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O templo, alinhado na direção leste-oeste, é todo construído à semelhança de uma carruagem, o

carro do Sol, puxada por sete cavalos e com doze pares de rodas de pedra, e tem as fachadas
cobertas de relevos. Como outros templos indianos, o complexo se compõe de uma edificação
principal em forma de torre (vimana), originalmente com cerca de 70 m de altura, onde estava
entronizada a imagem da divindade; um átrio piramidal (jagamohana) de cerca de 40 m, a estrutura
melhor preservada atualmente, com entradas nas quatro faces, uma das quais ligada ao sanctum
(antarala), de onde os devotos podiam vislumbrar a imagem; uma sala de refeições (bhoga-
mandapa) e uma sala de dança (nirtya-mandapa ou nat mandir), onde eram feitas homenagens
dançadas ao deus.
Em termos de estilo o templo de Konarak pertence à escola Kalinga, com torreões curvilíneos
coroados por cúpulas, e sua planta é similar a outros complexos religiosos da província. Apesar de
ter sofrido muitos prejuízos em sua história e estar em estado de ruína parcial, o templo é famoso
por suas harmoniosas proporções e por sua rica e profusa decoração escultórica em todas as
fachadas, com inúmeras figuras em relevo de vários tamanhos e em múltiplas posições, com
dançarinos, divindades, animais, criaturas míticas, caçadores, cenas cortesãs e também cenas
sensuais, além de intrincados padrões decorativos geométricos e fitomorfos. Na base se enfileiram
1.452 elefantes esculpidos. Parte das suas esculturas está preservada em um museu criado para este
fim, anexo aos edifícios. A beleza da construção fez o poeta Rabindranath Tagore escrever que
"aqui a linguagem da pedra sobrepuja a linguagem humana". Originalmente os relevos, feitos em
arenito, eram cobertos por uma fina camada de gesso, que era pintada em viva policromia, ainda
presente em alguns pontos.

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