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“A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses.
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores.
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças.
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São como as guerras, atos normais de
canibalismo.
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A
construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem.”
Fonte: https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-criminologia/.
Acesso em: 24 ago. 2016.
Resposta Selecionada: b. I.
Respostas: a. I e IV.
b. I.
c. I, III e IV.
d. I, II e IV.
Comentário Resposta: B
da resposta: Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O autor denuncia as
mortes provocadas legitimamente pelo sistema. II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, os criminosos são os que detêm o
poder econômico e político e que não são responsabilizados pelos males
que causam. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor aponta que
os culpados são os que detêm o poder político e econômico. IV –
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O último verso revela, ironicamente, a
indignação do autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada com
os poderosos e com o povo.
Respostas: a. II e III.
b. II e IV.
c. I e III.
d. I e II.
e. I e IV.
Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os quadrinhos criticam
as pessoas que não se dão conta de que são racistas. II – Afirmativa
correta. JUSTIFICATIVA. A amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que
confirma a ideia de que o racismo opera por falas e ações do cotidiano,
como afirma o texto. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. “O Brasil de
hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata”. IV –
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, o
abolicionismo foi incompleto, pois o negro não pôde, realmente, se incluir
na ordem social capitalista.
b. II.
c. III.
d. I e III.
e. II e III.
Comentário Resposta: C
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A ilustração faz uma
crítica ao modo como os meios de comunicação desfazem os
pensamentos próprios dos indivíduos. II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A crítica refere-se à falta de pensamento crítico que os
meios de comunicação causam; não se trata de uma questão de
desenvolvimento tecnológico. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A
figura mostra a criança perdendo seu raciocínio próprio, ao ficar exposta à
televisão.
Quem tem o direito de falar? Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu
grupo é uma forma astuta de silenciamento.
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se
funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem
circular, como eles devem ser distribuídos.
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão
suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos "política". Na
verdade, a política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira com que
eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos.
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver,
o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e
percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgo, o que faz parte e o
que está excluído do meu mundo.
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de
uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no mar Mediterrâneo.
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que
invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma quantidade
impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de
sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: "parem de nos mostrar o que
não queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso discurso".
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa
zona de invisibilidade.
É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela
morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma
desafecção.
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de
afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não
haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em
relação à sorte dos refugiados.
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como
faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas,
para tanto, devemos, antes, decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e
qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento.
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito
à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais
vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis,
palestinos, entre tantos outros).
Mas há, ainda, outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a
voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das
mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer
um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os
problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres e por aí vai.
Essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal
estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros
devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos
problemas das mulheres.
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são
criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado.
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar
minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de
circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na
narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em
regime restrito, mesmo que, agora, codificada como região setorizada do espaço comum.
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que
podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um"
que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que
temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-falar.sht
ml. Acesso em: 13 jun. 2016.
Comentário Resposta: E
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não afirma que
vivemos em um regime autoritário e aponta como silenciamento a
restrição de fala a apenas sujeitos representativos de determinado grupo.
II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor afirma que a política é
também uma questão da circulação dos afetos e não atribui aos políticos o
papel de representar grupos identitários. III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a divulgação da foto contribuiu para
a quebra de invisibilidade de uma questão importante no cenário atual.
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada
humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura
para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don’t Sleep, There are Snakes
(Não durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades inteiras vivem
completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas sim nas
movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num ambiente em que a
eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas.
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio
de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses,
com o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito.
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que
elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos
dificilmente podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados”, diz
Soares Brito.
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década,
após a implementação, em 1º de março, de novas regras que permitem, pela primeira vez, a
geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências,
principalmente, para os grandes centros urbanos.
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país,
a produção de energia abasteceria mais do que o dobro da totalidade da demanda dos
domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à
irradiação solar tem potencial para gerar, pelo menos, 25% mais energia do que a região
mais favorecida na Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas
fotovoltaicas.
Comentário Resposta: C
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que o
“prosumidor” deve produzir uma parte da energia que consome, mas não
determina essa porcentagem. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De
acordo com o texto, a região brasileira menos exposta à irradiação solar
tem potencial para gerar, pelo menos, 25% mais energia do que a região
alemã mais favorecida. Não há comparação referente à produção ou à
capacidade geradora dos dois países. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA.
No texto, consta a informação de que, na região amazônica, há mais de 2
milhões de pessoas sem energia elétrica e melhorar as condições de vida
das comunidades é o objetivo do Instituto Mamirauá, por meio da
instalação de painéis solares. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não
se afirma que o principal problema da Amazônia é a seca. Na verdade,
trata-se de uma região bastante abastecida por complexos hidrográficos. O
texto menciona que houve secas no Brasil, o que prejudicou a geração de
energia hidroelétrica.
Em Minas Gerais, dois motins acabaram com outro preso morto e dezenas de feridos.
Autoridades revelaram que mais um homem foi morto no complexo penitenciário de
Pedrinhas, no Maranhão.
“Pedimos às autoridades competentes uma apuração rápida, imparcial e efetiva dos fatos e
das causas das revoltas, e que os responsáveis pelos crimes respondam na Justiça”,
comentou o representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra. “Ficamos consternados com
o nível de violência observado recentemente nos presídios brasileiros. Não é admissível
que, no Brasil, a violência e as mortes dentro das prisões sejam percebidas como normais e
cotidianas”, disse Incalcaterra.
Além disso, ele instou as autoridades brasileiras a adotarem medidas para prevenir a
violência nas unidades prisionais. “Superlotação, condições penitenciárias inadequadas,
torturas e maus-tratos contra detentos são uma realidade em muitos presídios do Brasil, e
isso também contribui com a violência e constitui grave violação aos direitos humanos”,
apontou o representante do escritório na América do Sul. “O país deve reformar seu
sistema penitenciário, incluindo, pelo menos, uma revisão integral da política criminal
brasileira e do uso excessivo da privação de liberdade como punição a crimes”, concluiu
Incalcaterra.
Fonte: Adaptado de: http://acnudh.org/pt-br/2014/08/21813/. Acesso em: 06 nov. 2014.
Comentário Resposta: B
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não propõe
penas alternativas. Há um comentário irônico sobre a falta de eficiência do
sistema prisional brasileiro. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. No texto,
há a declaração do representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra, que
culpa a superlotação e as más condições de vida nas prisões pelas
revoltas. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não aborda a
impunidade.
Abandono:
além de avaliar quem está sedentário, o Ministério também perguntou a quem estava
parado, se havia deixado alguma prática física. Concluiu que quase 90% dos brasileiros
abandonam a prática esportiva e viram sedentários até os 34 anos. Como a estudante
Isabela Markman, 20 anos: “Eu fazia academia, mas parei no começo do ano e noto a
diferença. Passear e brincar com minha cachorrinha me deixa mais cansada”.
I- De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de saúde causados
pelo sedentarismo.
II- Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34 anos são sedentários, pois
abandonam as práticas esportivas.
III- Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol, segundo a pesquisa.
Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com a
pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de saúde como
motivo para uma vida sedentária. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA.
Conforme o texto, “quase 90% dos brasileiros abandonam a prática
esportiva e viram sedentários até os 34 anos”. III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Entre os que declaram fazer algum esporte, 60% praticam
futebol.
Respostas: a. II e IV.
b. II.
c. I e III.
d. I e IV.
e. II e III.
Comentário Resposta: B
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge mostra a
transformação do ser humano em código de barras, parodiando a
tradicional ilustração da evolução do homem. Não há qualquer menção à
melhoria das condições de vida; trata-se de uma crítica à sociedade de
consumo.
II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O código de barras representa o
consumo na nossa sociedade. Assim, vê-se que o homem se transformou
em mercadoria, perdendo a sua identidade. III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A charge não se refere ao acesso das pessoas às novas
tecnologias. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não mostra
o homem como primitivo, mas, sim, como “coisificado”, integrado ao
mercado de consumo.
Fonte: http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-Angrima
ni-Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue.pdf. Acesso em: 8 nov. 2014.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a alternativa
correta:
I- A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela
apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo.
PORQUE
II- De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de
informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos factuais
essenciais.
Respostas: a.
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
b.
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a
primeira.
Comentário Resposta: E
da resposta: Comentário: I – Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. A reação não é antagônica
ao que afirma Marcondes, pois ele comenta que o sensacionalismo
explora as carências psíquicas das pessoas e, assim, elas são atraídas. II –
Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. O autor não afirma que as notícias
sensacionalistas são comprometidas com os elementos factuais
essenciais. Para ele, o sensacionalismo extrai dos fatos a sua carga mais
apelativa.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11
anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções
previstas entre 2005 e 2020. Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030,
embora isso possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá, 20% da energia
produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
Estados Unidos e China representam, juntos, 45% das emissões planetárias de CO², um dos
gases apontado como culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11%
das emissões planetárias de CO². No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em,
pelo menos, 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990.
Comentário Resposta: A
da resposta: Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não afirma que
a poluição proveniente dos gases emitidos pelos chineses continuará em
crescimento até a data estipulada no acordo. A informação é de que “os
chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso
possa começar antes”. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto
afirma que EUA e China são responsáveis por quase metade das emissões
de poluentes no mundo. Mesmo que a Europa tenha uma redução
percentual maior das emissões de gases, o impacto não será o mesmo que
o provocado pela redução da emissão de gases dos dois países. III –
Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Porcentagens são valores relativos, que dependem do valor
total sobre o qual são aplicadas. A redução de 28% na emissão de gases
seria calculada com base no volume de gases emitidos pelos dois países e
não sobre o total das emissões planetárias.