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Cogito ou 1ª certeza

Texto: interpretação

«Mas, imediatamente, notei que, ao querer assim pensar que tudo era falso, eu,
que o pensava, necessariamente devia ser alguma coisa. E, notando que esta
verdade: Penso, logo existo, era tão firme e tão certa, que nenhuma das mais
extravagantes proposições dos céticos eram incapazes de abalá-la, julguei que
podia aceitar sem hesitação (scrupules), para primeiro princípio da filosofia
que procurava.

Seguidamente, ao examinar com atenção o que eu era, e vendo que podia supor
que não tinha corpo algum, e que não havia nenhum mundo nem lugar onde eu
estivesse, mas que, se deixasse, um momento, de pensar, ainda que tudo o resto
que imaginara fosse verdadeiro, compreendi, consequentemente, que eu era
uma substância, cuja essência ou natureza não é senão pensar, e que, para
existir, não precisava de nenhum lugar nem depende de coisa alguma material.
De maneira que este eu, isto é, a alma, pela qual sou o que sou, é inteiramente
distinta do corpo [...]»
Questões:

1- Descartes encontra o primeiro princípio da filosofia. Identifica-o.

2- Que tipo de substância é o cogito ?

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