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As disponibilidades hídricas e a

necessidade de uma gestão eficiente


RH1 (Minho e Lima) e RH6 (Sado e Mira)

A RH1 é composta pelas bacias hidrográficas dos rios Minho e Lima, e também pelas
bacias hidrográficas das ribeiras de costa.

Rio Minho Delimitação Geográfica da RH1 Rio Lima

Bacia hidrográfica do Minho Bacia hidrográfica do Lima

A RH1 Minho e Lima possui 4 barragens notáveis, sendo elas as barragens de: Touvedo, Alto
Lindoso, Pagade, e Vilarinho das Furnas.

Barragem do Touvedo Barragem do Alto Lindoso

Dois gráficos
Termopluviométricos de
localidades dentro da RH1,
à esquerda, de Viana do
Castelo, e à direita, de
Arcos de Valdevez

Em relação à produtividade
aquífera, a RH1 está
localizada na unidade
hidrogeológica do Maciço Antigo, que é composta por rochas pouco permeáveis, possuindo então uma
produtividade aquífera extremamente baixa.

A RH6 é composta pela bacia hidrográfica do rio Sado, pela bacia hidrográfica
do rio Mira, e também pelas bacias hidrográficas das ribeiras do Alentejo..

Rio Sado Delimitação Geográfica da RH6 Rio Mira

Bacia hidrográfica do Sado Bacia hidrográfica das ribeiras do Alentejo Bacia hidrográfica do Mira

A bacia hidrográfica do Sado possui 14 barragens, enquanto que a do rio Mira possui apenas duas.

Barragem da Tapada (B.H. Sado) Morgavel (B.H. Ribeiras do Alentejo) Barragem de Santa Clara(B.H Mira)

Dois gráficos termopluviométricos de


localidades distintas dentro da RH6. À
esquerda, Setúbal, e à direita, Ourique.

Ourique além de possuir uma


temperatura média ligeiramente maior,
possui também uma menor
pluviosidade.

A RH6, apesar de estar parcialmente localizada


dentro da unidade hidrogeológica da Bacia do Tejo e
do Sado, possui uma produtividade aquífera baixa
pois está também parcialmente localizada na
unidade hidrogeológica do Maciço antigo, o que
confere uma fraca capacidade de armazenamento de
água no subsolo rochoso.
2.

O território da RH1 corresponde exatamente ao distrito de Viana do Castelo, que possui uma população de
apenas cerca de 231.000 habitantes.. Esta RH apesar de possuir uma baixa disponibilidade hídrica total, possui
uma alta disponibilidade hídrica por unidade de área, embora esteja localizada no Maciço Antigo, pois possui um
número elevado de precipitação anual. A região possui um dos menores índices de escassez de água do país,
justificados pelo alto nível de precipitação e pela baixa demanda.

Em relação ao território da RH6, esta abrange a maior


parte do distrito de Setúbal, e abrange também partes dos
concelhos de Évora e Beja. Possui uma baixa
disponibilidade hídrica, e possui inclusive o maior número
no índice de escassez do país. Apesar disso, devido ao
território consideravelmente maior do que o da RH1, uma
população cerca de 3,5x maior, e um maior número de
empresas agrícolas nela fixadas, a RH6 possui uma
demanda e uso de água maior do que o da RH1, como é
possível observar no gráfico acima.

3.

Se nós fossemos os responsáveis pelas políticas da RH6, o que faríamos para promover um uso sustentável dos
recursos hídricos da nossa região hídrica?
A RH6 é a região do país com mais escassez de recursos hídricos, possuindo ainda uma precipitação irregular, o
que piora mais ainda a situação da disponibilidade hídrica.
Para um uso sustentável dos recursos hídricos, é imprescindível a otimização da utilização da água por parte das
empresas (não que os indivíduos não possam contribuir, mas iremos falar mais disso mais tarde…). as empresas
que mais consomem água são as que são ligadas à agricultura e pecuária, portanto, a fim de preservar os
recursos hídricos, é importante fazermos uma articulação entre estas duas atividades. Uma maneira de
concretizar tal articulação seria a reutilização da água da pecuária para a rega das plantações agrícolas.
Para conseguirmos tornar isso possível, seria necessário a construção de mais ETARs, além dos canais que
ligam os centros de atividade pecuária para as ETARs, e ainda depois para os centros de atividade agrícola; estes
que devem também fazer uma gestão apropriada e otimizada da água, a fim de não causar perdas
desnecessárias.
Portanto, nós iríamos promover a construção de mais ETARs, para que assim haja uma reutilização da água. Em
relação à agricultura, é necessário também eliminar as perdas desnecessárias. Estas perdas podem ser
prevenidas, por exemplo, no armazenamento e no transporte, certificando-se que barris de água ou outros
contentores hídricos encontram-se propriamente selados. Outro método para poupar água relativamente à
agricultura seria a instalação de sistemas automáticos de rega e a sua monitorização, para que assim a rega seja
automatizada, removendo o fator de erro humano, poupando assim quantidades consideráveis de água.
Outra área em que há um grande potencial para poupar água é a indústria em geral. E vamos falar de três
aspectos importantes. Primeiramente, a instalação de um sistema de captação da água da chuva em cada fábrica
ou indústria, especialmente na zona de Setúbal, na nossa RH, onde a precipitação anual é maior,
comparativamente ao resto da RH. Outra medida seria, novamente, a instalação de mini-estações de tratamento
de água, nas fábricas de maior porte, ou canais/condutas que transportam água para ETARs, sendo esta uma
opção para as fábricas de menor porte. E por fim, é importante que sejam feitas vistorias, pelo gestor/responsável
da fábrica ou indústria, a fim de corrigir pequenas falhas hidráulicas que possam causar vazamentos, prevenindo
assim este gasto desnecessário.
E por fim, falamos com vocês leitores, que também devem contribuir para a gestão sustentável da água, adotando
ações que minimizem o consumo da água, como por exemplo tomar banhos curtos, juntar a água que sobra e
utilizar para as descargas, desligar a torneira em determinadas situações, etc… Porém, na nossa opinião, a coisa
mais importante que a comunidade em geral deve fazer é ter consciência do problema da escassez hídrica, tanto
para tomarem atitudes mais sustentáveis, como já mencionamos, mas também para fazer pressão às grandes
empresas e aos governos, pois no fim é isso que faz a diferença.
Então, em conclusão, nós iríamos investir na construção de mais ETARs, e os seus respectivos canais/condutas
para o transporte de água oriundo e para os campos agrícolas, centros de atividade pecuária, e indústria.
Criaríamos também incentivos financeiros para a modernização dos sistemas de rega das plantações, e para a
instalação de sistemas de captação da água da chuva em fábricas. E por fim, investiríamos em campanhas de
conscientização, tanto do público em geral (em relação aos problemas da escassez de água) tanto como dos
donos/gestores de fábricas e centros de atividade agropecuária, mencionando como realizar estes atos de
poupança de água poderia trazer também uma grande poupança financeira.

FONTES:
https://www.cadc-albufeira.eu/pt/cuencas-hidrograficas/cuenca-minio.html

Relatórios da APA em PDF

https://pt.portugalmap360.com/mapa-geográfico-de-portugal

https://cnpgb.apambiente.pt/gr_barragens/gbportugal/index.htm

https://pt.climate-data.org

Manual geografia 10 ano

http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbportugal/tipo_de_pesquisa.htm

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