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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA

CÁLCULO DE BENFEITORIAS - PLANTA GENÉRICA DE VALORES

Conforme Liporini (2014 e 2019), o valor das benfeitorias deve ser determinado
mediante critérios técnicos estabelecidos pelas normas vigentes associadas à pesquisa de
edificações existentes no município, podendo ser obtido por meio do método comparativo de
dados de mercado ou por meio de orçamento qualitativos ou quantitativos da benfeitoria
avalianda, podendo ainda, em nível de rigor inferior, serem usados custos, tabelas, registros e
índices de entidades e publicações técnicas especializadas.
Para o caso de Planta de Valores de Benfeitorias, utiliza-se o método comparativo,
fazendo-se uma pesquisa de mercado no município, avaliando e determinando o valor unitário
para as classificações das benfeitorias utilizadas no cadastro imobiliário.
O estabelecimento de padrões construtivos numa avaliação em massa deve além de
atender as normas ABNT e do IBAPE, constituir-se também de uma pesquisa de mercado
realizada para fundamentar e analisar estatisticamente os padrões, materiais e tecnologias
aplicadas na construção das edificações, realizando-se estudos para identificação do real valor
de mercado da construção.
O valor de cada edificação, correspondente ao valor predial de cada imóvel, é definido
pelo produto entre o valor unitário genérico para a tipologia e padrão construtivo observado,
multiplicada pela área dos imóveis e sua respectiva depreciação.

Valor edificação = valor unitário genérico X área X depreciação

A - VALOR UNITÁRIO GENÉRICO

Com base na metodologia de classificação das benfeitorias por tipologias adotada por
Möller (1995) e também adotada para valores de edificações de imóveis urbanos em unidades
isoladas e padronizadas para São Paulo (IBAPE-SP, 2019), a classificação das edificações
estabelecida na NBR 12721 e usada para definição dos valores do CUB pelo Sinduscon-RS, foi
feito um estudo para o caso específico de Santa Maria.
Para definição do valor unitário, as benfeitorias de Santa Maria foram analisadas e
classificadas conforme enquadramento por tipo e padrão construtivo, sendo descrito a seguir
e resumido no Quadro 1.

Quadro 1: Classificação das tipologias de Santa Maria x padrão construtivo


Padrão Popular Baixo Normal Alto
Classe Tipo
Residencial Casa R1-R RP1Q R1-B R1-N R1-A
Prédio - projeto de interesse social PIS
Prédio popular - até 4 pavimentos tipo PP-B PP-N
Prédio - 8 pavimentos tipo R 8-B R 8-N R 8-A
Prédio - 16 pavimentos tipo R 16-N R 16-A
Comercial, Salas e lojas - até 8 pavimentos tipo CSL 8-N CSL 8-A
serviço e Salas e lojas - até 16 pavimentos CSL 16-N CSL 16-A
industrial Andares livres - até 8 pavimentos CAL 8-B CAL 8-N CAL 8-N
Galpão/Pavilhão GP-B GP-N GP-A
Especial Telheiro/Cobertura TC-B TC-N TC-A
Estacionamento/Box EB-D EB-B EB-N EB-A
Para enquadramento das benfeitorias nos padrões propostos para Santa Maria,
devem-se observar as características arquitetônicas, a qualidade dos materiais e dos
acabamentos. Havendo, no mesmo imóvel, edificações com padrões diferentes, cada uma
deve ser avaliada pelo padrão respectivo.

1. Casa
1.1. Rústico (R1-R):
Construídas sem preocupação com o projeto, aparentemente sem uso de mão de obra
e acompanhamento especializado. Associadas à autoconstrução, com pé-direto aquém dos
usuais, com deficiências construtivas. Áreas externas com pisos em terra batida ou
cimentado rústico. Uso apenas de materiais edificantes, de instalações e de acabamentos
indispensáveis. Paredes sem revestimentos internos ou externos e pintura a cal.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir
da aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será
necessário um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu
respectivo padrão.
1.2 Popular (RP1Q)
Construídas com materiais básicos, acabamentos de qualidade inferior, satisfazendo
distribuição interna básica, podendo ser geminadas.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usada uma
residência de um pavimento, com dois dormitórios, sala, banheiro e cozinha.

1.3 Baixo (R1-B)


Edificações térreas ou assobradadas, construídas com materiais e acabamentos
simples, projeto arquitetônico simples, esquadrias de padrão popular em ferro, madeira
ou alumínio.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usada uma
residência de um pavimento, com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para
tanque.
1.4 Normal (R1-N)
Edificações térreas ou assobradadas, apresentando preocupação com o projeto
arquitetônico. Áreas externas com pisos cimentados ou revestidos com cerâmica comum,
podendo apresentar jardins. Portas lisas de madeira, caixilhos de ferro, madeira ou alumínio e
janelas com venezianas de madeira ou de alumínio de padrão comercial.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usada uma
residência de um pavimento, com três dormitórios, sendo uma suíte com banheiro, banheiro
social, sala, circulação, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda (abrigo para
automóvel).
1.5 Alto (R1-A)
Edificações em geral isoladas, térreas ou com mais pavimentos, apresentando projeto
arquitetônico peculiar. Áreas externas ajardinadas e pavimentadas com pedras ou cerâmicas
especiais. Geralmente dotada de lareira, churrasqueira e piscina. Esquadrias de madeira ou
alumínio com detalhes de projeto específico.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usada uma
residência de um pavimento, com quatro dormitórios, sendo uma suíte com banheiro e closet,
outro banheiro privativo, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação,
cozinha, área de serviço completa e varanda (abrigo para automóvel).
2. Prédio - projeto de interesse social (PIS)
Edificações com dois a cinco pavimentos, sem elevador, executadas obedecendo à
estrutura convencional, acabamentos simples. Fachadas sem tratamentos especiais.
Esquadrias em ferro, venezianas em PVC ou de alumínio do tipo econômico.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício com pavimento térreo e quatro pavimentos tipo. O pavimento térreo tem hall, escada
e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de
serviço. Na área externa estão localizados o cômodo da guarita com banheiro e central de
medição. O pavimento tipo tem hall, escada e quatro apartamentos por andar com dois
dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço.
3. Prédio popular - até quatro pavimentos
3.1. Baixo (PP-B)
Edificações sem elevador, construídas com estrutura convencional, satisfazendo a projeto
arquitetônico simples. Hall de entrada e corredores com dimensão reduzidas e acabamentos
simples, geralmente sem portaria, fachadas sem tratamentos especiais, materiais e
acabamentos simples, esquadrias de padrão popular em ferro, madeira ou alumínio.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado edifício
com pavimento térreo e três pavimentos tipo. No pavimento térreo tem hall de entrada,
escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área
de serviço. Na área externa estão localizados o cômodo de lixo, guarita, central de gás,
depósito com banheiro e dezesseis vagas descobertas. O pavimento tipo tem hall de
circulação, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro,
cozinha e área de serviço.
3.2. Normal (PP-N)
Edificações sem elevador, construídas com estrutura convencional, construídas conforme
projeto arquitetônico. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado edifício
com garagem, pilotis e quatro pavimentos tipo. No pavimento da garagem há escada,
elevadores, trinta e duas vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação
sanitária. No pavimento dos pilotis há escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas,
copa, dois banheiros, central de gás e guarita. No pavimento tipo há hall de circulação, escada,
elevadores e quatro apartamentos por andar com três dormitórios, sendo um suíte, sala
estar/jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço com banheiro e varanda.
4. Prédio até oito pavimentos
4.1. Baixo (R8-B)
Edificações com até oito pavimentos, construídas com estrutura convencional e sem
preocupação com projeto arquitetônico. Hall de entrada e corredores com dimensão
reduzida, fachadas sem tratamentos especiais, materiais e acabamentos simples,
esquadrias de padrão popular em ferro, madeira ou alumínio.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado
edifício com pavimento térreo e sete pavimentos tipo. No pavimento térreo há hall de
entrada, elevador, escada e quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala,
banheiro, cozinha e área para tanque. Na área externa estão localizados o cômodo de lixo
e trinta e duas vagas descobertas. No pavimento tipo há hall de circulação, escada e
quatro apartamentos por andar com dois dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para
tanque.

4.2. Normal (R8-N)


Edificações com até oito pavimentos, estruturas mais elaboradas, construídas conforme
projeto arquitetônico. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado edifício
com garagem, pilotis e oito pavimentos tipo. No pavimento da garagem há escada, elevadores,
sessenta e quatro vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo depósito e instalação sanitária.
No pavimento dos pilotis há escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, dois
banheiros, central de gás e guarita. No pavimento tipo há hall de circulação, escada,
elevadores e quatro apartamentos por andar com três dormitórios, sendo um suíte, sala estar
/ jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço com banheiro e varanda.
4.3. Alto (R8-A)
Edificações com até oito pavimentos, estruturas mais elaboradas ou especiais, atendendo
a projeto arquitetônico diferenciado. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos
personalizados e de boa qualidade.
Edificação com garagem, pilotis e oito pavimentos tipo. No pavimento da garagem tem
escada, elevadores, quarenta e oito vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e
instalação sanitária. No pavimento dos pilotis há escada, elevadores, hall de entrada, salão de
festas, salão de jogos, copa, dois banheiros, central de gás e guarita. No pavimento tipo há
halls de circulação, escada, elevadores e dois apartamentos por andar quatro dormitórios,
sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social, sala de estar,
sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha , área de serviço completa e varanda.
5. Prédio com mais de oito pavimentos
5.1. Normal (R 16-N)
Edificações com nove ou mais pavimentos, estruturas mais elaboradas e especiais,
construídas conforme projeto arquitetônico. Fachadas com materiais construtivos e
acabamentos de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado
prédio com garagem, pilotis e dezesseis pavimentos tipo. No pavimento da garagem há
escada, elevadores, cento e vinte e oito vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo
depósito e instalação sanitária. No pavimento dos pilotis há escada, elevadores, hall de
entrada, salão de festas, copa, dois banheiros, central de gás e guarita. No pavimento tipo
há hall de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar com três
dormitórios, sendo um suíte, sala estar/jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço
com banheiro e varanda.
5.2. Alto (R 16-A)
Edificações com nove ou mais pavimentos, estruturas mais elaboradas e especiais,
atendendo a projeto arquitetônico diferenciado. Fachadas com materiais construtivos e
acabamentos personalizados e de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usada uma
edificação com garagem, pilotis e dezesseis pavimentos tipo. No pavimento da garagem há
escada, elevadores, noventa e seis vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e
instalação sanitária. No pavimento dos pilotis há escada, elevadores, hall de entrada, salão
de festas, salão de jogos, copa, dois banheiros, central de gás e guarita.
No pavimento tipo há halls de circulação, escada, elevadores e dois apartamentos por
andar quatro dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro,
banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha , área de
serviço completa e varanda.
6. Edifício comercial, com lojas e salas – até oito pavimentos
6.1. Normal (CSL 8-N)
Edificações com até oito pavimentos, estruturas mais elaboradas, construídas conforme
projeto arquitetônico. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício com garagem, pavimento térreo e oito pavimentos tipo. No pavimento da garagem há
escada, elevadores, sessenta e quatro vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária. No pavimento térreo há escada, elevadores, hall de entrada e lojas. No
pavimento tipo há halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo
por andar.
6.2. Alto (CSL 8-A)
Edificações com até oito pavimentos, estruturas mais elaboradas, atendendo a projeto
arquitetônico diferenciado. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos
personalizados e de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício com garagem, pavimento térreo e oito pavimentos tipo. No pavimento da garagem há
escada, elevadores, sessenta e quatro vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária. No pavimento térreo há escada, elevadores, hall de entrada e lojas. No
pavimento tipo há halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo
por andar.
7. Edifício comercial, com lojas e salas – de oito até dezesseis pavimentos
7.1. Médio (CSL 16-N)
Edificações com mais de oito pavimentos tipo, estruturas mais elaboradas e especiais,
construídas conforme projeto arquitetônico. Fachadas com materiais construtivos e
acabamentos de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício com garagem, pavimento térreo e 16 pavimentos-tipo. No pavimento da garagem há
escada, elevadores, 128 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação
sanitária. No pavimento térreo há escada, elevadores, hall de entrada e lojas. No pavimento-
tipo há halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo por andar.
7.2. Alto (CSL 16-A)
Edificações com mais de oito pavimentos tipo, estruturas mais elaboradas e especiais,
atendendo a projeto arquitetônico diferenciado. Fachadas com materiais construtivos e
acabamentos personalizados e de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício com garagem, pavimento térreo e 16 pavimentos-tipo. No pavimento da garagem há
escada, elevadores, 128 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação
sanitária. No pavimento térreo há escada, elevadores, hall de entrada e lojas. No pavimento-
tipo há halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo por andar.
8. Edifício comercial, andares livres – até oito pavimentos
8.1. Baixo (CAL 8-B)
Edificações com até oito pavimentos, construídas com estrutura convencional ou sem
preocupação com projeto arquitetônico. Fachadas sem tratamentos especiais, materiais e
acabamentos simples, de qualidade inferior.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.
8.2. Normal (CAL 8-N)
Edificações com até oito pavimentos, construídas conforme projeto arquitetônico.
Fachadas com materiais construtivos e acabamentos de boa qualidade.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício garagem, pavimento térreo e oito pavimentos-tipo. No pavimento da garagem escada,
elevadores, 64 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. No
pavimento térreo há escada, elevadores, hall de entrada e lojas. No pavimento-tipo há halls de
circulação, escada, elevadores e oito andares corridos com sanitário privativo por andar.
8.3. Alto (CAL 8-A)
Edificações com até oito pavimentos, estruturas mais elaboradas, atendendo a projeto
arquitetônico diferenciado. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos
personalizados de boa qualidade. Áreas externas com tratamento paisagístico.
Conforme NBR 12721, para representar esta tipologia no cálculo do CUB foi usado um
edifício garagem, pavimento térreo e oito pavimentos-tipo. No pavimento da garagem escada,
elevadores, 64 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. No
pavimento térreo há escada, elevadores, hall de entrada e lojas. No pavimento-tipo há halls de
circulação, escada, elevadores e oito andares corridos com sanitário privativo por andar.

9. Galpão/Pavilhão
9.1. Baixo (GP-B)
Com um pavimento ou mais, normalmente com vãos de até 10 metros e pé-direito de até
6 metros. Uso de acabamentos essenciais, de baixa qualidade.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.
9.2. Normal (GP-N)
Com um pavimento ou mais, com área administrativa e, em geral, com vão superior a dez
metros e pé-direito de seis a oito metros. Fachadas com materiais construtivos e acabamentos
de boa qualidade.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

9.3. Alto (GP-A)


Com um pavimento ou mais, com área administrativa e, em geral, com grandes vãos e pé-
direito superior a oito metros. Uso de acabamentos especiais.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

10. Telheiro/Cobertura
10.1. Baixo (TC-B)
Coberturas precárias de telha de barro, metálicas ou fibrocimento, apoiadas em pilares
metálicos, madeira ou concreto, em pequenos vãos, sem forro.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

10.2. Médio (TC-M)


Coberturas de laje, telha de barro, metálicas ou fibrocimento, apoiadas em pilares
metálicos, madeira ou concreto, em vãos médios, com ou sem forro.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.
10.3 Alto (TC-A)
Cobertura metálica, de fibrocimento ou material equivalente de grandes vãos, apoiada
sobre estrutura metálica ou de concreto pré-moldado, com ou sem forro, podendo ter
revestimentos diversos.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

11. Estacionamento/ Box


11.1. Descoberto (EB-D)
Estacionamento ou box sem cobertura.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

11.2. Baixo (EB-B)


Estacionamento ou box com cobertura em edificação de padrão baixo.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

11.3. Normal (EB-N)


Estacionamento ou box com cobertura em edificação de padrão normal. Não há definição
deste padrão na NBR 12721.

11.4. Normal (EB-A)


Estacionamento ou box com cobertura em edificação de padrão alto.
Não há definição deste padrão na NBR 12721, não sendo possível o seu cálculo a partir da
aplicação direta do valor da tabela publicada pelo Sinduscon-RS. Neste caso, será necessário
um orçamento genérico para o CUB que represente esta tipologia e seu respectivo padrão.

B – ÁREA
Conforme Liporini (2014), a área edificada do imóvel avaliando deve ser obtida por
meio do banco de dados do cadastro técnico municipal.

C – DEPRECIAÇÃO
Conforme cartilhas do IBAPE-SP (2019), a depreciação das edificações pode ser
calculada pelo critério de Ross-Heidecke, que leva em conta o obsoletismo, o tipo de
construção e respectivos padrões de acabamento, bem como o estado de conservação. O
Fator de Adequação ao Obsoletismo e ao Estado de Conservação é determinado pela
expressão:

Foc = R + K x (1 – R)

Onde:
Foc – Fator de Adequação ao Obsoletismo e ao Estado de Conservação.
R – Valor residual corresponde ao padrão da edificação, expresso em percentagem do
valor de reprodução, conforme Tabela 1.
K – coeficiente de Ross-Heidecke.

O coeficiente de Ross-Heidecke é dado pela expressão:

K = ( 1 – Ec ) x { 1 – [ Ie / Ir + ( Ie / Ir ) ² ] / 2 }

Onde:
K – coeficiente de Ross-Heideck.
Ec – Depreciação decorrente do estado de conservação, expresso em percentagem,
conforme Tabela 2.
Ie – Idade da edificação na época de sua avaliação, definida em anos.
Ir – Vida referencial da edificação, definida em anos e que depende de sua tipologia,
conforme Tabela 1 seguinte.
O valor da benfeitoria é dado pela expressão:

Vb = CUB-RS x Ac x Foc

Onde:
Vb – Valor da benfeitoria
CUB-RS – Custo Unitário Básico da Construção Civil no estado do Rio Grande do Sul,
calculado e divulgado mensalmente pelo SINDISCON-RS.
Ac – Área construída da benfeitoria
Foc – Fator de Adequação ao Obsoletismo e ao Estado de Conservação.

A vida referencial (Ir) e o valor residual (R) estimados para os padrões especificados neste
estudo são definidos na Tabela 1.

Tabela 1: Idade referencial e valor residual adaptado para Santa Maria


Padrão Padrão Idade Valor
Classe Tipo referencial residual
- Ir (anos) - R (%)
Residencial Casa Rústico 60 20
Baixo 70 20
Normal 70 20
Alto 70 20
Apartamentos Baixo 60 20
Normal 60 20
Alto 60 20
Comercial, Edifício comercial com lojas e salas – até 8 Normal 60 20
serviço e pavimentos Alto 60 20
industrial Edifício comercial com lojas e salas – até 16 Normal 60 20
pavimentos Alto 60 20
Edifício comercial andares livres – até 8 Normal 60 20
pavimentos Alto 60 20
Galpão/Pavilhão Baixo 60 20
Normal 80 20
Alto 80 20
Especial Telheiro/Cobertura Baixo 20 10
Normal 20 10
Alto 30 10

A idade da edificação na época de sua avaliação (Ie) é aquela estimada em razão do


obsoletismo da construção avalianda, quando deverá ser ponderada: a arquitetura, a
funcionalidade e as características dos materiais empregados nos revestimentos.
A idade da edificação na época de sua avaliação (Ie) não pode ser superior à sua idade
real. O estado de conservação não deve ser levado em conta em sua fixação.
O estado de conservação deve ser fixado em razão das constatações da vistoria, que
deverá atentar para as condições aparentes de: sistema estrutural, de cobertura, hidráulico e
elétrico; paredes, pisos e forros, inclusive seus revestimentos. Deve sopesar os custos para
recuperação total da edificação.
O estado de conservação da edificação deve ser classificado segundo a graduação
referencial que consta da Tabela 2.

Tabela 2: Estado de conservação - Ec

A Tabela 3 apresentada na sequência apresenta o coeficiente de Ross-Heidecke. Para consultá-


la:
 Na linha, entra-se com o número da relação percentual entre a idade da edificação na
época de sua avaliação Ie – e a vida referencial Ir – relativa ao padrão dessa
construção, conforme Tabela 1.
 Na coluna, utiliza-se a letra correspondente ao estado de conservação da edificação,
fixando segundo as faixas especificas na Tabela 2.
Tabela 3: coeficiente de Ross-Heidecke
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS:

Índice – Unidades padronizadas, Cartilha. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de


Engenharia de São Paulo. IBAPE-SP, 2019.

Liporoni, A. S. – Engenharia de Avaliações: Avaliações em Massa com Ênfase em Planta de


Valores. IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
2.ed. São Paulo: Liv. E Ed. Universitária de Direito, 2014.

Möller, L. F. C – Planta de Valores Genéricos: Avaliação coletiva de imóveis para fins


tributários. Porto Alegre. Sagra - D.C. Luzzatto, 1995.

NBR 12721 – Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras


disposições para condomínios edilícios– Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

NBR 14653-1 – Avaliação de Bens – Parte 1: Procedimentos Gerais da ABNT – Associação


Brasileira de Normas Técnicas.

NBR 14653-2 – Avaliação de Bens – Parte 2: Imóveis Urbanos da ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas.

Norma para Avaliação de Imóveis Urbanos – Ibape/SP. Instituto Brasileiro de Avaliações e


Perícias de Engenharia de São Paulo, 2011.

Liporoni, A. S. – Workshop: avaliação em massa com ênfase em planta de valores. XX


Congresso Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (COBREAP), 2019.

Valores de Edificações de Imóveis Urbanos – Unidades Isoladas, Cartilha. Instituto Brasileiro de


Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo. IBAPE-SP, 2019.

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