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14/02/2020 Rios roubados - Infográficos - Estadão

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 

ESPECIAL
ESPECIAL || GUERRA
GUERRA DAS
DAS ÁGUAS
ÁGUAS

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José Ribamar, morador do povoado de Vista Alegre, é um dos que sofrem com a falta d’água

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Texto: Patrik Camporez / Fotos e vídeos: Dida Sampaio


04 de fevereiro de 2020 | 06h00

PARTE I PARTE II PARTE III


Rios vigiados Rios dominados Rios roubados

Quem chega ao povoado de Vista Alegre, uma região montanhosa de cerrado, na divisa de
Minas Gerais e Goiás, se impressiona com um extenso lago verde formado pelo Rio Batalha.
Uma placa informa que o acesso ao espelho d’água de 13 mil hectares é proibido até mesmo
aos moradores.

Em Vista Alegre vivem 287 famílias de produtores rurais. Elas foram transferidas para lá
após o represamento do rio e a formação do lago para movimentar as turbinas da Usina
Hidrelétrica de Batalha. A promessa de fartura de água, simbolizada pelo grande
reservatório, virou decepção quando os produtores receberam as primeiras “cartinhas” de
Furnas, que administra a usina, avisando que todos estavam proibidos de se aproximar do
lago.

A vila fica a 80 quilômetros do mercado mais próximo. Farmácia só a três horas de lá e,


mesmo assim, de carro. Quando o Estado chegou à comunidade, os moradores estavam
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, Q g ,
reunidos para discutir o conflito sobre a água, que se arrasta há duas décadas. Em círculo, e
de pé, eles se revezavam no microfone. Duas mulheres, representantes da empresa de
energia, faziam anotações enquanto os produtores descarregavam, com visível
desesperança, suas queixas.

Nas regiões das hidrelétricas vivem quase 2 mil famílias de pequenos produtores que não têm acesso à água dos mananciais

Ao pedir a palavra, o produtor José Aparecido, o Cidão, de 52 anos, logo disse que se tratava
de uma reunião para falar de água. Antes da barragem, afirmou ele, olhando para a câmera da
reportagem, as pessoas tinham muita água para beber e plantar. “O rio que a gente pescava,
as veredas e as palmeiras foram roubados. Agora não podemos nem tocar na água porque é
proibido. Queremos um trabalho de irrigação, para ter emprego, circular dinheiro”, afirmou.

Ao Estado, a Agência Nacional de Águas (ANA) confirmou que nega, desde 2012, todos os
pedidos de outorga na Bacia do São Marcos, região onde está inserido o lago de Batalha. A
agência disse que o aumento da demanda por irrigação ocorreu em paralelo à escassez
hídrica e nunca fez restrições entre pequenos e grandes proprietários. “É importante notar,
no entanto, que os pedidos vêm sendo negados independentemente do porte”, destacou a
ANA, em nota, ao observar que os pivôs foram liberados anteriormente.

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Produtor Joseli Machado dos Santos, de Cristalina, em Goiás, diz que acesso à água é ‘proibido’


Esse mundo de água que vocês estão vendo aqui é proibido para os assentados.”

Joseli Machado dos Santos, produtor de Vista Alegre, Cristalina

Instalados antes de 2012, os pivôs – como são conhecidos os equipamentos para irrigação de
grandes áreas agrícolas – revoltam os produtores de Vista Alegre. Motivo: eles argumentam
que à época não tinham recursos para implantar projetos de irrigação. Uma parte dos
produtores tenta há 20 anos receber o título definitivo da terra do Incra, mas o modelo
adotado antes de 2012 impossibilitou a obtenção de financiamentos para os projetos.

“Esse mundo de água que vocês estão vendo aqui é proibido para nós”, disse o produtor
Joseli Machado dos Santos , de 54 anos. “Os senhores lá de cima (autoridades) não veem
isso. Agora, os grandes produtores montam pivôs e mais pivôs. Nós não podemos tirar a água
nem para beber e dar aos animais.”

Rios Roubados

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Sem acesso à água, os produtores reclamam, com boletos de pagamento em mãos, do alto
custo da energia elétrica na vila. “Aqui é o seguinte: a água gera energia. E a energia aqui é
mais cara que dentro da cidade. Um pequeno produtor pagar R$ 700 por mês de energia não
tem lógica”, afirmou Joseli. “Onde está a cabeça desse povo? A escravidão já acabou. Aí, se
você tira água do lago, vão dizer que é ladrão”, emendou ele, com olhos marejados. “Nós
chegamos aqui antes deles, quando não tinha barragem e isso aqui era o rio correndo.”

Produtor Joseli Machado dos Santos

No período em que a reportagem esteve em Vista Alegre, os assentados não queriam


desgrudar da câmera. Um a um, eles faziam fila para dizer por que a comunidade precisava
ter acesso à água. A expressão “lago proibido”, usada pelos produtores, permeou boa parte
dos depoimentos. “As pessoas vão ficar aqui com um mundo velho desse de água, sem poder
irrigar, sem poder ter uma fruticultura, sem poder criar peixes?”, questionou o produtor
Milton Alves dos Reis, 53 anos. José Ribamar, de 56 anos, tem dois apelidos: JR e Ceará.
Prefere o segundo, pois lembra o período da infância, antes de deixar o Nordeste em busca
de terra com água. No final dos anos 1990, ele conseguiu um pedaço de chão em Vista
Alegre
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Alegre.

Ribamar se apresenta à reportagem como um “clandestino”. “Não tenho medo. Eu quero


enfrentar quem tiver que ser. Cansei de viver nessa situação humilhante e ver meus
companheiros passando o mesmo.”

Rios Roubados

A engrenagem que Ribamar construiu para retirar água é manual. “Se eu desço uma bomba
ou uma máquina para pegar água, eu saio daqui como um bandido, com risco de ir para a
cadeia. Então, eu coloquei uma bomba em cima do morro e desci a mangueira até embaixo no
lago”, contou.

A bomba de Ribamar está longe da potência dos equipamentos de irrigação das fazendas
mais próximas. A quantidade de água que ele consegue retirar dá apenas para encher a caixa
que abastece a casa e que mata a sede de algumas cabeças de gado. “A polícia já deu a ordem,
em nome de Furnas: ‘Não pode tirar água’. Mas o que eu faço? É a briga do cachorro grande
contra o cachorro pequeno”, disse ele, gesticulando muito. “Quem é sequeiro não tem água
nenhuma. Sobrevive de carregar tambor nas costas igual no Nordeste.”

O Estado procurou a assessoria de Furnas, que administra o reservatório da Usina de


Batalha, para apresentar todas as críticas e denúncias dos moradores de Vista Alegre. A
reportagem pediu, ainda, esclarecimentos sobre as promessas que a empresa teria feito à
comunidade na época da formação do lago. A concessionária, no entanto, limitou-se a enviar
uma nota destacando que sua “função prioritária” é gerar energia elétrica para o Sistema
Interligado Nacional (SIN), além de propiciar “usos múltiplos”, como regularização de vazão,
controle de cheias, abastecimento de água e irrigação.

A responsabilidade sobre a utilização desses recursos, no diagnóstico de Furnas, é da própria


ANA “Quem define o uso dos recursos hídricos é a Agência Nacional de Águas e os níveis
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ANA. Quem define o uso dos recursos hídricos é a Agência Nacional de Águas e os níveis
dos reservatórios, o Operador Nacional do Sistema Elétrico.”

Na região, pequenos e grandes produtores rurais brigam com hidrelétrica por água

Em guerra com hidrelétricas, fazendeiro se


junta a pequeno produtor
A capital federal está cercada por 2.558 pivôs de água. Os três municípios mais irrigados do
Brasil estão em volta da cidade modernista. Unaí e Paracatu, em Minas Gerais, e Cristalina,
em Goiás, lideram a expansão das lavouras irrigadas no País, que cresceu 47 vezes de 1985
para 2019, segundo dados da Embrapa. Concentram também disputas pelo controle dos
mananciais.

Os produtores travam uma queda de braço com o setor de energia. Eles miram as Pequenas
Centrais Hidrelétricas, as PCHs. “Há dez maneiras de produzir energia. Alimento, só usando
água, não tem outro jeito”, afirmou Alécio Maróstica, presidente do Sindicato Rural de
Cristalina. “Não tem produção a seco de alimento.”

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Eu disse: ‘Vou reunir todos os produtores inclusive os pequenos Vocês vão lá falar
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Eu disse: Vou reunir todos os produtores, inclusive os pequenos. Vocês vão lá falar
isso com eles. Eu garanto uma coisa: se saírem vivos de lá, está aprovado’. Foi um
climão.”

Alécio Maróstica, grande produtor de soja, Cristalina

Maróstica conta que os produtores, assim que sabem do plano de uma nova hidrelétrica, se
mobilizam para “espaná-la”. “É sempre quebra pau aqui”, resume. Nas paredes da sede do
sindicato, mapas do município indicam fazendas e mananciais.

Cristalina conta hoje com 63 mil hectares irrigados, o dobro do registrado em 2007. Foi
naquele ano que o conflito da água na cidade começou. Maróstica era secretário estadual de
Irrigação. A ANA avisou ao então gestor que não seria mais possível liberar irrigação porque
era preciso sobrar água para as PCHs. “Eu disse: ‘Vou reunir todos os produtores, inclusive
os pequenos, e vocês vão lá falar isso com eles. Eu garanto uma coisa: Se saírem vivos de lá,
está aprovado’. Foi uma climão”, descreveu.

Cristalina é um dos três municípios mais irrigados do País

Nas reuniões realizadas pela Agência Nacional de Águas, os produtores foram alertados de
que a área irrigada do município havia chegado ao limite. Ao Estado, a ANA informou ter
dificuldades de dar novas licenças não apenas para a região de Cristalina, mas para todo o
País, e fez uma previsão preocupante. “Os conflitos tendem a se agravar, pois a demanda por
água só tende a aumentar”, disse a assessoria da ANA.

Um “mapa da irrigação”, estampado na presidência do Sindicato Rural do município, é a


representação de um campo de batalha em constante movimento. Cada pivô de irrigação e
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cada produtor rural representam um ponto no mapa. Na parte de cima são 180 fazendeiros,
que detêm 60% da área irrigada. Na parte de baixo do mapa vivem 1.500 produtores com os
40% restantes da disponibilidade hídrica.

Na guerra com as hidrelétricas, os grandes proprietários flertam com os pequenos. A


aproximação tem motivo: tradicionalmente em confronto, grandes e pequenos foram
surpreendidos por outra força. O setor de energia chegou há poucos anos. Agora, o porta-
voz dos fazendeiros afirma que pretende representar os pequenos produtores na luta pela
água. Ele diz não ter interesse na terra dos sitiantes, mas quer aumentar a capacidade de
irrigar dos grandes. Nesse caso, os pequenos não são um obstáculo. “Você acha que os
pequenos não vão querer irrigar?”, questiona Maróstica, mostrando a parte do mapa onde
estão as menores propriedades de Cristalina. “É a área de maior tensão e conflito. A água
não é um bem para servir a uma meia dúzia.”

Um dos representantes dos pequenos não vê com maus olhos a sedução do tradicional
adversário. Afinal, os sitiantes têm pouca força para enfrentar a atual política de outorga.


Os conflitos tendem a se agravar, pois a demanda por água só tende a aumentar.”

Agência Nacional de Águas (ANA)

O secretário da Agricultura Familiar de Cristalina, Gilmar de Oliveira Matos, que também é


assentado, prevê a qualquer momento a revolta dos pequenos contra o governo, pois apenas
quem tem grande área consegue licença para irrigar.

Nas regiões das hidrelétricas vivem quase duas mil famílias de pequenos produtores que não
podem beber água dos mananciais. “Enquanto isso, os fazendeiros metem suas bombas para
retirar água para irrigar o mundo”, protesta Matos. “Parece que é pecado encostar nos
reservatórios. É uma água proibida. Tudo o que representa essa maravilha que é a irrigação,
para nós, pequenos, não é possível.”

Maróstica, por sua vez, tem motivos para comemorar. Ele foi nomeado recentemente pela
ANA para mediar a zona de tensão de água de todo o Planalto Central e dá pistas sobre a
posição que adotará. “Vai gerar energia no inferno”, afirma, numa crítica contundente às
hidrelétricas.

Em Goiás, 50 municípios vivem situação de conflito e disputa por água. São regiões onde a
oferta de recursos hídricos não é mais suficiente para atender à demanda. Levantamento
feito pelo Estado, com auxílio da Secretaria Estadual de Segurança Pública, identificou 1.885
Boletins de Ocorrências (BOs) envolvendo disputa por água, nos últimos cinco anos,
somente em Goiás. A secretária estadual de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, afirma que a
situação de conflito chegou à região metropolitana de Goiânia, onde moram 44% da
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população do Estado. Na Bacia do Meia Ponte, que abastece a capital, por exemplo, 12
municípios vivem da produção rural. “Dou água para a cidade ou ao pequeno produtor?”,
pergunta ela.

A opção foi aumentar a fiscalização no meio rural até com helicópteros. Foram identificadas
nove mil barragens clandestinas. Pela legislação brasileira, a água é um bem de domínio
público, dotado de valor econômico. A gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os
usos múltiplos das águas, de forma descentralizada e participativa, contando com a
participação do poder público, dos usuários e das comunidades. A lei também determina que,
em situações de escassez, o uso prioritário da água é para o consumo de seres humanos e
bichos.

Sem floresta alagada, Araguaia registra


aumento de conflitos por terra e água
Extensas áreas de floresta alagada pelo Rio Araguaia na época das cheias estão sendo
drenadas no sul do Pará. A chegada de uma tecnologia para sugar as águas resultou numa
expansão de plantios de grãos onde antes existiam árvores submersas.

Em Santana do Araguaia, no sul paraense, onde a reportagem esteve na última semana de


novembro, 25.500 hectares de florestas viraram campos de produção, o equivalente a 25 mil
campos de futebol. Agora, valas quilométricas por onde a água corre se sobressaem na
paisagem. O município vive um boom na produção de soja. Os poços dos sítios de pequenos
produtores, que antes davam água a três metros, agora chegam a sete metros de
profundidade. “Não tem mais o alagado. É dreno para todo canto”, lamenta o agricultor
Edmar Lourenço, 48 anos.

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Em Santana do Araguaia (PA), ‘é dreno para todo canto’, diz produtor

Edmar mora com a mulher, Rosângela Antônia Alves, de 39 anos, numa casa de tábuas às
margens da BR-158, em Barreira dos Campos, localidade de Santana do Araguaia. Na frente
de seu lote, uma área de mil hectares havia sido desmatada uma semana antes da chegada do
Estado. As retroescavadeiras, enfileiradas, perfuravam valas no terreno. Diante do avanço
da soja, pequenos produtores venderam suas terras.

Grandes plantios avançaram. “Queriam passar o trator até no cemitério da comunidade. O


povo que tem parente enterrado não deixou jogar as tumbas para riba”, lembra Edmar.


O desmatamento diminuiu a água para todo mundo.”

Edmar Lourenço, agricultor, Santana do Araguaia

Um dia antes da chegada da reportagem, a igreja da vila foi atingida por rajadas de
agrotóxico despejadas por um avião que sobrevoava plantações no entorno. A comunidade,
que há três anos era um descampado na floresta amazônica alagada, agora está cercada por
imensas áreas drenadas.

Aparecida Pedro Silva, de 79 anos, conta que estava na igreja quando os fiéis precisaram
abandonar o culto para fugir do veneno que entrava pelas janelas e pelo teto. “Não é raro
acontecer”, constatou. “Os aviões não desviam a rota quando despejam veneno, e a vila é
borrifada junto com as plantas.”

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Com avanço do plantio de soja, valas são abertas em Santana do Araguaia, no Pará

Com o tamanho equivalente a três vezes o território do Estado do Rio de Janeiro, a Região
de Integração do Araguaia virou uma das maiores frentes de desmatamento da Amazônia,
segundo técnicos da área ambiental. É também no Araguaia que as forças policiais têm
atuado mais para evitar conflitos por terra e água. A Comissão Pastoral da Terra (CPT)
contabilizou a morte de dez líderes rurais nos últimos cinco anos. “O problema é sempre de
invasão de terra e, consequentemente, de fontes de água”, avalia Adevaldo Araújo Marinho,
ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Santana do Araguaia.

PARTE I PARTE II PARTE III


Rios vigiados Rios dominados Rios roubados

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