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Formação Profissional

Electricista Instalador – Nível 2

Volume 2

Práticas de Ajuste

Volume 2
FORMAÇÃO PROFISSIONAL - NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE - VOLUME 2

ÍNDICE GERAL

ELECTRICISTA INSTALADOR – NÍVEL 2


VOLUME 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE

Secção Página

2.1 Executar com segurança todos os trabalhos 9


de práticos de ajuste
2.2 Preparar e aplicar ferramentas manuais para 35
práticas de ajuste
2.3 Efectuar as respectivas traçagens na peça a 55
ser trabalhada, de acordo com o diagrama
2.4 Executar trabalhos de práticas de ajuste de 83
acordo com as instruções dadas

Volume 2 - Práticas de Ajuste | 1


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

FICHA TÉCNICA

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Título Volume 2 – Práticas de Ajuste

Equipa técnica Equipa GIZ Pró-Educação e INEFP Inhambane

Supervisão técnica Carlos Freire e Vithor Nypwipwy

Coordenação Susanne Guamba, GIZ Pró-Educação

Revisão Alexis Bedoya, Carlos Freire, Ivan Bié, António Lourenço Cuamba

Apoio Cooperação Alemã e Rio Tinto

Local Inhambane

Data 14 de Novembro de 2014

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Edição 5 CEREP, Maputo, Outubro 2020

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2 | Volume 2 - Práticas de Ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL - NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE - VOLUME 2

ÍNDICE DO MANUAL – VOLUME 2


SECÇÃO 2.1
EXECUTAR COM SEGURANÇA TODOS OS TRABALHOS DE PRÁTICAS DE AJUSTE

1 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO DE PRÁTICAS DE AJUSTE 11


1.1 A importância de segurança e higiene no trabalho 11
1.2 Acidentes de trabalho 12
1.3 Doenças profissionais 14
1.4 Causas frequentes de acidentes de trabalho e sua prevenção 14
1.5 Redução dos riscos de acidente 17

2 PRIMEIRO SOCORRO PARA ACIDENTADOS DURANTE OS TRABALHOS 18


DE PRÁTICAS DE AJUSTE
2.1 Perigos específicos em trabalhos de práticas de ajuste 18
2.2 Ferimentos, fracturas e hemorragias 18

3 EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL 19


3.1 Introdução ao equipamento de protecção individual 19
3.2 EPI para protecção dos olhos e da cara 19
3.3 EPI para protecção da cabeça 20
3.4 EPI para protecção dos ouvidos 20
3.5 EPI para protecção das mãos 21
3.6 EPI para protecção dos pés 21
3.7 EPI para protecção das vias respiratórias 22

4 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE SINAIS E SÍMBOLOS DE SEGURANÇA 23


4.1 Introdução à sinalização 23
4.2 Sinalização de perigo 24
4.3 Sinalização de proibição 25
4.4 Sinalização de obrigação 26
4.5 Sinalização para emergências de incêndio 28
4.6 Sinalização de emergências em geral 29

5 AVALIAÇÃO FORMATIVA 31

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SECÇÃO 2.2
PREPARAR E APLICAR FERRAMENTAS MANUAIS PARA PRÁTICAS DE AJUSTE

1 ORGANIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE ACORDO COM 37


ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
1.1 Posto de trabalho 37
1.2 Ferramentas básicas da oficina mecânica 39
1.3 Chaves de parafusos e porcas 39
1.4 Alicates 42

2 SELECÇÃO DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS DE CORTE, 43


MARTELAGEM E LIMAGEM
2.1 Martelo 43
2.2 Serra e Arco de Serrar 43
2.3 Brocas 44
2.4 Machos 44
2.5 Tarraxas 44
2.6 Limas 45

3 AVALIAÇÃO FORMATIVA 46

4 PREPARAÇÃO E FABRICAÇÃO DE UMA PEÇA SIMPLES 48


4.1 Operação de serrar 48
4.2 Operação de limar 49
4.3 Operação de furar 49
4.4 Operação de mandrilar 50
4.5 Operação de roscar 51
4.6 Operação de dobramento e curvamento de chapas 52

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SECÇÃO 2.3: EFECTUAR AS RESPECTIVAS TRAÇAGENS NA PEÇA A SER TRABALHADA,


DE ACORDO COM O DIAGRAMA

1 INTRODUÇÃO À TRAÇAGEM 57

2 SELECÇÃO DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA TRAÇAGEM 58


2.1 Introdução 58
2.2 Graminhos 58
2.3 Esquadros e sutas 60
2.4 Compassos 60

3 TRAÇAGEM DE PEÇAS METÁLICAS 62


3.1 Aplicação da ferramenta 62
3.2 Traçagem de rectas no plano 63

4 PRÁTICA DE PUNCIONAR 66
4.1 Selecção do punção 66
4.2 Puncionar 66

5 AVALIAÇÃO FORMATIVA Nº 1 69

6 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 1 71

7 ABERTURA DE FUROS COM ENGENHO DE FURAR 72


7.1 Introdução 72
7.2 Selecção de instrumentos e ferramentas para abertura de furos 72
7.3 Furação de peças metálicas 74

8 AVALIAÇÃO FORMATIVA Nº 2 77

9 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 2 79

10 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 3 80

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SECÇÃO 2.4: EXECUTAR TRABALHOS DE PRÁTICAS DE AJUSTE DE ACORDO COM AS


INSTRUÇÕES DADAS

1 OPERAÇÕES DE CORTE 85
1.1 Introdução à operação de corte 82
1.2 Selecção de instrumentos e materiais para o corte 82
1.3 Serra manual 83
1.4 Máquinas de serrar 84
1.5 Torno de bancada 85
1.6 Operação de corte manual 85
1.7 Avaliação formativa nº 1 88

2 OPERAÇÕES DE LIMAGEM 90
2.1 Introdução à operação de limagem 90
2.2 Selecção de limas 90
2.3 Posição de trabalho para limar na bancada 92
2.4 Operação de limagem na bancada 94
2.5 Avaliação formativa nº 2 96

3 OPERAÇÕES DE ABERTURA DE ROSCAS 97


3.1 Introdução à operação de abertura de roscas 97
3.2 Selecção de ferramentas para abertura de roscas internas 97
3.3 Diferentes tipos de machos 98
3.4 Escolha do macho quanto ao material 99
3.5 Operação de abertura de rosca na bancada 99
3.6 Avaliação formativa nº 3 101
3.7 Avaliação sumativa 103

4 AVALIAÇÃO SUMATIVA 104

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NOTAS

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NOTAS

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Secção 2.1

Executar com Segurança Todos os Trabalhos


de Práticas de Ajuste

Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste |


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NOTAS

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1 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO DE PRÁTICAS DE AJUSTE

1.1 A Importância da Segurança e Higiene no Trabalho

As perfeitas condições de segurança e higiene no trabalho constituem um factor de


primeira importância, pelo que nunca são demasiados os cuidados a ter. É
absolutamente necessário que cada pessoa que intervenha na actividade laboral,
tenha plena consciência de que, tanto o acidente de trabalho, como a doença
profissional, podem e devem evitar-se.

As condições de higiene e segurança no trabalho, são regulamentadas pela lei de uma


maneira geral, mas estas regras gerais devem concretizar-se e especificar-se em cada
posto de trabalho para se chegar até ao mais pequeno detalhe de aplicação, que
elimine qualquer causa de risco. Nas oficinas mecânicas, dada a variedade de trabalhos
que se podem efectuar, assim como a diversidade de meios empregues para sua
execução, as medidas de segurança a tomar são também abrangentes.

Não obstante, como condições mínimas de segurança e higiene no trabalho, pode


citar-se:

➢ A manutenção do local de trabalho em perfeita ordem.


➢ Limpeza do local de trabalho e da oficina em geral.
➢ Estado das ferramentas, utensílios e máquinas em perfeito estado de uso e
funcionamento.
➢ Utilização sem excepção dos meios específicos de segurança e higiene para cada
trabalho.
➢ Vias de circulação e saídas de emergência sinalizadas, sem obstrução e adaptadas
às suas utilizações.
➢ Cuidados com a imobilização e fixação de veículos elevados e cargas elevadas em
geral.
➢ Manejo e armazenamento segundo normas de produtos corrosivos, tóxicos e
inflamáveis.
➢ Iluminação e ventilação adequada nos locais e postos de trabalho.
➢ Estado perfeito das instalações auxiliares das oficinas (eléctrica, ar comprimido,
instalações sanitárias etc.).

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1.2 Acidentes de Trabalho

Os acidentes são a causa da perda de um grande número de horas de trabalho e produzem,


em muitos casos, a perda da habilidade ou capacidade de trabalho nos operários, e por
vezes à morte. A segurança no trabalho para evitar acidentes, representa a necessidade de
manter uma vigilância permanente dos meios de trabalho, do ambiente e dos sistemas de
protecção empregues, devendo respeitar-se rigorosamente as normas de segurança
estabelecidas.

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se


destacam as falhas humanas e falhas materiais. Vale a pena lembrar que os acidentes não
escolhem hora nem lugar.

Quanto aos acidentes de trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorrem
porque os trabalhadores se encontram mal preparados ou não utilizam meios adequados
para enfrentar certos riscos.

O acidente de trabalho deve-se geralmente a dois factores:

a) Acto inseguro – é o acto praticado pelo homem, em geral consciente do que está
fazendo, que está contra as normas de segurança.

São exemplos de actos inseguros:

➢ Subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas.


➢ Ligar tomadas de aparelhos eléctricos com as mãos molhadas.
➢ Imprimir excesso de velocidades ou sobrecarga.
➢ Ficar junto ou sob cargas suspensas.
➢ Usar máquinas sem habilitação ou permissão.
➢ Lubrificar, ajustar ou limpar máquinas em movimento.
➢ Improvisar ou fazer mau uso de ferramentas manuais.
➢ Usar dispositivos de segurança inutilizados.
➢ Não usar equipamento de segurança individual.

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➢ Manusear incorrectamente produtos químicos.


➢ Transportar ou empilhar inseguramente.
➢ Fumar ou usar chamas em lugares indevidos.
➢ Fazer brincadeiras ou exibicionismo nas máquinas.

b) Condições inseguras - é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou


risco ao trabalhador. São exemplos de condições inseguras:

➢ Instalação eléctrica com fios desencapados.


➢ Máquinas em estado precário de manutenção.
➢ Andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados.
➢ Falta de protecção em máquinas e equipamentos.
➢ Passagens perigosas.
➢ Iluminação inadequada.
➢ Ventilação inadequada.
➢ Escassez de espaço.
➢ Má arrumação.
➢ Chão sujo, escorregadio, com óleo e graxa.
➢ Falta de protectores individuais.

Os actos inseguros e as condições inseguras são as causas frequentes dos acidentes de


trabalho. Eliminando-se as condições inseguras e os actos inseguros é possível reduzir
os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da segurança do trabalho.

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1.3 Doenças Profissionais

Após longo período de execução de um certo trabalho ou de exposição a certos ambientes


de trabalho, o trabalhador pode apresentar problemas de saúde (doença profissional).
Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho
em si.

Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é
realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a
incapacidade para o trabalho.

1.4 Causas Frequentes de Acidentes de Trabalho e sua Prevenção

Em qualquer tipo de trabalho existe um certo perigo de acidente, por isso, a prevenção deve
abranger todos os trabalhadores e todos os lugares da oficina mecânica. No entanto, existe
um certo número de meios de trabalho que implicam um perigo mais frequente e sobre os
quais se deve prestar atenção para evitar o acidente.

As causas mais frequentes de acidentes de trabalho que se podem citar são:

a) Manejo de objectos:
O manejo de objectos ou cargas mais ou menos pesadas em más condições ou de
forma inadequada, constitui uma causa frequente de acidentes, tais como entorses,
pancadas, feridas nas mãos e nos pés etc. Estes acidentes produzem-se ao empilhar,
levantar, carregar ou descarregar objectos e resultam, muita das vezes, da falta de
instrução adequada de como se deve realizar o trabalho.

Procedimento adequado no levantamento de objectos:

Procedimento não adequado no levantamento


de objectos:

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b) Queda de pessoas:
A queda de pessoas é outra das causas mais frequentes de acidentes. A sua
consequência é muitas vezes a produção de fracturas de diferentes membros do
corpo, não sendo raros os acidentes mortais por esta causa. A maior parte desses
acidentes podem evitar-se utilizando meios seguros quando se trabalha em altura e
mantendo os solos em bom estado.

c) Entaladelas:
O trabalho em máquinas causa frequentemente acidentes tais como feridas, cortes e
esmagamento. A frequência destes acidentes mostra claramente como se despreza o
perigo quando este existe em permanência no tipo de trabalho que se realiza.

Com o objectivo de eliminar este tipo de acidente montam-se coberturas de protecção


nas máquinas, para ocultar os órgãos em movimento. Em algumas máquinas colocam-
se para além das coberturas, dispositivos de segurança para paragem automática, que
devem estar sempre em bom estado de funcionamento.

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Algumas normas a seguir para evitar este tipo de acidentes são:

➢ Não manobrar as partes móveis, estando a máquina em funcionamento;


➢ Não tentar parar uma peça móvel com as mãos;
➢ As roupas devem ajustar-se ao corpo, braços e pernas;
➢ O cabelo comprido deverá ser recolhido debaixo de uma boina ajustada;
➢ Deve evitar-se qualquer motivo de distracção do operário que esteja a trabalhar com
uma máquina. Quando seja necessário falar com ele, deverá parar-se primeiro a
máquina.

d) Queda de objectos:

A queda de objectos é outra causa frequente de


acidentes de trabalho. As ferramentas ou materiais
colocados em estantes ou plataformas devem colocar-
se ou retirar-se com cuidado. Você não deve
permanecer debaixo de uma carga suspensa, tanto
móvel como em movimento.

Os objectos ou partículas lançados com força, tais como


aparas e graus de material abrasivo ou faíscas, também
constituem uma causa frequente de acidentes. Quando
você está exposto a estas partículas, devem utilizar
meios de protecção adequados, como por exemplo,
óculos de protecção, gorros, capacetes, luvas e factos
apropriados para cada caso.

e) Substâncias perigosas ou prejudiciais à saúde;

As substâncias perigosas ou prejudiciais são várias e ocasionam diversos perigos. Como


substâncias perigosas pode-se citar os produtos inflamáveis, os produtos tóxicos e as
substâncias corrosivas. A protecção contra estes riscos exige em cada caso, o estudo
de medidas de precaução a tomar para evitar acidentes.

Algumas das medidas são:

➢ Utilização de instalações eléctricas especiais e bem conservadas.


➢ Manuseamento adequado e emprego de meios e precauções no transporte das
substâncias.
➢ Adequada utilização por parte do pessoal, de um equipamento de protecção
especial, como por exemplo, factos incombustíveis ou resistentes aos ácidos,
óculos e máscaras de protecção etc.

f) Pancadas com objectos.


As pancadas contra objectos fixos também são causa de um certo número de
acidentes. Na oficina deve manter-se uma boa visibilidade e arrumação dos materiais.

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As passagens devem ser claras, amplas e sem obstrução, devendo-se evitar o


armazenamento de materiais em locais indevidos.

1.5 Redução dos Riscos de Acidente

Os acidentes são evitados com a aplicação de medidas específicas de segurança,


seleccionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prevenção da segurança. Na redução
dos riscos de acidente de trabalho, as prioridades são:

a) Eliminação do risco - significa torná-lo definitivamente inexistente, o que poucas


vezes se consegue.

Exemplo:
Uma escada com piso escorregadio representa um sério risco de acidente. Esse risco
poderá ser eliminado com um piso antiderrapante.

b) Neutralização do risco - o risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na
impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco.

Exemplo:
As partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias etc., devem ser
neutralizadas com anteparos de protecção, uma vez que essas peças das máquinas não
podem ser simplesmente eliminadas.

c) Sinalização do risco - é a medida que deve ser tomada quando não for possível
eliminar ou isolar o risco.

Exemplo:
Máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com placas de advertência; locais
onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados.

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2 PRIMEIRO SOCORRO PARA ACIDENTADOS DURANTE OS TRABALHOS DE PRÁTICAS


DE AJUSTE

2.1 Perigos Específicos em Trabalhos de Práticas de Ajuste.

São chamadas de agentes mecânicos as condições de insegurança que podem existir nos
locais de trabalho, capazes de provocar lesões a integridade física do trabalhador. Em
algumas literaturas são encontrados também como “riscos de acidentes”.

Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem protecção, ferramentas


inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, probabilidade de incêndio ou explosão,
armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão
contribuir para ocorrência de acidentes.

As máquinas podem representar outros riscos ou perigos aos trabalhadores (ruído, calor,
vibração, radiação, etc.). As partes móveis que representam riscos mecânicos envolvem os
seguintes pontos:

➢ O ponto de operação, o ponto onde o trabalho é executado no material, como ponto


de corte, ponto de moldagem, ponto de perfuração, de estampagem, de
esmagamento, ou ainda de empilhamento de material.

➢ Mecanismo de transmissão de força, qualquer componente do sistema mecânico que


transmite energia para as partes da máquina que executam o trabalho. Estes
componentes incluem volantes, polias, correias, conexões de eixos, junções, engates,
fusos, correntes, manivelas e engrenagens.

➢ Outras partes móveis, que inclui todas as partes da máquina que movem enquanto a
máquina está trabalhando, tal como movimento de ida e volta, partes girantes,
movimentos transversais, etc.

2.2 Ferimentos, Fracturas e Hemorragias

No campo de electricidade e de mecânica, ao longo da realização de determinadas


actividades, é possível o surgimento de acidentes de trabalho, que provocam ferimentos
e/ou fracturas e/ou hemorragias.

Para instruções sobre primeiro socorro em caso de ferimentos, fracturas e hemorragias


consulte o Manual 1/5, páginas 36-38.

PRIMEIRO SOCORRO
FERIMENTOS – FRACTURAS – HEMORRAGIAS
CONSULTE O MANUAL VOLUME 1
“ELECTRICIDADE DE INSTALAÇÃO”
PÁGINAS 34-42

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3 EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

3.1 Introdução ao Equipamento de Protecção Individual

Os equipamentos de protecção são de grande importância na prevenção dos acidentes de


trabalho. A conservação dos equipamentos é um ponto-chave para a segurança do
trabalhador e para a economia da empresa.

Os serviços de segurança devem ter autoridade para determinar o uso dos equipamentos de
protecção adequados, que os diversos riscos requerem, instruindo os trabalhadores. Os
equipamentos de protecção podem ser divididos em protecção colectiva e protecção
individual.

Um dos meios mais usados para classificar os equipamentos de protecção individual (EPI) é
agrupá-los segundo as partes do corpo que se destinam a proteger.

3.2 EPI para Protecção dos Olhos e da Cara

MATERIAL DESIGNAÇÃO E PROTECÇÃO APLICAÇÃO


CARACTERÍSTICAS
Óculos de segurança, com Vista. Oficina de mecânica em
hastes reguláveis e protecção geral (trabalhos na
lateral. bancada, brocagem etc.).

Óculos de protecção (Óculos Vista. Oficina de serralharia civil


Lobo) com lente em plástico. com trabalhos de pedra
esmeril e/ou rebarbadora.
Qualquer trabalho que
resulte em muita poeira ou
partículas.

Máscara de protecção com Olhos e cara. Trabalhos intensos com


adaptador de cabeça. Viseira rebarbadora e/ou pedra
em policarbonato esmeril.
transparente e anti-impacto.

Óculos de segurança com Olhos. Soldadura e corte


lentes bastante escuros, com oxiacetilénico.
hastes reguláveis e protecção
lateral.

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Máscara de soldadura com Olhos e cara. Soldadura de arco


adaptador de cabeça e com eléctrico.
inclinação regulável.

3.3 EPI para Protecção da Cabeça

MATERIAL DESIGNAÇÃO E PROTECÇÃO APLICAÇÃO


CARACTERÍSTICAS
Capacete rígido e antichoque, Cabeça Obras de construção civil.
com pontos de fixação. Estaleiros navais. Estaleiros
de construção e reparação
metalo-mecânico.
Oficinas e estaleiros com
gruas e/ou guinchos.

3.4 EPI para Protecção dos Ouvidos

MATERIAL DESIGNAÇÃO E PROTECÇÃO APLICAÇÃO


CARACTERÍSTICAS
Tampões protectores Ouvido Oficinas e/ou estaleiros
auditivos descartáveis, com com ruído.
ou sem cordão.

Protector auricular anti-ruído. Ouvido Oficinas e/ou estaleiros


com ruído.

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3.5 EPI para Protecção das Mãos

MATERIAL DESIGNAÇÃO E PROTECÇÃO APLICAÇÃO


CARACTERÍSTICAS
Luva de protecção em couro e Mãos Oficina mecânica em geral.
tecido
Para manipulação de
objectos com arestas
cortantes etc.

Luva de protecção em couro. Mãos Soldadura em geral e


outros trabalhos na oficina
de serralharia civil.

Luva de protecção em couro, Mãos Para manipulação de peças


forrada e com isolamento de muito quentes e para
calor trabalhos de soldadura
especial.

Luva de protecção em PVC ou Mãos Manuseamento e trabalhos


borracha. que envolvem produtos
químicos, óleos e
combustível.

3.6 EPI para Protecção dos Pés

MATERIAL DESIGNAÇÃO E PROTECÇÃO APLICAÇÃO


CARACTERÍSTICAS
Sapato de segurança em Pé Utilização geral na oficina
couro, com sola de borracha e mecânica.
com biqueira de segurança
em aço carbona.

Bota de segurança em couro, Pé Soldadura e utilização geral


com sola de borracha e com em estaleiros navais e
biqueira de segurança em aço obras de construção civil.
carbona.

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Bota alta, em policloreto de Pé Para trabalhos em locais e


vinil áreas molhados.

3.7 EPI para Protecção das Vias Respiratórias

MATERIAL DESIGNAÇÃO E PROTECÇÃO APLICAÇÃO


CARACTERÍSTICAS
Semi mascara, anti poeira Vias Para trabalhos gerais em
(partículas). Descartável respiratórias áreas com poeira.

Este tipo de aparelhos tem


por função filtrar o ar
necessário à respiração de
um indivíduo num
ambiente de atmosfera
poluída que contenha pelo
menos 17% de oxigénio.

Semi mascara, anti poeira, Vias Para trabalhos em áreas


(partículas) com elementos de respiratórias com poeira intensiva.
filtros descartáveis
Este tipo de aparelhos tem
por função filtrar o ar
necessário à respiração de
um indivíduo num
ambiente de atmosfera
poluída que contenha pelo
menos 17% de oxigénio.

Semi máscara, anti poeira, Vias Para trabalhos em áreas


anti gases e mistos, com respiratórias com poeira e com
elementos de filtro especiais e vaporização de tintas e/ou
descartáveis diluentes, e/ou
combustíveis.

Este tipo de aparelhos tem


por função filtrar o ar
necessário à respiração de
um indivíduo num
ambiente de atmosfera
poluída que contenha pelo
menos 17% de oxigénio.

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4 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE SINAIS E SÍMBOLOS DE SEGURANÇA

4.1 Introdução à Sinalização

No interior e exterior das instalações das empresas, devem existir formas de aviso e
informação rápida, que possam auxiliar os elementos da empresa a actuar em
conformidade com os procedimentos de segurança.

Com este objectivo, existe m conjunto de símbolos e sinais especificamente criados


para garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas
diversas situações laborais que podem ocorrer no interior de uma empresa ou em
lugares públicos.

A sinalização no campo de Higiene e Segurança no Trabalho (HST) está dividida nos


seguintes grupos de sinalização:

➢ Sinalização de perigo.
➢ Sinalização de proibição.
➢ Sinalização de obrigação.
➢ Sinalização de incêndio.
➢ Sinalização de emergência.
Nas páginas a seguir seleccionamos alguns sinais dos grupos acima mencionados, que
tem relevância para ser colocados nas oficinas das aulas práticas nas escolas técnicas e
centros de formação profissional.

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

4.2 SINALIZAÇÃO DE PERIGO

Descrição e Aplicação Sinal

Perigo – Em Geral
Perigo – Não Especificado

Uma chapa com descrição do perigo


pode ser colocada em baixo do sinal.

Substâncias inflamáveis

Colocação: Portas para


ferramentarias ou armazéns onde
tem um ou mais dos produtos
seguintes: combustível, óleos, tinta,
verniz, diluentes.

Perigo de electrocussão

Colocação: Oficina de electricidade,


portas para quadros eléctricos,
portas para postos de
transformadores, etc.

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4.3 SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

Descrição e Aplicação Sinal

Proibição de fumar

Colocação: Armazéns e
ferramentarias.

Oficinas mecânicas, oficinas de


automóveis e de electricidade.

Em oficinas onde se trabalha com


decapantes, diluentes e tintas.

Proibição de fazer lume e de fumar

Colocação: Armazéns e
ferramentarias.

Oficinas de automóveis e de
electricidade.

Em oficinas onde se trabalha com


decapantes, diluentes e tintas.

Proibição de utilizar telemóvel

Colocação: Oficinas de
aprendizagem.

Áreas com perigo de incêndio e/ou


de explosão, como bombas de
combustível e áreas de
armazenagem de combustíveis.

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4.4 SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO

Descrição e Aplicação Sinal

Protecção obrigatória dos olhos

Todas as oficinas.

Colocação: Qualquer área onde se


utilize pedra esmeril e/ou
rebarbadora.

Oficina de serralharia mecânica e


serralharia civil.

Qualquer máquina de corte, de


polimento etc.

Protecção obrigatória da cabeça

Colocação: Estaleiros e obras de


construção civil.

Campo de construção civil.

Protecção obrigatória dos ouvidos

Oficina de serralharia mecânica e


oficina de serralharia civil, quando
há trabalhos com rebarbadoras, ou
qualquer outra máquina que emite
barulho.

26| Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Protecção obrigatória das vias


respiratórias.

Oficina de automóveis: Trabalhos


com travões de viaturas

Em oficinas onde se trabalha com


decapantes, diluentes e tintas.

Protecção obrigatória dos pés

Todas as oficinas.

Protecção obrigatória das mãos

Oficina de serralharia civil e de


soldadura.

Protecção obrigatória do corpo

Todas as oficinas.

Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste | 27


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

4.5 SINALIZAÇÃO PARA EMERGÊNCIAS DE INCÊNDIO

LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS

Descrição e Aplicação Sinal

Extintor

Colocação: Todas as oficinas e


outros locais onde é recomendado
ter extintor.

Mangueira de combate a incêndio -


Carretel

Colocação: Posto de combate de


incêndio com água e mangueira
(carretel).

Escada para combate a incêndio

Colocação: Oficinas e outros locais


onde é recomendado ter uma
escada para combate a incêndio

28| Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

4.6 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIAS EM GERAL

Descrição e Aplicação Sinal

Primeiro Socorro

Colocação: Nos locais onde se


encontra pessoas ou equipamento
para prestação de primeiros
socorros.

Posto de Lavagem dos Olhos

Colocação: Nos locais onde é


obrigatório ou aconselhável de ter
um posto de lavagem dos olhos.

Sempre que exista risco de


projecção de líquidos corrosivos
para os olhos, deve existir um posto
de lavagem dos olhos,
convenientemente sinalizado com
este sinal.

Chuveiro de Emergência

Colocação: Nos locais onde é


obrigatório ou aconselhável de ter
chuveiro de emergência.

Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste | 29


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Maca

Colocação: Nos locais onde se


encontra uma maca destinada para
situações onde é necessário evacuar
uma pessoa numa maca.

Saída de Emergência

Indicação da direcção de uma saída


de emergência.

Estes sinais encontram-se colocados


ao longo dos caminhos de
evacuação e nas saídas de
emergência, permitindo indicar a
direcção das vias/saídas de
emergência, de modo a garantir a
evacuação rápida e segura de um
determinado local.

30| Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

5 AVALIAÇÃO FORMATIVA

Leia atentamente as questões que se seguem

1. Prejuízos que podem advir dos acidentes de trabalho na empresa são.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2. Explique em poucas palavras como o trabalhador pode influenciar ou participar na


melhoria da segurança e higiene no trabalho.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

3. Indique três actos inseguros que um técnico de manutenção de tornos pode efectuar.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4. Indique três condições inseguras que podem perigar a segurança no trabalho de um


técnico de manutenção de automóveis.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

5. Pode-se considerar a doenças profissional um acidente de trabalho?

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------

6. Indique duas causas de acidentes de trabalho e proponha a devida forma de prevenção

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste | 31


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

7. Indique três actividades em que é indispensável a utilização de equipamentos de


protecção individual:

a) Para a cabeça:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

b) Para os membros inferiores:


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

c) Para as vias respiratórias:


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

8. Pode-se considerar a sinalização de segurança como equipamento de protecção?

Argumente:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

32| Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste | 33


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

34| Executar com segurança todos os trabalhos de práticas de ajuste


INEFP, GIZ & RIO TINTO FORMAÇÃO PROFISSIONAL – ELECTRICISTA
INSTALADOR

Formação Profissional
Electricista Instalador - Nível 2

Secção 2.2

Preparar e Aplicar Ferramentas Manuais


para Práticas de Ajuste

Manutenção Industrial - Formação Profissional INEFP – Manuais – Electricista Instalador Pagina 35


35
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

36 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1. ORGANIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE ACORDO COM ESPECIFICAÇÕES


TÉCNICAS

1.1. Posto de Trabalho

O posto de trabalho deve ser um local que fornece as condições primárias para a
realização de uma determinada tarefa. O posto de trabalho pode ser fixo ou móvel.

O posto de trabalho fixo é montado num lugar fixo como por exemplo uma oficina e o
posto de trabalho móvel geralmente chamado de oficina móvel pode ser montando em
automóveis pesados ou em navios.

Nas empresas de construção mecânica, o posto de trabalho está provido de um armário


de ferramentas e de uma estante especial. As peças a trabalhar e já trabalhadas são
colocadas na estante, os acessórios de grande porte ficam guardados nas prateleiras
inferiores da estante.

O posto de trabalho tem de estar provido


dum sistema de ventilação para renovar o ar
nele, o piso tem de estar limpo e sem
manchas de óleo, visto que a sujidade e a
desordem originam perdas de tempo e
acidentes. Na figura é apresentado um
armário com prateleiras e compartimentos
onde devem ser guardados os meios e
materiais de trabalho.

A bancada de ajuste é uma mesa de metal ou


madeira, com altura adequada para sobre ela
se trabalhar comodamente. Ela é equipada
com um torno de bancada, gavetas e
prateleiras para guardar ordenadamente as
ferramentas. As bancadas devem instalar-se
procurando aproveitar a luz natural.

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 37


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Para fixar as peças a trabalhar, a bancada de ajuste é provida de um torno de bancada ou de


espiga. Nos tornos de bancada as partes que aprisionam a peça são formadas por barras
estreadas de aço duro, denominadas mordentes, que evitam que a peça fixada se resvale.

Legenda:

1. Parte fixa
2. Parte móvel
3. Eixo
4. Maxila móvel
5. Maxila fixa
6. Mola de aço em forma de lâmina
7. Fuso
8. Porca
9. Placa de fixação do torno
10. Espiga

O aperto das peças no torno deve fazer-se somente com a força manual e nunca golpeando
com um martelo ou outra ferramenta.

Se o aperto não é suficiente para prender a peça, é sinal de que esta, não está a ser presa de
forma adequada ou que o trabalho é demasiado duro para o torno.

A peça deve colocar-se de maneira que ocupe o centro dos mordentes, e não somente um
extremo.

Legenda:

1. Maxila fixa
2. Maxila móvel
3. Guia.

38 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1.2. Ferramentas Básicas da Oficina Mecânica

Para efectuar os distintos trabalhos de oficinas,


utilizam-se diferentes ferramentas e
equipamentos, que facilitam e tornam possível
qualquer trabalho dentro da oficina. Dentre tais
ferramentas se destacam as chaves de parafusos e
porcas, os alicates e os martelos, que se utilizam
para a montagem e desmontagem de uniões
realizadas por meio de parafuso, porcas e cavilhas.

1.3 Chaves de Parafusos e Porcas

As chaves de parafusos, também designadas chaves de fenda, servem para apertar e


desapertar parafusos. Para realizar este trabalho é necessário escolher uma chave de
fenda que se adapte bem à ranhura do parafuso e que tenha o tamanho apropriado.

As chaves para apertar e desapertar parafusos e porcas, são designadas chaves de boca,
ou chave de boca-luneta. Estas chaves são ferramentas empregues para montar e
desmontar porcas e parafusos de cabeça hexagonal.

Há chaves para parafusos e porcas que são ajustáveis, designadas chaves francesas, que
podem adaptar-se a uma variedade de medidas.

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 39


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Chaves de luneta são também chaves para apertar e desapertar parafusos e porcas. As chaves
luneta, cujas bocas são furos poligonais, são utilizadas para trabalhar em sítios de espaço
reduzido e quando é necessário aplicar grande força de aperto.

Também existem chaves de porcas designadas chaves de caixa, que a


cabeça está separada do cabo. Servem para apertar ou desapertar
parafusos e porcas em peças de grande responsabilidade, e quando é
necessário aplicar grandes forças de aperto e previamente calibradas.

As chaves de caixas são desprovidas de cabos param aplicação da força


de aperto. Os cabos para chaves de caixas vulgarmente chamados de
roquetes são construídas de formas diversas, mas que permite uma
boa comodidade durante o manuseamento, e para o aperto em sítios
ou posições de difícil acesso usam-se os acessórios.

Existem outras chaves que são empregues em sítios em que, devido a falta de espaço, não é
possível manobrar com as outras chaves, designadas chaves de tubo. Nestas chaves, o esforço
aplica-se numa haste ou barra que se introduz nos furos de que dispõem.

As chaves que possibilitam determinar a força aplicada, para que não seja excedida a força
necessária para o aperto, denominam-se chaves dinamométricas.

40 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Para apertar e desapertar parafusos, porcas ou


peças com cavidades hexagonal, ou seja
sextavadas por interior, utiliza-se chaves
especiais do tipo sextavada, como é ilustrada na
figura abaixo. Estas chaves também são
denominadas por “chaves Allen”.

Para empregar correctamente as chaves, deve ter-se em conta o seguinte:

a. A boca da chave deve ajustar-se perfeitamente à porca ou à cabeça do parafuso, pois,


se não se ajusta, danifica-se tanto a chave como a peça. Nas chaves ajustáveis é
necessário ter muito cuidado com esta recomendação.

b. Ao utilizar-se uma chave não se deve aumentar a força aplicada, nem golpear com
martelo, visto que as chaves são construídas para resistir ao esforço aplicado nelas com
a mão e, se é aplicado um esforço suplementar exagerado, podem empenar ou danificar
os mordentes.

c. Ao aplicar-se um esforço sobre a chave, deve-se sempre deslocar no


sentido do operador.

d. Nas chaves ajustáveis o esforço deve aplicar-se no lado do punho


correspondente à parte fixa.

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 41


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1.4 Alicates

Os alicates são empregues para segurar peças, estirar cabos, arames ou cavilhas e
também para dobrar e cortar fios, cabos e arames.

Os alicates chamados universais são os mais empregues para fixar, pois, permitem que
as suas maxilas se adaptem a peças maiores ou menores. Alguns alicates têm uma zona
utilizada para cortar arames.

Os alicates não devem ser empregues para apertar ou desapertar parafusos e porcas,
visto que não foram concebidos para tal e, podem danificar a cabeça do parafuso.

Alicate universal

Para efectuar varias operações


na serralharia, como segurar,
dobrar e cortar.

Alicate de corte

Para cortar arames, fios e


cabos metálicos.

Alicate de pressão

Para dar um aperto firme nas


peças. Trabalha por pressão e
tem um parafuso na
extremidade para regular a
pressão.

42 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

2. SELECÇÃO DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS DE CORTE, MARTELAGEM E LIMAGEM

2.1 Martelo

Os martelos empregam-se para aplicar por meio de pancadas, esforços superiores aos
que são possíveis por simples pressão manual. Utilizam-se para armar e desarmar peças
que se ajustam umas dentro das outras, para endireitar ou dobrar peças e para outras
aplicações.

O martelo deve segurar-se pela extremidade do cabo para que ao aplicar-se a pancada,
esta se dê com o centro da face.

2.2 Serra e Arco de Serrar

Folhas de serra são cintas de aço temperado e os seus dentes, quando vistos de frente
são um pouco inclinados para um e outro lado da folha.

Esta inclinação para os lados é que se chama a trava da serra e que permite efectuar o
corte.

A folha de serra coloca-se no arco, fixando-a nos ganchos que tem, em cada extremo. O
gancho do extremo oposto ao punho tem um parafuso e uma porca de orelhas, que ao
enroscar estica a folha de serra.

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 43


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

2.3 Brocas

Atendendo a todas as necessidades dos diferentes tipos de trabalho, existem no


mercado diferentes tipos de brocas para abertura de furos, sendo a mais utilizada a
broca helicoidal.

2.4 Machos

O macho de roscar é um parafuso com os mesmos valores de diâmetro, passo e ângulo


de perfil da rosca que tem de possuir a rosca interior a abrir. Para se roscar o furo
geralmente necessita-se de um jogo de dois a três machos.

2.5 Tarraxas

As tarraxas têm diversas formas, sendo as mais correntes as de ajuste variável, que
graças a um corte longitudinal se fecham mais ou menos por meio de um parafuso de
pressão situado no porta-tarraxa.

A tarraxa tem a forma de uma porca e usam-se para abrir roscas exteriores. A rosca da
tarraxa é ranhurrada no sentido longitudinal para permitir a saída de aparas durante o
processo de abertura de roscas, sendo os filetes neste caso, as arestas formadas entre
as ranhuras e a superfície roscada. Vulgarmente denomina-se tarraxa ao conjunto
formado pela chave e pela tarraxa propriamente dita. Outro tipo mais aperfeiçoado de
tarraxas são as de gomos desmontáveis, formada por três peças separadas, que
permitem uma afinação fácil, o que representa uma vantagem em relação as tarraxas
de uma só peça.

44 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

2.6 Limas

Existem vários tipos de limas, quer quanto à sua forma, tamanho, rugosidade superficial
e o fim a que se destinam.

a) Quanto à forma: as limas podem ser planas ou paralelas (a, b), de meia cana (f),
redondas (e), quadradas (c), triangulares (d), rômbicas (g) e limas faca (h).

b) Quanto ao fim a que se destinam: as limas podem dividir-se em, bastardas, de segundo
corte e murças, consoante o tipo de trabalho a realizar.

As bastardas destinam-se a cortar uma grande quantidade de material excedentário; as


limas de segundo corte destinam-se a fazer a aproximação à forma desejada e as
murças, ao acabamento perfeito da peça trabalhada. As bastardas possuem um
intervalo entre os dentes superior ao da lima de segundo corte, sendo este intervalo
menor ainda na lima murça.

Lima paralela

Lima meia-cana

Lima redonda

Lima quadrada

Lima triangular

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 45


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

3 AVALIAÇÃO FORMATIVA

Leia atentamente as questões que se seguem:

1. Para que ser um posto de trabalho.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2. Identifique as ferramentas abaixo apresentadas e diga para que servem.

a) ------------------------------------------------------------------
--

b) -----------------------------------------------------------------
--

c) --------------------------------------------------------------

3. Identifique a ferramenta abaixo apresentada e diga para


que serve.

1------------------------------------------------------------------------------
2------------------------------------------------------------------------------
3------------------------------------------------------------------------------
4------------------------------------------------------------------------------
5------------------------------------------------------------------------------
6------------------------------------------------------------------------------

4. Identifique as ferramentas abaixo apresentadas em diga em que operações são utilizadas.


------------------------------------
------------------------------------
------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

46 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

5 Classifique as limas abaixo quanto a forma e ao fim que se destinam:

-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------

-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------

-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------

-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------

-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------
-----------------------------------------------------

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

4 PREPARAÇÃO E FABRICAÇÃO DE UMA PEÇA SIMPLES

4.1 Operação de Serrar

Serrar é a operação de cortar em troços os materiais utilizando uma ferramenta


designada serra, constituída por um suporte chamado arco e a folha de serra que é a
ferramenta de corte. A operação de serrar pode-se realizar manualmente ou utilizando
uma máquina.

A folha de serra (2) coloca-se no arco (1) fixando-a nos ganchos que tem, em cada
extremo. O gancho do extremo oposto ao punho tem um parafuso e uma porca de
orelhas (3), que ao enroscar estica a folha de serra.

Legenda:
1. Arco
2. Folha de serra
3. Porca de orelhas.

As folhas de serra são cintas de aço temperado e os seus dentes, quando vistos de frente
são um pouco inclinados para um e outro lado da folha. Esta inclinação para os lados é
que se chama a trava da serra e que permite efectuar o corte.

A serra segura-se como se mostra na figura abaixa. Aplicando a parte cortante da serra
sobre a peça, dá-se-lhe um movimento de vaivém, fazendo pressão contra peça ao
avançar a serra e diminuindo a pressão ao retroceder.

A peça que se corta deve estar firmemente fixada ao torno e ao mover-se a serra, a folha
deve manter-se sempre no plano de corte.

Ao começar a corte deve-se procurar que estejam em contacto com a peça um pequeno
número de dentes da folha. Se começar apoiando a folha em toda a largura de corte, a

48 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

serra resvala lateralmente e desvia-se, sendo difícil fixar a posição de corte. Apoiando a
serra com uma ligeira inclinação e dando um golpe firme e curto para frente, a corte
inicia-se correctamente e com segurança.

4.2 Operação de Limar

Limar é a operação de ajuste e acabamento segundo a qual se dá a forma final à peça


que se trabalha, desbastando pequenas quantidades de material com uma ferramenta
chamada lima.

A Lima é uma ferramenta manual consistente, de uma dura haste de aço especial
temperado, com ranhuras (rugosidade superficial), usada para desbastar outras peças,
sejam elas de metais mais moles, como o alumínio ou o latão, ou de outros materiais
como a madeira.

Os trabalhos de limar realizam-se fixando firmemente a peça num torno de bancada ou


em qualquer outro sistema de fixação.

Para levar a cabo a operação de limar, aplica-se a lima na superfície e dá-se-lhe um


movimento de avanço e recuo. Somente deve-se pressionar a lima contra a superfície
da peça durante o movimento de avanço, visto que a superfície cortante da lima está
disposta de tal forma que os dentes somente cortam nesse sentido.

O exercer pressão no movimento de recuo, não somente seria um esforço desnecessário


como também produziria um desgaste prematuro do dentado da lima. No entanto, o
movimento de recuo permite retirar as rebarbas que se formam durante o movimento
de corte, deixando a superfície mais lisa.

4.3 Operação de Furar

A operação de furar consiste em abrir orifícios cilíndricos nas peças maciças, utilizando
uma ferramenta chamada broca, que possui um ou dois gumes cortantes num extremo
e que se faz rodar enquanto se pressiona no material.

Actualmente é raro executar a operação de furar com força puramente manual.

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 49


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Quando não se utilizam máquinas ferramentas apropriadas, o operário utiliza máquinas


portáteis que proporcionam o movimento de rotação da ferramenta de corte e a maior
parte do esforço cortante, devendo o operário realizar somente o esforço de segurar a
máquina e pressionar a broca sobre o material, no sentido de avanço.

O líquido refrigerador, no decorrer da operação de brocamento, tem de dirigir-se


directamente para o furo. É recomendável que se utilize a mistura de óleo solúvel e água
ou óleo como líquido refrigerador de modo a evitar a corrosão das peças a trabalhar, e
é importante tirar periodicamente a broca do furo para limpar as aparas e deixa-la
arrefecer.

4.4 Operação de Mandrilar

Os furos abertos nas peças por outras ferramentas cortantes, embora tenham uma
precisão suficiente para grande número de aplicações, não a têm para outros casos, nos
quais se requer um ajuste perfeito do furo com a peça, ou quando o furo deve ter uma
medida de grande precisão. Em tais casos recorre-se a operação de mandrilagem que
consiste em cortar pequenas quantidades de material com uma ferramenta de arestas
cortantes múltiplas denominada mandril.

A mandrilagem é uma operação de acabamento e limita-se em alargar ligeiramente um


furo já aberto, para que fique com as dimensões muito precisas e com elevado grau de
acabamento superficial, a mandrilagem pode garantir as seguintes categorias de
precisão: H10; H9; H8; H7 e a 8a e 9a classe de aspereza da superfície.

Para se proceder a mandrilagem, fixa-se a peça num torno de bancada, se o tamanho o


permitir e roda-se o mandril no sentido de corte. Se a peça for manejável e não muito
grande, obtêm-se melhores resultados e perfeição fixando o mandril no torno e fazendo
rodar a peça.

50 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

Ao trabalhar peças de aço deve-se lubrificar o mandrilado com óleo de modo a facilitar
o processo de corte e evitar que a ferramenta possa aquecer e perder a capacidade de
trabalho por desgaste, e o tratamento de peças de bronze pode realizar-se sem
lubrificação.

4.5 Operação de Roscar

Na maioria das construções mecânicas, a operação de roscar realiza-se à máquina: no


engenho de furar, no torno ou em máquinas especiais de abrir rosca. Não obstante, em
alguns trabalhos de montagem e nas oficinas de reparação, surge frequentemente a
necessidade de abrir roscas com ferramentas manuais.

As ferramentas utilizadas para efectuar o roscado são diversas. Para abertura de roscas
interiores empregam-se os machos de roscar e para as roscas exteriores utilizam-se as
tarraxas (caçonetes).

A abertura de rosca interna com macho efectua-se fixando a peça num torno de
bancada, procurando sempre que o eixo do furo fique verticalmente. As peças grandes
podem ser assentes num banco ou no solo, tendo-se o cuidado de imobiliza-las quando
necessário.

A entrada do macho no furo a roscar tem de ser perfeita, devendo-se alinhar o macho
em relação ao eixo do furo, já que de contrário corre-se o risco de danificar a rosca e o
macho. No princípio da operação deve exercer-se uma ligeira pressão para baixo
simultaneamente com a rotação do macho.

Na figura abaixo é apresentado o processo de abertura manual de rosca externa no


parafuso. Para facilitar a entrada da tarraxa no extremo da peça, é conveniente que este

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 51


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

extremo seja preparado com uma forma ligeiramente cónica, para se obter uma rosca
perfeita. Uma vez preparada a peça, a operação imediata consiste em escolher a tarraxa
adequada, assegurando-se a sua compatibilidade com a rosca que se deseja fazer em
termos de diâmetro e passo. A lubrificação na abertura de roscas com tarraxas, deve ser
feita com lubrificantes que favoreçam o deslizamento das aparas.

4.6 Dobramento ou Curvamento de Chapas

As operações de dobrar e curvar consistem em conformar um material, originalmente


recto ou plano, para conferir-lhe formas curvas ou angulares. Geralmente estas
operações são realizadas a frio ou, em casos excepcionais, aquecendo os materiais a
temperaturas não muito elevadas. Correntemente estas operações realizam-se com
materiais sob a forma de chapas, tubos, arames, barras, placas etc.

Na operação de dobramento e curvamento, o esforço de flexão é feito com muita


intensidade, de modo que provoca uma deformação permanente no material. Quando
o esforço requerido para curvar ou dobrar é considerável, recorre-se ao emprego de
ferramentas e máquinas especiais.

52 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

O dobramento pode ser realizado manualmente ou com ajuda de uma máquina. A


escolha de um ou outro método de dobramento, depende das necessidades de
produção. Quando a operação é feita manualmente, o esforço de flexão é exercido
manualmente com auxílio de ferramentas e dispositivos como martelo, morsa,
cantoneira e calços protectores.

Numa operação desse tipo, a escolha da ferramenta de impacto, como o martelo, tem
que ser adequada à espessura do material a ser dobrado. Além disso, para evitar
deformações, deve-se usar calços protectores para dobrar a peça.

Na operação mecânica, usam-se dobradeiras manuais (quinadeiras) ou prensas de


dobrar. As dobradeiras manuais são máquinas accionadas manualmente e de grande
uso nas industrias que produzem gabaritos, perfis, gabinetes de máquinas, armários etc.
essas máquinas se movimentam pela aplicação da força de um ou mais operadores.

Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste | 53


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

54 | Preparar e aplicar ferramentas manuais para práticas de ajuste


INEFP, GIZ & RIO TINTO

Formação Profissional
Electricista Instalador – Nível 2

Secção 2.3

Efectuar as Respectivas Traçagens na Peça a ser


Trabalhada, de Acordo com o Diagrama

55
Manutenção Industrial - Formação Profissional INEFP – Manuais – Electricista Instalador
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

56 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1. INTRODUÇÃO À TRAÇAGEM

A traçagem é a operação necessária à qualquer actividade de um electricista


montador. Por isso, antes que a peça ou chapa seja trabalhada ou montada, o
electricista precisa, muitas vezes, executar um traçado em uma ou mais faces da peça,
para localizar, com rigor, os centros, ranhuras, furos, recortes, planos ou outras
superfícies que lhe darão forma definitiva.

Por meio da traçagem são marcadas na peça ou chapa as linhas e os pontos que
delimitam, por exemplo, o formato final da peça. Com o auxílio da traçagem, são
transportados para a peça os desenhos dos planos e outros pontos ou linhas
importantes para o acabamento.

A traçagem é a operação que consiste em transportar para as peças brutas ou semi-


acabadas:

➢ Os contornos exactos da peça acabada;


➢ Localização de furos.
➢ As arestas dos planos das superfícies a serem trabalhadas.
➢ Plano de orientação para fixação da peça durante a sua preparação.
➢ Pontos, linhas e planos de referência que permitirão verificar se a fabricação foi
bem executada, etc.

Deve ser realizada com muita precisão. Um erro cometido na traçagem como a
localização errada de um furo pode inutilizar completamente a peça.

A traçagem é geralmente bastante demorada e de custo elevado. É sempre


empregado quando se fabrica uma ou varias peças em todas as oficinas de
manutenção, nas usinas de máquinas pesadas como turbinas, bombas, locomotivas,
redutores de velocidade, etc.

Nas fábricas de produção em série, como por exemplo, fábricas de automóveis,


maquinas ferramentas, máquinas de costura, etc., há secções especialistas de
traçagem compostas de operador chamado traçador quase sempre proveniente de
ajustadores e montadores mais qualificados.

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 57


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2. SELECÇÃO DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA TRAÇAGEM

2.1. Introdução

Para realizar a traçagem é necessário ter seleccionar alguns instrumentos de medição,


de traçagem, de marcação e instrumentos auxiliares, incluindo materiais. Os
instrumentos são muitos e variados: mesa de traçagem, torno de bancada, escala,
graminho, riscador, régua de traçar, suta, compasso, esquadro de centrar, cruz de
centrar, punção e martelo.

2.2. Graminho

Instrumento formado de uma base, geralmente de ferro fundido ou de aço carbono, e


uma haste cilíndrica ou rectangular, sobre a qual desliza um cursor com um riscador. A
haste e o cursor são de aço carbono. Utilizado para traçar e controlar peças, assim para
a centragem das peças nas máquinas ferramentas.

Tipos de Graminho

Graminho simples, sua base é


constituída de ferro fundido, rebaixada
na face de contacto, para diminuir o
atrito sobre a mesa de controlo. Possui
uma haste cilíndrica de aço carbono, um
cursor com parafuso de fixação e uma
agulha de aço temperado.

Graminho com articulação, sua base


pode ser de aço carbono ou ferro
fundido, possuindo uma ranhura em V
na face de contacto para melhor
adaptação sobre barramento de torno e
para reduzir o atrito sobre a mesa de
traçagem. Possui também um cursor e
uma haste cilíndrica, sustentada por um
parafuso de fixação alojado em uma
peça que se movimenta ao redor do
eixo, quando accionada pelo parafuso
de regulação. Esse movimento permite
virar de forma precisa a ponta da
agulha.

58 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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Graminho com escala e nónio,


possui uma base de ferro fundido,
uma haste cilíndrica de aço
carbono e uma régua graduada em
milímetros, a régua pode ser
movida para cima e para baixo e
também girada em torno da
coluna. Possui, além disso, um
cursor movido por um sistema de
pinhão e cremalheira, um cursor
com nónio, com aproximação de
0,1 mm, e uma agulha de aço com
ponta temperada.

Graminho de precisão, sua base de


aço carbono é temperada,
rectificada, de precisão e fino
acabamento. Possui, também uma
escala em milímetros, uma haste
rectangular, com perpendicu-
laridade de precisão, um cursor
com aproximadamente 0,2 mm,
um mecanismo de ajuste mecânico
e um riscador com ponta de metal
duro.

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2.3. Esquadros e Sutas

O esquadro de ajustador consiste em uma barra de aço com cerca de uma polegada de
largura e ½ de espessura, ligada a uma lamina de aço de 1 ½ “ a 6” de comprimento. A
lâmina não é graduada.

É usada para verificar superfícies supostas em ângulo recto, para traçar


perpendiculares e, para qualquer serviço relacionado com medidas em ângulos rectos,
figura abaixo.

2.4. Compassos

Os compassos são instrumento destinado ao traçado de circunferência, arcos,


perpendiculares, divisão de ângulos, divisão de rectas, marcação de centros, etc.

60 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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Este compasso serve para traçar no metal arcos e círculos, determinar perpendiculares e
paralelos. Além disso, é empregado para transportar distância e marcar divisões iguais:

Compasso de espessuras é o instrumento mais eficiente para comprovar superfícies


paralelas, neste caso o mecânico deve usá-lo com muita sensibilidade e delicadeza,
percebendo a pressão das pontas. Daí dizer-se em relação a esta operação que se trata de
ajustar ou comprovar, na figura pode-se ver como se realiza essa operação.

O compasso de interiores serve para tomar medidas internas e verificar o paralelismo das
superfícies das concavidades.

Compassos com parafuso e mola: Esse tipo de compasso embora se torne mais exacto, o
raio de acção é menor.

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 61


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3. TRAÇAGEM DE PEÇAS METÁLICAS

3.1 Aplicação da Ferramenta

Para cada etapa da traçagem um desses instrumentos ou grupo de instrumentos é


usado. Assim, para apoiar a peça, usa-se a mesa de traçagem, e para riscar usam-se o
riscador, o compasso e o graminho.

Para auxiliar na traçagem usa-se régua, esquadros de cepo, o esquadro de centrar, e a


suta.

62 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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Para marcar usa-se um punção de bico e um martelo:

Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com
soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle
do traçado.

3.2. Traçagem de Rectas no Plano

Traçar rectas no plano é a operação por meio da qual são desenhadas, em um plano e
em pontos previamente determinados, rectas em diversas posições tendo como base
uma linha ou face de referência, utilizando diversos instrumentos.

Processo de execução:

Como em qualquer outro tipo de operação, a traçagem é realizada em várias etapas:

1) Limpe as superfícies da peça e da mesa de traçagem. Ambas devem estar livres


de qualquer tipo de sujeira, tais como pó, graxa, óleo.

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2) Prepare a superfície da peça e pinte a face da mesma com tinta de secagem


instantânea ou aplique uma pintura especial que permita visualizar os traços do
riscador.

Observação: Lembre-se que a face deve estar lisa e livre de gorduras.

3) Marque os pontos por onde vão ser traçadas as rectas.

4) No caso de um traçado perpendicular, apoie a base do esquadro na face de


referência

5) Trace com o riscador as rectas, fazendo-as passar pelos pontos marcados

64 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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Observações

➢ Ao traçar, incline o riscador no sentido do traço.


➢ Os traços devem ser finos, nítidos e feitos de uma só vez.

6) Para traçar rectas ou linhas oblíquas, use a suta, que serve para verificar o ângulo
da linha oblíqua:

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4. PRÁTICA DE PUNCIONAR

4.1 Selecção do Punção

O punção de marcar é um instrumento que serve para marcar


pontos sobre uma linha traçada. Os pontos marcados têm por
finalidade facilitar a sinalização das linhas.

O punção de marcar tem a ponta afiada que, quando colocado


sobre o ponto de referência no traçado, aí executa, sob a acção
de ligeira martelada, uma pequena mossa para marcar.

O punção é formado de cabeça cabo e ponta. Seu comprimento


varia entre 100 e 120 mm. A ponta é temperada com ângulo de
30 a 60 graus tendo o corpo e cabo recartilhado.

O punção de centrar tem a ponta mais obtusa que o de marcar. É usado com um
pesado martelo para produzir mossas profundas onde se pode colocar a ponta de uma
broca para iniciar um furo. Não se deve confundir o punção de marcar com o punção
de centrar que tem o ângulo da ponta de 90º a 120º graus.

4.2 Puncionar

Puncionar é uma operação que consiste em marcar


pontos de referência no traçado ou centros para
furação de peças, por meio de pancadas na cabeça do
punção de bico com um martelo de peso apropriado:

66 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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Processo de execução - Caso 1: Puncionar centros para abertura de furos

1) Trace a peça, conferindo o traçado com o paquímetro:

2) Apoie a peça sobre o cepo e escolha o punção em função do ângulo de ponta


(60º), verificando sua afiação e observando a concentricicidade e regularidade.

3) Faça uma leve pressão com o punção sobre a peça, posicione o verticalmente e
bata o martelo com pequeno impacto.

4) Com uma lupa, verifique se o puncionamento está correcto

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Processo de execução - Caso 2: Puncionar centros para arcos de circunferência

1) No caso de arcos de circunferência, marque com punção e martelo ponto centro.


Realize a operação colocando a ponta fina do punção exactamente na
intersecção de duas linhas anteriormente traçadas, que constituem o centro:

2) Golpeie a cabeça do punção com o martelo. Como indicação prática, você deve
dar a primeira martelada com pouca força e de seguida verificar o resultado e
dar um segundo golpe para completar a marcação:

3) Com a ajuda do compasso, realize a traçagem de arcos de circunferência à partir


do centro da circunferência.

68 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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5 AVALIAÇÃO FORMATIVA Nº 1

Leia atentamente as questões que se seguem:

1. Para que é utilizada a traçagem?


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2. O que se usa para apoiar a peça durante a traçagem?


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3. O que é usado para auxiliar no apoio de peças de formato irregular?


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4. Como deve ser feito um traçado?


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5. Para que serve o punção?


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6. Relaciona a coluna A (o que fazer) com a coluna B (instrumentos).

Coluna A Coluna B

a) ( ) Para medir 1. régua, esquadro de base e de centrar, e suta

2. riscador, compasso, graminho


b) ( ) Para traçar
3. escala, graminho

c) ( ) Para auxiliar 4. soluções corantes

5. punção e martelo
d) ( ) Para marcar
6. mesa de traçagem

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 69


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7. Ordene a sequência de etapas da traçagem, numerando os parênteses de 1 a 5:

a) ( ) Preparação do graminho na medida correcta.


b) ( ) Traçagem.
c) ( ) Limpeza das superfícies que estarão em contacto.
d) ( ) Posicionamento da peça sobre a superfície de referência.
e) ( ) Pintura da superfície com soluções corantes.

8. O que é usado para auxiliar no apoio de peças de formato irregular?

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6 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 1

1. Realize traçagens numa peça metálica, em conformidade com o desenho e as


respectivas medidas.

2. Realize traçagens numa peça metálica, em conformidade com o desenho e as


respectivas medidas.

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7 ABERTURA DE FUROS COM ENGENHO DE FURAR

7.1 Introdução

Os furos são abertos ou feitos quando há necessidade de roscar ou introduzir eixos,


buchas, parafusos ou rebites em peças que podem funcionar isoladamente ou dentro
de um conjunto mecânico qualquer.

Furar na furadeira ou no engenho de furar é uma operação pela qual se obtém furos
cilíndricos pela acção de rotação e avanço de uma broca, presa a uma máquina-
ferramenta chamada de furadeira.

7.2 Selecção de Instrumentos e Ferramentas para Abertura de Furos

Furadeiras ou engenhos de furar: São Máquinas-ferramenta destinadas à execução de


operações de: Furar, escarear, alargar, rebaixar e roscar com machos.

O movimento da ferramenta é recebido do motor eléctrico através de polias


escalonadas e correias ou um jogo de engrenagens possibilitando uma gama de
rotações por minuto (RPM). O avanço da ferramenta pode ser manual ou automático.

Características:

➢ Potência do motor
➢ Número de rpm
➢ Capacidade
➢ Deslocamento máximo do eixo principal.

72 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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Acessórios:

➢ Mandril porta-brocas
➢ Jogo de buchas de redução
➢ Morsa
➢ Cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução.

Condições de uso:

➢ A máquina deve estar limpa


➢ O mandril em bom estado
➢ Broca bem presa e centrada.

Conservação:

➢ Lubrificação periódica com lubrificante próprio.

Furadeira de Bancada ou Furadeira de Coluna

➢ São montadas sobre bancadas de madeira ou aço.

Furadeira Portátil ou Berbequim

Pode ser transportada com facilidade e pode-se operá-la em qualquer posição.

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 73


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7.3 Furação de Peças Metálicas

Processo de execução:

1) Prenda a peça.

Observações:

➢ A fixação depende da forma e tamanho da peça. Pode-se fixar na morsa da


furadeira com grampos ou com morsa de mão.

➢ Para evitar perfurar a mesa da furadeira, coloque a peça sobre calços paralelos.
Se a furação for em chapas finas, coloque um pedaço de madeira entre a chapa e
a base de apoio da furadeira.

2) Prenda a broca no mandril.

Observações:

➢ Verifique o diâmetro da broca com o


paquímetro, sem girá-la, medindo sobre as
guias.

➢ Verifique se a afiação está adequada ao


material.

➢ Se usar broca de haste cónica, fixe-a


directamente no eixo-árvore da máquina,
utilizando bucha cónica, se necessário.

➢ Para furar chapas finas, seleccione ou prepare a broca.

74 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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3) Seleccione a rotação.

Observação:

➢ Consulte a tabela de velocidade de corte e, com base no diâmetro da broca e o


material da peça, calcule a rotação ou consulte o nomograma de rotação para
furadeira.

4) Para regular a profundidade de penetração da broca, apoie a ponta da broca sobre a


peça, accionando a alavanca de avanço.

Gire a porca reguladora até uma distância (H) do batente igual à profundidade de
penetração (P), mais a altura (a) do cone da broca.

Observação

➢ Quando o furo a ser executado é passante, essa distância (H) deve ter uma vez e
meia a altura “a” mais a espessura da peça para assegurar a saída da broca.

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 75


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5) Aproxime a broca da peça, accionando a alavanca de avanço.

6) Centre a broca no ponto puncionado.

7) Ligue a furadeira e inicie o furo com avanço lento.

Observação

➢ A broca e a peça devem estar bem presas.

➢ Antes que toda a ponta da broca penetre na peça,


verifique se o furo por ela produzido está no centro
do traçado.

➢ Se a broca se desviar do centro, verifique se ela está


bem afiada e corrija o desvio.

8) Termine o furo na profundidade desejada.

Observações

➢ O fluido de corte deve ser adequado à operação.

➢ Retire frequentemente a broca do furo para quebrar o cavaco, refrigerar a broca


e limpá-la com um pincel.
➢ Ao se aproximar o fim da furação, o avanço da broca deve ser feito com mais
atenção.

76 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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8 AVALIAÇÃO FORMATIVA Nº 2

Leia atentamente as questões que se seguem

1. Para que é necessário abrir furos?

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2. O que se usa para apoiar a peça durante a abertura de um furo?

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3. O que é mandril?

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4. Como deve ser feito um furo?

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5. Para que serve a broca?

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Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 77


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6. Relaciona a coluna A (o que fazer) com a coluna B (instrumentos).

Coluna A Coluna B

a) ( ) Para medir 1. régua, esquadro de base e de centrar, e suta

2. riscador, compasso, graminho


b) ( ) Para traçar
3. escala, graminho

c) ( ) Para furar 4. soluções corantes

5. punção e martelo
d) ( ) Para marcar
6. broca, mandril, furadeira

7. Ordene a sequência de etapas da traçagem, numerando os parênteses de 1 a 6:

a) ( ) Regulação da profundidade de penetração da broca.


b) ( ) Ligação da furadeira e início da abertura do furo com avanço lento.
c) ( ) Centrar a broca no ponto puncionado.
d) ( ) Posicionamento da peça sobre a superfície de referência.
e) ( ) Fixação da broca no mandril
f) ( ) Fixação da peça.

78 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


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9 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 2

1. Realize a abertura dos três furos de diâmetros diferentes na peça metálica, em


conformidade com o desenho e as respectivas medidas.

2. Realize a abertura dos três furos de diâmetros diferentes na peça metálica, em


conformidade com o desenho e as respectivas medidas.

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada | 79


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10 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 3

Tarefas a serem executadas pelo formando

1: Limagem de um bloco de ferro macio, para que fica com as medidas de:
Comprimento = 80 mm
Largura = 50 mm
Espessura = 10 mm
2: Acertar todos os ângulos de bloco a 90º
3: Gravar a identificação do aluno no espaço reservado
4: Corte a serrote e limagem do canto “A” a 45º
5: Corte vertical a serrote “B”
6: Limagem de redondo no canto “C”
7: Abertura de furo com broca “D”, e a seguir, limagem para quadrado.
8: Abertura de furo e a seguir abertura de rosca “E”.

80 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada 81


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

82 | Efectuar as respectivas traçagens na peça a ser trabalhada


INEFP, GIZ & RIO TINTO

Formação Profissional
Electricista Instalador – Nível 2

Secção 2.4

Executar Trabalhos de Práticas de Ajuste


de Acordo com as Instruções Dadas

83
Manutenção Industrial - Formação Profissional INEFP – Manuais – Electricista Instalador
FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

NOTAS

84 | Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1. OPERAÇÕES DE CORTE

1.1 Introdução à Operação de Corte

Cortar ou serrar manualmente é uma operação que permite cortar um material ou


uma peça metálica utilizando o arco de serra. Emprega-se muito nos trabalhos
mecânicos de bancada, de electricidade e quase sempre precede a realização de
outras operações.

1.2 Selecção de Instrumentos e Materiais para o Corte

Nem sempre na operação de corte, é possível fazê-lo com a tesoura ou a guilhotina.


Isso acontece quando é preciso cortar materiais de maior volume em pedaços
menores.

A finalidade do corte também determina a escolha da operação. Assim, se é necessário


fazer cortes de contornos internos ou externos (previamente traçados) ou abrir fendas
e rebaixos, a operação indicada é o corte de materiais usando a serra como ferramenta
principal.

A operação de serrar pode ser feita manualmente (Arco de serra) ou com o auxílio de
máquinas. Seja com arco, seja com máquinas, o item mais importante no corte é a
lâmina de serrar ou simplesmente serra. Por isso, o cuidado com a selecção das
lâminas de serra tanto para trabalhos manuais quanto com máquinas é essencial.

Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas | 85


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 - PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1.3 Serra Manual (Arco de Serra)

Para cortar ou serrar manualmente metais e/ou peças plásticas, usa-se um arco de
serra no qual se monta e se prende a lâmina ou folha de serra.

Os dentes da lâmina de corte são dirigidos em uma única direcção que corresponde
exactamente à direcção do trabalho (na figura a cima indicado por uma seta). Nenhum
corte é realizado no curso ou sentido de retorno.

As laminas são fornecidas em comprimentos que variam de 8 a 16 polegadas, medidas


ente os furos que se ajustam aos pinos do arco de serra. Alguns dos arcos estão
preparados para receber folhas de serra de um único comprimento e outros arcos
possuem em geral recursos para receber serras de vários comprimentos.

As serras têm geralmente, 14, 18, 24 ou 32 dentes por polegadas de comprimento. O


número de dentes por polegadas a ser usado depende do material, a ser cortado e a
espessura da secção recta da obra.

86 | Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

1.4 Máquinas de Serrar

Para trabalhos em série, usam-se os seguintes tipos de máquinas de serrar:

a) Máquina de serrar alternativa, horizontal ou vertical para cortes rectos, que


reproduz o movimento da serra manual, isto é, de vaivém.

b) Máquina de serrar de fita circular, que pode ser vertical ou horizontal.

c) Máquina de serrar de disco circular

Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas | 87


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1.5 Torno de Bancada

É um acessório geralmente construído de ferro fundido, composto de duas


mandíbulas, uma fixa e outra móvel que se desloca segundo uma guia, por meio de um
parafuso e uma porca, accionado por um manípulo.

Os mordentes são de aço carbono, estriados e fixados nas mandíbulas.

1.6 Operação de Corte Manual

Como dissemos anteriormente, cortar ou serrar manualmente é uma operação que


permite cortar um material ou uma peça metálica utilizando o arco de serra.

Processo de execução

Como em qualquer outro tipo de operação, o corte é realizado em várias etapas:

1) Marque ou trace as dimensões no material a ser cortado. No caso de corte de


contornos internos ou externos, há necessidade de traçagem.

2) Fixe a peça no torno (morsa), se for o caso:

➢ A parte que será cortada deve estar junto aos mordentes.

88 | Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas


FORMAÇÃO PROFISSIONAL – NÍVEL 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE – VOLUME 2

➢ Material de pouca espessura é preso por meio de peças auxiliares, tais como
calços de madeira e cantoneiras, a fim de evitar vibrações.

3) Seleccione a lâmina de serra de acordo com o material e sua espessura.

4) Monte e fixe a serra no arco, com os dentes voltados para a frente.

5) Tensione a lâmina de serra, girando a porca-borboleta com a mão.

6) Corte ou serre segurando o arco como na figura

Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas | 89


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➢ Ao iniciar o corte, coloque a lâmina junto ao traço, guiando-a com o dedo polegar e
ligeiramente inclinada para a frente, a fim de evitar que os dentes se quebrem.

➢ Quando o corte é profundo e ultrapassa o limite do arco, a lâmina deve ser montada
na posição horizontal ao arco.

➢ A pressão da serra sobre o material é feita apenas durante o avanço e não deve ser
excessiva. No retorno, a serra deve correr livremente sobre o material.

➢ A serra deve ser usada em todo o seu comprimento, e o movimento deve ser dado
apenas com os braços.

➢ O número de golpes ou avanços deve ser de aproximadamente 60 por minuto.

Ao se aproximar o término do corte, diminua a velocidade e a pressão


de corte para evitar acidentes.

90 | Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas


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1.7 Avaliação Formativa Nº 1

Leia atentamente as questões que se seguem:

1. Para que é utilizado o corte?

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2. O que se usa para apoiar a peça durante a realização do corte?

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3. O que é usado para auxiliar no apoio de peças ou materiais de pouca espessura?

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4. Como deve ser feito um corte?

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5. Para que serve a serra de disco?

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Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas | 91


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6. Relaciona a coluna A (o que fazer) com a coluna B (instrumentos).

Coluna A Coluna B

a) ( ) Para medir 1. régua, esquadro de base e de centrar, e suta

2. riscador, compasso, graminho


b) ( ) Para traçar
3. escala, graminho

c) ( ) Para cortar 4. Torno, serra, arco

5. punção e martelo
d) ( ) Para marcar
6. Serra, arco

7. Ordene a sequência de etapas da traçagem, numerando os parênteses de 1 a 5:

a) ( ) Corte.
b) ( ) Tensão da lâmina de serra.
c) ( ) Fixação da serra no arco.
d) ( ) Fixação da peça no torno.
e) ( ) Seleccione a lâmina de serra.

92 | Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas


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2 OPERAÇÕES DE LIMAGEM

2.1 Introdução à Operação de Limagem

Limar é desbastar ou dar acabamento com o auxílio de uma ferramenta chamada lima.
Essa operação é realizada para produzir um plano com um grau de exactidão
determinado por meio de réguas e dispositivos especiais de verificação.

Sempre que se realiza uma operação de corte qualquer, o resultado quase inevitável é
o aparecimento de rebarbas ou arestas salientes que precisam ser retiradas. A
limagem é um tipo de operação de corte que retira essa camada extra e indesejável de
material. Para isso, usa-se uma ferramenta chamada lima.

2.2 Selecção de Limas

A lima é uma ferramenta geralmente fabricada com aço-carbono temperado e cujas


faces apresentam dentes cortantes chamados de picado. São ferramentas de cortes de
grande emprego nas operações de ajuste mecânico.

As Limas são classificadas e especificadas por meio de diferentes características, tais


como o formato, o comprimento, inclinação do picado ou dos dentes, espaçamento
entre os dentes, entre outras.

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Existe ainda um grupo especial de limas pequenas, inteiras de aço, chamadas de limas-
agulha. Elas são usadas em trabalhos especiais como, por exemplo, para a limagem de furos
de pequeno diâmetro, construção de ranhuras e acabamento de cantos vivos e outras
superfícies de pequenas dimensões nas quais se requer rigorosa exactidão.

O comprimento total das limas-agulha varia entre 120 e 160 mm e o comprimento da parte
com picado pode ser de 40, 60 e 80 mm.

CLASSIFICAÇÃO DE LIMAS
Consulte página 45

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2.3 Posição de Trabalho para Limar na Bancada

1: Posição inicial: O corpo ligeiramente inclinado para a frente. O braço direito


levantado para trás, tanto quanto possível ficando a mão próxima da zona ilíaca.

2: Início do avanço: No primeiro terço do curso da lima, o corpo inclina-se para a


frente, mantendo-se o braço fixo.

3: Avanço: Avança o braço sem inclinar o corpo.

4: Final do avanço: Os braços avançados retrocedem ao mesmo tempo que a parte


superior do corpo. Volta-se à posição inicial sem fazer pressão na lima.

A lima deve ser empunhada colocando-a como na figura. O operário normal trabalha
firmando o cabo com a mão direita e guiando a ponta da lima com o polegar e os
dedos indicador e médio da mão esquerda.

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Antes de empunhá-la, certifique-se que o cabo esta bem colocado ou fixo para evitar
acidentes de trabalho.

Durante a execução da operação de limar são exercidas pressões em distintos pontos de


movimento da lima:

Para realizar a operação é necessário seguir uma serie de passos que levam ao resultado
pretendido.

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2.4 Operação de Limagem na Bancada

1) Prenda a peça, conservando a superfície a ser limada na posição horizontal e


acima do mordente da morsa.

2) Lime a superfície, observando as seguintes orientações.

➢ Segure a lima conforme a ilustração.

Para evitar acidentes, verifique se o cabo da lima está bem preso.

➢ Apoie a lima sobre a peça. Observando a posição dos pés, posicione o corpo de
forma a ficar equilibrado.

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3) Inicie o limado, com movimento para a frente, fazendo pressão com a lima sobre
a peça. No retorno, a lima deve deslizar livremente sobre a superfície da peça. O
limado pode ser transversal ou oblíquo.

Para desbastes grosseiros, o movimento da lima é dado com o corpo.

Para trabalhos de ajuste ou acabamentos, o movimento da lima é executado


somente pelos braços.

4) Lime por passes sucessivos, cobrindo toda a superfície a ser limada e usando
todo o comprimento da ferramenta.

O ritmo do limado deve estar entre 50 e 60 golpes/minuto.

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2.5 Avaliação Formativa Nº 2

Leia atentamente as questões que se seguem

1. Para que é utilizado a lima?

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2. Que tipos de trabalhos podem ser realizados por meio da limagem?

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3. Como se chama a ferramenta para realizar a limagem e com que material ela é
fabricada?

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4. Como são chamados os dentes cortantes da lima?

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5. Como as limas podem ser classificadas?

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3 OPERAÇÕES DE ABERTURA DE ROSCAS

3.1 Introdução à Operação de Abertura de Roscas

Roscar manualmente com machos é uma operação que consiste em abrir roscas
internas para a introdução de parafusos de diâmetros determinados. É feita com um
jogo de machos em furos previamente executados.

Os machos são introduzidos progressivamente, por meio de movimentos circulares


alternativos, accionados com o auxílio de um desandador.

3.2 Selecção de Ferramentas para Abertura de Roscas Internas

Macho é uma ferramenta para executar rocas internas, como porcas, etc. O macho
tem filetes internos e rasgos longitudinais, originando daí o aparecimento de arestas
cortantes e sulcos necessários á saída dos cavacos.

Os machos são montado e fixos no desandador de machos:

O trabalho manual com macho é feito por meio de um desandador de macho. Para
evitar quebra a ferramenta ela deve ser trabalhada girando-se ½ volta para a direita,
na direcção do corte e 1/4 de volta para esquerda, para retirada do cavaco.

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Os machos para trabalhos manuais são formados em jogos de 3 unidades: macho


desbastador (n1), macho intermediário (n2), macho acabador (n3).

A figura abaixo mostra a maneira de aprumar um macho, como também deve trabalhar no
início da operação de roscar e depois da partida.

3.3 Diferentes Tipos de Machos

Há vários tipos de machos quer para trabalhos manuais na bancada, quer para
operações nas máquinas:

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3.4 Escolha do Macho Quanto ao Material

Quando se cortam roscas em materiais que expõem o macho a muito desgaste, como
duralumínio, aço chromo-níquel, aço inoxidável, baquelite, etc., devem-se empregar
machos de aço rápido. Para abri roscas em material doce ou tenaz com tendência a
aderir, empregam-se machos de aço carbono, que devem ser de baixo teor de
carbono.

Para outras classes de materiais, a escolha entre machos de aço rápido e machos de
aço carbono é, com raras excepções, determinada pelas condições de trabalho,
devendo-se levar em conta o seguinte:

1) O aço rápido é mais quebradiço que o aço carbono e, por esta razão, os machos de
pequenas dimensões devem ser, se possível de aço carbono.

2) Os machos de aço rápido devem trabalhar a alta velocidade, umas três vezes a
mais que a recomendada para aço carbono, isto é factível devido á alta resistência
térmica do aço rápido, a baixa velocidade a capacidade de corte dos machos de aço
rápido é menor que a dos machos correspondente de aço carbono, ainda pode
ocorrer que trabalhando a pouca velocidade os machos de aço rápido destruam as
roscas já abertas no material.

3) Os machos de aço carbono de baixo teor de cromo geralmente podem cortar


roscas a velocidades mais altas de que os aços comuns de aço carbono.

3.5 Operação de Abertura de Rosca na Bancada

1) Fixe a peça na morsa, se necessário.


Se possível, mantenha o furo que será roscado em posição vertical.

2) Seleccione o macho.

3) Coloque o primeiro macho no desandador.


O tamanho do desandador deve ser proporcional ao tamanho do macho.

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4) Introduza o macho no furo, exercendo leve pressão e dando as voltas necessárias, até
que inicie o corte.

5) Verifique a perpendicularidade e corrija-a, se necessário.

6) Termine de passar o primeiro macho.

➢ Fluido de corte deve ser seleccionado segundo as características do material a


roscar.
➢ Quando a resistência ao corte é grande, gire o macho ligeiramente no sentido
contrário, a fim de quebrar o cavaco.
➢ Se o furo não for passante, aumente a atenção com relação ao primeiro macho,
pois o esforço maior pode quebrá-lo.

7) Passe o segundo macho com movimento circular alternativo.

8) Termine a rosca com o terceiro macho, se houver, com movimento circular contínuo.

Em caso de furos não passantes, ao se aproximar do fim do furo, gire o macho com
mais cuidado a fim de evitar que ele se quebre.

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3.6 Avaliação Formativa Nº 3

Leia atentamente as questões que se seguem

1. Para que é necessário abrir roscas?

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2. O que se usa para apoiar a peça durante a abertura de roscas?

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3. O que é desandador?

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4. Como deve ser feito uma rosca?

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5. Para que serve o macho?

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6. Relaciona a coluna A (o que fazer) com a coluna B (instrumentos).

Coluna A Coluna B

1. régua, esquadro de base e de centrar, e suta


a) ( ) Para medir
2. riscador, compasso, graminho
b) ( ) Para traçar
3. escala, graminho

4. taracha, macho, desandador


c) ( ) Para furar
5. punção e martelo
d) ( ) Para roscar
6. broca, mandril, furadeira

7. Ordene a sequência de etapas da traçagem, numerando os parênteses de 1 a 5:

a) ( ) Verifique a perpendicularidade do macho no furo.


b) ( ) Termine a rosca com o terceiro macho.
c) ( ) Centrar o macho no furo.
d) ( ) Posicionamento da peça sobre a superfície de referência.
e) ( ) Fixação do 1º macho no desandador
f) ( ) Fixação da peça.

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3.7 Avaliação Sumativa

1. Realize a abertura de roscas traçagens numa peça metálica, em conformidade com o


desenho e as respectivas medidas.

2. Realize a abertura de roscas nos quatro furos da peça metálica, em conformidade com
o desenho e as respectivas medidas.

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4 AVALIAÇÃO SUMATIVA Nº 4

Tarefas a serem executadas pelo formando

1: Limagem de um bloco de ferro macio, para que fica com as medidas de:
Comprimento = 80 mm
Largura = 50 mm
Espessura = 10 mm
2: Acertar todos os ângulos de bloco a 90º
3: Gravar a identificação do aluno no espaço reservado
4: Corte a serrote e limagem do canto “A” a 45º
5: Corte vertical a serrote “B”
6: Limagem de redondo no canto “C”
7: Abertura de furo com broca “D”, e a seguir, limagem para quadrado.
8: Abertura de furo e a seguir abertura de rosca “E”.
9: Abertura de roscas nos furos “D” e “E”.

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NOTAS

108 | Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas


FP VOCACIONAL 2 – ELECTRICISTA INSTALADOR – SECÇÃO 2 – PRÁTICAS DE AJUSTE

80 | Manual do Formando – Módulo 2.4 – Executar trabalhos de práticas de ajuste de acordo com as instruções dadas

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