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As 56 contos e 4 romances de Conan Doyle são conhecidas como o "cânone" pelos fãs de Holmes.

Os primeiros estudiosos canônicos incluíam Ronald Knox na Inglaterra[42] e Christopher Morley


em New York.[43] Morley fundou a The Baker Street Irregulars—a primeira sociedade dedicada ao
cânone Holmes—em 1934.[44]
O Sherlockian game (também conhecido como Holmesian game, the Great Game, ou
simplesmente the Game) não é um jogo literal, mas o nome que se dá ao conceito de tentar resolver
anomalias e esclarecer detalhes sobre Holmes e Watson através do cânone. The Game, que trata
Holmes e Watson como se fossem pessoas reais (e Conan Doyle como um agente literário de
Watson), combina história com aspectos das histórias para construir biografias e outras análises
acadêmicas desses aspectos. Ronald Knox é creditado como sendo o inventor do jogo.[45]

Data de Nascimento
Um detalhe analisado no Jogo é a data de nascimento de Holmes. A cronologia das histórias é
notoriamente difícil, com muitas histórias sem datas e muitas outras contendo datas contraditórias.
Morley e William Baring-Gould (autor de Sherlock Holmes of Baker Street: A Life of the World's
First Consulting Detective) afirmam que o detetive nasceu em 6 de Janeiro de 1854, sendo o ano
derivado da declaração em "His Last Bow" de que ele tinha 60 anos em 1914, enquanto que o dia
preciso é derivado de uma especulação mais ampla e não-canônica.[46] Esta é a data em que os
Baker Street Irregulars trabalham, com seu jantar anual sendo realizado a cada mês de Janeiro.[47]
[48] Laurie R. King também especulou sobre a data de nascimento de Holmes. Ela argumenta que
os detalhes de "The Adventure of the Gloria Scott" (um conto sem data interna precisa) indicam que
Holmes terminou seu segundo (e último) ano na universidade em 1880 ou 1885. Se ele começou a
universidade aos 17 anos, seu ano de nascimento pode ser tão antigo quanto 1868.[49]

Saúde Mental
A saúde emocional e mental de Holmes também são analisadas no Jogo. No primeiro encontro dos
dois, em Um Estudo em Vermelho, Holmes informa a Watson que cai "no lixo às vezes" e aí não
abre sua "boca por dias a fio". Leslie S. Klinger sugere que Holmes exibe sinais de transtorno
bipolar, com intenso entusiasmo seguido de auto-absorção indolente. Outros leitores modernos
especularam que Holmes pode ter a síndrome de Asperger, com base em sua intensa atenção aos
detalhes, falta de interesse em relacionamentos interpessoais e tendência ao monólogo.[50] John
Radford (1999) especulou sobre a inteligência de Holmes.[51] Usando como base as histórias de
Conan Doyle, ele aplicou três métodos para estimar o quociente de inteligência do detetive e
concluiu que seu QI era de 190. Snyder (2004) examinou os métodos de Holmes no contexto da
criminologia de meados do século 19.[52]

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