Sua carreira se confunde, até 1939, com a história da Albânia.
Ditador, restabeleceu a ordem, mas
governou apoiado na gendarmaria e nos latifundiários. A Itália, que investira grandes capitais no país, fundara e financiara o Banco da Albânia (1925); financiou também a ditadura com empréstimos sucessivos, por motivos políticos. Ao fim, Mussolini resolveu intervir. Depois de apresentar uma lista de exigências extremas, como a união aduaneira e o estacionamento de forças armadas, invadiu o país na sexta-feira da Paixão de 1939. Zog fugiu e uma assembleia fantoche deu a coroa da Albânia a Vítor Emanuel III.[30] A ocupação italiana durou de 1939 a 1944. O país, foi colonizado e adaptado ao modelo fascista. Em 1940, serviu de base à conquista italiana da Grécia. Em 1941, ao ataque alemão. Deu-se nesse ano o atentado de Vasil Laci contra o Vítor Emanuel III, em visita oficial.[30] É que a resistência não esmorecera, apenas se tinha recolhido à clandestinidade. Aí formou-se, em 1941, uma Frente Nacional Libertadora, sob chefia comunista (Enver Hoxha). Outro grupo, igualmente antifascista e antizoguista, mas não comunista, arregimentou-se sob a chefia de Midhat Frashcri (Frente Nacional). Em 1943, graças aos esforços aliados, os dois movimentos se uniram num Comitê de Salvação Pública (acordo de Mukaj), que Hoxha abandonou, mais tarde, por influência de Tito. Abas Kupi, até então aliado de Hoxha, separou-se dele e formou um terceiro grupo, antifascista mas zoguista: os legaliteti.[31] À rendição italiana (1943), seguiu-se a proclamação pela Alemanha da independência da Grande Albânia étnica e a luta pela hegemonia entre os diversos movimentos da resistência.[30] Hoxha venceu. Em 1944, era fundado um comitê antifascista da revolução nacional. Hoxha tornou-se comandante-chefe do exército clandestino de libertação nacional, que expulsou, 29 de Novembro, [32] os remanescentes alemães enquanto o comitê se transformava em governo provisório e obtinha reconhecimento internacional.[33] Em 1945, as eleições gerais para a assembleia constituinte deram maioria maciça a Hoxha, e o partido comunista assumiu o poder. A Albânia voltara às fronteiras de 1913.[34]