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INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

Professor: Adm. Walter Leitão

O AMBIENTE EMPRESARIAL

AMBIENTE ORGANIZACIONAL, GERAL OU


MACRO-AMBIENTE

A compreensão do macro-ambiente empresarial é fundamental


para os profissionais de qualquer área do conhecimento, posto que a sua
concepção abarca o que está fora de uma organização: as condições
climáticas e geográficas, as outras organizações, aspectos econômicos, o
grau de desenvolvimento de uma nação, condições essas que devem ser
analisadas e enfrentadas.
Os fatores que estão fora da organização jogam um papel
importante com o que se passa dentro dela, sendo simultaneamente
uma fonte de mudanças ou uma causa das condições existentes.
O macro-ambiente envolve todos os fatores pertencentes ao
ambiente externo que afetam a estrutura, a conduta e atuação dos
sistemas mercadológicos da empresa, tendo sobre ela grande impacto.
São fatores incontroláveis que exigem adaptações por parte da
empresa, a qual deve estudar seu caráter e não perder de vista seu
dinamismo e mutabilidade. Esse ambiente consiste em forças sociais
maiores que afetam todo o microambiente – forças demográficas,
econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e socioculturais.
Vamos conhece-las e entende-las:

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AMBIENTE NATURAL

O ambiente natural inclui recursos naturais que os profissionais


usam como insumos ou que são afetados pelas atividades de produção
ou marketing.
As preocupações ambientais cresceram muito nas duas últimas
décadas.
Os gestores precisam estar cientes da escassez de matérias-
primas, dos maiores custos de energia e níveis de poluição e da
mudança no papel das comunidades, empresas e dos governos no que
diz respeito à proteção ambiental.
Por mais que não queiramos ser radicais quanto a questões de
sustentabilidade, torna-se importantíssimo analisar as diversas situações
e propor alternativas.

AMBIENTE DEMOGRÁFICO

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O monitoramento do ambiente demográfico é de extrema
importância, considerando que pessoas representam mercados.
Os dados referentes ao crescimento populacional, a composição
etária, o nível de escolaridade, os padrões de moradia, as migrações
populacionais, os mercados étnicos devem ser analisados e pesquisados
exaustivamente, porque representam significativas modificações no
comportamento mercadológico.
Isto é, a fragmentação do "mercado de massa", dando vazão aos
"mini-mercados", que buscarão atender diferencialmente (e
seletivamente) por idade, ascendência étnica, localização geográfica,
estilo de vida.
As empresas estão abandonando a abordagem que tinha como
alvo o mítico consumidor médio, e cada vez mais desenvolvendo seus
produtos e programas de marketing para micro-mercados específicos.

AMBIENTE ECONÔMICO

O ambiente econômico demanda atenção, à medida que os


mercados também exercem poder de compra. As condições e as
mudanças atuais e previstas na Economia podem ter um impacto
profundo sobre a estratégia do gestor.
Um exame profundo dos fatores econômicos exige a mensuração e
a previsão das condições econômicas gerais do país, da região, estado e
município em que a empresa opera. Essas condições gerais incluem a

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inflação, os níveis de emprego e renda, as taxas de juros, os impostos,
as restrições comerciais, as tarifas e os estágios atuais e futuros do ciclo
dos negócios (prosperidade, estagnação, recessão, depressão e
recuperação).
Fatores econômicos igualmente importantes incluem as
impressões globais dos consumidores e sua habilidade e disposição de
gastar. A confiança dos consumidores (ou falta) pode afetar
sensivelmente o que a empresa pode ou não fazer no mercado.
Outro fator importante são os padrões de gasto atuais e previstos
dos consumidores no mercado-alvo da empresa. Se os consumidores
comprarem menos (ou mais) produtos da empresa, haveria importantes
razões econômicas para a mudança.

AMBIENTE SOCIO-CULTURAL

O ambiente sócio-cultural é constituído de instituições e outras


forças que afetam os valores básicos, as percepções, as preferências e
os comportamentos da sociedade.

Nós crescemos em uma sociedade específica que molda nossas


crenças e valores básicos, e absorvemos uma visão de mundo que
define nossos relacionamentos com os outros.

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No ambiente sócio-cultural os gestores devem compreender as
visões que as pessoas têm de si próprias, das outras pessoas, das
organizações, da sociedade, da natureza e do universo.
Eles precisam comercializar produtos que correspondam aos
valores centrais e secundários da sociedade e abordar as necessidades
das diferentes sub-culturas que existem dentro de uma sociedade.

AMBIENTE TECNOLÓGICO

Uma das forças que mais afetam a vida das pessoas é a


tecnologia. A tecnologia gerou maravilhas como a penicilina, a cirurgia
no coração e a internet.
É certo que gerou coisas muito destrutivas, como por exemplo, as
armas de destruição em massa.
A tecnologia é talvez a força mais significativa que atualmente
molda nosso destino.
Novas tecnologias para a fabricação de produtos são
desenvolvidas, o que gera grandes oportunidades de mercado. Novas
tecnologias indicam a possibilidade de novos mercados e os gestores
têm que estar atentos a isso.
A análise do impacto da tecnologia deve considerar: a rapidez dos
avanços tecnológicos, as ilimitadas oportunidades de inovações, os
investimentos em pesquisa e desenvolvimento e ampliação da legislação
sobre as mudanças tecnológicas.

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É imprescindível a compreensão das mensagens desse ambiente
mutante bem como o impacto das novas tecnologias no atendimento das
necessidades humanas.

AMBIENTE POLÍTICO-LEGAL

O ambiente político-legal, constituído por leis, ações dos órgãos


governamentais e grupos de pressão, exerce uma forte influência sobre
as empresas, demandando igualmente uma leitura adequada.
Em uma economia globalizada onde se constata o acirramento da
competitividade, e em muitos casos, da busca do lucro fácil, o
estabelecimento de legislação que afetam as empresas tende a
aumentar.
Basicamente são três os objetivos que norteiam as legislações
governamentais: a proteção das empresas, definindo e prevenindo a
concorrência injusta e desleal; a proteção dos consumidores das práticas
comerciais injustas; e a proteção do interesse da sociedade contra o
comportamento desenfreado das empresas.
Os gestores precisam ter um bom conhecimento das principais leis
que protegem a livre concorrência, os consumidores e a sociedade.
As empresas geralmente estabelecem procedimentos legais de
análise e promulgam padrões éticos para orientar seus gerentes de
marketing.
As agências reguladoras são órgãos governamentais que exercem
o papel de fiscalização, regulamentação e controle de produtos e
serviços de interesse público tais como telecomunicações, energia

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elétrica, serviços de planos de saúde, entre outros. Além disso, devem
garantir a participação do consumidor nas decisões pertinentes do setor
regulado.

Elas são criadas por leis e, entre as principais funções de uma


agência reguladora, estão:
- o levantamento de dados sobre o mercado de atuação,
- elaboração de normas disciplinadoras para o setor regulado,
- fiscalização dessas normas,
- defesa de direitos do consumidor,
- gestão de contratos de concessão de serviços públicos delegados
e
- incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios
naturais e desenvolvendo mecanismos de suporte à concorrência.

Matriz FOFA ou Matriz SWOT

Nas linhas abaixo, segue interessante texto, cujo autor é Gustavo Paulillo,
referente a esse tema:
Muitos empreendedores e gestores quebram a cabeça em busca de um
planejamento estratégico adequado. Isso porque querem definir
ações, objetivos, metas e iniciativas para direcionar a operação de seus
negócios. E nessa busca por uma direção a dar para sua empresa,
invariavelmente uma das ferramentas que surge em seu auxílio é a matriz
SWOT.
Nesse momento, logo vem à mente desses empreendedores e gestores
palavras como:
 forças, fraquezas, ameaças, oportunidades,
 ambiente interno e ambiente externo.

Afinal, praticamente todo mundo sabe que esses são elementos presentes na
análise SWOT de uma empresa.
Mas na hora de por tais conceitos em prática, muitas vezes percebem que não
sabem realmente como fazer uma matriz SWOT.

Na verdade, não existem grandes segredos em como fazer uma análise


SWOT. Aliás, ela foi criada em forma de matriz exatamente para facilitar
sua elaboração e análise. Porque, dessa forma intuitiva e que segue certas
regras de fácil aplicação, tudo se torna mais assertivo.

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Para ajudar você a entender cada uma das definições presentes na matriz
SWOT e, além disso, descobrir como fazer seu planejamento estratégico com
ajuda dessa poderosa ferramenta, escrevemos esta postagem de uma forma
bem esclarecedora.

Assim, por meio da leitura você aprenderá a fazer uma Matriz SWOT,
entenderá cada um de seus conceitos com explicações objetivas e saberá
como analisar as informações, tirar suas conclusões e definir suas estratégias
de negócio com a determinação de ações e iniciativas práticas.

Veja a seguir um passo a passo de como fazer uma análise SWOT, além da
definição de seus principais conceitos. A análise dos ambientes interno e
externo são fundamentais na matriz SWOT

4 conceitos importantes da análise SWOT e sua tradução: Forças,


Fraquezas, Oportunidades e Ameaças

O que é a matriz SWOT?


Antes de montarmos o passo a passo de como fazer uma matriz SWOT, vamos
entender os conceitos que são usados ao usar esta ferramenta de análise
estratégica.
Para começar, vamos traduzir a sigla SWOT: Strengths, Weaknesses,
Opportunities and Threats.

Essas palavras em português significam, respectivamente:


 Forças
 Fraquezas
 Oportunidades e
 Ameaças

Por isso, a matriz SWOT também é chamada de análise FOFA,


correspondendo às iniciais das palavras acima!
Agora é que vem o pulo do gato de como fazer uma análise SWOT e que
muitos não se atentam:

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A análise do ambiente interno é que determina suas forças e fraquezas.
A análise do ambiente externo é que possibilita a definição das
oportunidades e ameaças.

 Ambiente interno: usualmente o ambiente interno é definido como aquele


sobre o qual a empresa tem controle. Isto é, tem como agir sobre ele. É neste
domínio que você encontrará as forças e fraquezas de sua empresa.
Vamos explicar isso de forma mais clara: como o próprio nome diz, o ambiente
interno é tudo que “está dentro”, faz parte, se relaciona ou pertence a empresa.
Entenda isso de uma forma ampla, uma patente, por exemplo: ela não está
“dentro da empresa”, mas você tem controle sobre ela.
Portanto, todos os fatores sobre os quais é possível intervir são parte do
ambiente interno, como seu pessoal, maquinário, políticas de vendas,
tecnologias empregadas, softwares e sistemas de gestão, frotas de veículos,
rede de filiais, carteiras de clientes, a cultura organizacional, capacidade de
investimento etc.

Forças: elementos e características de seu ambiente interno que


representam uma vantagem sobre a concorrência.
Por exemplo: um hotel que tem uma excelente localização de frente para o
mar e com facilidade de acesso pode considerar isso como forças.
Da mesma forma, um hospital que tem um corpo médico extremamente
qualificado, assim como uma marca de roupas prestigiada e desejada pelo
público têm nessas características exemplos de forças.
Fraquezas: de forma análoga, as características e elementos de seu
ambiente interno que desfavorecem sua empresa em relação à
concorrência são suas fraquezas.
Imagine uma fábrica de alimentos enlatados que se localiza muito distante dos
grandes centros e por isso tem custos de transporte elevados; ou uma empresa
aérea que tem uma frota de aeronaves antiga e por esse motivo tem mais
gastos de manutenção e problemas de atrasos em seus voos.

Perceba que nesses dois exemplos a empresa tem controle sobre essas
fraquezas e pode tentar mudar isso de alguma forma, mesmo que seja algo
muito caro, como nesses dois casos.

O ambiente interno engloba fatores sobre os quais a empresa não tem


controle, como o clima, taxa de juros, mudanças de legislação, câmbio,
desastres naturais, políticas ambientais, guerras, embargos econômicos, crises
econômicas, eleições etc.

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Oportunidades: sempre que um fator externo cria um cenário
favorável para a empresa, ele representa uma oportunidade. Imagine
um hotel durante as Olimpíadas no Brasil e mesmo a companhia
aérea do exemplo anterior neste período dos Jogos. Isso é uma
excelente oportunidade!
Ameaças: todos os elementos ou conjunturas que criam
um ambiente desfavorável para a empresa (e sobre os quais a
empresa não tem controle) são ameaças para o negócio.
No caso do hotel, uma temporada de fortes tempestades e clima ruim são
ameaças, assim como o aumento do preço dos combustíveis e do dólar são
ameaças para a companhia aérea.

Sabe como fazer uma matriz SWOT com essas definições? Você deve
determinar como suas forças podem defender sua empresa das ameaças ou
potencializar suas oportunidades.
E, da mesma forma, que ações deve tomar para que suas fraquezas não
potencializem ainda mais as ameaças ou prejudiquem suas oportunidades.

Para isso, siga os passos abaixo.


Como fazer a matriz SWOT?
1. Defina suas forças.
2. Determine suas fraquezas.
3. Liste as oportunidades.
4. Enumere as ameaças.
5. Coloque os dados nos locais da planilha conforme a figura.
6. Faça as correlações entre os fatores da matriz e determine:
 Forças podem potencializar quais oportunidades.
 Forças podem combater quais ameaças.
 Fraquezas podem prejudicar quais oportunidades.
 Fraquezas podem potencializar quais ameaças.

Fonte de consulta:

Matriz SWOT: como fazer a análise estratégica de sua empresa


Autor: Gustavo Paulillo
Disponível em: https://www.agendor.com.br/blog/matriz-swot-como-fazer/ Acesso em:
30/04/2021

https://mundocarreira.com.br/sem-categoria/entenda-o-que-e-analise-swot-de-
uma-empresa/Acesso: 02/05/2021

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https://www.administracaoegestao.com.br/marketing-internacional/modulo-iii-
decidindo-em-que-mercados-entrar/analise-do-ambiente-empresarial/ Acesso:
05/05/2021

https://neilpatel.com/br/blog/ambiente-de-marketing/?lang_geo=br Acesso:
17/07/2022

https://www.dinamize.com.br/blog/publico-alvo/ 20/08/2022

https://www.consultoriaiso.org/analises-internas-e-externas-da-organizacao/
23/09/2022

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