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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

ENGENHARIA MECÂNICA

DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL III

EXPERIMENTO: ELETROSTÁTICA

Introdução à Eletrostática

DISCENTE
Item Descrição Valor Nota
1 Formatação de acordo com o modelo. 1,5
2 Conteúdo e redação do Resumo. 1,5
3 Conteúdo, redação, tabelas, gráficos e 2,5
equações da seção Procedimento
experimental.
4 Conteúdo, redação, tabelas, gráficos e 3,0
equações seção Resultados e Discussão.
5 Conteúdo e redação da seção 1,5
Conclusões e Referências
Total 10,0

Victor Vieira Sampaio

E1.1
DOCENTE
Prof. Dr. Bartolomeu Cruz Viana Neto

Teresina-PI, 16 de dezembro de 2022.


Introdução à Eletrostática

1 – Resumo
O objetivo desse experimento é compreender os princípios básicos da eletrostática
através de procedimentos como a eletrização por atrito, por contato e por indução. E
compreender a ocorrência da força de atração e repulsão que as cargas elétricas exercem
uma sobre as outras, com a utilização de vários materiais presentes no dia-a-dia facilitando
o entendimento de processos como a carga elétrica e a eletrização.

2 – Materiais e Métodos
2.1 – Equipamento experimental
2.1.1 – Eletrização por Atrito
 Régua de plástico;
 Papel higiênico;
 Canudos de plástico;
 Papel de seda;
 Barbante;

2.1.2 – Eletroscópio
 Eletroscópio;
 Régua de plástico;
 Papel higiênico;
 Bastão de acrílico;
 Couro;
 TNT;

2.1.3 – Eletrização por Indução


 Cartolina;
 Canudos de plástico;

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 Suporte de borracha;
 Papel de seda;
 Régua de plástico;

2.1.4 – Poder das Pontas


 Cartolina;
 Papel de seda;
 Régua de plástico;
 Canudos de plástico;
 Suporte de borracha;
2.1.5 – Gerador Eletrostático
 Gerador de Van de Graff;
 Bastão de esfera;
 Fio de cabelo;

2.2 – Procedimento Experimental


2.2.1 Eletrização por Atrito

O papel foi cortado em pequenos pedaços, e em seguida a régua plástica foi atritada
tanto no cabelo como no papel higiênico e aproximada aos pedaços de papel como mostra
na figura 1.
Já com 2 canudos de plásticos amarrados em um barbante, cada um foi atritado para
uma só direção e aproximado um do outro lentamente como mostra na figura 2.

Figura 1. Figura 2.

2.2.2 Eletroscópio

Eletrizou-se uma régua com papel higiênico e aproximou-se da esfera metálica do


eletroscópio como mostra na figura 3. Após isso, eletrizou-se a régua novamente e

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encostou-a no eletroscópio e afastou-se seguidamente. Depois usou-se um bastão de
acrílico e fez os mesmos procedimentos como mostra na figura 4. Por fim modificou-se os
materiais de atrito usando couro e TNT e repetiu-se os processos.

Figura 3. Figura 4.

2.2.3 Eletrização por indução

Cortou-se um pedaço de cartolina em forma de quadrado com 10cm de lado. Depois


colou-se a cartolina em um canudo de plástico e fixou-se o conjunto em um suporte de
borracha, de forma que o canudo ficasse na vertical. Após isso cortou-se uma tira pequena
de papel de seda e colou-se na extremidade superior do quadrado. Depois eletrizou-se a
régua e aproximou-se do lado oposto ao do papel seda como mostra na figura 5. E por
último, com a régua proxima do quadrado, encostou-se o dedo na parte da frente da
cartolina e o afastou em seguida.

Figura 5.

E1.4
2.2.4 Poder das Pontas

Cortou-se uma cartolina em forma de gota (10cm de comprimento) e colou-se uma


tira de papel de seda na ponta da gota. Fixou-se o pedaço da gota em um canudo e colocou-
o na vertical com a ajuda do suporte de borracha como mostra na figura 6. Após isso
eletrizou-se a régua de plástico e aproximou-se da parte de trás da gota. E por fim encostou-
se o canudo de plástico na cartolina e afastou-se.

Figura 6.

2.2.5 Gerador Eletrostático

Utilizando um gerador de Van de Graff, aproximou-se o bastão na ponta a esfera do


gerador como mostra na figura 7.

Figura 7.

E1.5
3 – Resultados e Análise
3.1 – Dados Experimentais
3.1.1 Eletrização por atrito
Após eletrizar a régua no papel, pode-se observar que como ela adquiriu cargas
negativas, fez com que gerasse um campo elétrico que ao se aproximar dos papéis fossem
atraídos por possuir cargas neutras, até que a régua entrasse em equilíbrio com a carga.
Os canudos de plástico adquiriram cargas negativas, porém houve repulsão por
estarem com as mesmas cargas.

3.1.2 Eletroscópio
O eletroscópio mostra as cargas elétricas e processos de eletrização. Bastou
aproximar a régua e pôde-se observar que a régua atraiu a haste do eletroscópio. O mesmo
acontece com o bastão de acrílico, porém com um campo elétrico menor.

3.1.3 Eletrização por indução


A régua eletrizada com cargas negativas, ao ser aproximada do papel preso a
cartolina faz com que o papel de seda aproximasse levemente da régua, pois já o papel é
neutro.

3.1.4 Poder das pontas


A régua eletrizada com cargas negativas, ao ser aproximada do papel preso a gota,
faz com que gere uma descarga de íons na ponta da gota, pois é a característica que as
cargas elétricas em excesso têm de se concentrarem na superfície mais pontiaguda (ou de
menor raio) de corpo condutores. Com um acúmulo de cargas, essas pontas formam um
campo elétrico mais intenso.

3.1.5 Gerador Eletrostático


O gerador de Van de Graff funciona através da movimentação de uma correia que é
eletrizada por atrito na parte inferior do aparelho. Ao atingir a parte superior, as cargas
elétricas, que surgiram com o processo de eletrização, são transferidas para a superfície

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interna do metal, sendo então distribuídas para toda a superfície da esfera metálica, ficando
carregada de cargas elétricas.
3.2 – Análise
3.2.1 Eletrização por atrito
c) A partir do momento em que a régua é atritada com o papel higiênico ou cabelo,
sua superfície vai ficar carregada negativamente, pois irá receber elétrons do papel ou
cabelo, e quando aproximarmos do pedaço de papel de seda, teremos forças atrativas vindo
de cargas de sinais opostas.
d) Como ambos canudos de plásticos são eletrizados com o mesmo material, ambos
irão ficar carregados negativamente, e irá ocorrer uma repulsão entre eles pois cargas de
sinais iguais.

3.2.2 Eletroscópio
a) Assim que aproximarmos a régua eletrizada do eletroscópio, teremos forças de
atração em uma das pontas e forças de repulsão em outras, ou seja, teremos uma
polarização das cargas, sendo uma ponta carregada positivamente e outra negativamente.
b) O eletroscópio começará a fazer um movimento oscilatório, devido as constantes
forças atrativas e repulsivas presentes no experimento.
c) O mesmo acontece com o bastão de acrílico, todavia com um campo elétrico bem
menor.
f) Quando trocado os materiais de atrito, podemos perceber que alguns irão ficar
mais eletrizados, pois na tabela triboelétrica tem tendências a doar mais elétrons.

3.2.3 Eletrização por indução


c) O papel de seda se atrai com a régua fazendo com que ele se movimente no
sentido da régua. Isso ocorre, pois, a régua atritada está carregada negativamente e o papel
neutro.
d) A cartolina serve como um isolante, então ao tocar o dedo nela, todas as cargas
da régua serão depositadas lá e ali ficarão. Ou seja, quando afastar o dedo nada irá ocorrer.

3.2.4 Poder das pontas

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c) Ao eletrizar a régua e aproximar por trás da gota, as fitas de seda irão se atrair,
pois a régua está carregada negativamente e as fitas neutras.
d) Ao encostar o canudo de plástico na superfície da gota, todas as cargas estarão
depositadas lá, pois isso é uma característica das cargas elétricas. A gota é um isolante,
porém na tabela triboelétrica o canudo tem tendência a receber elétrons, assim o excessivo
de carga na ponta é distribuído para ele. Por fim quando afastado da ponta da fita, ela tende
a seguir o canudo pois estão com cargas diferentes.

3.2.5 Gerador Eletrostático


a) O gerador é formado por um motor que movimenta a correia feita de material
isolante (borracha). A correia se atrita na parte inferior com dentes metálicos ligada ao
eletrodo negativo ou positivo de uma fonte. Esse movimento eletriza a correia por atrito
que sobe pelo lado esquerdo eletrizada. Ao chegar à parte superior, a correia toca outro
dente que está ligada a camada esférica do gerador, as cargas acumuladas na esfera
metálica criam um campo elétrico de 30 kV/cm, o ar nas redondezas do condutor sofre um
processo de ionização, chamado efeito corona, que limitará o acumulo de cargas elétricas
na esfera.
b) As moléculas do ar possuem uma quantidade de íons na sua composição. Quando
essa quantidade de ar é submetida a um campo elétrico, os íons começam a se movimentar
em direção aos polos e colidem com outros átomos na qual mais íons são liberados. Essa e
separação das cargas contidas nas moléculas de ar chama-se efeito corona. Com o
funcionamento mais cargas vão sendo acumuladas, aumentando cada vez mais o “potencial
elétrico” e o campo elétrico da esfera cujo limite é de 30kV/cm quando o ar começa a se
ionizar.
c) Como o campo elétrico no interior de um condutor é sempre nulo, através das
descargas elétricas que ocorrem no pente metálico, uma quantidade contínua de elétrons se
deposita sobre a esteira de borracha, que os conduz até a superfície da cúpula oca
condutora.
d) O fio de cabelo é atraído em direção ao gerador porque ali existe uma grande
diferença de potencial.

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e) Ao atingir a parte superior as cargas elétricas, que surgiram com o processo de
eletrização, são transferidas para a superfície interna do metal, sendo então distribuídas para
toda a superfície da esfera metálica, ficando carregada de cargas elétricas.

4 – Conclusões
Os experimentos propostos puderam demonstrar os princípios básicos da
eletrostática através de fenômenos com uténsilios básicos, muitos presentes no nosso dia-a-
dia. E mostra com clareza a presença dos fenômenos como a carga elétrica, eletrização e o
poder das pontas. Podendo identificar a presença do campo elétrico e como certos materiais
se comportam quando eletrizados com diferentes cargas através de suas séries
triboelétricas.

5 – Referências
[1] AZEVEDO, E.R.; NUNES, L.A.O., Roteiros do Laboratório de Física III. Instituto de
Física de São Paulo.
[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física III:
Eletromagnetismo. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
[3] JEWETT, J. W., SERWAY, R. A., Física para Cientistas e Engenheiros. 8. ed., Cengage
Learning, 2011.
[4] MÁXIMO, A.; ALVARENGA, B.. Física – Volume Único. 2. ed. São Paulo: Scipione,
2010. (ISBN: 8526265865).
[5] Neto, L, F., Gerador eletrostático de Van de Graff, 1999.
[6] Medeiros, A.; As origens históricas do eletroscópio, Revista Brasileira de ensino de
Física, vol. 24, n. 3, 2002.

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