentos, pode-se tomar como referência tem-
pos de obturação mais rápidos que 1/125s.

•26•
Tempo de obturação
rápido: 1/500s
– congelamento

Se fotografarmos com obturações lentas, assuntos que estejam


em movimento relativo à câmara, obteremos imagens que darão a
sensação de haver movimento no assunto.

A imagem ficou “arrastada” (Fig. 27).

•27•
Tempo de obturação
médio: 1/60s
– arrastamento

Para arrastar movimentos, pode-se tomar como referência tempos


de obturação lentos, compreendidos entre 1/60 e 1/15 do segundo
dependendo da velocidade e proximidade relativas do assunto.

31
1.8. Falha da lei da reciprocidade

Se registarmos, com obturações excessivamente lentas, assuntos


que estejam em movimento relativo à câmara, obteremos imagens
que nos darão a sensação de que o assunto se arrastou demasiado,
mesmo até que se desmaterializou. A imagem ficou em “fantasma”
(Fig. 28).

•28•
Tempo de obturação
lento: 1/8s
– fantasma

Pode-se tomar como referência para arrastar muito os movimen-


tos, tempos de obturação mais lentos do que 1/8 do segundo.

A maior ou menor aproximação do assunto à câmara, a sua ve-


locidade real, o eixo em que o assunto se movimenta, assim como o
tipo de objectiva em uso, são factores a considerar para uma maior
ou menor evidência do que se afirmou.

1.7.3. Panning e travelling

Se utilizarmos a câmara de forma mais dinâmica, poder-se-ão


fazer registos com acompanhamento panorâmico ou com acompa-
nhamento paralelo ao assunto, de modo a que a velocidade angular,
ou relativa, da câmara e do assunto em movimento, sejam seme-
lhantes. Provoca-se, assim, uma tendência para o “congelamento”
do assunto e um arrastamento mais ou menos evidente, do fundo.
técnicas Fotográficas

Na fig. 29 exemplifica-se uma tomada de vistas com acompa-


nhamento panorâmico.

Não podemos esquecer que esta evidência será maior ou menor,

32
1.8. Falha da lei da reciprocidade
em função do tempo de obturação escolhido, da maior ou menor
aproximação do assunto à câmara, do eixo em que o assunto se
movimenta e do tipo de objectiva usada. Os resultados obtidos de-
signam-se na gíria fotográfica por panning e travelling, respectiva-
mente.

•29•
Panning com tempo
de obturação
de 1/30s

1.8. Falha da lei da reciprocidade

No ponto 1.5.1 vimos que se por hipótese o fotómetro indicar


para um determinado assunto uma relação 1/125s–f/5.6, qualquer
das seguintes relações, organizadas em diferenciais de 1 stop, for-
necerão exposições equivalentes.

Diafragma f/1 f/1.4 f/2 f/2.8 f/4 f/5.6 f/8 f/11 f/16 f/22 f/32 f/45 f/64

Tempo de
1/4000s 1/2000s 1/1000s 1/500s 1/250s 1/125s 1/60s 1/30s 1/15s 1/8s 1/4s 1/2s 1s
Obturação

Em cada uma das opções a luz é alterada em dobros ou metades


por uma das escalas, mas compensada por variações de metades ou
dobros com sentido inverso na outra escala.

A lei da reciprocidade diz-nos que, teoricamente, todos os biná-


rios indicados são recíprocos, ou equivalentes entre si.

Na prática, isto não é verdade nalguns suportes fotossensíveis


analógicos. Eles deixam de reagir segundo o padrão de reciproci-
dade teórico em situação de longas exposições ou de exposições
muito rápidas. Nestes casos, há uma perca efectiva de sensibilidade.

33
1.9. Flash
Esta falha de comportamento, chamada quebra da lei da reciproci-
dade ou efeito de reciprocidade, exige compensações fotométricas.

O efeito de reciprocidade varia de modo muito específico e dife-


renciado, consoante o tipo de película.

1.9. Flash

No Manual de Iluminação faz-se o estudo aprofundado da mo-


delação da luz com qualquer tipo de fonte de iluminação, nomea-
damente o flash. No entanto, como actualmente, grande parte dos
modelos de câmara de pequeno formato são fabricadas com flash
incorporado ou fornecidas com um flash portátil, far-se-á, neste ma-
nual, uma abordagem a este tipo de equipamentos.

Um flash é uma fonte de luz que tem a particularidade de emitir


a sua energia de forma quase instantânea, com um tempo de inci-
dência de centenas ou milhares de avos de segundo. Emite uma luz
muito frontal, com um ângulo mínimo em relação ao eixo óptico.

Por questões meramente mecânicas, nas câmaras com obturador do


tipo de plano focal, há que garantir ao disparo do flash um tempo de
obturação que coloque toda a área fotossensível em exposição efectiva
simultânea.

Esta obturação limite, usualmente de 1/125s ou 1/250s, depende


apenas do modelo de câmara fotográfica e designa-se por limite de
sincronismo.

Acima deste limite, por razões meramente mecânicas, a película


é exposta por frestas em deslocação horizontal ou vertical, não per-
mitindo uma iluminação adequada caso o flash seja accionado com
tempos de obturação de 1/500s, 1/1000s, ou mais. Todas as exposi-
ções mais lentas que o limite de sincronismo, são possíveis.

Nas câmaras de obturador central, não há limite máximo nem


mínimo para a exposição com flash.

Todas as câmaras com opção X de ligação de flash estão adapta-


técnicas Fotográficas

das para sincronizar com os modelos electrónicos actuais.

Nas câmaras que tenham a opção M de ligação de flash, o sin-


cronismo está ajustado a equipamentos de lâmpada de fusão, já em
desuso, e não serve para sincronizar com modelos de flash electró-
nico.

34
1.9. Flash
1.9.1. Controle de potência e fotometria

Com a luz de flash, a fotometria pode ser feita através de equi-


pamentos especialmente preparados para a leitura de disparos ins-
tantâneos, são os flashmeter.

Nos modelos de flash incorporados na câmara, ou nos de acopla-


mento, não é comum este recurso.

Com os aparelhos manuais de acoplagem à câmara fotográfica


através de sapata ou cabo de conexão na posição X, ou através de
sistemas de emissão de infravermelhos, o fotógrafo necessita de co-
nhecer todas as funções de controlo dos equipamentos específicos.

Função manual (M)


Em funcionamento manual, o flash é regulado na posição M o
que significa que este irá debitar, sempre, a sua energia máxima.

Nesta função de trabalho recorre-se a uma tabela de indicações


inscrita no equipamento, que se fundamenta no número guia (NG),
ou seja, na potência do flash em função do ISO e da distância ao
assunto. A tabela mostrará o diafragma de trabalho aconselhado.

f/ = NG/d

Se não forem dadas outras informações complementares, o nú-


mero guia é reportado normalmente a ISO 100.

Função manual com regulação de potência


Modelos mais recentes de flash permitem o trabalho em função
manual (M) com um doseamento da carga máxima para valores de
½ carga, ¼ da carga e assim sucessivamente até um limite máximo
que, nalguns modelos, pode chegar a1/132 da potência máxima.

Função A
A função A, ou automatismo através do flash, permite o recurso
a um diafragma preestabelecido pelo fotógrafo que deverá ser indi-
cado no flash e na câmara.

Ao ser disparado, o flash regula a sua potência através dum sen-


sor fotoeléctrico nele incorporado.

Função TTL
A função TTL, ou automatismo através do meio óptico, exige
que o flash e a câmara sejam compatíveis entre si, podendo nalguns

35
1.9. Flash
modelos de flash aparecer a informação DTTL em vez de TTL.
O recurso a um diafragma pré-seleccionado na câmara é imedia-
tamente identificado pelo flash. Ao ser disparado, a intensidade da
luz emitida é regulada através dum sensor fotoeléctrico incorporado
na câmara.
técnicas Fotográficas

36
2. PROCESSAMENTO
QUÍMICO DE PELÍCULA
PRETO E branco (p/b)

Objectivo:
Este capítulo trata das questões básicas
relacionadas com os processamentos
químicos. Propõem-se práticas efectivas
que auxiliem a confirmação experimental
das afirmações que desenvolveremos. O
trabalho em laboratório servirá, também,
para o entendimento inicial das técnicas de
tratamento digital da imagem fotográfica.

2.1. Características gerais das películas p/b

2.1.1. Estrutura e composição

Na estrutura de uma película p/b (Fig. 30), a camada fotossensí-


vel é composta por uma emulsão gelatinosa onde estão dissemina-
dos sais de prata. Esta camada tem uma espessura mínima se com-
parada com a base poliéster que lhe dá firmeza e consistência.

As camadas de ligação são fundamentais – sem elas, toda a es-


trutura se separaria.

A camada de protecção evita danos directos sobre a emulsão e


a camada anti-halo ou anti-reflexão, anula a dispersão da luz que
atravessa a estrutura fotossensível.

37
2.1. Caracteristicas gerais das películas p/b

�������������������
�������
�������
�������

����

�������
����������������

•30•
Estrutura de película
p/b

2.1.2. Sensibilidade e normas ISO

O valor ISO efectivo é determinado a partir do estudo da curva


característica de comportamento da emulsão fotográfica. A emulsão
é sujeita a exposições controladas e as densidades resultantes, após
processamento padrão, são marcadas num gráfico cartesiano. Da
curva assim desenhada, deduz-se o valor ISO.

A sensitometria e a densitometria servem de base ao estudo cien-


tífico do comportamento das diversas películas. Dada a característi-
ca prática deste manual a nossa abordagem centrar-se-á, apenas, no
estudo operacional daqueles comportamentos.

As películas têm sensibilidades marcadas, segundo as normas


ISO, numa vasta amplitude de valores.

Sensibilidade baixa – até 50 ISO


Sensibilidade média – de 50 a 200 ISO
técnicas Fotográficas

Sensibilidade alta – a partir de 400 ISO

Uma fotografia produzida, por exemplo, num filme ISO 200,


requer o dobro da exposição de outra registada num filme ISO 400
e metade da exposição num filme ISO 100. Como se vê, a escala é
organizada segundo a progressão geométrica de razão 2.

38
2.1. Caracteristicas gerais das películas p/b
Na prática fotográfica, a escolha da película não é feita exclusiva-
mente em função da sua sensibilidade. Outras características, tais como
a sensibilidade cromática, o contraste, o poder de resolução, a dimensão
do grão, etc., são factores importantes para uma decisão equilibrada.

2.1.3. Sensibilidade cromática

Conforme os comprimentos de onda a que os sais de prata, que


constituem a camada fotossensível, são reactivos, as películas po-
dem ser classificadas como:

a)Películas pancromáticas – os sais de prata reagem aos azuis,


verdes e vermelhos;

b)Películas ortocromáticas – os sais de prata reagem aos azuis e


verdes e não reagem aos vermelhos;

c)Películas ordinárias – os sais de prata reagem aos azuis, e não


reagem aos verdes e vermelhos.

2.1.4. Grão

A concentração de moléculas de prata nas películas determina o


tamanho do grão, após o processamento químico. As películas de
baixa sensibilidade têm uma maior concentração de sais de prata
com uma estrutura molecular de dimensões mais reduzidas e, por
isso, grão mais pequeno quando comparadas com as de maior sen-
sibilidade. A comparação descrita só faz sentido se as películas em
estudo forem processadas no mesmo tipo de revelador.

2.1.5. Poder de resolução

Associado à concentração de sais de prata, o poder de resolução


define a capacidade de registo com maior ou menor definição.

2.1.6. Contraste

A maior ou menor capacidade que as emulsões têm de registar


gradualmente as diferenças lumínicas entre zonas de sombra e de
altas luzes do assunto, define o seu contraste. Perante um assunto
com um dado contraste, as películas de baixa sensibilidade tendem
para resultados mais contrastados que as de maior sensibilidade.

39
2.2. Processamento padrão
2.2. Processamento padrão

Um estudo aprofundado dos processamentos das películas, leva-


nos a concluir que esta etapa química não opera isoladamente.

O resultado final da fotografia é consequência dum encadeado


de fases de trabalho e decisão, tais como:

a)Análise do contraste do assunto;

b)Escolha do tipo de película em que se pretende expor a foto-


grafia;

c)Decisão quanto à exposição fotométrica;

d)Tipo de revelador escolhido e respectivo tempo de processa-


mento;

e)Características do papel onde será impressa

Neste ponto, vamos estudar isoladamente o processamento quí-


mico padronizado, previamente estabelecido pela indústria de pro-
dução das películas.

No exemplo apresentado comparam-se os resultados obtidos


quanto ao grão e ao contraste, numa película de baixa sensibilidade
(Fig. 31) e noutra de alta sensibilidade (Fig. 32), após processamen-
to padronizado.
técnicas Fotográficas

•31• •32•
Negativo de película Negativo de película
ISO 25 ISO 1000

40
2.2. Processamento padrão
2.2.1.Meios necessários às diversas fases
do processamento

Processar quimicamente uma película é muito simples, no en-


tanto exige organização, método, local apropriado e meios adequa-
dos.

O local deve garantir o total isolamento à luz

Os meios necessários (Fig.33) mais importantes são:

• Espirais de enrolamento ou estruturas apropriadas para receber


a película e tanques de processamento ajustados às espirais ou às
estruturas;

• Relógio temporizador;
• Termómetro;
• Provetas ou copos graduados;
• Tesoura;
• Sistema para lavagem;
• Estufa ou local adaptado para secagem; •33•
Materiais e
• Pesos e pinças para secagem; equipamentos para
processar películas
p/b

41
2.2. Processamento padrão
2.2.2.Produtos químicos necessários às diversas fases do
processamento

Os produtos químicos necessários ao processo são:

• Revelador;
• Banho de paragem;
• Fixador;
• Acelerador de lavagem;
• Agente molhante;

2.2.3. Fases do processamento químico


•34•
Sequência dos
produtos químicos Após a exposição na câmara, o processamento químico das pe-
necessários às
fases de trabalho lículas p/b implica as seguintes fases de trabalho: Revelar, parar,
fixar, lavar, acelerar lavagem e molhagem (Fig.34).

��������������������������

���������

����������������

�������

Para controlar o processo, é muito importante o cumprimento


cabal de todas as normas e indicações dos fabricantes: segurança
das películas perante a luz; diluições adequadas; temperaturas exac-
tas; tempos de processamento químico recomendados.

Em espaço laboratorial não se pode ignorar que vamos manuse-


ar produtos químicos potencialmente tóxicos e nocivos para a saúde
e o meio ambiente. Por isso, todas as normas de segurança devem
técnicas Fotográficas

ser cumpridas.

Até aos primeiros minutos da fixação o manuseamento da gran-


de maioria das películas deve ser feito em escuridão absoluta. No
entanto, pelas características dos tanques de processamento, só o

42
2.2. Processamento padrão

enrolamento das películas nas espirais exige tais precauções. Após


colocação dos filmes em tanques apropriados, todo o trabalho labo-
ratorial se passará à luz ambiente. Em tanques sem labirinto estan-
que à luz, para introdução e escoamento de químicos, o fotógrafo
terá que escurecer totalmente o laboratório sempre que destapar um
recipiente para mudança química.

2.2.3.1. Revelar
A película é mergulhada em revelador durante um tempo muito
preciso, indicado pelos fabricantes da película e do revelador. Nesta
fase, a imagem latente constituída pelos sais de prata expostos so-
fre um processo de redução a prata metálica. O revelador actua em
meio alcalino de pH entre 9 e 12, com temperaturas compreendidas
entre os 20ºC e 24ºC conforme a película e o revelador em uso. Em
cada meio minuto ou em todos os minutos, o sistema deve ser agita-
do (Fig.35) para renovar a química em contacto com a película.

•35•
Modo de agitação

Alguns fabricantes recomendam uma pré-molhagem da película


em água, antes de ser colocada no revelador.

Esta água deve ser usada à mesma temperatura que o revelador, evi-
tando-se choques térmicos de que podem resultar danos irreparáveis.

O revelador é um complexo químico superaditivo constituído por:

a) Agentes reveladores:
Componentes químicos que reduzem a prata metálica os sais da
imagem latente. Dividem-se em agentes de superfície e agentes de
acção profunda. Os agentes mais comuns são o metol (agente de

43
2.2. Processamento padrão
superfície) e a hidroquinona, revelador determinante do contraste
final da imagem. Este químico torna-se inerte a temperaturas in-
feriores a 18ºC – uma das razões para a enorme importância do
controle das temperaturas.

b) Acelerador ou alcali:
Componente químico alcalino. Mantém o pH e a actividade do
revelador. Os mais comuns são o bórax e o carbonato de sódio.

c) Antioxidante ou preservante:
Componente que evita a oxidação do composto. O mais frequen-
te é o sulfito de sódio.

d) Antiacelerador, antivéu ou restringente:


Componente que equilibra a acção do acelerador e evita que o
revelador actue excessivamente sobre os sais de prata não expostos.
O brometo de potássio é o mais comum dos produtos químicos usa-
dos como antivéu.

Em função das quantidades relativas dos produtos mencionados,


os reveladores podem ser mais ou menos energéticos, revelando,
mais ou menos, as sombras e as altas luzes, marcando, mais ou me-
nos, o contraste e acentuando, mais ou menos, o grão.

A densidade obtida na imagem revelada depende do tipo de pe-


lícula, da exposição recebida e da revelação determinada pelas ca-
racterísticas do revelador e modo de processamento: concentração
química, tempo, temperatura e agitação. O incremento destes facto-
res aumenta a densidade geral dos resultados, o contraste e o grão.
Variações inversas produzem resultados inversos.

2.2.3.2. Banho de Paragem


Tem como função reduzir o pH do revelador anulando a sua
acção. Protege, também, o fixador, de contaminações directas do
revelador.

O banho de paragem, ou lavagem ácida, é constituído por ácido


acético glacial de 28% de volume, ou produto químico equivalente,
diluído em água. Tal como o revelador, exige temperaturas com-
preendidas entre 20ºC e 24ºC para evitar choques térmicos. Requer
técnicas Fotográficas

uma agitação regular durante um tempo de acção variável entre os


30 e os 60 segundos.

2.2.3.3. Fixar
O fixador actua directamente sobre os sais de prata virgens, for-

44
2.2. Processamento padrão
mando com eles um composto solúvel em água. Não tem qualquer
acção directa sobre a prata metálica, em condições normais de uti-
lização.

É composto por hipossulfito de sódio e metabissulfito de potás-


sio, ou produtos equivalentes, e deve ser usado a 20º/24ºC durante
o tempo recomendado e com agitações regulares todos os 60 se-
gundos.

Como método prático para determinar o tempo necessário de


fixação, alguns fabricantes sugerem que se dê o dobro do tempo re-
querido para a limpeza completa do acetato que suporta a emulsão
virgem.

2.2.3.4. Lavar
Submersão da película em água corrente ou periodicamente re-
novada, com temperaturas compreendidas entre 20ºC e 24ºC para
a remoção de toda a sujidade química e dos sais de prata residuais
não retirados pelo fixador.

2.2.3.5. Acelerador de lavagem


Este banho facultativo é importante para encurtar o tempo de
lavagem necessário a uma limpeza eficaz.

Depois duma curta lavagem introduz-se a película no acelera-


dor, seguindo-se uma lavagem final com tempos significativamente
reduzidos em relação a uma lavagem simples.

2.2.3.6. Agente molhante


Este banho, sendo também facultativo, é de grande importância
para a remoção de resíduos sólidos contidos na água de lavagem.
Não requer agitação e actua à temperatura ambiente. Por que é um
agente hidrofóbico facilita o escorrimento, acelerando uma seca-
gem sem aderências na gelatina ao diminuir a tensão de superfície
da água.

2.2.3.7. Secagem e arquivo


Estas duas fases, não fazendo parte do processo químico, são
duma importância crucial para garantir negativos bem preservados
e duradouros.

A secagem duma película deve acontecer à temperatura ambien-


te e exige um meio seco e isento de poeira (Fig. 36).

45
2.3. Processamento alterado
O arquivo exige folhas que não risquem e dossiês (Fig.37) que
mantenham as películas isoladas da poeira, da humidade e de con-
tactos acidificantes.

•36•
Estufa de secagem

•37•
Dossiê de arquivo

2.3. Processamento alterado

É frequente expor as películas com índices de exposição (IE)


técnicas Fotográficas

diferentes do ISO real.

2.3.1. Pushing

“Puxar” uma película, significa incrementar o tempo de revela-

46
2.3. Processamento alterado
ção em relação ao tempo padrão. Como consequência, temos um
aumento de tamanho do grão de contraste. Na prática corrente, é
comum associar este incremento na revelação a uma subexposição
efectiva da película, marcando no fotómetro um valor mais elevado
do que a sua sensibilidade ISO.

Tomemos como exemplo o caso de uma película ISO


1000 e cujo revelador determina 7 minutos de revelação
(Fig. 38).

Se marcarmos IE 4000 no fotómetro, a película será subexposta


em 2 stops recebendo quatro vezes menos luz. Se o tempo de re-
velação passar de 7 para 12 minutos, “puxamos” a revelação (Fig.
39).

•38•
Comparação de
processamento
padrão e puxado
– Película ISO 1000
e processamento
padrão

•39•
Comparação de
processamento
padrão e puxado
– IE 4000 e
processamento
puxado

47
2.4. Análise de resultados

Em resumo, “puxar” implica uma subexposição na película com


alguma perda de informação nas sombras, associada a uma sobrere-
velação que provoca aumento de densidade nas altas luzes, aumen-
to do grão, aumento do contraste e perda de definição/resolução.
Obtém-se um negativo duro.

2.3.2. Reducing

“Reduzir” uma película, significa diminuir o tempo de revela-


ção em relação ao tempo padrão. Como consequência, temos uma
diminuição do tamanho do grão e de contraste. Na prática corrente
é comum associar esta diminuição na revelação a uma sobreexpo-
sição da película marcando no fotómetro um IE mais baixo do que
a sensibilidade real.

Tomemos como exemplo o caso de uma película ISO 400 cujo


revelador determina 6 minutos de revelação (Fig. 40).

Se marcarmos IE 200 no fotómetro, a película, na prática, foi so-


breexposta em 1 stop, tendo recebido o dobro da luz. Se o tempo de
revelação diminuir 25%, há uma situação prática de “redução” (Fig.
41). Ao cortarmos tempo na revelação, temos que considerar o tem-
po de indução, que é o tempo mínimo necessário à uniformização
da acção do revelador sobre os sais de prata em processamento.

Em resumo, “reduzir” implica uma sobreexposição da película


com ganho de informação nas sombras, associada a uma sub-reve-
lação que provoca diminuição de densidade nas altas luzes, dimi-
nuição do grão e diminuição do contraste. Obtém-se um negativo
suave.

2.4. Análise de resultados

Se tudo decorrer segundo os procedimentos apropriados, os ne-


gativos obtidos deverão cumprir os nossos objectivos.

Resultados insatisfatórios poderão ter como causa: falhas de ex-


posição, incumprimento das temperaturas ou dos tempos de proces-
técnicas Fotográficas

samento químico; má preparação das soluções químicas; ausência


de cuidados com a limpeza de equipamentos; incorrecção no carre-
gamento das películas na câmara; má qualidade das ópticas; inade-
quação das condições de segurança da luz; inadequação das áreas
de trabalho e de acabamento.

48
2.4. Análise de resultados

•40•
Comparação de
processamento
padrão e reduzido
– ISO 400 e
processamento
padrão

•41•
Comparação de
processamento
padrão e reduzido
– IE 200 e
processamento
reduzido

Com experiência e prática regulares, aprenderemos a fazer o


diagnóstico de todos os danos possíveis, evitando males futuros.

As condições de manuseamento e segurança dos processos quí-


micos positivos a preto e branco são muito semelhantes aos da pe-
lícula negativa.

Para uma aprendizagem sustentada destas técnicas, é fundamen-


tal a prática continuada de trabalho laboratorial efectivo, que servi-

49
2.4. Análise de resultados

rão de base para a compreensão dos processamentos químicos dos


materiais fotossensíveis de cor em negativo (C41), dos materiais
fotossensíveis de cor em diapositivo (E6), assim como ao entendi-
mento do processamento informático de pós-produção dos registos
fotográficos executados através dos sensores das câmaras digitais.
técnicas Fotográficas

50
3. ampliação
fotográfica

Objectivo:
Conhecer e experimentar os procedimentos
básicos adequados para a ampliação de
negativos p/b.

3.1. Câmara escura e equipamentos

O quarto escuro de trabalho (Fig. 42) pode ser comum ao pro-


cessamento de películas e de papéis fotográficos. Deve estar adap-
tado às condições exigidas no que se refere a luzes de segurança e
à distribuição adequada dos equipamentos por áreas secas, húmidas
e de acabamentos.
•42•
Câmara escura

51
3.2. Processos de impressão
Na zona seca:

- Ampliador e óptica adequados aos formatos de negativos;


- Relógio temporizador;
- Marginador;
- Prensa ou vidro de contacto;
- Guilhotina;
- Lupa de focagem;
- Meios de limpeza para negativos;

Na zona húmida:

- Bancada com esgoto;


- Tinas para processamento de papel;
- Termómetro;
- Copos graduados;
- Tina de lavagem;
- Água corrente;

Na zona de acabamentos:

- Sistema apropriado à secagem de negativos;


- Sistemas apropriados à secagem de papel, tanto de protecção
resinosa (RC) como de fibra (FB);
- Mesa de luz;
- Lupa para análise de negativos;
- Guilhotina;

O grau de sofisticação de cada câmara escura dependerá dos ní-


veis de trabalho pretendidos e dos meios disponíveis para investi-
mento.

3.2. Processos de impressão

3.2.1. Impressão por contacto

Não é fácil seleccionar fotografias através da análise directa de


negativos, A impressão feita por contacto (Fig. 43) é um excelente
técnicas Fotográficas

auxiliar de trabalho. É um sistema simples de identificação de ima-


gens e um bom auxiliar na selecção. Os processos de impressão por
contacto ou ampliação são muito semelhantes. Refira-se que, ac-
tualmente, como alternativa à folha de contacto se pode fazer uma
fotocópia ou scan dos originais através de digitalizador, que tem

52
3.2. Processos de impressão
muitas outras aplicações, as quais são tratadas no volume dedicado
à Fotografia Digital nesta série de manuais.

•43•
Prensa ou prancha
de contacto

3.2.2. Impressão por ampliação

A impressão por ampliação pressupõe que o ampliador esteja


ajustado para receber o formato de negativo e a óptica tenha a dis-
tância focal adequada.

Os ampliadores podem ser do seguinte tipo:


a) Ampliador de condensador
Caracteriza-se por fornecer resultados de impressão mais con-
trastados. É, no essencial, constituído por:

- Base;
- Coluna;
- Cabeça com sistema óptico para condensação de luz (Fig. 44);
- Porta-negativos;
- Sistema de focagem;
- Óptica;
- Gaveta para colocação de filtros de contraste;
- Filtro de segurança;

b) Ampliador de luz difusa


Caracteriza-se por fornecer resultados de impressão mais sua-
ves. É, no essencial, constituído por:

- Base;
- Coluna;

53
3.3. Fases do processo de ampliação
- Cabeça com sistema difusor (Fig. 45);
- Porta-negativos;
- Sistema de focagem;
- Óptica;
- Gaveta para colocação de filtros de contraste;
- Filtro de segurança;

•44• •45•
Ampliador Ampliador de luz
de condensador difusa

3.3. Fases do processo de ampliação

3.3.1. Escolha do tipo de papel fotográfico

a) Quanto à estrutura
- Papel RC
Papel com protecção resinosa vulgarmente conhecido como RC
(Resin Coated) ou papel de plástico.

O seu processamento é muito rápido principalmente nas fases de


lavagem e secagem.
técnicas Fotográficas

Bem processado, tem uma durabilidade média de 10 anos.

- Papel FB (Fiber Base)

Papel de fibra sem protecção envolvente e com uma camada in-

54
3.3. Fases do processo de ampliação
termédia de endurecedor designada por barita.

O seu processamento é mais lento que o dos papéis RC, É uti-


lizado em ampliações que se pretendam duradouras. Para isso exi-
gem-se processamentos muito rigorosos e tratamentos finais de
preservação.
b) Quanto ao contraste
Os papéis RC e FB podem ser de contraste fixo ou variável.
É comum estabelecer-se a seguinte relação entre o contraste do
negativo e o contraste do papel a usar:

• Negativos de contraste “normal” implicam papel de contraste


“normal”;
• Negativos de contraste “suave” implicam papel de contraste
“duro”;
• Negativos de contraste “duro” implicam papel de contraste “sua-
ve”.

Opções padronizadas como estas não contemplam escolhas es-


téticas personalizadas. Há, no entanto, um importante espaço de li-
berdade subjectiva na interpretação técnica dos negativos.
c) Quanto ao acabamento do papel
Os papéis podem ter superfícies: brilhantes, semimates ou ma-
tes.

Outras opções de acabamento são particularidades de fabrico.

3.3.2. Produtos químicos essenciais ao processamento de


papel

À semelhança das películas, para o processamento do papel fo-


tográfico são necessários os seguintes químicos:

- Revelador;
- Banho de paragem;
- Fixador;
- Acelerador de lavagem;

3.3.3. Fases do processo de impressão/ampliação

- Escolha do negativo a ampliar;


- Limpeza de poeiras;
- Colocação do negativo no porta-negativos - posição invertida;

55
3.3. Fases do processo de ampliação
- Elevação da cabeça do ampliador em função da escala de am-
pliação desejada (Fig. 46);
- Ajuste do marginador para o formato do papel e margens desejadas
- Ajuste do foco, com o diafragma todo aberto;
- Ajuste do diafragma para o n.º f de trabalho - 2 a 3 stops fecha-
dos sobre o f/ máximo;
- Opção de contraste - grau do papel fotográfico (filtro);
- Testes de tempo para impressão (Fig. 47);
- Processamento dos testes de tempo:
- Decisão do tempo correcto de impressão;
- Estudo das manipulações necessárias - por protecção ou queima
(Fig. 46);
- Prova final (Fig. 48);

•46•
Equipamento para
ampliação

• Manipulação
• Manipulação por protecção
por queima




• Ampliador

3.3.4. Fases do processo químico

a) Revelação
O papel é mergulhado em revelador; a imagem latente constituída
técnicas Fotográficas

por sais de prata expostos sofre um processo de redução a prata metá-


lica. Com o revelador a 20ºC e uma agitação constante da tina.

Tempo de revelação:
Papel RC - 45 a 90 segundos
Papel FB - 2 ½ a 3 ½ minutos

56
3.3. Fases do processo de ampliação

a) b)

•47•
Testes de
impressão:
a) muito claro
b) muito escuro

•48•
Prova final

b) Banho de paragem
A sua é função provocar a redução instantânea do pH do revela-
dor terminando a sua acção. Protege, também, o banho de fixação
evitando misturas directas com o revelador.

O banho de paragem, ou lavagem ácida, é essencialmente com-


posto por ácido acético glacial de 28% de volume, ou produto quí-
mico equivalente.

Alguns fabricantes propõem banho de paragem com indicador


colorido, que alerta para a exaustão do produto. Tal como o revela-
dor, exige temperaturas próximas dos 20ºC. Requer uma agitação

57
3.3. Fases do processo de ampliação
regular durante o tempo de acção, variando entre os 30 segundos e
o minuto, quer em RC como em FB.

c) Fixação
O fixador actua directamente sobre os sais de prata do papel,
formando com eles um composto solúvel em água. Em condições
normais de utilização, não tem qualquer acção directa sobre a prata
já revelada.

Deve ser usado a temperaturas próximas dos 20ºC. Requer agi-


tações regulares, de minuto a minuto.

Os tempos recomendados são:

Papel RC - 5 minutos
Papel FB - 10 a 15 minutos

Por comodidade de trabalho, qualidade da fixação e preservação


do banho, é comum desdobrar os tempos recomendados por dois
fixadores. A fotografia passará, assim, metade do tempo total da
fixação em cada tina.

d) Lavagem
O papel é mergulhado em água corrente ou renovável a uma
temperatura de aproximadamente 20ºC; remove-se toda a sujidade
química e os sais de prata residuais não retirados pelo fixador.

Os tempos recomendados são:

RC - 5 minutos
FB - dependendo da espessura do papel:
30 minutos se o papel for fino
1 hora se o papel for cartonado
2 horas se o papel for cartonado - duplo
e) Acelerador de lavagem
Este banho, embora facultativo, é importante para encurtar o
tempo de lavagem.

Depois de fixar, faz-se uma curta lavagem e seguidamente, intro-


técnicas Fotográficas

duz-se o papel no acelerador. O processo termina com uma lavagem


reduzida para cerca de 25% do tempo normal, sem acelerador.

Como nota final, relembra-se que os tempos indicados são de


referência. Não dispensam a consulta dos prospectos técnicos for-
necidos com cada produto químico.

58
3.3. Fases do processo de ampliação
f) Secagem
• Secagem de papel RC:
Podem-se utilizar secadeiras rotativas ou secadeiras de gaveta
(Fig. 49).

As temperaturas devem manter-se entre os 35ºC e os 50ºC.

• Secagem de papel FB
Dadas as características especiais de utilização do papel FB, a
sua secagem deve fazer-se em gavetas de rede apropriadas (Fig. 50)
e à temperatura ambiente, em local seco e isento de poeiras.

g) Acabamento e montagem
• Acabamento de papel RC
O papel RC não exige cuidados especiais.
• Acabamento de papel FB

•49•
Secadeira de gaveta,
para papel RC

•50•
Estrutura de
prateleiras com
rede, para papel FB

59
3.3. Fases do processo de ampliação
O papel FB exige cuidados especiais. O tratamento em selénio,
por exemplo, garante à ampliação uma maior duração e resistência.
Este tipo de papel só deve ser montado em suportes apropriados,
isentos de acidez e sem pontos de colagem.
h) Retoque
Quando necessário, é possível o retoque manual das fotografias.
É um trabalho delicado que exige tintas especiais de prata e pincéis
apropriados.
técnicas Fotográficas

60
exercícios finais

Trabalhos práticos

Trabalho nº 1

Controlo da câmara fotográfica


Em película reversível ISO 100

A - Fotometria
Escolha um assunto e faça a sua medição fotométrica regulando
a escala de diafragmas com a escala de tempos de exposições, para
obter:
a) Fotometria bem calculada
b) Com +1 stop, +2 stops e +3 stops (sobreexposição)
c) Com -1 stop, -2 stops e -3 stops (subexposição)

B - Profundidade de Campo
Escolha um assunto com 3 planos. O primeiro a +/ – 0,80m, o
segundo a +/ – 1,50m, o terceiro em infinito. Foque no primeiro
plano.
a) Utilize f/ muito aberto
b) Utilize f/ médio
c) Utilize f/ muito fechado
d) Utilize f/ muito fechado e mude o foco para infinito
e) Utilize f/ muito fechado e mude o foco para o plano hiperfocal

C - Movimentos relativos à câmara, com câmara parada


a) Tempo de exposição rápido (efeito de congelado)
b) Tempo de exposição médio (efeito de tremido)
c) Tempo de exposição lento (efeito de fantasma)

D - Panning/Travelling
a) Tempo de exposição médio/lento com acompanhamento pa-
norâmico do assunto
b) Tempo de exposição médio/lento com acompanhamento pa-
ralelo do assunto

61
Exercícios finais
E - Fotografia de arquitectura em ambiente nocturno sob ilumi-
nação fraca
a) Exposição indicada pelo fotómetro de modo a obter muita
profundidade de campo
b) Idem com correcção da falha de reciprocidade: +½ stop
c) Idem com correcção da falha de reciprocidade: +1 stop
d) Idem com correcção da falha de reciprocidade: +2 stops
F - Avaliação
Complemente cada ficha técnica com a avaliação dos resultados
obtidos.

Trabalho nº 2

Processamento de película p/b e procedimentos de impressão/


ampliação

Em película Tmax 400 135/36 execute um trabalho fotográfico


sob tema livre.
Com base nos procedimentos aprendidos:
1 - Faça o processamento químico adequado da película
2 - Execute a respectiva prova de contacto
3 - Execute a impressão final de 5 imagens, em papel fotográfico
de formato 18X24 cm
4 – Edite cinco boas fotografias – que se complementem temati-
camente e/ou formem um conjunto formalmente coeso.

Trabalho nº 3

Processamento de películas p/b – padronizado e alterado


Em película Tmax 400, execute um trabalho fotográfico sobre
um mesmo assunto, sem deixar variar as condições de iluminação.
1 - Exponha a película com o fotómetro regulado para ISO 400
e processe-a em condições padrão
2 - Exponha a película com o fotómetro regulado para IE 200 e
processe-a com menos 25% do tempo, mantendo as restantes pa-
dronizações.
3 - Exponha a película com o fotómetro regulado para IE 1600 e
processe-a com mais 40% do tempo, mantendo as restantes padro-
nizações.
4 - Avaliação - Compare os resultados obtidos e descreva as di-
técnicas Fotográficas

ferenças estruturais produzidas pelas alterações aplicadas.

Trabalho nº 4

Iluminação com flash

62
Exercícios finais
Em película reversível (diapositivo) ISO 100 ou suporte digital
Organize um trabalho fotográfico para aplicação das técnicas de
flash como fonte de luz principal. Com o auxílio de duas pessoas
(primeiro e segundo plano), coloque o primeiro plano a cerca de 1,5
m e o segundo plano a cerca de 4 m. Execute as seguintes fotogra-
fias, nas condições descritas:
a) Luz calculada para o primeiro plano, foco no primeiro plano,
flash em M 1/1
b) Luz calculada para o segundo plano, foco no segundo plano,
flash em M 1/1
c) Luz rebatida sem correcção fotométrica e foco no primeiro
plano, flash em M 1/1.
d) Luz rebatida com correcção fotométrica de + 1 stop e foco no
primeiro plano, flash em M 1/1
e) Luz rebatida com correcção fotométrica de + 2 stops e flash
em M 1/1
f) Luz rebatida com correcção fotométrica de + 3 stops e flash
em M 1/1
g) Luz rebatida, flash em A ou TTL
h) Luz rebatida, flash em A ou TTL, com correcção de + 1 stop
i) Luz rebatida, flash em A ou TTL, com correcção de + 2 stop
j) Luz calculada para o primeiro plano, foco no primeiro plano,
flash em M e profundidade de campo máxima
k) Luz calculada para o primeiro plano, foco no primeiro plano,
flash em M e profundidade de campo mínima

3.4. Teste

1 - Tendo em conta que os valores correctos para uma determi-


nada situação são 1/125s-f/4 – ISO 50, encontre as relações que lhe
permitem a maior e menor profundidade de campo. Tenha em conta
que a sua câmara fotográfica tem tempos de exposição compreendi-
dos entre 1s e 1/1000s e possui a função B. A objectiva usada é de
F=50mm/1:4 e o seu diafragma mais fechado f/32.
2 - Em situação idêntica, diga qual é o binário que representa
a maior profundidade de campo, tendo em conta que mudou para
ISO 160.
3 - De uma forma sintética, descreva os procedimentos para ob-
ter o efeito de panning.
4 - Com assuntos em deslocação rápida, diga com qual dos tem-
pos de exposição obtém com maior garantia o efeito de “congela-
do”:
a) 1/15s
b) 1/60s

63
Exercícios finais
c) 1/1000s
d) 1/125s
5 - O que entende por plano hiperfocal.
6 - Defina profundidade de campo.
7 - A profundidade de campo é consequência do:
a) Numero f/
b) Numero f/ e distância ao assunto
c) Numero f/, distância ao assunto e distância focal utilizada
8 - No processamento químico das emulsões negativas p/b, des-
creva sinteticamente, a função do revelador sobre os sais de prata
expostos à luz e não expostos à luz.
9 - No processamento químico das emulsões negativas p/b, des-
creva sinteticamente, a função do fixador sobre os sais de prata ex-
postos à luz e revelados, e os não expostos à luz.
10 - Nos banhos de revelação de papel ou de película, justifique
as razões porque não se devem utilizar temperaturas inferiores a
18º C.
11 - Num teste de ampliação positiva sobre papel p/b, obteve um
resultado caracterizado por um tempo de aparecimento da imagem
excessivamente rápido, com excessiva densidade tanto nas zonas de
sombra como nas altas luzes. Na prova final deverá optar por:
a) Reduzir o tempo de revelação
b) Anteceder a revelação com uma pré-molhagem
c) Diminuir o tempo de impressão, mantendo o diafragma e o
tempo de revelação
12 - Sabendo que a maioria dos reveladores tem como agentes
de revelação o metol e a hidroquinona, sublinhe o nome daquele
que determina o contraste final do assunto.
13 - Quando opta pela técnica de “reduzir” um filme, na prática
está a:
a) Pretender menos contraste e grão mais fino
b) Pretender mais contraste e grão mais acentuado
14 - Quando opta pela técnica de “puxar” um filme, na prática
está a:
técnicas Fotográficas

a) Sobre expor e sobre revelar


b) Sub expor e sub revelar
c) Sobre expor e sub revelar
d) Sub expor e sobre revelar
15 - Ao fotografar um assunto que, no original, tem muito con-

64
Exercícios finais
traste, para obter um negativo melhorado, deverá optar pela técnica
de
a) “Puxar”
b) “Reduzir”

16 - Em função da resposta a) ou b) descreva os resultados ob-


tidos em relação ao grão e ao contraste (comparados à mesma ima-
gem exposta e processada de forma padrão).

17 - O tempo final do processo de revelação está directamente


associado ao agente acelerador. Coloque por ordem crescente de
energia, os reveladores em cujas fórmulas constem:
a) Carbonato de sódio
b) Bórax:
18 - É no revelador de película ou de papel que lhe parece mais
adequado existir o componente antivéu (brometo de potássio).
19 - Numa câmara de obturador central, diga se pode sincronizar
o flash com o tempo de exposição 1/500s (Sim/Não – S/N)
20 - Numa câmara de obturador plano focal, diga se pode sincro-
nizar o flash com o tempo de exposição 1/1000s (S/N)
21- Diga se pode sincronizar o flash com tempos de obturação
de 1/30 seg., ou mais lento, em câmaras com obturador de plano
focal (S/N)
22 - Descreva o funcionamento de um flash em modo Automático
23 - Com um flash de número guia 55 e um filme ISO 400, diga
qual é o diafragma adequado para um disparo em modo manual,
sabendo que o seu assunto está colocado a 5 metros do flash e a luz
ambiente não é relevante
24 - Para fotografar um assunto predominantemente branco mas
com textura, utilizou o fotómetro TTL da câmara. Para ISO 100,
obteve o valor 1/125s-f/8. Se posteriormente confirmasse a leitura
com um fotómetro manual em posição de luz incidente, que valor
deveria obter.

65
Exercícios finais
Correcção do teste

1 - Maior profundidade de campo: 1/2s – f/32; menor profundi-


dade de campo 1/125s – f/4
2 - 1/8s – f/32 -1/3
3 - Acompanhamento panorâmico do assunto a fotografar com a
câmara à mesma velocidade angular que o assunto
4 - c)
5 - Plano a partir do qual há nitidez quando se foca para infinito
6- Nitidez da imagem entre planos situados aquém e além do
plano focado no assunto
7 - c)
8 - O revelador reduz a prata os sais expostos e não actua sobre
os não expostos
9 - O fixador torna solúveis os sais de prata não revelados e não
actua sobre a prata
10 - Porque há componentes químicos que não actuam abaixo
dessa temperatura, nomeadamente a hidroquinona
11 - c)
12 - Hidroquinona
13 - a)
14 - d)
15 - b)
16 - Grão de menores dimensões e menor contraste
17 - b) e a)
18 - Revelador de papel
19 - (S)
20 - (N)
21 - (S)

22 - O flash é regulado para um diafragma seleccionado e colo-


ca-se na óptica esse diafragma.
Quando o flash é disparado, a potência de disparo é controlada
técnicas Fotográficas

através dum sensor electrónico para o diafragma escolhido


23 - f/22
24 - 1/125s – f/4 ou qualquer outra relação equivalente

66
Glossário
Acumulador usado como acelerador de reveladores.
Elemento que armazena e posteriormente liberta Calibração
um impulso eléctrico. Processo de conjugar o comportamento ou
Acutância características de um dispositivo com determinado
Medida física de nitidez de uma imagem. padrão.
Alcali Calote integradora
Componente químico básico, cujo pH é superior a Semiesfera opalina que se coloca nos fotómetros
7. manuais para integrar todas as luzes que incidem
no assunto.
Almofada
Na gíria fotográfica refere a aberração óptica que Câmara de grande formato
projecta linhas paralelas como linhas curvas – mais Câmara em que os elementos de incorporação da
próximas no centro e mais afastadas no topo da óptica e do material fotossensível são movíveis em
imagem. relação ao eixo óptico. Em inglês, view-camera.
Altas luzes Câmara de visor por reflexão
Na gíria fotográfica designa as zonas mais Câmara em que o feixe luminoso que atravessa a
luminosas de um assunto. objectiva para formar imagem, se torna visível no
visor após ser desviada por um espelho inclinado a
Ângulo de cobertura 45º, rebatível e situado no interior do seu corpo.
Ângulo formado pelas linhas que ligam o ponto
nodal posterior da óptica com os dois pontos Câmara escura
extremos do círculo de nitidez do assunto; ângulo Espaço de trabalho adaptado ao processamento
máximo sobre o qual a lente ainda é capaz de químico de materiais fotossensíveis. Laboratório
formar uma imagem de qualidade aceitável. fotográfico.
Autofocagem Câmara esténopeica
Sistema auxiliar de focagem por emissão de sinal Câmara fotográfica sem meio óptico.
infravermelho. Câmara Reflex ou SLR
Axial Ver Câmara de visor por reflexão.
O que está no eixo. Camera obscura
Back Termo latino para designar quarto escuro. Com
Dispositivo de suporte, de modo geral amovível, um pequeno orifício num dos lados, os objectos
para material fotossensível. Que possibilita a que estejam situados no exterior projectam sobre
utilização, na mesma câmara, de diferentes tipos a parede oposta ao orifício, uma imagem real e
de formatos e suportes sensíveis à luz. invertida.
Barril Candela (Cd)
Na gíria fotográfica refere a aberração óptica que Unidade de intensidade de luz.
projecta linhas paralelas como curvas – próximas
Carbonato de sódio
nos topos da imagem e afastadas no centro.
Componente químico alcalino usado como
Base acelerador de reveladores.
Componente químico com pH superior a 7. Cartão cinzento (forma portuguesa do Kodak
Bórax neutral test card)
Componente químico alcalino de fraca potência, Reflecte 18% da luz recebida, nas três cores RGB

67
Glossário utilizar tinta preta pura em separado – a “chave”
(K).
Coma (de cometa)
Aberração óptica.
Condensador
– densidade 0,75. Na face oposta é “branco” com Ver Acumulador.
0,05 de densidade neutra (2 ¼ stops de diferença).
Do lado cinzento é uma importante referência Compensação de exposição
fotométrica (zona V no Sistema de Zonas); do Correcção para evitar subexposições. 1) Em
lado branco é um bom elemento para o ajuste macrofotografia, aplicando a fórmula f´/ =
electrónico dos equilíbrios cromáticos. A maioria f/ (M+1) em que f´/ = diafragma a usar; f/ =
dos fotómetros está calibrada para uma reprodução diafragma indicado pelo fotómetro de mão; M =
fotográfica de 0,75 de densidade. magnificação; P = diâmetro do diafragma medido
pela face posterior da óptica: diâmetro do mesmo
CCD (Charges Coupled Device) diafragma medido pela face anterior da óptica.
Dispositivo para acoplamento de cargas. Inventado 2) Utilizando filtros na óptica, para compensar
nos anos 60 nos laboratórios Bell, foi concebido a luz subtraída – consultar tabelas ou aceitar a
como um tipo de circuito de memória para resposta fotométrica TTL. A compensação tempo
computadores. Devido à sensibilidade à luz das de obturação / diafragma nas tabelas indicativas
células que o compõem (silício), este dispositivo, pode ser expressa de três maneiras. Em stops,
semicondutor, pode ser usado como elemento exemplo: +1 ½, expor mais 1,5 stop; Idem em EV;
fotossensível num aparelho de captação de ou por factores, multiplicando o factor pelo tempo
imagens digital. É, basicamente, uma matriz de de obturação. Exemplo: 1/8s – f/11 com factor 4 =
células fotoeléctricas capazes de armazenar uma 1/2s – f/11.
carga eléctrica proporcional à luz captada. Cada
Congelamento
célula, ou photosite, é responsável pela criação de
Na gíria fotográfica significa que o registo de um
um pixel. Como o CCD apenas regista quantidade
assunto em movimento ficou estático.
de luz, tem de estar associado a um conjunto de
filtros vermelho, verde e azul para captar cor. Contraste
Associado à cor e ao brilho de uma imagem, reflecte
Centro de uma lente
a diferença entre extremos. Quanto maior for a
Ponto de convergência do eixo óptico com o eixo
diferença entre tonalidades maior é o contraste.
meridional.
Em imagens monocromáticas refere-se à diferença
CMOS (Complementary Metal Oxide entre a tonalidade mais escura e a mais clara. Em
Semiconductor) imagens a cores, as cores complementares são as
Semicondutor complementar de óxido metálico com que produzem maior contraste.
células sensíveis à luz, utilizado como elemento
Cor
fotossensível em máquinas fotográficas digitais.
Qualidade da percepção visual caracterizada pelo
Dispositivo semicondutor que utiliza dois circuitos
tom, saturação e luminosidade.
de polaridades opostas. Consome pouca energia e
é mais barato de produzir que o CCD. Corpo da objectiva
Estrutura onde estão colocados os diversos
CMYK (Cyan, Magenta, Yellow, Key, em Português: elementos da objectiva.
ciã, magenta, amarelo e “chave”, que é o preto)
técnicas Fotográficas

Sistema padronizado de cor utilizado na impressão Curva característica


com tintas. CMY são as cores subtractivas, Gráfico do comportamento de um suporte fotossensível
complementares das RGB. Como os pigmentos analógico perante a luz e o processamento químico
não são perfeitos, a mistura CMY apenas produz a que é sujeito.
uma tonalidade escura, próxima do preto. Para Densidade
se obter um preto de boa qualidade, é necessário (1) Logaritmo da opacidade na base 10 – mede o

68
Glossário Escala de cinzentos
Número de tonalidades, entre o preto e o branco,
que pode ser registado ou reproduzido por
um sistema. Problemas à reprodução da cor
fotográfica.
nível de obstrução à luz dos materiais fotossensíveis Espectro visível
analógicos. (2) Número de pixels por unidade de A luz. A parte visível, com comprimentos de
área, produzidos por um processo de impressão. onda entre os 400 nm e 700 nm, do espectro
electromagnético.
Densitometria
Estudo científico dos materiais fotossensíveis EV (Exposure Value)
através da análise da sua densidade após Valor de exposição em Português. É a escala de
processamento. números onde cada um representa uma série fixa
de relações tempo de obturação/diafragma, com
Densitómetro exposição igual. Progressão geométrica de razão
Instrumento para medir as densidades de uma 2, com a expressão logarítmica EV = Log2 (f 2 / T)
imagem. em que f = diafragma e T = tempo de obturação.
Difusor de luz A progressão de 1 valor EV na escala representa
Acessório de iluminação opalino para desorganizar, a duplicação da exposição; a subtracção de 1
por dispersão, a luz que o atravessa. Suaviza a valor EV representa a redução da exposição para
iluminação original. metade. A numeração EV é, por isso, também
utilizada como diferencial de stops. Por exemplo:
Digital a compensação de filtro em +1 EV ou em +1
Qualificativo que indica a utilização de dados stop refere, em ambas as expressões, o mesmo
representados de um modo numérico, em oposição ajustamento.
ao analógico.
Exposição da câmara
Distância focal Quantidade de luz que chega ao elemento
Distância entre a objectiva (ponto nodal posterior) e fotossensível por unidade de tempo. É determinada
o plano de imagem nítida, com o foco em infinito. pela abertura do diafragma, pelo tempo de
Divergir obturação e pelas luminâncias do assunto.
O que acontece a um raio de luz que atravesse Exposição encadeada
uma lente negativa fora do eixo óptico. Captação de várias versões da mesma imagem,
com relações de exposição diferentes.
Ecrã de cristais líquidos
(forma portuguesa de Liquid Cristal Display, ou Exposímetro
LCD) Monitor ou painel de informações alimentado Instrumento para indicação de exposições – tempo
electronicamente. Mostra uma representação de obturação / diafragma – a aplicar nas câmaras
visual temporária de dados digitais. fotográficas. Fazem leituras de luz incidente e
reflectida.
Eixo óptico
Linha imaginária perpendicular ao plano óptico que Fantasma
passa pelo centro de uma lente. Um raio de luz Na gíria fotográfica significa que o registo de um
coincidente com o eixo óptico não sofre refracção. assunto em movimento ficou muito arrastado.

Electricidade estática Filtro


Atracção sofrida entre materiais com cargas (1) Dispositivo óptico para reduzir determinados
eléctricas de sinal contrário. comprimentos de onda. (2) Parte de um software de
manipulação programada para alterar a aparência de
Emulsão uma imagem. (3) Parte de um programa informático
Camada de gelatina com sais de prata em que é utilizado para converter um formato de ficheiro
suspensão. noutro. (4) Programa ou parte de uma aplicação

69
Glossário Gradiente médio
Medida de contraste que relaciona as
luminosidades do assunto com as luminosidades
do material fotossensível. Mede-se a partir da
tangente do ângulo constituído pela junção dos
utilizados para remover ou filtrar dados pontos mais significativos da curva e o eixo das
Filtro de densidade neutra luminosidades.
Filtro sem cor que reduz a quantidade de luz Grande-angular
transmitida. Objectiva com ângulo de cobertura mais aberto que
Flare a objectiva normal e distância focal mais curta.
Ver Luz parasita. Grão
Aglomerados de prata metálica que estruturam a
Flash
imagem fotográfica analógica. Quanto menor for o
Termo inglês para designar equipamento de
grão, maior o detalhe da imagem.
iluminação que se caracteriza por emitir, quando
accionado, uma luz instantânea semelhante a um Grayscale
relâmpago. Ver Escala de cinzentos.
Flashmeter Halo
Termo inglês para designar aparelho de medida Anéis de prata revelada, produzidos por reflexão nos
para iluminação de relâmpago (flash). suportes fotográficos analógicos, quando a emulsão
Fotodíodo é atingida por pontos muito enérgicos de luz.
Dispositivo semicondutor que responde muito Halogenetos de prata
rapidamente e de modo proporcional à intensidade Compostos de prata e sais alcalinos, substâncias
da luz que sobre ele incide. químicas halogéneas, como o bromo, o cloro e o
Fotograma iodo. Sensíveis à luz.
Imagem que se obtém colocando um objecto entre Hidroquinona
um elemento fotossensível e uma fonte de luz. Componente químico de acção redutora
Cada imagem duma série, em filme. incorporado em reveladores.
Fotómetro Imagem latente
Termo correntemente utilizado com o sentido de Alterações moleculares produzidas nos sais de
exposímetro. prata por acção da imagem projectada pela óptica.
Fotossensível Imagem só visível após processamento químico.
O que reage à luz. ISO (International Standards Organization)
Gama Organização das Nações Unidas responsável
Medida de contraste dos materiais fotossensíveis pelos sistemas de normalização internacional. Na
em que se relacionam as densidades obtidas com fotografia, define e quantifica a sensibilidade dos
as luminosidades que lhe dão origem. materiais fotossensíveis.
Gama cromática ou de cores LCD
Leque de cores e tonalidades que podem ser Ver Ecrã de Cristais Líquidos.
reproduzidos por um dispositivo ou sistema de Leitura fotométrica incidente
reprodução.
técnicas Fotográficas

Medição da luz que chega ao assunto fotográfico.


Gama de brilhos Célula dirigida para a câmara.
Riqueza de gradação diferenciada entre as maiores Leitura fotométrica reflectida
e as menores luminâncias de um motivo. Medição da luz remetida do assunto fotográfico
Gradação para a câmara. Célula dirigida para o assunto.
Escala de valores. Expressa-se em Candelas/m2.

70
Glossário Menisco
Lente com uma face côncava e outra convexa.
Metol
Componente químico de suave acção redutora,
incorporado em reveladores. Nome comercial do
Longitudinal produto parametilaminofenol.
O que se passa no sentido do eixo óptico.
Monocromático
Lúmen (Lm) Imagem constituída apenas por variações duma cor. As
Unidade de fluxo emitido por uma fonte luminosa. imagens a “Preto e Branco” são constituídas por uma
Luminância gama de cinzentos que pode ir do branco ao preto.
Quantidade de luz mensurável numa superfície. Nanómetro
Expressa-se Cd/m2. Brilho. Unidade de comprimento utilizada na medida da luz.
Luminosidade Corresponde à milionésima parte de um milímetro ou
Qualidade da percepção visual que varia com a bilionésima parte de um metro (10-9 m).
quantidade de luz que um determinado elemento n.º f/
transmite. O brilho de uma cor. Valor de diafragma. Cada abertura f/ é igual ao
Lux (Lx) valor do diâmetro efectivo do diafragma dividido
Medida de luz. Unidade de iluminação recebida por pela distância focal da objectiva.
um corpo.
Objectiva normal
Luz A que tem uma distância focal semelhante à
Energia que constitui a parte visível do espectro diagonal do formato do suporte fotossensível.
electromagnético e cujas radiações estão compreendidas Objectiva zoom
entre 400nm e 700nm de comprimento de onda. Objectiva com distância focal variável entre dois
Luz ambiente parâmetros F-max e F-min, sem perder os ajustes
Designação genérica que abrange a iluminação de de focagem (ver Zoom).
um assunto e que não é produzida pelo fotógrafo. Opacidade
Luz artificial Relação entre a luz que incide na superfície dum
Expressão genérica para qualquer fonte de material e a luz transmitida através dele.
iluminação produzida pelo ser humano. Panning
Luz branca Termo inglês. Na gíria fotográfica designa o
Iluminação que contém igual percentagem de R acompanhamento panorâmico de um assunto.
(Red), G (Green) e B (Blue). Papel multigraduado
Luz parasita Papel fotográfico p/b que pode alterar o contraste
Luz introduzida no interior da câmara através do por variação de cor na luz do ampliador. Os termos
meio óptico, sem pertencer à imagem. multigraduado, policontrastado ou poligraduado,
têm o mesmo significado.
Magnificação
Relação de escala linear entre imagem e objecto. Paralaxe
Diferença de enquadramento entre a imagem registada
Meio ácido pelo meio óptico e a que é vista através do visor.
Ambiente químico com pH inferior a 7.
Pára-sol
Meio alcalino Acessório que se aplica nas objectivas para evitar
Ambiente químico com pH superior a 7. entradas de luz parasita.
Meios-tons Película
Gradação contínua de densidades entre o preto e Suporte em poliéster sobre o qual é colocada a
o branco. emulsão fotográfica.

71
Glossário Refracção da luz
Desvio sofrido pela luz quando se altera a
densidade do meio de propagação.
RGB (Red, Green, Blue)
pH As três cores primárias aditivas: vermelho, verde
Valor de medida do teor de alcalinidade ou acidez. e azul.
Pinhole camera Sensitometria
Termo inglês (Ver Câmara esténopeica). Estudo científico dos materiais fotossensíveis por
avaliação da curva característica.
Poder de cobertura
Círculo nítido de imagem que uma objectiva SLR (Single Lens Reflex)
produz. Tem de exceder a diagonal do formato da Ver Câmara de visor por reflexão.
área fotossensível. Sombra
Poder de resolução Na gíria fotográfica designa as zonas menos
Capacidade de diferenciar pormenores. luminosas de um assunto.

Profundidade de campo Telémetro


Nitidez da imagem entre planos situados para cá e Dispositivo para medir distâncias.
para lá do plano focado no assunto. Teleobjectiva
Objectiva com ângulo de cobertura mais fechado
Profundidade de foco
que a objectiva normal e uma distância focal mais
Latitude de afastamento/aproximação do plano de
longa.
foco, no interior da câmara, em relação à óptica,
sem que se alterem as condições de nitidez da Tons contínuos
imagem. Transição suave entre tonalidades cromáticas.
Profundidade de preto Travelling
Apreciação subjectiva da riqueza (variação de tonalidades Termo inglês. Na gíria fotográfica designa o
escuras) das áreas de sombra numa imagem. acompanhamento paralelo da câmara em relação
à deslocação do assunto.
Prova
Processo de verificação ou confirmação das Velocidade angular
características de uma imagem antes de ser Velocidade de deslocação relativa, medida em
executada a saída final. função do ângulo e da distância.
Pushing Véu
Ver “Puxar” Densidade provocada nas emulsões fotográficas
por acção química sobre os sais de prata não
“Puxar”
expostos à luz.
Na gíria fotográfica indica que se vai aumentar o
tempo de revelação. Xénon
Gás de enchimento das lâmpadas de flash
Reducing
electrónico.
Ver “Reduzir”
Zoom
“Reduzir” Termo inglês que na gíria fotográfica refere uma
Na gíria fotográfica indica que se vai diminuir o
técnicas Fotográficas

objectiva que por deslocação de elementos ópticos


tempo de revelação. na estrutura, adquire distâncias focais variáveis
Reflector (ver Objectiva zoom).
Auxiliar de iluminação que reorienta a luz recebida.
Pode suavizar, manter ou endurecer a iluminação,
conforme as superfícies e formas utilizadas.

72
Bibliografia
Encyclopedia of Photography, Focal Press, 1969

Encyclopedia of Practical Photography, New York, AM Photo, 1978

Kodak black and white darkroom dataguide, Refª R20, AMphoto, 1998

Kodak black and white darkroom techniques, Refª Kodak KW15, Amphoto,
1998

Kodak creative darkroom techniques, RefªAG18, AMphoto, 1998

Kodak Professional Photoguide (Sixth Edition, Refª R28), Rochester, New


York, Kodak Books, 1998

ADAMS, Ansel - The Camera, Little Brown & comp, 1994

ADAMS, Ansel - The Negative, Little Brown & comp, 1998

ADAMS, Ansel - The Print, Little Brown & comp, 1994

ARNOLD, C. R. - Applied Photography, Londres, Focal Press, 1971

BUSSELLE, Michael - Master of Photography,Mitchell B, 1989

CLERC, J. R. - Fotografia Teoria y Practica, Barcelona, Ed. Omega, SA, 1975

GRAVES, C. - The zone system for 35mm photographers, Focal Press, 1982

HECHT, Eugéne - Óptica, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000

HEDGECOE, John - O manual do fotógrafo, Porto editora, 1982

JOHNSON, Chris - The pratical zone system, Focal Press, 1992

LANGFORD, Michael - Advanced photography, Focal Press, 1991

LANGFORD, Michael - Fotografia básica, Dinalivro, 1989

LANGFORD, Michael - Professional photography, Focal Press, 1991

RALPH, E Jacobson; RAY, Sidney F.; ATTRIDGE, Geoffrey G. - The Manual of


Photography, London and Boston, Focal Press, 1988

ROGER, Hicks - Sucessful black & white photography, David & Charles, 1988
WHITE, Minor; ZAKIA, Richard - The new zone system manual, Focal Press,
1990

73
técnicas Fotográficas

74
Sítios na Internet
Tenha em consideração que os endereços na Internet mudam frequentemente e
os sítios aparecem e desaparecem com regularidade. Motores de busca como o
Google (www.google.com), ou directórios como o PhotoLinks (www.photolinks.
com), servem para localizar endereços de que não haja certezas de existência
ou sobre os quais se tenha informação incompleta.
Sugestões de sítios que podem servir de referência:

História da fotografia
A History of Photography - www.rleggat.com/photohistory/
European Society for the History of Photography - www.donau-uni.ac.at/eshph

Técnicas fotográficas
About photography - http://photography.about.com
British journal of Photography - www.bjphoto.co.uk
Silver Light - www.silverlight.co.uk
Técnicas de Laboratório a Preto e Branco - http://get.to/salprata

Fotojornalismo
Fotojornalismo.com - www.fotojornalismo.com
Instituto Gutenberg - www.igutenberg.org
The Digital Journalist - www.digitaljournalist.org

Outros
Agfa - www.agfa.com
Canon - www.canon.com
Epson - www.epson.com
E-zine sobre fotografia - http://www.ephotozine.com/
Fujifilm - www.fujifilm.com
Foveon - www.foveon.com
Hasselblad - www.hasselblad.com
Kodak - www.kodak.com
Linotype - www.linocolor.com
Minolta - http://konicaminolta.com
Nikon - www.nikon.com
Polaroid - www.polaroid.com
Samsung - www.samsung.com
The Royal Photographic Society - www.rps.org

75
técnicas Fotográficas

76
Índice de figuras

1. CÂMARAS FOTOGRÁFICAS 11

Figura •1• 11
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Figura •2• 13

Figuras •3•; •4•; •5• 16

Figuras •6•; •7•; •8•; •9• 17

Figuras •10•; •11•; •12•; •13•;•14• 21

Figuras •15•;•16•; •17• 23


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Figura •18• 25
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Figuras •19•; •20•; •21• 26

Figuras •22•; •23• 27

Figuras •24•;•25•
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29

Figuras •26•; •27•; 31

Figura •28• 32

Figura •29• 33

77
Índice de figuras
2. PROCESSAMENTO QUÍMICO
DE PELÍCULA PRETO
E branco (p/b) 37
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Figura •30• 38
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Figuras •31•; •32• 40

Figura •33• 41
��������������������������

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Figura •34• 42
����������������

�������

Figura •35• 43

Figuras •36•; •37• 46

Figuras •38•; •39• 47

Figuras •40•; •41• 49

3. ampliação fotográfica 51

Figura •42• 51

Figura •43• 53

Figuras •44•; •45• 54

Figura •46• 56




Figuras •47•; •48•


técnicas Fotográficas

57

Figuras •49•; •50• 59

78
Índice remissivo
A Estufa, 41, 46
Ampliação, 51,52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 62, 64 Estufa de Secagem, 46
Ampliador, 52, 53, 54, 55, 56, 71 EV, 68, 69
Antiacelerador, 44 Exposição, 14, 18, 19, 21, 22, 23, 24, 30, 34, 38,
Antioxidante, 44 40, 42, 44, 46, 47, 48, 61, 62, 63, 65, 68, 69,
Antivéu, 44, 65 Exposímetro, 69, 70
Arrasto, 30, 32
Autofocagem, 13, 67 F
f/, 15, 19, 22, 26, 27, 28, 30, 33, 35, 56, 61, 63, 64,
B 66, 68, 71
Back, 16,17, 67 Falha de reciprocidade, 62
Básico, 24, 51, 67 Fantasma, 30, 32, 61, 69
Bórax, 44, 65, 67 FB, 52, 54, 55, 56, 57, 58, 59
Brilho, 68, 70, 71 Filtro, 53, 54, 56, 68, 69, 70
Filtro de segurança, 53, 54
C Fixador, 42, 44, 45, 55, 58, 64, 66
Câmara, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, Flash, 9, 30, 33, 34, 35, 36, 62, 63, 65, 66, 70, 72
24, 28, 29, 30, 31, 32, 33 ,34 , 35, 36, 42, 48, 50, Focagem, 13, 14, 52, 53, 67, 71
51, 52, 61, 63, 65, 66, 67, 70, 71, 72 Foco, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 56, 61, 63, 69, 72
Câmara escura, 12, 51, 52, 67 Forquilha de profundidade de Campo, 28, 29
Câmara esténopeica, 67, 72 Fotograma, 16, 70
Câmara fotográfica, 9, 11, 12, 13, 15, 20, 28, 34, Fotometria, 9, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 35, 61,
35, 61, 63, 67 Fotómetro, 15, 18, 19, 20, 21, 22, 33, 47, 48, 62,
Câmara reflex, 67 65, 67, 68, 70
Camera obscura, 11, 12, 67 Fotómetro manual, 65
Círculo de confusão, 25 Fotossensível, 13, 14, 15, 18, 21, 24, 25, 29, 30,
Condensador, 53, 54, 68 34, 37, 39, 67, 68, 69, 70, 71, 72
Congelamento, 30, 31, 32, 68 Função A, 35
Contacto, 43, 46, 52, 53, 62 Função M, 35
Contraste, 22, 24, 25, 39, 40, 44, 47, 48, 53, 54, Função TTL, 35
55, 56, 64, 65, 66, 68, 70, 71
Corpo, 9, 14, 15, 20, 29, 34, 35, 36, 67, 68, 70, 71 G
Cortina, 14, 27, 29, 30 Grande formato, 17, 67
Cromático, 68, 71 Grão, 39, 40, 44, 47, 48, 64, 65, 66, 70

D H
Densidade, 38, 44, 48, 64, 68, 69, 70, 71, 72 Hidroquinona, 44, 64, 66, 70
Densitometria, 38, 69 Hiperfocal, 28, 29, 61, 64
Diafragma, 9, 13, 14, 18, 19, 20, 21, 22, 25, 26, 27,
28, 33, 35, 36, 56, 61, 63, 64, 65, 66, 68, 69, 71 I
Difusor, 53, 69 IE, 46, 47, 48, 49, 62
Digital, 9, 15, 37, 52, 63, 68, 69 Impressão, 52, 53, 54, 55, 56, 58, 62, 64, 68, 69,
Duro, 48, 55 ISO, 15, 16, 18, 19, 21, 35, 38, 40, 46, 47, 48, 49,
62, 63, 65, 70
E
Enquadramento, 14, 15, 20, 71 L
Escala, 18, 19, 22, 33, 38, 55, 61, 69, 70, 71 LCD, 14, 69, 70
Escala de Cinzentos, 69, 70 Leitura fotométrica, 70

79
Índice remissivo R
RC, 52, 54, 55, 56, 56, 57, 58, 59
Reciprocidade, 32, 33, 34, 62
Reducing, 48, 72
Reduzir, 19, 44, 48, 64, 65, 69, 72
Leitura matricial, 20, 21 Resolução, 39, 48, 72
Leitura pontual, 20, 21 Restringente, 44
Leitura central, 20, 21 Revelador, 39, 40, 42, 43, 44, 47, 48, 55, 56, 57,
Lente, 12, 13, 15, 67, 68, 69, 71 64, 65, 66, 67, 70, 71
Leonardo da Vinci, 11, 12
Lupa, 52 S
Luz, 9, 11, 13, 14, 19, 20, 22, 23, 24, 29, 33, 34, Secagem, 41, 45, 46, 52, 54, 58, 59
35, 36, 37, 39, 41, 42, 43, 44, 48, 51, 52, 53, 54, Sensibilidade, 18, 19, 34, 38, 39, 40, 47, 48, 68, 70
63, 64, 65, 67, 68, 69, 70, 71, 72 Sensibilidade cromática, 39
Sensitometria, 38, 72
M Sensor de leitura, 21
Marginador, 52, 55 SLR, 14, 17, 67, 72
Médio formato, 16, 17 Sobreexposição, 22, 23, 48, 61
Metol, 43, 64, 71 Sombra, 22, 24, 39, 44, 48, 64, 72
Molhante, 42, 45 Stop, 19, 22, 24, 33, 47, 48, 56, 61, 62, 63, 68, 69
Suave, 48, 53, 55, 71, 72
N Subexposição, 22, 23, 47, 48, 61,
Nitidez, 24, 25, 28, 30, 66, 67, 72 Sulfito de Sódio, 44, 45
n.º f/, 71
Número guia, 35, 65 T
Telémetro, 14, 16, 72
O Tempo de obturação, 15, 18, 19, 20, 21, 22, 28, 29,
Obturador, 13, 14, 19, 29, 30, 34, 65 30, 31, 32, 33, 34, 68, 69
Óptica, 9, 12, 25, 48, 52, 53, 54, 66, 67, 68, 72 Termómetro, 41, 52
TLR, 15, 17
P Travelling, 32, 33, 61, 72
Panning, 32, 33, 61, 63, 71
Papel, 12, 40, 52, 54, 55, 56, 58, 59, 64, 65, 66, 71 V
Papel fotográfico, 54, 55, 56, 62, 71 Véu, 44, 65, 72
Paragem, 42, 44, 55, 56, 57 View camera, 17
Película, 15, 16, 17, 18, 19, 34, 37, 38, 39, 40, 41, Visor, 14, 15, 16, 20, 28, 67, 71, 73
42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 55, 61, 62, 63,
64, 65, 71 Z
Pequeno formato, 16, 34 Zona húmida, 52
Pixel, 68, 69 Zona seca, 52
Poder de resolução, 39, 72
Potência, 35, 66, 67
Preservante, 44
Processamento, 15, 22, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43,
44, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 55, 56, 62, 64, 68, 69,
70
Processamento padrão, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44,
técnicas Fotográficas

45, 47, 48, 49


Produto Químico, 44, 57, 58
Profundidade de Campo, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28,
29, 30, 61, 62,63, 64, 66, 72
Pushing, 46, 72
Puxar, 46, 48, 64, 65, 72

80

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