Você está na página 1de 1

24 de outubro de 1991, essa foi a data em que a primeira empresa pública do Brasil foi

privatizada, essa data não só marca a compra da Usiminas pela Empresa Siderúrgica,
como também marca um novo momento econômico na política brasileira. A dúvida que
cabe com isso é, no contexto econômico atual nacional, a privatização deve ser feita?
Podemos usar como exemplo a privatização da CEDAE (Companhia Estadual de Águas e
Esgotos) no Rio de Janeiro, onde houve um aumento da tarifa de abastecimento e
saneamento, também há a constante falta de abastecimento e saneamento básico para
populações de regiões mais periféricas, aumentando assim a vulnerabilidade social dessas
populações, além de reforçar a segregação e apartheid sócio econômico. Mesmo o
saneamento básico e abastecimento sendo direitos constitucionais de todo cidadão.
Em 1998, quando o metrô do Estado do Rio foi privatizado, foram demitidos 1200
funcionários. Com a privatização há uma busca por lucros que faz com que sejam cortados
diversos gastos, abrindo espaço para políticas de "acumulação flexível" (termo cunhado por
David Harvey, 1989) e muitas vezes deixando os funcionários em péssimas condições de
trabalho, funcionários estes que são contratados às vezes sem a capacitação adequada por
conta da empresa visar lucros.
Idalberto Chiavenato defende o investimento em capital humano para garantir que
indivíduos estejam incentivados a dar o seu melhor, como que nas condições citadas
anteriormente um colaborador pode se sentir incentivado? E como fica o público que é
atendido por ele?
Em minha opinião, tendo em vista os exemplos já citados anteriormente a privatização de
Estatais não deve ser feita. Atualmente no estado de São Paulo busca-se privatizar a
Sabesp (Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos), como visto anteriormente com outras Estatais
privatizadas, isso só irá reforçar desigualdades, aumentar o número de maus atendimentos
e transtornos para a população. A privatização se faz como um plano de uma elite
específica da sociedade, entretanto, diante desse plano, como ficam as camadas mais
pobres?

Você também pode gostar