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03/09/2023, 08:36 Como o garimpo ilegal dominou o Rio Madeira e por | Direitos Humanos

INÍCIO  DIREITOS HUMANOS


PAREDÃO DE BALSAS
Como o garimpo ilegal dominou o Rio Madeira e
por que é tão difícil acabar com ele
Mineradores clandestinos ouvidos pelo BdF ajudam a explicar proliferação da atividade
que preda população ribeirinha
Murilo Pajolla
Brasil de Fato | Lábrea (AM) | 02 de Dezembro de 2021 às 07:56

Ouça o áudio:

03:45

Do desmatamento ao garimpo: atividades predatórias na Amazônia são financiadas pelo


agronegócio, diz pesquisador da Ufam - Bruno Kelly/Greenpeace

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A nova "corrida do ouro” que atraiu os olhares para o município de Autazes (AM) na
última semana está longe de ser um fato isolado. Ao contrário, é um sintoma da
crescente dependência econômica provocada pela mineração ilegal no Rio Madeira nos
últimos anos. 

Sem incentivos para permanecer na agricultura, integrantes pobres das comunidades


ribeirinhas vêm abandonando o roçado para se dedicar ao garimpo, que oferece alta e
rápida lucratividade, enquanto produz graves danos socioambientais e acentua a
histórica desigualdade social na região. 

Depoimentos de garimpeiros colhidos pelo Brasil de Fato em agosto deste ano


demonstram por que ações repressivas como a que destruiu dezenas de balsas no Rio
Madeira no último fim de semana não são capazes, por si só, de livrar a região dos
crimes ambientais.

::  Nova corrida do ouro ilegal leva 1,8 mil homens ao Rio Madeira, na Amazônia ::

Em Novo Aripuanã (AM), mineradores ilegais protestam contra queima de balsas no Rio
Madeira / Reprodução/Facebook

“Na roça o colega se ferra. É um trabalho sofrido, mas o dinheiro é abençoado. Eu


comparo assim porque o dinheiro que eu pego em ouro no final de semana eu compro
qualquer coisinha e já era, já acabou.”

O depoimento é de um ribeirinho que vive em uma comunidade às margens do Rio


Madeira, perto do Município de Manicoré (AM). Aos 28 anos, ele se alterna entre o
cultivo de bananas e a lavra garimpeira para sustentar esposa e seis filhos. 

“Se hoje eu plantar, tipo, 500 pés de banana, vou tirar R$ 1 mil e pouco em cinco ou
seis meses. Na balsa, se você trabalhar um mês, dependendo do ouro, você faz uns R$
8 mil. Na roça você só se lasca”, calcula o homem, que pediu anonimato. 

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::  "O garimpo ameaça a bacia hidrográfica mais importante do mundo", diz ex-
presidente do ICMBio ::

Seu primeiro “mandado” - nome dado ao trabalho freelance no garimpagem - foi na


draga de propriedade do sogro, quando descobriu o potencial financeiro da atividade
ilegal. Ele explica como os ganhos são divididos entre trabalhadores e os patrões.

“Em três dias eu e meu cunhado fizemos nove gramas [de ouro]. Saiu 40% para mim e
para o meu parceiro, aí nós dividimos. Para cada um ficou R$ 1800. Meu sogro ficou
um pouquinho mais porque ele comprou o rancho [alimentos] e o óleo para a balsa
dele”, relembra. 

Como o garimpo ilegal dominou o rio Madeira e por que é tão

Epidemia 

Há aproximadamente 150 comunidades ribeirinhas espalhadas pelas margens do Rio


Madeira, apenas no trecho de 700 km entre Porto Velho (RO) e Manicoré (AM). Pelo
menos 40% delas estão ou já estiveram envolvidas com a extração mineral. 

A estimativa é de Jordeanes Araújo, antropólogo e professor da Universidade Federal do


Amazonas (Ufam). “É importante perceber como o garimpo ilegal imobiliza a força de
trabalho local, por causa do intenso comércio de ouro e outros produtos. Isso mexe
com a própria estrutura agrária dessas comunidades”, explica o docente.

“Várias comunidades estão praticamente envolvidas o ano todo com garimpo. Em


muitos casos, 70% da renda acaba vindo dele. Tenho alunos da Ufam que abandonam a
universidade em um determinado momento do ano para ficarem nas balsas”, observa o
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antropólogo, que acompanha indígenas e ribeirinhos no sul do Amazonas há mais de


um década. 

::  Expedição flagra desmatamento ilegal e ribeirinhos pedem nova reserva sustentável
na Amazônia ::

O garimpeiro ouvido pelo Brasil de Fato opina: “Todos os anos nós trabalhamos
mesmo só para alimentar nossa família, para se manter. Mas tem cara que não quer e
está mais do que certo. É um trabalho ruim. Quando é bom é bom, mas tem dia que
você passa uma semana na balsa e não consegue nada. Aí é prejuízo”. 

Para ele, o garimpo significou uma oportunidade única de ascensão social. Com R$ 22
mil obtidos na coleta do ouro, construiu uma casa simples de madeira na comunidade,
onde mora com a esposa e filhos. 

“Na maioria das vezes a pessoa entra no ramo pensando em ter a balsa dele. Com 10
mil você compra uma pequenininha. Uma média, simplesinha, dá uns R$ 25, R$ 30
mil”, relata o ribeirinho. 

::  Código de Mineração vai a votação em semana de invasão no Rio Madeira: saiba o
que está em jogo ::

Mesmo assim, o ribeirinho diz não querer deixar a vida de agricultor para se tornar
patrão do garimpo em tempo integral. 

“Se eu tiver uma balsa, vou ter que me preocupar no rio e em terra, né, no bananal e
na balsa. Aí, se eu deixo de fazer um trabalho e o outro não dá certo… Não quero ser
rico, quero ter dinheiro para manter minha família”, afirma. 

Quase sempre ocorrendo à beira das comunidades, a atividade garimpeira afasta os


ribeirinhos do extrativismo e da conservação do ambiente, potencializando a poluição
ambiental e dando espaço a outras ilegalidades, como o tráfico de drogas e  a
prostituição. 

“Sabe o que estraga o garimpo? É esses caras que vem de fora. Se ‘amostram’, vão
trabalhar tudo armado, cheio de bala. Aí já pega a culpa tudinho na gente”, diz, ao
reconhecer a presença do narcotráfico em meio à extração ilegal do  minério.

Veja também:

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Depois da invasão por centenas de garimpeiros, quais impact

O Agro é garimpo

A explosão da mineração ilegal na bacia do Madeira foi traduzida em estatísticas por


um levantamento do Mapbiomas. Segundo a organização, a área atingida mais do que
dobrou entre os anos de 2007 e 2020, saltando de 37,5 para 96,6 quilômetros
quadrados, o equivalente a todo o perímetro urbano de São Bernardo do Campo, cidade
na região metropolitana de São Paulo. 

A principal responsabilidade sobre esse crescimento recai sobre o agronegócio, que


injeta dinheiro no garimpo, sob incentivo direto do governo federal. O presidente Jair
Bolsonaro (PL)  encoraja  publicamente a atividade predatória e desmontou a política de
fiscalização ambiental. . 

::  “Agro é fogo”: incêndios no Brasil estão ligados ao agronegócio e ao avanço da


fome, diz dossiê ::

Segundo o professor da Ufam, o  dinheiro que abriu caminho para exploração mineral
em larga escala no Madeira é o mesmo que  promove o avanço do chamado arco do
desmatamento sobre o sul do Amazonas, onde está uma das porções mais preservadas
da floresta. 

“Na maioria dos casos, os responsáveis pela expansão da fronteira agrícola são os
grandes investidores e fazendeiros, que detêm um grande número de balsas. Mas tem
também aquele morador que vendeu um terreno, uma moto, para financiar sua
empreitada”, alerta Araújo.

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Loja de equipamentos supre mineração ilegal em Humaitá (AM) / Reprodução/Google


Street View

Sem políticas públicas de incentivo à agricultura familiar ou acesso a direitos sociais


como saúde,  educação e emprego, a população vê no garimpo uma alternativa possível
de melhoria das condições de vida. 

“O governo federal estimula e o agronegócio financia a garimpagem no Rio Madeira. E


esse pai ou mãe de família acaba sendo ludibriado pelo dinheiro. A lavra garimpeira
reproduz, portanto, uma situação colonial”, assinala o sociólogo.

Repressão

Após o deslocamento em massa de mineradores ilegais para a comunidade de


Rosarinho ganhar manchetes, a Polícia Federal e as Forças Armadas ocuparam a região
e destruíram 130 balsas. O procedimento é considerado ineficaz pelo professor da
Ufam. 

“Penso que nesse momento o ato de queimar as dragas só atiça ainda mais a atividade
garimpeira no Madeira. Porque os políticos locais apoiam os garimpeiros, tanto em
investimentos, quanto no financiamento de novas balsas”, opina Araújo. 

::  Tráfico, trabalho escravo, poluição: os crimes que podem estar ocorrendo agora no
Rio Madeira ::

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Para os latifundiários que investem parte de seus lucros na mineração clandestina, a


operação pode não representar prejuízo significativo. Mas o mesmo não vale para o
setor mais pobre dos garimpeiros, composto majoritariamente pela população local.

“Depois da última operação, os vereadores, prefeitos de cidades como Manicoré e


Humaitá [onde vivem mineradores ilegais] fizeram reuniões recentes em apoio à
atividade, que movimenta a economia desses municípios", expõe. 

Nos últimos dias, a presença das forças federais de segurança parece ter desmobilizado
temporariamente a garimpagem na região.  Mas postagens em redes sociais confirmam
que a prática já está sendo retomada.

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Às claras: garimpeiro posta foto voltando ao trabalho cinco dias após operação que
queimou balsas / Reprodução/Facebook

“Corrida do ouro” é antiga

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Em agosto deste ano, a reportagem conversou, também sob a condição de anonimato,


com um segundo garimpeiro que viajava pelo Rio Madeira.

Ele relatou ter deixado um garimpo ilegal em Ariquemes (RO), município conhecido
pela exploração da cassiterita, da qual se extrai o estanho utilizado pela indústria na
produção de ligas metálicas. 

“Teve uma operação policial e eu tive que sair de lá. Tenho colega que pegou R$ 25 mil
de multa no CPF por crime ambiental. Se você é trabalhador, é preso. Se você é
bandido, é preso. Então é complicado”, reclama.

Três meses antes da invasão de balsas em Autazes (AM), ele era um dos muitos
garimpeiros de outros estados a explorar a bacia do Madeira, já conhecida pela
frouxidão na fiscalização ambiental e pela abundância de ouro.

“Ou você mete a cara e faz o trabalho ilegal para você ter o sustento da sua família ou
você vai passar necessidade. Não pode ter egoísmo. Porque é uma coisa que Deus
deixou. Ouro é uma coisa da natureza”, diz. 

::  Garimpeiros ilegais do Rio Madeira anunciam volta após saída da Polícia Federal  ::

Segundo o pesquisador da Ufam, o início da  garimpagem na região remonta à década


de 50. Os primeiros a buscarem ouro eram do Mato Grosso e chegaram até o grande
Madeira por um de seus afluentes, o Rio Ji-Paraná, mais conhecido como Rio
Machado. 

“Se a mineração no Madeira começou há cinco décadas e só enriqueceu quem tem


recursos financeiros para construir diversas dragas, o que resta para os moradores das
comunidades é a condição extrema da pobreza quando esse ouro acabar”, prevê
Araújo. 

O cenário atual da exploração do ouro na região, com centenas de balsas equipadas


com maquinário especializado, se concretizou com a operação das hidrelétricas de Jirau
e Santo Antônio a partir de 2014.

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Balsas de garimpo ilegal já dominavam paisagem do Madeira em agosto deste ano /


Murilo Pajolla

“O volume dessas usinas fez com que o solo do Rio Madeira jogasse na superfície uma
camada de ouro. Aí então acontece um boom de garimpagem, apesar do monitoramento
feito pelas agências federais de fiscalização”, acrescenta o professor universitário. 

Para o ribeirinho que atua no garimpo, um fator decisivo para a migração à atividade
ilegal foi a cheia histórica do Madeira em 2014, que devastou comunidades e
praticamente acabou com a produção agrícola beira-rio. 

"Todo mundo só trabalhava em agricultura, banana, roça. A maioria esconjurava


garimpo. Quando veio a enchente de 2014 é que  acabou com tudo. Em 2015 de
Manicoré para cima juntou mais de 300 balsas. A cada ano que passa vai aumentando."

Mercado aquecido 

Vinculado ao dólar, o preço do ouro vem apresentando alta no mercado internacional e


tornando o garimpo ainda mais lucrativo. Extraída do fundo do Madeira, a substância é
transportada rio acima até a Bolívia, de onde ganha outros continentes. 

Segundo os garimpeiros ouvidos pela reportagem, o mais comum é que os próprios


funcionários das balsas fiquem com 40% do ouro recolhido, enquanto o restante fica
com o patrão. Ambos procuram, então, a melhor proposta e vendem para a pessoa
responsável pelo transporte. 

::  Vítima do garimpo: mercúrio mata ambientalista que trabalhava na Amazônia ::


 

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“Esses caras que levam [o ouro do Madeira] ganham muito. Ele chega lá já derretido,
na barra, mais caro já. O próprio dono desse barco compra ouro”, revela o ribeirinho, a
bordo de uma grande embarcação que transporta centenas de passageiros sobre as
águas do Madeira. 

Devastação ambiental 

Segundo o Greenpeace, o Rio Madeira é o mais biodiverso entre os afluentes do rio


Amazonas. Os peixes, fundamentais na alimentação das populações tradicionais da
floresta, atuam como concentradores naturais de  mercúrio.

Pesquisas demonstram que, ao serem consumidos pelos seres humanos, o minério


pode causar graves problemas de saúde nos rins, fígado, aparelho digestivo e no
sistema nervoso central. Um exemplo é a Terra Indígena Yanomami, onde a
contaminação compromete a saúde de adultos e crianças. .

“A conservação da Amazônia é um elemento central quando falamos sobre os esforços


globais para conter a crise climática e da biodiversidade. A extração do ouro causa
sérios impactos no ecossistema e certamente está aprofundando a crise ecológica do
bioma”, afirma Carolina Marçal, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace.

::  Sai garimpo, fica o mercúrio: saiba quais as consequências para o meio ambiente no
Rio Madeira ::

Para ela, existe uma clara relação entre a expansão descontrolada do garimpo na bacia
amazônica, o sucateamento dos órgãos de fiscalização e as diversas medidas em
tramitação no congresso que buscam flexibilizar a legislação socioambiental. 

“O poder de destruição que o garimpo tem sobre os rios da Amazônia é enorme, a


atividade predatória ameaça a integridade ecológica das áreas atingidas. O
assoreamento dos rios e a contaminação por mercúrio são alguns dos muitos impactos
causados pela atividade”, destaca a integrante do Greenpeace. 

Assista:

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🔴 Central do Brasil | Rio Madeira e o garimpo ilegal, com o e

Edição: Vivian Virissimo

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