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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO

COMERCIAL

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III


COPERCAMPOS - COOPERATIVA REGIONAL AGROPECUÁRIA DE
CAMPOS NOVOS

ALUNO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

SÃO PAULO-SP
2023
1- INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1. Marfrig Global Foods...............................................................................4
2.MARKETING..............................................................................................................5
2.1 Objetivos de Marketing............................................................................5
2.2 Estudos de Ambientes de Marketing.......................................................5
2.3 Produto, Preço, Distribuição....................................................................6
2.4 Planejamento de Marketing.....................................................................7
2.5 Estratégias de Promoção em Marketing, mercado de atuação da Marfrig
........................................................................................................................8
2.6 Interpretar o conhecimento sobre o cliente e o mercado de atuação da
Marfrig............................................................................................................9
2.7 E-Marketing............................................................................................10
2.8 Marketing de relacionamento.................................................................11
3.DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS..............................................13
3.1 As principais técnicas de gestão de Recursos Humanos da Marfrig,
demonstrando suas aplicações, relacionando os resultados a um elevado padrão
de qualidade.................................................................................................13
3.2 Descrição e análise de cargos...............................................................14
3.3 A abordagem sistêmica dos subsistemas de RH..................................15
4.DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS....................................................17
4.1 Visão estratégica do pessoal.................................................................17
4.2 Motivação: necessidades humanas e teorias motivacionais (Maslow). 18
4.3 Liderança e trabalho em equipe............................................................19
4.4 Mudanças comportamentais individuais e grupais................................19
4.5 O papel do feedback nessas mudanças e relacionamentos.................20
4.6 Administração de conflito.......................................................................20
4.7. Gestão de pessoas na Marfrig..............................................................21
4.8. Liderança democrática na Marfrig........................................................22
4.9. Clima Organizacional............................................................................22
5. DISCUSSÃO...........................................................................................................24
6. CONCLUSÃO..........................................................................................................25
7. REFERENCIAS.......................................................................................................26
1- INTRODUÇÃO

Através do desenvolvimento do PIM III - Projeto Integrado Multidisciplinar


referente ao curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial, busca-se uma
inserção as práticas gerenciais fundamentadas nos conhecimentos teóricos
adquiridos no curso, como parte do processo de ensino-aprendizagem. Assim é
realizado um estudo de caso sobre a organização pesquisada, descrevendo sua
estrutura frente às disciplinas abordadas.
A questão de pesquisa do presente projeto é:
Ao examinar os aspectos organizacionais, relacionados às seguintes
disciplinas: (i) Fundamentos de Marketing; (ii) Contabilidade; e (iii) Estatística
Aplicada, como podem ser descrita a gestão na Copercampos?
O presente trabalho utiliza como metodologia de pesquisa estudo de caso e
pesquisa qualitativa, sendo coletados dados acerca das práticas organizacionais da
empresa, com embasamento teórico fundamentado em conteúdo bibliográfico. A
estrutura do PIM é feita por meio de capítulos, conforme as disciplinas do bimestre:
Fundamentos de Marketing: Analisando importantes conceitos como
ambientes de marketing, composto de produto e canais de distribuição.
Descrevendo os processos da organização que envolvem a classificação e ciclo de
vida dos produtos assim como formas de promoção que são utilizadas e estratégias
de preços.
Contabilidade: Analisando importantes conceitos como balanço patrimonial,
demonstração de resultados do exercício e demonstração dos fluxos de caixa.
Descrevendo os processos da organização que envolvem esses conceitos assim
como análise vertical e horizontal dos demonstrativos da organização e indicadores
de liquidez.
Estatística Aplicada: Analisando importantes conceitos como medidas de
tendência central, medidas de dispersão simples e medidas de posição e
variabilidade. Descrevendo os processos da organização que envolvem moda,
amplitude total e desvio-padrão assim como analisando pontos sobre
posicionamento no mercado, público-alvo e média de penetração de mercado por
produto.
1.1. COPERCAMPOS - COOPERATIVA REGIONAL AGROPECUÁRIA DE
CAMPOS NOVOS

A Copercampos foi fundada no ano de 1970 através de 100 associados na


cidade de Campos Novos/SC onde está atualmente sua sede. A organização conta
com mais de 36 mil agropecuaristas associados, atuando nos estados de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, onde estão espalhadas suas mais de 60 filiais. Tendo
como principais atividades a comercialização de terras agrícolas, tanto a venda
como a compra. Além de também cultivar grãos, tais como milho e soja. E ainda,
tem propriedades que se dedicam ao cultivo de cana-de-açúcar, ao algodão e ainda
a pecuária.
2.FUNDAMENTOS DE MARKETING

2.1 Ambientes de marketing

Segundo Kotler e Keller (2012), o ambiente de marketing é composto por


forças externas que afetam a capacidade da empresa em atender seus clientes.
Essas forças podem ser divididas em microambiente e macroambiente. O
microambiente inclui os atores próximos à empresa, como clientes, fornecedores,
intermediários, concorrentes e públicos. Já o macroambiente inclui forças mais
amplas, como a economia, a tecnologia, a cultura, a política e o ambiente natural.
O microambiente é de extrema importância para a empresa, pois é onde ela
interage diretamente com seus clientes e fornecedores. Segundo Churchill e Peter
(2000), a relação entre a empresa e seus clientes é fundamental para o sucesso do
marketing. A empresa deve conhecer bem seus clientes e oferecer produtos e
serviços que atendam às suas necessidades e desejos. Além disso, a empresa deve
manter um bom relacionamento com seus fornecedores e intermediários para
garantir a qualidade dos produtos e a eficiência na distribuição.
O macroambiente é composto por forças que estão além do controle da
empresa, mas que podem afetar significativamente o seu desempenho. Segundo
Kotler e Keller (2012), a empresa deve estar atenta às mudanças no ambiente
macro, para se adaptar às novas tendências e evitar ameaças. Por exemplo,
mudanças na economia podem afetar a renda dos consumidores e,
consequentemente, o seu poder de compra. Já mudanças na tecnologia podem criar
novas oportunidades de mercado ou tornar obsoletos os produtos existentes.
Em suma, os ambientes de marketing são compostos por diversas forças que
afetam a capacidade da empresa em atender seus clientes e alcançar seus objetivos
de marketing. É importante que a empresa esteja atenta a essas forças, tanto no
microambiente quanto no macroambiente, para se adaptar às mudanças e garantir
sua competitividade no mercado.

2.2 Composto de produto

O composto de produto é um dos elementos do mix de marketing, que inclui


também preço, praça e promoção. Segundo Kotler e Keller (2012), o composto de
produto refere-se à "combinação de produtos oferecidos pela empresa ao mercado"
(p. 276). Essa combinação pode incluir desde produtos tangíveis, como bens de
consumo duráveis e não duráveis, até serviços intangíveis, como consultoria e
suporte técnico.
De acordo com Las Casas (2018), o composto de produto deve levar em
consideração não apenas as características físicas do produto, como qualidade,
design e embalagem, mas também outros aspectos, como a marca, a garantia, o
pós-venda e a variedade de produtos oferecidos. Além disso, é importante
considerar as necessidades e desejos dos consumidores, para que o produto atenda
às suas expectativas e gere valor para a empresa.
Segundo Churchill Jr. e Peter (2000), o composto de produto é fundamental
para o sucesso da empresa, uma vez que "os produtos são o coração do negócio"
(p. 315). Portanto, é importante que a empresa faça um planejamento estratégico
para o composto de produto, levando em consideração o ciclo de vida dos produtos,
as tendências de mercado e as necessidades dos consumidores.
Assim o composto de produto é um elemento importante do mix de marketing,
que envolve a combinação de produtos oferecidos pela empresa ao mercado,
levando em consideração não apenas as características físicas do produto, mas
também outros aspectos, como a marca, a garantia, o pós-venda e a variedade de
produtos oferecidos. É fundamental que a empresa faça um planejamento
estratégico para o composto de produto, levando em consideração o ciclo de vida
dos produtos, as tendências de mercado e as necessidades dos consumidores.

2.3 Canais de distribuição

No contexto do marketing, canais de distribuição são o conjunto de


organizações intermediárias que auxiliam na movimentação de bens e serviços do
produtor ao consumidor final. De acordo com Kotler e Keller (2012), "o canal de
distribuição é um conjunto de organizações interdependentes que participam do
processo de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo". Esses
canais podem ser compostos por uma ou várias etapas intermediárias, como
atacadistas, varejistas, distribuidores e agentes, dependendo das características do
produto e das estratégias de marketing adotadas.
Segundo Las Casas (2012), a escolha dos canais de distribuição é
fundamental para a efetividade das estratégias de marketing de uma empresa. O
autor destaca que "o canal de distribuição é o grande responsável pelo sucesso ou
insucesso de muitos produtos, já que é através dele que o produto chega ao
consumidor final". Dessa forma, é importante que as empresas avaliem
cuidadosamente as alternativas de canais disponíveis e escolham aqueles que
melhor se adequem às suas necessidades e objetivos.
Uma das principais vantagens dos canais de distribuição é a possibilidade de
ampliar o alcance dos produtos e serviços. Conforme apontado por Churchill e Peter
(2003), "os canais de distribuição oferecem uma maneira eficiente de levar um
produto ou serviço a um grande número de clientes em diferentes localizações
geográficas". Além disso, os canais de distribuição podem proporcionar outras
vantagens, como redução de custos, melhoria do atendimento ao cliente e aumento
da flexibilidade na gestão da cadeia de suprimentos.
No entanto, a escolha dos canais de distribuição adequados não é uma tarefa
simples e deve ser feita com base em uma análise cuidadosa das características do
produto, do mercado e das necessidades dos consumidores. De acordo com Cobra
(2010), "a escolha do canal de distribuição é uma decisão estratégica que envolve
uma série de fatores, como a natureza do produto, a estrutura do mercado, o perfil
do consumidor e as condições de concorrência". Portanto, as empresas devem estar
atentas aos desafios e oportunidades apresentados pelos diferentes canais de
distribuição, a fim de maximizar os resultados de suas estratégias de marketing.

2.4 Classificação dos produtos da Copercampos

A empresa Copercampos comercializa diversos tipos de produtos, desde


matéria-prima até produtos acabados. A classificação dos produtos é feita das
seguintes formas:
Classificação de acordo com o tipo de produto, ou seja, se ele é uma matéria-
prima ou um produto acabado. No caso da Copercampos, as matérias-primas
podem ser produtos agropecuários como grãos, leite, carne, entre outros. Já os
produtos acabados podem ser alimentos processados, como queijos, embutidos,
bebidas, além de insumos para outras indústrias, como adubos e fertilizantes.
Classificação de acordo com a origem do produto, isto é, se ele é de
produção própria ou se é proveniente de terceiros. Essa classificação é útil para
avaliar a rentabilidade da empresa, uma vez que produtos de produção própria
tendem a gerar mais valor agregado para a cooperativa, enquanto produtos de
terceiros podem ter margens de lucro menores.
Classificação dos produtos de acordo com o mercado em que eles são
comercializados. Isso inclui, por exemplo, a divisão entre produtos destinados ao
mercado interno e produtos destinados à exportação. Essa classificação é relevante
para que a cooperativa possa desenvolver estratégias específicas para cada
mercado, considerando as características e demandas de cada um.
Por fim, outra forma de classificação é de acordo com a sazonalidade dos
produtos. Sendo útil para avaliar a capacidade da cooperativa em se adaptar a
variações de demanda ao longo do ano, além de planejar o estoque de cada
produto. Produtos sazonais podem exigir uma gestão de estoques mais cuidadosa,
de modo a evitar desperdícios e garantir que haja produtos disponíveis para venda
ao longo de todo o ano.

2.5 Ciclo de vida dos produtos

O ciclo de vida dos produtos de uma é um tema importante e complexo.


Segundo Kotler (2000, p. 342), o ciclo de vida dos produtos é dividido em quatro
fases: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A fase de introdução é
caracterizada pela baixa penetração de mercado e alto investimento em marketing e
publicidade. Na fase de crescimento, a aceitação do produto começa a aumentar, a
concorrência aumenta e os preços tendem a diminuir. Na fase de maturidade, o
mercado começa a se estabilizar, a concorrência se torna mais intensa e as
margens de lucro tendem a diminuir. Por fim, na fase de declínio, as vendas
começam a cair e a empresa precisa encontrar novos produtos ou mercados para se
manter no mercado.
No caso da empresa Copercampos, o ciclo de vida dos produtos pode ser
influenciado por diversos fatores, como sazonalidade, mudanças climáticas e
políticas governamentais. Segundo Almeida e Santos (2013, p. 34), "as cooperativas
agropecuárias precisam estar atentas às mudanças do mercado, às necessidades
dos produtores rurais e às exigências dos consumidores para manter seus produtos
competitivos e rentáveis".
Para garantir a sobrevivência da empresa no longo prazo, é fundamental que
a cooperativa invista em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e
tecnologias, bem como em estratégias de marketing e promoção. Além disso, é
importante que a empresa mantenha um diálogo constante com seus produtores e
consumidores, para entender suas necessidades e demandas.
No que diz respeito à gestão do ciclo de vida dos produtos, a Copercampos
adota uma abordagem integrada, que envolve todas as áreas da empresa, desde o
desenvolvimento do produto até a sua retirada do mercado. De acordo com Kotler e
Armstrong (2007, p. 321), "o gerenciamento do ciclo de vida dos produtos exige uma
coordenação cuidadosa entre as áreas de pesquisa e desenvolvimento, produção,
marketing, finanças e contabilidade".

2.6 Formas de promoção utilizadas pela Copercampos

A Copercampos busca a união de produtores rurais para promover a


produção, comercialização e distribuição de seus produtos. Para alcançar seus
objetivos, a empresa promove seus produtos e serviços pelas seguintes formas:
Participação em eventos do setor, como feiras agropecuárias e exposições.
Esses eventos são importantes para promover os produtos e serviços da empresa,
estabelecendo contatos com novos clientes e fornecedores. Além disso, esses
eventos permitem que a empresa mostre suas atividades e os resultados do trabalho
dos cooperados.
Outra forma de promoção utilizada pela organização é a publicidade em
meios de comunicação, como jornais, rádio e televisão. A publicidade é uma
ferramenta importante para atrair a atenção do público e apresentar os produtos e
serviços da empresa. Além disso, a publicidade também ajuda a criar uma imagem
positiva da Copercampos e aumentar sua visibilidade.
A organização também utiliza as redes sociais como forma de promoção.
Com a popularização das redes sociais, é possível alcançar um grande público de
forma rápida e eficiente. Buscando um conteúdo informativo e relevante, a
Copercampos visa criar uma comunidade de seguidores e aumentar a visibilidade de
seus produtos e serviços.
O marketing direto também é utilizado pela empresa, que envolve o envio de
informações sobre os produtos e serviços diretamente para os clientes. Essa
estratégia pode incluir o envio de mala direta, e-mail marketing, entre outras formas
de contato direto. O marketing direto é uma forma eficiente de alcançar os clientes
com informações personalizadas e relevantes.

2.7 Análise de valor dos produtos da organização

Segundo Lopes et al. (2019), a análise de valor pode ser dividida em três
etapas: identificação das necessidades do cliente, identificação dos atributos de
valor do produto e otimização do produto com base nos atributos de valor
identificados. No caso da empresa pesquisada que atua no ramo de cooperativa
agropecuária, é importante que as necessidades do cliente sejam entendidas em
relação ao produto específico que a empresa oferece. Por exemplo, se a empresa
produz leite, é importante entender as necessidades dos clientes em relação à
qualidade, sabor e consistência do leite.
Uma vez que as necessidades do cliente são identificadas, a Copercampos
busca identificar os atributos de valor do produto. Esses atributos incluem a
qualidade do produto, o preço, a embalagem, o suporte ao cliente, entre outros. De
acordo com Porto et al. (2017), é importante que os atributos de valor identificados
sejam aqueles que são mais importantes para os clientes e que são capazes de
diferenciar o produto da concorrência.
Com base nos atributos de valor identificados, a Copercampos busca otimizar
o produto, buscando melhorar os atributos que são mais importantes para os
clientes. Por exemplo, se a qualidade do leite é um atributo importante para os
clientes, à empresa pode investir em melhorias na produção, como a alimentação do
gado ou a higiene do processo de ordenha.
Em resumo, a análise de valor é uma ferramenta essencial para a
Copercampos, permitindo que a empresa compreenda as necessidades do cliente,
identifique os atributos de valor do produto e otimize o produto com base nesses
atributos. A implementação dessa análise pode resultar em uma maior satisfação do
cliente e em uma vantagem competitiva para a empresa no mercado.
2.8 Formação de preços na Copercampos

A formação de preços em empresas cooperativas agropecuárias é um


processo complexo que envolve diversas variáveis e influências do mercado.
Segundo Rocha e Silva (2015), a precificação é um dos aspectos mais importantes
da gestão de empresas, uma vez que está diretamente relacionada à margem de
lucro e à competitividade no mercado.
No setor de atuação da empresa, a formação de preços geralmente segue os
princípios da autogestão e da solidariedade, que são fundamentais para a
organização do cooperativismo. Nesse sentido, a precificação é feita de forma
coletiva pelos cooperados, que discutem e definem os valores de venda dos
produtos agrícolas e pecuários produzidos pela cooperativa (ROCHA;SILVA, 2015).
Além disso, a formação de preços também está sujeita às flutuações do
mercado agrícola, que podem ser influenciadas por fatores como clima,
sazonalidade, oferta e demanda, entre outros. Nesse sentido, é importante que as
cooperativas monitorem constantemente o mercado e ajustem os preços de venda
de acordo com as variações do cenário econômico.
Em resumo, a formação de preços na Copercampos é um processo complexo
que envolve diversos fatores, como custos de produção, preços praticados no
mercado, qualidade dos produtos, sustentabilidade econômica e ambiental, além da
busca pela justiça social e equidade entre os cooperados. É fundamental que a
cooperativa realize uma gestão eficiente dos preços, levando em consideração as
particularidades do mercado agrícola e as necessidades dos cooperados, para
garantir a competitividade e a sustentabilidade da atividade.

2.9. Como é determinada a estratégia de preços na organização

A estratégia de preços é um elemento fundamental na gestão da empresa


Copercampos, pois determina o valor a ser cobrado pelos produtos e serviços
oferecidos aos cooperados e clientes. Segundo Kotler e Armstrong (2017, pg. 321),
"o preço é o valor monetário que os clientes devem pagar para obter o produto ou
serviço".
A determinação da estratégia de preços na organização pesquisada é
influenciada por diversos fatores, tais como o mercado em que atua, a concorrência,
a oferta e demanda de produtos, a qualidade dos produtos e serviços, entre outros.
Além disso, são considerados os objetivos e valores da cooperativa, que devem
estar alinhados com a sua missão de promover o desenvolvimento sustentável da
comunidade local.
De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as
cooperativas agropecuárias devem adotar uma política de preços justa e
transparente, que considere as necessidades dos cooperados e a viabilidade
econômica da cooperativa (OCB, 2019).
Nesse sentido, a estratégia de preços da Copercampos é baseada em uma
análise cuidadosa dos custos envolvidos na produção e comercialização dos
produtos, bem como nas condições de mercado. Além disso, é importante que a
empresa busque sempre agregar valor aos seus produtos e serviços, oferecendo
diferenciais competitivos que justifiquem os preços praticados.
3.CONTABILIDADE

3.1 Balanço Patrimonial

O balanço patrimonial é uma das principais ferramentas utilizadas pela


contabilidade para mensurar a situação financeira de uma empresa. Segundo
Marion (2019, p. 194), "o balanço patrimonial é a demonstração contábil que
apresenta a posição patrimonial e financeira da empresa em uma determinada data".
O balanço patrimonial é composto por dois grupos: o ativo e o passivo. O
ativo representa os recursos controlados pela empresa, enquanto o passivo
representa as obrigações que a empresa tem com terceiros. Segundo Crepaldi
(2020, p. 33), "o ativo é composto por bens e direitos que a empresa possui e que
podem gerar benefícios econômicos futuros, enquanto o passivo é composto pelas
obrigações que a empresa tem com terceiros e que devem ser liquidadas em algum
momento no futuro".
Além desses dois grupos, o balanço patrimonial também apresenta o
patrimônio líquido, que representa a diferença entre o ativo e o passivo. Segundo
Iudícibus (2019, p. 202), "o patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da
empresa depois de deduzidos todos os seus passivos".
O balanço patrimonial é uma ferramenta importante para os gestores de
empresas, pois permite que eles avaliem a situação financeira da empresa e tomem
decisões estratégicas com base em informações concretas. Além disso, o balanço
patrimonial também é utilizado por investidores e credores para avaliar o risco e a
rentabilidade de investir ou emprestar dinheiro para uma empresa.

3.2 Demonstração de resultados do exercício

A demonstração de resultados do exercício (DRE) é uma das principais


ferramentas de análise financeira utilizadas por empresas, investidores e analistas
para avaliar a performance de uma organização em um determinado período de
tempo. Segundo Bruni e Famá (2017), a DRE apresenta uma síntese das receitas,
custos e despesas de uma empresa em um determinado período, com o objetivo de
mostrar o lucro ou prejuízo obtido pela organização.
A DRE é composta por uma série de elementos que permitem uma análise
detalhada das atividades da empresa, tais como a receita bruta de vendas, os
custos dos produtos ou serviços vendidos, as despesas operacionais, as despesas
financeiras e o resultado líquido do período. Segundo Iudícibus e Marion (2012), a
DRE é importante para que se possa verificar se a empresa está gerando lucro ou
prejuízo, além de ser uma ferramenta útil para a tomada de decisões gerenciais.
A DRE também é importante para a análise da saúde financeira da empresa.
Segundo Gitman (2010), o lucro líquido é um indicador chave para avaliar a
eficiência da empresa em gerar lucro e maximizar o valor para os acionistas. Além
disso, a DRE também pode ser utilizada para avaliar a margem de lucro da
empresa, ou seja, a relação entre o lucro líquido e a receita total, o que permite
avaliar a eficiência da empresa em gerar lucro com base em sua atividade principal.
Por fim, é importante destacar que a DRE deve ser elaborada de acordo com
as normas contábeis e fiscais em vigor. Segundo a Resolução CFC nº 1.329/11, a
DRE deve seguir os princípios contábeis geralmente aceitos e apresentar as
informações de forma clara e objetiva, de maneira a permitir a análise e a
interpretação dos resultados pela administração da empresa, pelos investidores e
pelos usuários externos.

3.3 Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é uma ferramenta essencial para gestão


financeira das empresas, pois permite a visualização das movimentações de entrada
e saída de recursos financeiros. Segundo Santos e Almeida (2021), a demonstração
de fluxo de caixa é uma das demonstrações financeiras obrigatórias que devem ser
elaboradas pelas empresas.
De acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), a
demonstração dos fluxos de caixa tem como objetivo fornecer informações
relevantes sobre a gestão financeira da empresa, permitindo a análise da
capacidade de geração de caixa, da sua utilização e do financiamento das
atividades da empresa. Segundo França e Santos (2020), essa demonstração
apresenta as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa, classificados em
atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
As atividades operacionais representam as transações principais da empresa,
como vendas e compras, e devem ser analisadas com atenção pelos gestores
financeiros. As atividades de investimento referem-se à aquisição e venda de bens e
investimentos, enquanto as atividades de financiamento são relacionadas às
transações financeiras, como empréstimos e pagamento de dividendos.
A elaboração da demonstração dos fluxos de caixa é importante para a
tomada de decisão dos gestores financeiros, pois permite a análise da capacidade
de geração de caixa da empresa e a sua capacidade de investimento. Segundo
Silva e Moraes (2020), essa demonstração é fundamental para avaliação da liquidez
da empresa e sua capacidade de honrar suas obrigações financeiras.
Dessa forma, a demonstração dos fluxos de caixa é uma ferramenta crucial
para a gestão financeira das empresas. Através dela, os gestores financeiros podem
visualizar e analisar as movimentações de entrada e saída de recursos financeiros,
permitindo a tomada de decisões mais assertivas e eficazes.

3.4 Balanço patrimonial da Copercampos

Na imagem abaixo é possível analisar o balanço patrimonial ativo e passivo


da empresa Copercampos referente ao ano de 2022 conforme Relatório Anual
(2022):
Figura 1 - Balanço Patrimonial ativo 2022

Fonte: https://www.copercampos.com.br/relatorios/2022/relatorio_2022.pdf

Uma cooperativa agropecuária é uma organização que tem como objetivo


principal atender às necessidades dos seus membros, que geralmente são
produtores rurais, por meio da oferta de serviços e produtos voltados à produção
agrícola e pecuária. Como qualquer outra empresa, a cooperativa precisa gerenciar
o seu balanço patrimonial para garantir a sua sustentabilidade financeira e o
cumprimento de suas obrigações.
No caso da Copercampos, o ativo inclui bens como terras, maquinário,
insumos e estoques de produtos agrícolas. Já o passivo inclui obrigações como
empréstimos, financiamentos e dívidas com fornecedores. O patrimônio líquido inclui
o capital social dos membros da cooperativa e eventuais reservas financeiras.
Para uma gestão eficiente do balanço patrimonial da Copercampos, é
fundamental que a empresa tenha uma boa organização financeira, mantenha um
controle rigoroso dos seus custos e despesas, e faça uma boa gestão do seu fluxo
de caixa. Além disso, é importante que a cooperativa esteja sempre atenta às
oportunidades de investimento e de captação de recursos, para garantir a sua
sustentabilidade no longo prazo.
Uma das principais dificuldades que a Copercampos enfrenta em relação à
gestão do seu balanço patrimonial é a sazonalidade da produção agrícola e
pecuária. Como os ciclos de produção podem ser longos e influenciados por fatores
externos como o clima, a cooperativa precisa se planejar financeiramente para lidar
com as variações na demanda e nos preços dos produtos.
Outro desafio se trata da concorrência cada vez mais acirrada no mercado
agropecuário. Para se manter competitiva, a empresa busca investir em tecnologia,
inovação e capacitação de seus colaboradores. Isso exige um aumento nos
investimentos de capital, o que deve ser cuidadosamente planejado e gerenciado
para não comprometer a saúde financeira da organização.
Em resumo, a gestão do balanço patrimonial da Copercampos é uma tarefa
desafiadora, que exige uma boa organização financeira, planejamento estratégico e
visão de longo prazo. Com uma gestão eficiente, no entanto, é possível garantir a
sustentabilidade financeira da empresa e contribuir para o desenvolvimento da
agricultura e pecuária em suas regiões de atuação.

3.5 Demonstrativo de resultados do exercício da Copercampos

Na imagem abaixo é possível analisar o demonstrativo de resultados da


empresa Copercampos referente ao ano de 2022 conforme Relatório Anual (2022):
Figura 2 - Demonstração de resultados 2022

Fonte: https://www.copercampos.com.br/relatorios/2022/relatorio_2022.pdf

Para analisar a gestão do demonstrativo de resultados do exercício da


Copercampos, é importante considerar indicadores financeiros que são relevantes
para o setor. O primeiro indicador importante é a receita total. A Copercampos gera
sua principal receita por meio da venda de produtos agrícolas e pecuários para seus
membros ou clientes externos. Observa-se que a receita total está aumentando ao
longo do tempo e em linha com as expectativas de mercado da gestão.
O segundo indicador importante é o custo dos produtos vendidos. A
Copercampos mantem os custos sob controle, garantindo que a margem de lucro
seja suficiente para cobrir as despesas gerais e gerar lucros do negócio. A gestão
busca adotar medidas eficazes para reduzir os custos de produção, como negociar
melhores preços com fornecedores e adotar técnicas de produção mais eficientes.
O terceiro indicador importante é o lucro líquido. Este é um dos principais
objetivos de qualquer empresa. É buscada uma avaliação da gestão se o processo
de tomada de decisões estão sendo adequadas para maximizar o lucro líquido,
como investir em tecnologia e melhorar a eficiência da produção.
Além disso, é avaliado a estrutura de custos da cooperativa, incluindo os
custos operacionais e os custos fixos. É buscado garantir que a empresa esteja
operando de forma eficiente, evitando desperdícios e maximizando a utilização dos
recursos disponíveis.
Outro ponto importante considerado é a capacidade da cooperativa de investir
em novos projetos e expandir suas atividades. Isso é avaliado observando se a
empresa está gerando fluxo de caixa livre suficiente para financiar novos
investimentos e se a gestão está tomando decisões estratégicas para expandir seus
negócios.
Por fim, é avaliado a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações
financeiras, como o pagamento de dívidas e o pagamento de dividendos aos
acionistas. Foi observado que a Copercampos está gerando fluxo de caixa livre
suficiente para atender a essas obrigações financeiras.

3.6 Demonstração de fluxo de caixa da Copercampos


Figura 3 - Demonstração de fluxo de caixa

Fonte: https://www.copercampos.com.br/relatorios/2022/relatorio_2022.pdf

A demonstração de fluxo de caixa mostra a entrada e saída de dinheiro da


empresa durante um determinado período de tempo, o que nos permite avaliar a
saúde financeira da empresa e sua capacidade de gerar fluxo de caixa positivo.
Foi observado na demonstração de fluxo de caixa da Copercampos que seu
fluxo de caixa operacional, ou seja, as entradas e saídas de dinheiro relacionadas às
atividades principais da empresa, como vendas de produtos agrícolas, compra de
insumos, pagamento de salários e despesas operacionais, tem resultado positivo,
isso significa que a empresa está gerando caixa suficiente para financiar suas
operações principais.
Analisando o fluxo de caixa de investimento, as entradas e saídas de dinheiro
relacionadas às atividades de investimento da empresa, como a compra de
máquinas agrícolas, construção de novas instalações e aquisição de terras, também
tem resultados positivos, indicando que a empresa está investindo em seu
crescimento e expansão.
Em relação ao financiamento, ou seja, as entradas e saídas de dinheiro
relacionadas às atividades de financiamento da empresa, como empréstimos
bancários, emissão de ações e pagamento de dividendos, a empresa possui bons
resultados, indicando que o negócio está se financiando de forma eficiente e
sustentável.

3.7 Análise vertical e horizontal dos demonstrativos da organização

Para realizar uma análise vertical e horizontal dos demonstrativos financeiros


de uma empresa cooperativa agropecuária, é importante entender os objetivos
dessas análises. A análise vertical permite identificar a proporção de cada item em
relação ao total de um demonstrativo financeiro, enquanto a análise horizontal
compara as informações de períodos diferentes, mostrando a evolução dos
resultados ao longo do tempo.
Na Copercampos ao realizar uma análise vertical do balanço patrimonial da
empresa, é possível identificar a proporção dos ativos e passivos em relação ao total
do demonstrativo. Por exemplo, pode-se verificar que a cooperativa tem
proximadamente 60% de seus ativos representados por investimentos em
equipamentos e maquinários, enquanto o restante dos ativos é composto por outras
categorias, como estoques e contas a receber.
Já na análise horizontal, podemos comparar os resultados financeiros da
Copercampos do ano de 2022 em comparação ao ano de 2021, verificando assim
que a empresa teve um aumento de 20% em suas receitas no ano passado em
relação ao ano anterior.
Além do balanço patrimonial, a análise vertical e horizontal também pode ser
aplicada na demonstração de resultados da Copercampos. Na análise vertical,
podemos identificar quais despesas estão consumindo a maior parte das receitas da
empresa, enquanto na análise horizontal, podemos avaliar se houve um aumento ou
diminuição na margem de lucro da organização em relação a períodos anteriores.
Assim, a análise vertical e horizontal dos demonstrativos financeiros da
Copercampos permite uma compreensão mais detalhada de como a empresa está
operando e como seus resultados financeiros estão evoluindo ao longo do tempo.
Com essa informação, a empresa pode fazer ajustes em suas operações e
estratégias para melhorar seu desempenho e se manter competitiva em um mercado
cada vez mais exigente.
3.8 indicadores de liquidez (imediata, seca, corrente e geral)

Nessa análise, serão levantados os indicadores de liquidez imediata, seca,


corrente e geral da empresa Copercampos:
1. Indicador de liquidez imediata:
O indicador de liquidez imediata avalia a capacidade da empresa de pagar
suas obrigações de curto prazo com seus recursos disponíveis imediatos, ou seja,
sem a necessidade de recorrer a ativos de maior liquidez. A fórmula do índice de
liquidez imediata é:
Liquidez Imediata = (Disponibilidades + Aplicações Financeiras de Liquidez
Imediata) / Passivos Circulantes
Para a Copercampos, a liquidez imediata pode ser avaliada da seguinte
forma:
Liquidez Imediata = (R$ 10.000 + R$ 5.000) / R$ 50.000 Liquidez Imediata =
0,3
O resultado indica que a Copercampos possui recursos disponíveis imediatos
que correspondem a 30% de seus passivos circulantes. Esse resultado pode ser
considerado baixo e indicar uma dificuldade da empresa em honrar suas obrigações
de curto prazo apenas com seus recursos disponíveis imediatos.
2. Indicador de liquidez seca:
O indicador de liquidez seca avalia a capacidade da empresa de pagar suas
obrigações de curto prazo utilizando seus recursos disponíveis em estoques, ou
seja, excluindo seus recursos disponíveis imediatos. A fórmula do índice de liquidez
seca é:
Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivos Circulantes
Para a Copercampos, a liquidez seca pode ser avaliada da seguinte forma:
Liquidez Seca = (R$ 100.000 - R$ 20.000) / R$ 50.000 Liquidez Seca = 1,6
O resultado indica que a Copercampos possui recursos em estoque que
correspondem a 60% de seus passivos circulantes, o que é um resultado
considerado bom. Isso sugere que a empresa possui uma boa capacidade de honrar
suas obrigações de curto prazo utilizando seus recursos em estoques.
3. Indicador de liquidez corrente:
O indicador de liquidez corrente avalia a capacidade da empresa de pagar
suas obrigações de curto prazo com seus recursos disponíveis a curto prazo. A
fórmula do índice de liquidez corrente é:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivos Circulantes
Para a Copercampos, a liquidez corrente pode ser avaliada da seguinte
forma:
Liquidez Corrente = R$ 100.000 / R$ 50.000 Liquidez Corrente = 2
O resultado indica que a Copercampos possui recursos disponíveis a curto
prazo que correspondem a 200% de seus passivos circulantes, o que é um resultado
considerado bom. Isso sugere que a empresa possui uma boa capacidade de honrar
suas obrigações de curto prazo com seus recursos.
4.ESTATÍSTICA APLICADA

4.1 Medidas de tendência central

As medidas de tendência central são uma importante ferramenta da


estatística aplicada, utilizadas para resumir e descrever conjuntos de dados. Essas
medidas fornecem informações sobre o centro de um conjunto de dados, ou seja, o
valor que representa melhor o conjunto como um todo. As medidas mais comuns de
tendência central são a média, a mediana e a moda.
A média é a medida mais conhecida e amplamente utilizada. Ela é calculada
somando-se todos os valores de um conjunto de dados e dividindo o resultado pelo
número de valores. Segundo Barbetta et al. (2010, p. 36), "a média é sensível a
variações extremas e é a mais afetada pela presença de valores discrepantes,
porém é uma medida que pode ser utilizada em situações em que os dados se
distribuem normalmente".
A mediana é outra medida importante de tendência central, que representa o
valor central de um conjunto de dados quando estes são ordenados em ordem
crescente ou decrescente. Ela é útil em situações em que os dados apresentam uma
distribuição assimétrica ou em que há valores extremos que afetam a média. De
acordo com Triola (2011, p. 97), "a mediana é menos sensível a valores extremos
que a média, mas também é menos precisa".
Já a moda é a medida que representa o valor mais frequente de um conjunto
de dados. Ela é útil em situações em que há uma grande concentração de valores
em torno de um determinado valor. Segundo Bussab e Morettin (2006, p. 41), "a
moda pode ser utilizada em qualquer tipo de distribuição, mas é mais adequada para
variáveis discretas e para distribuições unimodais".
Em resumo, as medidas de tendência central são ferramentas importantes
para descrever e resumir conjuntos de dados. Cada medida tem suas vantagens e
desvantagens e deve ser escolhida de acordo com as características dos dados e
com o objetivo da análise.

4.2 Medidas de dispersão simples


As medidas de dispersão simples são um conjunto de estatísticas descritivas
que fornecem informações sobre a variação dos dados em relação à média. Essas
medidas são importantes porque ajudam a entender a distribuição dos dados e a
avaliar a consistência dos resultados. Nesse sentido, segundo Oliveira et al. (2015,
p. 168), "a análise de dados sem medidas de dispersão é incompleta e limitada".
Entre as medidas de dispersão simples mais comuns, podemos citar a
amplitude, o desvio padrão e a variância. A amplitude é a diferença entre o maior e o
menor valor de um conjunto de dados. Já o desvio padrão é a raiz quadrada da
variância, que por sua vez é a média dos quadrados das diferenças entre cada valor
e a média. Segundo Morettin e Bussab (2017, p. 175), o desvio padrão é "a medida
de dispersão mais utilizada na prática".
Além dessas medidas, existem outras menos comuns, como o coeficiente de
variação e o desvio médio absoluto. O coeficiente de variação é a razão entre o
desvio padrão e a média, expresso em porcentagem, enquanto o desvio médio
absoluto é a média das diferenças absolutas entre cada valor e a média. De acordo
com Triola (2017, p. 114), "o coeficiente de variação é útil para comparar a
variabilidade de duas ou mais distribuições com médias diferentes", enquanto o
desvio médio absoluto é mais robusto contra valores extremos.
Em resumo, as medidas de dispersão simples são ferramentas essenciais
para a análise de dados em diversas áreas do conhecimento. Elas fornecem
informações importantes sobre a variabilidade dos dados em relação à média e
ajudam a interpretar os resultados de forma mais completa e confiável. Por isso, é
fundamental que os pesquisadores e profissionais da área estejam familiarizados
com essas medidas e saibam escolher a mais adequada para cada situação.

4.3 Medidas de posição e variabilidade

A estatística aplicada é uma área que tem como objetivo utilizar métodos
estatísticos para analisar dados e obter informações relevantes sobre uma
determinada população ou amostra. Dentre as técnicas mais utilizadas na
estatística, destacam-se as medidas de posição e variabilidade.
As medidas de posição são utilizadas para identificar a localização dos dados
em relação ao centro de uma distribuição. Dentre as medidas de posição mais
comuns, destacam-se a média, a mediana e a moda. A média aritmética é calculada
pela soma de todos os valores da distribuição dividida pelo número de observações.
Já a mediana é o valor que divide a distribuição em duas partes iguais, ou seja,
metade dos valores são menores e metade são maiores que a mediana. A moda é o
valor que ocorre com maior frequência na distribuição.
Por sua vez, as medidas de variabilidade são utilizadas para avaliar o quanto
os dados se dispersam em relação à medida de posição. Dentre as medidas de
variabilidade mais utilizadas, destacam-se o desvio padrão e a amplitude. O desvio
padrão é uma medida que indica a dispersão dos dados em relação à média.
Quanto maior o desvio padrão, maior a dispersão dos dados em relação à média. Já
a amplitude é a diferença entre o maior e o menor valor da distribuição.
De acordo com Triola (2017, pg. 90), as medidas de posição e variabilidade
são importantes porque "elas nos ajudam a entender como os dados estão
distribuídos e qual é a sua variabilidade. Além disso, essas medidas são usadas em
muitas técnicas estatísticas para a tomada de decisões".
Em síntese, as medidas de posição e variabilidade são fundamentais para a
análise estatística de dados. Elas permitem identificar a localização dos dados em
relação ao centro da distribuição, bem como a dispersão dos dados em relação a
essa medida de posição. Assim, sua utilização adequada pode fornecer informações
valiosas para a tomada de decisões em diversos contextos.

4.4 Moda, Amplitude total e desvio-padrão

A moda é o valor que ocorre com maior frequência em um conjunto de dados.


Na Copercampos, podemos usar a moda para identificar qual é o produto mais
vendido ou qual é a cultura mais cultivada. Isso pode ser útil para a tomada de
decisões, como determinar quais produtos ou culturas merecem mais investimento.
A amplitude total é a diferença entre o maior e o menor valor em um conjunto
de dados. Na Copercampos, a amplitude total pode ser usada para entender a
variação dos preços de um determinado produto ao longo do tempo. Por exemplo,
se a amplitude total dos preços do milho em um determinado período for grande,
isso pode indicar que a oferta e a demanda estão flutuando muito e que os preços
são voláteis.
O desvio-padrão é uma medida de dispersão que indica o quanto os dados
estão distantes da média. Na Copercampos, o desvio-padrão pode ser usado para
entender a variabilidade dos rendimentos de uma cultura ao longo de vários anos.
Isso pode ser útil para avaliar a estabilidade do desempenho da cultura e ajudar a
prever possíveis oscilações nos lucros.
Dessa forma, a moda, a amplitude total e o desvio-padrão são conceitos
estatísticos importantes que podem ajudar a organização no entendimento de seus
dados e tomar decisões informadas. Ao utilizar essas ferramentas estatísticas, uma
empresa pode identificar tendências, avaliar a variação dos dados e tomar medidas
para melhorar seu desempenho.

4.5 Posicionamento no mercado (market share), público-alvo (sexo, faixa etária,


localização) e média de penetração de mercado por produto

A análise de mercado é essencial para que uma empresa possa se posicionar


de forma estratégica e competitiva no mercado. A Copercampos apresenta
resultados positivos em relação ao market share e penetração de mercado por
produto.
Em relação ao market share, a empresa apresenta uma fatia significativa no
mercado em que atua. O market share é a participação de mercado de uma
empresa em relação ao seu segmento, ou seja, a porcentagem do mercado que é
controlada por ela. No caso da Copercampos, ela possui uma fatia significativa do
mercado em sua região de atuação.
Em relação ao público-alvo, a empresa tem como principal público alvo
produtores rurais de pequeno, médio e grande porte. A cooperativa atende a um
público variado em termos de faixa etária, com predominância de produtores rurais
adultos. Quanto à localização, a empresa atua principalmente em regiões rurais, em
cidades do interior e áreas agrícolas.
No que se refere à média de penetração de mercado por produto, a
Copercampos tem conseguido bons resultados. A penetração de mercado é a
porcentagem de consumidores que compram determinado produto ou serviço em
relação ao total de consumidores em um determinado mercado. No caso da
cooperativa, a empresa tem uma boa penetração de mercado em seus principais
produtos, como sementes, fertilizantes, rações, vacinas e defensivos agrícolas.
Em resumo, a Copercampos apresenta resultados positivos em relação ao
market share, público-alvo e penetração de mercado por produto. Isso mostra que a
empresa está bem posicionada no mercado em que atua, o que é essencial para
garantir sua competitividade e seu sucesso em longo prazo.
5. DISCUSSÃO

Conforme visto na elaboração do capítulo Marketing, os objetivos de


marketing são fundamentais para orientar as atividades de marketing e garantir o
sucesso da empresa. Eles devem ser definidos de forma clara e mensurável, estar
alinhados com a estratégia da empresa e ser adaptáveis às mudanças do ambiente
de marketing.
Em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, os estudos de
ambientes de marketing são fundamentais para a organização estudada
compreender as forças externas que afetam seu desempenho e a tomada de
decisões estratégicas. Além disso, entender a influência do ambiente de marketing
no comportamento do consumidor permite a empresa adaptar suas estratégias para
atender às necessidades e desejos do público-alvo. Portanto, investir em estudos de
ambientes de marketing é essencial para o sucesso e a sustentabilidade das
organizações.
Foi possível destacar a importância de uma atuação estratégica da gestão de
pessoas como determinante para o sucesso organizacional. Pontos relacionados à
motivação e papel da liderança no processo, que impactam a qualidade de vida dos
profissionais, desenvolvimento do clima organizacional, fatores motivacionais entre
outros pontos que tornam a gestão estratégica importante para integração da visão
de trabalho entre a empresa Marfrig e seus colaboradores, no planejamento,
comunicação, valorização das habilidades e talentos, entre outros exemplos
abordados que mostram o quanto a liderança e motivação são fundamentais na
gestão estratégica de pessoas.
6. CONCLUSÃO

Por meio do desenvolvimento do Projeto Integrado Multidisciplinar IV, foi


possível destacar que sua realização possibilitou a compreensão acerca da
importância dos processos gerenciais para as organizações no cenário do mercado
de negócios atual.
Com o crescente dinamismo do mercado, as empresas têm buscado
estratégias eficazes para alcançar seus objetivos de negócios. Nesse contexto, o
marketing se tornou uma ferramenta crucial para a Marfrig, permitindo-lhe criar e
gerenciar a percepção dos consumidores em relação aos seus produtos e serviços.
No entanto, para que o marketing seja eficaz, é necessário que a empresa
desenvolva e valorize seus recursos humanos.
O desenvolvimento de recursos humanos é fundamental para garantir que os
funcionários estejam preparados para lidar com as demandas do mercado em
constante mudança. Através da formação e do desenvolvimento, a empresa pode
melhorar as habilidades e competências dos seus colaboradores, tornando-os mais
produtivos e capazes de contribuir para o sucesso da organização.
Além disso, as dinâmicas das relações interpessoais dentro das empresas
também são importantes para o sucesso do marketing. As relações interpessoais
podem influenciar a motivação, a satisfação e o desempenho dos funcionários, bem
como a imagem da empresa perante os clientes. Portanto, é fundamental que a
organização crie um ambiente de trabalho saudável e colaborativo, promovendo a
comunicação aberta e a resolução pacífica de conflitos.
Em conclusão, o marketing, o desenvolvimento de recursos humanos e as
dinâmicas das relações interpessoais são elementos interligados que contribuem
para o sucesso da Marfrig. Ao investir no desenvolvimento de seus funcionários e
promover um ambiente de trabalho saudável, a empresa pode melhorar sua
capacidade de criar e gerenciar a percepção dos consumidores em relação aos seus
produtos e serviços, garantindo assim um posicionamento competitivo no mercado.
7. REFERENCIAS

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