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Invasões

Dos séculos III ao V, a região foi assolada por sucessivas invasões bárbaras, sobretudo de visigodos
e hunos. Nos séculos VI e VII chegaram os eslavos que, em cem anos, conseguiram transformar
completamente a etnia do país. As populações primitivas refugiaram-se nas montanhas mais
inacessíveis e os albaneses de hoje são descendentes diretos desses poucos remanescentes que
guardaram a pureza da língua ilíria de tronco indo-europeu.[19]
O país permaneceu, todavia, sob domínio bizantino até o século IX. Foi conquistado, então (c. 870),
pelos búlgaros. Em 1018, foi reconquistado pelos bizantinos (Basílio II Bulgaróctono). Nos séculos
XI e XII, amiudaram-se as invasões normandas, encabeçadas por Roberto Guiscardo e por seu filho
Boemundo. Roberto tomou Dirráquio em 1082, vencendo a resistência do imperador Aleixo I
Comneno. O nome Albânia reaparece então no relato que fez sua filha, Ana Comnena, sobre o
episódio.[19]

Despotado do Epiro
O cisma religioso do ano 1054 colocou certas áreas do norte sob a influência da Igreja romana. Os
senhores feudais da região ganharam, assim, mais um elemento de diversidade em que basear suas
reivindicações de autonomia. A queda de Constantinopla na IV cruzada e a desaparição dos
comnenos, cujo império foi tragado pelo latino do Oriente, levaram à criação na Albânia de
principados independentes.[19]
O mais importante foi o do Epiro, fundado (1204) por Miguel I Comneno Ducas, que compreendia
não só o território do antigo Epiro de Pirro, mas quase toda a atual Albânia e algumas áreas
circunvizinhas. Seu sucessor.Teodoro Comneno Ducas destronou o imperador latino, legitimamente
eleito, Pedro de Courtenay: capturou-o quando se ia a caminho de Constantinopla para a sua
sagração; e fez-se coroar em Salonica. Mas foi derrotado logo em seguida, também no caminho de
Constantinopla, por João Asen II da Bulgária. O perdido despotado foi reconstituído depois da
morte de João por Miguel II Comneno Ducas, mas teve vida efêmera. Em 1264, Miguel VIII
Paleólogo reincorporou-o ao Império Bizantino.[19]
Desde 1261, toda a região era reclamada por Carlos de Anjou, irmão de São Luís e rei de Nápoles.
Em 1269, instalou-se em Vlorë. Em 1272, proclamou-se rei da Albânia. Foi o primeiro a assumir tal
título. No século XIV. o país caiu sob o domínio dos sérvios e se integrou no império de
Estêvão Uresis IV. À sua morte (1355), a Albânia fragmentou-se mais uma vez. Dos pequenos
reinos então formados, os mais importantes parecem ter sido os de Tópia, Blasha e Shpta. Suas lutas
internas e rivalidades com Veneza levaram à intervenção dos turcos, inimigos dos venezianos.[19]

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