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Senado Federal
Sumário
Gestão Estratégica com Foco na Administração Pública............................................3
Unidade 3 - Motivação...................................................................................12
(Fim do sumário)
Gestão Estratégica com Foco na Administração
Pública
Objetivos:
Porter inicia a sua análise ao nível de uma indústria singular, dissecando as fórmulas
de negócio para empresas diversificadas.
Michael Porter diz que uma empresa sem planejamento pode se transformar em uma
folha seca, que se move ao capricho dos ventos da concorrência. De fato, o
administrador que não exerce a sua função de planejador acaba por se concentrar no
planejamento operacional, agindo como um bombeiro que vive apagando incêndios,
sem enxergar a causa do fogo.
As respostas para essas perguntas não são simples e podemos afirmar que o
crescimento das organizações está cheio de acidentes e eventos imprevisíveis. É
inegável que as empresas que crescem e conseguem competir no mercado possuem
algo mais do que sorte e o que determina seu sucesso é a capacidade de se adaptar às
mudanças do ambiente, antecipando-se aos seus concorrentes.
O diagnóstico estratégico
O macro ambiente é composto por variáveis gerais (inflação, índices de preços e taxa
de desemprego) que influenciam, indiretamente, a empresa, agindo sobre o poder de
compra dos clientes. Por exemplo, uma política governamental que incentive a
abertura de mercado em um determinado setor irá provocar o aumento da
concorrência, ampliando a competitividade nesse setor.
Apesar das diferenças existentes de uma indústria para outra, Porter (1989)
demonstrou que o estado de competição em uma indústria é sempre formado por
cinco forças competitivas:
É fundamental que o gestor conheça o perfil das forças competitivas, que serão
determinantes para a lucratividade do setor; em outras palavras, quanto maior for a
intensidade dessas forças, maior será a competitividade da indústria e menor a
lucratividade coletiva das empresas participantes. Analisados os aspectos ambientais,
deve-se partir para uma síntese para identificar as principais oportunidades e ameaças
encontradas, durante a análise do ambiente externo.
Já, no caso das ameaças, devem ser selecionadas aquelas que consistirem em maior
preocupação para a gerência, ou seja, aquelas que afetam mais diretamente a
empresa e a indústria em que ela atua. A análise externa deve ser acompanhada da
análise interna, onde o gestor irá avaliar as competências e as falhas da empresa, que
servirão como referência e complemento na realização do diagnóstico.
Implementação da estratégia
No processo de top-down (de cima para baixo), a alta gerência repassa aos demais
níveis o planejamento a ser seguido e praticado como um processo contínuo de
reflexão sobre onde se quer chegar (objetivos) e de como se chegará lá (estratégia).
Nesses casos, o planejamento deixa de ser uma função exclusiva de um departamento
da empresa, passando a ser uma atribuição de todos os níveis (estratégico, tático e
operacional).
Por outro lado, a distância entre esses níveis hierárquicos também diminui, ou seja, a
formulação e a implementação da estratégia se tornam cada vez mais
interdependentes.
Nesse sentido, parece fundamental que o gestor seja capaz de lidar com o imprevisível
no processo de planejamento, devendo ser flexível e capaz de mudar o curso da
implementação da estratégia. Assim, é importante levar em consideração que as
estratégias podem surgir dos lugares mais estranhos e de pessoas que não se
esperava.
O papel da liderança, segundo essa concepção, vai além de prever estratégias, mas
também de gerenciar o processo de aprendizado estratégico, pelo qual novas
estratégias podem emergir.
É necessário também ser flexível o bastante para perceber que planejar nem sempre é
o contrário de fazer.
Para definir planejamento estratégico temos que entender que fundamentação teórica
nos guiará na confecção das estratégias. Você sabe qual a fundamentação teórica que
sua empresa usa para estabelecer o planejamento estratégico?
Para Mintzberg, a formulação se faz por etapas, ou seja, das partes para o todo.
Estratégia são planos da alta administração para atingir resultados (Wright, 1992).
Mintzberg não nos oferece uma definição única e fácil, ao contrário, sugere várias
definições, em particular, estas cinco:
3. Posição: local dos produtos nos mercados (para baixo e para fora);
Esta escola contribui com um modelo muito usado: “Análise SWOT” – avaliação dos
pontos forte (Strenghts), dos pontos fracos (Weaknesses), da organização, contraposto
com as oportunidades (Opportunities) e das ameaças (Threats) em seu ambiente.
O diagrama apresenta nas colunas o Ambiente Interno, e nas linhas o Ambiente
Externo, com os subtítulos “Predominância de”. Cada uma é dividida em outras duas
colunas e linhas respectivamente.
Na primeira coluna está o título “Pontos fracos” e na segunda o título “Pontos fortes”.
(Fim do infográfico)
Um processo analítico. Dominante para estratégia dos anos 80 e difundida nos meios
acadêmicos e nas grandes consultorias (BCG-Boston Consulting Group). O conceito de
estratégia militar de Sun Tzu, em 400 a.C., resume-se a posições genéricas
relacionadas através de análises de conjunturas – o planejador torna-se analista. A
consultoria BCG contribuiu com duas técnicas muito utilizada pelos estrategistas:
Curva de experiência.
Dessa forma, o equilíbrio numa empresa é o momento de criar uma estratégia para
saltar para um estado superior. Em suma, entender qual o cenário e o tipo de
empreendimento é um trabalho necessário para o sucesso das estratégias a serem
entendidas por todos.
Síntese
Todos sabemos que estratégia são planos de alta administração com a finalidade
de atingir resultados previamente estabelecidos.
Porém, para Mintzberg, não existe uma definição única do que é estratégia.
Assim sendo, resolveu defini-la mediante a classificação de dez escolas, como
vimos nesta aula.
Não podemos afirmar que uma estratégia é mais eficaz que a outra e sim, como
já foi falado, quando o assunto é empresa e objetivos, utilizar a mais adequada
para o tipo organizacional e analisar, também, o ambiente situacional.
Não podemos afirmar que uma estratégia é mais eficaz que a outra e sim, como já foi
falado, quando o assunto é empresa e objetivos, utilizar a mais adequada para o tipo
organizacional e analisar, também, o ambiente situacional.
Unidade 3 - Motivação
MOTIVAÇÃO
O que seria motivação para você? Bem, definir exatamente o conceito de motivação é
algo complexo. De modo geral, motivo é tudo aquilo que estimula a pessoa a agir de
determinada forma. Esse impulso à ação é provocado tanto por um estímulo externo,
advindo do ambiente, como também pode ser gerado internamente nos processos
mentais do indivíduo. Nesse caso, a motivação está relacionada com o sistema de
cognição de cada pessoa. Ou seja, nossos atos são conduzidos pela cognição – pelo
que pensamos, acreditamos e prevemos. Porém, quando alguém nos pergunta o
motivo pelo qual agimos de uma certa maneira, é baseado na motivação que iremos
responder.
Você reage da mesma forma que seu colega de trabalho ao ser motivado (a)? É
provável que não. As pessoas são diferentes no que tange à motivação. As
necessidades variam de pessoa para pessoa e também de situação para situação,
acarretando diversos padrões de comportamento e valores sociais variados.
Vale lembrar que as capacidades para atingir os objetivos são totalmente diferentes.
Para dificultar ainda mais, as necessidades, os valores sociais e as capacidades variam,
em cada um de nós, conforme a situação.
A motivação tem um caráter contínuo, ou seja, teremos sempre à nossa frente algo a
motivar-nos. Algo intrínseco, que possa ter um valor infinitamente superior ao que
teria para outra pessoa.
O modelo será o mesmo para todas as pessoas? Sim, mas o resultado poderá variar de
forma indefinida, pois depende da percepção do estímulo (que se modifica de pessoa
para pessoa e na mesma pessoa, conforme o tempo).
Teorias Motivacionais
Teoria de Maslow
Necessidades sociais: é o convívio que você tem com outras pessoas. São as
necessidades que todos desejam possuir: a de aceitação por parte dos colegas, a troca
de amizade, de afeto e amor, dentro ou fora do ambiente organizacional.
O que pode acontecer se tais necessidades não estiverem satisfeitas? É simples, pode
acarretar a solidão ou a falta de adaptação social para o indivíduo. Essa necessidade é
fundamental em uma empresa, pois é considerada por Maslow como ativadora do
comportamento humano.
Contudo, tais fatores não têm uma forte influência no comportamento dos
empregados. “A expressão higiene serve exatamente para refletir seu caráter
preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes
de insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio”
(Chiavenato, 2000, p.87).
Para Vroom, três fatores são determinantes em cada indivíduo, são eles:
Diante disso, cada indivíduo escolhe o grau com que deseja ser motivado; uns se
contentam com pouco, outros estão em uma eterna busca. Porém todos precisam ser
motivados.
Pode-se verificar, na frase de Maquiavel (2001), que pessoas precisam ser motivadas
e, se assim o fizerem, trarão somente benefícios àquele que o motivou. “Sempre se
encontram descontentes e pessoas com desejo de inovar, que poderão abrir-te
caminho para dentro do estado e facilitar a tua vitória” (Maquiavel, 2001, p.19).
Ainda com relação ao trato entre chefia e subordinado, Sun Tzu afirma:
“Comanda seus soldados com autoridade, mantém-nos juntos pela boa fé e os torna
serviçais com recompensas. Se a fé diminuir, haverá separação; se as recompensas
forem deficientes, as ordens não serão respeitadas” (Sun Tzu, 2002, p. 102).
2.500 anos, como pôde ser visto na citação acima de Sun Tzu.
O que pode ser considerado importante para motivar funcionários? É preciso que o
superior lhes passe pessoalmente algo inspirador e, se necessário, use recursos que
ajudem a desenvolver atitudes positivas na organização; alguns recursos praticados na
gestão de pessoas são folgas, bonificação em função de desempenho, festas, jantares,
dentre outros.
Por fim, “... para você ter sucesso é necessário desenvolver a capacidade de perceber
mais além do que eles estão fazendo: o porque estão fazendo. Muitos impérios e
líderes tombaram devido às ações de funcionários que pareciam leais...” (Griffin, 1994,
p.105).
Síntese
Verificamos nesta aula que você reage de forma diferente das outras pessoas e
que cada pessoa possui uma forma única de ser motivada. Aquilo que o motiva,
provavelmente, não motivará seu colega. Sendo assim, notamos que a
motivação é algo intrínseco, dependerá dos valores, das necessidades e da
percepção que o indivíduo tem da realidade.
Liderar é liberar a capacidade criativa existente nas pessoas, porém isso demanda
comprometimento entre líder e liderado, o que exige confiança tanto do líder para com
os liderados, como dos liderados para com o líder.
Uma das muitas fontes de confusão sobre liderança foi a introdução da ideia dos assim
chamados “estilos”: a liderança autocrática, democrática e laissez-faire (ou “faça o que
quiser”). O primeiro estilo era considerado “mau” e o segundo, “bom”. Vale ressaltar
que o estilo autoritário não tem relação com um estilo ‘mau’ e sim firme.
Logo, liderança é uma técnica que pode ser assimilada, aperfeiçoada e adaptada por
todos que assim desejarem.
O Líder
Todavia, dentro de uma mesma organização, o que pode dar certo em um grupo pode
não funcionar em outro. Isso ocorre pelo fato de o grupo ser formado por seres
humanos, que possuem personalidade, aparência e caráter distintos. Porém, mesmo
com todas essas diferenças, existem pontos em comum entre indivíduos. A fome no
momento em que acordamos é um exemplo de necessidade comum a todos. Sendo
assim, veremos a seguir três áreas principais existentes nos grupos de trabalho.
2. Os líderes estão voltados para o serviço: podemos dizer que os líderes encaram a
vida como uma missão e não como uma carreira.
3. Os líderes irradiam energia positiva: “As pessoas baseadas em princípios têm uma
aparência alegre, agradável e feliz. Sua atitude é otimista, positiva, para cima, e
seu espírito é entusiasta, esperançoso e cheio de fé”. (Covey, 1994, p.9).
Qual a sua reação ao se deparar com energias negativas? Esses líderes tendem a
neutralizar essas energias e com sabedoria conseguem lidar com elas.
4. Os líderes acreditam nas outras pessoas: tais indivíduos não se sentem superiores
ou engrandecidos pelo simples fato de se defrontarem com as fraquezas dos outros.
Acreditam, realmente, no potencial subjacente de todas as pessoas.
Vamos fazer uma analogia com Maquiavel, pois ao mesmo tempo em que Maquiavel
dava conselhos ao príncipe, dava também ao povo. Acreditava que era possível a
chegada deles ao poder, se assim desejassem e tivessem condições e virtude para tal
façanha.
“São capazes de reconhecer seu próprio valor, que se manifesta através de sua
coragem e de sua integridade e através da falta de necessidade de gabar-se... São
abertos na maneira simples, direta e não manipuladora com que se comunicam”
(Covey, 1994, p.10).
6. Os líderes encaram a vida como uma aventura: pessoas assim fazem da vida uma
verdadeira dádiva e resistem ao máximo tornarem-se discípulos de qualquer
pessoa. Não gostam de serem detidas e são capazes de se adaptarem virtualmente
a qualquer situação.
Depois de termos visto sobre alguns assuntos importantes dentro dos estilos de
liderança, podemos adentrar nesse assunto, propriamente dito.
De acordo com uma revisão das teorias de liderança realizada por Robbins (1999),
verificou-se que são quatro as abordagens mais recentes. São elas: teoria de
atribuição de liderança, liderança carismática, liderança transacional versus
transformacional e liderança visionária.
Já dizia Maquiavel: “Nada torna um príncipe tão estimado quanto realizar grandes
empreendimentos e dar de si raros exemplos” (Maquiavel, 2001, p.105).
Porém, ainda que alguns autores afirmem que carisma não pode ser aprendido, a
maioria dos especialistas acredita que os indivíduos podem receber treinamento com o
objetivo de demonstrar comportamentos carismáticos, inclusive você.
A liderança carismática é mais indicada quando existe um propósito ideológico, por isso
se torna mais comum a aparição de um líder carismático na política ou na guerra, ou
então quando uma empresa está introduzindo algo radicalmente novo ou passando por
uma crise.
Podemos verificar um propósito ideológico na frase de Sun Tzu. “O general que avança
sem desejar fama e recua sem temer o descrédito, cujo único pensamento é proteger
seu país e prestar um bom serviço ao soberano, é a joia do reino” (Sun Tzu, 2002,
p.73).
O líder tem uma visão voltada para o bem da organização e a satisfação pessoal de
atingir as metas estabelecidas.
Qual o motivo desta forte correlação? Será pelo fato de os líderes prestarem atenção
nas necessidades individuais de seus seguidores? Observando essa pergunta, pode ser
feito um paralelo à motivação, a qual afirma que cada indivíduo possui diversas formas
de atingir a satisfação profissional. Sendo assim, podemos dizer que o indivíduo carece
de uma atenção um pouco mais direcionada às suas necessidades individuais.
Por fim, a liderança visionária é aquela que possui a capacidade de criar e articular
uma visão realista do futuro para o ambiente organizacional, a partir de
acontecimentos presentes e passados.
“Quanto aos exercícios da mente, deve o príncipe ler as histórias e refletir sobre as
ações dos homens excelentes, ver como se comportaram nas guerras, e examinar as
causas das vitórias e derrotas a fim de poder escapar destas e imitar aquelas. Mas,
sobretudo, deve agir como antes agiram alguns homens excelentes que se espelharam
no exemplo de outros que, antes deles, haviam sido louvados e glorificados, e cujos
gestos e ações procuraram ter sempre em mente” (Maquiavel, 2001, p. 71).
Não basta o líder possuir apenas a visão, ele deve explicar a visão aos outros, e para
isso é necessário que tenha comunicação oral e escrita claras. Além disso, ele deve
demonstrar tal visão através de comportamentos e estendê-la para a organização
como um todo, onde todas as áreas tenham conhecimento do que se passa.
Nem todo chefe é líder. Porém o chefe pode se transformar em um líder, dependendo
do modo como agir.
Quais as diferenças existentes entre os chefes e líderes? O bom chefe traz ordem e
segurança ao projetar planos formais, planejar estruturas organizacionais rígidas e
observar os resultados dos planos. Já o líder trata com a mudança. Além de trazer
ordem e segurança, os líderes estabelecem direção desenvolvendo uma visão do
futuro; então, eles incluem as pessoas comunicando a elas essa visão e motivando-as
a vencer obstáculos.
A. Chefes:
Administram as atividades
B. Líderes:
Inovam suas realizações
Desenvolvem pessoas
Inspiram confiança
Até mesmo nos dias atuais não seria possível identificar um conjunto de traços de
personalidade comum a todos os líderes. Alguns indivíduos possuem os mesmos
traços, porém não necessariamente todos são líderes.
Síntese
Para que a organização de uma empresa seja adequada, pode-se considerar notório o
desenvolvimento da estrutura organizacional.
Estrutura Organizacional
A organização informal
Grupos informais: Grupos criados por iniciativa de seus próprios membros, para
defender seus interesses ou atender a necessidades de convivência social.
Grupos informais
É a partir dos grupos formais que surgem os informais, devido à proximidade física, à
semelhança social e aos problemas que qualquer ser humano defronta; com isso
nascem os sentimentos de amizade e interesse que são a base dos grupos informais.
Normas de conduta
Cultura Organizacional
Pode-se dizer que as normas de conduta estão entre os elementos mais significativos
da cultura organizacional.
Além das normas de conduta, a cultura organizacional abrange outros elementos que
veremos em breve. Agora citaremos seis indicadores que identificam e analisam a
cultura das organizações.
Por fim, os símbolos. Esse elemento é formado por palavras, objetos, ações ou eventos
que significam algo para as pessoas e grupos da organização. Exemplos de símbolos:
uniformes, logotipos, decoração das instalações etc. Naturalmente, os símbolos são
facilmente modificados em uma cultura organizacional.
Clima organizacional
Questionários devem ser aplicados dentro da empresa com perguntas objetivas, onde
os funcionários irão assinalar apenas uma alternativa, facilitando a mensuração da
qualidade percebida por cada funcionário.
Síntese
Concluímos que a organização informal tem sua origem na necessidade que cada
pessoa possui em conviver com os demais seres humanos. Certamente, quando
você começou a trabalhar na empresa/instituição na qual está, um dos seus
desejos era estabelecer relações satisfatórias informais com seus companheiros.
Pois, quando uma relação agradável não é estabelecida, pode afetar o ambiente
formal da empresa acarretando insatisfação pessoal. Ou seja, a necessidade de
existir uma organização informal dentro de uma empresa é imprescindível.
Uma negociação envolve, geralmente, lados opostos com interesses, em sua maioria,
conflitantes. Esse módulo irá mostrar como tal processo se desenvolve e explanar
algumas técnicas para que uma negociação seja conduzida com resultados satisfatórios
a todos.
Para uma negociação ser bem-sucedida é necessário que um plano de ação seja
estabelecido, este deve conter o objetivo final e a estratégia para alcançá-lo. Ou seja,
a preparação é relevante quando o assunto é negociar.
Se mesmo depois de todos os quesitos acima preenchidos ainda houver áreas nas
quais ambas as partes discordam, a solução é aprofundar ainda mais os pontos em
desacordo, esgotando quaisquer tipos de diferenças que ainda perdurem para que o
resultado final satisfaça as partes envolvidas na negociação.
Porém, para um acordo ser bem-sucedido uma relação precisa ser bem desenvolvida,
pois a outra parte não terá motivo para ser desonesta ou evasiva em suas respostas.
Provavelmente o erro mais comum no âmbito dos negócios é concluir que, uma vez
conseguido um acordo satisfatório, a negociação está encerrada.
Você pode estar pensando que, com o acordo estabelecido, o que resta a fazer é
transformar em documento todo o combinado, correto? Se considerarmos a negociação
um processo que se completa em apenas uma negociação, talvez seja assim. Porém
para uma negociação ganha-ganha atingir o sucesso e perpetuar a relação de parceria
durante longo prazo, a manutenção deve ser feita.
Como a manutenção pode ser feita? Podemos fazê-la por meio de visitas, jantares e
conversas informais. Em Marketing existe uma máxima que diz que “um cliente
mantido é mais lucrativo que um cliente conquistado”, principalmente pelo fato de
existir essa relação de confiança, que traz, dentre outros benefícios, uma menor
sensibilidade a preços durante a negociação.
Independente da área que se for travar uma negociação esteja preparado(a) para um
acordo e não se esqueça de formular sua estratégia de acordo com o tipo de
negociação. Quando uma negociação é planejada anteriormente, ela segue um único
caminho; quando não há um planejamento prévio, o resultado poderá ter dois
desdobramentos.
Exemplos:
Lados envolvidos:
Direção;
Subordinados;
Colegas;
Sindicato;
Assistentes jurídicos.
Descrição: o que impulsiona este tipo de negociação, que se dá entre uma organização
e uma parte externa, é em o geral lado financeiro.
Exemplos:
Lados envolvidos:
Direção
Fornecedores
Clientes
Governo
Sindicatos
Assistentes jurídicos
Descrição: em geral, estas negociações são muito formais. Envolvem sérias disputas
sobre precedentes.
Exemplos:
Lados envolvidos:
Governo Local
Governo Federal
Órgãos reguladores
Direção
Táticas de negociação
Para que você não seja surpreendido (a), listaremos algumas manobras utilizadas por
algumas pessoas durante relações de negócios:
2. Fazem ataques pessoais. Rebata com bom humor, jamais com raiva.
Acabamos de ver algumas táticas adotadas por alguns negociadores que não utilizam a
negociação ganha-ganha. Se você está disposto (a) a manter uma negociação saudável
por um longo período, pense nas negociações que tem feito e tire suas conclusões.
Vamos analisar, juntos, algumas questões que foram detectadas durante esse processo
e tentar segui-las.
Em grande parte das negociações existe uma série de temores. Jamais indique
ou coloque em pauta alguma fraqueza do outro negociador. Isso não seria ético
e nem caracterizado como negociação ganha-ganha;
Tenha formas de avaliar e controlar o que foi acordado, pois a negociação não
termina com o acordo firmado.
Que tal finalizarmos este módulo com alguns tipos de negociadores? Afinal, a sua vida
será maravilhosa se todos os indivíduos com quem você lida forem calmos, honestos e
moderados. Assim sendo, vamos conhecer mais um pouquinho sobre eles. Você
conhece algum tipo assim?
Síntese
Contudo, ao contrário dos que muitos pensam, a negociação não termina como
acordo finalizado ou, como conhecemos, com o aperto de mãos. Existe uma fase
muito importante, a manutenção. A fim de saber se o resultado também
agradou a outra parte e dar seguimento a futuras negociações.
O intrapessoal e o interpessoal
Intrapessoal
Primeiramente, vamos falar sobre como expandir a sua inteligência emocional, ou seja,
a intrapessoal. Para isso é fundamental a compreensão de duas etapas:
A autoconsciência é a percepção que você deve possuir com relação às suas reações.
Tendo consciência, por exemplo, de que o seu tom de voz está ficando cada vez mais
alto com seu colega de trabalho por ele ter feito um serviço errado. Existem outros
meios construtivos de indicar o erro de alguém. A ajuda é um deles. Porém, esse não é
o nosso foco. Voltemos à autoconsciência.
Vejamos um exemplo claro, pelo qual todos já passamos. Você está discutindo com
uma pessoa, porém essa discussão está pegando um caminho que lhe leva à raiva, e
você ainda não tem essa consciência, pois está dominado(a) pelas emoções. O ‘bate-
boca’ continua, só que regado por agressões verbais. Onde isso irá parar? Vamos
parar por aqui e refletir nas inúmeras discussões e brigas que já tivemos ao longo
desses anos. Foram poucas as que agregaram algo construtivo na sua vida, sim? Você
tem o costume de não prosseguir uma suposta discussão com a finalidade de evitar
desgastes futuros? Se a resposta foi sim, estamos no caminho certo. Porém, se
respondeu não, vamos pensar no que essas brigas podem nos ser úteis.
Provavelmente só lhe trarão malefícios. Depois conversaremos sobre isso.
Para navegar com eficiência no seu mundo de trabalho, saber o rumo certo e como
permanecer nele, você necessita de um giroscópio. Pense na sua autoconsciência como
sendo um giroscópio que lhe manterá centrado (a) e o (a) alertará sempre que você se
desviar do curso.
Vamos, agora, exercitar sua consciência sensorial, pois, ao prestar atenção em seus
sentidos, você será capaz de examinar, esclarecer e alterar suas avaliações. Seus
sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – são as fontes de todas as suas
avaliações sobre o mundo, e é através delas que você recebe informações sobre si
mesmo (a), sobre outras pessoas e diferentes situações.
Daremos início a um passeio pela rua, você e um colega de trabalho, numa rua
movimentada, com comércios e prédios nas proximidades.
Respire fundo e tente identificar o maior número possível de odores (alguns quase
imperceptíveis na correria do dia-a-dia). Sinta o aroma perfumado do sabão que sai da
lavanderia ou o cheiro da comida que vem de um restaurante. Preste atenção em
todos os sons, um avião distante, um neném chorando do outro lado da rua, etc.
Observe as sensações do seu corpo: o tecido da sua blusa é macio, confortável ou
áspero e incômodo? O sapato está apertado? O salto é muito alto que chega a
incomodar?
Sua consciência sensorial será aguçada com a prática desse exercício, o que facilitará a
distinção entre as informações sensoriais e avaliações. Assim, no fim do passeio você
fará uma avaliação correta do ocorrido. Por exemplo, o passeio não foi agradável
porque o sapato estava apertado, a blusa estava “pinicando” e o barulho era
insuportável. Ao invés de concluir erroneamente que seu colega de trabalho é uma
péssima companhia.
Vejamos outro exercício. Este possui um valor muito grande: reviva mentalmente uma
situação aflitiva. Normalmente relutamos em relembrar certas emoções que nos
perturbaram, mas, na maioria dos casos, é através delas que aprendemos mais.
Por exemplo, uma crítica severa e bem fundada de seu chefe com relação à sua baixa
produtividade no trabalho, tendo ele ainda lhe dito que os resultados de seus colegas
eram infinitamente superiores ao seu. Vamos fazer uma análise breve: você tem
tendência a exagerar as consequências negativas? Sente vergonha com facilidade,
mesmo sem motivo? Vamos trabalhar isso mais adiante.
Até agora vimos que a autoconsciência requer prática, você aprende a “sair do seu
corpo” e observar-se em ação. Agora irá aprender como controlar suas emoções.
b) Como controlar suas emoções
Creio que esse ponto você entenda um pouco. Imaginemos que seu chefe lhe fez uma
crítica ainda mais severa que a descrita anteriormente. A situação é a seguinte: ele lhe
chama em sua sala e mostra um projeto um pouco complexo e insinua que você o faça
o mais rápido possível. Você não teve tempo de esboçar nenhuma reação, quando é
surpreendido com críticas a respeito de sua capacidade de realizar um projeto desse
nível. Entre algumas frases, você ouviu: “É tão incapaz que nem sei como conseguiu
esse emprego”. Pronto, seu sangue ferve e a vontade que tem é de dar uma resposta à
altura e certamente esse ato resultaria em uma severa repreensão.
Eis a maneira emocionalmente inteligente de lidar com essa situação. Primeiro você
precisa ter a consciência de que está sentindo raiva, depois atentar para os seus
pensamentos. Os pensamentos que vêm de imediato talvez não sejam os mais
indicados: “Vou matar esse homem”, dentre outros pensamentos um pouco piores.
Mas um pouco depois, você consegue desenvolver um diálogo interno construtivo:
“Não vou deixar que ele perceba que estou com raiva, afinal, ele deve estar cheio de
problemas em sua vida pessoal”. Nesse momento, olhe para suas atitudes e repare
como está o seu semblante; caso esteja notória a sua raiva, que tal um copo d’água
em um lugar longe da sala do seu chefe?
O importante não é conhecer cada uma das emoções que resultam em alterações
fisiológicas, e sim reconhecer como ocorreu uma alteração no seu nível de excitação.
Uma vez que conseguiu atingir esse condicionamento, você conseguirá contornar
qualquer mudança na sua excitação.
A partir de hoje, você irá observar suas reações ao receber notícias inesperadas, sejam
boas ou ruins. E no final de duas semanas, terá uma boa noção de suas reações e
como usá-las em seu benefício. É fácil, vamos lá!
Apesar de o foco estar nas reações negativas, as reações positivas também necessitam
de controle, tais como a alegria, o contentamento, a euforia e a confiança. Vamos a
um exemplo hipotético: seu chefe lhe chamou a sua sala para lhe dar a notícia de que
foi promovido e terá uma gratificação salarial. Você não se contém de tanta alegria e
foi dar a notícia a seus colegas de sala. Só que você não sabe de um detalhe, um de
seus colegas aspirava com grande expectativa por essa gratificação. Nada agradável,
não?
Nesse caso, contenha sua euforia e aguarde que seu chefe passe a notícia, ou então
conte a seus familiares. Eles compartilharão dessa alegria com você até que possa
celebrar a notícia com todos os seus colegas de trabalho.
Até agora você aprendeu sobre os três componentes do seu sistema emocional – seus
pensamentos, suas alterações fisiológicas e seu comportamento. E vimos também a
importância de mantê-los sob controle caso queira controlar suas emoções de maneira
eficaz. Ou seja, o uso intrapessoal de sua inteligência emocional foi minuciosamente
analisado.
Veremos, então, como usar sua inteligência emocional nas relações com as outras
pessoas.
O uso interpessoal
Esse tipo de inteligência é tão importante quanto a intrapessoal, pois sua vida é
cercada de pessoas e negociações. E para que esses relacionamentos e interações
sejam bem-sucedidos e beneficiem todos os envolvidos, inclusive você, a inteligência
emocional deve estar presente.
Vamos agora aplicar, nas relações interpessoais, aquilo que aprendemos sobre suas
reações e comportamentos.
A maneira correta de se comunicar
Você já ouviu alguém ser rotulado de diplomático? Se esse alguém é você, o caminho é
esse. Agora, se o diplomático é alguém que trabalha com você, comece a prestar mais
atenção nas atitudes dele. Uma pessoa diplomática é diferente de um bajulador,
vulgarmente chamado de puxa-saco.
A boa notícia é que você não precisa ser nenhum especialista na área para analisar um
relacionamento. O requisito para essa análise ser feita é a sua consciência dos
sentimentos, estados de espírito e necessidades da outra pessoa, bem como sua
avaliação de diferentes situações. Existem alguns passos a serem seguidos. Que tal
falarmos um pouquinho sobre cada um deles?
Alguma pessoa no seu ambiente profissional já lhe perguntou se você estava de mau
humor? Se a resposta foi positiva, é necessário entender sobre os limites do
relacionamento. O motivo do seu mau humor é extrínseco ao trabalho? Sim? Bem,
infelizmente as pessoas não se preocupam com isso. Agora, se o motivo estiver
relacionado ao trabalho, tente conversar com alguém e busque uma solução plausível.
Vejamos agora, como levar em conta as expectativas do relacionamento. Quantas
vezes você já esperou mais do que seria razoável de um relacionamento?
Para evitarmos que isso se torne comum em nossas vidas, devemos examinar nossas
expectativas com base na realidade e, além disso, observar experiências ocorridas
anteriormente.
Que tal agora tentar conhecer a percepção que uma pessoa tem de você? Da mesma
forma que você tem opiniões e conceitos formados sobre as outras pessoas, elas
também têm suas percepções a seu respeito.
Ao analisarmos essa situação, podemos concluir que a única forma de ter certeza das
percepções e expectativas que as pessoas têm de você é, simplesmente, analisar as
reações que elas transmitem.
Síntese
Não temos como afirmar qual das duas inteligências é a mais importante para o
desenvolvimento do homem, pois, as duas se completam e formam o que,
Daniel Goleman, professor de Harvard, considerado a autoridade máxima nesse
tema, chama de QE - quociente emocional.
Antes de iniciarmos este capítulo, você terá que esquecer o que escutou falar sobre o
conceito de inteligência como uma propriedade única da mente humana, ou então
sobre aquele instrumento conhecido como teste de inteligência que pretende medir a
inteligência de modo definitivo. Já esqueceu? Então podemos iniciar.
Vamos voltar ao passado. Como você se comportava em sala de aula? Era uma criança
inquieta? Foi um adolescente rebelde que não gostava de estudar? Pois bem, em uma
escala de 0 a 10, quanto você mudou? Todos mudamos, nem que seja um pouco.
Quantos de nós conhecemos adolescentes que não suportaram ter de estudar por mais
de duas horas consecutivas e hoje são pessoas admiráveis no que fazem?
A inteligência humana não é medida em sua totalidade por testes, nem pela Ciência.
Não existe uma única mensuração, que seja irrefutável e universalmente aceita
sobre inteligências humanas. O que teremos aqui é um nível de análise (podemos
dizer, neurofisiológica), pois se falássemos a respeito de alguma teoria decisiva sobre o
alcance da inteligência humana, jamais terminaríamos esse estudo.
Inteligência Linguística
Você tem sensibilidade quando o assunto é palavras? Mas o que é essa sensibilidade?
É com relação ao significado das palavras, por meio das quais o indivíduo aprecia as
sutis nuances de definição entre derramar tinta “intencionalmente”, “deliberadamente”
e “propositadamente”. Uma sensibilidade às diferentes funções da linguagem – seu
potencial para entusiasmar, convencer, estimular, transmitir informações ou
simplesmente agradar.
Calma! Não estamos querendo que você seja um (a) poeta (isa) – nem mesmo um (a)
amador (a) – e ainda assim podemos afirmar que você possui essas sensibilidades em
graus significativos. Mas se você é um (a) poeta (isa), parabéns, a sua inteligência
linguística é um tanto apurada.
Existem inúmeros exercícios para que você possa treinar a sua inteligência linguística:
telefone sem fio, palavras cruzadas, forca, dentre outros.
Papel na explicação
Com relação ao aspecto retórico, quantas vezes você teve de usar seus argumentos
para conseguir algo no trabalho ou na sua vida social? Você está com muito trabalho
pendente e sem tempo de fazer uma pesquisa para seu chefe. Seu colega também está
trabalhando e você precisa que ele faça isso para você. Pronto, é a hora de usar seu
potencial retórico, afinal, precisa convencê-lo a fazer a pesquisa.
Você é do tipo que sabe decorado todos os telefones da sua agenda, músicas antigas e
detalhes minuciosos? Se a resposta for sim, sinal de elevado potencial mnemônico.
Você pode até não ter a retórica de Winston Churchill, celebrizada na entrada da
Inglaterra na Segunda Grande Guerra, que inflamou multidões, e ainda, não ter a
habilidade para escrever um livro como “Sangue, Suor e Lágrimas”; também pode não
ter a arte da oratória de Adolph Hitler, que conduziu a Alemanha ao nazismo (mesmo
tendo nascido na Áustria) e talvez você nunca venha a escrever um livro como “Minha
Luta”, estando numa prisão; mas uma coisa é certa: você pode melhorar a habilidade
de falar e escrever.
Inteligência musical
Quando se fala em talento, o que surge mais cedo é o talento musical. O célebre
compositor Mozart começou a compor quando não tinha mais de quatro ou cinco anos
de idade. Mozart não era propenso a tornar-se um revolucionário musical ou político;
ele vivia simplesmente para fazer música. Diz-se que Napoleão teria comentado que a
Revolução Francesa começara nas páginas de Le Mariage de Figaro (As Bodas de
Fígaro), uma das mais belas obras de Mozart.
E o que dizer de Ludwig Van Beethoven, que, mesmo depois de ficar completamente
surdo, continuou a compor suas maravilhosas obras com a mesma destreza que tinha
antes desse incidente?
Esses são alguns exemplos de pessoas que possuem inteligência musical admirável.
Essas impressões têm o poder de influenciar partes ocultas da nossa alma e das
esferas sentimentais, e esta influência nos faz viver em um paraíso de desejos
preenchidos ou em um inferno sonhado.
Um fato que vale citar é a tentativa, ao longo dos séculos, de equiparar a música com
a matemática, a fim de ressaltar a racionalidade (ou então, negar os poderes
emocionais) da música.
Porém, dificilmente alguém que conhece a música de forma íntima consegue abster-se
de mencionar suas implicações emocionais. Mesmo aquele que não tem uma profunda
relação com a música, com certeza já se emocionou com algumas canções.
Inteligência Lógico-Matemática
Hardy declarou que a experiência mais maravilhosa que um ser humano pode ter é
descobrir uma verdade matemática, porque ela permanecerá para sempre.
Inteligência Espacial
Vamos iniciar a inteligência espacial com uma pergunta. Você consegue chegar à
Avenida Paulista sendo guiado por um mapa? É justamente um dos pontos relevantes
desse tipo de inteligência, ou seja, baseia-se “na capacidade de perceber e administrar
a ideia de espaço, elaborar e utilizar mapas, plantas e outras formas de representação.
De identificar e de se localizar no mundo usual com precisão, de efetuar transformação
sobre as percepções, imaginar movimento ou deslocamento interno entre as partes de
uma configuração e ser capaz de recriar aspectos da experiência visual, mesmo sem
estímulos físicos relevantes” (Antunes, 2000, p. 36).
Em que a inteligência espacial pode nos ajudar no dia-a-dia? Pode nos ajudar quando
o assunto for orientação, reconhecimento de locais, cenas, objetos, análise de mapas,
gráficos, diagramas, formas geométricas, além de auxiliar a nossa sensibilidade para
perceber metáforas.
Temos exemplos marcantes desse tipo de inteligência: Darwin associou sua teoria à da
vida; Dalton associou a imagem do átomo à do sistema solar. E também pessoas como
Guimarães Rosa e Chico Buarque de Holanda constroem imagens físicas ou poéticas
muito lúcidas com palavras.
Podemos treinar esse tipo de inteligência com o estímulo “sonhar acordado” e fazer das
conversas uma construção do tipo brainstorming, a qual representa um meio alentador
de desenvolvimento da inteligência espacial, além de ser divertido falar tudo aquilo que
vem à cabeça. O brainstorming tem quatro princípios:
Que tal alguns exemplos para você ir treinando? Algumas frases boas para a prática
dessa atividade são: “quais as utilidades para uma rosca?”, “como usar a palavra
chuva para promover a venda de filtro-solar?” E por fim, um exercício de comparação,
“a estatística é como biquíni, o que mostra é interessante, mas o que esconde é
essencial”. Agora é a sua vez, “a alegria é como uma piscina...”.
Se tivéssemos que optar por uma única área para ilustrar a centralidade da inteligência
espacial, o jogo de xadrez seria um forte candidato. A capacidade de antecipar jogadas
e suas consequências parecem intimamente ligadas à forte imaginação.
A inteligência espacial é comumente citada por Gardner como sendo a inteligência dos
inventores, pois esses conseguem quebrar os seus próprios paradigmas e deixam fluir
sua criatividade em busca de algo inusitado e inovador. Algumas figuras notórias
como: Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Burle Marx, fizeram sucesso por meio da
arquitetura e do paisagismo, atividades também inerentes a pessoas dotadas de
inteligência espacial.
Quaisquer que sejam os usos do corpo, nenhum atingiu ápices maiores ou foi mais
desenvolvido pelas culturas do que a dança. Por que falamos isso? Vamos refletir a
respeito do estilo de dança dentro do nosso país.
Você deve ter notado que pessoas como Michael Jordan, grande astro do basquete
norte-americano, também se expressava muito bem jogando baseball. Pelé,
considerado o atleta do século, não era bom apenas com os pés. Certa vez substituiu
um goleiro expulso de campo numa das partidas da seleção brasileira, e não fez feio.
Inteligências Pessoais
É fundamental notarmos que você pode ter uma vida social sem maiores problemas se
não tiver as inteligências citadas anteriormente de forma aguçada. Porém há uma
certa pressão para que desenvolva o seu entendimento da esfera pessoal visando uma
melhora no seu próprio bem-estar ou no seu relacionamento com aqueles que o
cercam.
Howard Gardner vem pesquisando sobre outros tipos de inteligência, tais como:
ecológica e espiritual. Diz que não se pode simplesmente “engessar” os tipos de
inteligência, em sete, oito ou nove tipos, mas que à medida que forem sendo
reveladas outras formas de manifestação da inteligência, mais o homem tem a ganhar
com isso.
Síntese
A comunicação, pelo simples fato de existir, gera influências. E mais: exerce o tipo de
poder expressivo e este tende a legitimar os demais tipos de poderes existentes em
uma organização.
Bem, tivemos uma breve introdução da importância da comunicação, vamos ver agora
sobre a comunicação institucional.
Vamos, então, mostrar como o processo comunicativo no seu trabalho pode ser mais
eficaz e eficiente. Mas o que seria eficácia institucional?
Analisar a eficiência apenas pela ótica de produtividade pessoal é ter uma visão falha,
talvez míope, do problema.
Que tal analisarmos um exemplo de eficácia e ausência de eficiência para termos uma
melhor compreensão? Você entregou na data correta, a seu chefe, todos os processos
que ele solicitou. Ele pediu para você interpretar, fazer as devidas modificações e que
elaborasse uma crítica fundamentada. Porém, você não elaborou uma crítica
fundamentada. Nesse caso, você atingiu a eficácia, entregou o processo na data
marcada pelo seu chefe, mas não alcançou a eficiência, pois tiveram algumas falhas no
percurso.
Por que não fez as críticas fundamentadas? Talvez por não ter compreendido quando
seu chefe lhe solicitou para realizar essa tarefa. Ocorreu, então, uma falha na
comunicação institucional. Quando seu chefe lhe passou o trabalho, você e ele
estavam cientes de que a comunicação havia sido compreendida. Notou como a
comunicação é importante no ambiente de trabalho?
Isso pode realmente acontecer com qualquer um de nós, se já não tiver acontecido.
Podemos ser eficazes e não sermos eficientes ou atingirmos a eficiência, porém não
alcançarmos a eficácia. Nos projetos, pesquisas, qualquer tipo de tarefa feita no dia a
dia pode haver falhas, mas é isso que deve ser evitado.
Podemos fazer uma analogia das empresas com os seres humanos. Pois toda empresa
é única, como todo ser humano. Cada empresa tem sua história, sua cultura, seus
valores, sua missão. A comparação com o ser humano é absolutamente justificável e
óbvia. Afinal, as empresas são compostas essencialmente de pessoas. E como são
compostas de pessoas sofrem – incrível – do mesmo mal. O mal da falta de
comunicação. E eu disse t-o-d-a-s as empresas. Sem exceção. Pode até soar falsa ou
ingênua a generalização. Por favor, não façam julgamentos precipitados. Antes de
concluir, vamos mergulhar um pouco mais nesse imenso mar de águas profundas.
Vamos mergulhar além das espumas das ondas.
Uma comunicação eficaz não é o que aparentava, um ato em que emissor e receptor se
envolvem em uma mensagem, com resultados claros para ambos. O emissor pode ter
compreendido de forma clara o objetivo de sua mensagem, com a qual o receptor
concordava, como se tivessem mensagens divergentes.
Vamos verificar outro exemplo. Você conversa durante uma hora e meia com seu
colega de trabalho, Pedro, sobre um projeto que sua equipe está desenvolvendo. Pedro
fala da importância de formarem uma parceria a fim de concluírem mais rapidamente o
projeto. Falou também sobre as diretrizes que devem ser seguidas para que o sucesso
seja atingido. Ao finalizar a conversa, você acha que compreendeu todo o pensamento
de Pedro e passa para sua equipe as diretrizes de Pedro. Depois de alguns dias, Pedro
lhe procura para dizer que ouviu um funcionário de sua equipe afirmar que ele falou
algo que ele não disse. Bem, esse exemplo acontece inúmeras vezes no cotidiano
quando o assunto é comunicação institucional.
Fluidez nas comunicações pode ser traduzida por relacionamentos saudáveis. Quanto
mais a equipe estiver afinada com a missão e com as metas da empresa, mais a
comunicação fluirá — e fluindo a comunicação, mais a empresa/instituição será
produtiva. Mas como as empresas/instituições são compostas de pessoas, os
problemas de comunicação nunca deixarão de existir.
Síntese
Podemos afirmar que o trabalho em equipe está em voga. Com o fim da automação,
nós nos deparamos com fatos e problemas mais amplos e mais complexos; por
exemplo, a planificação econômica e reestruturação do ensino. Diante disso, nos vimos
na obrigação de dar o máximo de nossas capacidades e assim melhorar a
produtividade e a eficácia.
Kurt Lewin, em 1930, deu início a alguns estudos sobre esses problemas. Depois dele,
equipes de pesquisadores estudaram a psicologia dos grupos e chamaram essa nova
ciência de “dinâmica de grupo”. Junto com a pesquisa científica surgiram várias
técnicas que foram postas em prática com o intuito de aumentar a eficácia do trabalho
em equipe. O conjunto de técnicas também é designado de dinâmica de grupo.
O que iremos falar neste capítulo não são receitas mágicas de como conduzir uma
dinâmica de grupo com sucesso, seria utópico crer que elas são infalíveis e irão
resolver de imediato todos os problemas. O nosso intuito é transmitir a você o
pensamento dessa dinâmica e facilitar uma iniciação a algumas de suas técnicas.
Vamos começar?
Natureza do grupo
Antes de qualquer coisa, o grupo deve ter um objetivo em comum. Às vezes uns
desejam alcançar o objetivo estabelecido mais do que outros, porém o grau de
intensidade não precisa ser o mesmo.
E por fim, o dinamismo inerente ao grupo, o qual pode ser modificado com a chegada
ou saída de um membro.
Os grupos podem ser divididos conforme os objetivos estabelecidos. São eles: grupos
de trabalho, de formação e mistos.
Grupos de trabalho: este grupo preocupa-se com a tarefa que lhe foi designada.
Independente do tipo de grupo, algumas etapas devem ser seguidas. E quais são as
etapas que os grupos geralmente têm de passar para atingir seus objetivos? Conforme
algumas experiências realizadas nesse campo por estudiosos, são quatro etapas:
determinação dos objetivos e definição dos termos, proposta dos elementos de solução
(visa ampliar o conjunto de sugestões que cada um tem a fazer, praticamente um
brainstorming), crítica das propostas e tomada de decisão.
O animador
É fundamental o papel do animador em uma dinâmica de grupo. Ele deve estar sempre
alimentando a imaginação dos participantes da dinâmica.
A figura do animador é como a do mediador, ou seja, alguém que faz intervenção junto
ao grupo com o objetivo de estimular as ideias e conduzir os trabalhos para um
resultado que se busca atingir, no tempo que dispõe para isso.
1ª. Ajudar o grupo a definir e a escolher os problemas cuja discussão é mais urgente.
2ª. Facilitar os intercâmbios de opiniões e dar aos diferentes pontos de vista uma igual
oportunidade de serem pesados e examinados pelo grupo.
3ª. Manter a ordem na discussão, conceder com justiça o direito de palavra e trazer
novamente os extraviados ao assunto adotado no ponto de partida.
4ª. Repetir, fazer precisar, esclarecer o sentido das diversas intervenções, fazer um
resumo e uma síntese delas, seguindo o ritmo dos progressos da discussão.
Um detalhe que vale ser lembrado é que o animador não pode colocar a opinião
pessoal para o grupo, pois ele deve estar totalmente voltado para a opinião dos
participantes. A conversa paralela que foge ao tema é redimensionada pelo animador.
Você deve estar se perguntando como a dinâmica de grupo lhe será útil no seu
trabalho?
Vamos imaginar que lhe entregassem uma folha para que a responda. Após preenchido
o restante da lista, via e-mail (para não haver o problema da sua letra ser
reconhecida), você imprimirá e colocará em uma urna.
No momento oportuno, o chefe de sessão marcará uma reunião, onde todos deverão
tecer comentários sobre aquilo que consta na pauta de debate*.
Outra técnica que pode ser aplicada no seu trabalho é a sessão autocrítica. Essa
técnica é igualmente proveitosa aos participantes do grupo (porém um pouco difícil
fazer uma autocrítica verbalmente).
Caso você consiga assumir isso na frente de seus colegas, com certeza seu
relacionamento com essas pessoas se tornará mais agradável. No momento em que
você assume algo da sua personalidade, seja algo bom ou ruim, as pessoas irão levar
consigo o que foi falado e ponderarão quando você tiver o comportamento que foi
explicitado.
Síntese
Nos últimos tempos, ouvimos com frequência o termo "dinâmica de grupo". Isso
se deve ao fato de que as organizações estão buscando interagir o funcionário
com a empresa, com o objetivo de ouvir as ideias que cada um
Enfim, existem inúmeras técnicas que podem ser utilizadas para alcançar um
objetivo comum, citamos nesta aula algumas delas e para isso o papel do
animar é relevante.
Sugerimos que você faça uma releitura do conteúdo e resolva os Exercícios de Fixação.
O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de
avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a
correção imediata das suas respostas!
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra- se no Módulo
de Conclusão. Lembramos que é por meio dela que você pode receber a sua
certificação de conclusão do curso.