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Paulo H. Cavaléro1
RESUMO
O presente ensaio aborda a temática das “Novas Fronteiras nas Relações
Internacionais Municipais” concentrando-se de maneira específica na análise da
paradiplomacia na cidade de Parauapebas. Este trabalho almeja, como fulcro
principal, a investigação da Paradiplomacia como impulsionadora do
desenvolvimento regional. O texto delineia alguns aspectos pertinentes à
realidade de Parauapebas, realiza uma análise da paradiplomacia local por meio
do acesso a financiamentos para projetos e discorre sobre a paradiplomacia
financeira, estabelecendo-a como um ponto focal para futuras possibilidades. A
indagação central que norteia este artigo é: A Paradiplomacia está sendo bem
aproveitada no município de Parauapebas? Conclui-se, a partir deste estudo, que
a paradiplomacia encontra-se circunscrita, uma vez que os recursos provenientes
de empréstimos obtidos junto a organismos financeiros internacionais se
concentram em um único projeto voltado para o saneamento básico, no contexto
do desenvolvimento regional. Diante desse cenário, destaca-se a necessidade de
uma abordagem mais abrangente, notadamente voltada para a
internacionalização, a fim de atrair investimentos, fomentar o desenvolvimento e
promover o turismo na região.
INTRODUÇÃO
A CIDADE DE PARAUAPEBAS
Culturalmente rico, o município é uma região que podemos fazer uma imersão
na cultura dos índios da etnia Xikrins, onde abriga diversas aldeias indígenas.
Parauapebas conta com quatro aldeias indígenas e 14 comunidades em seu
território: Ôôdjá, Djudjêkô, Kateté e a Pokro (Secretaria de Turismo,
PARAUAPEBAS, 2021).
Em acordo com o Manual para Instrução de Pleitos (MIP, 2021) que estabelece
os procedimentos de instrução dos pedidos de verificação de limites e condições
para contratação de operações de crédito e para obtenção e concessão de
garantia dirigidos ao Ministério da Economia, a preparação do projeto passível
de financiamento externo somente tem início após a aprovação da respectiva
carta consulta pela Comissão Interministerial de Financiamentos Externos
(Cofiex). De acordo com o ciclo específico de cada Agente Financiador, este
realiza missões técnicas junto ao ente subnacional candidato a mutuário com
vistas a detalhar a proposta. Concluída essa etapa, o Agente Financiador elabora
as minutas contratuais e as encaminha à Secretaria de Assuntos Econômicos
Internacional - SAIN, do Ministério da Economia que, na qualidade de órgão
coordenador da negociação, as distribui à Secretaria do Tesouro Nacional
(STN/ME), Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN/ME), ao proponente
mutuário e ao órgão executor (MDIC, 2021).
Tratando-se do tema da cooperação em internacionalização dos municípios,
existem várias entidades com intuito de incentivar, orientar e fortalecer a
autonomia dos Municípios. A discussão em conselhos e comitês precisa estar
presente na agenda da gestão local. A representação da cidade de Parauapebas
junto aos diversos entes de representação em âmbito nacional, fortalece a busca
por políticas públicas junto ao Governo Federal e parcerias internacionais em
entes globais representativos de entes subnacionais. O fortalecimento da gestão
municipal através de pesquisas, cooperação técnica e apoio jurídico, também
são um dos fatores determinantes para atuar junto aos organismos e
associações nacionais e internacionais.
REFERÊNCIAS