Luís A. W.

Salvi - LAWS
Vento-Jaguar XIII

A
A espiral
espiral
do
do tempo
tempo

A jornada alfa-ômega
do ser humano

Acima: calendário maia-yucateco com expressão mandálica

176 1
 Leia também do mesmo Autor
Magia Branca & Teurgia, L. A. Weber Salvi
As Cidades da Luz, L. A. Weber Salvi
Os Segredos da Arcádia-os Augustos Mistérios da Luz, L. A. W. Salvi TÁBUAS DE ZYON - O LIVRO DAS PRELEÇÕES
Tábuas de Zyon- O Livro das Preleções, L. A. Weber Salvi Chaves para a consumação dos ciclos planetários
O Sistema Geográfico de Evolução de Alto Paraíso, L. A. W. Salvi
A Tradição do Sistema Geográfico de Evolução, L. A. Weber Salvi de Z. Zottar
Mensagens da Cidade Cristal, L. A. Weber Salvi
O Segredo do Paraíso, Augusto de Franco Primeiro trabalho realizado por LAWS (Zottar) na cidade
Os Mistérios de Agartha, L. A. Weber Salvi
2013 - A Cidade Portal, L. A. Weber Salvi de Alto Paraíso, As Tábuas de Zyon foram escritas no ano de
Alto Paraíso, Espaço Místico & Alternativo, Tânia F. de Freitas 2006 , sob especial canalização e também em tempo record.
O Brasil e a Nova Era, L. A. Weber Salvi As Tábuas são a grande confirmação de ser Alto Paraíso a
Cavalo de Fogo, L. A. Weber Salvi
Nova Terra Prometida, na esteira daquilo que já previa São
A Volta dos Templários, L. A. Weber Salvi
Diálogos Agarthinos, Vitor M. Adrião e L. A. Weber Salvi João Bosco acerca da próxima Brasília.
______________________________________________
1ª Edição 2008 © LAWS - LUÍS AUGUSTO WEBER SALVI
Edições Agartha, Alto Paraíso de Goiás

Permitida a reprodução de trecho mediante citação da fonte.

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Capa: a mandala da espiral do tempo, arte do Autor.

___________________________________________

Repletas de Chaves e Sinais (incluindo a revelação de um

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Alfabeto Angélico) para acionar energias em diferentes esferas,
As Tábuas de Zyon estão divididas em quatro Setores
relacionados a Filosofia, Cosmologia, Sociologia e Esoterismo,
atendendo assim a todas as dimensões da vida e oferecendo
respostas sintéticas e pontuais às grandes interrogações de nossa
época.

2 175
Leia também do mesmo Autor DECRETO DO POVO DO ARCO-ÍRIS

Ando sobre a Terra sagrada /

ANTROPOLOGIA GERAL - SENTIDO & América de Luz
HISTORICIDADE DO MULTICULTURALISMO Sinto o perfume do Amor /
Amo todos os seres
Levo a bandeira da Paz /
O Mundo é um só
O multiculturalismo surge hoje como como um novo valor, num
Bebo do Cálice Amrita /
mundo em busca de novos paradigmas de experiência e também de
sobrevivência. Nada mais interessante do que encontrar esta prática Que a Terra seja curada
não apenas como uma novidade e uma (“tentativa” de) invenção Sou um Microcosmos em ação /
moderna, mas como algo já praticado e observado pelos povos da Tenho tudo dentro de mim
Antiguidade. Especialmente, talvez, através desta construção cultural
que é o Estado, nos moldes do Império antigo em especial, mas Sigo a meu Pai-Sol, Kin /
também nos valores dos sábios que muitas vezes orientaram e O Sol é nosso guia.
dirigiram algo secretamente o rumo das sociedades através dos
tempos, e cuja presença não deixa de ser lembrada nesta obra, com o Este Decreto, também chamado Oração ao Novo
papel de destaque que seguramente merece. Porque estudar uma
Amanhecer, é universal e foi dado para a concretização final
cultura sob qualquer outro ponto de vista, que não aquele da própria
cultura, seria certamente uma traição e flagrante distorção dos fatos. do Plano Divino na Terra.
Cada par de sentenças deste decreto, se encontra relacionada
Outra questão importante nesta obra, e que se faz notória e é
a um Plano e Centro (Chakra). De preferência, deve ser feito
atestada pelo próprio autor, é que o multiculturalismo aqui observado
se torna naturalmente matéria-prima para uma Sociologia de pés descalços, simbolizando o contato com a Terra sagrada.
“universalista” (e, porque não dizer, também de uma nova Na última sentença, deve-se visualizar o Sol (Kin na língua
Paleontologia), integrando desta forma profundamente ambas as maia) e “inspirar” sua luz para o nosso interior, expirando-a
disciplinas, para além de quaisquer tentativas de separar em seguida para o mundo. Preferencialmente, o Decreto deve
cronologicamente, por exemplo, e de forma artificial, a ambas (do ser feito ao despertar.
tipo: antropologia trata do passado, e sociologia trata do futuro).
O Povo do Arco-Íris representa o novo quadro racial áureo
Este é, portanto, o livro-texto de uma Antropologia “viva”, (a “nação do arco-íris” é também a sétima sub-raça árya, a
paracadêmica como se diria, que se inspira todo o tempo em alguns América do Sul e, especialmente, o Brasil), guiado pelos
dos maiores nomes da ciência antropológica mundial, como Levi Mestres de Sabedoria que integram, por sua vez, a chamada
Strauss, Carlos Castañeda e os “nossos” Gilberto Freire e Darcy
Fraternidade do Arco-Íris.
Ribeiro. Para ser adotado por uma Universidade do Futuro.
174 3

Acima: Mapa geosófico asteca, simulando mandala e pirâmide.
4 173
Leia também do mesmo Autor
O ORÁCULO DE GAIA - UM ESTUDO DE
ARQUEOASTRONOMIA INTEGRADA
A Terra é um grande livro para quem souber lê-la. Um livro
composto de harmonias insuspeitas, mas que refletem, nada mais e
nada menos, as próprias leis do universo.
A Terra merece ser amada, e para amarmos algo devemos
conhecê-lo. Numa época globalizada como esta, nada melhor que
conhecer a unidade das culturas e suas regiões. Pois o
conhecimento e o amor à Terra não se limitam a valorizar somente
o “ecológico” (o que seria um romantismo ingênuo), pois a Terra
também é cultura, organizada por povos que souberam amá-la e
conhecê-la a um só tempo, e ainda com ela conviver em harmonia e
gerar cultura com sobrevivência. Já no Capítulo inicial, veremos
que para os gregos e latinos antigos, Gaia/Tellus não era somente
Natureza ou ecologia, mas também conhecimento.
A Grande Crônica da Terra, subtítulo desta obra, é a narrativa
histórica dos principais eventos que marcaram o último Ano
Cósmico, e que reúne a cultura do homo sapiens ou seja, os
grandes feitos & fatos da nossa espécie, cuja origem remontaria,
não casualmente, ao começo do mencionado ciclo. Inclui daí seus
grandes símbolos culturais e marcos arqueoastronômicos
(pirâmides, mitos geográficos, etc), entre eles certos utensílios
importantes para fins de registro dos movimentos dos céus
(observatórios neolíticos, etc.). Além de analisar em grandes
traços, através disto, a própria estrutura do planeta ou a
conformação de sua superfície.
O ser humano já tem mapeado os céus quase à exaustão, em
busca de referências para os seus ciclos mais importantes; cabe
agora também encontrar no próprio Mapa da Terra os sinais de sua
cultura sagrada e da harmonia cósmica que lhe subjaz.
Leia também do mesmo Autor ÍNDICE

Introdução 7
MERKABAH - A CÚPULA DE CRISTAL
Apresentação 9
A ASCENSÃO DA TERRA NA TRANSIÇÃO 2001-2013
PARTE I: INTEGRAÇÃO ESPAÇO-TEMPO: O GRANDE PORTAL
A Pirâmide foi sempre um símbolo da organização do
mundo, da disposição de uma estrutura sólida e estável. Por Capítulo 1. A Ciência dos Fractais 17
isto todas as culturas sagradas resumiram os seus Capítulo 2. A Chave do Pentagrama 26
conhecimentos na forma de pirâmides.
Capítulo 3. 2.013 e o “Anel-Não-Passarás” 39
Mas eis que chegamos à época das profecias. Várias
Capítulo 4. O Mundo Futuro (ou o pós 2.012) 45
tradições apresentam a manifestação da divindade através da
Capítulo 5. O Apocalipse já começou (segundo os maias) 53
imagem da pirâmide e do cristal, imagem da quintessência
cultural. Nas hierofanias bíblicas (Ezequiel, Apocalipse) tal coisa
é recorrente, até porque o Templo também está associado a PARTE II: FRACTAL 1 (52.000 ANOS = SÉC.XVA.C-2.012
D.C): PALEONTOLOGIA
isto.
A presente obra revela a chegada desta suprema realidade.
Capítulo 6. Quando Deus revela a sua Face 59
A Cúpula de Cristal representa a disposição de uma energia
crística de suprema envergadura sobre o planeta, instituída pelo Capítulo 7. 52.000 anos: Homo Neandertalis 63
Filho de Deus (conhecido como Jesus no advento anterior), Capítulo 8. 39.000 anos: Homo Cro-Magnon 66
agora que nossa própria humanidade gerou um Ser capaz de Capítulo 9. 26.000 anos: Homo Sapiens 68
assumir os cargos supremos do planeta, até então ocupado Capítulo 10. 13.000 anos: Homo Americanis 72
por um Ente –Sanat Kumara– vindo de uma evolução paralela
à nossa, a fim de gerar a vida em nosso planeta. Agora que PARTE III: FRACTAL 2 (5.200 ANOS = 3.013A.C-2.012D.C):
estamos prestes a nos tornar uma esfera de luz, este Filho do ANTROPOLOGIA
Sacrifício libera-se finalmente de sua tarefa auto-imposta. No
seu lugar “ascende ao Trono do Pai” a “Estrela da Manhã”. Capítulo 11. O “Quinto Mundo” de Ollin (“Movimento”) 79
Para sinalizar a tudo isto revela-se uma pirâmide especial, a Capítulo 12. 5,2 mil anos: Aryavartha 85
Mercabah, uma estrutura crística que representa a visão de Capítulo 13. 3,9 mil anos: Monoteísmo 88
todos os profetas, com destaque para as grandes revelações de Capítulo 14. 2,6 mil anos: Budismo, Olmecas 91
Ezequiel, Enoch e João. Capítulo 15. 1,3 mil anos: Islã, Tibet 94

172 5
 PARTE IV: FRACTAL 3 (520 ANOS = 1.492-2.012):
ETNOLOGIA
Capítulo 16. Os “Ciclos-Fênix” e as Américas 99
Capítulo 17. 520 anos: a Revolução Étnica 103
Capítulo 18. 390 anos: a Revolução Cultural 105
Capítulo 19. 260 anos: a Revolução Comercial 107
Capítulo 20. 130 anos: a Revolução Industrial 109
PARTE V: FRACTAL 4 (52 ANOS = 1.960-2.012): ONTOLOGIA
Capítulo 21. O “Fogo Novo” e o Brasil 113
Capítulo 22. 52 anos (1960): Fundação, Encarnação 117
Capítulo 23. 39 anos (1973): Provação, Iniciação 120
Capítulo 24. 26 anos (1986): Liberação, Iluminação 122
Capítulo 25. 13 anos (1999): Conclusão, Revelação 125
PARTE VI: FRACTAL 5 (5,2 ANOS = 2.008-2.012): APOTEOSE
Capítulo 26. O “Olho do Furacão” e o Programa 131
Capítulo 27. 5,2 anos (2007): Organização 137
Capítulo 28. 3,9 anos (2009): Distribuição 142
Capítulo 29. 2,6 anos (2010): Destinação 146
Capítulo 30. 1,3 anos (2011): Resgate 151
Conclusão. A Ciência-Religião dos Manus 158
“O Portal do Arco-Íris” (Mensagem) 163
Bibliografia & Obras Citadas 166
Sobre o Autor / Obras publicadas 168
6 171
Leia também do mesmo Autor
2013 - A CIDADE PORTAL
A Unificação de Tempo & Espaço em Alto Paraíso na
atual Conjuntura Cósmica
Este livro demonstra, através de uma série de revelações
sobre as coisas da Nova Era que, por todos os signos, a
cidade de Alto Paraíso de Goiás, está predestinada a ser uma
Cidade-Portal para os atuais momentos de transição
planetária, e talvez por muito tempo ainda no futuro.
Alto Paraíso acha-se sob uma especial confluência de
energias da Nova Era e do Novo Mundo, tendo por tarefa
terminar de unificar estas dimensões e projetar para o futuro
as bases de uma civilização efetivamente sagrada e
universalista.
Por esta razão, este livro é um chamamento para a cidade
de Alto Paraíso assumir, como um centro nacional e até
mundial (dado o papel central do Brasil nas coisas da Nova
Era), o seu consagrado papel de cidade-portal, nos
momentos-chaves de transição dos atuais ciclos planetários,
formando um padrão permanente que já começa a se
consolidar.
Este é, enfim, um convite para repensar Alto Paraíso,
como uma forma de releitura crítica de suas coisas e
tendências, acompanhado de novas propostas de trabalho e
realizações, pois está visto que os seus ciclos evoluem numa
espiral crescente, destinada a fazer eclodir novas realidades
de âmbito mundial.
Mensagens da Cidade Cristal, Editorial Agartha, AP, 2007
Os Mistérios de Agartha, Editorial Agartha, AP, 2008
2013 - A Cidade Portal, Editorial Agartha, AP, 2008
O Brasil e a Nova Era, Editorial Agartha, AP, 2008
Cavalo de Fogo -Energias da Nova Era, Ed. Agartha, AP, 2008
Arquitetura Sagrada & Urbanismo Solar, Ed. Agartha, AP, 2008
O Oráculo de Gaia - Arqueoastronomia Integrada, Ed. Agartha, AP, 2008
Diálogos Agarthinos (em três volumes), Ed. Agartha, AP, 2008
Geografia Espiritual - A Ciência das Origens, Ed. Agartha, AP, 2008
Planetologia - A Geografia Sagrada, Ed. Agartha, AP, 2008
Os Frutos do Paraíso (Frugivorismo), Ed. Agartha, AP, 2008
Merkabah - Cúpula de Cristal, Ed. Agartha, AP, 2008
O Livro dos Chohans- Ascensão Espiritual, Ed. Agartha, AP, 2008
Antropologia Geral - o Multiculturalismo, Ed. Agartha, AP, 2008
Sociologia Universalista, Ed. Agartha, AP, 2008
Jornal PARALELO 30, FEEU, P. Alegre, 1994-1996
Revista ÓRION de Ciência Astrológica, FEEU, P. Alegre
170
Apresentação
Aproxima-se o grande Dia dos Filhos
do Alvorecer. Um novo espaço-tempo
se descortina, e ao amparo de novos
códigos e consensos, uma nova
realidade emerge em degarus. Imperceptivelmente, o planeta
se transforma, e por detrás do velho, um mundo novo se ordena,
como a serpente que troca periodicamente a sua pele.
As profecias se cumprirão, como já se estão cumprindo, a
olhos vistos ou não. Tudo isto é possível, graças à cooperação
dos reinos: a Humanidade, a Hierarquia e Shambala.
A pergunta inevitável, ante tantos antecedentes é: acaso a
nova data não poderá “frustar” as expectativas criadas? A
resposta a isto, é que muito depende da natureza destas
expectativas. Se criamos fantasias, talvez colhamos decepções.
Contudo, sabemos todos que o mundo caminha no rumo
de grandes incógnitas. A aventura aparentemente inconseqüente
do ser humano, lhe cobrará um alto preço, mas talvez este seja
o custo inevitável do resgate da memória de nossas limitações
humanas, e da importância de olhar com mais atenção para as
grandes verdades reveladas pelos sábios de todos os tempos,
de que este mundo é passageiro, mas muito precioso, e que
precisamos tratar dele com cuidado e delicadeza, sob pena de
comprometermos a oportunidade do nosso ninho sagrado, antes
mesmo de que nossas asas se tenham aberto para o vôo final
no Infinito.
Como leremos neste livro, os fractais “são verdadeiros
portais de espaço-tempo, destinados a produzir egrégoras
7
transformadoras.” Assim, muito dependerá realmente de saber-
se aproveitar as datas, de conhecer a sua natureza e dar os
passos necessásrios. Sem uma conscientização mínima, tudo
poderia realmente passar em “brancas nuvens”, salvo naquilo
que de mais palpável possa ali porventura suceder, quiçá mais
ao nível de símbolo do que de realidade total. As verdadeiras
conexões devem ser feitas dentro de nós, de dentro-para-fora
e vice-versa, visando uma unificação geral. Portais são, em
última análise, isto mesmo: umbrais de unificação, tendo em
vista o acesso a novos universos.
Esta Data revelará, enfim, se a espécie humana tem sido
vitoriosa ou não. Muito dependerá daquilo que fizermos até a
Grande Data e, especialmente, a partir dali.
LAWS, Porto Alegre, Agosto de 2008.
Acima: guerreiro-do-tempo com sabre curvo e escudo-de-pentagrama
8 169
Obras Publicadas de Luís A. Weber Salvi
Pedidos: Fs. (51) 9861-5178 - (62) 9602-9646 -
agartha2013@yahoo.com.br
O Evangelho da Natureza, Ed. IBRASA, SP, 2001
Geografia Sagrada da América do Sul, Ed. IBRASA, SP, 2000
Maitreya – A Luz do Novo Mundo, Ed. IBRASA, SP, 1998
Tushita, O Reino da Felicidade, Ed. IBRASA, SP, 1999
O Livro dos Portais, Ed. IBRASA, SP, 1999
A Arte da Unidade (Ocultismo Prático), FEEU, P. Alegre, 1991
A Odisséia de Ulisses, FEEU, P. Alegre, 2000
Nova Albion -a nova Civilização, Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
Os Mistérios Antigos (Trad. Perene II), Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
O Primado de Sophia (Tradição Perene II), Ed. Agartha, AP, 2008
O Testamento Eterno (Tradição Perene III), Ed. Agartha, AP, 2008
Shambhala -o Retorno à Ocidentalidade, Ed. Univ. Agartha, SP, 1998
O Evangelho da Natureza, Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
A Igreja do Novo Mundo, Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
O Regresso de Hiram, Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
O Ramo de Acácia, Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
Cartilha Universalista, Ed. Univ. Agartha, SP, 1999
O Livro Auri-Verde, Ed. Agartha, AP, 2006
Magia Branca & Teurgia, Ed. Agartha, AP, 2007
As Cidades da Luz -Plano Urbanístico, Ed. Agartha, 2007,
Os Segredos da Arcádia - os Augustos Mistérios da Luz, Ed.
Agartha, 2007
Tábuas de Zyon- O Livro das Preleções, Ed. Agartha, AP, 2007
O Sistema Geográfico de Evolução de Alto Paraíso, Ed.
Agartha, 2007
A Tradição do Sistema Geográfico de Evolução, Ed. Agartha, 2007
 Sobre o Autor
LUÍS A. WEBER SALVI é brasileiro, nascido em 1959, e
reside no Brasil. Especialista em geografia sagrada e astrologia
profunda, dirige a conceituada “Revista Órion de Ciência
Astrológica” e é autor polígrafo de mais de 120 obras, várias
delas publicadas (ver a página seguinte).
Estudioso e praticante de vários ensinamentos, vinculou-
se em especial à linhagem teosófica através dos trabalhos de
Alice Ann Bailey, vindo a pontificar a Terceira Geração de
Sabedoria Teosófica, pela prática do ecumenismo solar de
restauração, reforma & renovação dos Augustos Mistérios,
não apenas em favor das antigas tradições raciais de Oriente e
Ocidente, como também de muitas novas escolas de
pensamento.
Iogue e arauto da Tradição de Sabedoria, residiu em
ashramas e fundou a Escola Agartha de Filosofia & Mistérios,
e depois a Sociedade Universalista Nova Albion (SUNA).
Atualmente coordena o Projeto-Exodus – Um Mundo para
Todos, a partir da região Centro-Oeste, e também dirige o
Editorial Agartha.
Mantém os seguintes blogs:
http://cartografia-da-transformacao.blogspot.com/
http://agartha-edicoes.blogspot.com
http://o-vitriolo.blogspot.com/
168
Introdução
O presente livro não expressa, na sua modesta estatura, a
verdadeira dimensão de sua ambição... Organizado na mesma
linha de datas-chaves do aclamado “Livro dos Portais” (assim
como, mais recentemente, de “O Oráculo de Gaia”), “A Espiral
do Tempo” visa fornecer informação concisa ao caminhante
desta grande época de transições, na qual se reúnem datas-
chaves tão importantes como 2.001 e o 2.012, tendo em vista
o máximo de sucesso, preparação e conhecimento diante destes
portais, e já sem tanta seleção e obstáculos de linguagem,
porque não é tanto por aí que devemos procurar os “eleitos”, e
sim na manifestação dos dons do coração e da ajuda ao mundo
nestas horas tão difíceis, mas também certamente promissoras
de renovação.
Mais do que um inventário da evolução humana com ênfase
nas suas fases cruciais, esta obra demonstra a importância da
rememorização dos grandes eventos históricos e até pré-
históricos para a atualização e até a iluminação das nossas
consciências, porque afinal, cada um de nós possui todas estas
estruturas e evoluções em nossos recônditos mais remotos,
em nossas células e em nosso inconsciente, cabendo também
tornar-se parte de nossas consciências, em prol de seu
enriquecimento e integração.
Como de hábito, incluímos e até enfatizamos elementos da
“História Secreta” do mundo, quer dizer, eventos mais
propriamente culturais do que materais, cada vez mais
significativos e determinantes com a evolução da espécie
humana e seus ciclos progressivamente complexos.
9
 Novas e importantes revelações são aqui dadas acerca dos
mistérios do tempo -ou dos tempos-, sempre acrescidas da
especialidade do autor pelas questões complementares do
espaço sagrado, demonstrando tudo isto a riqueza e a
complexidade das estruturas culturais humanas, que os sábios
sempre tratam de valorizar e os mestres buscam harmonizar e
orquestrar, tendo em vista a experiência plena da humanidade
e a sua superação como reino em evolução. Uma verdadeira
“Programação espiritual para o Final dos Tempos”.
Desde já, contudo, devemos declarar que os valores profanos
ou apenas “humanos” do calendário hindu do Manvantara (que
dura 4.320.000 anos), de nada servem para mensurar qualquer
evolução propriamente humana (por extensão, ficam como
inúteis os atribuições teosóficas literais para as raças humanas,
geralmente calculadas também em milhões de anos) - e outro
tanto se pode dizer dos grandes ciclos maias, ainda que, até
onde se saiba, estes povos não atribuíam diretamente estes ciclos
às evoluções humanas. Paradoxalmente, é a sua conversão em
anos “divinos”, através da chave-360 (ver “Glossário
Teosófico”, verbete yugas), que confere a base para os
verdadeiros cálculos “humanos” da evolução.
O Cavalo de Fogo- Despertando as Energias da Nova Era,
Ed. Agartha, 2008, AP
Antropologia Geral-Sentido & Historicidade do
Multiculturalismo, Ed. Agartha, AP, 2008
Sociologia Universalista - o Caminho Social como Via de
Transcendência, Ed. Agartha, AP, 2008
Tushita - o Dharma de Maitreya, IBRASA, SP, 1999.
Revista Órion de Ciência Astrológica, Ed. FEEU, P. Alegre
O Livro dos Portais-o Plano de Shambla, IBRASA, SP,
1999.
A Manifestação da Hierarquia (inédito)
Tábuas de Zyon - O Livro das Preleções, Ed. Agartha, AP,
2008
Sites:
www.Greenpeace.org.br
www.Wikipédia.com.br
http://iaracaju.infonet.com.br/biologia/biologia.htm

Praxis e territorialidade: a contribuição meridional

A mística do tempo tem sido bastante difundida nos últimos

13 anos, desde que José Arguelles propôs a globalização do
calendário maia. Não obstante, tais tratos calendáricos também
têm suscitado não poucas polêmicas, inclusive da parte de
abalizados autores e investigadores.
Por qualquer razão, o estudo do “calendário maia” está em
baixa atualmente. Muitos perceberam traços de sectarismo ou
não puderam acompanhar as novas exigências. Caberia

10 167

Bibliografia & Obras Citadas
Arguelles, José
Tierra en Ascenso - Un Tratado Ilustrado Sobre las Leys
que Gobiernan los Sistemas Enteros, Ed. Brujas, Arg.,
2006.
Bailey, Alice A.
Los Raios y las Iniciaciones, Ed. Kier, Bs Aires.
Blavatsky, Helena P.
Glossário Teosófico, Ed. Ground, RJ
Guenon, René.
Símbolos da Ciência Sagrada, Ed. Pensamrento, SP
Salvi, Luís A. W.
2.013 - a Cidade Portal, Editorial Agartha, AP, 2007
Merkabah -a Cúpula de Cristal, Editorial Agartha, AP, 2008.
O Livro dos Chohans, Editorial Agartha, AP, 2008
Os Mistérios de Agartha, Editorial Agartha, AP, 20
A Volta dos Templários-o Resgate da Tradição Ocidental)
Arquitetura Sagrada & Urbanismo Solar, Editorial Agartha, AP,
2007
O Oráculo de Gaia: A Grande Crônica da Terra - Um
Estudo de Arqueoastronomia Integrada, Editorial
Agartha, AP, 2008.
Mensagens da Cidade-Cristal, Editorial Agartha, AP, 2007.
THÉO - AReligião da Civilização (inédito)
166
realmente repensar certas questões. Foi dito, por exemplo, que
em todos os tempos, um pequeno grupo é que fez a mudança
do mundo. Contudo, para que tal coisa saia da simples retórica
é preciso, antes de mais nada, reformular a linguagem e
abandonar o elitismo (um traço de egocentrismo), sem deixar
de se ser a verdadeira elite que se necessita. No mínimo, que
haja uma didática expressiva e uma palavra para todo tipo de
gente. Também é preciso dizer (embora não devesse ser
preciso), que as informações do “calendário maia” não são
propriedade de nenhuma corrente. Embora Arguelles tenha
desenvolvido e dado um colorido prória à questão, as
informações básicas pertencem ao cabedal universal da
Arqueologia e ciências afins.
De nossa parte, uma das lacunas mais pungentes que tem
sido observada, diz respeito, ao aspecto geográfico do tema,
uma vez que tempo-e-Espaço são realidades indissociáveis,
como bem compreendiam os próprios sábios pré-colombianos.
Segundo a antropóloga francesa Leurette Sejournée, o símbolo
abaixo, encontrado num palácio de Teotihuakan, significa
precisamente “tempo-espaço”.
Temos tratado de demonstrar, desde então, que as chamadas
sub-raças áryo-americanas estão diretamente conectadas com
esta dupla questão dimensional: espaço-tempo.
A sexta sub-raça, está sendo desenvolvida em Norte-
América, e está regida pela sexto planeta, Júpiter, associado
11
ao fator-tempo. Este planeta confere misticismo, visão,
idealismo e religiosidade.
Por sua vez, a sétima sub-raça (ou a “nação do arco-íris”),
está sendo desenvolvida em Sul-América, e está regida pela
sétimo planeta, Saturno, associado ao fator-espaço. Este planeta
confere pragmatismo, profundidade e realização.*
Daí a ampla desenvoltura nos temas da geosofia ou da
geografia sagrada dentro das principais escolas meridionais,
tal como a Eubiose de Henrique J. de Souza e a nossa Escola
Agartha. Afinal, como expressão do Sétimo Raio, este
subcontinente se destina a organizar o “Reino de Deus” na
Nova Era, estando ela mesma regida por este Raio divino.
Assim, se a Sexta etapa anuncia, a Sétima etapa consuma.
A doutrina dos fractais revela a concentração de tempo-
espaço através de sínteses progressivas, de modo que vai
apontando e definindo, cada vez mais, tanto datas no Tempo
como lugares no Espaço. Como brasileiros hodiernos, podemos
facilmente dizer que tudo isto se refere ao “aqui-e-agora”. É
isto que vamos tratar de obsevar melhor nesta obra.**

* Não obstante, Arguelles, o “Mensageiro do Norte”, também

possui obras interessantes na área da geografia sagrada ou geosofia,
como como “Tierra en Ascenso - Un Tratado Ilustrado Sobre las
Leys que Gobiernan los Sistemas Enteros”, onde inclusive apresenta
conexões importantes como ao declarar que “a Pedra do Sol é o
calendário do Hemisfério Norte e a Porta do Sol é o calendário do
Hemisfério Sul”. E se observarmos que a Pedra do Sol estava
localizada no alto de uma pirâmide (o Teocalli, de Tenochtitlan),
teremos uma conexão com a dialética portais-pirâmides formulado
em nossa obra “O Oráculo de Gaia: A Grande Crônica da Terra -
Um Estudo de Arqueoastronomia Integrada”.
Acima: signo nahua de “Vento” (“Ik” em maia) ou de
** Para maiores detalhes acerca de nossos trabalho na área, ver o
Quetzalcóatl: o sopro da quintessência
blog http://cartografia-da-transformacao.blogspot.com/

12 165

Ararat invoca o Arhat, “Venerável” em sânscrito,
alusivo à quarta iniciação ou à iluminação, grau da nova
quádruple humanidade,
ao passo que arco-íris era o símbolo da nova sêxtuple
hierarquia
(na época atlante, relacionada ao elemento água,
eram os graus da hierarquia e de Shambala,
respectivamente).
Temos aqui a fórmula 4:6 dos cromossomos e do cubo,
simbolizando a condição final do planeta ao termo deste
manvantara.
Sim, eis que as profecias e cumprem! É chegada a hora da
consumação
da glorificação de nossas vidas e, através de nós, da Terra
inteira.
Sejamos para o mundo o modelo a que estamos
destinados a ser.
E paz a todos sob o novo Amanhecer.
164
Tudo isto é importante também porque, como ensinou H.
P. Blavatsky, o Buda Maitreya virá na sétima sub-raça árya.
Um avatar deve sempre surgir e atuar no local indicado como
“o novo céu e a nova terra”.*
Uma Visão Geral e Integrada
Da mesma forma, as abordagens aqui apresentadas, também
se distinguem pela sua homogeneidade de princípios, uma vez
que todas as esferas de evolução se acham devidamente
perfiladas entre si, já que se trata este basicamente um trabalho
sobre fractais -quer dizer: questões análogas em evolução. Não
se trata, porém, de eleger aqui “qualquer” fractal ou mesmo de
trabalhar com os fractais em geral, mas sim aqueles que são
responsáveis pelas sínteses das evoluções e sua passagem para
novas condições evolucionárias, como é o caso presente da
quintessência.
Sabemos pela Ciência moderna, pois, que o homo sapiens,
ou o ser humano como tal, apareceu quase simultaneamente
em todos os continentes. Pois bem, esta seria também a origem
remota das raças humanas, que não obstante sofreram ainda
uma série de intervenções e miscenageções através de
migrações sucedidas através das eras.
Da mesma forma, vemos em antigas tradições (tal como a
indiana), um vínculo aparente entre as classes sociais e as raças,
ainda que tal coisa seria antes de tudo simbólica. Acontece que
cada raça-raiz, tem realmente conexões com o aprimoramento
* Ao lado da especialização geosófica, o presente autor também
se destaca por sua produção astrológica-calendárica ecumênica,
veiculada basicamente através da prestigiada ROCA - Revista Órion
de Ciência Astrológica, FEEU, PoA.
13
de uma classe social. Assim, a primeira raça-raiz formou apenas
o universo cultural da primeira classe, ainda que de forma
menor, também atuasse nas esferas de todas as outras. Para
comprender isto melhor, devemos ter em mente que cada ciclo
se manifesta em termos de quadrado geométrico, exemplo: o
ciclo do Três se desenvolve através da formula 3x3. Assim,
tudo se relaciona a tudo dentro de uma dada estrutura
evolucionária, ao mesmo tempo em que prevale a primazia de
cada princípio em cada fase.
Outra coisa que devemos ter sempre em mente aqui, ao
lado do conceito de ciclo, é que os ciclos baseados no
pentagrama, chamam por sua natureza outro simétrico e
complementar (como veremos na análise de símbolos-de-
transformação como os de Mercúrio), visando integrar a escala
decimal. Assim, um ciclo de 500 anos se completa com outro
igual, visando a importante unidade do Milênio. Por isto, ainda
que a última sub-tapa do pentagrama seja de grande significado
sintético, também poderá ser apenas o ingresso em um novo
universo similar ou análogo (daí que 5~1, ou seja, o cinco ou
quintessência, corresponde à unidade e à inovação).
É natural pensar daí que, neste ritmo binário, o atual ciclo
humano-humano se complemente ao anterior humano-animal,
o que demonstra a estatura das provações que ainda estamos
vivenciando, e a importância planetária de superar esta etapa
evolutiva.
De resto, este livro deverá servir como uma exposição dos
fundamentos da Educação Permanente Tradicional (EPT), o
varnashradharma oriental (ou, como também é chamada nesta
obra, a “Religião da Civilização”), sobre a base dos calendários
evolutivos dos diferentes extratos humanos, em seus respectivos
planos de expressão.
14
“O PORTAL DO ARCO-ÍRIS”
Trazemos a bandeira da esperança,
a flâmula peregrina do Arco-Íris.
Não o nácar de variações da própria cor
Mas de fato o grande estandarte da união e da
liberdade
de todos os credos, raças, classes e culturas.
Esta bandeira traz a mensagem de um reequilíbrio
das coisas.
Valorizar o que deve ser exaltado e relembrado,
e atenuar ou abrandar o que está em excesso.
Lembrar-se das tradições milenares,
mas também dar um passo pelo umbral do futuro.
Ora, não é por acaso que, ao final da jornada do
dilúvio
surgiu o arco-íris para recepcionar a Arca sobre o
Monte Ararat!
De fato, todos estes signos se apresentem em
nosso horizonte, uma vez mais.
E talvez ainda com maiores credenciais!
Fazendo mesmo pesar, que esta linda simbologia
diluviana
seja antes de tudo profética, mais escatológica que
mítica.
163
de anteparos para caminhar. Ele sim é um ser livre, havendo
superado os limites dos Elementos. Apoiando-se sempre sobre
as grandes revelações originais, o Adepto preserva, restaura,
adapta e renova os dharmas dos avatares.
E com relação a estes últimos, além de tudo o que pode
realizar um Adepto ou como tal, os avatares também revelam
novos dharmas fazendo evoluir a revelação da Lei, e expiam
além disto uma parte significativa do carma do mundo.
A manifestação de Adeptos e, sobretudo, de avatares,
representa um sinalizador histórico sem par, assim como uma
fundação espiritual única. Tais mestres apenas se manifestam
em territórios “eleitos”, em novas terras em preparação,
destinadas a abrigar uma nova humanidade e a revelar uma
nova faceta do Criador.
As revelações feitas pelos messias, são abrigadas pelos
Adeptos e custodiadas pelos iniciados. De início, criam-se bases
na forma de mosteiros e escolas para cultivar, vivenciar e Parte I
difundir as novas Verdades. Com o passar dos séculos, estas
sementes vão se alastrando e se diluindo na população, até que
se torne um consenso e uma verdade oficial. Integração Espaço-Tempo:
É tarefa dos iniciados cultivar e semear as verdades
reveladas, tal como é tarefa dos Adeptos restaurar e renovar as O Grande Portal
grandes leis, e é tarefa dos Avatares expiar o carma humano e
trazer à luz as novas revelações. Na outra ponta, é tarefa do
homem comum atuar no mundo material com ética e
solidariedade, respeitar a Natureza e ouvir as palavras dos seres
espirituais. Pois, como disse Confúcio, “quando cada um faz a
sua parte, tudo vai bem”, a Ordem cósmica prospera e o porvir
se transforma em iluminado destino, trazendo cada vez mais
gratas surpresas e revelações, pois o dharma é como a arca
das infinitas beneses divinas.
OM TAT SAT - AMÉM - AHÔ
162 15
 as humanas e as animais. Isto deu margem à prática da geometria
das mandalas, com seu conhecido poder psico-organizador.
Outra questão sempre importante, é saber-se identificar os
mestres e, dentro disto, as suas respectivas hierarquias. Existe
muita confusão entre saber o que é realmente um mestre
iluminado e um “simples” iniciado ou instrutor; assim como
nem sempre se pode discernir entre um Adepto e um Avatar,
razão pela qual multiplicam-se os falsos-messias.
Na verdade, tudo começa por saber o que é realmente um
iniciado. Um iniciado é alguém vocacionado e compromissado
com a luz, que tem o chamamento interior e dá os passos
necessários para atendê-lo. Não basta ter “visões” e
“experiências” avulsas ou repetidas, não importa realmente os
“sinais” de seu próprio caminho (o que vale também para
mestres e avatares, com certeza), isto é apenas para ele próprio.
O único que importa aqui, é aquilo que ele faz com tudo isto,
ou o que tais coisas fazem ele realizar, ou seja, a sua atitude de
vida, no compromisso primário com a auto-transformação e o
serviço pela positiva melhoria do mundo.
Um iniciado sempre pode ajudar as pessoas a melhorar e a
crescer. Sendo assim um verdadeiro iniciado, ele até pode se
postular a ser um mestre -uma coisa, todavia, ainda muito mais
difícil.
Um Adepto iluminado é, acima de tudo, e como colocamos
nesta obra, um “fazedor-de-pontes” (pontífice), alguém que
realiza e vive entre sínteses, armando e tecendo ligações entre
os saberes e as disciplinas, razão pela qual ele pode ajudar a
humanidade não apenas a evoluir, como também a se superar.
A obra de um Adepto se distingue, em qualquer plano, pela
sua unidade e versatilidade, assim como por sua profundidade.
Pode-se até dizer que um Adepto já não tem crenças, ele Sabe
Acima: o “carregador de Anos” levando o signo nahua de “Cana” aquilo que É. Possui visão direta das coisas sutis e não necessita
16 161
incapacidade humana para gerenciar as suas próprias coisas,
quando na verdade apenas se aponta a necessidade de acatar
conselhos sobre unidade e equilíbrio, como base para a síntese
e o progresso cultural, ao lado das revelações da mente superior
e as instruções da ciência espiritual.
Para os mais humildes, é sempre mais importante a fé e a
intermediação divina, ainda ao custo da “expiação dos pecados
do mundo” enquanto não for chegado o “reino de Deus”, o
qual deverá, no entanto, se aproximar cada vez mais e se
consolidar então ao cabo desta Era que inicia, para alívio de
todos e, sobretudo, dos próprios mestres, que tomam como
tarefa cuidar dos rebanhos humanos “até o final dos tempos” -
quer dizer, dos chamados tempos históricos, até que a
humanidade alcance a sua maioridade espiritual.
Uma das formas mais poderosas, empregadas por estes
sagrados “professores”, para apurar a sua didática espiritual, é
a da simbologia. Os símbolos atuam em todos os níveis da
consciência e tecem uma conexão entre os diferentes planos
de percepção do “real”.
Nesta obra, arrolamos uma série de símbolos, especialmente
destinados a gerar a dinâmica espiritual. É muito útil empregar
todos eles, inclusive a suástica, apesar deste tradicional símbolo
solar haver sido denegrido por seu mau uso em mãos menos
dignas. Existe, contudo, muitas variantes deste símbolo,
inclusive aquelas “naturais” como é a concha ou o caracol.
A força dos símbolos naturais é, às vezes, especialmente
poderosa, alcançando mesmo as almas mais simples. Alguém
viu um eclipse e, julgando ser um belo luar crescente, voltou-
se para Meca e recitou uma canção devota. Isto mostra como até
as aparências podem induzir a atos nobres (especialmente, é claro,
quando já nos habituamos a cultivar os bons pensamentos). No
Islã se evitou, no geral, o culto a formas naturalistas, especialmente
160
Capítulo 1
A CIÊNCIA DOS FRACTAIS
A Grande Jornada dos Fractais é algo aque apenas pode
ser trilhada do “Final do Tempos”, sendo portanto um privilégio
dos Filhos do Alvorecer.
O caminho dos fractais representa andar a passos-de-
gigantes e alcançar a visão de todos os horizontes, por isto ele
é como caminhar pelas nuvens ou nas altas montanhas, e a
uma velocidade sem par que quase anula o tempo e o espaço,
na medida em que representa já abarcar o Todo.
Esta é a visão que temos das coisas, afinal, desde o ângulo
do seu acabamento ou completação. Tal coisa proporciona uma
grande mudança de postura e de atitudes, inicialmente como
potencialidade, e depois como medida ativa -caso se queira
prosseguir na evolução, é claro.
Os grandes fractais-de-tempo são umbrais de iniciação
coletiva, no mega, macro, meso ou microcosmo. Os fractais
reproduzem na esfera matemática, a função das pirâmides na
arquitetura sagrada e das madalas na simbologia cósmica. São
todos eles, enfim, chaves alquímicas sob distintas linguagens.
E são verdadeiros portais de espaço-tempo, destinados a
produzir egrégoras transformadoras.
Em princípio, tal coisa reproduz no mundo como um todo,
aquilo que cada mestre vivencia na sua existência particular.
Daí as crises globais que vivemos hoje, que são também como
as famosas crises-de-iniciação dos Altos Iniciados, e a qual
permite realizar a sua seleção, pois, como em qualquer outro
17
experimento alquímico, destina-se a permitir passar uma parte
do produto evolutivo, e reter outra parte menos habilitada para
prosseguir.
“Fractal” é termo tomado de empréstimo à Ciência moderna
por modernos expoentes da Tradição de Sabedoria como José
Arguelles. Para a Ciência, fractal é a semente de todo existente
nas suas partes (como uma espécie de embriologia), observado
espcialmente ao nível de imagens. Quer dizer, como se cada
parte guardasse em algum lugar a memória do todo, razão pela
qual se torna possível constituir ou até reconstituir este todo.
Ora, os fractais são responsáveis diretos pela velha Doutrina
da Analogia, aquela que nos permite conhecer as coisas de
forma apriorística, através da analogia entre as partes maiores
e menores, por exemplo. O abuso disto conduz à adivinhação
e à superstição. Pois, na verdade, tudo o que esta doutrina
ensina, são as semelhanças estruturais entre os princípios (é
isto que ensinava Hermes Trismegisto, através de palavras como
“assim como é em cima é em baixo...”), e não qualquer
futurologia ou supostas influências -ainda que seja natural
esperar que toda semente caia de uma árvore ou planta madura;
para usar sempre o instrutivo e popular recurso da analogia.
Adaptando o termo para a Cabala ou para a Numerologia,
poderíamos observar realmente diferentes níveis de aplicação
desta lei. Num certo nível, esta lei é responsável pela idéia de
ciclo, baseado na fórmula do valor “quadrado” de um número,
tal como 3x3, 4x4, etc. (ver também Introdução desta obra).
Noutra esfera, este princípio determina as grandes sínteses
e as escalas com suas unidades e, em especial a sua própria
unicidade. De fato, cada parte contém o embrião do todo, mas
apenas de uma forma algo passiva; porém, existe uma etapa
que contém melhor o próprio Todo, de uma forma mais ativa,
18
pela qual os seus saberes são, para o ser humano, altamente
evolutivos e transcedentais.
Se o ser humano alcança a iluminação através do amor no
quarto grau iniciático chamado “a Crucificação”
(entrecruzamento de matéria-espírito, daí a Convergência
Harmônia de 1.997 e o nome Harmonia-mediante-o-conflito
do 4o Raio), no quinto grau chamado “a Revelação” o faz pelo
conhecimento-amoroso. O amor-feito-saber, revela-se na
ciência das estruturas cósmicas e dos ciclos criadores, daí se
tornar o iniciado um astro-alquimista “nato”.
Assim, nas mãos dos mestres, a civilização é, sim, uma
espécie de religião, um caminho para a eternidade-infinito, para
a transcendência enfim, e não apenas das etapas humanas, como
também da própria condição humana, quer dizer, para que o
homem se torne um mestre também.
Tal coisa não representa uma “utopia”, porque os Adeptos
tratam de harmonizar o ideal com o real. Ou seja: ao mesmo
tempo em que mantém o Ideal luminoso e perfeito como uma
estrela-guia no rumo do Infinito-Eterno, também sabem
exatamente o que deve ser feito em termos concretos aqui-e-
agora na jornada “palpável” da História.
Para alcançar tudo isto, os Mestres não se portam como
reis, generais, juízes ou sequer como médicos, mas sim,
respeitosamente, como professores, em Palavras-de-luz com
toda a força domesticada, mas pulsante, dos Elementos. Isto,
para que livre-arbítrio humana seja respeitado até o final (pois
isto também tem um prazo, e ele já está terminando), como
deve ser, e para que se tenha total confiança nos próprios
mestres, a quem cabe, afinal de contas, a custódia da evolução
e até da salvação da Terra, sob a guia de Deus.
Não se trata, pois, de paternalismo, mas de orientação e de
educação. “Paternalismo” seria, isto sim, pregar a completa
159

Conclusão
A CIÊNCIA-RELIGIÃO DO MANUS
Chegando ao final desta obra, queremos apresentar mais
algumas palavras acerca de um conceito que a perspassa todo
o tempo e que chamaremos aqui de Religião da Civilização.
A Ciência-Religião, tecida entre elevados conceitos e
abstrações matemáticas, está na sua base, tratando-se de
revelações da mente superior, Atma, à humanidade, coisas que
comumentes se acham acima do entendimento do homem
médio, mas cuja apreensão e compenetração tem feito muito
pela evolução do mundo.
A Religião da Civilização -que nada mais é que o sistema
de educação permanente tradicional- é a doutrina do futuro.
Trata-se da orquestração interna & conjunta do
Multiculturalismo, Panetnismo, Ecumenismo e Socialismo,
visando a evolução espiritual do ser humano e a sua
transcedência como espécie, de forma cultural ou iniciática;
ou seja, a sua superação como reino, através do sábio
preenchimento de suas capacitações, de forma progressiva,
didática e criteriosa.
O reino humano como tal alcança, no máximo, organizar a
Civilização da Religião, que é a Teocracia, porque a sua própria
natureza é quaternária. E tal coisa ainda torna a humanidade
sujeita ao fanatismo e ao desequilíbrio, porque as suas
perspectivas são inevitavelmente estanques e limitadas.
Já os Adeptos são seres-de-quintessência (na verdade, os
Novos Adeptos são os Chohans, seres de sextessência), razão
158
e que é naturalmente a última etapa evolucionária de um ciclo
(também podemos dizer que, quanto mais avança o ciclo,
melhor as suas partes manifestam esta potencial totalizante).
Neste, temos realmente uma síntese perfeita, com direito à
transcendência ao próprio ciclo e abertura para uma nova esfera
de coisas. Por esta razão, se pode dizer -especialmente em
alguns casos-, que o fractal é uma expressão sabática, quer
dizer, o momento em que Deus repousa, emergindo também a
dimensão da celebração ou da confraternização, até pelo fato
da obra vitoriosa consumada.
Citemos, pois, alguns fractais mais “famosos”. Talvez o mais
conhecido deles seja mesmo o Setenário, passando a observar
certas matemáticas que o suportam.
1
x x
x
6 2
7
5 3
4
Chaves geométricas do Setenário: Raios & Círculos
Assim, vemos aqui duas formas de organizar
geometricamente a éxade, através de fórmulas com grande
importância simbólica e fenomênica. O ciclo das esferas, por
exemplo, é de grande significado para a astrologia. O setenário
é a unidade de todos estes grupos de forças reunidas,
centralizando-o e transcendendo-o.
O mesmo se poderia dizer do quaternário, através da chave
do valor de PI ou 3,14, o que também enaltece ao triângulo -
de resto, a primeira e a mais básica forma geométrica do
cosmos-, e também relacionado à primeira chave acima
representada.
19
 O pentagrama é outro número de grande importância
cronológica, já que se trata da raiz-quadrada do valor-base
(26) do GAP -o Grande Ano de Platão (26 mil anos), ou seja:
5x5=25. E este mesmo 25 ou, para ser exato 26, não
casualmente é também o valor cabalístico do Nome Divino
IHVH. Esta é a grande chave dos presentes estudos.
Finalmente, não podemos deixar de mencionar, para os
propósitos desta obra, a importância do decimal, a escala mais
usada em todos os tempos e lugares, valendo a pena para isto,
analisar a figura do Arcano X do Tarô, chamado “A Roda da
Fortuna”, expressão do próprio poder transformador e até
criador. Daí ser a décima letra do albabeto hebraico, o Iod, ,
simbolizado pelo dedo indicador no divino ato do fiat ou “faça-
se”, a primeira letra do Tetragtrammaton IHVH e “semente”
de todas as outras 21 letras. Para se chegar a fazer algo, é
antes necessário organizar as suas bases. A escala decimal nos
proporciona, afinal, uma das mais importantes definições dos
fractais, ou seja, como números análogos ou proporcionais,
tais como 7, 70, 700, etc.
Nisto tudo, queremos ainda, de passagem, fazer alusão ao
que temos denominado propriamente como “unicidades”, que
são valores cuja soma cabalística resulta em 10 e logo em 1,
como 4, 7, 10, 13, etc. (como se observa, este resultado se
obtém a um ritmo de três algarismos). Tomemos como exemplo
o 4: 1+2+3+4=10=1.

A importância destes números-chaves, é que eles comumente

se apresentam na organização do tempo e do espaço. Isto é
possível observar pela sua exaltação nos calendários e nas
cosmologias dos povos tradicionais. Quanto mais chaves
existem por detrás de um algarismo, maior será a sua
importância cósmica. O 3, 4 e 5 constituem, sabidamente, a Acima: Ehecatl, aspecto de Quetzalcóatl como Estrela-da-Manhã

20 157
 É chegada, pois, a Grande data! Que se iluminem todos os
fogos do Espírito, e que todos os espíritos se acendam em
chamas de luz eterna.
Somente os fogos da criação podem contrabalançar nesta
hora os fogos de destruição. É chegada a grande época do
fogo cósmico, e não há outra via a seguir -Maktub! “está
escrito”. Se o Elemento é este, é por ele que devemos atuar e
ascender. Quando as águas subiram na Atlântida, muitos se
salvaram pelo refinamento do amor e da devoção. E quando as
tempestades varreram as estepes áryas, os redimidos escaparam
pela ciência e a sabedoria.
Que a Grande Data seja o momentum de uma nova
Revelação Divina! Que todos os povos, nações e indivíduos,
se recordem ou compreendam que existe, sim, um Deus, e que
este Ser é Amor, assim como Poder, Sabedoria e Criação.
E que compreendam, novamente, que este espírito cósmico
Supremo desposa a Terra, como faziam Urano e Gaia para os
antigos gregos, agora que retorna afinal, ao palco do espaço-
tempo, as correntes ardentes do Aguador.
A Vida é infinita no seio do Criador, e é eterna na Paz das
harmonias divinas. Toda a Lei revelada visa a unidade, a paz e
a concórdia. O único Mal possível reside nisto: o desequilíbrio.
Por isto, Deus é a Totalidade atual, para além dos ciclos e do
carmas. Deus é abundância e plenitude, fonte de toda a cura
pessoal, social e planetária. Por isto, todas as Honras ao
Altíssimo, nosso Pai-Mãe absoluto e amantíssimo.
156
base da geometria dos sólidos regulares tridimensionais, cujas
faces exaltam por sua vez os valores 4, 6, 8, 12 e 20 (para não
falar dos ângulos e assim por diante).
Assim, temos arrolados acima, os principais valores de vários
calendários, entre eles os do calendário maia com sua fórmula
13:20. Naturalmente, ao lado disto tudo existem outras leis,
embora de certo modo subsidiárias e derivadas, já que as
matemáticas (e a geometria) podem ser realmente consideradas
como as leis orginais do cosmos, como disto dão testemunho
muitos sábios de renome como Platão (“Deus geometriza”) e
Pitágoras (“Tudo é número”). Para Kepler, “As leis da natureza
nada mais são que pensamentos matemáticos de Deus”.
A espiral cósmica
A espiral representa uma das formas mais significativas do
universo, estando presente na evolução dos planetas, por
exemplo, além de muitas outras formas naturais.
Em termos temporais, geralmente se fala da espiral reta,
similar à dos planetas. De fato, a famosa “roda do tempo” pode
ser representada através de uma espiral simples, desenhada
sobre um tubo, na medida em que trata da repetição mais ou
menos simples dos ciclos. Este é o tempo circular ou linear.
Coisa diferente diz respeito às espirais cônicas. A idéia de
espiral concêntrica aqui aplicada, não é coisa arbitrária, porque
o fractal representa, verdadeiramente, uma chave-de-conversão
para uma outra dimensão. Este é o verdadeiro tempo cíclico.
A pirâmide é uma forma importante de fazer referência ao
duplo aspecto espiral-quatro elementos. Existem até pirâmides
algo circulares na tradição meso-americana, geralmente
dedicadas aos “deus dos ventos”, Quetzalcóatl, abaixo
representado.
21

A serpente-alada Quetzalcóatl em forma espiralada ou de “onda encantada”
A serpente-alada é o mesmo caduceu mercuarial. Dragões
e querubins (esfinges) também fazem alusão à quintessência,
ou o domínio sobre os elementos. Comumente, os símbolos de
quaternários e pentagramas, tal como os planetas Vênus e
Mercúrio, se aproximam quase ao ponto da identificação. Uma
explicação hermética está na fórmula da Tetraktys, abaixo, onde
os quatro planos da fórmula 4:3:2:1 encerram a espiral cônica
da escala decimal. Vale notar aqui, que o símbolo pitagórico é
extremamente similar à semiótica notacional maia, reproduzida
ao lado, estrutura esta que vale, por sua vez, 20 (ou 4x5; o
zero no alto, corresponde ao símbolo da concha tendo ainda a
variante , símbolo do ciclo Katun de 20 anos).
Tetraktys pitagórica Símbolos notacionais maias
Neste caso, o ápice da pirâmide é o local da síntese ou da
transformação, daí haver comumente templos no seu topo (em
especial, nas pirâmides “atlantes”). Quanto mais elevada a
posição na pirâmide, mais elevada a energia e a síntese alcançada
-seja em termos simbólicos ou reais.
22
justiça universal, arautos da Natureza em geral, tal como Deus
no-la revela e destina.
“Devo, finalmente, olhar com especial atenção os novos
lances da História e o Chamamento dos Tempos, para ser
realmente útil a Deus, ao próximo e a mim mesmo, estando
assim atento aos eventos da nação-de-arco-íris e sua Nova
Capital, que deve ser por mim amada, acatada, protegida e
depurada, para que sirva de pólo de redenção social para todos
os que aqui vivem e também como referência espiritual para
todo o mundo.
“E também aguardar de coração aberto ao Enviado dos
Céus, o Mensageiro-do-Arco-Íris esperado para este país e
destinado a iluminar o mundo futuro, irradiando de sua
sabedoria-sem-par esperança e renovação para tudo e para
todos.
“Por fim, devo perdoar as mazelas e agradecer as benesses
desta minha condição social.”
“AMÉM”
A Iluminação da Terra: sub-etapa 1
Com a chegada de 2.012, temos a “consumação dos
tempos”. Espera-se que, para que tal data tenha sucesso, vários
iluminados se manifestem, se organizem e revelem ao mundo
como uma ordem unida enfim, realizando tarefas nos planos
internos e também nos exteriores, como facilitadores de grandes
causas. A humanidade necessita de líderes -inclusive de classes-
líderes-, não para diminuir os outros homens e classes, mas
para engrandecê-los e servir de exemplo. Pois a correnteza
segue os ventos-da-mudança.
155
 Assim, esta é a grande etapa de Resgate da natureza humana Este é, afinal, o chamado “vórtice iniciático”, que somente
como um todo, consumando a sua recapitulação histórico- é possível acontecer, graças a esforços conjuntos da Hierarquia
formativa, servindo como terra fértil para depositar na e de Shambala, junto à humanidade (daí os cômputos paralelos
consciência a semente da renovação. “divino” e “humano”, existente na doutrina do manvantara).
Em especial, devemos recordar aqui dos valores da raça As iniciações também avançam nestes termos, e a iluminação
Americana, e a importância da prática do urbanismo como ideal que ocorre no quarto grau iniciático, é apenas a concentração
de integração. Também devemos invocar o Elemento Fogo, o final de energias, capaz de gerar uma explosão interior de luz
Planeta Vênus, a beleza e a compaixão, a Quarta Iniciação e a (pela ascensão da kundalini), sendo tudo isto análogo à
transcendência espiritual que encarna a luz da Verdade revelada formação das estrelas no universo.
pelos Mensageiros divinos, atuando como luzes-de-amor
viventes, e consumando assim o Plano de Deus para a Pirâmides e calendários são, sob muitos aspectos, realidades
humanidade. equivalentes. Se observarmos os calendários antigos, veremos
que, não raro, existem referências a etapas de transição. Os
Meditação dias epagomenais, geralmente dispostos ao final do ano, têm
esta função. Mas é nas mandalas e em calendários complexos
“OM OM OM como a chamada “Pedra do Sol” (e cujo nome verdadeiro é
“Sou um nobre filho do Luz, o vidente encantado do Cuahuxicalli, “Casa da Águia”) dos astecas (ou o povo de
equilíbrio e da harmonia dos mundos, florescendo na realização. Aztlan, o país das garças ou das fênix), abaixo, que vamos
“Sou a luz radiante do Ser, a derradeira revelação da Unidade encontrar indicações realmente importantes a respeito.
total e do amor cósmico consumado, nos dias do Paraíso.
“Sou alguém que integra e valoriza as classes, cuja
importância é crucial para especializar e aprofundar as
vocações, propiciando u’a mais rica interatividade social.
“Como filho do Último Dia e a colheita dos tempos, devo
buscar a unidade céu-e-terra e trabalhar pela minha iluminação
e a de todos, assim como abrir caminhos para o maravilhoso
resgate das almas-gêmeas, vivendo como almas dignamente.
“Em especial, devo atuar no aqui-e-agora, para que este
ciclo histórico chegue ao seu melhor termo, valorizando e
engrossando as fileiras das novas classes, sobretudo as dos
nobres guerreiros do arco-íris, protetores da ecologia e da
Acima: Cuahuxicalli ou a “Pedra do Sol” dos astecas

154 23
 Queremos chamar a atenção para as várias formas
triangulares (ou, antes, de “alfas-com-volutas”) existentes neste
calendário. Note-se, também, que elas se concentram na linha
vertical-central do esquema, com destaque para o triângulo
(que é parte de um pedernal) que encima a cabeça do deus
solar central, o qual ainda possui em sua boca uma faca
sacrificial ou pedernal (o que o aproxima da descrição do Logos
no Apocalipse). Quanto mais próxima deste centro for a
triangulização, mais abrangente será a síntese abarcada. No
caso, o citado triângulo central aponta para a principal fenda-
de-tempo existe na evolução cósmica, aquela relacionada às
Origens mesmas. Representa o momento em que existe uma
direta conexão entre o centro (alfa) e a periferia (ômega) do
tempo, proporcionado u’a máxima revelação divina. A rigor,
isto corresponderia ao “Solstício cósmico” ou a passagem entre
Câncer e Leão, momento em que surgiu Sanat Kumara na Terra,
e que se acha relacionado ao famoso evento da “passagem pelo
cinturão de fótons”, do qual nos aproximamos uma vez mais.
Por isto, talvez não seja mera casualidade, que a data do
começo da Era solar maia-nahuatl ou do “Quinto Mundo”,
registrada no alto deste verdadeiro “horóscopo da Terra”, seja
a de 13 de Agosto de 3.113 a.C. (por esta razão, consideramos
este dia importante também para o encerramento do ciclo em
2.012). Os “Quatro Mundos” (ou raças-raízes) estão aqui
representados no círculo central, na forma de quadrângulos
inclinados, e o Quinto Mundo (Ollin ou Movimento) é o próprio
Sol central, mas também o conjunto da Pedra numa outra
acepção.
Também digno de nota para os nossos presentes propósitos,
é o fato da “Pedra” estar circundada por duas serpentes com
doze divisões. Vistos como zodíacos sidéreos, teríamos aqui
uma referência ao duplo zodíaco ou ao ciclo total de 52 mil
24
que atualmente seguem, aliás, o nobre resgate de um processo
social nacionalista, cabendo fomentar, todavia, hoje também
os valores eco-espirituais. O Brasil é um grande país que ainda
aguarda por sua libertação cultural. Este processo anda na
verdade em partes, sendo a organização de suas classes sociais
a forma concreta e objetiva de avançar.
Neste ano final, Brasília e o Mensageiro estarão com 52
anos, a idade do Fogo Novo, possibilitando a revelação da
unidade cósmica ou assinalando a eterna premissa de que “assim
como é em cima é em baixo”. Tal como a evolução cósmica se
organiza e concentra através da síntese da espécie humana e,
nesta, em ciclos cada vez mais complexos e especializados,
tudo isto termina naturalmente por se reunir em alguns
indivíduos especiais, capazes de manifestar esta totalidade com
maior envergadura.
E tal coisa denota o cumprimento pleno das profecias, senão
de todas elas, certamente o começo de grandes revelações, e
de efeito mundial. As semelhanças entre as profecias do mundo
são notáveis. A questão do cavalo branco também é bem
conhecida. A Jerusalém celeste é similar aos paraísos orientais.
O Logos joanino se assemelha ao da Pedra do Sol e ao Kalki
Avatar. E existe um importante aspecto de Quetzalcóatl como
“Estrela-da-Manhã” (Vênus) -nome também, diga-se de
passagem, de Lúcifer-, chamado Ehecatl, evocando as palavras
finais de Jesus ao dizer “Eu Sou a raiz da geração de Davi; Eu
Sou a Estrela-da-Manhã”.*
* Nisto, temos na verdade uma dupla-profecia astrológica, que
assim reunida bem pouca dúvida pode deixar: a união do felino
sagrado (signo maia de Jaguar ou Xamã, expressão dos mitos solares
universais; ao designar a natureza de seus doze filhos, Jacó diz de
Judá, a raiz “casa de Davi”: “Judá é um leãozinho, que manterá o
cetro sempre junto de si”) e de Vênus-caduceu ou Quetzalcóatl.
153
individual e o coletivo), capaz de realizar as necessárias anos que estamos tratando nesta obra, sob a designação de
transformações culturais, sob o chamanento dos tempos quando “megacosmos”, ou seja, de índole paleontológica. Na sua base,
estes anunciam a necessidade-possibilidade de apurar novos as cabeças das duas serpentes abrigam deidades (geralmente
consensos -tal como sucede em nossos dias, a olhos vistos e tidas como Quetzalcóatl e Tonatiuh (ou Vênus e Sol), ornadas
até gritantes. com sete-estrelos, provavelmente as Plêiades e Órion. Suas
O atual final de ciclo histórico na Eurásia, jogou muita bocas estão dramaticamente abertas e separadas por um “alfa-
fumaça no ar, servindo de fermento para as utopias. Contudo, com-volutas”, cabendo observar que as “cabeças” das serpentes
tal coisa apenas parcialmente pode ser aproveitado numa cultura zodiacais são comumente tidas como sendo os signos do Sol e
nascente como a nossa das Américas, onde, pelo contrário, da Lua, ou seja, os citados Leão e Câncer.
tudo ainda e recém está por se fazer.
Por isto, é preciso olhar com outros critérios as nossas
próprias coisas e realidades, sem pretender importar ideologias
exóticas de maneira indiscriminada, sob pena de vivermos uma
alienação mental apenas pseudo-intectualizada. Já aprendemos
a importância da chamada “antropofagia cultural”, e tal coisa
necessita ser posta em prática em quase tudo...
No mais, é também reunir a experiência das raças na dinâmica
das classes, a fim de fomentar a síntese do multiculturalismo
espiritual, tal como faziam as sociedades védicas através da
magistral síntese do Brahmanismo ou no regime da Sinarquia.
Na atualidade, vivemos avançados processo de sínteses
sociais no país, e tal coisa aponta para o Centro-Oeste. Nisto,
é preciso também refletir e atuar seriamente pelo Livramento
da Nação Auri-Verde* e dos povos latino-americanos em geral,

* A expressão “auri-verde” representa para nós algo mais que as

cores nacionais do Brasil. Observe-se o espectro cromático. Suas
cores podem ser relacionadas à hierarquia social, coroadas por
instâncias superiores que já não representam classes (ainda?), mas
forças de orientação. Assim, as quatro cores básicas representam as
classes sociais: proletariado (vermelho), burguesia (laranja),
aristocracia (amarelo) e clero (verde). As cores superiores, azul (Adeptos,
Asekhas) e violeta (Chohans) sinalizam as hierarquias-auxiliares.

152 25
Capítulo 2
A CHAVE DO PENTAGRAMA
Os fractais-chaves que iremos empregar aqui, no entanto,
são basicamente o pentagrana e o decimal.
Ou seja, inicialmente, o pentagrama em si, e em seguida o
fractal decimal do próprio pentagrama. Quer dizer: 1/10 de 5,
de 50, de 500 e assim por diante.
Já demonstramos que uma das grandes razões da importância
do valor cinco -ou o chamado Número do Dragão-, está em
representar a raiz-quadrada (de forma aproximada ou não) do
Nome Divino e do Ano Cósmico. Esta valor estava associado
nada menos que a Quetzalcóatl no mundo atlante (a Atlântida
são as Américas antigas, evoluindo desde os últimos dez mil
anos, e com ênfase no setentrião), que significa o mesmo deus
Hermes-Mercúrio dos greco-latinos, mas também Vênus-
Afrodite por certa contingência evolutiva, quer dizer, pelo grau
quaternário em questão, relativo ao reino humano em geral e à
hierarquia atlante em particular, assim como agora à própria
humanidade atual, denotando com isto a consumação do
processo evolutivo humano...
Trata-se, pois, da grande Chave da Alquimia: Mercúrio ou
Hermes Trismegisto, é o mensageiro-dos-deuses que faz a ponte
entre o céu e a terra, o “Pimandro” responsável pelas operações
herméticas. A união céu-terra também corresponde, é claro, ao
tempo e ao espaço que, reunidos, fornecem as chaves de todos
os calendários.
26
Capítulo 30
1,3 ANOS: RESGATE
Este último micro-período vai dos
meses finais de 2.010 até o 2.012.
A Unidade é a chave desta sub-etapa
final: a plenitude, a globalidade, o holismo,
o universalismo. E o grande dharma deste
período, seria o resgate sociológico das
1
comunidades humanas. Em especial,
refletir acerca da importância da classe
atual, que é da aristocracia cultural, tal como apresentamos na
Parte IV desta obra.*
Adquirir consciência de integrar uma classe social, é o
nascimento da verdadeira sabedoria, é colocar os pés na “terra”
da História e fazer algo de realmente útil para si, para o próximo
e para Deus. Todo ser humano deve, sim, namorar a utopia,
mas necessita também se casar com a realidade. A única forma
de superar as classes sociais, é através delas próprias em
evolução, e não negando-as. Daí a importância de saber quem
somos, evitando assim devaneios, falsas modéstias e
megalomanias. Somente aquele que se sabe classe, é capaz da
união-que-gera-a-força (criando o equilíbrio-criador entre o
* Recomendamos, para isto, o estudo de boas obras de Sociologia,
especialmente aquelas voltadas para as classes mais nacionalistas e
espiritualizadas, tal como demonstramos no livro “Sociologia
Universalista -o Caminho Social como Via de Transcendência”, Ed.
Agartha, AP, 2008.
151
sem elas, por sua causa delas e com elas, sempre, gerando a
Magia da Vida Una e a Unidade transcendente dos Mundos.
Note-se que, neste momento, a Cidade-Estrela dará o sinal
de sua maioridade. O primeiro jubileu de Brasília estará sendo
comemorado, com seu aniversário de 50 anos.* A Cidade-nave
é um estrela que aponta para a sociedade nacional (e numa
outra escala, para todo o mundo) os rumos do porvir.
Que os buscadores no novo espaço-tempo sigam o Chamado
da Estrela, especialmente sob o brilho do fractal, ela que nasceu
sob a luz da transformação e agora desagüa no Novo Tempo,
como nau predestinada chegando ao porto da Eternidade por
fim.
* Tal como o Mensageiro também, numa verdadeira bodas-de-
ouro que une cidadão e sociedade, tudo destinado a se fundir e
sacralizar. Este acontecimento demonstra o sucesso da sincronicidade
cósmica, na unidade do micro, meso e macrocosmo presentes,
potencializando o sucesso do Plano divino. O Mensageiro “chama-
se” Xamã-Quetzalcóatl. As sociedades antigas davam muita
importância à astrologia, e os pré-colobianos tinham até a tradição
do Nome Astrológico (ver ROCA - Revista Órion de Ciência
Astrológica, FEEU, PoA). A existência de um mestre é,
necessariamente, como o “fractal” de um ciclo maior.
150
Mas também das pirâmides e seus mistérios astronômicos,
como um verdadeiro calendário tridimensional, do qual os maias
nos dão fabulosos exemplos, destacando-se a belíssima Pirâmide
de Kukulkan na imponente cidade maia-tolteca Chichén Itzá e
uma dos novas “marvilhas” do mundo, abaixo, orientada
segundo os equinócios.
(Na imponente cidade sagrada de Teotihuakan, três grandes
pirâmides se destacam: a do Sol, a da Lua e a de Quetzalcóatl,
esta enriquecida com belos arabescos e formas calendáricas.)
E este pentagrama nos confere, também, a grande chave
para compreender os mistérios do calendário maia.
Tampouco se pode ignorar, a íntima relação existente entre
o Pentagrama e o ciclo do setenário (base: 7 x 7 = 49), o que
também é de suma importância para a compreensão da
consumação contida nestes ciclos de base 5.
Academicamente falando, sabemos que a data de 2.013 está
relacionada à consumação do “Quinto Sol” dos nahuas e dos
maias, ciclo iniciado em 13 de Agosto de 3.113 a.C., segundo
as informações fornecidas pela “Pedra do Sol” (Quahuxicalli)
dos astecas (ver Capítulo anterior). O “Quinto Mundo” como
também era chamado, era para os maias o último ciclo de
27
evolução humana, estando simbolizado pelo emblema de Ollin,
palavra que significa movimento e simbolizada por uma espécie
de suástica, quer dizer, a dinamização do quaternário. Trata-
se, pois, da síntese ou culminação da evolução racial-
antropológica da humanidade. Cada um destes Mundos se
encerrou através de um cataclisma, e no caso de Ollin se diz
que encerrará através de terremotos -que é, afinal, ao lado dos
vulcões, uma das mais importantes manifestaçõs das atividades
do fogo cósmico e intraterreno.
Assim, esta que é também chamada de “Era Solar” (Surya
Yuga) em várias tradições e escolas esotéricas, contando com
5 ou 5,2 mil anos, corresponde ao período de uma evolução
racial. Esta seria a nossa chave principal; mas ao lado dela,
existe outro ciclo análogo ou “fractal” muito conhecido,
chamado “Fogo Novo”, de 52 Anos, por sua vez de importância
social tão grande, que regulava o ciclo de reconstrução das
pirâmides, como símbolo da sagrada ordem coletiva (na
verdade, haviam pirâmides de diferentes tamanhos, para
representar as diferentes grandezas dos ciclos-fractais). Na
verdade, este ciclo definia o período de uma geração, pois um
ciclo propriamente social corresponde a 260 anos (ou 52 x 4),
definindo quatro etapas geracionais (ou, mais exatamente, na
forma de 3+1 gerações) que completam a perfeita evolução de
uma classe social.
Menos conhecidos são os fractais de 520 anos (ou de 500
anos entre os incas), relacionados aos ciclos étnicos e,
astronomicamente falando, uma das divisões do ciclo sótico
(de Sothis, nome egípcio da estrela Sírio) de 1.461 anos (que
os antigos egípcios também diviam na forma de 4 x 365 anos),
também chamado de a Grande Fênix, cujo mito reza que a
Fênix coloca três ovos antes de perecer, ressurgindo assim como
as suas próprias crias.
28
iminente, e então se posicionam devidamente para ocupar os
seus papéis, no tempo e no espaço. Somente com heroísmo se
vence o degrau iniciático - note que escolhemos com cuidado
cada uma destas palavras.
Amanhã eles nascerão transfigurados, sob as provas e as
benção que virão. “Como se faz ao aço, provarei o meu povo
no gelo e no fogo”, diz o Senhor dos Exércitos. O iniciado
sabe que a provação é fundamental, e não a teme. Pelo contrário,
é assim que ele revela quem realmente é, ao dizer para si e ao
mundo: “Eu não desistirei porque cumpro o meu dever, e
porque não há outra coisa a fazer. O meu nome é trabalho! ”
Assim, se existe uma grande Missão nestes tempos cósmicos
conflagrados, é aquela do retorno para a Visão interior, para a
qual as gerações têm se preparado tão criteriosamente, sob a
batuta dos mestres secretos ou revelados.
A Vida deve doravante voltar-se para dentro, não para
renegar o externo, mas para equilibrá-lo e até para preservá-
lo. O impulso vital e todos os instintos humanos, deverão passar
pelo filtro da espiritualidade, sob pena da mais brutal barbárie
suceder, que é aquela da destruição completa de nosso ecosistema,
sob as ações de falsas lideranças e suas falsas ideologias.
As crianças, acima de tudo, deverão ser protegidas dos vícios
e das mentiras do mundo corrompido, para dar lugar ao novo.
Em nome delas, um novo mundo deverá ser criado, elegendo-
se para os Filhos da Aurora um local adeqüado (tal como o
agricultor consciencioso prepara a sua sementeira ao abrigo
das ervas daninhas), onde um novo tempo naturalmente terá lugar.
Um Tempo natural que segue a ordem das Estações e dos
Ritmos da Vida, já não um tempo enxertado, artificial,
deformado e colonial. Mas um tempo próprio, casado com o
espaço próprio. E a partir desta harmonia, é que se gerará o
Vórtice da Transcedência final, não apesar das dimensões, não
149
étnica que fez deste país um lugar abençoado aos olhos do
mundo e sementeira para o porvir da nova raça mundial.
“Devo, sim, celebrar esta nação como o grande local de
encontros, a própria Assembléia agarthina do Mundo através
de seus povos, raças e etnias, aberto a todos sem distinção,
para forjar o Novo através desta síntese destinada a resgatar a
unidade da Luz e a força transmutadora do Cristal.
“Por fim, devo perdoar as mazelas e agradecer as benesses
desta minha condição étnica.
“AMÉM”
A Iniciação da Luz: sub-etapa 2
Estamos chegando aos portais de 2.012; é preciso encher-
se de energia para galgar os novos degraus. Os tempos são de
crises e de oportunidades. Não se faz uma alquimia sem refugos.
Que os predestinados se reúnam, que os bons e os perfeitos
atuem em conjunto, para que o novo se manifeste enfim. É
hora de pensar na luz, de assimilar a luz, de tratar a luz como
uma realidade total, e de viajar na luz do pensamento e no
pensamento da luz. “O Sol é nosso Guia”, reza a Canção do
Povo do Arco-Íris.*
A cavalaria-da-luz deve se organizar. Os cruzados da grande
Transformação necessitam estar a postos. A Ecóstica e a
Milística, ou a ecologia mística e a milícia mística, estarão a
postos na Grande Ira das convulsões da Terra, que já é
começada. Pois, “quando tudo parece terminar, tudo recomeça
novamente” -diz a sabedoria do Tao Te King, de Lao Tsé. Os
iniciados na luz comprendem que a transformação do mundo é
* Ver a Oração completa, no início desta obra.
148
Menos conhecido ainda, é o ciclo máxime (por assim dizer)
de 52 mil anos, naquilo que diz respeito ao conjunto da evolução
humana ou a sua evolução “paleontológica” como espécie ou
reino da Natureza -no caso, de ordem quaternária.
Finalmente, nesta categoria ignota entra o micro-ciclo de
5,2 anos, como fractal absoluto pelo qual se aciona
derradeiramente o “final dos tempos”, sendo aquele que
adentramos a partir do ano de 2008, especialmente no Portal
8:8:8 dito “do Infinito”.
E assim, vemos arrolados acima 5 fractais relacionados ao
pentagrama, numa fórmula proporcional de 5x5, que reproduz
no vórtice cíclico dos fractais, a mesma fórmula quadrada do
tempo linear do Ano Cósmico -uma coisa, aliás, sempre
relacionada à outra, vale dizer.
Abaixo, apresentamos uma formulação destes cinco
pentagramas-pentágonos integrados:
O5x5
Tudo isto será analisado na presenta obra,
assim como as subdivisões destes ciclos
quintessenciais, ou em forma de cruz-em-
movimento, como a suástica árya, da qual os
pré-colombianos tinham diversas variantes,
com esta observada ao lado. Ollin ou
“Movimento”
29
 Trata-se este, na verdade, de um símblo múltiplo, e
corresponde à representação indiana de quatro cruzes-gamadas
(chaturswásticka) reunidas, abaixo, perfeitamente afim,
portanto, com o tema analisado nesta obra.
Chaturswatika
Abaixo, apresentamos então aquilo que se pode chamar,
daí, de “A Estrutura Cultural Humana”, constituída pelas
sucessivas organizações cada vez mais especializadas da
Espécie, das Raças (sub-espécies), das Etnias (sub-raças) e das
Sociedades (sub-etnias). Tudo isto configura a matéria-prima
daquilo que, nas Ciências dos Manus, se denomina A Religião
da Civilização, servindo de base para a organização do universo
humano e que, devidamente orquestrado, também para a sua
superação como reino evolutivo.
“A ESTRUTURA CULTURAL HUMANA”
1. Espécie 3. Etnia
2. Raça 4. Sociedade
Tudo isto reproduz o símbolo do valor 1.000, relacionado
ao chakra cononário de mil pétalas vinculado à iliuminação.
30
Esta é, pois, a grande etapa da Destinação do mundo
humano, sob a beleza, a alegria e o colorido da vida.
Em especial, devemos recordar aqui dos valores da raça
Ariana, e a importância da prática do ruralismo como ideal de
estética e de perfeição, dando lugar para maior equidade social.
Também devemos invocar o Elemento Ar, o Planeta Marte, o
valor e o idealismo, a Terceira Iniciação e a nobreza espiritual
que porta altaneira a tocha da Verdade conhecida e revelada
pelos Mensageiros divinos, atuando como iniciados e líderes
em prol da orientação das nações para as novas e sagradas
Verdades e Desígnios sagrados, para que o mundo volte aos
seus rumos eencontre novos caminhos de rendenção e de
harmonia.
Meditação
“OM OM OM
“Sou um nobre filho do Espaço sagrado, comunico o dom
do centro e do portal da síntese, na expressão da verdade
celestial. Sou o ritmo do Universo Pai-Mãe, a dança infinita do
espaço-tempo em busca de amor e expansão.
“Pertenço a etnias em expansão no mundo, forjando novos
horizontes culturais e novas etapas de revelação do sagrado e
da verdadeira civilização, no culto à arte, à beleza e à tradição.
“Em especial, devo atuar de forma livre e renovadora,
eclética e ecumênica, digno, portanto, de um filho da Nação-
do-Arco-Íris, a sétima (sub-)raça-de-ouro do ciclo áryo em
conclusão.
“Como partícipe do Sabat racial Divino, mais do que forjar
novas raças, devo é fundir a todas num grande concerto global,
respeitando, não obstante, toda a pluralidade e a diversidade
147
 Cabendo notar ainda, que a evolução espiritual se acha
Capítulo 29
totalmente diluída no conjunto das estruturas dadas; tal como
o Brahmanismo histórico tratou sabiamente de organizar.
Na prática, também podemos dizer que cada fractal nasce
2,6 ANOS: DESTINAÇÃO do coração do fractal anterior maior, nos termos que se busca
também representar abaixo, de formas gráfica, dimensional e
cronológica.
Este terceiro micro-período vai desde

2
meados de 2.009 aos finais de 2.010.
MEGACOSMOS
A Dualidade é a chave desta sub-etapa 50 mil anos
final; os ritmos das coisas, as polaridades e
os opostos. E o grande dharma deste
MACROCOSMOS
período, seria o resgate etnológico das 5 mil anos
criações humanas. Cabe refletir sobre a
família humana e a riqueza cultural da humanidade em si, tal MESOCOSMOS
como apresentamos na Parte IV desta obra. 500 anos
Ver o ser humano como etnia, é saber valorizar os cultos, as MICROCOSMOS
religiões e os valores próprios, todos eles importantes 500 anos
importantes até como aspectos das etapas da revelação divina “O OLHO-DO-FURACÃO”
na Terra e sinais do gênio humano ou espiritual. 5,2 anos
A diversidade religiosa é uma referência direta da evolução
espiritual do homem, servindo de sinal para o seu 2.013
desenvolvimento interior. Através das diferentes culturas, o
homem moderno pode encontrar mais facilmente caminhos para À síntese-das-sínteses (ou o que Ibn Arabi, dito o Mestre-
a sua própria auto-expressão e cultivo interior. A diversidade dos-mestres, chamou de o núcleo-dos-núcleos”),
revela a evolução no tempo, criando assim o equilíbrio-criador denominaremos aqui, pois, de “o Olho-do-Furacão”, sendo ele
entre o passado e o futuro, no agora, através do culto à arte, à a própria quintessência-das-quintessências...
beleza e à tradição. Trata-se do anel-de-tempo que contém o poder sobre os
Especificamente, o ser humano compreende a importância restantes (como o “Um Anel”, para aproveitar a linguagem do
da terra e haver um vínculo territorial preciso no qual pode “Senhor dos Anéis”). Estes anéis-de-tempo também vão
melhor se desenvolver, especialmente tendo em vista a revelação “fechando” tempo-e-espaço, localizando e resumindo
de novas virtudes de Deus. Na atualidade, vivemos avançados realidades.
processo de sínteses étnicas, e tal coisa aponta para o Brasil.
146 31
 Pois a concentração do tempo, também vai sendo
acompanhada pela definição do espaço: Mundo->Américas-
>Brasil... e ainda mais, como iremos descobrir neste livro.
No final, a própria numerologia da data afirma um
pentagrama: os número de 2.012 somam 5. Já como 2.013,
resulta na éxade e na fórmula 20:13 do “novo tempo” ou do
tempo quadridimensional, ultrapassando o tempo 12:60
tridimensional.
No próximo Capítulo, avançaremos mais no tema dos
“anéis” de espaço-tempo.
A divisão-13 e os Elementos
Não obstante, devemos assinalar também, que a divisão
quádruple se aplica internamente no pentagrama (ou como
divisão propriamente dita), na forma de ciclos baseados no
importante valor 13 (13 x 4 = 52 anos, por exemplo). Em si
mesmo, o 13 (modernamente chamados “tons”) define os
escalões do panteão pré-colombiano, de modo que o deus
supremo, Hunab Ku em maia ou Ometéotl em nahua, ocupa
este último patamar.
E como iremos observar a certa altura, esta divisão também
está relacionada aos quatro Elementos da Natureza, que são
como uma cosmologia natural, nos seguintes termos:
1. Terra = 1 x 13
2. Água = 2 x 13
3. Ar = 3 x 13
4. Fogo = 4 x 13
Dito em outras palavras, no primeiro quarto de cada fractal
se colocam bases culturais concretas -é o que significa “Terra”,
tais como são as bases produtivas da economia.
32
Em todos os tempos, a humanidade necessitou de referências
para se refletir e, então assim, evoluir. Os maus exemplos são
sempre muitos e fazem o seu triste papel. Porém, quando
surgem bons exemplos, a sua força e influência consegue ser
ainda mais poderosa.
Assim, se existe uma grande tarefa da nação do arco-íris
(ou da sétima sub-raça), esta é a tarefa da Geosofia, ou da
geografia sagrada: a tarefa da organização do Espaço sagrado,
a harmonização da Natureza com a Civilização e dos Elementos
entre si, como base sólida para um novo Tempo.
Desde o ângulo destas culturas, é o Espaço o fundamento
para a transformação do tempo nas consciências. Daí que, após
identificar este Espaço predestinado, com suas etapas evolutivas
de organização, é preciso deter-se atentamente à obra e seguir
o Plano revelado pelos Mensageiros, para que o Novo tenha
um local adeqüado para se manifestar.
O Novo Espaço é central, daí ser ele também agarthino. As
profecias do Rei do Mundo dizem que, no final dos tempos, os
povos da Agartha virão à superfície da Terra. Antes disto, estes
seres especiais necessitam se reunir e organizar devidamente,
para realizar esta grande Missão de orientar os povos
desnorteados pelas crises que virão, para que, então sim, a
crise possa ser um sinônimo de oportunidade de transformação
(ver nossa obra “Os Mistérios de Agartha”, AP, 2008).
O “Centro da Terra” é também um local geográfico, no
centro dos continentes. É a região de encontro dos Povos-
Irmãos, e a isto deve ser especialmente consagrado.
Uma Civilização central detém a magia da Terra Sagrada,
dos povos autócnes e da Natureza exuberante. Tudo isto
encontramos ainda no Centro-Oeste do nosso vasto país, mas
sob rápido processo de transformação. É hora dos Filhos do
Amanhecer adotarem a Terra do Futuro para que haja realmente
um amanhã para todos e a Revelação Plena também tenha a sua vez.
145
 “Deus mesmo revela a Sua natureza através destas raças e
suas virtudes. Em especial, devo atuar agora como um
Americano, refletir sobre as coisas do Novo Mundo, seus
dramas e glórias, sua História antiga, recente e atual, assim
como no seu futuro predestinado em Deus e como fruto da
promessa do Reino divinal, da nova raça telúrica regida pelos
mestres cósmicos, destinada a escrever a final página da
Imortalidade da evolução humana e assim saltar para a Grande
Aventura da pós-humanidade.
“Devo também exaltar as tribos sagradas como sementes
de nações, assim como a verdadeira religião dos Salvadores da
Terra.
“Por fim, devo perdoar as mazelas e agradecer as benesses
desta minha condição racial.
“AMÉM”
Os Novos Consensos: sub-etapa 3
Os “finais de tempos” se afirmam pela formulação potencial
da unidade. Sínteses se anunciam e necessitam ser apuradas.
As cabeças-de-ponte estão erguidas nas margens do rio-de-
tempo, cabendo apenas ao ser humano ousar fazer a travessia.
Quem o fará, para fazer da semente uma planta e da latência
uma potência?
Em todos os tempos, um grupo especial é eleito para realizar
esta tarefa. Este é um grupo-semente, e como tal ele é
depositado numa região nova, para que a sombra do antigo
não destrua as novas brotações.
Este grupo tem a tarefa de demonstrar a possibilidade da
renovação numa ampla escala, para que, a partir disto, outros
possam nele se espelhar.
144
No segundo quarto de cada fractal, se colocam bases de
trocas emocionais -é o que significa “Água”, tais como são a
família e o comércio.
Logo, no terceiro quarto de cada fractal se efetuam sínteses
intelectuais -é o que significa “Ar”, tais como são as doutrinas
sociais e os saberes astrológicos.
Por fim, no último quarto de cada fractal, se revelam leis
espirituais -é o que significa “Fogo”, tais como são as doutrinas
religiosas e as chaves herméticas.
Na verdade, diziam os antigos rosacruzes, que existem não
apenas 4, mas 16 (ou 4 x 4) elementos. É isto que estamos
vendo nestes gráficos todos.
Ora, o reino humano é o quarto reino da natureza, e ele
alcançou tal condição organizando e instrumentalizando os
demais reinos. Mas, da mesma forma como ele dominou e
domesticou os reinos inferiores -o mineral pela mineração, o
vegetal pela agricultura e o animal pela pecuária-, os reinos
superiores tratam de domesticar, por sua vez, o próprio reino
humano -pela civilização- para este servir à evolução e não o
contrário.
Assim, a natureza quaternária do ser humano é trabalhada
internamente, formando vórtices de energia cada vez menores.
Ou seja:
1. A evolução das espécies são os Quatro Elementos no
plano físico;
2. A evolução das raças (ou sub-espécies) são os Quatro
Elementos no plano psíquico;
3. A evolução das etnias (ou sub-raças) são os Quatro
Elementos no plano mental;
4. A evolução das sociedades (ou sub-etnias) são os Quatro
Elementos no plano espiritual.
33
 A imagem asteca abaixo, mostra uma serpente bicéfala com
cinco volutas, serve igualmente ao nosso tema.
Mas toda esta cosmologia está presente, acima de tudo, nos
símbolos de cruzes, e ainda mais em símbolos complexos como
o de Hunab Ku abaixo, com suas espirais dialéticas. De fato,
tal símbolo se aplica a todos os fractais aqui analisados,
internamente, mas também ao seu conjunto (mais
especificamente, a última Parte deste livro será tratada nestes
termos mandálicos)
Para finalizar este tema, devemos apresentar algumas
conexões particularmente importantes:
1º Quadrante ... Elemento Terra ... Constelação das Plêiades
2º Quadrante ..... Elemento Água ... Constelação do Cruzeiro do Sul
3º Quadrante ... Elemento Terra ... Constelação de Órion
4º Quadrante .... Elemento Terra ... Constelação das Ursa Maior
34
algo descartáveis, tal diversidade é preciosa aos olhos de Deus
e da transcendência, porque estas qualidades se refletem na
organização do universo interior de cada ser humano e, de
resto, em toda a parte na Criação.
Na atualidade, vivemos avançados processo de sínteses
racais, e tal coisa aponta para as Américas. Assim, esta é a
grande etapa da Distribuição dos dons e valores sagrados do
universo humano, reunidos na síntese da nova humanidade.
Em especial, devemos recordar aqui os valores da raça
Atlante, e a importância da prática do tribalismo como ideal de
socialibilidade. Também devemos invocar o Elemento Água, o
Planeta Júpiter e o Tempo, a consciência, a sensibilidade e a
Segunda Iniciação, ou o batismo espiritual na luz da Verdade
revelada pelos Mensageiros divinos, na Religião Verdadeira
salvadora do mundo e que não separa grandes e pequenos,
assim como o serviço às suas Leis e aos seus seguidores,
formando assim a fraternidade ou a sanga abençoada, dos
verdadeiros Eleitos que são os Filhos da Promessa.
Meditação
“OM OM OM
“Sou um nobre filho do Tempo, a semente da extensão
infinita dos mundos, trazendo comigo a ascensão do espírito e
a semente da esperança. Sou a Pirâmide da transformação, o
movimento da matéria em busca da luz da Verdade.
“Pertenço a raças em evolução, filhas de raças antigas e
mães de raças vindouras. Amo a luz da consciência e devo
difundí-la em toda parte.
“Devo, por isto, respeitar a diversidade racial e valorizar os
seus diferentes dons, como expressões da evolução interior de
minha própria espécie.
143

Capítulo 28
3,9 ANOS: DISTRIBUIÇÃO
Este segundo micro-período vai do
começo de 2.008 até meados de 2.009.
O Triângulo é a chave desta sub-etapa
final, as Trindades sagradas e as sínteses
espirituais. E o grande dharma deste
3 vez realizada, senão para buscar novas, pelo menos para
período, seria o resgate antropológico das
raças humanas.
Cabe refletir sobre a evolução humana e a natureza intrínseca
da humanidade, a importância da diversidade cultural ou do
multiculturalismo, desde o ângulo de seus modus vivendi, tal
como apresentamos na Parte III desta obra.*
Ver o homem como raça, significa adentrar nos caminhos
da evolução interior, e definir grandes planos de transformação,
edificando assim os sucessivos estados de consciência (criando
assim o equilíbrio-criador entre o superior e o inferior). Aquilo
que eram elementos físicos na Natureza, agora são princípios
conscienciais, ritmos e tendências humanas. E assim teremos
sucessivas culturas e raças: a do homem prático, a do homem
psíquico, a do homem mental e a do (novo) homem espiritual.
E ainda que, para cada raça, às vezes pareça que as outras são
* Recomendamos, para isto, o estudo de boas obras de
Antropologia, especialmente aquelas voltadas para a diversidade
cultural, tal como é o livro “Antropologia Geral -Sentido &
Historicidade do Multiculturalismo”, Ed. Agartha, AP, 2008, do
presente autor.
142
Conclaves & Portais
A evolução quaternária ainda pode ser considerada humana;
não obstante, e a sua evolução, orquestração e harmonização,
depende basicamente da intervenção dos mestres -é o que dá
movimento (ollin em nahua) ou dinamismo ao quaternário-,
uma vez que o ser humano tende a se identificar com a coisa
em si e gerar fanatismos de toda a ordem, ao esquecer que são
apenas meios e que deve procurar superar a experiência uma
enriquecê-la com novas combinações.
Temos demonstrado que um portal representa uma síntese
de tempo-espaço, tendo detrás de si a atuação de hierarquias.
Sucede que os fractais-pentagramas, estão tradicionalmente
sujeitos à ação das Herarquias espirituais, representando alguns
daqueles momentos-chaves de intenvenção superior. Tais
fractais se caracterizam pela realização de Concílios de Adeptos
na Terra, no qual se liberam decisões evolucionários de
dimensão cósmica. Alice A. Bailey revelou especialmente os
ciclos Conciliares de 49 anos, relacionados à efeitos sobre a
Humanidade; mas sabe-se também, amparado na tradição
védica dos rishis e na própria História, que existem os ciclos
de 490 anos com efeito sobre a Hierarquia, e ainda os ciclos de
4.900 anos com efeito sobre Shambala. Foi um destes últimos
que aconteceu no ano de 2.001, trazendo novas energias
cósmicas para a Terra, como iremos ver na penúltima Parte
desta obra. Citemos, para detalhar, sobre este importante
assunto, a nossa obra “O Plano da Hierarquia - A Reabertura
das Escolas de Iniciação” (Capítulo 8):
“Estes Concílios acontecem então, na Loja Himalaya, a cada
49 anos, basicamente, quando os Mestres de Sexta Iniciação
se reúnem para decidir sobre seus Sendeiros Evolutivos futuros.
35
Tais ‘Decisões’ apresentam sempre conseqüências importantes De resto, não devemo ser otimistas e nem pessimistas, mas
para História do planeta. criadores. Como diz o ditado popular, quem espera desespera.
“Existem também ciclos maiores análogos a este, no caso, Há sim, “uma hora para tudo sob o Sol”, mas nunca se trata de
de 490 e 4.900 anos. É quando se reúnem grupos maiores para esperar, mas de semear. Talvez lembrando a canção: “Quem
levar a cabo Decisões mais importantes ou dramáticas, como sabe faz a hora, não espera acontecer”. A revelação do saber é
aquelas muitas vezes necessárias às grandes transições de o próprio chamado para a ação. Praxis não é sinônimo de
épocas: “materialismo”. Por isto, em todas as tradições antigas, o deus
“Todos estes Iniciados –em um dado momento–, da espada (ou da ação) é o mesmo deus da pena (ou da escrita).
formam um grupo que toma a decisão final sobre os
assuntos humanos. A antiga civilização atlante foi levada
a seu fim pela decisão deste grupo de iniciados; a decisão
que farão agora também produzirá grandes mudanças
em nossa civilização moderna.
Alice A. Bailey, Os Raios e as Iniciações.
“Cabe lembrar, neste aspecto, que Jesus disse a Pedro,
porquanto fosse este o Chefe da Igreja, que ele deteria ‘as
chaves do céu e da terra’. Assim, um único Representante
encarnado pode canalizar a todo este imenso potencial.
“Tais Conclaves se caracterizam, pois, além da questão de
tempo, também pela dimensão de energias (‘planos’) em que
são trabalhados, assim como pelo fato de se realizarem em
regiões definidas do globo ou a elas relacionadas, mas com
uma projeção final sempre universal, porque se tratam de
processos realmente planetários. Também se caracterizam pelo
número definido de participantes que os integram, de forma
proporcional à grandeza de cada ciclo. Daí se dizer que os
Rishis podem se manifestar em grupos variáveis de 7, 14 ou
mesmo 21 indivíduos (ver Glossário Teosófico).
“Neste aspecto, o ‘49’ (7x7) é apenas um fractal de ciclos
universais, que podem ser de 490 ou de 4.900 anos.

36 141
 Mitos são realidades especiais, transpostas para a esfera da
lenda, no momento em que a magia-realidade a que aludia se
perdeu. Pois isto, se diz que, toda a lenda, traz resquícios de
alguma realidade.
A revelação dos mistérios é uma via de dupla-mão. De um
lado, as escolas devem se abrir desde fora, para reeceber as
pessoas aspirantes. De outro lado, as escolas devem se abrir
desde dentro, ao decodificar os seus símbolos augustos, para
que possam alcançar mais pessoas e assim alimentar novos
consensos emergentes. A grande chave para isto é a sabedoria
iluminada, plena de amor e da harmonia dos opostos.
Assim, se existe um grande Desígnio nesta Data Magna
revelada de 2.012, este será o da renovação dos ciclos raciais,
o Advento do Cubo sagrado da Nova Jerusalém, na dupla-
fórmula 6a Raça-Raiz-4a Raça sagrada.
Através disto, temos a organização final do espaço-tempo,
nas seis direções espaciais e nas quatro dimensões temporais,
gerando a integração da matéria e a cosmificação da
consciência.
Céu e Terra voltam a andar juntos. A Terra no céu, o Céu na
Terra. E o Homem como Ponte viva desta Unidade cósmica,
eterna e infinita. A Terra se redime como ninho dos Homens-
Pássaros, e como tal passa a ser valorizada e exaltada... O berço
é sagrado, a terra é sagrada. Não pode ser vendida e nem
comprada, porque não tem um preço. A terra é para ser amada,
e não explorada. Ao menos no berço da Revelação, ela ssim
será considerada.
Reencantar a Terra, com beleza, pureza e ousadia - esta é a
grande tarefa dos Filhos do Amanhecer. Que se levantem, pois,
os filhos do Amanhecer! Que se alcem como Colunas vivas do
templo do Senhor.
140
“Os Conclaves Menores (49 anos) respondem pelo rumo
de um único Hierarca de grau de Chohan, com sua influência
interna sobre uma geração, emanando energias basicamente
intuitivas, e possibilitando o avanço do intelecto humano, assim
como a evolução das medidas econômicas. Define, por fim, a
mudança no Pontificado Universal, semelhante a como
consideravam os pré-colombianos o seu ciclo de 52 anos (ao
qual é virtualmente idêntico).
“Por sua vez, os Conclaves Médios (490 anos), tem a função
de definir ciclos importantes no progresso da Civilização (sub-
raças), com a emergência social de Chohans em alguma região
em particular, e com uma expressão basicamente religiosa do
mundo. O último aconteceu em 1.511, selando a Renascença,
a Idade das Explorações e o Protestantismo. Os nomes em
ascensão foram os de Lutero, Leonardo Da Vinci e Cristóvão
Colombo; chamados de ‘Avatares Menores’ por Bailey (em “A
‘Manifestação da Hierarquia’).
“Quanto ao Conclave Maior (4.900 anos), representa, desde
o ângulo da ordem racial, a suprema congregação de Hierarcas
na Terra, com o Advento dos Budas, dos Rishis e da raça Hamsa,
e implantarão conjuntamente a nova Civilização mundial (Raça-
Raiz). Estes Conclaves Supremos têm, portanto, uma dimensão
inclusive política, por assim dizer, e costumam ser
representados através de símbolos como o da Congregação
dos Deuses no Olimpo (uma referência a Shambala). O último
destes Grandes Conclaves aconteceu há cerca de 5.000 anos,
com a vinda do Avatar (Manu) e dos Grandes Rishis ao mundo,
dando lugar à última Idade de Ouro Mundial de que se tem
notícia.”*
* Ver também nossa obra “O Livro dos Chohans” , Editorial
Agartha, AP, 2008, e também, focalizando o ano de 2.001, o livro
“Merkabah -a Cúpula de Cristal”, Editorial Agartha, AP, 2008.
37
 Naturalmente, acontecem conclaves ainda maiores, de
dimensões solares ou cósmicas, de 52 mil anos, sendo um destes
que Sanat Kumara participou, determinando a sua chegada ao
nosso planeta, em meados da ronda venusiana da Terra.
38
“Sou um ser desperto e em destaque dentre os meus
semelhantes, menos favorecidos pelo dom da consciência e do
livre-arbítrio. Amo o milagre da vida e desejo perpetuá-lo em
benefício de todos. Assumo o meu dever de levar a luz da
Verdade a todos sem distinção.
“Devo atuar de forma respeitosa com todas as coisas que
são, afinal, a base de minha própria existência. Peregrino sobre
a Terra, devo usar sem abusar, para que o equilíbrio e a harmonia
sejam preservados.
“Devo descobrir e me recordar do verdadeiro sentido de
minha liberdade e consciência, que é aquele de fazer as opções
corretas para que o mundo siga evoluindo e para que não
involua, porque isto seria comprometer a segurança de minha
própria espécie e, mais ainda, de todo o Plano Divino e seus
bilhões de anos de evolução.
“Por fim, devo perdoar as mazelas e agradecer as benesses
desta minha condição humana. Apenas desta forma, poderei
realmente evoluir também, e até mesmo conhecer os tantos e
tão augustos Mistérios velados pelo meu fabuloso Destino de
jovem Filho de Deus.
“AMÉM”
A Ponte da Magia: do Mito à Realidade: sub-etapa 4
Um dos grandes desafios da revelação dos mistérios
sagrados, está em buscar realizar o percurso inverso do mito
para a realidade, sem perder a magia própria da lenda. Este é
um pecado que a ciência comumente comete, ao destituir o
símbolo (mistificado, é claro) de sua importrância, para colocar
no seu lugar realidades por assim dizer vulgares.
139
do invisível aos olhos, uma vez que, no plano humano, o mais
importante é mesmo deixar um lugar para o mistério. Em
resumo o grande selo a ser solucionado aqui é o da Morte, a
qual deve ser superada cada vez mais (criando, assim, o
equilíbrio-criador entre o interior e o exterior), de tal forma
que a sua final superação representará a consumação da
evolução humana.
Do mesmo modo, é entender que, dentro de nós, temos
todas as camadas da natureza: o mineral, o vegetal e mineral.
E como homens somos a síntese de tudo isto. Por isto, é
realmente fundamental respeitar todos estes elementos, como
partes e alicerces de algo destinado à transcendência, sob pena
de a Destinação humana não ser alcançada a fracassar na Terra,
e com ela todos os augustos desígnios superiores da planeta...
Em especial, devemos recordar aqui dos valores da raça
Lemuriana, a valorização do milagre da vida, e a importância
da prática do nomadismo como ideal de auto-sustentabilidade.
Também devemos invocar o Elemento Terra, o Planeta Saturno,
a praticidade (praxis) e a Primeira Iniciação, o nascimento para
a luz da Verdade revelada pelos Mensageiros divinos,
especialmente pelo avatar do atual ciclo (Era) mundial, que
atualmente já é Aquário.
Meditação
“OM OM OM
“Sou um Filho das Estrelas, a brotação da semente revelada
na força do ritmo na Natureza, prenunciando a tempestade
renovadora. Sou o Cubo da Vida em ação, e presto homenagem
a todas as Direções do Espaço, facetas da divina Criação.
138
Capítulo 3
2.013 E O “ANEL-NÃO-PASSARÁS”
Todos aqueles que estudam algo mais a fundo os Mistérios
(ou que, dito de outra forma, tratam de recorrer às “fontes” da
Sabedoria revelada), deparam-se aqui e ali com o nebuloso
conceito do “anel-não-passarás” ou do “círculo-não-se-passa”.
Esta idéia comporta vários significados, mas basicamente
diz respeito aos limites de uma evolução no tempo e no espaço.
É como a chegada de uma maioridade, quando certas coisas já
não serão toleradas. Em termos de tempo, inclui também a
idéia do “julgamento cíclico”, também chamado por alguns de
“juízo final”, embora finalize, a princípio, apenas um dado ciclo
de evolução -a não ser, é claro, para aqueles não se aprenderam
a lição a ser dada, quando então qualquer possibilidade futuro
estará realmente comprometido, tal como se fala no Apocalipse
da “segunda morte”, que é a morte da alma.
Pois a vida física não necessita ser o Fim de tudo, porém,
para se poder prosseguir desperto como consciência, devemos
aprender a viver como tal ainda durante a vida física, alimentado
as coisas da alma e olhando para além da matéria física (e,
portanto, da própria reencarnação). Esta sobrevida também
terá o seu limite, mas no seu decurso se terá a oportunidade de
fazer o mesmo aprendizado em relação a um “veículo” ainda
mais sutil, que é o do Espírito.
Finalmente, existe também a possibilidade de reencarnar,
que somente acontece em alguns casos (geralmente para seguir
evoluindo, e ainda mais raros são aqueles que encarnam para
servir), razão pela qual os budistas dizem ser rara esta situação
39
para o seres humanos e que ela deve ser por isto muito bem
aproveitada.
É óbvio que cada evolução deve ter o seu limite no tempo e
no espaço, pois assim sucedem todas as coisas na Criação -
quer dizer, tudo evolui sob a Lei dos Ciclos.
Assim, aquilo que a rigôr representa a data de 2.013, é acima
de tudo uma grande provação para a espécie humana, o Dia
do seu Juízo Final, quando se colherá os futos das melhores
almas e o resto será descartado -o famoso 2/3 de que falam as
profecias.
Ora, para se ter certa segurança do assunto, podemos hoje
até prescindir de maior imaginação, porque, de um modo ou
de outro, tudo isto já é tema corrente nos mais diferentes meios.
A data de 2.012 já entrou na expectativas da própria Ciência,
no tocante ao final da ordem ambiental tal como a conhecemos,
por exemplo.
Por esta razão, sentimo-nos muito à vontade para declarar,
com todas as letras, que este 2.102 representa um finale de
oportunidades para a espécie humana.
Até ali, ela ainda pode tomar atitudes para reverter as suas
decisões, e ainda pode fazer o “exercício” do livro-arbítrio tal
como o entende, pois se tolera este prazo como um período de
aprendizado (sendo uma das explicações de porque o Messias
ainda não se revelou, apesar de estar atuando no mundo já há
algumas décadas, segundo certas indicações).
Mas após isto, começa um ciclo de maioridade para a
humanidade, preparando-a para a sua fase adulta, que
corresponderá, na verdade, já a uma condição de além-do-
homem ou do humano comum, para se ter acesso a um universo
que demandará de todos o dom da maestria (sob pena dos
maiores sofrimentos para todos), ao qual teremos acesso através
da Merkabah individual e coletiva...
40
Capítulo 27
5,2 ANOS: ORGANIZAÇÃO
Este primeiro micro-período do
fractal-dos-fractais, vai desde o final de
4
2.006 ao começo de 2.008.
O Quadrado é a chave desta sub-
etapa final, os Quatro Elementos mas
também o Tetragrammaton IHVH, que
recoloca devidamente a Natureza como
Princípio divino. E o grande dharma
deste período, seria o resgate
paleontológico da espécie humana. Esta é, pois, a grande etapa
da Organização do mundo humano.
Cabe refletir sobre a evolução do mundo e o sentido da
existência humana, tal como apresentamos na Parte II desta
obra.* Saber-nos parte da evolução e ver o homem como
espécie, sujeita à evolução e à própria extinção, é compreender
a dinâmica natural e também a fragilidade da vida, sabendo
que se de um lado somos perecíveis, de outro lado também
somos apenas uma ponte para algo além de nós mesmos, algo
este que pode até nem ser tão diferente assim de nós, em termos
físicos, mas sim em termos culturais, razão pela qual toda a
cultura verdadeira está baseada em fatores sutis e na tradução
* Ver também a nossa obra “O Oráculo de Gaia: A Grande Crônica
da Terra - um Estudo de Arqueoastronomia Integrada”, Ed. Agartha,
AP, 2008.
137
compensar e atualizar conteúdos em qualquer tempo. Assim,
aquilo que segue nas páginas seguintes, representa também
meditações para serem feitas em qualquer época e local no
futuro, uma vez que o 2.013 é um fractal e segue, daí, chaves
universais.
Acima, temos palavras-chaves, cores, símbolos vegetais,
signos maias e algumas características-chaves destes anos da
“contagem regressiva”. Outros dados serão conferidos nas
páginas que seguem.
Também iremos tratar objetivamente esta última parte com
uma linguagem iniciática de mandala, tal como fazemos com
o conjunto mesmo deste livro. Para isto, desdobraremos o
mandala abaixo, cuja estrutura geral (que obedece a
numerologia da tetraktys) é semelhante às das mandalas e
yantras tradicionais, tal como o próprio símbolo de Hunab Ku
(ver no Capítulo 2, acima).
136
Sabe-se que o livre-arbítrio é uma característica apenas do
reino humano: os reinos pré-humanos não o conhecem,
enquanto que os reinos pós-humanos a ele renunciam, após tê-
lo empregado devidamente como ferramenta evolutiva. O reino
humano é a transição e o aprendizado desta condição. Assim,
para chegarmos à maestria, devemos começar por abdicar não
tanto o uso da liberdade, mas certamente o abuso desta lei,
resgatando aquela obediência filial que nos torna filhos do
universo, ao aprendermos a fazer as opções corretas.
Este período que seguirá o 2.012, iniciando pois no 2.013,
terá como regra absoluta a seguinte Premissa: a nossa única
escolha (sensata) é escolher aquilo que nos está predestinado,
acordando assim um pacto com o Destino e com o Criador.
Qualquer coisa feita fora disto, terá terríveis e imediatas
conseqüências para cada ser humano e para todos, de forma
imediata, universal e irreversível...
Daí que cada nova grande época do mundo, inicia com uma
Alança divina, tecida em torno de um Enviado dos Céus, como
aconteceu com Noé, Abrahão, Moisés e Jesus.
A escolha-pelo-destino (ou pela predestinação das coisas
de Deus), representa o nascimento da verdadeira sabedoria.
Por vezes pode ser difícil discernir aquilo que seja o nosso
“destino”, até porque se trata de coisa que se revela aos poucos
e ainda pode de certa forma se modificar; não obstante, há
também muita coisa de elementar facilmente verificável,
englobada, por exemplo, no conceito de “natureza”, e que serve
de base segura. Assim, respeitar a Natureza e suas leis, através
do conhecimento e do auto-conhecimento, seria um excelente
ponto-de-partida. Nesta via, chegaremos a conquistas tão
inefáveis como justiça social, almas gêmeas, iluminação e até
imortalidade, neutralizando assim as maldições do Pecado
Original, gerado no ato de desobediência de Adão e Eva.
41
 Assim, aqueles que nascerem após o 2.012, crescerão e
viverão sob uma nova economia-de-coisas, onde palavras como
carma e pecado serão resgatadas e voltarão ao primeiro plano,
até como forma de sobrevivência coletiva. Assim, haverá um
Chamamento Geral ao sentido de responsabilidade, voltado
especialmente para as questões ambientais.
Para isto, as pessoas devem desde já começar a viver cada
momento como se fosse o último, como procede realmente,
dando o máximo de si. Após 2.012, muitos necessitarão
reaprender a viver, ou mesmo aprender a viver de forma mais
harmônica com a Terra, de modo que todos que tiverem
experiência prévia no assunto (por terem atendido aos
chamamentos anteriores), terão realmente muito a colaborar...
É claro que, diante disto tudo, muitos também quererão
“aproveitar” o pouco tempo restante (e é bem pouco mesmo),
fazendo aquilo que sempre fizeram, que é abusar das leis divinas,
sociais e naturais. Estes são os que não aprenderam as lições,
quer não dão o verdadeiro valor à vida, à integridade, ao
espírito, de modo que pouca falta farão no futuro do mundo.
Eles não sobreviverão, porque não saberão se adaptar às
transformações que virão, quer dizer, estão alheios até mesmo
às leis naturais da evolução das espécies.
Alguns, no entanto, que são aqueles que se contam entre os
verdadeiros “eleitos”, tratarão antes é de se preparar para o
que já está chegando, sabendo inclusive que as multidões
necessitarão de vozes sábias e bem orientadas que lhes apontem
os caminhos. Afinal, também haverá muita desorientação, e
com certeza a Velha Ordem tudo fará para tentar seguir dando
as cartas. Quando na realidade, tudo o que se poderá tolerar, é
um pacto de sobrevivência, tendo em vista investimentos
pesados em novas tecnologias e o fomento de modelos culturais
não-produtivos e não-consumistas.
42
Assim, nestes breves cinco anos, devemos dedicar cada novo
momento a um fractal maior, como dharmas deste período,
para chegarmos e avançarmos no sí mesmo -ou em nós próprios
como agentes-de-sínteses e mateses (= relizações), num grande
resgate das valores humanos-, nos seguintes termos:
1. Resgate paleontológico do espírito das espécies humanas
2. Resgate antropológico do espírito das raças humanas
3. Resgate etnológico do espírito das etnias humanas
4. Resgate sociológico do espírito das sociedades humanas
Todos estes resgates -e tudo o que contém neles implicados-
devem ser buscados de forma criteriosa, tendo em vista a
reordenação daquele Todo que somos nós mesmos, como
herdeiros de todos estes períodos, estruturas e níveis de
evolução. É uma unanimidade entre as escolas, que a
rememoração representa um procedimento maior prévio à
passagem para um novo degrau -e seja para expurgar ou para
atualizar conteúdos, assim como para fazer avançar novas
estruturas conscienciais sobre estas antigas bases, tornadas
então “matéria-prima” para a transcendência. Esta é, afinal, a
grande mensagem dos fractais: a síntese como instrumento para
a superação.
E em todos estes resgates, a fórmula-de-superação é a do
equilíbrio-criador entre as dimensões opostas, tal como se
demonstra em obras como “Tushita - o Dharma de Maitreya
Buda”, através das Chaves-de-Harmonias entre: superior-
inferior, masculino-feminino, interior-exterior e passado-futuro.
Tudo isto gera o Vórtice Ultradimensional que funde e
transcende o espaço-tempo.
Não é preciso dizer que o ideal é que todos tenha acesso a
todas estas informações. Mas, como isto realmente não é
possível, torna-se importante haver mecanismos para
135
 Temos, assim, representados ying e yang como polaridades
dialéticas, como tese e antí-tese. A “passagem neutral” atenua
e equilibra os princípios opostos, combinando-os numa síntese
renovadora e gerando o “jovem-ying” e o “jovem-yang” do
taoísmo. Por fim, temos o conjunto de tudo na forma do próprio
Tao, representado pela esfera maior que a tudo circunda.
Dialeticamente falando, se trata este da matese, ou da
organização de um novo programa evolutivo.
Assim, o símbolo acima se presta bastante bem para
representar a natureza do ano de 2.008.
Programando o super-fractal 2.008-2.012
Nesta seqüência de sínteses, atravessamos os sucessivos
preceitos organizativos de planeta, raça, etnia e sociedade. E
com isto, vamos percorrendo um caminho por assim dizer
concêntrico. A última etapa, será encontrar a síntese-das-
sínteses, na própria unidade humana, o que singnifica falar de
uma consciência efetivamente individualizada.
Tal coisa poderá ser, a princípio, idealmente e no geral, um
personagem ímpar que catalize de maneira perfeita a tudo, tal
como o Quetzalcóatl dos mitos. Mas também seria cada
indivíduo em evolução, ou cada unidade consciencial em
processo de despertar.
Por isto, é muito importante, saber com certa exatidão aquilo
que convém fazer para seguir com proveito esta curta
caminhada até o 2.012, de modo a já não mais se perder um
tempo cada vez mais precioso.
Ora, para termos não de um programa eficiente, podemos
seguir empregando a mesma chave-fractal até aqui exposta.
Vemos que a palavra que encerra este micro-ciclo é resgate,
por isto podemos também tomar tal coisa como norma para
esta etapa-de-encerramento em geral.
134
Quer dizer: a palavra “capitalismo” deverá ser praticamente
abolida dos dicionários das nações como prática civilizada, (tal
como o Comunismo materialista também tem sido) sendo antes
tida como atividade irresponsável, criminosa e suicida -mais
ainda, como uma ameaça real de lesa mundo; entre muitas
outras formas menores mas não menos graves de lesão.
Isto não significa -o que também deve ficar bem claro-, que
a burguesia deverá ser perseguida ou que todo o comércio
será amaldiçoado. Sequer a moeda será abolida, senão que tudo
isto deixará de ser A Grande Referência Cultural do mundo
moderno, antes vindo a se valorizar modelos culturais não-
consumistas e que enalteçam a Natureza e a espiritualidade,
em complemento e como alternativa ao modêlo-único opressor
e suicida.
Desta forma, a humanidade estará se preparando para o
mundo dos homens-mestres que se aproxima, num prazo de
nenhum modo maior que o de dois milênios -ou seja, o desta
Era de Aquário que incia agora, porque afinal, Aquário está
regido por uma esfera setenária que é Saturno (modernamente
Urano, se se quer), sendo que todo o setenário é o final de um
ciclo de criação, assim como a transição para um novo ciclo.
Sobre aquilo que já virá depois, trataremos melhor no
Capítulo seguinte.*
* Existe também, associado a data, a Teoria do Cinturão de
Fótons, também chamado de Anel Manásico, junto das Plêiades e
se estendendo 400 anos luz até o nosso sistema solar. Diz-se que o
nosso Sol “orbita as Plêiades em 24.000 anos, durante os quais nós
passamos alternadamente 10.000 anos na escuridão e 2.000 anos
na luz do Cinturão de Fótons. Nós estaríamos a ponto de entrar na
luz do Cinturão de Fótons, ao que nós todos seríamos transformados
‘em um piscar de olhos’ em Atmosféreos e a noite deixaria de existir,
entre outras coisas.” (http://www.ceticismoaberto.com/referencias/
43
cintfotons.htm) Provavelmente, esta “noite” terminará no sentido
espiritual (o próprio Apocalipse sugere algo assim), ou seja, o final
de Kali Yuga. Se devemos mesmo passar “2.000 anos na luz do
Cinturão de Fótons”, isto ocupará toda a Era de Aquário. Não
obstante, como é facilmente verificável, deste o ponto de vista
cósmico, estamos entrando antes numa Noite de Brahma, para a
qual as Eras de Aquário e de Capricórnio são, exatamente, como
crepúsculos de transição.
44
mesmo é, na prática, aquele anel-não-passarás de que tratamos
na Primeira Parte deste livro.
De fato, a sapiência popular tem alcançado confirmar estas
antigas cabalas. Note-se como o mês de Agosto é tido -ao
menos no Brasil- como aziago ou azarento. Isto se deve não
aos signos que o ocupam, especialmente Leão, antes tido por
vezes como o melhor dos signos por estar relacionado ao Sol.
Ocorre que este é, na realidade, o oitavo mês do ano, posição
que corresponde a Escorpião, regido por Marte, um planeta
“guerreiro” como se sabe. Tudo isto também confirma a
existência de um “Zodíaco Polar” paralelo, iniciado nos solstício
de inverno, reforçando o início do calendário ocidental (ver
ROCA - Revista Órion de Ciência Astrológica, FEEU, PoA).
A natureza deste Portal é, daí, para aqueles que o ultrapassam
com sucesso, a da magia e da transcendência, presente naquela
passagem-dos-opostos representada na intersecção das duas
esfera dialéticas que tem grande significado vibratório na
natureza -razão pela qual os chakras budistas não apenas são
todos eles múltiplos de oito, como também as pétalas dos
chakras possuem estruturas semelhantes à do valor oito. Tudo
isto se acha representado na gravura abaixo (ver tambéma
imagem do “Grande Arcano” de Eliphas Levi).
+ _
Passagem neutral
133
Por esta razão, este é também o grande fractal do cumprimento
das profecias.
O Marco do “Portal do Infinito”
Tudo isto tem início, especialmente, no Portal do Infinito
ou o 8:8:8 (de 2008), embora já anunciado desde 2006 (cuja
soma também dá oito), algarismo este êmulo e semi-fractal de
valores sagrados como o valor 26 do Nome Divino IHVH, dos
26 mil anos do Ano Cósmico e dos 260 anos do Tzolkin, o
calendário sagrado maia. Tais números (2 e 6) fornecem chaves
tanto para a estrutura de portais (2+6), como para a conjuntura
dos ciclos cósmicos (2x6). Por esta razão, naquela data foram
reveladas as Tábuas de Zyon (Edições Agartha, AP, 2006),
como “Chaves para a consumação dos ciclos planetários”, e
síntese de sabedoria revelada através das Quatro Ciências de
Agartha: cosmologia, astrologia, alquimia e hierofania.
Mais uma vez, o Portal 8:8:8 tem sido também chamado de
“o Portal de Órion”, na invocação desta importante constelação,
relacionada às grandes transformações mundiais. Sua forma
mesma se assemelha a um “oito”, e suas três estrelas centrais
como que o multiplicam para formar o 8:8:8. “Órion tece a
trama da vida no Universo, dizem as mensagens”, recordando
com isto os mitos andinos que chamavam esta constelação de
“a Aranha”.
O Arcano VIII é “A Justiça”, ou o equilíbrio, de modo que
este portal tem a tarefa de resgate de carma e hamonização de
princípios. Chegado ali, já não pode haver desarmonias e
desequilíbrios, pois o valor seguinte (o 9) indica perfeição e
completação, para que na seqüência (o 10) possa haver um
novo recomeço. Por isto, o oito costuma ser uma etapa de
provações, de penas e de pesares para muitos, porque ele
132
Capítulo 4
O MUNDO FUTURO (OU O PÓS 2.012)
Existem hoje muitos estudantes do calendário maia
espalhados pelo mundo, que tem a informação desta data-limite
de 2.012. Porém, quase nada se fala daquilo que virá depois -
isto, talvez por ser mais importante, neste momento, nos
conscientizarmos na data em si e daquilo que deve se feito
para chegar até lá.
No entanto, na medida em que as informações vão chegando
(e é natural que elas cheguem, com a aproximação da Grande
Data), também é importante que as assimilemos, até para termos
u’a mais clara noção do que deve ser feito aqui-e-agora, assim
como na chegada e também após esta Data que, afinal de
contas, já é mesmo iminente.
Com certeza, existem muitíssimas formas de abordar esta
questão. De início, trataremos o assunto em largos traços, para
analisar a natureza dos grandes ciclos atualmente em transição,
tal como estes denominados na doutrinas hindus do tempo
como Manvantara e Pralaya.
Terminamos o Capítulo anterior, mencionando a afamada
“Era de Aquário”, e elegendo dentre as muitas chaves
astrológicas, a reveladora questão da regência planetária. Pois
bem, esta transição sinalizada por Saturno, é uma daquelas
que indicam a passagem entre as grandes realidades cíclicas,
cuja duração as doutrinas hindus do tempo atribuem
precisamente -e uma vez retirados os véus comumente
empregados-, o período de 12 mil anos, quer dizer: um arco
ou a metade do Ano Cósmico.
45
 E assim, estamos agora concluindo um ciclo de criação
(Manvantara), que é a evolução dos raios-de-energia de 1 a 7
(através da progressão dos signos siderais de Câncer a Aquário),
para logo darmos início a um ciclo de absorção (Pralaya), que
é como um perfeito espelho do anterior, com sua involução
dos raios-de-energia de 7 a 1 (através da progressão dos signos
siderais de Capricórnio a Leão), quer dizer: se trata do retorno
à Unidade. No Hinduísmo também se fala de Mahavan
(“expansão”) e Shutavan (“contração”), como fluxo e refluxo
do Oceano da Criação, e o mesmo “solve et coagula” dos
alquimistas. Não obstante, esta dialética está presente nos ciclos
de toda a natureza, e quando isto se relaciona aos elementos, o
símbolo em questão é do planeta Mercúrio (Buddha, em
sânscrito), que é uma cruz com um Sol e uma Lua no alto. Sol
& Lua represenam polaridades e direções opostas (também
matéria e espírito), e a cruz representa os quatro elementos ou
os planetas restantes.
A partir daí, o ser humano deve passar a exercitar direta e
maciçamente a sua visão interior. Os universos a serem então
explorados, deverão ser basicamente aqueles do espaço interior.
E tem início aí, uma longa jornada humana em busca da verdade
una, da síntese e da unidade, uma volta às origens, enfim; até
que, uma vez consumado, tudo retorne novamente a se
manifestar e desdobrar. E assim indefinidamente, em ciclos cada
vez mais amplos de perfeição. Contudo, nós não evoluiremos
em outros planetas, a nossa casa é esta aqui, a Terra (daí ser
vital protegê-la não só como algo natural, mas também como
coisa sagrada e até divina). Apenas iremos para outros planetas,
com a missão de sermos deuses-criadores, ou com a tarefa de
gerar também lá a vida e multiplicar a seara do Espírito e da
consciência através do universo. Pois é a isto que se destina a
da vida num planeta qualquer: servir de berçário ou sementeira
46
Capítulo 26
O “OLHO-DO-FURACÃO” E O PROGRAMA
Chegamos assim, finalmente, ao “olho-de-furacão” ou ao
fractal-dos-fractais, o 5 x 5 do tempo, enfim, onde começa a
contagem regressiva (4-3-2-1) no rumo do 2.012. Agora, toda
a evolução se dá como que terminada -no caso, a evolução
através dos próprios fractais-, para então resumir e sintetizar
todas as coisas.
O período-fractal em questão, ocupa os anos desde o final
de 2.007 até o 2.012. Sendo de observar que as divisões de 1,3
anos correspondem a um duplo-Tzolkin, o calendário maia de
26 anos, ou 520 anos.
Chegado neste ponto, as experiências que deveríamos
atravessar como espécie, raça, nação e sociedade, estão já como
que concluídas. Cabe daí apenas rememorar, resgatar e resumir
tudo para atravessar o Portal de 2.012 plenamente cônscios de
quem somos, de onde viemos e para onde vamos. O que não
significa necessariamente descartar tudo o que se viveu, senão
em aproveitar todo este material cultural para tirar dele o melhor
proveito possível.
De certa forma, esta micro-estrutura está relacionada ao
Avatar, aos mestres e, por extensão, aos Grupos dos Servidores
do Mundo que lhes seguem os passos. São eles que estão
especialmente atentos e praparados para trabalhar este grande
Portal, já que vem se preparando através de vários outros portais
menores desde o final do Milênio, como este de 8:8:8 do fractal.
131
 de vida consciente, para depois se expandir para outras partes
ignotas do imenso universo. Mas também existem tarefas em
outras dimensões e em outros universos, que também podem
ser consideradas.
Os momentos setenários a que adentramos agora,
representam uma transição neste quadro, no caso, do
manifestado para o imanifesto (ou 7->1). Inicialmente, devemos
agora tratar da ordenação do mundo material que foi criado
durante este último manvantara, que foi exatamente como os
Seis Dias da Criação de Deus, para tratar de repousar no sétimo
dia. Repouso relativo, é claro, pois no sabat as pessoas fazem
uma especial consagração a Deus, e as festas e ritos ali
realizados são a princípio religiosos e espirituais.
Assim, ao cabo disto tudo, começa a involução interior, quer
dizer, a evolução passa para as esferas esferas internas,
considerando-se a parte externa da Criação como que
consolidada. As Eras de Aquário e de Capricórnio, são uma
reorganização do mundo nesta direção.
As Eras de Saturno (Aquário & Capricórnio) são como os
pés de Deus (ou as caudas das Serpentes-do-Tempo).* A
Criação (Manvantara) é como a gestação de um ser desde a
cabeça (fonte-alfa neurológica ativadora espiritual) até os pés
(bases-ômega que propiciam a movimentação material) -note-
se inclusive que, na ordem zodiacal solar, Áries rege a cabeça
e Peixes rege os pés-, e isto corresponde literalmente ao
processo de encarnação, razão pela qual o Solstício de Verão
(em Câncer) é chamado “a Porta dos Homens”.

* Saturno e Júpiter são os “Senhores do tempo” (ou Cronocratores)

da tradição ocidental. O calendário mexicano tem Nove “Senhores
do Tempo”, que são como nove planetas. Ora, considerando que o
calendário solar ou Haab tem dezoito meses, temos sugerida uma
simetria de regências semelhante à existente no zodíaco medieval.

130 47
 Assim, quando a gestação está completa, o ser pode-se
colocar sobre os seus pés e começar a caminhar. Esta mudança
de posição representa uma nova postura e atitude, dando lugar
à Dissolução (Pralaya) cósmica. O que representa por sua vez,
um processo de progressiva desencarnação, razão pela qual o
Solstício de Inverno (em Capricórnio) é chamado de “a Porta
dos Deuses”.
De modo que, uma vez de posse desta estrutura completa,
o ser começa uma nova jornada em direção às Fontes cósmicas,
não para repetir exatamente nada, mas para realizar um novo
Ciclo da Vida, qual uma nova encarnação com uma outra e
mais avançada missão.
Chegar à Era de Aquário, como sucede hoje è Terra,
representa, pois, que a encarnação se completa e o Ser mundial
começa a se levantar, tal como uma criança que faz os primeiros
esforços para caminhar, quiçá engatinhando de início.
É a tomada-de-consciência de uma nova possibilidade, uma
vez que já não se pode e nem deseja permanecer na antiga Parte VI
posição, sempre passiva, incompleta e “dependente”. Pois o
Pralaya representa também a emancipação do Ser, quando a
humanidade principia “a andar com as próprias pernas”, FRACTAL 5 (5,2 ANOS =
assimilando a maestria, na medida em que incorpora cada vez
mais os ensinamentos dos Mestres. 2.008-2.012): APOTEOSE
Outra é a abordagem solar ou racial. Afinal, concretamente
falando, a única data-de-partida que possuímos é a de 3.113
a.C., da Pedra do Sol e de outros registros, e que diz respeito
ao início do Quinto Sol ou do Quinto Mundo. Seria este um
limite muito exato para um grande ciclo mundial (e atual); donde
a sua importância.
Nada mais sabemos, contudo, do assunto. Ao contrário dos
orientais, os antigos meso-americanos não detinham uma escrita
corrente, e mesmo os livros sagrados como o Chilam Balam,

48 129
Busca do Pote de Ouro”. Assim como da “Ascensão dos KINS
no rumo da Grande Iluminação de GAIA” (Kin significa
homem, Sol e dia, em maia). Apresentou-se daí As Sete Dádivas
Perfeitas, tak como expressas nos sete Raios divinos e nas
sete grandes virtudes de Vishnu, a saber:
1. Iluminação
2. Sabedoria
3. Inteligência
4. Beleza
5. Conhecimento
6. Amor
7. Abundância
Em 2.006, sob outro portal 8:8:8, tivemos a revelação da
obra-marco “Tábuas de Zyon - O Livro das Preleções”, já
preparando para o grand finale de 2.012, daí o seu subtítulo
“Chaves para a consumação dos ciclos planetários”. Neste
mesmo ano, foi elaborado o Plano Geral da presente obra, a
partir da formulação de sua atrativa capa-painel, agora com
dados mais completos.
Também nesta linha, no final de 2.007 escrevemos “2.013 -
a Cidade Portal”, demonstrando a forma como Alto Paraíso de
Goiás tem servido como catalisador cíclico das tendências
espirituais da sociedade brasileira e mundial, preparando-se mais
uma vez para servir como “cidade-portal” para este grande
momentum cósmico.
Contudo, este já é o período que vivemos hoje, no qual
entra o fractal “olho-do-furacão” iniciado em 2.007-8, e tema
da próxima e última Seção desta obra, onde poderemos analisar
melhor, já não tanto os fatos (porque ainda não aconteceram,
apesar de muito se poder “prever”), mas aquilo que se poderia
fazer deste curto mas terminal período de tempo.
128
foram escritos somente após a Conquista, certamente a partir
de uma antiga tradição oral. De resto, simplesmente inexistem
traços de cultura superior naquela região, próximo a data tão
remota (muito embora sim na América do Sul, nas costas do
atual Peru).
Por outro lado, as fontes orientais dão certos detalhes acerca
de uma data muito próxima, a de 3.012 a.C. Trata-sa da morte
de Krishna e do começo do Kali Yuga. Esta data é, pois, 11
anos mais próxima que a dos maias-nahuas, e se acha igualmente
vinculada ao ciclo racial através da figura de Krishna. Contudo,
a alusão ao Kali Yuga soa obscura neste quadro, já que os
yugas estão comumente relacionados ao manvantara de 12
mil anos. Verdade que, mesmo os ciclos raciais (5 ou 5,2 mil
anos) apresentam divisões análogas, mas neste caso deveria-
se falar antes de um final de Kali Yuga -um quadro que se
repete agora, razão pela qual alguns pensam se tratar do mesmo
ciclo estendido desde a morte de Krishna, através da fórmula
profana do manvantara (onde 1.200 x 360 = 432.000 anos)
que, não obstante, representa apenas um véu. Desde o ângulo
do próprio manvantara, estaríamos agora ainda em meados da
Dwapara Yuga ou Idade de Prata (ver a respeito em nossa
obra “O Oráculo de Gaia”).
Preservando as analogias e as simetrias, se falaria hoje de
um retorno de “Krishna” ou da chegada de um avatar racial
análogo, como seria o profetizado Kalki Avatar, cujas
simbologias são muito semelhantes às do Logos do Apocalipse
de São João, da mesma forma como a sua Jerusalém celeste
em muito se assemelha ao paraíso Tushita de Maitreya e também
ao Vaikuntha de Vishnu. De modo que, facilmente, poderíamos
identificar entre si todas estas profecias.
Considerando que a data hindu é mais recente, se poderia
especular que, na biografia avatárica, a data maia tenha relação
49
com algum evento anterior à da morte. Ao mesmo tempo em
que esta, nos reportaria para a data ulterior de 2.025, como
final por sua vez do ciclo oriental, data esta que, na verdade, já
começa a entrar nos calendários proféticos, havendo até mesmo
uma revista com este nome no Brasil, ligada à S. B. de Eubiose.
O que sucedeu exatamente em 3.113 a.C. permanece um
mistério, mas certamente terá relação com acontecimentos
centralizados na figura de um avatar -é um dos significados da
palavra “Sol” que desiga estas Eras. Na História Sagrada,
tivemos diferentes exemplos, como nascimento (Jesus),
iluminação (Buda) e morte (Krishna). Os semitas enfatizaram
eventos políticos: a páscoa de Moisés e a Égira de Maomé,
processos que foram igualmente comuns no universo pré-
colombiano, como demonstra a lenda asteca de Uitzilopochtli.
Se os Quetzalcóatls e os Manus se revelam ou culminam
suas missões aos 52 anos (ciclo do “Fogo Novo”), como
afirmam algumas tradições, então é muito natural esperar por
uma sobrevida ante idade relativamente tão precoce. Mas talvez
não demais, tampouco, considerando a complexidade e os
desafios que representam sempre estas missões.*
Neste quadro, devemos acrescentar a natureza do ciclo solar
entrante, que é a Sexta Raça-raiz, junto à quarta rama de
Shambala. Será, daí, a cultura cósmica da Sextessência, sob a
* Soa sempre uma curiosidade a forma como o mesmo Krishna
terá morrido (para não falar aqui do “envenenamento” de Buda por
intoxicação alimentar), com uma flechada casual no pé, enviada por
um caçador que o confundiu com uma gazela. De um lado, o “pé”
simboliza o próprio veículo de manifestação de um Ser divino. Quando
um devoto beija os pés de um mestre, ele faz alusão às virtudes da
Personalidade divina ou sagrada. Também cabe observar que, segundo
o Mahabharata, isto sucedeu quando Krishna, terminantemente
desiludido com a humanidade, pretendia “acabar com o mundo”...
50
Neste período, ainda se confirmam os temores acerca do
aquecimento global, com a presença de transformações
climáticas cada vez mais drásticas.
Em 2004, outra importante revelação social vem à luz,
através da codificação do “Projeto Exodus - um Mundo para
Todos”, tendo como base uma síntese magistral intitulada “a
Religião da Civilização”, capaz de harmonizar de forma algo
inédita o ideal e o real, ou a eternidade e a evolução. Baseado
num calendário tradicional, o Projeto aponta definitivamente o
Brasil como nação-mandala e o seu Centro-Oeste como o foco
atual da sua organização.
2005 foi realmente um ano especial. A Sociedade Brasileira
de Eubiose, previa para esta data a chegada de Maitreya! Este
foi também o ano do início de nossa missão pública (para
divulgar o “Projeto Exodus”, em especial), a partir do IIIo
Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
No mesmo ano, aconteceu o importante “Chamado do Beijo-
Flor”, evento cósmico-cultural ocorrido na cidade de Alto
Paraíso de Goiás, Planalto Central brasileiro. Invocamos ali,
entre grandes fogueiras, danças e tambores, a presença do mito
de Huitzilopochtli (“Beija-Flor sulista”), o deus solar asteca e
o Manu nahua que conduziu o povo de Aztlan até o Planalto
Central do México.
Este ano foi o da verdadeira “semeadura irisada da Semente
Dourada”, signo maia do Ano em questão, faltando então sete
anos para o 2.012. 2005 continha a “Dupla-Chave Irisada”:
1. Soma 2+0+0+5 = 7 (“Portal”)
2. Redução 2012-2005 = 7 (“Jornada”)
Já o 2.013 será novamente Semente Dourada. Falou-se então
d’“A Jornada da Semente Dourada pela Senda do Arco-Íris na
127
o famoso ano de 2.001 (que é o do verdadeiro começo do
terceiro milênio) como o início da “ascensão da Terra”, a ser
trabalhada durante este período-elemento que vai até 2.012.
Para isto chegar a ser possÌvel, ocorreu nesta data um SÌnodo
Maior da Hierarquia, que acontece apenas a cada 4.900 anos,
resultando na integraÁ„o entre os TrÍs Centros planet·rios: a
Humanidade, a Hierarquia e Shambala. Esta integraÁ„o È que
permitiria a final Reabertura das Escolas de IniciaÁ„o (tambÈm
no sentido de abertura interior), prevista pelo Plano da
Hierarquia revelado por Alice A. Bailey para suceder nesta
Època (ver tambÈm CapÌtulo anterior ìA Chave Pentagramaî).
NíìO Livro dos Portaisî (ApÍndice 3), anunciamos para o
Ano 2.001 o ìPortal do Reinoî e seus supremos
acontecimentos:
ìPara que a Sagrada TradiÁ„o esteja plenamente restaurada
no Novo Mundo, cabe a IntegraÁ„o final entre todos os trÍs
Centros planet·rios, a ocorrer no grande Evento espiritual de
2.001, atravÈs do Supremo SÌnodo de Chohans que dar·
abertura oficial ao Novo Mundo. Isto trar· a oficializaÁ„o do
Reino de Deus na Terra. O Centro mundial para isto j· est·
definido, e corresponde ao Centro solar da AmÈrica do Sul,
coraÁ„o do subcontinente onde se re˙nem as Quatro RaÁas,
junto ‡s Duas Almas herdadas, a portuguesa e a hisp‚nica. O
Mensageiro ter· ent„o os 42 ëmesesí (anos) da Profecia (Ap
11,2). 42 È a metade de 84, o ciclo de Urano, planeta regente
da Nova Era.î
Por outro lado, nesta mesma data, tivemos igualmente novos
“sinais dos tempos” no sentido do acirramento dos ânimos,
pela derrubada da Torres Gêmeas em Nova York. Tal coisa fez
recrudescer as guerras no Oriente Médio e ameaçar a
democracia.
126
regência espiritual dos Chohans, que já principia em nossos
dias como é sabido. Já o dharma humano será o da hierarquia
atlante restaurado e difundido, quer dizer, os mistérios da
ressurreição e do coração. Representa, assim, a consumação
da evolução humana, para logo chegar a grande época dos
homens-mestres; ainda que tal coisa nem venha a esperar o
final da próxima era solar, sendo antes anunciada pela Era de
Capricórnio.
Em função disto, reforça-se toda a simbologia do arco-íris.
Um duplo portal de arco-íris se abriu em 2.005, para buscar o
pote-de-ouro ao seu final (ver Parte VI desta obra). Não
obstante, a Sexta Raça também é irisada pois, como enfatizou
René Guenón, existem de fato apenas seis cores no arco-íris
(ver “Símbolos da Ciência Sagrada”, Ed. Pensamento, SO),
donde atribuirmos o Sétima Raio congregador à cor branca
“universal”.
E assim, não diremos que os Novos Tempos representam,
desde já, a extinção do livre-arbítrio humano, até porque
ninguém vira mestre de uma hora para outra. De outro lado,
existem realmente as datas-portais (como é a de 2.012), que
definem Juízos históricos para o mundo e para o indivíduo, tal
como acontece na morte (que é um caso extremo, é verdade)
de cada pessoa. As Eras setenárias representam esta transição,
com toda a certeza. Aquário é o fim da Humanidade atual
terrena, e Capricórnio é o começo da Humanidade futura
iluminada.
Esta crescente relativização do livre-arbítrio, se dá pela
conscientização dos limites da condição humana, e da
necessidade de ouvir os seres consagrados e exaltados na luz.
A crise histórica ensina lições que os sábios tratam de capitalizar
em favor do avanço cultural.
51
 O ser humano não pode, realmente, se transformar de uma
hora para outra; mas ele pode, sim, começar a fazer concessões
à sabedoria. Tal como permitir que as crianças tenha acesso a
informações e a ambientes mais puros e refinados, de modo a
inclusive, se poder implantar ali o verdadeiro sistema de
educação permanente tradicional. Muito pode ser feito desta
forma, daí haver grande sabedoria na medida da criação de
comunidades em novos locais, tal como tratam de realizar os
Manus através da História.
52
Capítulo 25
13 ANOS: CONCLUSÃO, REVELAÇÃO
Este período vai desde 1.999 a 2.012. Chegamos, assim, à
passagem do Milênio e aos Anos Finais no rumo do 2.012. No
geral, a chegada do terceiro milênio traz consigo grandes signos
proféticos. Existe, por exemplo, a simbologia do terceiro dia
de ressurreição do Cristo, anunciando a volta do Messias e a
renovação da Lei divina. Nesta linha, o novo milênio também
está ligado à dispensação do Espírito Santo, que é aquele
aspecto divino particularmente ligado à humanidade em si.
Ora, 1.999 era um ano profético, pois, além de encerrar
aparentemente um milênio, acumulava a predições sobre o “fim
do mundo” de Nostradamus. Alguns “profetas” improvisados
adaptaram modismos tecnológicos para ver na data a chegada
das ‘naves” que fariam a “evacuação dos eleitos” -como se os
verdadeiros eleitos não fossem, pelo contrário, justamemte
aqueles que preferem permanecer para ajudar os outros; tal
como ensina, aliás, o Budismo a respeito da vocação dos
Bodhisatwas.
Outra questão, está na tardia percepção entre os não-
iniciados, de que não se trata do “fim do mundo”, mas sim do
final-de-um-mundo -o que quer que isto signifique. E tudo isto
vale novamente, é claro, para a data de 2.012, ou ainda mais.
Cabe assinalar o acontecimento de uma significativa
revelação, a par de outras congêneres pelo mundo afora: a obra
“Merkabah - a Cúpula de Cristal” (Ed. Agartha, AP, 2008),
que trouxe à luz um riquíssimo rol de informações, apontando
125
 “Tal coisa levaria ainda à organização da Eco 92 no Rio de
Janeiro, sinalizando assim o fator espacial diretamente vinculado
ao desencadear destas energias-de-despertar da Terra.”
Vale mencionar ainda que, em 1.995, José Arguelles tenta
oficializar a adoção mundial do calendário maia, viajando pelo
mundo e conversando a respeito com o papa. Lançamos
também a prestigiosa “Revista Órion de Ciência Astrológica”,
para difundir a astrologia profunda e a sabedoria dos calendários
mundiais.
124
Capítulo 5
O APOCALIPSE JÁ COMEÇOU *
(segundo o calendário dos maias)
A palavra “apocalipse” tomou uma conotação de tragédia
cósmica, assomada à revelação (é o significa desta palavra
grega) divina. Dadas as condições do mundo, não é possível
negar que existe uma tragédia global em andamento , trazendo
por conseqüência também a Revelação. Afinal, parte desta
Revelação, é o próprio ser humano recordar os seus limites e a
necessidade de fazer o uso consciente de seu livre-arbítrio.
Muitos fatos permanecem ocultos, porque são
propositadamente ocultados. Por isto, devemos ter claro que
aquilo que se observa, é apenas a “ponta do iceberg”, e se as
coisas já começam a se manifestar, é porque, muito
provavelmente, elas já foram levadas longe demais.
Se tudo isto acontece, é apenas porque Bem e Mal são
inseparáveis. A grande crise traz a maior oportunidade de
iluminação, pois, tal como acontece na evolução do indivíduo,
também sucede no plano maior do planeta. A regeneração é
lenta, mas o aprendizado é, contudo, profundo.
Não são poucos os “sinais dos tempos” que se somam nos
dias de hoje. O mundo feito em Sete Dias simbólicos (como
afirma São Pedro em 2 Pe 3,8), alcança hoje uma consumação,
em Aquário como a Sétima Era do éon (ou do manvantara). A
* Da obra “Mensagens da Cidade-Cristal”, LAWS, Editorial
Agartha, AP, 2007. Texto ampliado para esta edição.
53
Sexta Raça-raiz representa a completação do reino humano
(Arhats) e também da evolução hierárquica (Chohans). E esta
quarta Ronda encerra, por fim, o grande ciclo de evolução da
espécie humana como tal.
Nisto, temos a grande chave da conclusão do ciclo em 2.012,
segundo o calendário maia, que é uma chave fractal baseada
no Pentagrama. Fractais de tempo significam proporções
numéricas, como 3, 30, 300... sempre muito valorizados pela
Sabedoria Tradicional (daí o culto da espiral através do caracol,
e a difusão universal de símbolos concêntricos como o da “onda
encantada” maia), uma vez que condensam ou sintetizam
energias, permitindo, por exemplo, atuar no macro através do
micro e vice-versa. Como sucede então em nossos dias, a partir
do ano de 2.008, quando se fecha totalmente o plano através
de seu fractal menor, chamado “o olho do furacão” - por isto,
o Apocalipse fala que “o tempo se fechou como um
pergaminho”. Vejamos, pois, os seguintes fractais de tempo
(com valores arredondados), e também em número de cinco,
tal como é a sua base numérica.
a. 50 mil anos .. ciclo paleontológico (evolução humana: O
Quarto Reino - Séc. 50ª AA)
b. 5 mil anos .. ciclo antropológico (evolução racial: a Quinta
Raça - 3.113 a.C.)
c. 500 anos .... ciclo sociológico (evolução étnica: a Sétima
Sub-raça árya - 1500 d.C.)
d. 50 anos ... ciclo soteriológico (evolução divina: Quetzalcóatl/
Maitreya - 1960 d.C.)
e. 5 anos .. ciclo escatológico (evolução cósmica: A Missão-
Apocalipse - 2008 d.C.)
54
necessidade de salvar a Terra (resultaria no Primeiro Encontro
de C˙pula para o Meio Ambiente, no Rio de Janeiro, no Portal
seguinte, de 1.992). Este primeiro Evento proporcionou a
coroaÁ„o da Humanidade como um Centro espiritual
historicamente operante, suscitando os 144.000 eleitos.î
Assim, a DÈcada de Noventa j· teria uma energia
diametralmente oposta, pois a humanidade respirava esperanÁa
e se dedicava maciÁamente ‡ cultura.
Para completar a questão, e ligá-la diretamente ao Portal
8:8:8, transcrevemos um trecho de nossa obra “Sociologia
Universalista” (Capítulo “Estado Interno & Revelado”), Ed.
Agartha, 2.008:
“Invariavelmente, as transformações mundiais a que estão
relacionadas tais intervenções, soam aos olhos do mundo como
‘feitos milagrosos’ e de difícil compreensão -até porque elas
tendem a acontecer em ápices de crises culturais.
“No ano de 1.988, em plena ‘década negra’ do final-de-
século, sucedeu uma intervenção desta natureza, produzindo
um novo ‘despertar’geral de consciências, e levando à final
queda do Muro de Berlin. Por isto também se lê, no site do
Greenpeace, o seguinte:
“‘O IPCC (sigla inglesa do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas) foi estabelecido pela Organização
Meteorológica Mundial (OMN ou WMO, em inglês) e pelo
Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (Unep), em
1988. Na época, houve um reconhecimento de que as mudanças
climáticas se tratavam de um assunto sério e que os líderes de
governos necessitariam de conselho científico imparcial -
independente de interesses nacionais e de influência corporativa.
O IPCC é responsável por recomendar aos tomadores de
decisão ‘políticas relevantes’ -e não ‘políticas prescritivas’-
sobre todos os aspectos do problema das mudanças climáticas.’”
123

Capítulo 24
26 ANOS: LIBERAÇÃO, ILUMINAÇÃO
Este período vai desde 1.986 a 1.999. Como tende a suceder
nos momentos ternários e também nos finais-de-séculos,
teremos aqui o princípio de uma liberação.
Assim, já em 1.987, acontece a chamada “Convergência
Harmônica”. Em nossa obra “O Livro dos Portais - o Plano de
Shambala para o Final dos Tempos” (de 1.999), afirmamos que
“a Convergência Harmônica uniu a Humanidade à Hierarquia”
(Apêndice 3).
E no ano seguinte, num importante portal 8:8:8 ou de
Resgate Cármico, acontece uma grande iluminação, na data
em que Trigueirinho afirma ter representado o começo da Nova
Era e o translado das energias de Shambala para o Ocidente.
Citaremos novamente “O Livro dos Portais” (Apêndice 3),
para novos detalhes:
ì(...) com a ConvergÍncia HarmÙnica de 1.987, coordenada
por Macaco Gal·tico (JosÈ Arg¸elles), a demanda espiritual e
a aspiraÁ„o coletiva dos discÌpulos da Luz alcanÁaram reunir a
energia necess·ria para potencializar a IluminaÁ„o do Mago
CÛsmico Branco-QuetzalcÛatl (LAWS) no ano seguinte
(1.988), sob a cruz convergente do Novo Mundo, no chamado
Portal da Cruz. AtravÈs deste Portal, saldou-se boa parte do
carma planet·rio, resultando na convergÍncia (reunificaÁ„o) do
mundo, com a queda do Muro de Berlim (1.989). A uni„o destes
dois eventos, que trouxeram luz oculta e esperanÁa concreta
ao mundo, redespertou a humanidade maciÁamente para a
122
Deste modo, tudo isto conflui na data de 2.012. Tendo como
Clave final de ativação a data de 2.007/2.008, sob as ações
nova sociedade de iniciados, centralizada no Avatar encarnado
(ou fisicamente nascido) no Fractal anterior (ou no ciclo do
“Fogo Novo” dos pré-colombianos (50 anos), que é o mesmo
jubileu de renovação social dos hebreus) e que, não
casualmente, tem a mesma data-de-fundação de Brasília. Todo
este contexto se concentra hoje no Novo Mundo (daí o
calendário maia), fundado no Fractal dos 500 anos, uma vez
que, segundo a literatura teosófica e derivada, os seus dois
subcontinentes são “sintetizadores” do ciclo áryo, através da
Sexta sub-raça (Norte-América) “semente” e da Sétima sub-
raça (Sul-América) de transição.
Por esta razão, é que os Mentores do Sistema Geográfico
de Evolução de Alto Paraíso, estão tratando da chegada de
Manifestações divinas a partir deste ano de 2008. Afinal, se
tantos elementos desta tão precisa, formosa e bem
fundamentada profecia fractal já aconteceu, pode-se esperar
que os restantes dados também venham a suceder.
Fala-se, daí, da “Águia de Duas Cabeças” ou dos avatares
Mithra Deva e Maitreya Buda. E tal como a vinda de Sanat
Kumara com seus quatro irmãos, nos primórdios da evolução
espiritual da Terra, o momento atual sugere uma complexa
mudança de épocas. Contudo, também se poderia tratar de
uma dupla avatarização ou de dupla missão, sob a incumbência
de uma única Encarnação divina, a ser realizada por etapas,
em ambientes diversos, etc.*
* O papel do Manu, por exemplo, é trino, como Filósofo, Mentor
e Guia racial; e a missão de Moisés seria o exemplo mais palpável
que temos disto tudo. Na mitologia oriental, esta condição especial
costuma ser referida através de avatares com formas compósitas,
como foi o Homem-Leão Narasimha Deva. Na atualidade, estaria
55
 Assim, fiquemos doravante atentos aos sinais, que serão
como Pontes de Arco-Íris que se tecem em meios a eventos
especiais (ver Mt 24, 29), para realizar providencialmente a
continuidade dos tempos e unificar a cultura universal, reabrindo
assim as portas do Futuro, hoje severamente comprometido
pelo carma das ações humanas.
Porque este é o caminho do Cavalo Branco, que virá entre
as “nuvens” anunciando a Palavra da Nova Aliança. “Bem-
aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos
de Deus.” (Mt 5, 9)
vigente o mito-profecia de Vaikuntha, palavra que desiga, a princípio,
o próprio paraíso do deus hindu Vishnu (matriz avatárica cósmica),
símile de outros paraísos proféticos como o Tushita budista e a
Jerusalém celeste judaico-cristã, mas que também nomeia o Avatar
especial Leão-Javali. Naturalmente, todos estes símbolos são, entre
outras coisas, senhas astrológicas para auxiliar a identificar um Avatar,
numa antiga e difundida tradição da Sabedoria Eterna.
56
Deste modo é que se viu nascer, sob esta densa noite dos
tempos, um movimento mundial de comunidades alternativas,
idéia que foi até cooptada por algumas nações para fins mais
políticos, como ocorreu com os kibutzins de Israel. De qualquer
forma, podemos dizer que este ciclo viu o surgimento de uma
verdadeira geração de iniciados, como a confirmar a premissa
esotérica de que a iniciação representa a colocação de um
obstáculo destinado a gerar um acúmulo de energia
transformador, razão pela qual os chineses equiparam a noção
de crise com a de oportunidade.
A primeira iniciação é chamada nigredo em Alquimia, pois
denota recolhimento e uma morte para todo o antigo, a fim de
fazer despertar as energias internas e dar início a um plano de
auto-reeducação profunda e renovação da consciência. Trata-
se, pois, de uma “nova criação”, quando a pessoa, mais do que
servir de vítima do carma ou da fatalidade, assume e escreve o
seu próprio destino.
Daí as palavras-chaves deste ciclo serem “provação” e
“iniciação”. Note-se, inclusive, que de 1.973 a 2.013, temos
exatamente 40 anos, que é o período clássico de expiações
que a Bíblia apresenta, especialmente no episódio do povo
hebreu no deserto do Sinai (numa outra visão do brasileira,
houve 40 anos desde a implantação da Ditadura Militar, até a
chegada de um governante realmente democrático).
Este período viu o auge da Guerra Fria, quando por muito
pouco não estalaram guerras abertas entre as grandes potências
militarizadas, as quais praticamente dividiram entre si o planeta.
Também apareceu aos poucos, contudo, o Bloco dos chamados
Países Não-Alinhados, como a Índia e o próprio Brasil, e este
foi assim se afastando dos interesses norte-americanos.
121
Capítulo 23

39 ANOS: PROVAÇÃO, INICIAÇÃO

Este segundo período vai desde 1.973 a 1.986. Sabemos

que este também foi um momento de grande militarização e de
guerras no mundo, já não guerras concentradas, mas dispersas
e generalizadas -a chamada “Guerra Fria”-, seja por razões
estratégicas (implicando na implantação de ditaduras em
Continentes inteiros) ou cautelares, uma vez que uma guerra
aberta à maneira antiga, considerando os novos armamentos
existentes, poderiam ter conseqüências terminais para o nosso
planeta e sua humanidade.
Neste curso a juventude se mobilizou em definitivo, seja Parte II
para combater heroicamente as ditaduras, seja por buscar (algo
santamente) uma “vida alternativa” de auto-transformação, de
modo que, se a pessoa não lutava contra o “sistema”, ao menos
dele não participava. Era a época dos hippies e da contracultura, FRACTAL 1 (52.000 ANOS =
dos experimentos com drogas e o conhecimento experimental
das filosofias do Oriente, certamente um período fecundo e
SÉC.XVA.C-2.012 D.C):
transformador, sob as cinzas da ameaçadora política PALEONTOLOGIA
internacional.
Segundo H. P. Blavatsky, em todo quarto final de século,
sucede uma especial revelação da Hierarquia espiritual, que no
século XIX resultou no nascimento da importante Sociedade
Teosófica. Não obstante, aquilo que se gerou espiritualmente
neste obscuro sub-ciclo, haveria de amadurecer reamente
apenas nos seguintes.

120 57
 “(...) a Sociedade Brasileirab de Eubiose prevê, através de
seu fundador Henrique José de Souza, a chegada de um grande
governante espiritual para Brasília, que será considerado uma
encarnação divina. Contudo, esta governança também pode
ser mais espiritual ou tutelar, ao modo do tradicional Governo
Paralelo de Shambala, que envia regularmente sábios para
aconselhar os governantes, e profetas a fim admoestar e
reorientar as nações. Nos critérios antigos, este era o verdadeiro
Governo do Mundo.
“O jubileu hebraico era de 50 anos, e o pré-colombiano -
chamado de Fogo Novo-, era de 52 anos. Certamente, se
observará oficialmente, entre nós, a data de 2.010 (a contagem
regressiva começou, em praça pública, já no aniversário de
2.008), isto é, o padrão judaico-cristão. E isto já será muito
positivo, pelo seu significado tradicional. Porém, não haverá
como ignorar o padrão pré-colombiano, uma vez que o mundo
estará muito atento para a data de 2.012, declarada como o
‘Fim dos Tempos’ pelos antigos calendários mexicanos.
“Nesta oportunidade, poderemos observar, quem sabe, a
afirmação de princípios tradicionais de urbanismo sagrado,
considerando ser o Brasil a pátria da Nova Era. Aguarda-se,
afinal, para esta data, grandes questões de renovação espiritual
e universal. Ora, se uma vocação manúsica (dirigente racial)
se revela aos 52 anos de idade, como sugerem alguns mitos e
lendas, ela poderá confluir perfeitamente com o primeiro jubileu
de Brasília. Todo o avatar possui vínculos cármicos de
nascimento com uma cidade-Ordem e vínculos dármicos de
iluminação com uma cidade-Missão. Ele próprio representa,
assim, o elo entre a Shambala celeste (Ordem) e a Shambala
terrestre (Missão). Assim, a realidade de Brasília passa a se inserir
diretamente no plano das profecias, como uma cidade sagrada
efetivamente sujeita aos cânones ou ao Pramantha universal.”

58 119
 No seu intercurso, este período correspondeu ao ápice da
Ditadura Militar no Brasil, que durou vinte anos, de 1.964 a
1.984, embora os seus resquícios não estejam até hoje totalmente
apagados. Mas também viu a chegada de 1.968, quando a
juventude começou a se mobilizar por novos rumos para a
sociedade e a cultura, uns olhando para o Oriente e outros para a
luta armada contra as ditaduras impostas pelo Império Burguês.
Tal como o ciclo-Fênix focaliza um macrocosmos étnico, o
Fogo Novo focaliza um mesocosmos social, mas também um
microcosmos individual -já que tal ciclo define também as
gerações-, porque anuncia concretamente a chegada de grandes
iniciados. Na verdade, podemos falar da geração “eleita” de
um mestre -tal como o Quetzalcóatl das profecias-, quando
toda uma leva de iniciados aparece reunida para cumprir uma
missão. Atentos aos passos da “História”, os eleitos e os
iniciados -entre eles o Messias- procuram as novas regiões para
construir o futuro. Por esta razão, outra palavra-chave deste
ciclo é “encarnação”. Este é o sentido social da “ida para o
deserto” de Jesus (semelhante, nisto, à opção de Moisés), para
se auto-transformar e para organizar um novo lugar, em opção
à luta armada de Barrabás.
Ora, não raro todas estas coisas se combinam entre si. É
conhecido que um arauto divino atua pelo menos em duas
cidades principais, a Shambala de seu nascimento e a Agartha
de sua missão pública. Daí vermos os budas e os avatares
sempre vinculados a pelo menos duas cidades, mesmo nos mitos
e nas profecias.
Brasília é realmente um centro com vocação agarthina, na
medida em que os mitos situam este reino como geograficamente
central. Reproduzinos, daí, um trecho pertinente existente em
nossa obra “Arquitetura Sagrada & Urbanismo Solar” (no
Capítulo intitulado “Brasília: os Ventos que Virão”):
118
Capítulo 6
QUANDO DEUS REVELA A SUA FACE
Diz textualmente o Livro do Genesis, que o homem foi “feito
à imagem e semelhança de Deus.” Sucede que este polêmico
paradoxo, tem gerado muita discussão ao longo da História,
incidindo diretamente sobre a questão da iconografia e também
da iconoclastia. Ou seja: terá Deus realmente uma Imagem, e
seria legítimo representar o Criador figurativamente?
De nossa parte, optamos simplesmente por ler esta frase em
outros termos, quer dizer: o ser humano (ou, antes, a forma
humana) representaria, isto sim, a própria Imago Dei (imagem
divina) revelada, já a partir do reino humano ou senão desde
aí, já que, doravante, todos os reinos empregariam esta base
evolucionária para evoluir (doravante, internamente) e se realizar.
Sem que isto implique em dizer que Deus-Ele-Mesmo,
mantenha de algum modo esta “imagem” ou aparência no seu
próprio Reino absoluto, sob qualquer aspecto que seja.
De resto, tal como também fazia Teilhard de Chardin, de
nossa parte não há problema algum em ver o ser humano como
aparentados aos macacos (pelo contrário, temos até podido
muitas vezes encontrar nos símios, traços para aperfeiçoar ou
resgatar a verdadeira natureza humana..!), pois a obra de Deus
é, em última análise, toda ela sagrada.
Não obstante, a natureza da evolução do ser humano é coisa
todavia ainda muito obscura. Os métodos para estas descobertas
são tão precários, que muitas vezes o cientistas tentam apoiar
as suas teorias em bem poucos elementos, correndo daí sérios
59
riscos de mal-embasamento. Muito daquilo tudo que se tem
dito, levanta dúvidas e questões, e interesses diversos também
norteam esta ou aquele teoria. Citemos: “Considerando-se que
a evolução atravessa incontáveis gerações até modificar de
maneira perceptível determinadas características, é muito difícil
traçar um paralelo entre tipos pongídeos e hominídeos, devido
à carência de fósseis disponíveis: a maior parte são dentes e
fragmentos de crânios nem sempre satisfatoriamente
preservados para mostrarem as adaptações em que as
respectivas espécies se distinguiriam claramente.” (em http://
iaracaju.infonet.com.br/biologia/biologia.htm)
Falta desvendar, por exemplo, detalhes da existência do
homo americanis primitivo (não confundir com homo
americanus, que é uma teoria modernizante), precedendo
inclusive a chegada dos povos amarelos a este continente,
vindos por diferentes rotas.
Ainda assim, teremos por referência os dados da Ciência
oficial, até porque em boa parte eles são concordantes com os
da Teosofia, apesar desta doutrina demonstrar muitas vezes
uma conceitualização pouco clara, a ponto de se confundir a
idéia de “raça” com a de sub-espécie humana, dada a extensão
cronológica das evoluções que formula.
De fato, não iremos aqui adentrar no nebuloso campo dos
hominídeos, até porque pertencem a idades muito anteriores,
antes interessando-nos, isto sim, a própria evolução humana e
sua divisões, desde que a humanidade se concebe como tal,
ainda que já dentro das divisões do homo sapiens, tema da
presente Seção.
Digamos pois, desde já, que os ciclos em questão
representam as rondas de evolução planetária. Ora, a ronda
humana por excelência (ou a sub-evolução do homem-homem)
é a quarta ronda, uma vez que o reino humano é o quarto. Não
60
Capítulo 22
52 ANOS: FUNDAÇÃO, ENCARNAÇÃO
Este período vai desde 1.960 a 1.973. E aqui, devemos
ressaltar que é sempre uma coisa muito especial, quando um
evento “qualquer” sucede sob um fractal, porque esta realidade
pode ser alvo de sínteses grandiosas e de esperanças de
renovação em ampla escala.
A criação de uma importante cidade nestas condições, pode
sinalizar uma nova região predestinada, sendo isto o que
acontece com Brasília, criada em 1960. Por isto, uma das
palavras-chaves deste ciclo é “fundação”.
“Pelo jubileu judaico-cristão, a celebração de Brasília se dará
em 2.010, mas pelo padrão maia (cujo calendário tem sido
praticado por muitos), será mesmo em 2.012.” (em “Cavalo
de Fogo - Despertando as Energias da Nova Era”, pg. 74)
Assim, a criação de Brasília também está ligada ao novo
ciclo militarista mundial (lembrando que 1.959 foi o ano da
invasão do Tibet, mas também da Independência da Índia, após
a campanha pacifista vitoriosa de Gandhi), pois uma das grandes
razões para a sua construção, foi proteger a Capital Federal
das ameaças nazistas durante a Segunda Grande Guerra.
Não obstante, são tantos e tão poderosos o conjunto de
motivos para a sua criação, que mesmo esta medida cautelar
se confirmará como positiva e útil no futuro, quando novas
crises militares assolarem o mundo ou quando o país sofrer
ameaças de alguma potência interessada nos seus tantos
recursos.
117
pela classe militar-socialista (aristocracia), que é na verdade
ainda semi-espiritual, e cujo palco privilegiado seria o Centro-
Oeste do país, e nisto estamos ainda, na chegada de 2.012, já
rumando não obstante para o seu final.
A criação de Brasília ou da terceira Capital nacional,
representa o ponto alto de organização da terceira classe social,
a chamada “aristocracia” -militares, idealistas sociais ou
guerreiros-do-arco-íris em geral-, iniciada em 1.900 (talvez por
isto, é que o mundo viu no século XX tais e tamanhas Guerras).
Sinaliza, pois, com toda as letras, a chegada de um novo
ciclo cultural para o país, assim como um chamamento para
engrossar as fileiras para edificar o Futuro. Para ser mais exato,
o calendário elaborado para este país-mandala que é o Brasil,
apresenta as seguintes subdivisões de 60 anos (que é um
conhecido ciclo calendário chinês):
a. 1.900-1.960 .... Messianismo, Militarismo .......... Áries
b. 1.960-2.020 .... Novo Estado, Capital Brasília ... Leão
c. 2.020-2.080 .... Movimentos Proféticos, Êxodo.... Sagitário
Ao final, ainda existe um katun (ciclo maia de 20 anos, das
conjunções primárias de Saturno e Júpiter, e fractal do ciclo
social de 200 anos) que serve de transição e epílogo deste ciclo,
no qual se instaurará um regime monarquista ou, pelo menos,
pro-monárquico. Como ensinava Aristóteles, as diferentes
formas de governo têm o seu valor, segundo o momento
histórico em questão. Além disto, tal como cada novo
organismo vivo segue um processo completo e próprio, cada
país ou Continente necessita edificar a sua própria História e
colocar as suas próprias estruturas sociais. Aquilo que houve
no passado da Europa ou do Oriente, pouco diz respeito ao
futuro das Américas. Na verdade, diferentes Continentes e
hemisférios costumam se achar em arcos evolutivos opostos.
116
obstante, esta ronda já está no seu final, razão pela qual vamos
analizar, na seqüência, uma série de fractais menores. Até por
isto, logo terá início a quinta ronda, ou a sub-evolução do
homem-mestre, razão pela qual os presentes enfoques
quintessenciais são também disto preparatórios.
A Criação
No começo, havia apenas o Caos, a desordem completa
dos elementos, de modo que a vida era impossível sob esta
condição. Havia, contudo, de um lado, potencialidades de vida
animada em alguns planetas, entre eles a Terra. E de outro
lado, haviam os Semeadores de Estrelas, espírito evoluídos
que perspassam o Universo em busca de serviços planetários,
uma vez que fizeram a opção de atuar desta forma (através de
certos Sendeiros Cósmicos de Evolução Superior -ver a nossa
obra “O Livro dos Chohans”, Ed. Agartha, AP, 2008) quando
se liberaram do carma evolutivo de seus próprios antigos
planetas-sementes.
Foi então que um Grande Espírito destes, passou a habitar
este nosso planeta, lá nos seus primórdios, influindo com sua
vibração sutil sobre as estruturas atômicas de certos elementos
primitivos, que começaram assim a tecer entre si relações mais
complexas, vindo a gerar enzimas e originando as primeiras
organizações animadas (no seio dos Oceanos), sob o
beneplácito do sopro vital deste Espírito animador, que os
Antigos denominaram então como o Espírito de Gaia ou a
Alma da Terra.
Esta Inteligência suprema tinha um Plano evolutivo, e as
coisas evoluíam com certeza e se adaptavam às condições
planetárias em transformação, em boa parte influenciadas pela
própria vida emergente, como sugere hoje a Teoria Gaia, mas
também pela Consciência inerente do Espírito de Gaia.
61
 E como sabemos, de início, a vida teve início no seio dos
Oceanos e ali se desenvolveu bastante, até que alguns peixes
começaram a se aproximar da terra e a adquirir pernas,
tornando-se anfíbios. Estes evoluíram, separando-se em
diferentes espécies, gerando os répteis, os animais e os pássaros.
Com a crise do ecosistema terrestre, alguns mamíferos inclusive
retornaram para as águas, dando origem aos golfinhos e aos
cetáceos. E assim o mundo todo foi povoado de seres vivos,
que de tão evoluídos começaram também a ficar cada vez mais
inteligentes, até que foram adquirindo cada vez mais
características “humanas” e, uma vez tendo surgido o próprio
ser humano, este também adquiriu uma alma ou consciência.
E foi assim que a Terra atravessou muitos ciclos através dos
eóns, até haver finalmente condições de gerar os seres humanos,
que era como que o seu objetivo primordial em termos físicos,
para a partir dali, poder dar início a um outro ciclo no qual o
próprio ser humano já seria cooptado como partícipe da Obra
criadora, tendo em vista o aperfeiçoamento e até a superação
evolucionária de sua própria condição (senão física, certamente
espiritual), dando assim seqüência e consumação à Obra divina.
Nesta seção, trataremos, pois, das etapas evolutivas do
homem primitivo, até chegar ao estágio atual. Devemos ter
claro, então, que o setor inicial desta obra, com seu ciclo de 52
mil anos, focaliza um fractal de ciclos ainda maiores, de 520
mil anos e além, os quais todavia escapam já de qualquer
conceituação propriamente humana, abrangendo em primeiro
lugar as famílias de hominídeos e depois outras espécies de
símios ou primatas, até o grande grupo dos animais; e assim
por adiante, avançando em todos os reinos animados da
Natureza e ainda além, pelos milhões e até bilhões de anos que
tem levado a evolução na Terra.
E assim temos o Milagre da vida tal como hoje o conhecemos.
62
“Podemos, contudo, tentar ensaiar uma restauração,
inicialmente pela divulgação deste critério que observa, afinal,
todo um sincronismo cósmico.
“Como forma de voltar a observar estes ciclos, já não
proporemos, paradoxalmente, uma data do passado, remoto
ou recente, mas sim do nosso futuro. Como os ciclos
comportam divisões proporcionais (ou ‘fractais’), podemos
perfeitamente adotar esta atitude.
“Esta data é muito conhecida: trata-se do 2.012 próximo,
anunciado pelo calendário maia como uma data de finalização
de ciclo mundial, e ‘engrossada’ por cada vez mais previsões e
profecias. Tendo esta importante data como pivô, podemos
voltar a registrar o Fogo Novo -e tanto para frente como para
trás.
“Temos em mente, na verdade, alguns importantes
sucedâneos, que tocam aos brasileiros em especial, na ocasião
da abertura do último Fogo Novo ou pré-2.012. Tal como a
inauguração da Nova Capital do país, Brasília.”
Com isto prosseguimos analisando o nosso tema, através
do próximo Capítulo, diretamente em torno desta última
questão. Foi um privilégio do ciclo nacionalista brasileiro,
focalizar uma nova região do país e, assim, preparar o seu
futuro.
Segundo o Calendário-Cronocrator de evolução social
(organizado em torno das conjunções de Saturno e Júpiter, os
chamados “Cronocratores” ou “Senhores do Tempo”), cada
classe social ocupa duzentos anos para se constituir (tema este
tão notável, que vem sendo comentado inclusive em obras
acadêmicas). Assim, após formadas as duas classes materialistas
(proletariado e burguesia) no primeiro baktun (ciclo maia de
400 anos), a Quinta Centúria viu a chegada das classes
espiritualistas (aristocracia e clero) do segundo baktun, de início
115
momento sócio-jubilatório era ansiosamente aguardado por
muitos, que nele teriam uma oportunidade única de renovar
suas vidas. Reis eram mudados, escravos eram soltos, dívidas
eram perdoadas, terras eram redistribuídas, bens supéfluos eram
descartados, e assim por diante. Com isto, se permitia que uma
pessoa acumulasse bens e poderes, mas não que os herdasse
para uma nova geração. Naturalmente, supõe-de que esta base
de igualdade tivesse a sua contraparte em oportunidades, sem
estar viciada ou comprometida por dogmas de nascimento,
como terminaria por acontecer em sociedades humanas mais
complexas.
“Os ciclos de 50 ou 52 anos são especialmente interessantes,
porque suas quatro divisões também eram observadas como
períodos de renovação. Estes se acham associadas aos ciclos
(ou revolução sideral) do planeta Júpiter, sempre muito
importante na espiritualidade. Podemos realmente atribuir, neste
quadro, cada sub-ciclo de 13 anos a um dos quatro Elementos,
de modo que o Fogo representasse o começo deste conjunto
(daí o ‘Fogo Novo’).”
Este tema será aproveitado na análise que apresentaremos
nesta Seção, e cujo foco de observação mais notável tem sido
uma localidade muito especial sediada nas cercanias de Brasília,
que é a bela cidade de Alto Paraíso. Prossigamos, pois:
“Certamente, se fez vários registros destes ciclos, mas a
observância histórica destas datas se perdeu na complexidade
dos calendários antigos, e hoje o tema é matéria quase
esquecida, tal como o seu conteúdo renovador é ignorado, para
infelicidade das sociedades modernas.
“aposentadoria” do trabalhador (que é o sentido moderno de “jubileu”),
dando-lhe ainda um período de vida para usufruto e repouso. Ou
como na etapa de sanyasin do Brahmanismo, quando o renunciante
à vida social tem o seu momento de retiro do mundo dos homens.
114
Capítulo 7
52.000 MIL ANOS: HOMO NEANDERTALIS
Este primeiro registro de humanidade, ainda algo “nebuloso”
e de alta-transição de espécies, compreende os períodos que
vão desde 52 mil anos até 39 mil anos atrás.
Consta que o ser humano apareceu durante o período
chamado Paleolítico Médio, compreendido entre 300.000 a
30.000 anos antes de Cristo. A palavra “paleolítico” significa
“antiga pedra”, na língua grega. Esta espécie de homem foi
encontrado em diferentes locais. Citemos:
“Em 1856, foi encontrado no vale de Neander (Alemanha),
um fóssil com característas mais evoluídas que o
Pithecanthropus erectus. Recebeu o nome de Homem de
Neandertal (que signfica “novo homem do vale”). Com as
mesmas características foram encontrados fósseis na Bélgica,
no norte da África e Ásia Menor. Suas características principais
eram: bípede ereto, altura de 1,60m, cérebro parecido com o
do homem moderno, robusto, pernas curtas e o queixo quase
igual ao do homem atual.
“Os homens de Neandertal moravam em cavernas, já
construíram muros de pedra como defesa e quebra-vento,
usavam armas e utensílios mais trabalhados, furavam lascas de
pedra para fazer machados e enterravam seus mortos,
demonstrando já um começo de sentimento religioso. Já tinham
conhecimento do uso do fogo. Viviam em regiões de climas bem
diferentes e sofreram o efeito das primeiras glaciações da Terra e
bruscas mudanças de temperatura.” (“Pré-História”, Wikipédia)
63
 Assim, encontramos já neste hominídeo tão especial, a
condição de troglodita ou a habilidade de viver em cavernas
(apesar de ser nômade), provavelmente para fazer frente às
agruras das condições climáticas que a Terra vinha
atravessando. Aprende, inclusive, a usar uma linguagem para
se fazer comunicar com os demais, além de manifestar
rudimentos de sentimentos religiosos.
Nisto tudo, temos uma confirmação da teoria de Darwin,
que fala que a evolução depende da capacidade de adaptação
dos seres vivos -e não de sua força física como entendem alguns-
, sendo que, nisto, o ser humano é, sem dúvidas, o mais
capacitado dos seres vivos sobre a Terra.
Em outra citação, encontraremos a cronologia deste “homem
original”:
“Em 1856 descobriu-se, perto da aldeia alemã de Neandertal,
um crânio de aspecto simiesco, mas com capacidade cerebral
de 1.600 a 2.000cm3. Classificou-se o achado como a transição
para uma espécie mais evoluída, o Homo sapiens, de que o
exemplar da Alemanha constituiu a subespécie Homo sapiens
neandertalensis. Eram indivíduos de caixa craniana e rosto
grandes, que teriam vivido no sul e no centro da Europa, assim
como no Oriente Médio, entre 100.000 e 35.000 anos atrás.
Supõe-se que o desaparecimento do homem de Neandertal
resultou do predomínio da outra subespécie, o homem de Cro-
Magnon, que procedia do Oriente.” (em http://
iaracaju.infonet.com.br/biologia/biologia.htm)
O homem de Cro-Magnon já representa uma evolução deste,
como veremos no próximo Capítulo.
Estas são aaracterísticas deste ser humano primitivo,
segundo dados fornecidos pela Wikipédia, a “Enciclopédia
Virtual Livre”.
· O homem vai descobrindo meios de dominar a natureza.
64
Capítulo 21
O “FOGO NOVO” E O BRASIL
O presente fractal, que inicia no ano de 1960, possui também
grande tradição de transição de ciclos, pois integra aquilo que
os Antigos hebreus chamavam de o “jubileu” (iobilah) social a
cada 50 anos, ou entre os pré-colombianos, o “Fogo Novo” a
cada 52 anos.
Citemos, pois, a nossa obra “O Cavalo de Fogo-
Despertando as Energias da Nova Era”, pgs 72-74:
“O ‘Fogo Novo’ (Jubileu)
“Havia uma interessante tradição nas sociedades antigas
chamado ‘jubileu’ (entre os hebreus) -palavra com sentido,
porém, distinto do moderno-, e por outros nomes como ‘Fogo
Novo’, dos pré-colombianos, pelo qual periodicamente se
tratava de renovar a ordem das sociedades, resgatando a justiça
e a igualdade social, que o curso normal das coisas tende a
fazer desaparecer. No Oriente Médio, este ciclo era de 50 anos,
e entre os pré-colombianos era de 52 anos. Na China Antiga, o
ciclo usado era de 60 anos, e possivelmente, o ciclo de 54 anos
do sistema de Sírio fosse observado no Egito.
“Buscava-se, com isto, sinalizar o período de uma geração,
numa época em que a longevidade não era tão ampla.* O
* Talvez observasse não exatamente o esgotamento da vida, mas
a sua transição, tal como se conta hoje um momento para a
113
 ·Vive em pequenos grupos nômades e se abriga em cavernas.
· Desenvolve a linguagem para se comunicar.
· Fabrica utensílios de pedra, osso, madeira. Aparecem
machados, martelos, lâminas cortantes e arpões feitos de pedra
lascada.
· Fabrica anzóis e agulhas de osso, arco e flecha de madeira.
· Usa trajes de pele para se abrigar do frio.
· Caça, pesca e colhe frutas e raízes como meio de vida.
· Usa o fogo para cozimento de alimentos e defesa contra
animais.
· Inicia a arte (pinturas) nas cavernas: figuras de animais, de
cadáveres e cenas de caça. São famosas as pinturas rupestres
nas cavernas de Altamira (Espanha) e Lascaux (França).
·Acredita na magia e tem sentimento religioso: enterrava
os mortos e protegia os túmulos com pedras. A arte nas cavernas
tinha um sentido de magia.

112 65
Capítulo 8

39.000 MIL ANOS: HOMO CRO-MAGNON

Este segundo sub-período, também algo indefinido ainda e

de média-transição de espécies, compreende os períodos que
vão desde 39 mil anos até 26 mil anos atrás.
Em torno da primeira data, apareceu um novo modelo
humano, bastante mais evoluído e de maior altura e capacidade
craniana. Estes seres estavam concentrados na Europa -sempre,
é claro, segundo aquilo que se sabe até agora-, e tinham já
todas as características atuais, razão pela qual foram
denominados como homo sapiens. Citemos:
“Em 1868, foram descobertos esqueletos na França, em Cro-
Magnon (que signfica “grande buraco”). Foram encontrados Parte V
também fósseis do mesmo estágio de civilização numa gruta
em Grimaldi (Itália), na República Tcheca e em muitos outros
lugares. Trata-se do nosso ancestral mais direto que apareceu FRACTAL 4 (52 ANOS =
por volta de 40.000 anos atrás. Suas características principais
eram: robusto, estatura elevada (1,80m) e traços físicos do 1.960-2.012): ONTOLOGIA
homem atual. Pelos utensílios e sinais da civilização que deixou
já demonstrava uma inteligência mais evoluída. Por isso foi
também chamado de Homo sapiens (“homem sábio”). Fabricou
mais de uma centena de objetos diferentes com as mais variadas
utilidades, inclusive ornamentais.
“Polia pedra, esculpia madeira e osso; suas armas traziam
esculturas de animais; fazia arpões, anzóis, lanças e agulhas de
osso para costurar suas roupas de pele. Tinha sepulturas
coletivas. Foi grande pescador e caçador.

66 111
Semelhante ao pássaro que, antes de poder alçar vôo, deve
colocar-se firmemente sobre os eus pés para dar um impulso
final. Afinal, à própria Idade Negra -rezam os tratados hindus
do tempo- segue-se uma Idade de Ouro.
A industrialização trouxe os elementos culturais e
econômicos, necessários para suprir as necessidades do
proletariado, e proporcionou recursos econômicos à moderna
cultura-de-massas. Foi também o ciclo das Grandes Guerras e
dos embates ideológicos, como síntese e reacomodação das
diversas ideologias desenvolvidas no seu curso.
No Brasil, esta época-final se concentrou inicialmente na
região Sudeste e, depois (atualmente), no Centro-Oeste, embora
este última questão iremos tratar melhor na última Seção desta
obra.
Este final de ciclo-Fênix, traz no seu geral a transição da
cultura materialista para a cultura espiritual, mais exatamente
a passagem do ciclo da burguesia para o ciclo da aristocracia -
palavra esta que significa, a rigôr, neste caso, nacionalismo,
idealismo e socialismo.
Como divisão quaternária do ciclo-Fênix, temos neste clímax
o advento de uma espiritualização coletiva, notável, por
exemplo, na forma da rebeldia da juventude contra o
materialismo e a belicosidade dominante no final do século.
Mas isto, já poderemos também incluir na próxima Seção.
110
“Daí por diante, os seres humanos foram se aperfeiçoando,
melhorando suas técnicas de domínio sobre a natureza,
desenvolvendo sua cultura e se organizando em sociedades
que foram as civilizações antigas.” (“Pré-História”, Wikipédia)
Assim, estes homens, que também foram verificados no
Oriente Médio, eram ainda mais sofisticados e especializado,
fazendo uso de vestimentas. De toda as formas o ser humano
queria sobreviver, e também agora em outras dimensões! Por
isto, o animismo era uma das formas mais comuns de culto
nestas antigas sociedades humanas, e representava uma
alternativa para o anterior culto da necromancia.
A necromancia era a forma primitiva do espiritismo, envolvia
a reencarnação e, sobretudo, a superação da extinção
consciencial (ou a chamada segunda morte). E o animismo
significava ver toda a criação como sagrada e o ser hunano
como um ente mágico, destinado a se fundir e realizar através
da Mãe Terra e mediante a perfeita auto-sustentabilidade.
Cedo o ser humano pressentiu, sob o impacto das
conseqüências de seu livre-arbítrio e a palavra norteadora dos
seus sábios, os perigos que representava os instintos humanos
plenamente liberados, de modo que somente a cultura e a
religião poderiam colocar travas e tornar criativas e até
revolucionárias e evolutivas estas tendências tão particulares.
Citemos, pois, um pouco mais:
“Os primeiros fósseis de Cro-Magnon (localidade do sul da
França) têm cerca de 32.000 anos, mas é provável que tenham
penetrado na Europa antes dessa data. Outra hipótese atribui a
extinção do homem de Neandertal ao cruzamento entre as duas
subespécies. Os dois tipos de esqueletos foram encontrados,
praticamente juntos, no monte Carmelo, em Israel.” (em http:/
/iaracaju.infonet.com.br/biologia/biologia.htm)
Por sua semelhança com o ser humano atual, este homem
de Cro-Magnon já foi classificado como um homo sapiens.
67
Capítulo 9
26.000 MIL ANOS: HOMO SAPIENS-SAPIENS
Este terceiro sub-período, de baixa transição de espécies,
compreende os períodos que vão desde 26 mil anos até 13 mil
anos atrás.
Como sempre acontece na metade dos ciclos, uma grande
transformação tem início aqui. Nada mais e nada menos, do
que o verdadeiro homo sapiens é que aparece nesta altura.
Este período médio de evolução humana pré-histórica, abre
o último Ano Cósmico, e abrange o chamado “Mesolítico”,
ocupando de 20 a 10 mil anos, também conhecido como “Idade
da Pedra Intermediária”. Aqui é onde temos o advento do
verdadeiro homo sapiens ou do homo sapiens sapiens. Segundo
a maioria dos livros acadêmicos, este evento sucedeu há cerca
de 26 mil anos.
A História Secreta
Em nossa obra “O Oráculo de Gaia: A Grande Crônica da
Terra - Um Estudo de Arqueoastronomia Integrada” (páginas
77-78), comentamos acerca da natureza dos eventos que teriam
acontecido no período compreendido -ou, mais exatamente,
entre 26 mil e 20 mil anos atrás-, levando luz, de maneira inédita,
a um período extremamente primitivo e obscuro da evolução
cultural humana:
“O que estava realmente em jogo nesta altura, era a definição
e a consolidação da espécie humana. O ser humano evoluíra
68
Capítulo 20
130 ANOS: A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O último ciclo é naturalmente de grande importância, na
medida em que representa uma apoteose, ou uma culminação.
Ao mesmo tempo em que, como citamos na Introdução, pode
representar a transição para uma etapa complementar,
dialeticamente falando, coisa que adquire especial importância
aqui e cada vz mais, na medida em que os ciclos se estreitam
em extensão e seus horizontes se aproximam cada vez mais.
O período em questão vai desde 1.882 a 2.012. Ora, este
último século de História mundial, trouxe transformações
dramáticas no mundo, e grosso modo podemos atribuir tal coisa
à industrialização, que alterou gravemente, sob muitos
aspectos, as relações do ser humano com o tempo.
Hoje temos, e cada vez mais, uma nítida sensação de nos
encontrarmos dentro de um vórtice-de-tempo, que se fecha
celeremente... Afinal, o último fractal, chamado “o olho-do-
furacão”, se encontra mesmo dentro deste ciclo terminal.
Tal coisa pode ser analisada com grande interesse na obra
de René Guenón intulada “O Reino da Quantidade e os Sinais
dos Tempos”, cuja conclusão é, não obstante, otimista: tal como
na fórmula chinesa de “mutações” de Ying e Yang, quando o
reino da quantidade chega ao seu ápice, ele cede lugar ao reino
da... qualidade!
Não obstante, tudo isto possui uma função histórica,
semelhante ao papel da Kali Yuga, que encerra o Manvantara
e prepara a sua transição para uma nova idade de ouro.
109
especialmente na Península Ibérica, e nos territórios
ultramarinhos (como eram as Américas), que tratava de garantir
para estes países peninsulares “fiéis”.
Neste período, a Ciência positivista avança, sob os braços
largos do Renascimento europeu.
108
desde a sua condição de hominídeo, mas ainda convivia com
espécies antigas obre a Terra. O verdadeiro ser humano
apareceu, e isto tomou uma dimensão cultural insuspeita. Era
preciso mostrar que o mundo era mais que obra do acaso e de
‘leis naturais’ –os sábios tinham esta preocupação em especial–
, e a presença do ser humano, consciente e evoluído, seria sua
prova conclusiva.
“Imaginemos daí, a natureza e a complexidade da situação,
e quantas medidas não tiveram que ser tomadas por parte dos
Guias sagrados para proteger as novas formas humanas, mais
capacitadas e evoluídas que as outras. Milhões de anos de
evolução não poderiam ser perdidos pelos caprichos de alguns.
Assim, naqueles remotos tempos, a Hierarquia e os Guias
tiveram que ser muito atuantes no plano físico.
“E uma das grandes medidas, foi dada pela migração
organizada, originando a primeira grande organização cultural
do mundo através da seleção de espécies segundo os diferentes
continentes. Resultando daí, naquilo que, vários milênios de
evolução depois, seria uma simples distinção racial dentro da
humanidade, cada qual evoluindo de uma espécie de hominídeo
diferente e em regiões também distintas.”
Trata-se isto, afinal, da transição para a Civilização: “As
transições são lentas e graduais. Assim aconteceu do Paleolítico
para o Neolítico, e deste para a Idade dos Metais. A partir do
XX milênio a.C., nos vales do Tigre-Rio Eufrates e de o Nilo,
aconteceu a passagem pra a civilização; ou, como dizia Gordon
Childe, a Revolução Neolítica. Tudo estava mudando. Para
garantir seu território, os homens pré-históricos que
estabeleceram as primeiras aldeias esforçaram-se muito e
evoluíram no campo das descobertas.” (Wikipédia)
Não obstante, nota-se já uma grande aceleração das coisas,
graças ao uso da tecnologia. E por detrás de tudo, estavam
69
nascentes valores espirituais, primitivos de início, mas cada
vez mais contrastantes com tudo o que havia então.
Prossigamos com nossa citação de “O Oráculo de Gaia”:
“Esta foi Primeira Grande Revolução cultural da Terra, na
consolidação da espécie humana, pela organização de seus
ambientes e na disposição de valores propriamente humanos.
A humanidade se reconhece como tal, admite haver um Deus e
que necessita buscar a salvação de sua Alma, dando através
disto um salto definitivo na evolução do mundo.
“Em termos espirituais, um fato patente aqui é que, no
decurso do último pralaya, a Hierarquia se desenvolveu
espiritualmente, precedendo a humanidade como tal, que se
diz ter realmente surgido como tal somente no período atlante
(ao passo que a Hierarquia se organizou em meados da Lemúria,
com Shambala). O que havia então, era uma humanidade
primitiva, e nisto estaria o mistério das chamadas raças ocultas,
nirvânicas, hiperbóreas, etc. Mas também a Hierarquia em
evolução (alguns poucos seres humanos evoluídos ou
iniciados), através de árduos experimentos xamânicos. E que
também evoluiu em ciclos. E esta espiritualidade, estaria
relacionada à própria natureza deste arco do tempo, aberta
pelo portal de Capricórnio, denominado na tradição de ‘a porta
dos deuses’.
“Havia basicamente uma antiga religião ocultista e esotérica:
o xamanismo. A humanidade pouco podia dela gozar, senão
na curas externas que os xamãs realizavam eventualmente. Com
o crescente poder e a influência dos xamãs, e sob o aumento
dos seus conhecimentos, eles foram sendo aos poucos
incorporados às tribos humanas. No geral, os grupos humanos
eram coordenados por líderes políticos, mas por vezes,
rivalizando com eles, os próprios xamãs reuniam as pessoas,
as quais entendiam ser melhor e mais seguro viver assim, além
70
Capítulo 19
260 ANOS: A REVOLUÇÃO COMERCIAL
Há 200 anos, em 1808, chegava Dom João VI ao Brasil,
fugido das tropas de Napoleão que buscavam dominar toda a
Europa. Era o epílogo de um longo período de exploração
comercial deste vasto país, abrindo doravante os seus portos
para o comércio das nações, ou mais exatamente para a
“protetora” Inglaterra num primeiro momento, pois já em 1.822
se proclamaria a Independência.
O período em questão vai desde 1.752 a 1.882. Estamos na
metade de Fênix I, preparando o amadurecimento da burguesia
nacional. Por esta razão, o amadurecimento comercial está na
base das transformações sociais desta época.
No entanto, para isto ela também tratará de se organizar
militarmente, dando assim as bases da futura aristocracia
americana, uma classe autônoma hoje emergente em nossos
dias, através do nacionalismo triunfante.
É assim que ocorrerá no Brasil a Proclamação da República
em 1.889, um século após a Revolução Francesa de 1.789
(assim como, neste ínterim, a Proclamação da República em
várias outras nações, por quase todos Continentes), portanto,
quando foi dado o sinal para a queda internacional da Velha
Ordem monarquista e, sobretudo, imperialista.
A Maçonaria foi o grande instrumento desta transformação
sócio-cultural, aliando os interesses emergentes da burguesia
mundial, aos do Protestantismo em expansão. Diante disto,
fora da Itália, a Igreja concentrou os seus próprios interesses
107
única culpa da maldade dos próprios europeus, que não levaram de ter maior orientação espiritual. É claro que isto também
a sério o suficiente a cruz, mas somente a espada, valorizando acirrou a cobiça dos magos negros, que queriam não ajudar a
demais o ouro e de menos as almas. humanidade, mas dela servir-se para seus benefícios pessoais.
E então a crise se desencadeou.”*

A questão da magia negra é um assunto muito sério que o

verdadeiro iniciado, atento como está à evolução, tende a buscar
se afastar ao máximo. Não obstante, com o seu próprio
crescimento, ele é levado a tomar conhecimento dos métodos
da Loja Negra e das razões da sua existência, em parte ligada
aos Senhores do Karma (executores do equilíbrio restaurador).
Aprende então que, mesmo que com o tempo as coisas
tendam a se degenerar, muito daquilo que hoje consideramos
“magia negra”, não era assim considerado no passado, mas
sim uma conquista da conscientização e do crescimento dos
poderes humanos sobre as dimensões de espaço-tempo. Defesa,
fé e sobrevivência, estiveram entre os motivos destas práticas
primitivas. O ser humano praticou muita “magia natural” para
realizar curas e até para governar as sociedades.
Contudo, na dinâmica da evolução e dos ciclos do mundo,
de um lado estas práticas se degeneraram, e de outro lado a se
foi colocando novos degraus e outras revelações vieram à luz.
Deste modo, se foi formando um abismo cada vez maior entre
o passado e o futuro, que terminaria estalando na “guerra dos
mundos” e nos grandes embates raciais que, nestes tempos
primitivos, chegou a representar práticas generalizadas de
genocídio, tendo em vista a suposta necessidade de eliminar
culturas e até sub-espécimes humanas, tidas como perigosas
para o progresso da evolução do mundo e da humanidade.

* Ver mais em “O Oráculo de Gaia: A Grande Crônica da Terra

- Um Estudo de Arqueoastronomia Integrada”, de Luís A. W. Salvi,
Editorial Agartha, AP, 2008.

106 71
Capítulo 10
13.000 MIL ANOS: HOMO AMERICANIS
Este último sub-período, já de completa consolidação de
nossa espécie, compreende os períodos que vão desde 13 mil
anos atrás até os nossos dias.
Chegamos agora ao período denominado Neolítico, que
significa “nova pedra” em grego, e também conhecido como
“Idade da Pedra Polida”.
É o período da história do homem compreendido entre
18.000 anos e 5.000 anos antes de Cristo, abrangendo, portanto,
a chegada do homem amarelo ou da raça mongol nas Américas,
evento sucedido há cerca de uns 13 mil anos, segundo os livros
acadêmicos, e do que trataremos melhor na análise da “História
Secreta” do período, adiante.
Estamos falando, pois, basicamente das primeiras raças
humanas, especialmente a lemuriana e a atlante, tendo como
limite e transição a chamada “Idade dos Metais” entre 5 mil e
4 mil anos antes de Cristo, escapando assim o atual ciclo áryo,
que entra numa outra categoria, a da História propriamente
dita. A chamada “Idade dos Metais” representou um decisivo
salto tecnológico, e “abrange os dois últimos milênios que
antecedem o aparecimento da escrita, por volta de 3.500 a.C.”
(Wikipédia)
Incluem-se entre as características do homem neolítico, todas
estas que seguem, em muitos aspectos até bastante atuais (cf.
Wikipédia):
72
Capítulo 18
390 ANOS: A REVOLUÇÃO CULTURAL
A exploração das Américas, acima de tudo enriqueceu a
Europa e possibilitou os luxos do Renascimento e de outros
ciclos artísticos. Esta foi a base de uma exploração interior
com resultados culturais, também internos.
O período em questão vai desde 1622 a 1752. A exploração
comercial dos produtos americanos e da mão-de-obra local
ainda corriam soltos, mas os ventos de independência já se
alastravam pelas Américas.
O comércio interno também prosperava, sendo um dos
principais focos os trabalhos das Missões jesuíticas e dos povos
guaranis reduzidos, produzindo artefatos de padrão
internacional, comercalizado especialmente no mundo
hispânico, que era onde se achavam então tais reduções.
O experimento das Missões, iniciado em 1.610, tomou vulto
na virada do século e sua autonomia assustou os impérios, a
ponto de se gerar uma guerra para derrocá-lo. De fato, a
Conquista não foi uma tarefa fácil, e a Europa em muitos
momentos se viu em maus lençóis para fazer frente a tão imenso
desafio.
Contudo, os ilustrados padres jesuítas fizeram deste
experimento social e cultural, algo inédito e assombroso, e
sob a sombra dos interesses dos impérios ibéricos, mostrou-se
ao mundo que era possível reunir mundos tão distantes, que as
diferenças não eram pontes intransponíveis, e se algo ainda
saiu mal -sob a doçura-mártir das raças subjugadas- foi por
105
Segundo o calendário “Cronocrator” do Projeto-Exodus, tal
etapa de formação social colocou as bases do proletariado
nacional. Por extensão, o mesmo terá sucedido de maneira
difusa por todo o mundo colonial.
104
· O homem desenvolve melhores técnicas de dominío sobre
a natureza.
· O clima da terra se torna mais ameno e favorável à vida.
·Vive em grupos maiores (clãs e tribos), primeiras aldeias.
Passa de nômade a sedentário.
· Melhoria nas habitações: o homem sai das cavernas e mora
em casas (paliçadas e palafitas) construídas por ele.
·Aperfeiçoou seus utensílios de pedra, osso e madeira,
polindo-os. Surgiram foices, lâminas cortantes, enxadas,
machados e centenas de utensílios, armas e instrumentos.
Utilizou o barro para fazer potes e jarros de cerâmica.
· Fez jangadas, canoas e barcos e navegou pelos mares.
· Melhorou os trajes com os teares manuais que faziam ·
roupas de fibras vegetais (linho) e lã.
· O homem fixou-se na terra e desenvolveu a agricultura,
inclusive com o arado de tração animal. Muitas tarefas agrícolas
ficaram ao cargo das mulheres, enquanto os homens se
dedicavam à caça, à pesca e às tarefas pesadas.
· Dedicou-se à domesticação de animais para a alimentação
e transporte.
· Com a invenção da roda apareceram carroças rudimentares.
· Manifestação de religião primitiva baseada nos fenômenos
da natureza (fogo, raio, trovão, tempestades, ventos, chuvas),
nos astros, etc.
·Aparecem monumentos e construções com grandes pedras,
provavalmente por motivos religiosos. Surgem os monumentos
megalíticos (menires e dolmens), que eram grandes pedras
fincadas no chão sustentando outras pedras gigantescas. Foi o
início das gigantescas construções que vão surgir com as
civilizações seguintes.
73
 ·A arte desenvolveu-se com gravação de figuras em osso,
pedra e madeira, e a arte da argila desenvolveu-se com
modelagem de potes, vasos, estatuetas e pinturas em cerâmica.
A História Secreta
Estes povos eram tribais e xamanistas, mas para o final foram
descobrindo a verdadeira religião. Segundo os anais ocultistas,
foi neste período, mais exatamente em torno de 13 mil anos
atrás, que surgiu na Terra grande fenômeno de Shambala , em
meados do ciclo lemuriano (que existiu de 15 a 10 mil anos
atrás) portanto, na região onde fica atualmente o Deserto de
Gobi. Shambala é a manifestação espiritual de Deus, ou o seu
reino oculto.
Naquele período, os seres espirituais viviam uma realidade
à parte. O xamanismo era muito poderosos, mas ainda não se
aproximava da humanidade, a qual era muito primitiva. Os
xamãs formavam elites que viviam em agrupamentos separados,
e muitos deles viviam isolados, mais ou menos como se observa
ainda hoje entre os ascetas da Índia.
Shambala foi um núcleo especial no qual se gerou a
verdadeira iniciação, uma escola Iniciática autêntica, graças à
qual a energia espiritual pode começar a influenciar a cultura
humana e a produzir uma evolução mais rápida e concentrada.
Ali apareceu Sanat Kumara, o “virgem eterno”, com seus irmãos
sagrados, durante o ciclo conhecido como “a cadeia venusiana
da Terra.”
Mais para o final do período, em meados da raça atlante,
Shambala emanou um círculo organizado de iniciados que
formariam “o Templo de Ibez, no centro da América do Sul”
(cf. Alice A. Bailey, em Um Tratado de Magia Branca).
74
Capítulo 17
520 ANOS: A REVOLUÇÃO ÉTNICA
O primeiro sub-período americano deste fractal, ou a
organização das bases nativas do proletariado continental,
compreende desde 1.492 até 1.622.
A América do Sul foi um território que alimentou de forma
especial os sonhos dos utopistas, dada a surpresa de encontrar
tantas e tão maravilhosas novidades, e ainda pela índole de
alguns de seus povos nativos, que lembravam até as descrições
do Homem original do Genesis, além de levar sérias suspeitas
acerca do misterioso destino das Tribos Perdidos de Israel.
Afinal, não faltavam traços de cultura superior entre muitas
destas nações, não raro verdadeiramente surpreendentes.
Foi este, basicamente, um período de encontro de raças.
Novas e poderosas misturas étnicas também se inauguraram
então. As culturas e as nações se combinaram entre si de forma
diferenciada: os espanhóis mais com índios e os portugueses
mais com negros; os ingleses eram mais dominantes e os
franceses mais associativos; etc. Tudo isto deu origem a várias
formas de mestiçagem e associações, que seria algumas das
bases de uma nova humanidade, sempre mais identificada com
o futuro do que com o passado; levando assim consigo o dínamo
de uma nova criação.
De início, o grande impacto da Conquista sucedeu sobre o
mundo andino. No Brasil -um país então em forte expansão-,
este primeiro período ficou concentrado na sua região
Nordeste, tendo como centro ou Capital a cidade de Salvador.
103
sociedade completa. E os milênios seguintes, para desenvolver
civilizações inteiras baseadas nestas mesmas classes -são as
chamadas ‘Idades do Mundo’, muito divulgadas por gregos e
hindus.
“Considerando as quatro classes tradicionais, a cosmologia
social coloca as classes materiais (proletariado e burguesia)
na primeira metade do milênio, e as classes espirituais
(aristocracia e clero) na sua segunda metade.”
Esta cosmologia social é a mesma, pois, das Idades do
Mundo, num plano civilizatório e lhe serve naturalmente de
base, apenas que se desdobram depois na ordem inverna, uma
vez que, se a organização das classes representam a rápida
ascensão da pirâmide cultural na forma de sociedades, e as
Idades correspondem ao seu descenso mais lento na forma de
civilizações.*
* Para uma distinção destas categorias de culturas, sociedades e
civilizações, ver a nossa obra Antropologia Geral - Sentido &
Historicidade do Multiculturalismo, Ed. Agartha, AP, 2008.
102
Assim, o que temos aqui é a geração do homo americanis,
já sob direta influência espiritual, naquela região então
conhecida como a Atlântida.
Na verdade, tudo isto se deu sob fortes transformações
planetárias, mais exatamente no decurso de uma glaciação, fato
este que resultou em adaptações nas espécies, mudanças
comportamentais e grandes migrações étnicas.
Eis como tratamos do tema em nossa obra “O Oráculo de
Gaia: A Grande Crônica da Terra - Um Estudo de
Arqueoastronomia Integrada”, pgs. 81-83:
“Daí se fez a opção gloriosa de Rumar para o Nascente,
fazendo disto um verdadeiro culto migratório direcionado, que
não deixou de influenciar na organização da primeira religião
solar. Esta Busca pelo Sol se dava, pois, tanto em função do
Nascente como do Equador, de latitude ou de longitude.
Concomitantemente, os sábios iam organizando as novas
filosofias e os novos cultos, sempre atrelados à idéia da
migração no ‘Rumo do Sol’.
“Foi neste contexto histórico que ‘surgiu’ Shambala (uma
culminação, portanto) com a chegada de Sanat Kumara, o
‘Jovem Eterno’, e seus quatro Irmãos Kumaras, influindo
sutilmente sobre a humanidade e preparando a manifestação
da Hierarquia na raça seguinte (Atlante) e, através disto, a
concepção de uma verdadeira evolução humana.
“Sanat Kumara foi um grande Manu oculto, guia de povos
e raças, e juntamente a seus Irmãos conduziu as novas nações
para o Grande Levante da Terra*. Os cinco Kumaras podem
* Note a tripla acepção da palavra “Levante” (originalmente
relacionada à zona cultural do Mediterrâneo oriental): nascente solar,
manifestação política e ascensão cultural. Todas elas perfeitamente
aplicáveis ao momento em questão.
75
ser considerados como Budhas Dhyani, associados às cinco
direções do Espaço.
“Contudo, Shambala trazia uma energia refinada e poderosa
demais para a Humanidade e até para a própria Hierarquia,
acostumadas como estavam a um mundo hostil e violento.
Assim, uma forma de compreender a atividade “oculta” de
Shambala, é justamente pela natureza esotérica e velada –ou
seja, ocultista– de suas primeiras manifestações, e tendo-se as
portas da Escolas Iniciáticas então cerradas para o mundo. Daí
ser esta etapa do ciclo cósmico chamada de “deitando a
semente”, ou seja, quando as raízes da espiritualidade são
solidamente fincadas para engendrar algo novo.
“Era preciso de início atuar sutilmente, na atmosfera
planetária, vibrando e imantando com uma nova nota. E era
esta a energia do Amor, isto é, do poder do amor, que é
sacrifício, como disse o mestre Morya (cf. H. Roerich, nos
Ensinamentos de Agni Ioga). Algo então estranho e
revolucionário, muito mais ainda do que quando chegou Jesus
Cristo para pregar a sua mensagem redentora.
“O Manu emite então um novo decreto divino entre os seus
(não como um preceito arbitrário, mas como condição natural
para evoluir mais), que é o de não mais afastar os sábios do
resto do povo, enquanto este manifestasse alguma receptividade.
E que somente seria aceito na Loja Branca, o iniciado que olhasse
para a humanidade como um todo. O que naturalmente, geraria a
cisão das Lojas, a Branca e a Negra, uma característica atlante.
“Ainda que esta mensagem atingisse, naquela altura,
sobretudo os iniciados, isto é, um grupo relativamente pequeno,
mas influente, de sábios. Que compreendem que, para seguir
evoluindo, devem aprender a olhar por todos.”
A parte final desta história, será melhor contada na Seção
seguinte.
76
de geração de um eurocentrismo que, a seu tempo, também
seria superado pelos novos movimentos ali nascidos.
De nossa parte, poderíamos também incluir aqui um Capítulo
à parte para o Brasil, já que este grande país ocuparia um papel
especial nestes últimos processos fractais. Prova disto, é a
dinâmica especial a qual se encontra sujeito, tal como
demonstram as revelações do “Projeto Exodus -um Mundo
para Todos”, e que tentaremos resumir nos próximos Capítulos.
Notar-se-á aqui, não obstante, uma divisão distinta da
habitual. O Projeto demonstra que, num Plano sócio-formativo
geral de um milênio, estes primeiros quinhentos anos (também
chamado de “Fênix I”) se destinam, especialmente, a elaborar
as classes do proletariado e da burguesia. Por isto, se diz que
esta Fênix voa rente ao solo, já que tais classes possuem
interesses sempre mais materialistas. Não obstante,
apresentaremos aqui subdivisões desta Fênix em quatro seções
(já que isto também é possível), a fim de atender aos fractais
do tradicional padrão maia.*
Concluiremos, pois, com esta citação de nossa obra “O
Cavalo de Fogo - Despertando as Energias da Nova Era”, Ed.
Agartha, AP, pgs. 7:
“Podemos mesmo atribuir este período a ciclos étnicos,
gerados por novas misturas raciais e de intercâmbio nas
sociedades.(...) Na verdade, o simples fato de inteirar a metade
do milênio, já faz deste um ciclo notável... E o milênio é, com
efeito, um ciclo vinculado aos processos da civilização. O
milênio serve, por exemplo, para a organizar as classes de uma
* Assim, a presente abordagem ciclo-social é, a um só tempo,
real e simbólica, sendo que uma das coisas que possibilita esta
relativização, é a existência de “ciclos dentro de ciclos”. No caso, os
ciclos de 12 ou 13 anos são por demais conhecidos, para necessitar
se insitir no assunto.
101
realizar-, para gerar uma verdade ainda mais augusta, que era,
ou que será, o Reino dos Céus na Terra.” (LAWS, em A Volta
dos Templários -o Resgate da Tradição Ocidental)

O fractal de 500 anos encerra o setenário da raça árya. A

sétima sub-raça árya é a América do Sul, com destaque para o
Brasil.
Ora, os ciclos de 500 anos, que os incas chamavam de
Pachacuti, já eram por sí sós altamente valorizados pelos
antigos, como relacionados a renovações de sociedades inteiras,
além de estar associada aos ciclos de vinda de rishis ou profetas
civilizatórios.*
Notavelmente, os culturas egípcia e hebraica sofriam crises
a cada 500 anos. Para os egípcios, a Fênix se incinerava a cada
500 anos, mas também deixava três ovos. Este ciclo maior é o
ciclo sótico, de 1.461 anos. Coincidentemente, isto se aproxima
da data de descoberta das Américas a partir do Ano Zero cristão Parte III
-o qual representa, na verdade, uma data cósmica, uma vez
que a Era de Peixes define o começo do Ano Cósmico
(lembrando aqui, que o Zodíaco sideral tem natureza FRACTAL 4 (5.200 ANOS =
precessional).
Neste caso, trata-se também de um fractal da Era solar, a 3.013A.C-2.012D.C):
sua síntese final. O evento-América representa como que um
epílogo do movimento de integração mundial gerado pelo ciclo ANTROPOLOGIA
áryo, em sua expansão integradora, e é também uma etapa de
unificação final, inclusive em termos de tempo, na medida que
representa um certo retorno às origens, pela revelação de
culturas primitivas e antigas conexões intercontinentais, além

* Sobre os ciclos-Fênix, os Rishis e os ciclos das revelações

religiosas, ver nossa obra “O Pacto do Arco-Íris - o Mistério de
Deus na História”.

100 77
 Capítulo 16

OS “CICLOS-FÊNIX” E AS AMÉRICAS

Adentramos aqui na análise das ultra-etnias atuais, que é a

síntese da evoluções étnicas áryas. As etnias são os veículos
da arte e da beleza, ou da identidade coletiva real. É a cultura
no sentido refinado do termo, capaz de gerar inclusive cânones-
de-perfeição, daí também a sua natureza espiritual coletiva,
assim como o conceito de nações.
O grande evento do Descobrimento, se deu sob o
beneplácito de grandes transformações das sociedades da Terra.
Este fato ficaria patente através do nome do grande descobridor
do Novo Continente (ainda que não identificando-o como tal)
-Cristóvão Colombo. Citemos:
“Uma coisa muito interessante, é a simbologia do nome do
genovês Cristóvão Colombo, ou seja: o ‘carregador da Pomba
do Cristo’. Ora, não poderia ter melhor nome (ou melhor,
pseudônimo, senão título!) o descobridor do Novo Mundo,
consagrado por todos os signos à nova Idade do Espírito Santo.
“A rigôr, Colombo apenas personificará, em seu nome e
com suas descobertas marítimas, todas as aspirações de uma
época, pelo advento de uma nova dispensação espiritual no
mundo.
“Se lembrarmos as profecias bíblicas, o Paráclito é enviado
como um ‘consolador’e uma antecipação da volta do Cristo.
Assim, uma vez difusa a Idade do Espírito, e consumada a
trinitária revelação divina, se terá a segurança do retorno de
Deus -uma vez cumprido aquilo que cabe aos próprios homens

78 99
 Capítulo 11

O “QUINTO MUNDO” DE OLLIN

(“MOVIMENTO”)

Assim, após ter o homem evoluído sobre a Terra quatro

etapas como homnídeo, teve início uma reordenação destes
grupos proto-humanos com base em toda a sua evolução inicial,
influenciando as novas evoluções já propriamente humanas do
homo sapiens, dando origem a uma evolução antropológica.
E assim foram criadas as sucessivas raças humanas, que são
como sub-espécies humanas, quer dizer, cada uma delas também
gerada a partir das conexões primevas com sub-espécies de
hominídeos.
Estas raças iniciais ou elementares foram:
1. Raça Boreal (emanada dos austrolopithecus)
2. Raça Austral (emanada do pithecanthropus erectus)
3. Raça Lemuriana (emanada do homem de Neandertal)
4. Raça Atlante (emanada do homo sapiens)
A rigôr, as duas primeiras raças pertencem ainda à evolução
semi-humana (Homo Sapiens-sapiens), razão pela qual os anais
ocultistas costumam não registrá-las como propriamente
humanas, sendo na verdade a própria raça lemuriana tida ainda
como uma transição racial, para então sim, na raça atlante
emergir a humanidade tal como a conhecemos hoje, com todas
as suas características amadurecidas.
E assim, estava “pronto” o ser humano, de modo que ele já
poderia ser posto à prova naquilo que realmente importava,
que era a revelação direta das coisas de Deus e os caminhos
98 79
que apontam para o Além-do-Homem porque, afinal de contas,
“O homem é (apenas) uma ponte estendida entre o menos-
que-humano e o mais-que-o-humano.” (F. Nietzsche).
Segundo Bailey, aquilo que caracteriza uma raça-raiz é o
contato com a esfera da alma. É isto que explica, então, certas
classificações gerais feitas pela Teosofia acerca das raças,
algumas delas sendo inclusive consideradas “pré-humanas”. Eis,
portanto, o quadro real em termos de classificação binária
(somando uns 10 mil anos para cada ciclo), incluindo as
respectivas alquímicas:
a. Raças 1a e 2a = proto-raças . contato com a Humanidade . nigredo
b. Raças 3a e 4a = raças reais ... contato com a Hierarquia . albedo
c. Raças 5a e 6a = super-raças .. contato com Shambala . rubedo
Assim, todas elas são raças humanas, e tudo o que as
distingue é o avanço espiritual ou o contato direto com esferas
superiores. O resultado é a transformação (nigredo), a Parte IV
transmutação (albedo) e a transfiguração (rubedo) humana.
Note que as raças do nigredo (ou Fase-em-Negro) pertencem
ao pralaya (ciclo de Capricórnio a Leão) ou “Noite de Brahma”, FRACTAL 3 (520 ANOS =
que também expressaria uma condição idílica humana.
A Religião já acompanhava a evolução humana em toda a 1.492-2.012): ETNOLOGIA
sua formação, atravessando nisto diferentes estágios culturais,
como o do culto aos mortos (primeira raça) e o culto aos
ancestrais (segunda raça), o animismo (terceira raça) e a
devoção divina (quarta raça).
Naturalmente, tudo isto foi valorizado, resgatado e ainda
mais organizado nas sucessivas raças. E com tudo isto, o plano
religioso como tal estava devidamente presente e organizado,
e o ser humano já podia alcançar e contatar a sua alma. Neste
momento, seria possível abrir definitivamente as asas da
consciência. E para isto, os mestres trouxeram ao mundo uma
série de revelações supra-humanas...
80 97

Acima: “Senhor do Tempo” emanando chamas de conchas e estrelas
Isto aconteceria na quinta raça (ou o “Quinto Mundo” dos
maias-nahuas, que é preciso não confundir com a quinta ronda
que ainda virá), chamada Ariana, que seria então a raça-fractal.
Quando a humanidade começou a definir este seu fractal
antropológico e a emergir como raça civilizada, uma grande
transformação cultural teve lugar no mundo.
O própósito era ordenar devidamente as conquistas culturais
de todas as raças pretéritas, juntamente às novas revelações
dos tempos. Afinal, era chegado um momento planetário no
qual, de certa forma, havia no ar uma auréola de consumação,
da parte da cultura revelada por parte das hierarquias reitoras,
as quais haviam alcançado o dom da quintessência e suplantado
a esfera propriamente humana de evolução. De sua parte, a
humanidade deveria receber agora o dom da mente, razão pela
qual lhe tocaria doravante administrar tais superestruturas,
verdadeiramente tomada do “fogo dos deuses” -o que, não
obstante, apenas poderia ser feito com sucesso sob o sábio
conselho da Hierarquia ou dos Mestres de Sabedoria, sob pena
de ter-se em mãos algo de imensa periculosidade, como os
nossos dias já o revelam cabalmente.
Nasceu assim, a Civilização, como um ato de maestria
universal, emanada da parte dos Manus ou Avatares-
civilizatórios. Quase em nada semelhante, a bem da verdade,
ao que conhecemos hoje por “civilização”. O propósito desta
complexa edificação cultural, era ordenar, organizar e
orquestrar os elementos culturais em termos de raça, classe
social e até estágio espiritual, originando aquilo que ficou
conhecido na Índia como o Brahmanismo.
A cultura nascente tinha a marca da Mente superior, algo
que suplantava amplamente a capacidade humana média, e isto
se estendia às instituições, não raro reveladas pelos Mestres e
pelos famosos “heróis civilizadores”. Na tentativa tanto de

96 81
transmitir quanto de ocultar, o símbolo passou a ser uma O Islã floresce sob as Cruzadas, levando a civilização e os
referência de primeira hora, inicialmente com valor mágico, e saberes da Antiguidade para a Europa, que desta forma também
depois espiritual e cultural. Citemos: se renova e renasce.
“(...) poucos estudiosos do tema deitam seu olhar sobre as Fechados pelos árabes os portos para o Oriente, os países
bases matemáticas que são, de fato, as referências estruturais europeus se lançam na grande aventura das navegações
sobre as quais se construiu todo um conhecimento acerca da ultramarítimas e descobrem as Américas, um mundo em crise
Criação e de seus ciclos, entendimento este que, ao longo do nas suas instâncias mais civilizadas, mas que abriga, não
tempo e de uma forma bastante reducionista, culminou no que obstante, aquilo que de mais semelhante havia então aos valores
conhecemos hoje por Astrologia. da Antiguidade, fora talvez o próprio Tibet.
“Para compreendermos este processo precisamos nos É também o período das revoluções culturais, que iremos
reportar as origens de nossa cultura. O pensamento egípcio, o estudar em maiores detalhes na próxima Seção desta obra.
hindu e o grego diferiam em muito do nosso. Toda a filosofia- Este ciclo é que bate, então, às portas do Novo Milênio,
ciência destes povos beirava níveis de abstração e profundidade para encerrar em si o germe da transformação das Idades,
que só nos foi possível adentrar através de recursos tecnológicos sucedendo-lhe a breve “Idade do Diamante” que fornecerá as
que permitiram o acesso a níveis mais profundos da criação, bases de um nova Era solar, também chamada a sexta raça-
veja-se por exemplo a física quântica. No entanto, estes raiz, e que são estes nossos dias “cósmicos” e assombrosos.
investigadores que antecederam em muito a era cristã,
conceberam o átomo, nos legaram os algarismos arábicos, o
sistema decimal, a noção de seno, o valor de ‘Pi’, a
importantíssima notação para uma posição vazia – o zero, etc...
Calcularam com precisão eclipses, solstícios, a esfericidade da
terra e sua revolução diária em torno do eixo, antecipando em
muito a ‘descoberta’ renascentista. Daí, entende-se porque se
detiveram na Astrologia levando em conta, primordialmente,
suas bases matemáticas e a própria geometria.”*
Assim, talvez aquilo que haja realmente de mais importante
a assinalar aqui, é que esta Quinta Era solar viu o nascimento
dos Adeptos ou “Dragões-de-Sabedoria” e o surgimento da
Ciência da Revelação. Muito antes da Cristandade, o Quinto
* Cláudia B. Alves, Revista Órion de Ciência Astrológica, nº 13,
FEEU, P. Alegre. De artigo intitulado “Um legado Astrológico”
(baseado nos ensinamentos deste autor).

82 95

Capítulo 15
1,3 MIL ANOS: ISLÃ, TIBET
O último quadrante da Era solar, compreendido entre 783
d.C. até os nossos dias, terá sobretudo a chamada Idade de
Ferro da Civilização, bastante bem definida espiritualmente pela
religião-de-massa que é o Islã, uma forma radical de
monoteísmo que combate imagens e ícones.
Na doutrina fiorana, esta seria a Idade do Espírito Santo,
ou da revelação do Universalismo divino, quando Deus revela
a sua diversidade ao mundo através de dons e de saberes vários.
Por isto, Maomé também chegou a ser visto, em alguns meios,
como o próprio Paracleto prometido por Jesus. O século XIII
também vê nascer grandes nomes da cultura universal (como o
próprio Joaquin do Fiori), inclusive o reformador Francisco
de Assis. Ali na Itália se colocam-se as bases da Renascença
que logo se difundirá pela Europa e, através dela, pelo mundo
afora.
Ao mesmo tempo em que surgia o Islã, organizava-se no
Oriente a cultura tibetana, inicialmente através do seu rei mítico
e suas duas princesas, uma chinesa e outra indiana, que define
bem a síntese cultural tibetana.
Nas futuras Américas (ou na Atlântida de Platão), surgia
um último grande ciclo cultural através da cultura maia-tolteca
do Yucatan, pois o ciclo asteca que lhe segue está de certa
forma conectado. Ao sul tivemos o incário, igualmente
remanescência e revivescência de antigos ideais áureos locais.
94
Mundo gerou a noção do Pontífice, aquele que faz pontes
culturais e também raciais, palavra similar portanto ao
Tirtankara da doutrina indiana dos jainistas, uma das religiões
mais antigas da humanidade e cujos adeptos eram conhecidos
pelos antigos gregos como “gimnosofistas”. Muito difícil é,
para o ser humano, raciocinar de forma unificada e sintética,
antes tendendo a compartimentar tudo. Contudo, o mundo pode
estar feito de outra maneira, e tanto mais quanto as coisas
evoluam. De modo que o futuro pertece cada vez mais ao
pensamento-de-síntese, revelado durante a Aryavartha, e que
apenas os Adeptos ou os homens-mestres do futuro estão
capacitados a sustentar.
É assim que o Pontífice reúne tempo & espaço (ou calendário
e geografia), assim como o social ao espiritual, expressando
sínteses de valor transcendente e sentido redentor, para além
contudo da capacidade humana média de elaborar e até mesmo
de compreender (de tal forma é fraccionária a natureza humana),
sendo, porém, tal coisa fundamental para a evolução da Terra
e da superação do próprio reino humano como tal.
A análise dos 5 mil anos desta Era solar, será feita na
seqüência através de suas subdivisões de 1,3 mil anos, algo
relacionadas às Idades do Mundo dos gregos, e também às
Idades divinas segundo o abade calabrês Joaquin di Fiore,
baseado de certo modo nos dados do Apocalipse de João.
Tampouco está distante .do ciclo sótico de 1.460 anos dos
egípcios. Resumamos e rememoremos, porém, o assunto em
questão:
“(Este período) é conhecido como Era Solar, sendo que
para os Maias comporta 5.200 anos (5.184 anos, para ser mais
exato), enquanto para os Hindus é arredondado para 5.000
anos, o que facilita sua divisão por quatro e, conseqüentemente,
a apresentação das quatro Idades da Terra, cada uma com 1.250
83
anos. Os duzentos anos que restam, são tidos como um período Outra forma de preservar a Antiga Ordem Hierática, é
de transição entre uma Era Solar (que finda com a Idade de justamente colonizando culturalmente outros Continentes, de
Ferro) e a próxima (que inicia com a Idade de Ouro) e são preferência “virgens” em termos de revelações superiores. Foi
chamados de Idade Adamantina ou Idade do Diamante (Vajra isto que fizeram os chineses, em especial, nesta época do
Yuga em sânscrito). mundo, semeando a cultura superior no Golfo do México.
“A última Era Solar teve início em 3.113 a.C. (segundo a A Europa se transforma e se reorganiza. A Idade Média é
cultura maia) ou 3.102 a.C. (de acordo com a tradição de trevas aparentes, mas ali se gestam as bases para uma nova
hinduísta), de modo que está sendo encerrada, pois de seu onda de Estados Universais. O Oriente floresce e a China,
começo até aqui soma-se mais de cinco mil anos. Estamos, paradoxalmente, se fecha, como a dizer que já nada necessita
então, na Idade do Diamante, período tenso no qual se chocam do mundo.
luz e escuridão, unidade (compaixão) e separatividade
(egoísmo), discernimento e ignorância. Nela os grandes Mestres
ressurgem, reascendem a chama do conhecimento e apontam
o caminho da iluminação, a fim de que possamos adentrar em
uma nova Idade de Ouro, dando início a outra Era Solar.”(C.
B. Alves, op. cit.)
Em termos mais objetivos e “antropológicos”, devemos dizer
também, ser este o território do desenvolvimento da cultura.
Contudo, por “cultura” aqui, entendemos sobretudo os modus
vivendi básico de uma raça raiz, no seguintes termos:
a. raça lemuriana ......... nomadismo
b. raça atlante .............. tribalismo
c. raça ariana ............... ruralismo
d. raça americana ......... urbanismo
Não é preciso insistir acerca da relatividade deste quadro
pois, como colocamos, trata-se apenas de tônicas gerais. Na
raça árya teve começo importantes sínteses, ocorrendo os
primeiros passos da revelação da “Religião da Civilização” dos
Mestres de sabedoria; certamente a nova raça deve avançar
ainda mais nesta direção, preparando o mundo futuro do “além-
do-homem”.

84 93
da chegada das migrações dos povos amarelos há 13 mil anos
(muito embora, tal coisa possa necessitar de confirmação). No
entanto, no caso desta cabeça olmeca, pode se tratar, isto sim,
de uma criança ou bebê indígena, pois esta condição era muito
comum nos mitos locais, em alusão ao tradicional mito-solar
do deus-criança.
Este é o começo da chamada Idade de Bronze da civilização
(no calendário racial das “Idades Metálicas”), onde os valores
burgueses de comércio e de riqueza vêm ao primeiro plano. O
comércio internacional se organiza, e a grande burguesia
nascente emprega como veículo de ascensão as novas religiões
e se institucionaliza através das repúblicas.
Tal coisa impulsiona as grandes navegações, levando fenícios
e chineses até as Américas, forjando assim os lances de cultura
superior na Américas, através da chegada de missionários do
Oriente. Estamos, afinal, na Era de Peixes, e logo teremos a
expansão européia através da conquista dos mares.
Na doutrina fiorana, esta seria a Idade do Filho, ou da
revelação do Amor divino, quando Deus revela a sua bondade
e compaixão ao mundo. Até porque, este momento se aproxima
também de um marco importante do Manvantara, pela chegada
da Era de Peixes. Um evento cósmico estaria por acontecer.
Chegamos aqui, também na metade da Era Solar, que é como
um ciclo lunar (anárquico, Idades de Bronze e de Ferro) em
relação ao anterior ciclo solar (hierárquico, Idades de Ouro e
de Prata). As grandes ordens culturais antigas agonizam,
chegando a hora de novos experimentos sociais e políticos.
Surge a república romana e a democracia grega. Buda e Jesus
pregam contra as estruturas religiosas arcaicas. E a escrita é
finalmente dada ao povo, na forma de livros acessíveis a todos,
como forma de preservar o que ainda resta de sabedoria
superior.
92
Capítulo 12
5,2 MIL ANOS: ARYAVARTHA (EGITO, ÍNDIA)
O primeiro sub-período áryo, portanto a sua “Idade de
Ouro”, compreende desde 3.113 a.C até 1.800 a.C.
Acima de qualquer outra coisa, a civilização está relacionada
ao dom da escrita. E isto aconteceu no Egito (hieróglifos) e na
Mesopotâmia (cuneiformes). Depois, a escrita fenícia serviu
de base para os alfabetos modernos.
Assim, a escrita representa a mais importante, universal e
original marca da atual civilização humana. Pese a ênfase de
alguns autores antigos priorizarem a oralidade, quase todos
terminariam por render-se à necessidade do registro como forma
de perpetuação do conhecimento.
Por esta razão, a figura dos deuses-escribas, como Thot,
Odin, Ganesha ou Manjushri, logo foi incorporada aos grandes
panteões.
Se diz que Hermes Trismegisto, por exemplo, escreveu cinco
mil livros. Como seria possível isto? Na verdade, diz Serge R.
de La Ferrière, “Hermes Trismegisto” não é o nome de uma
pessoa apenas, mas de toda uma escola. O mesmo sucede no
budismo, onde grandes autores até hoje seguem atribuindo ao
Buda as suas elocubrações e percepções espirituais. O
fenômeno é bem conhecido, e há várias razões para isto
(devoção, popularidade, etc.). Não obstante, em alguns casos
aqueles grandes sábios escreveram realmente muito, ou
difundiram muitos ensinamentos, difundidos oralmente e que,
em algum momento, dariam lugar a textos.
85
 Mas a escrita, como símbolo do conhecimento, também seria
relacionada às transformações sociais. Como sucede em muitas
culturas, na China o deus da guerra Huang Ti é o mesmo deus
da literatura. O Bodhisatwa Manjushri porta um livro e uma
espada de fogo. Espada e pluma costumam estar ladeadas na
emblemática da Maçonaria.
Na verdade, a escrita apenas endossava ali a revelação de
um novo e rico universo de conhecimentos revelados, de
elevados saberes inspirados pela hierarquia árya com a sua
inédita capacitação supra-humana, que administrava a Religião-
de-Sabedoria, científica e ecumênica. Até por isto, tardaria
milênios ainda para que a escrita chegasse a ser algo popular.
As religiões antigas pré-áryas, cultuavam os elementos da
natureza e os deuses proteos, como Indra e Varuna, mas os
arianos investiram mais em deuses solares, astrais e alquímicos,
como Surya e Ganesha, Apolo e Mercúrio.
O resultado deste novo grande surto cultural, foi o
nascimento da civilização, tal com hoje a concebemos -ou
quase, já que atualmente apenas valorizamos a parte exterior
destas conquistas, o que nos resulta, na verdade, num mau uso
das mesmas, já que grandes cidades não deveriam se alastrar
de tal forma pela terra ou absorver a vida rural como tem feito.
Ao lado da escrita, a criação das Cidades-Estado -quer dizer:
do Império-, foi a marca deste novo ciclo cultural humano. De
início, como seria natural numa Idade de Ouro original,
prevaleceram na verdade as Cidades-templo. Logo, na Idade
de Prata, é que as Cidades-palácio começaram a dominar. Aqui
ainda encontramos cidades-modelo como Harappa no Vale do
Indus e em Ur na Caldéia.
Tal como na posterior Idade de Bronze surgiram as Cidades-
Mercado e, por fim, na atual Idade de Ferro, temos difundidas
as Cidades-consumo.
86
Capítulo 14
2,6 MIL ANOS: BUDISMO, OLMECAS
O terceiro sub-período áryo, portanto a sua Idade de Bronze,
compreenderá de 505 a.C. até 783 d.C.
O século VI a.C. é um século importantíssimo na cultura
universal, e marca a definitiva queda do Egito como cultura
autônoma e independente, sob pressões dos impérios
aquemênida, ptolomaico e romano, e depois, sob o cristianismo.
Neste século aparecem os grandes profetas hebreus e os
grandes filósofos da Grécia clássica. No Oriente, é o século do
Buda e de Mahavira; no Extremo-Oriente é o de Lao-Tsé e de
Confúcio; e no Extremo Ocidente (Atlântida) sucede o
nascimento da cultura superior, com os Olmecas ao Norte e
San Augustin ao Sul, ambas aparentemente sob colonização
cultural de emissários chineses. Foram encontrados registros
do calendário maia no sul da China, e os trabalhos de Joseph
Campbell mostram de maneira definitiva os vínculos culturais
entre ambas as regiões.
Em breve surgirão também Teotihuakan ao Norte e
Tiwanaku ao Sul, sociedades hieráticas que servirão como
referências maiores para estes dois
subcontinentes.
Imagens como a de ao lado, têm
inclusivo levantado polêmicas acerca da
presença de raças negróides entre os
antigos mexicanos. Há, realmente, indícios
de ter havido negros nas Américas antes
91
destes saberes revelados. Como resultado, se tratou de
cristalizar e de formalizar as instituições, criando os privilégios
de nascimento e das raças, ou sejam: as castas tal como são
hoje conhecidas, e que já o Buda combatia como realidade
assim cristalizada e, mais recentemente, também o Mahatma
Gandhi fez.
90
Contudo, sendo aquela (a árya) uma raça de tendências
militares ou aristocráticas, houve realmente, por muito tempo,
o domínio cultural dos interesses dos palácios.
Foi esta inicialmente, uma época de grande universalismo
cultural, onde as disputas das religiões havidas na Atlântida,
cederam lugar à civilização e seu novo ecumenismo imperial.
Mesmo na antiga área atlante, no caso, na América do Sul (atual
Peru), surgirão na época grandes civilizações como a de Caral
e a dos Chimus, com seus palácios e pirâmides monumentais.
O símbolo deste era foi a Grande Pirâmide de Gizeh. O
grande nome da política foi Menés (o unificador do Egito) e o
da cultura foi Imenhotep, depois identificado ao deus Thot.
87

Capítulo 13
3,9 MIL ANOS: MONOTEÍSMO (AHENATON,
ABRAHÃO)
O segundo sub-período áryo, portanto a sua Idade de Prata,
compreende de 1.800 a.C. até 505 a.C.
Ao final do primeiro milênio de civilização, quando a Idade
de Ouro já se achava no seu ocaso, a brilhante religião-de-
sabedoria estava degenerada em politeísmo e as cidades
tornadas em antros de fanatismos. Então foi preciso surgir
avatares-menores para revitalizar o monoteísmo, disfarçando
o antigo ecumenismo em fórmulas-de-unificação, como seriam
o culto dolar e a adoração ao deus IHVH que, a rigôr, outro
não era que o globo-alado-com-serpentes do Médio Oriente e
do Egito Antigo -em cujas raízes beberam, afinal, alguns dos
maiores porta-vozes deste novo ciclo, como Akenaton, Abrahão
e Moisés, além dos profetas do exílio.
Na doutrina fiorana, esta seria a Idade do Pai, ou da revelação
do Poder divino (Onipotência), quando Deus revela a sua
grandeza e unicidade ao mundo.
Esta foi a Idade de Prata da civilização, e a Era de Áries (4
mil-2 mil a.C.) reforçava ainda mais as tendências aristocráticas
do período racial, de modo que logo vamos observar o
surgimento de grandes impérios através de todo o Oriente. É
neste período que se organizam os Estados da China e da Índia,
e também os novos grandes Estados do Médio Oriente, como
a Babilônia, a Assíria e a Pérsia, promovendo a restauração do
antigo ideal áryo do Estado universal. No Egito, é o período
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do Novo Império, de contatos ostensivos com povos
estrangeiros invasores (talvez tenha sido através dos comércios
Fenícios, que os egípcios fizeram contato com produtos das
América do Sul no século X a. C.), e a expansão da sua cultura
para países da África e da Ásia Menor; não obstante, o
crescimento e a organização das nações vizinhas, abala as forças
do império.
Neste período sucedem grandes migrações de povos, sendo
a mais destacada de todas, as invasões arianas no norte da Índia,
gerando a cultura indo-ariana. E sob a complexa mistura social,
cultural e racial resultante, um grande experimento social tem
lugar neste período, originando o Brahmanismo.
Através deste sistema, se buscava harmonizar variados
conceitos, a saber: a. estágio espiritual; b. raça ou cor racial; c.
classes social; d. modelo cultural.
Este experimento foi chamado, daí, de varnashradharma, a
“lei das classes cíclicas”, pois cada indivíduo “tomava” uma
classe social segundo a sua expressa capacitação, dentro de
um sistema de educação progressiva e permanente. Um dos
recursos mais empregados neste quadro, era o da Astrologia,
pela qual se estimavam vocações, evolução e até relacionamento
conjugais.
É bem possível que a idéia original fosse realmente brilhante
e ideal, verdadeira revelação dos deuses, já que a ordem sócio-
cultural também foi posta sob a custória do Manu, que é o
Avatar de Brahma, o Deus-Criador, e arauto da super-humana
“Religião da Civilização”, a qual será a Cultura do Futuro e da
quinta ronda (ao contrário da ronda atual, com a sua humana
“Civilização da Religião”).
Não é difícil imaginar, contudo, que tais coisas facilmente
se degeneram, na medida em que o ser humano se afasta das
forças espirituais responsáveis pela administração da pureza
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