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História da Probabilidade

Série Cultura

Objetivos
1. Apresentar alguns fatos históricos que
levaram ao desenvolvimento da teoria da
probabilidade.
História da
Probabilidade

Série Sinopse
Cultura A história da teoria da
probabilidade é contada desde
Conteúdos seus primórdios, quando estudos
História da probabilidade. de jogos de azar começaram a
ser realizados por entusiastas
Duração dos mesmos.
Aprox. 10 minutos.
Material relacionado
Objetivos Softwares: Explorando o Jogo do
1. Apresentar alguns fatos Máximo.
históricos que levaram ao Experimentos: Aposta no relógio;
desenvolvimento da teoria da Vídeos: Coisa de passarinho;
probabilidade. Áudio: História da Estatística;
Introdução
Sobre a série

A série Cultura foi concebida com o objetivo de proporcionar aos


alunos a oportunidade de fazer paralelos significativos entre
Literatura, Cultura Geral e Matemática, para que ele, além de poder
observar resoluções de problemas de matemática, também se sentisse
estimulado a buscar as referências literárias e expandir seu
conhecimento em diversas áreas.

Por conta disso, sugerimos que seja feita uma indicação explícita das
referências que aparecem no roteiro.

Sobre o programa

Este áudio conta um pouco da história da probabilidade,


marcadamente a partir do século XVII, quando um nobre francês
consultou seu amigo matemático Blaise Pascal a respeito de um
problema de jogos de dados e este, entretido com a questão, passou a
trocar ideias com um de seus contemporâneos, o também matemático
Pierre de Fermat, e juntos acabaram criando os fundamentos da
referida teoria. Questões acerca das várias interpretações de
probabilidade e das relações entre estas também são brevemente
discutidas aqui.

Sobre as referências culturais

Em 1989, o diretor Jorge Furtado lançou o curta-metragem chamado


Ilha das Flores. Este documentário ganhou diversos prêmios por todo
mundo e se tornou referência no que diz respeito ao estilo narrativo
adotado que se caracteriza pelo encadeamento rápido de fatos que,
aparentemente, não estão conectados, mas servem para dar uma visão
mais ampla e geral sobre o tema que se quer apresentar.

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No caso do documentário, cujo objetivo é mostrar o processo de
geração de riqueza e as desigualdades oriundas desse processo, o
roteiro acompanha a história de um tomate, desde a sua plantação até
o consumo.

O curta pode ser acessado gratuitamente no portal Porta Curtas da


Petrobrás: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=647.

Este áudio empresta a estrutura narrativa de Ilha das Flores ao


apresentar ao ouvinte a sucessão de acontecimentos que levaram ao
desenvolvimento da teoria da probabilidade, trabalhando um roteiro
que revela desde como o interesse por apostas levaram ao imperador
romano Cláudio a escrever um tratado sobre apostas em jogos de
dados até a maneira como grandes matemáticos como Blaise Pascal e
Pierre de Fermat sistematizaram o estudo destes e de outros jogos de
azar.

Sobre o conteúdo

Não se sabe ao certo onde ou quando a ideia de chance passou a ser


relacionada a apostas, mas seguramente este já era um conceito
conhecido por diversos povos antigos, entre eles, egípcios e indianos.
A evidência mais remota que se tem deste fato deve-se a inúmeras
descobertas de um instrumento conhecido por astragali, geralmente
feito de ossos de ovelhas, contendo seis faces não simétricas gravadas
ou numeradas. Acredita-se que os astragalis eram mecanismos
primitivos através dos quais oráculos consultavam a opinião de seus
deuses. Ao longo do tempo, entretanto, eles acabaram sendo
substituídos por dados, perdendo aquele aspecto de instrumento
religioso e se tornando principalmente uma ferramenta de
divertimento.

Mesmo muito tempo depois, o jogo de dados ainda era um dos


maiores passatempos da sociedade francesa do século XVII. Tanto o
era que um de seus nobres, o Chevallier de Méré, acreditava ter
descoberto uma maneira de ganhar dinheiro apostando em jogos de
dados e, por isso, fazia-o com frequência. Ele apostava que, em quatro
lançamentos sucessivos de dados, ao menos um deles acabaria com

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sua sexta face voltada para cima. Mas talvez por ter se cansado de
sempre jogar o mesmo jogo, Chevallier de Maré decidiu mudar as
regras deste e passou a apostar que ao menos um duplo-seis sairia em
24 lançamentos sucessivos de dois dados. Surpreendentemente,
entretanto, ele logo percebeu que ganhava menos dinheiro com a nova
aposta. Intrigado com a questão, procurou seu amigo matemático
Pascal, que ao estudar o problema, acabou por descobrir que as
chances de se vencer no primeiro jogo eram superiores aquelas do
segundo.

De fato, a probabilidade de não sair nenhum seis em quatro


lançamentos sucessivos de dados é (5/6)4 e, assim, a probabilidade de
se tirar ao menos um seis nestes mesmos lançamentos é de 1-(5/6)4,
ou seja, 51,8%, enquanto a chance de não saírem dois seis
simultâneos em 24 lançamentos sucessivos de dois dados é

(5/6·5/6 + 5/6·1/6 + 1/6·5/6)24 = (35/36) 24

e, desta maneira, 1-(35/36)24 = 49,1% é a chance de se tirar um duplo-


seis nestes lançamentos. Observe que a última probabilidade é inferior
a 50%, de modo que o Chevallier de Méré perdia mais das metades de
suas apostas e, por conseqüência, deixou de ganhar dinheiro ao trocar
de jogo.

Problemas como o do parágrafo anterior e alguns outros levaram


Blaise Pascal e Pierre de Fermat a se corresponderem e do trabalho
conjunto destes dois grandes matemáticos surgiram os princípios
fundamentais da teoria da probabilidade.

Por causa do interesse por jogos de azar predominante na época, a


teoria da probabilidade se tornou rapidamente bastante popular, tendo
sido posteriormente aplicada por Laplace em diversas outras áreas,
como a mecânica estatística e a própria estatística. No entanto, apesar
de seu desenvolvimento, uma questão ainda restava: o que era
probabilidade, precisamente? Esta questão somente veio a ser
respondida no século XX, pelo matemático russo Kolmogorov, que
forneceu uma base axiomática à teoria em questão. Desde então, o
estudo da probabilidade faz parte de uma teoria maior e mais robusta,
conhecida hoje como teoria da medida.

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Sugestões de atividades
Durante a execução

O roteiro faz menções a apostas, jogos de dados, Roma e seus


imperadores Cláudio e Júlio César, a França e seus costumes durante o
século XVII, e, também, a alguns matemáticos que participaram do
desenvolvimento da teoria da probabilidade. O objetivo principal do
áudio é contar um pouco da história da ciência.

Depois da execução

Caso haja interesse em conhecer outro recurso educacional que


também explora a temática de probabilidades, sugerimos o software
Explorando o Jogo do Máximo, disponível em www.m3.mat.br. Este
software traz uma atividade bastante simples envolvendo jogos de
dados que pode ser usada para introduzir algumas noções de cálculo
de probabilidades, tais como evento e independência, mesmo para
séries anteriores ao Ensino Médio.

Sugestões de leitura

José M. P. M. (2004). Breve História da Estatística. Embrapa.


www.im.ufrj.br/~lpbraga/prob1/historia_estatistica.pdf, acesso em
10/05/2011.

Sheldon R. (2010). Probabilidade: Um Curso Moderno com Aplicações.


Editora Artmed.

Ficha técnica

Autor Douglas Mendes


Revisor Leonardo Barichello

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Coordenador de audiovisual Prof. Dr. José Eduardo Ribeiro de Paiva
Coordenador acadêmico Prof. Dr. Samuel Rocha de Oliveira

Universidade Estadual de Campinas


Reitor Fernando Ferreira Costa
Vice-reitor Edgar Salvadori de Decca
Pró-Reitor de Pós-Graduação Euclides de Mesquita Neto

Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica


Diretor Jayme Vaz Jr.
Vice-diretor Edmundo Capelas de Oliveira

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