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tecnologia industrial

Não dá mais para adiar. O final da safra está próximo e


com ela vai indo embora, devagarzinho e sem deixar sauda-
des, a tumultuada crise econômica. É momento de recupera-
ção e superação do mercado sucroalcooleiro. Hora certa para
começar a pensar em manutenção, tanto no campo quanto
na indústria. É hora de investimento.
Algumas das usinas, que deixaram de fazer manutenção
na entressafra passada amargaram paradas e muitas vezes,
prejuízos na produção. Segundo Cristiano Sebastião, da equi-
pe comercial da Teadit, a redução de custos trazida com a cri-
se financeira reduziu o número de manutenções preventivas
nos equipamentos em alguns casos, “seduzindo” as usinas
a utilizarem produtos de qualidade inferior (até à base de
amianto - matéria-prima proibida em vários Estados do Bra-
sil). “Isso resultou indubitavelmente em paradas não progra-
madas devido à quebra dos equipamentos”, revela. Ele conta
ainda que este corte de gastos por parte de algumas usinas
resultou na queda de quase 20% nos negócios da empresa.

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Mas a queda no faturamento com ria nos últimos tempos, pode haver maiores
manutenção não foi homogênea entre investimentos no setor com o objetivo de
as empresas do segmento. O engenhei- reduzir os problemas inerentes à falta de
ro mecânico da Welding, Eduardo Leira manutenção preventiva da última safra. “É
Kruger, diz que sua empresa não iden- hora de aproveitar a melhora do preço do
tificou queda deste serviço. “Fazemos açúcar no mercado externo e as boas pers-
recuperação de soldagem e recuperação pectivas para o próximo ano. Estes fatores
de alguns equipamentos. Não tivemos deverão impulsionar a manutenção para a
queda nesse tipo de componente mecâ- próxima entressafra”, prevê os especialistas
nico”, explica. neste segmento da Teadit.
Também não foram todas as usinas As expectativas para 2010 em manuten-
que tiveram de cortar drasticamente os ção são boas, segundo os profissionais deste
recursos em manutenção. Segundo o mercado. Gonzalo de La Riva, engenheiro
diretor-presidente da Usinas Itamara- mecânico e sócio-diretor da Fourteam En-
ti, Sylvio Nóbrega Coutinho, os gastos De La Riva: “as indústrias não podem proceder genheiros Associados, acredita que a manu-
do Grupo Itamarati em manutenção na com manutenções pequenas por dois ou mais tenção da próxima entressafra será melhor
anos seguidos”
entressafra anterior continuaram acon- que a do ano anterior. “Por dois motivos
tecendo normalmente, sem cortes. “A Investir de maneir a ordenada bem óbvios. O primeiro é pelo valor prati-
crise teve reflexos nos investimentos. Mas será que com a recuperação do se- cado no preço do açúcar e agora também o
Tivemos cortes radicais tanto no que tor e melhora de preços dos seus produtos preço do álcool, tendo uma melhora signi-
se refere à renovação da frota agrícola haverá mais investimento em manutenção? ficativa; o outro motivo é que as indústrias
quanto à modernização da usina”, re- Ademir Marzola, da Teadit, diz que, apesar não podem proceder com manutenções pe-
vela. da manutenção das usinas ter sido deficitá- quenas por dois ou mais anos seguidos”,

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analisa La Riva. custo mais elevado de reparos, segundo Sê-
Para Kruger, não restam dúvidas. As usi- nio Viana, da Teadit. “Ao invés da simples
nas voltarão a investir em manutenção, des- troca de um elemento de desgaste, pode-se
ta vez de maneira mais ordenada e centra- ter que trocar uma parte toda do equipa-
da. De acordo com ele, a manutenção está mento. Além disso, tem o fato da aquisição
sendo mais racional. “Com a crise, as usinas de novos equipamentos para enfrentar os
aprenderam a administrar os recursos volta- atuais desafios de aumento de produtivida-
dos à manutenção. Isto significa que estão de, com menor preço devido à concorrência
trabalhando de forma mais organizada no internacional”, destaca.
sentido de aproveitar os recursos. Não só Para De La Riva, “é interessante que se
para fazer as manutenções corretivas, mas faça uma boa programação antecipada, para
também preventivas e inspeções. Estão ven- que as aquisições não sejam feitas em cará-
do o histórico dos componentes e a partir ter de urgência, devido ao curto tempo de
desta avaliação, durante a safra, a usina vai entressafra”.
fazer a manutenção”, explica Kruger.
Mas, mesmo com um prognóstico apa- Serviço especializado
rentemente favorável do setor, as usinas po- Hoje as usinas privilegiam produtos
derão ser mais cautelosas em investimentos tecnologicamente adequados que assegu-
devido ao pouco capital existente no mer- rem a continuidade de sua operação sem
cado, segundo José Tiso, da equipe comer- riscos de intervenções não planejadas. De
cial da Teadit. Mas ele destaca: “a melhora acordo com Tiso, mais do que buscar equi-
e estabilização dos preços sinalizam uma pamentos essenciais, é importante assegu-
recuperação financeira, que irá impulsionar rar a operabilidade desses equipamentos.
os investimentos em manutenção. E para atingir esse resultado, um conjun-
curtos.”   to de fatores deve ser considerado: corre-
Chegou a hor a E quanto menos tempo se gastar para fa- ta especificação do produto de vedação e
Passado o mal tempo da economia, as zer a programação, melhor, segundo Kruger. instalação de forma adequada, segundo
usinas já começam a se programar para as “Fazendo um ciclo de programação, quando procedimentos normativos e orientação
manutenções da próxima entressafra. Mas a usina parar já dá para saber e conhecer de especialistas. “Para atingir esses obje-
como fazer esta programação? De acordo todas as condições operacionais de cada tivos é fundamental trabalhar com forne-
com De La Riva, o baixo aproveitamento equipamento mecânico”, diz. Ele completa cedores sérios, com infraestrutura sólida e
de tempo de moagem nos meses de agos- dizendo que independente da área, todas extensiva ao desenvolvimento, fabricação,
to e setembro deste ano dificulta a progra- requerem o mesmo investimento para ga- suporte técnico e aplicação de seus produ-
mação, porque o período de safra deve se rantir a confiabilidade da operação durante tos. Também é importante implantar uma
estender até o final de dezembro de 2009. a safra. De La Riva concorda. Para ele, todas gestão de fornecedores, além de traçar um
“Para que não haja problema de entrega de as áreas são interligadas, mesmo que algu- plano de manutenção para os equipamen-
equipamentos para a próxima safra, deve ma seja priorizada. A falta de manutenção tos e programar com antecedência serviços
ser antecipada a programação junto aos for- e a consequente quebra de equipamentos terceirizados”, explica Tiso.
necedores externos. Cabe ressaltar também e paralisação afeta toda a planta. “A usi- Com a internacionalização do setor, ao
que o período de entressafra está cada vez na deve investir maciçamente principal- longo dos anos foram desenvolvidos al-
menor”, salienta De La Riva. mente em equipamentos de difícil manu- guns softwares dedicados à manutenção,
Luis Carlos Bróglio, diretor técnico Co- tenção no período de safra, caso venham o que tem tido uma boa aplicabilidade na
mercial da General Chains, concorda, prin- a ter problemas. Uma boa programação de área. A Fourteam, de acordo com De La Ri-
cipalmente com relação a este ano. Em vir- manutenção é o diferencial para uma boa va, oferece hoje serviços ao mercado como
tude do excesso de chuvas, a expectativa é safra”, conclui. “análise crítica de falhas e dados estatísti-
de uma entressafra curta, pois alguns clien- E quem não fez a manutenção adequada cos, principalmente com relação ao tempo
tes têm previsão de moagem até janeiro e nos últimos tempos pode pagar um pouco perdido e à frequência em que ocorreram
reinício da safra no início de abril. “Portan- mais caro. Uma vez que equipamentos tra- os problemas; análise mitigatória de ris-
to, os prazos de manutenção estarão mais balharam até sua exaustão poderão ter um cos, buscando solução dos problemas crí-

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ticos ou não; elaboração de alternativas
viáveis para a solução ideal; e análise de
ocorrências em safra, buscando identifi-
car as verdadeiras causas dos problemas,
porque somente uma análise detalhada do
problema e de sua discussão com as equi-
pes é que se chegará à causa do mesmo”, Cristiano, Ademir,
Tiso, Vinicio e
explica. Sênio: “a crise
Kruger diz que a Welding oferece ins- financeira reduziu
o número de
peções em vasos de pressão, de caldeiras, manutenções
faz o atendimento de normas, inspeções preventivas nos
equipamentos”
preventivas, inspeção em tanque de ar-
mazenamento de álcool, inspeções de vál- elevadores e redlers de açúcar. gem das colunas por um longo período;
vulas e correntes, manutenção preventiva Marco Vinicio, da Teadit, diz que a a gaxeta Quimgax 2202, fabricada a partir
de equipamentos e componentes e ainda empresa possui produtos de vedação de fios de carbono e grafite flexível para
a inspeção de fabricação de componentes eficientes e especificados para todos os bombas e válvulas de vapor de média e
de reposição. pontos do processo produtivo de uma alta pressão em alimentadores de caldei-
Já a General Chains, segundo Bróglio, usina de açúcar e álcool. Ela desta- ra; juntas de Papelão Hidráulico U60NA,
presta serviços de manutenção e reformas ca alguns: “junta de PTFE Expandido que apresenta excelente performance pa-
em transportadores, sejam eles metálicos - Quimflex24B, de fácil aplicação em ra vedação de vapor saturado e supersa-
ou de lona, sendo esteiras transportadoras colunas de destilação, já que absorvem turado, mesmo na presença de ciclagens
de cana picada e inteira, esteiras entre- irregularidades dos flanges (virolas), re- térmicas.” Opções de equipamentos e
moendas, cush-cush, esteiras de bagaço, duzem custos, possui selabilidade in- serviços para a temporada de manuten-
moegas, esteiras de cinzas das caldeiras, comparável, o que evita a desmonta- ções nas usinas é o que não falta.

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