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NATAL/RN
2016
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
PLANO ESTADUAL DO LIVRO E LEITURA – PELL/RN
PROGRAMAS DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECA
Marino Azevedo
Subsecretário de Estado da Educação e da Cultura
Antônio soares
Délia Maria Barbosa Bezerra
Erileide Maria Oliveira Rocha
Rokatia Kleania Lopes Marinho Pinto
Salizete Freire Soares
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
4. METODOLOGIA
5. AÇÕES PREVISTAS
5.1 2016
5.2 2017
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO
Com o desafio de mudar a realidade educacional do Rio Grande do Norte, alinhada nesse
momento de implementação da Lei nº 12.244 de 24/05/2010, que estabelece a criação de bibliotecas
em todos os estabelecimentos de ensino e a Lei 9.169 de 15/01/2009, que dispõe sobre a Criação da
Política Estadual de Promoção da Leitura Literária nas Escolas Públicas do Estado do RN,
apresentamos o Projeto RN MAIS LEITOR, com o objetivo de contribuir para a superação das
dificuldades e, consequentemente, melhorar os índices de leitura da educação.
O projeto RN MAIS LEITOR, envolve um conjunto de atividades com vistas à
maximização do uso da biblioteca, do gerenciamento do programa do livro didático e da formação
de mediadores de leitura, possibilitando aos estudantes e à comunidade educacional uma relação
mais livre e pessoal com as diversas modalidades textuais que circulam na sociedade, o que
oportuniza aos envolvidos se fazerem leitores, escritores e autônomos no exercício de sua
cidadania.
É sabido que grande número de bibliotecas do nosso país não tem cumprido o papel a que
se destinam. No nosso estado não é diferente. Tristes e esquecidas, as bibliotecas escolares ainda
não funcionam como espaços de estímulo à leitura, não contribuindo, assim, de forma real, para a
formação de uma sociedade leitora, condição essencial e decisiva para garantir uma vida digna,
através da inclusão das crianças, jovens e adultos nas sociedades dos saberes.
Entendemos que esse compromisso deve fazer parte dos interesses de toda comunidade, pois
uma sociedade não letrada ou mesmo formada por leitores funcionais está fadada à condição de
miséria e indignidade. Nunca a questão da formação de leitores foi tão discutida como nos dias
atuais, até porque se entende que o desenvolvimento de uma nação depende do nível de letramento
de seus habitantes.
A sociedade contemporânea passa por um processo de virtualização relacionada ao mundo
digital, com especial ênfase à internet, fenômeno que vem reconfigurando os espaços físicos e
alterando os modos de vida dos sujeitos. Tal realidade produz novas sociabilidades que privilegiam
aspectos de inclusão e formação social, cuja característica principal é a independência em relação às
distâncias geográficas, culturais e linguísticas.
A proximidade relativa proporcionada pelas novas mídias contribui para moldar a
realidade social no campo virtual com marcas peculiares e, provavelmente, inéditas. Entendemos,
assim, que a sociedade e a cultura sofrerão, em maior ou menor escala, a influência da mídia digital
nas instituições, nos processos educacionais, nas práticas sociais e nos mecanismos de
intersubjetividade.
Por tal motivo, as questões de leitura deixam de ser problematizadas apenas em torno das
concepções tradicionais do código escrito, mas alcança hoje as modernas formas de entender essa
sociedade em rede por meio de diversas ferramentas que circundam o cotidiano dos atores sociais.
Ler, portanto, reúne novas produções de sentido com os hodiernos aparatos midiáticos.
A mídia está longe de ser apenas esta ou simplesmente aquela estrutura monolítica,
esgotável em definições superficiais que ignoram o jogo ideológico e a capilaridade das relações de
poder no percurso entre os acontecimentos, a construção das informações cotidianas, a divulgação e
seu impacto.
Sendo assim, a presente proposta recai no campo interdisciplinar onde se encontram os
componentes curriculares várias disciplinas acadêmicas. Apresenta-se com um enfoque mais social,
quando observa o papel da mídia na formação de crenças e identidades e também se ancora na
abordagem dos componentes curriculares da área de humanas, quando pensa o papel da leitura da
mídia nos sistemas culturais da vida cotidiana. Ainda tangencia pelas Ciências da Educação, quando
se observa a formação dos novos atores sociais a partir dos mecanismos de “leiturização”
(FOUCAMBERT, 1999) nos suportes da mídia digital. Tal fertilização cruzada, provocada nestes
encontros intelectuais, é uma fonte essencial de dinamismo e de renovação, e previne o estudo
proposto de ficar aprisionado a questão da leitura apenas do suporte escrito tradicional, mas reúne
particularidades que apontam para as novas tecnologias, das quais os professores e aprendizes não
podem ignorar. Portanto, esta proposta indica com mais precisão os argumentos que percorrem as
interações midiatizadas, a partir de novos dispositivos midiáticos que permitem a formação integral
do leitor preocupado com a sociedade da informação e do conhecimento em que vive.
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Consolidar uma política de leitura para tornar o estado do Rio Grande do Norte em “estado
leitor”, assegurando a democratização do acesso à cultura escrita e a prática social da leitura, em
regime de colaboração com os municípios.
3.2 ESPECÍFICOS
Promover a formação continuada dos professores, mediadores de leitura
Ampliar o repertório das mais diversas práticas leitoras.
Criar e ambientar bibliotecas ou cantos de leitura, atingindo 100% das escolas estaduais do
RN.
Criar o sistema de biblioteca escolares.
Democratizar o acesso ao livro.
Garantir a todos os estudantes, o acesso aos livros didáticos aprovados e escolhidos no âmbito
do PNLD.
Oportunizar a difusão e produção da leitura da arte nas escolas da rede estadual de ensino, em
regime de colaboração com os municípios.
4. METODOLOGIA
Percebendo a necessidade de fazer acontecer uma educação voltada para autonomia, para a
ética, para a valorização da diversidade cultural e para busca de identidade, a CODESE concebe
este projeto com o objetivo de delinear atividades voltadas para o uso da biblioteca escolar,
formação de mediadores de leitura, publicidade da leitura literária nas escolas, fomento à promoção
de práticas de leitura, a partir de uma concepção humanística, visando contribuir para a formação
de pessoas criativas e inventivas, capazes de refletir, de descobrir, de ouvir o outro, de respeitar o
diferente, de analisar situações e buscar soluções. Nesse processo, a leitura constitui um dos
instrumentos de extrema importância e necessidade para o indivíduo compreender o mundo,
compartilhar as experiências diversas e reelaborar suas próprias experiências.
Para o cumprimento dos objetivos propostos, o Projeto RN MAIS LEITOR fará uso de
recursos metodológicos, como: oficinas, palestras, encontros presenciais, compartilhamento de
experiências exitosas, debates, cursos, fóruns, seminários, de modo que a leitura seja colocada como
instrumento de participação, mudança e renovação sócio-cultural.
5. AÇÕES PREVISTAS
Promover a formação continuada dos professores que Curso de Formação Continuada para professores Agosto a novembro
mediam a leitura que atuam na biblioteca escolar, viabilizando uma
01 reflexão sobre as práticas pedagógicas de fomento à
leitura.
PROLER Ampliar o repertório das mais diversas práticas leitoras Seminário em comemoração ao Dia Estadual do Setembro
Livro Infantil e Juvenil;
02
Realização do XX Encontro Estadual do PROLER Setembro
Criar e ambientar bibliotecas ou cantos de leitura, Implantação e organização do acervo da bibliotecas Agosto a dezembro Auxiliares de Biblioteca
atingindo 100% das escolas estaduais do RN em todas as escolas da rede pública estadual de e/ou Sala de Leitura,
03 ensino
Articuladores
BIBLIOTECA PARA
TODOS Criar o sistema de biblioteca escolar Contratação de 31 bibliotecários para gerenciar, Setembro a dezembro Pedagógicos, Gestores
através de software, o acervo das bibliotecas Escolares, Rep.
04 escolares
Secretarias municipais
Democratizar o acesso ao livro Participação das escolas da rede pública estadual Agosto e novembro de educação
nas Feiras de Livros de Mossoró e Natal
05 VALE LIVRO
Garantir a todos os estudantes, o acesso aos livros Monitoramento da distribuição, remanejamento e Setembro e outubro
didáticos aprovados e escolhidos no âmbito do PNLD devolução do livro didático;
06 PNLD
ARTE E CULTURA Oportunizar a difusão e produção da leitura da arte nas Seminário de Arte e Cultura para professores arte
escolas da rede estadual de ensino educadores
07 Setembro
5.2 – AÇÕES PREVISTAS PARA 2017
PROLER Ampliar o repertório das mais diversas Seminário em comemoração ao Dia Estadual do Setembro 200 8.400,00
práticas leitoras Livro Infantil e Juvenil;
02
Realização do XX Encontro Estadual do Setembro 180 8.100,00
PROLER Auxiliares de
Biblioteca e/ou
Criar e ambientar bibliotecas ou cantos de Implantação e organização do acervo da Agosto a Sala de Leitura,
leitura, atingindo 100% das escolas bibliotecas em todas as escolas da rede pública dezembro Articuladores
03 estaduais do RN estadual de ensino 624 escolas Pedagógicos, 14.100,00
Gestores
BIBLIOTECA Escolares, Rep.
PARA TODOS Secretarias
Criar o sistema de biblioteca escolar Contratação de 31 bibliotecários para gerenciar, Setembro a municipais de
através de software, o acervo das bibliotecas dezembro educação
04 escolares 624 escolas 306.280,00
ARTE E Oportunizar a difusão e produção da leitura Seminário de Arte e Cultura para professores
CULTURA da arte nas escolas da rede estadual de arte educadores
07 ensino Setembro 200 8.400,00
TOTAL 1.371.080,00
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA – RN MAIS LEITOR – 2017
TOTAL 2.134.280,00
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FORMAÇÃO PELA ESCOLA. Curso: PLI – Programa do Livro FNDE: Ações que
Contribuem para uma Educação de Qualidade para Todos. São Paulo: Formação Pela Escola
– FNDE. 2013.
LEAHY, Cyana. A leitura e o leitor integral: lendo na biblioteca da escola. Belo Horizonte:
Autêntica. 2006.
MARTINEZ, Lucila, CALVI; Gian. Escola, Sala de Leitura e Biblioteca Criativas - O Espaço
da Comunidade. 4. ed. São Paulo: Global, 2004.
PIETRI, Émerson de. Práticas de leitura e elementos para a atuação docente. 2 ed. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2009.
ANEXOS
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 1o As instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com
bibliotecas, nos termos desta Lei.
Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e
documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.
Parágrafo único. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada
aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua
realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas
escolares.
Art. 3o Os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços progressivos para que a
universalização das bibliotecas escolares, nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo máximo de
dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário, disciplinada pelas Leis nos 4.084, de 30 de junho de 1962,
e 9.674, de 25 de junho de 1998.
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA LEITURA LITERÁRIA NAS ESCOLAS
PÚBLICAS
Art. 1º. Fica criada a Política Estadual de Promoção da Leitura Literária nas Escolas Públicas do
Estado do Rio Grande do Norte, que obedecerá ao disposto nesta Lei.
Parágrafo único. A Política a que se refere este artigo tem por objetivo fazer com que o Poder
Público assegure a formação do leitor em todas as escolas de educação básica, de modo que as crianças,
os adolescentes, jovens e adultos desenvolvam o prazer em ler textos literários, favorecendo o acesso ao c
onhecimento e aos bens culturais da humanidade, conforme diretrizes a serem observadas:
I - Garantir que todas as escolas públicas tenham o seu espaço de leitura bem estruturado, seja
biblioteca e/ou sala de leitura, ainda que optem por manter um canto de leitura em cada sala de aula ou se
utilize m de instrumento móvel para a disponibilização de acervo;
III - Realizar um plano de formação inicial e continuada de educadores para mediarem a leitura
literária junto ao público dos espaços de leitura;
Art. 2º. A partir da aprovação desta Lei, cabe a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, em
parceria com as escolas e a sociedade civil organizada, elaborar o Plano Estadual de Leitura Literária nas
Escolas (PELLE), a ser revisado sempre no mês de setembro de cada ano, tendo em vista nortear a
definição das verbas orçamentárias para a sua execução.
§ 1º. A concepção e a gestão do Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas (PELLE) serão
realizadas, de forma compartilhada, através de um Comitê Gestor formado por representantes do poder
executivo, das escolas, da Biblioteca Pública Estadual e de organizações da sociedade civil.
§ 2º. O Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas (PELLE) deverá considerar e incorporar as
iniciativas das escolas, da sociedade civil organizada e aquelas realizadas em parceria com empresas e
com o próprio poder executivo.
Art. 3º. Até seis meses da regulamentação e publicação desta Lei, o Poder Executivo, em parceria
com a sociedade civil organizada que atua na promoção da leitura literária e empresas privadas deve criar
o Fundo Pró-Leitura Literária nas Escolas, voltado, exclusivamente, para garantir a implementação do
Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas (PELLE), à luz da presente Lei.
§ 1º. O Fundo Pró-Leitura Literária nas Escolas será composto por doações, verbas
governamentais e arrecadação da alíquota de 1% do faturamento dos setores livreiro, editorial e de
papelaria em contrapartida à desoneração de PIS e Cofins sobre tais produtos.
§ 2º. O Fundo Pró-Leitura Literária nas Escolas deverá ter personalidade jurídica que permita ser
administrado diretamente pelo Comitê Gestor do Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas
(PELLE).
CAPÍTULO II
DOS ESPAÇOS DE LEITURA
Art. 4º. Para efeitos desta Lei, são considerados espaços de leitura:
Art. 5º. Para cumprir o papel de formar leitores, os espaços de leitura devem ser equipamentos que
apresentem as seguintes características:
I - Espaço físico acolhedor, amplo, cuidado e bem arejado, organizado com mobiliário apropriado
para a exposição do acervo, para a leitura e para as atividades de mediação de leitura e/ou pesquisa;
II - Acervo disposto de maneira atrativa e que facilite o manuseio, com autonomia, por parte dos
leitores;
III - Ambiente composto por diversos suportes midiáticos que favoreçam a interlocução com os
portadores de textos e estimulem à leitura e a pesquisa: obras literárias, obras de referência, TV e DVD,
aparelhos de som, computador com internet, entre outros;
CAPÍTULO III
DO ACERVO
Art. 6º. O acervo da biblioteca ou da sala de leitura deve ser diversificado e de qualidade e, sempre
que possível, respeitando uma média de 10 (dez) exemplares, por título, para cada leitor que utiliza os
serviços do espaço.
§ 1º. Para efeitos da promoção da leitura literária, objeto desta Lei, as aquisições para os acervos
das escolas devem priorizar as obras literárias validadas pelo Comitê de Gestão do Plano Estadual de
Leitura Literária nas Escolas (PELLE) à luz das demandas elencadas pelas unidades escolares.
§ 2º. A aplicação de percentuais de recursos em obras literárias nunca deve ser inferior a 50% do
orçamento disponível para formação e ampliação dos acervos das escolas.
§ 3º. No momento de aquisição de obras literárias, o Poder Executivo e as escolas devem levar em
consideração os seguintes critérios:
III - qualidade visual: deve ser observada a qualidade gráfica e visual, principalmente nos livros
destinados aos leitores iniciantes, pois as ilustrações desempenham um papel fundamental;
IV - qualidade de textos: identificar textos bem escritos, que respeitam a língua e criam imagens
literárias estéticas, fugindo do compromisso de passar lições ou trabalhar conteúdos acadêmicos já
priorizados em outros tipos de textos.
§ 4º. Ao elencarem títulos a serem adquiridos, as escolas devem fazê-lo depois de ouvir as
preferências e necessidades do seu público leitor.
Art. 7º. O acervo deve ser organizado no espaço de leitura a partir de critérios de classificação,
com sistema de catalogação e controle de empréstimos, num trabalho realizado diretamente pelo
bibliotecário ou por um profissional sob a sua orientação.
Art. 8º. Fica o Poder Executivo autorizado a criar o cargo de Bibliotecário no quadro geral de
servidores do Estado e realizar concurso para a contratação de um bibliotecário para as escolas com
acervos a partir de 4.000 livros e um bibliotecário para assessorar grupos de até 5 escolas que tenham
acervos inferiores a 4.000 livros.
Parágrafo único. Profissionais devem ser locados nos espaços de leitura das escolas com acervos
de mais de 1.000 livros para, contando com as orientações do bibliotecário, realizar o trabalho de
organização, classificação, tombamento, catalogação, controle e manutenção do acervo. Nas escolas com
menos de 1.000 livros esse trabalho deve ser realizado pelos próprios mediadores de leitura.
CAPÍTULO IV
DA MEDIAÇÃO DE LEITURA
Art. 9º. O planejamento e execução das atividades de mediação de leitura, realizadas na biblioteca
e/ou sala de leitura, devem ser conduzidas por profissional com formação pedagógica, detentor de cargo
público de Professor ou Especialista de Educação, profissional oriundo, preferencialmente,
de cursos de Pedagogia, Letras, Normal Superior e Artes.
§ 1º. Quando não houver prejuízo no atendimento às escolas quanto à organização de acervos, o
Bibliotecário também poderá realizar atividades de mediação de leitura.
§ 2º. Em todos os casos, para assumir e dar seqüência as atividades de mediação de leitura, o
profissional tem que se enquadrar no seguinte perfil:
I - Relate um histórico pessoal como leitor de textos literários e experiência contínua com a
literatura;
III - Organize o espaço de leitura, conheça o seu acervo em profundidade, planeje, realize e avalie
atividades de mediação de leitura para os diferentes públicos do espaço, a partir de uma programação
sistemática, à luz do plano de gestão do espaço de leitura da escola;
VII - Conduza o processo de seleção de acervo e elaboração de listas de títulos a serem adquiridos,
ajudando na aplicação de eventuais recursos financeiros transferidos para a escola, tendo em vista
materializarem a política de promoção da leitura literária.
CAPÍTULO V
DOS PROJETOS DE PROMOÇÃO DA LEITURA LITERÁRIA NAS ESCOLAS
Art. 10. Todas as escolas devem elaborar os seus projetos de promoção da leitura literária,
observando o disposto na presente Lei, apresentando-os à Secretaria de Estado da Educação e da Cultura
para que sejam contemplados no Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas (PELLE) e, por
conseguinte, no orçamento a ser disponibilizado para a sua efetivação.
§ 1º. As escolas que expressem dificuldades quanto aos conceitos e práticas relativas à promoção
da leitura literária, devem ter prioridade nos programas de formação, de modo que construam as
condições para elaborarem os seus projetos.
§ 2º. No que tange a total aplicação desta Lei, devem ser priorizadas as unidades escolares que
disponham dos seus projetos de promoção da leitura literária elaborados, de modo que se evite
desperdício de recursos.
CAPÍTULO VI
DA PUBLICIDADE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA LEITURA LITERÁRIA
Art. 11. O Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas (PELLE) deve estimular a criação da
Rede de Escolas Leitoras, comprometida com a realização de ações articuladas, tendo em vista a
discussão, criação e realização de atividades de formação de mediadores de leitura, campanhas
educativas, feiras, mostras, concursos e publicações de obras literárias oriundas de escolas da Rede, entre
outras atividades congêneres.
Parágrafo único. A Rede de Escolas Leitoras deve atuar em conjunto com o Comitê Gestor do
Plano Estadual de Leitura Literária nas Escolas (PELLE) e, sempre que possível, com organizações da
sociedade civil, empresas e outros agentes interessados em promoverem a leitura literária.