Você está na página 1de 170

GENEA

Revista Capixaba de

Genealogia

I
Copyright © by Paulo Stuck Moraes
Revisão: Eliana Barbosa de Sousa
Identidade visual: José Roberto Vasconcellos
Capa: Priscila Guarnier

Alguns pesquisadores em atividade, no estado:


Adrianne Calmon
Aldo Andrich
Allysson Pinto
Berenice Heringer
Celso Luiz Caus
Diogo Andrade França
Douglas Puppin
Gabriel Augusto de Mello Bittencourt
Galbo Nascimento
Geraldo Magela Silva Araújo
Gerson Moraes França
Gilber Rubim Rangel
Glauro Gianordoli Giestas
José Eugênio Vieira
Juliana Sabino Simonato
João Luiz Castello Lopes Ribeiro
Lectícia Fundão Giestas
Lúcia Helena Albertasse Bravo
Luiz Busatto
Marcos Netto Andrade
Marcus Benatti Antonini Rangel Pimentel
Margarete Silva
Maria Lúcia Machens
Paulo Stuck Moraes
Regina Meneses Loureiro
Ricardo Rezende
Roberto Vandersee Spillari
Rogério Frigério Piva
GENEA

Revista Capixaba de

Genealogia

I
GENEA, Vitória, nº I, p. 09-169 , 2017
Dados internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
(Biblioteca Adelpho Poli Monjardim-Vitória,ES,Brasil))
________________________________________________________________________
GENEA : Revista Capixaba de Genealogia – n.1 (2017) .- Vitória , ES : , 2017-

169 p. ; 21 cm.

Semestral.

1. Genealogia – Espírito Santo (Estado) – Periódicos. I. Stuck Moraes, Paulo.

CDD 929.52
________________________________________________________________________

Genealogia Capixaba
Geneacapi.es@gmail.com
Editorial

A Genealogia é uma das ciências auxiliares da História e,


como tal, tem ajudado grandemente na solução de possíveis impas-
ses que surjam, ao se elaborar uma tese histórica.
No nosso estado ainda é algo estudado incipientemente,
por alguns abnegados que se dedicam, na maioria dos casos, a es-
tudos familiares, buscando conhecer suas origens, quem foram e o
que fizeram seus ancestrais, para honrá-los e tirá-los do esqueci-
mento da História e outros, muitos, no intuito de obter dupla cida-
dania, mas que, picados pelo “bichinho da Genealogia”, acabam
expandindo suas pesquisas, gerando vários títulos, como se pode
ver nas últimas páginas desta nova revista.
Este primeiro número (espero que muitos outros ainda pos-
sam ser editados) não traz nenhum trabalho genealógico, em si,
mas informações pertinentes à pratica da boa Genealogia, além de
relações de autores de grandes obras genealógicas, tanto no Brasil
como em Portugal.
Maria Lúcia Machens, com dois artigos, mostra os primei-
ros passos na Genealogia (Genealogia para principiantes) e dá no-
ções de Paleografia (Introdução à Paleografia), outra das ciências
auxiliares da História, a qual fornece instrumentos para conseguir
interpretar textos antigos, escritos manualmente, com suas nuan-
ces, abreviaturas e caligrafias das mais diversas.
Com “A Genealogia através do tempo” procuro fazer um
breve histórico da Genealogia desde os primórdios da civilização,
pois já na Bíblia havia estudos genealógicos, passando pelos prin-
cipais autores portugueses e nacionais, até chegarmos ao Espírito
Santo, onde ainda temos poucas publicações.
Em “Comentários aos Sistemas de Numeração em Genea-
logia”, Werner Mabilde Dullius explicita os vários sistemas de no-
tação genealógicos e suas vantagens e desvantagens. Cabe ao pes-
quisador decidir qual adotará, se faz anotações manuais. Os moder-
nos programas genealógicos suprimem essa escolha pois apresen-
tam as várias formas no seu bojo.
Os artigos restantes tratam de livros de cunho genealógico
publicados ao longo do tempo, quer em Portugal, quer no Brasil,
relacionando as grandes e clássicas obras do gênero.
Que este possa ser o primeiro de muitos números da revista
Genea. Que ela possa ser o motor de divulgação das inúmeras pes-
quisas realizadas dentro do estado, pelos vários pesquisadores que
pesquisam diuturnamente, pelos rincões deste pequeno grande es-
tado...

Paulo Stuck Moraes


Vitória – 15.V.2017
Sumário

-Genealogia para principiantes 9


Maria Lúcia Machens
-A Genealogia através do tempo 27
Paulo Stuck Moraes
-Comentários aos Sistemas de Numeração em Genealogia 37
Werner Mabilde Dullius
-Autores de Trabalhos Genealógicos Portugueses 69

-Fontes da Genealogia em Portugal 101


Augusto Ferreira do Amaral
-Obras genealógicas dos séculos XVII a XIX 111
Carlos de Almeida Barata
-Introdução à paleografia 127
Maria Lúcia Machens
-Biblioteca Genealógica Capixaba 165
Paulo Stuck Moraes (org.)
Genealogia para principiantes
Maria Lúcia Machens1

O que é genealogia? É o estudo da ascendência e descen-


dência de um indivíduo. É através da pesquisa dos antepassados
que a origem das famílias é resgatada, e com ela a sua identidade,
tradição e cultura. Pesquisar a sua origem não é uma tarefa simples,
nem rápida, é uma busca paciente e metódica de registros e docu-
mentação.

Muitas são as pessoas que se interessam por genealogia,


mas ficam intimidados em fazer pesquisas porque desconhecem o
caminho das pedras. Não sabem o que fazer, nem aonde começar a
sua pesquisa. Mesmo os indivíduos que já iniciaram uma busca ge-
nealógica acabam percebendo que não anotaram dados importan-
tes, porque inicialmente os consideravam supérfluos ou se esque-
ceram, porque estavam excitados ou cansados e só mais tarde se
dão conta de sua importância, sendo uma delas o cruzamento de
fontes.

Muitas vezes os dados coletados são provenientes da me-


mória de quem os relata, o que significa que pode gerar erros, que
se forem publicados, cristalizam esta falsa informação. É de ex-
trema importância anotar sempre a fonte dos dados: se a informa-
ção for obtida de uma pessoa, colocar sob fonte, o nome dela com-
pleto. Se for de uma obra, indicar o nome do autor e o título do

1
Genealogista. Associada colaboradora do Colégio Brasileiro de Gene-
alogia.
9
artigo, livro, entrevista ou pesquisa genealógica, com o máximo de
detalhes porque, pode ser que um dia precise consultar esta fonte
novamente para tirar dúvidas ou para citá-la em caso de publicação.

É mais comum do que se pensa, várias pessoas da mesma


família citarem datas diferentes de nascimento ou falecimento de
um parente. E por incrível que pareça, até um registro paroquial
pode, às vezes, conter uma informação errada, porque o pároco es-
tava distraído, cansado, emocionado, ou já tinha comemorado um
pouco demais. Até em arquivos cartoriais pode ocorrer um erro,
principalmente se for uma certidão de óbito, porque o declarante
geralmente é um familiar e está sob tensão. Até mesmo o escrivão
pode cometer erros. Se puder escolher, prefira sempre a certidão de
nascimento, o registro de batismo ou a certidão de casamento.

É importante saber, que na árvore genealógica, é o sobre-


nome de solteira da mulher que sempre é mencionado; pode–se
colocar em parênteses o sobrenome dela de casada, ou fazer uma
anotação deste detalhe. Antigamente era grande o número de espo-
sas que morriam no parto, portanto é comum encontrar mais de um
registro de casamento do marido, às vezes, até mesmo com a cu-
nhada.

É recomendável usar um programa de genealogia no com-


putador porque ele ajuda a manter a conexão entre os indivíduos à
medida que os novos dados vão sendo adicionados. Há famílias que
perpetuaram um nome, o repetindo sempre, em diversas gerações
e se não soubermos o nome do cônjuge ou a data de nascimento ou
falecimento, podemos em um momento de desatenção, adicionar
dados a uma pessoa que corresponde ao homônimo dela, e o uso
de um programa de genealogia ajuda a evitar que isto aconteça,
além de deixar a sua árvore organizada e bonita.

Partindo do princípio de que o leitor é um principiante em


genealogia, a melhor opção é começar com a sua certidão de nas-
cimento. Nela, além do dia, local e horário de seu nascimento, há
o registro do nome de seus pais e dos avós maternos e paternos.
10
Tente também obter as certidões de nascimento de seus pais, de
seus avós paternos e maternos. Desta maneira já pode continuar a
fazer a árvore genealógica. Repita os passos anteriores, uma vez
para o pai e outra para a mãe e depois para cada avô e avó. Continue
este processo até esgotar todas as fontes de informação. Se tiver
que solicitar uma certidão no cartório, peça uma segunda via que é
mais barata. Hoje em dia é possível solicitar a segunda via de uma
certidão de nascimento online.

Entre em contato com os seus familiares, principalmente


os mais idosos e pergunte a eles se conhecem “causos” e histórias
da família. Procure obter o máximo de informação possível. Se sua
família não for quatrocentona, pergunte se alguém sabe o nome da
cidade do antepassado que emigrou, indague se conhece alguma
ligação familiar desconhecida dos demais parentes, pergunte se al-
guém tem fotografias antigas e peça para identificar as pessoas nas
fotos. Se você for jovem e seus pais e avós ainda estiverem vivos,
peça a certidão de nascimento e casamento deles e tire uma fotocó-
pia desses documentos. Depois munida desses novos dados, dê
prosseguimento a busca dos antepassados deles.

Tipos de fontes e documentos e onde encontra-los

As fontes de dados mais comuns na genealogia são as:

Fontes familiares (tome cuidado porque ocasionalmente pode


ter informação errada! Se obtiver certidões pode cruzar os dados
de fontes familiares)
• Informações cedidas por familiares e amigos próximos

Fontes primárias (fonte original de informação)


• Registros civis, certidões de nascimento, casamento, óbito;
• Registros paroquiais: batizados, dispensas matrimoniais,
casamentos religiosos, registros em cemitérios, processos
de gênere e autos da Inquisição;
• Documentos: carteira de identidade, carteira de motorista,
título de eleitor, alistamento militar;
11
• Documentos cartoriais: emancipação de menores, testa-
mentos, inventários, escrituras de compra e venda, escritu-
ras de dívidas, escrituras de doações, adiantamento de le-
gítima, litígios, casamentos, divórcios, procurações;
• Documentos governamentais: registros de sesmarias, re-
gistro de concessão de terras, registros de nobreza, cartas
da Secretaria do Governo da Província ou Capitania, docu-
mentos do arquivo ultramarino, passaportes, censos, lista
de eleitores e atas eleitorais, livros de registros de prisões,
registros de patentes, registros financeiros, registro de es-
trangeiros (naturalização ou emigração);
• Documentos da Alfândega (manifestos dos navios e mui-
tos outros);
• Arquivos do exército;
• Registros e arquivos da Guarda Nacional;
• Arquivos da Marinha;
• Jornais: anúncios de casamento, batizado, óbito ou missa
de sétimo dia;
• Diários oficiais;
• Lista de passageiros;
• Livro de registros de hospedagem;
• Lista dos inscritos em cemitérios;
• Coleções particulares: fichas genealógicas publicadas por
pesquisadores, genealogistas ou historiadores;
• Registros de Ordens de Mérito e Condecorações;
• Devassas (inquéritos)

Fontes secundárias (fonte subjetiva)


• Artigos ou livros de genealogia;
• Diários;
• Livros de história;
• Biografias;
• Enciclopédias;
• Gravações;
• Entrevistas;

12
• Anais;
• Almanaques;

Pode-se pesquisar uma imensa gama de dados genealógicos nos


arquivos dos Mórmons, cujos funcionários microfilmaram mundi-
almente um grande acervo de registros de batismo, casamento,
óbito, cartões de emigração, dentre outros documentos. Confira nos
endereços eletrônicos abaixo:

Brazil Marriages, 1730-1955


https://familysearch.org/search/collection/1500709
https://familysearch.org/search/record/re-
sults?count=20&query=+givenname:”Immigration cards”~+re-
cord_country:brazil&collection_id=1500709

Family Search Catalog


https://familysearch.org/catalog-search

Também pode-se pesquisar em diversos periódicos armazenados


na Biblioteca Nacional, abaixo segue o passo-a-passo.

BIBLIOTECA NACIONAL - HEMEROTECA DIGITAL


http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/
http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx
Passo-a-passo
Clique na aba Pesquisa por Local
Selecione o estado em 1 – Escolha um local, por exemplo ES
Selecione Todos em 2 – Escolha um período
Selecione Todos em 3 – Escolha um periódico
Digite o nome (por exemplo, Motta) ou assunto (por exemplo,
aviso fúnebre) que deseja pesquisar em 4 – Digite para pesquisar
Clique em pesquisar
Abrirá uma nova página. Verifique do lado direito em ocorrências
os jornais que tem números acima de zero. Clique nele. Abrirá a
página do jornal com a notícia que deseja ler.

13
Se tiver várias ocorrências, surgirão várias pastas, clique na pasta
em cor verde.

Quando tiver uma pasta de arquivo de cor azul, clique em cima do


sinal + e surgirão diversas pastas, role o mouse até encontrar uma
pasta de arquivo verde e clique sobre ela, então aparecerá a notícia
que deseja ler.

Outra excelente fonte de pesquisa são os:


DIÁRIOS OFICIAIS
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/

Vários arquivos públicos disponibilizam a possibilidade de pes-


quisa em seus sites:

ARQUIVO PÚBLICO DA BAHIA – APEB


www.apeb.ba.gov.br

ARQUIVO PÚBLICO DO CEARÁ


www.secult.ce.gov.br/informap.htm

ARQUIVO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL


www.arpdf.df.gov.br

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


– APEES
Para consultar no APEES http://www.ape.es.gov.br/imigran-
tes/Imigra.aspx -
Passo-a-passo
1.Digite três iniciais do sobrenome, ou o sobrenome por inteiro que
deseja pesquisar, clique em FILTRAR e depois em pesquisar.
2.Aparece uma lista com nomes que iniciam com aquelas letras.
Selecione o sobrenome que lhe interessa e clique em pesquisar e
aparecerá a lista de indivíduos com aquele sobrenome ou daquele
grupo familiar.
3. Clique em pesquisar para acessar a origem e dados do imigrante.

14
ARQUIVO PÚBLICO DE JOINVILLE
Disponibiliza a lista de todos os emigrantes que chegaram na região
entre 1851-1902
Disponibiliza também interessantes informações sobre estes emi-
grantes.
http://www.arquivohistoricojoinville.com.br/Acervo/Acervos.htm

ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO – APM


Permite a consulta online das listas – originais - de imigrantes que
deram entrada na Hospedaria de Juiz de Fora entre os anos de 1888
a 1901.
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/imigrantes/se-
arch.php

ARQUIVO PÚBLICO DO PARÁ


www.arqpep.pa.gov.br

ARQUIVO PÚBLICO DO PARANÁ


Informa a relação de emigrantes por nacionalidade, sobrenome e
data de chegada.
Dica: digite a letra inicial do sobrenome que procura e aparece uma
lista com todos os sobrenomes que se iniciam com ela.
http://www.arquivopublico.pr.gov.br/

ARQUIVO PÚBLICO DE PERNAMBUCO


www.fisepe.pe.gov.br/apeje

ARQUIVO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO NORTE


www.ape.m.gov.br

ARQUIVO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL – APERS


Permite a consulta de documentos em diversas cidades do RS. Há
um ícone para consultas online situado no lado direito inferior (Sis-
tema de Administração de Acervos Públicos) Dica: quem quiser
pesquisar nos processos de habilitação ao casamento, após seleci-
onar os três itens necessários para realizar a pesquisa, digite a letra
15
A (ou qualquer outra letra) sob o espaço NOME, e surgirão todos
os processos disponíveis da cidade escolhida.
http://www.apers.rs.gov.br/portal/index.php

ARQUIVO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO


www.aperj.rj.gov.br

ARQUIVO GERAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


http://wpro.rio.rj.gov.br/arquivovirtual/web/

ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO


http://www.arquivoestado.sp.gov.br/imigracao/listas.php

ARQUIVO NACIONAL
http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgi-
lua.exe/sys/start.htm?sid=166
http://www.an.gov.br/sian/principal_pesquisa.asp?busca=multini-
vel/multinivel_consulta4.asp?v_codReferenciaPai_ID=567717

Como pesquisar no Arquivo Nacional online


http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cg-
lua.exe/sys/start.htm?sid=48

A pesquisa no Arquivo Nacional pode ser realizada de três formas:

Pesquisa Multinível: navega pela hierarquia dos níveis de des-


crição dos fundos coleções, associados ou
não às instituições que os custodiam

Pesquisa Livre: busca por termos presentes em campos-


texto dos registros, associando-os ou não
aos respectivos níveis de descrição e à
data

Pesquisa Avançada: busca informações por campos específi-


cos, tendo a chance de optar por até quatro
elementos combinados
16
A pesquisa no Arquivo Nacional é repleta de dificuldades desne-
cessárias, parece até que a finalidade é fazer com que o pesquisador
abandone a pesquisa; não desista, siga as instruções abaixo:
Passo-a-passo
Clique na lateral esquerda em Base de dados

Depois clique em SIAN (grifado em vermelho) no meio da página

Clique na lateral esquerda em Multinível – Fundos e coleções do


Arquivo Nacional

Clique nesta lateral no termo Pesquisa, várias opções de pesquisa


surgem. Escolha Multinível e clique

Você entra no nível 1 onde inicia a relação dos itens que o AN


disponibiliza online.

No pé da página direito clique em  para prosseguir para a próxima


página, clique em  novamente e role a página até chegar a opção
Divisão de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras e clique na
seta

Surge a opção Relações de passageiros em vapores, clique na seta

Clique na seta em frente do título Porto do Rio de Janeiro


para visualizar as relações de passageiros. Aparecerá uma lista com
diversos vapores. Para abri-las, clique sobre o ícone da lupa .

Abre uma nova guia, clique no canto superior direito sobre o ícone

arquivo digital

17
Esta guia é denominada Apresentação digital, clique novamente
na lupa

Surge uma lista em PDF. Salve esta lista em seu computador.

Outro site importante é o cartório 24 horas onde pode solicitar


certidões em todos os cartórios do Brasil http://cartorio24ho-
ras.com.br

Se você for descendente de portugueses e souber a cidade ou dis-


trito de origem de seus antepassados, pode pesquisar online em
Portugal nos sites abaixo:
Torre do tombo – registros paroquiais de Portugal e arquivos dis-
tritais de Portugal
http://tombo.pt/
http://www.quinta-do-mosteiro.com/linksparq.htm

ARQUIVO DISTRITAL DE LISBOA


http://digitarq.arquivos.pt/
http://tombo.pt/d/lisboa#H-D/003

ARQUIVO DISTRITAL DO PORTO


http://pesquisa.adporto.pt/

ARQUIVO DISTRITAL DE VILA REAL


http://www.advrl.org.pt/index.html

ARQUIVO DISTRITAL DE VISEU


http://digitarq.advis.arquivos.pt/

ARQUIVOS PAROQUIAIS DOS AÇORES


http://www.culturacores.azores.gov.pt/ig/registos/Default.aspx

ARQUIVOS REGIONAL DA MADEIRA


http://www.arquivo-madeira.org/homepage.php?lang=1

18
PROJECTO GERMIL (genealogia em registros militares)
http://arqhist.exercito.pt/germil/
http://arqhist.exercito.pt/

Outra possibilidade para pesquisar os emigrantes que chegaram no


Brasil é consultar nos sites abaixo:

MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO -


MEMORIAL DO IMIGRANTE
http://memorialdoimigrante.org.br

Lista de navios com emigrantes


https://sites.google.com/site/naviosimigrantes/links_listas
http://listadenavios.vilabol.uol.com.br/01_2005.html
http://www.immigrantships.net

Acervo sobre estrangeiros


http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgi-
lua.exe/sys/start.htm?sid=168
http://www.an.gov.br/sian/principal_pesquisa.asp?busca=multini-
vel/multinivel_consulta4.asp?v_codReferenciaPai_ID=567717
http://museudaimigracao.org.br/acervodigital/sobre.php
http://museudaimigracao.org.br/acervodigital/index.php
http://www.cepese.pt/portal/pt/investigacao/bases-de-dados/emi-
gracao/res_pesq_titulares
http://www.weber-ruiz.com/imigracao.html
http://www.arquivonacional.gov.br/me-
dia/v10_n2_jul_dez_1997.pdf
http://www.imigrantesitalianos.com.br/Listas_de_Passagei-
ros.html
https://familysearch.org/search/record/re-
sults?count=20&query=+givenname:”Immigration cards”~+re-
cord_country:Brazil

ESTRANGEIROS DE PIRAJU - fornece um resumo de 1373


processos de estrangeiros dessa cidade. Levantamento feito por

19
ANTONIO ALVES DA FONSECA. http://www.estanciapi-
raju.com.br/estrangeiros/estrangeiros.htm

Se quiser pesquisar na Itália os emigrantes italianos que vieram


para o Brasil, consulte a lista abaixo elaborada por BETANIA
BASSANI MITIDIERO SIMÕES

1. ABRUZOS, Chieti, Torricella Peligna - http://www.torricellape-


ligna.com/ - entre em Genealogy. Sem imagens, mas com muitas
informações sobre nascimentos, casamentos e óbitos.

2. ANCESTRY ITÁLIA - site pago em euros (pouco) -


http://www.ancestry.it/ - permite visualizar e salvar os documentos
originais. Contempla:

Titolo Raccolta*
Alessandria e Asti, Piemonte, Italia: Registri di stato ci-
vile, 1866-1938 N, M, D
Como e Lecco, Lombardia, Italia: Registri di stato civile,
1866-1936 N, M, D
Falerna, Catanzaro, Calabria, Italia: Registri di stato ci-
vile, 1810-1936 N, M, D

Lodi, Lombardia, Italia: Documenti anagrafici, 1866-1936 N, M, D

Palermo, Sicilia, Italia: Indice Atti di Nascita: 1876-1885 N, M, D


Pavia, Lombardia, Italia: Registri di stato civile, 1866-
1937 N, M, D

Siena, Toscana, Italia: Registri di Stato Civile, 1866-1937 N, M, D


Varese, Lombardia, Italia: Registri di stato civile1866-
1937 N, M, D
Verbano-Cusio-Ossola, Piemonte, Italia: Registri di stato
civile, 1870-1937 N, M, D
*N, M, D: Nascita, matrimonio e decesso

20
3. APULIA, Bari, Alberobello - http://www.italywgw.org/ar-
chive/alberobello/index.html - nomes, origem, ocupaçaõ , etc.

4. BASILICATA, Potenza, Tito - http://italianancestry.com/tito/ -


inicia em 1809 – transcriçaõ de nascimentos, casamentos e óbitos.

5. CALÁBRIA – Cosenza, Montalto Uffugo - http://www.cosen-


zaexchange.com/montaltouffugo/ - nascimentos, publicações de
casamentos (proclamas) e óbitos. A listagem de publicação de ca-
samentos abrange de 1875 a 1910. Clicando-se no sobrenome,
mostra-se o documento original.

6. CALÁBRIA - Cosenza, San Marco Argentano – http://www.co-


mune.sanmarcoargentano.cs.it/archivio/ind_arc.htm - casamentos,
nascimentos, óbitos. Sem imagens.

7. CALÁBRIA, COTONE, Verzino - CATANZARO, Petronà -


COSENZA, San Vincenzo La Costa - http://transcripts-on-
line.com/ - relação de nascimentos, casamentos e óbitos (sem ima-
gens), com nomes, datas e filiaçaõ .

8. CALÁBRIA – Catanzaro, Sersale - http://www.sersale.org/vi-


tal.htm - casamentos, nascimentos, óbitos. Sem imagens.

9. CALÁBRIA - Cosenza, Malito - http://www.gentree.org.br/ma-


lito/malito-1.htm - extraçaõ de microfilmes - nascimentos, casa-
mentos e óbitos á partir de 1810. Compilado por Renata Gagliardi
Dias.

10. COSENZA, Calábria, Marano Marchesato – http://www.roo-


tsweb.ancestry.com/~ilfmm/Data/marindex.html - nascimentos,
casamentos e óbitos – sem imagens.

11. COSENZA, Calábria, Marano Principato – http://freepages.ge-


nealogy.rootsweb.ancestry.com/~tenutafamily/mp_main.htm - ca-
samentos e óbitos.

21
12. CREMONA - Archivio di Stato di Cremona – http://www.ar-
chiviodistatocremona.beniculturali.it/?q=node/44 - Índices de nas-
cimentos, óbitos e cittadinanza, com imagens de boa resoluçaõ e
originais.
nascimentos,
casamentos,

13. FIRENZE - http://www.operaduomo.firenze.it/risorse/ - entrar


em REGISTRI BATTESIMALI. Inicia em 1450.

14. GORIZIA - http://archiviodistatogorizia.beniculturali.it/ri-


cerca_leva_form - Lista de leva - mostra boas informações: fi-
liação, nascimento, comune e descriçaõ física (inclusive dos den-
tes).

15. LOMBARDIA - http://ricerchefamiliari.lombardinel-


mondo.org/ - necessário inscrever-se. Atualmente pedem uma con-
tribuiçaõ . Entrar em BANCA DATI ARCHIVIO DI STATO
MANTOVA (ícone à frente do nome). Depois em ACCEDI. For-
nece nome, sobrenomes, filiaçaõ , data de nascimento e comune.

16. MANTOVA – Mantovani nel mondo - http://www.mantovani-


nelmondo.eu/index.php - necessário cadastrar-se. Entre em RI-
CHERCE FAMIGLIARI. No Menu Utente, do lado direito, boas
opções de pesquisa.

17. MINISTERO DELLA DIFESA - Caduti in Guerra


http://www.difesa.it/Ministro/Commissariato+Gene-
rale+per+le+Onoranze+ai+Caduti+in+Guerra/Rice rca_sepol-
ture.htm - mediante o sobrenome, relaciona os soldados italianos
mortos em combate durante a 1a Guerra Mundial. Fornece filiaçaõ ,
data e local de nascimento, data e local de óbito. Naõ encontrados
da 2a Guerra Mundial.

18. PIEMONTE, ASTI - Unione di Comuni Alto Astigiano -


http://www.altoastigiano.it/ - congrega os comuni de Berzano San

22
Pietro, Buttigliera d'Asti, Capriglio, Castelnuovo d'Asti (ora Cas-
telnuovo Don Bosco), Moransengo, Pino d’Asti e Primeglio-Schi-
erano (ora soppresso e incluso in Passerano Marmorito). Entre em
Banca dati storica della popolazione, do lado esquerdo. Fornece
nomes, datas e cidade de nascimento, casamento ou óbito.

19. SARDEGNA – Cagliari, Cagliari http://www.araldicasarde-


gna.org/genealogie/quinque_libri/indice_quinque_libri.htm - re-
laçaõ de batizados à partir de 1570. Apresenta registros da Catte-
drale di Cagliari e do quartiere Marina di Cagliari.

20. SICÍLIA – Palermo, Misilmeri - http://www.sicilianfa-


milytree.com/misilmeridatabases.html - relaçaõ de casamentos e
óbitos.

21. SICÍLIA, Palermo, Petralia Sottana – http://freepages.genea-


logy.rootsweb.ancestry.com/~petraliasottana/index.html - apre-
senta os índices originais de nascimento de 1885 e 1886.

22. SICÍLIA, Caltanissetta, Santa Caterina Villarmosa – http://fre-


epages.genealogy.rootsweb.ancestry.com/~itasicily/places/Santa-
CaterinaVallarmosa/vitals.htm - transcrição de nascimentos, casa-
mento e óbitos.

23. SICÍLIA, PALERMO, Termini Imerese – http://freepages.ge-


nealogy.rootsweb.ancestry.com/~itasicily/TI/ - transcrição e ima-
gens dos índices de nascimentos, casamento e óbitos de 1820 a
1822.

24.UDINE - http://www.friulinprin.beniculturali.it/ - entre em


Friuli in prin do lado inferior direito. Fornece até a descrição fiś ica.
Filiaçaõ , nascimento, casamento, etc.

25. VENETO – Padova, Boara Pisani – http://ma-


tera.site.voila.fr/Malerba/elenco_emigranti_in_brasile_di_b.htm -
elenco de imigrantes provenientes deste comune.

23
26.VENETO - http://www.emigrazioneveneta.com/secondo.php -
muito bom para quem tem imigrantes originários desta região. For-
nece nome, filiação, data de nascimento, província de origem e, em
muitos casos, data de imigração e local de destino.

27.VENETO, Treviso - http://www.archiviodistatotreviso.benicul-


turali.it/basididationline.htm - lista de leva. Permite o acesso a
várias informações: nome, filiação, comune de nascimento, data,
profissão.

28. VENETO, Verona, http://archivio.comune.verona.it/nqcon-


tent.cfm?a_id=8738 – permite visualizar e salvar as páginas do
RUOLO DELLA POPOLAZIONE. Dica – no espaço para o sobre-
nome, coloque apenas algumas letras; à frente do espaço para o
Cognome, escolha Qualsiasi parola. Permite pesquisar mesmo sem
sabermos a grafia correta do sobrenome.

29. http://www.cariniexchange.org/Comune.html - Inúmeros links


para várias comuni e, em muitas, informações sobre nascimentos,
casamento e óbitos. Também sobre o Catasto Onciario.

30. http://www.sersale.org/comunes.htm - transcrição de registros


de várias comuni de diversas provin
́ cias.

31. CALÁBRIA, Cosenza - http://88.59.143.158/ascs_web/con-


sulta_noaut/a_ris_anag.faces;jsessio-
nid=3F156F335A7727B27A15296094BD482C.node1 permite a
consulta online pelo sobrenome, em várias comuni (Alessandria
Del Carretto, Castrovillari, Laino Borgo, Cerchiara Di Calabria,
Paola, Cosenza, Morano Calabro, San Fili, etc). Tem em muitos
casos, imagens originais dos documentos. Necessita cadastro (gra-
tuito).

32. PADOVA e ROVIGO - http://archivi.beniculturali.it/ASPD/in-


dex.htm - para listas militares. Sem fotos. Cadastro gratuito.

24
Há também um site com diversas informações de emigrantes itali-
anos
http://www.imigrantesitalianos.com.br/
http://genealitalia.com/index.html registros online

Se deseja pesquisar os antepassados alemães no Brasil acesse o ar-


tigo no link abaixo
http://www.dw.com/pt/genealogia-alemã-fontes-de-pesquisa-no-
brasil/a-1231574
http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/paginas/genealogia
http://www.genealogiars.com/acervos

Caso queira pesquisar os registros civis e paroquiais na França


http://fr.geneawiki.com/index.php/Archives_en_ligne

Espero ter despertado no leitor uma vontade louca de pesquisar as


suas origens e desejo boa sorte!

25
26
A Genealogia através do tempo2

Paulo Stuck Moraes3

A Genealogia nasceu com o Homem. Nada mais explícito.


O indivíduo casa e tem seus filhos, que também se casam, tem seus
netos, que também...
Está iniciada a árvore genealógica4 familiar.
Já no livro do Gênesis iniciam os Hebreus os registros ge-
nealógicos. Claro que não são como os de hoje, pois seguem apenas
a linha masculina, raramente citando a mãe das personagens elen-
cadas na árvore. A Bíblia está cheia de árvores genealógicas, desde
o Pentateuco 5 até os Evangelhos, apresentando, inclusive, duas

2
Publicado originalmente em “Tópicos de Genealogia Capixaba”, pgs.
13 a 20 (2012). Edição do autor. Revisto e ampliado.
3
Historiador e genealogista. Associado colaborador do Colégio Brasi-
leiro de Genealogia. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Es-
pírito Santo.
4
Árvore genealógica é o resultado da descendência de um indivíduo, par-
tindo-se do mais distante no tempo para os mais recentes. Em geral, de-
veria conter TODOS os descendentes do indivíduo iniciador, quando pos-
sível localiza-los.
5
Conjunto dos primeiros cinco livros da Bíblia, cuja autoria é atribuída
a Moisés.
27
versões6 para a árvore de costados7 de Cristo. Mesopotâmios, egíp-
cios, gregos e romanos também prezavam seus ancestrais, man-
tendo registros das descendências e entrelaçamentos familiares.
Os europeus herdam a prática, havendo desde longos sécu-
los, primeiro entre os cronistas e depois entre genealogistas,
mesmo, o interesse nas descendências e interligações familiares.
A partir do século XIX, a História passou a ser mais nor-
matizada e sempre se socorreu em ciências ditas auxiliares, e a Ge-
nealogia adquiriu esse status pelos diversos “serviços” prestados
aos historiadores, desde aquele tempo.
O mesmo século XIX vê surgir, nos Estados Unidos, uma
nova religião, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias8, conhecida como Mórmons. Um de seus dogmas é a possibi-
lidade de salvação e batismo, mesmo depois da morte, dos parentes
do seguidor da religião. Para facilitar esse trabalho de conversão,
membros da Igreja percorrem o mundo, microfilmando livros de
batizados, casamentos e óbitos, onde quer que os encontrem e ob-
tenham permissão para o fazerem. Assim, o dogma de uma religião
tornou-se a maior fonte de pesquisa em fonte primária existente no
mundo, pois os arquivos da Igreja, localizados em Salt Lake City,
vinculados à Sociedade Genealógica de Utah9, comportam milhões
de microfilmes (só em língua portuguesa estima-se que existam
cerca de dois milhões de microfilmes). Esse imenso arquivo vem
sendo disponibilizado aos poucos, on-line, pela Internet, no ende-
reço eletrônico https://www.familysearch.org/, que abre várias op-
ções de pesquisas.

6
Mateus (1:1-17) nos dá uma genealogia sucinta, atingindo até Abraão
em 3 grandes grupos de 14 ancestrais. Lucas (3:23-38), no entanto, segue
uma linha mais longa, chegando até Adão.
7
Árvore de costados é o resultado da ascendência de um indivíduo, par-
tindo-se do mais recente para os mais antigos. Trata, apenas, dos ances-
trais diretos, não contemplando sequer os irmãos do indivíduo iniciador.
8
Atualmente sediada em Salt Lake City, no estado de Utah, foi fundada
em 1830.
9
Fundada a 13 de novembro de 1894.
28
Em terras portuguesas, nos primeiros séculos após a fun-
dação do reino português, em 1139, já haviam abnegados descre-
vendo as origens das principais famílias do novo reino. Na época
medieval, ainda durante a dinastia de Borgonha10, surgem os três
primeiros e principais livros de linhagens, também chamados de
nobiliários, que, além de servir para identificar consanguinidade
nos casamentos, podia resguardar direitos hereditários e manter
viva a memória de feitos da nobreza que se iniciava. Também po-
diam justificar a concessão de títulos e terras, pois comprovavam a
origem nobre do cidadão. São eles: O Livro Velho de Linhagens
(entre 1270 e 1285), o Livro de Linhagens do Deão (c. de 1337) e
o Livro de Linhagens11 do Conde D. Pedro (compilado entre 1340
e 1344). Os dois primeiros, ainda sem autor seguramente identifi-
cado, mas o terceiro foi compilado por D. Pedro Afonso, Conde de
Barcelos12.
O renascimento português não impede a continuidade de
trabalhos genealógicos de vulto, surgindo, em meados do século
XVI, o Livro das Linhagens Novas, de Damião de Góis13, em con-
tinuação ao livro do Conde D. Pedro, e, na segunda metade do sé-
culo XVII, a monumental Pedatura Lusitana, escrita por Cristó-
vão Alão de Moraes (1632-1693), em 12 volumes e obra de refe-
rência para a genealogia portuguesa.
No reinado de D. João V (1706-1750), temos a monumen-
tal obra de D. Antonio Caetano de Souza14, na qual se destacam,
entre outras, Memórias históricas e genealógicas dos Grandes de
Portugal (1739), que teve duas reedições ainda em vida do autor,
e, 1742 e 1757, Série dos reis de Portugal, reduzida a taboas ge-

10
Reinou em Portugal entre 1139 e 1383.
11
Considerado o mais importante nobiliário medieval e um marco na li-
teratura portuguesa
12
Filho bastardo do rei D. Dinis (1261-1325), viveu entre 1287 e 1354.
13
Historiador e humanista português, de origem flamenga (1502-1574)
14
Um dos fundadores da Academia Real de História Portuguesa (1720),
o padre Antonio (1674-1759), era conceituado escritor, bibliógrafo e ge-
nealogista português.
29
nealógicas, com uma breve notícia histórica (1743), História Ge-
nealógica da Casa Real, obra monumental em 13 volumes. Essas
são as principais, mas o legado de D. Antonio é bem mais extenso.
Outra grande obra monumental portuguesa, de referência
obrigatória é o Nobiliário das Famílias de Portugal, composta de
33 volumes, e escrita Manoel José da Costa Felgueiras Gayo 15, no
início do século XIX. Seu manuscrito foi doado à Santa Casa de
Misericórdia, e ali permaneceu até meados do século XX, quando
foi finalmente editado. Tal obra, dada sua magnitude, só teve mais
uma edição, já em fins do século XX. Hoje já é possível obtê-la em
arquivo eletrônico, que ocuparia um universo de mais de 5.500 pá-
ginas, se fosse impresso.
Essa facilidade da informática e, na sua continuidade, da
Internet tem proporcionado a divulgação de diversos trabalhos an-
tigos que não estariam disponíveis facilmente, não fossem as faci-
lidades hoje encontradas. Assim é que podemos obter, em arquivos
de diversos formatos várias obras genealógicas, tais como o Nobi-
liário da Ilha da Madeira, de Henrique Henriques de Noronha16,
Fenix Angrense, do padre Manoel Luiz Maldonado17, Genealo-
gias da Graciosa, de Mateus Machado Fagundes Azevedo, todas
executadas por volta do início do século XVIII, referentes às ilhas
oceânicas portuguesas da Madeira e dos Açores, de grande inte-
ressa para as genealogias brasileira.
Para que pesquisa suas origens lusitanas, hoje não é mais
necessário ir a Portugal para tal. Os arquivos distritais portugueses
detém em seu acervo a grande maioria dos livros eclesiásticos (de
batismos, de casamentos e de óbitos, além de habilitações de gê-
nere e testamentos). Para facilitar ainda mais as pesquisas em ar-
quivos portugueses, podemos utilizar a excelente página Tombo.pt
(http://www.tombo.pt) que reúne em um único “site” os atalhos

15
Juiz em Barcelos. Viveu entre 1750 e 1831.
16
Nasceu em 01.03.1667, em Câmara dos Lobos e faleceu em 26.04.1730,
Em Funchal. Membro da Academia Real de História
17
Nasceu em 08.09.1644, em Angra do Heroísmo, onde faleceu em
24.10.1711, Historiador, genealogista, sacerdote e militar.
30
para os arquivos distritais, paróquias e livros existentes, permitindo
ao pesquisador, sem sair de casa, montar sua árvore genealógico,
desde que tenha os elementos necessários a essas pesquisas. São
mais de 200.000 livros cadastrados com um bom número já dispo-
nibilizado on-line.
Apesar de toda evolução tecnológica ainda existem obras
inéditas, não disponíveis ao grande público pesquisador. É o caso
do inédito Famílias de Portugal, de Jacinto Leitão Manso de Lima
(1690-1753), escrita entre 1720 e 1743 e é composta de 45 volumes
de manuscritos, depositados na Biblioteca Nacional portuguesa, à
espera de abnegados para trazer à luz seu imenso conteúdo.
O século XX traz trabalhos mais localizados, escolhidas
localidades, certas famílias, não havendo nenhuma obra monumen-
tal como as dos séculos anteriores.
No Brasil, também temos três grandes obras genealógicas,
ainda ao tempo do Brasil-colônia, que são consideradas clássicas.
Catálogo Genealógico das principais famílias que procedem de
Albuquerques e Cavalcantis em Pernambuco e Caramurus na
Bahia, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão 18 (1695-1779),
terminada por volta de 1768, e centrada, como o próprio título diz,
entre Pernambuco e Bahia, a Nobiliarquia Paulistana Histórica e
Genealógica, de Pedro Taques de Almeida Paes Leme 19 (1714-
1777), iniciada em 1742 e que dedica-se a cerca de 140 famílias de
colonizadores de São Paulo, e a Nobiliarquia Pernambucana, de
Antonio José Vitoriano Borges da Fonseca20 (1718-1786), escrita
entre 1748 e 1777, voltada para famílias pernambucanas.

18
Somente foi impressa em 1889, na Revista do Instituto Histórico e Ge-
ográfico Brasileiro. Jaboatão, além de genealogista, foi frade francis-
cano e historiador, como comprova sua obra bibliográfica.
19
Estando em Lisboa por ocasião do terremoto de 1755, teria perdido
cerca de dois terços da sua obra máxima. Além de genealogista foi militar
e historiador, tendo concluído várias obras de cunho histórico. Era des-
cendente de Brás Cubas, o fundador de Santos-SP.
20
Publicada parcialmente em 1883 pelo Instituto Arqueológico, Histó-
rico e Geográfico de Pernambuco. Em 1935, foi publicada a íntegra do
31
Assim como Portugal apresenta, no início do século XIX,
uma monumental obra genealógica, também no Brasil isso acon-
tece, já no início do século XX. Ampliando e retificando alguns
pontos da Nobiliarquia Paulistana, de Pedro Taques, do século
XVIII, são publicados, entre 1903 e 1905, os nove volumes da Ge-
nealogia Paulistana, obra também monumental escrita por Luiz
Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)21. Esta obra teve um acrés-
cimo de dois volumes em 2002, a ser editada eletronicamente, sob
a coordenação da pesquisadora paulista Marta Amato.
No âmbito dos estados, temos obras de vulto como a obra
de Carlos Grandmasson Rheingantz22 (1915-1988), que, entre tan-
tos estudos genealógicos, publicou Primeiras famílias do Rio de
Janeiro, entre 1965 e 1967, a Genealogia Mineira (em cinco vo-
lumes), de Arthur Vieira de Rezende e Silva23 (1868-1945), publi-
cada entre 1937 e 1939 e, do cônego Raimundo Octávio da Trin-
dade (1883-1962), com a obra Velhos Troncos Mineiros, publi-
cada em 1955.
O paulista Antônio Henrique Bittencourt Cunha Bueno
(1949) e o carioca Carlos Eduardo de Almeida Barata (1957), ge-
nealogistas de escol, lançaram há alguns anos (entre 1999 e 2001)
o extenso Dicionário de Famílias Brasileiras, obra de fôlego com
mais de 5.000 páginas. Não propriamente uma obra genealógica,
contém muitas informações que podem se tornar ponto de partida
para a execução de pesquisas genealógicas.
Nos últimos anos foram lançados monumentais volumes
componentes da Coleção Borges da Fonseca, assim denominada
ao grande genealogista pernambucano do século XVIII. Voltada
principalmente para próceres do Pernambuco, obviamente atinge
outros estados, vez que a mobilidade populacional acaba por levar

manuscrito remanescente, tido como completo. Borges da Fonseca, como


os anteriores, era militar e historiador, tendo deixado várias obras histó-
ricas.
21
Silva Leme era engenheiro e conceituadíssimo genealogista.
22
Fundador do Colégio Brasileiro de Genealogia, em 1958.
23
Político e jornalista, além de genealogista.
32
a vasta descendência a outras paragens. Até o momento, foram lan-
çados cinco dos dez volumes previstos.
No âmbito local, em que pese a obra Reminiscências
(1951) de Orminda Escobar Gomes (1875-1974), que tem alguns
tópicos genealógicos, em 1965, Joaquim Pires do Amorim (1917-
?) intentou escrever um livreto sobre genealogia capixaba, cha-
mado exatamente Genealogia Capixaba, mas centrado, em grande
parte, nas famílias da região de Cachoeiro de Itapemirim, e na sua
própria. Não seguiu normas técnicas da genealogia da época, mas,
trata-se de uma fonte inicial para aprofundamento de pesquisas.
Depois dele, apenas nos anos 1980 começaram a surgir
pesquisas mais aprofundadas, primeiramente voltadas para imi-
grantes italianos, onde o trabalho pioneiro de Douglas Puppin24, Do
Vêneto para o Brasil (1981), que alinhavou várias famílias italia-
nas que se fixaram na região de Alfredo Chaves (ES), inaugura uma
era onde o interesse maior acaba sendo a obtenção de dupla cida-
dania, mas acaba gerando vários trabalhos aprofundados sobre a
imigração e genealogia italiana.
Muitos outros trabalhos vieram se juntar ao trabalho pio-
neiro de Douglas (ele mesmo lançou vários outros), desencadeando
uma série de publicações em livros e pela internet, que se popula-
riza, ao final dos anos de 1990. E não só italianos são pesquisados.
Alemães, poloneses e outras nacionalidades também vão ganhando
pesquisas das árvores familiares25.
O final do século passado já mostra alguns pesquisadores
enveredando pelas origens familiares aqui mesmo no Espírito
Santo: Antonio Carlos Sant’Anna Gomes (Cariacica), Carlos
Magno Rodrigues Bravo (1951-2002) (Alegre e região), Galbo Be-
nedicto Nascimento (Serra), Glauro Gianordolli Giestas (Afonso
Cláudio), João Luiz Castello Lopes Ribeiro (Serra e Vitória), Letí-
cia Fundão Giestas (São Mateus), Luci Helena Albertase Bravo

24
Conceituado médico dermatologista.
25
Ver uma relação de obras lançadas, no final do livro;
33
(Alegre e região), continuando as pesquisas iniciadas com seu ma-
rido Carlos Magno (citado acima), Marcos José Andrade Neto
(Serra, Nova Almeida, Vila do Riacho), Marcus Benatti Pimentel
(Viana e Vitória), Maria Lúcia Machens (São Mateus) são pionei-
ros em pesquisar as origens locais, atingindo final do século XVIII
e início do XIX, em muito auxiliados pelos microfilmes dos Mór-
mons, que colocaram à disposição livros eclesiásticos aos quais
não se teria acesso, pelas vias normais.
E foram evoluindo as pesquisas.
O novo século trouxe novos pesquisadores às lides genea-
lógicas, como Gerson Moraes França (Mimoso do Sul), Juliana Sa-
bino Simonato (Castelo), Margarete Silva (Cariacica), Regina de
Menezes Loureiro (Itaguaçu e Itarana), Ricardo Rezende (Família
Rezende), Rogério Frigério Piva (Nova Venécia e São Mateus),
além de vários neófitos que vem surgindo, nos últimos anos.
A par desses pesquisadores temos outros que divulgam
suas pesquisas on-line, como é o caso de Aldo Andrich, pesquisa-
dor das famílias italianas de Santa Teresa, que mantém página na
Internet denominada Genealogia da Família Andrich e outras fa-
mílias originárias de Santa Teresa, no endereço eletrônico
http://www.familiaandrich.com/.

Ainda não foi possível o lançamento de uma obra monu-


mental, ao nível da Genealogia Paulistana, de Silva Leme, ou
mesmo, Primeiras famílias do Rio de Janeiro, de Rheingantz, mas
já existem subsídios para tal, incluindo-se aí, as genealogias de imi-
grantes. É questão de tempo (e, também, de financiamento), a exe-
cução de um projeto maior, que englobará, em uma grande obra,
uma boa parte das genealogias já pesquisadas no Estado.
Documentação e critério para determinar a fonte são essen-
ciais para uma boa genealogia. A obtenção de dados completos é o
desejável, mas isso nem sempre é possível. Por dados completos
entenda-se filiação, datas e locais de nascimento, casamento e óbito
(quando for o caso), os mesmos dados para o cônjuge e filhos, além

34
de alguns dados biográficos, principalmente se o pesquisado teve
destaque na vida social e política.
A popularização dos meios eletrônicos trouxe a comodi-
dade de programas específicos para genealogia, que editam relató-
rios em pouquíssimo tempo, além de facilitar a interligação de fa-
mílias que ficariam esparsas, não fossem os instrumentos de busca,
que identificam rapidamente um cadastrado, quando este já existe
no arquivo.
Essas ferramentas têm facilitado e feito crescer as pesqui-
sas nesse campo, desvendando mais o passado familiar, e, às vezes,
até resolvendo detalhes históricos antes insolúveis ou não facil-
mente identificados.

35
36
Comentários aos Sistemas de
Numeração em Genealogia
Werner Mabilde Dullius26

Introdução
Existem basicamente dois tipos de árvores genealógi-
cas: a árvore de ascendentes e a árvore de descendentes.
A árvore de ascendentes, ou também árvore de costa-
dos, ou árvores genealógicas inversas, é, como já diz o nome,
a árvore formada pelos antepassados - pais, avós, bisavós, tri-
savós, tetravós, etc., de um indivíduo. Ela parte da data re-
cente e vai para a data antiga e é a árvore particular que se
refere somente a um indivíduo.
A árvore de descendentes, ou também árvore de gera-
ção, ou árvore genealógica direta, também, como diz o nome,
é a árvore formada pelos filhos, netos, bisnetos, trinetos, te-
tranetos, etc. de um indivíduo. Ela parte da data antiga e vem
para a data recente. É a árvore coletiva de vários indivíduos
que têm um ancestral em comum.
Essas árvores têm estruturação diferenciada.
A de ascendentes é geométrica, racional, porque para
cada filho há dois pais, quatro avós, oito bisavós, dezesseis
trisavós e assim por diante. A cada geração que se recua te-
mos o dobro de antepassados.

26
Sócio -fundador do INGERS

37
A de descendentes é orgânica e aleatória, pois que
cada casal terá um número aleatório de filhos.
A genealogia tradicional distingue duas formas de re-
presentar os trabalhos genealógicos: por árvores, que são con-
sideradas tão somente os gráficos, e os tratados ou títulos, que
são a parte descritiva das árvores. Nós, porém, entendemos
como árvore o trabalho genealógico completo, o tratado,
como a parte analítica, e o gráfico como a parte sintética.
A árvore analítica, como diz o nome, trata de cada um
dos membros da árvore ao detalhe, dando dados de sua vida,
fazendo sua biografia.
A árvore gráfica contém somente o nome do inte-
grante da árvore, na sua posição relativa, e pode ser simples-
mente esquemática ou ser enriquecida com acréscimos gráfi-
cos, transformando-a em uma representação artística.
Para que possamos identificar os diferentes membros
de uma árvore, é necessário que lhes atribuamos endereços
ou códigos que nos permitam posicioná-los devidamente.

1 - Sistema para árvores de ascendentes - A notação


de Sosa-Stradonitz
Os endereços ou códigos utilizados na árvore de as-
cendentes são numéricos e foram utilizados primeiramente
pelo sábio franciscano português Jerônymo de Souza (?-
1711), que os fundamentou e os utilizou em seus trabalhos
genealógicos em 1676, esse mesmo método foi retomado em
1898 pelo genealogista e heraldista alemão Stephan Kekule
von Stradonitz (1863-1933), quando esse publicou o seu Ah-
nentafel Atlas e que, desde lá tornou-se de uso universal sob
o nome de notação de Sosa-Stradonitz. Também é chamado,
equivocadamente, de numeração de ahnentafel. Funciona da
seguinte maneira: Dá-se ao indivíduo base ou probandus o
número 1 e ao pai deste o dobro de seu número, ou seja, 2 e
a mãe o dobro mais um, ou seja, 3 e assim por diante.
38
Pode-se observar que este tipo de árvore é infinito e
contínuo, o que permite indefinidos acréscimos sem perturbar
sua rigorosa estrutura. Observa-se que todas as mulheres têm
um número ímpar e os homens par.
Esse tipo de notação é tão racional que nos permite, à
primeira vista e, com alguma reflexão, saber que o nosso an-
tepassado que nesta árvore recebe o número 123 é mulher,
mãe do número 61, que também é mulher e mãe do 30, que é
homem, que é pai do 15, que é mulher e mãe do 7, que tam-
bém é mulher e mãe do 3, que é a mãe do probandus. Pode-
remos adotar um método mais sofisticado e complicado e di-
zer que 123 é a mãe da mãe do pai da mãe da mãe da mãe, e
consequentemente dizer que 61 é a mãe do pai da mãe da mãe
da mãe, porém isso já na sexta geração de antepassados do
probandus como o 123 fica uma notação deveras difícil de
manusear e sem resultados práticos.
Mesmo que adotássemos, para 123, a notação
MMPMMM, ela seria quase uma notação binária, muito difí-
cil de ser compreendida.

1.1 - Vantagens e Desvantagens


Essa notação é utilizada internacionalmente e se
presta admiravelmente para os arquivos eletrônicos. Qual-
quer programa de banco de dados digere, sem problemas,
uma entrada de dados desse formato, porque tem a virtude
matemática da uniformidade conceitual, possibilitando a rá-
pida localização do membro na árvore e simplificando a rela-
ção estrutural entre as partes do todo. Usando ou não um com-
putador, esse é o sistema de numeração adequado para árvo-
res de costado.
O problema maior que pode apresentar o sistema é o
advindo do implexo de antepassados (vide Forst de Battaglia
- uma mesma pessoa ocupando mais de uma posição na ár-
vore de ascendentes). Pelo sistema Sosa-Stradonitz ocorreria
39
a dupla numeração da mesma pessoa e, consequentemente de
todos os antepassados daquela. As duas linhas de antepassa-
dos que confluíssem a um mesmo indivíduo acarretariam a
duplicação do banco de dados sob números diferentes e, mais
desastrosamente ainda, a possibilidade de dados divergentes
pela consulta de fontes diferenciadas para cada versão que
não tivessem a consistência necessária ao rigor exigido pela
atividade de pesquisa.

1.2 - O "sistema" Callery.


Baseada no sistema de Sosa-Stradonitz a notação pro-
posta por Callery baseia-se na constatação de que a décima
geração é o limite usual da pesquisa genealógica e restringe-
se a um sistema de apresentação que se utiliza dos números
de Sosa-Stradonitz até a décima geração quando o número de
antepassados nesta geração é de 512 pessoas. Callery propõe
a numeração destes antepassados naquela geração, os pater-
nos de 1 a 256 e os maternos de 257 a 512, ambos de forma
inversa onde o 256 é o pai e 257 é a mãe do probandus e o
desdobramento das árvores de costados de cada um deles na-
quela décima geração faça-se separadamente. É, na realidade,
um conjunto de gráficos de linhagem onde, com 64 páginas
de pequeno formato, podem-se apresentar todos os antepas-
sados até a décima geração, sendo que nessa última geração
apresentam-se oito antepassados. Vg.:

40
1.3 - Vantagens e desvantagens.

Obviamente, é apenas um recurso de apresentação e


não um sistema de numeração propriamente dito, apesar da
confusa inversão da numeração de Sosa-Stradonitz. Pode-se
fazer as tabelas gráficas sem consignar essa numeração inver-
tida, o que torna esse "sistema" perfeitamente supérfluo. Con-
sideramos ele nesta apreciação tão somente para conheci-
mento, uma vez que pode alguém deparar-se com um gráfico
desta feitura. Esse "sistema", ao que parece, só foi utilizado
na França.

2 - Sistemas para árvores de descendentes

2.1 - Considerações preliminares


Os endereços ou códigos utilizados para a notação de árvores
de descendentes são de natureza muito diversa da árvore de
41
ascendentes, pois que a de descendentes é aleatória orgânica,
como dissemos anteriormente. Cada descendente poderá ou
não ter filhos, poderá ter filhos de mais de um casamento e o
número destes filhos será muito variado.
A formulação da notação, em função do objeto, ob-
serva duas questões básicas: a) a ordem cronológica dos
acréscimos; b) a ordem hierárquica dos filhos.
Na ordem cronológica, a notação será de um tombo,
pois que cada qual chega ao seu tempo no seio familiar. Essa
notação não será, certamente, prática para se ter uma visão do
conjunto familiar, uma vez que não dispõe de forma organi-
zada o quadro de descendentes, pois que a ordem de nasci-
mento dos netos não é, necessariamente, a ordem de nasci-
mento dos filhos.
Na ordem hierárquica a notação coincidirá com o
tombo tão somente na primeira geração de descendentes,
sendo, daí em diante divergentes e, em casos, opostas. A no-
tação hierárquica facilita a visão da estrutura familiar por ra-
mos, podendo ser seccionada por troncos para facilitar a com-
preensão nas árvores extensas.
A aparente contradição existente entre as duas ordens
tem atrapalhado o entendimento dos genealogistas na adoção
de um sistema único à semelhança do existente para as árvo-
res de costados. Além das dificuldades inerentes à adequação
das duas ordens, há, também, as impostas por alguns genea-
logistas que apõem outras de natureza diversa, tentando que
na própria notação se tenha uma série de informações extras
como se é homem ou mulher, se é filho de outro casamento,
se mantém o apelido do genearca, etc. Há casos em que a no-
tação é uma verdadeira senha, hermética e hieroglífica, pois,
ao tentar ser iconográfica perde-se em firulas dispensáveis,
provocando no leitor efeito muito diverso do almejado. Nesse

42
sentido é emblemático o livreto que foi publicado para expli-
car como se liam os códigos genealógicos apostos em livro
anterior. Parece anedótico, mas é real.

2.2 - Os sistemas

2.2.1 - Sistema de Registro


Muito utilizado por softwares genealógicos, o Sis-
tema de Registro (Register System) é basicamente uma nume-
ração de tombo, onde se combinam alternadamente algaris-
mos arábicos e romanos. É uma notação que faz tombo na
ordem hierárquica. Ao genearca, é atribuído o número 1 e aos
seus filhos, na ordem de nascimento é dado um número ro-
mano, em letras minúsculas. Destes filhos, os que tiverem
descendência recebem um outro número, em algarismo ará-
bico, aposto ao número romano, que será índice de chamada
na próxima geração. A numeração em algarismos romanos
será recomeçada para cada geração de cada casal. A apresen-
tação dá-se por geração. Vg.:
1 - Maneco Terra cc Henriqueta
2 i - Antônio Terra
ii - Lúcio Terra
3 iii - Ana Terra
4 iv - Horácio Terra
Segunda Geração
2 - Antônio Terra cc Eulália
i - Rosa Terra
3 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
5 i - Pedro Terra
4 - Horácio Terra
i - Picucha Terra Fagundes
Terceira Geração
6 - Pedro Terra cc Arminda
7 i - Bibiana Terra
43
8 ii - Juvenal Terra (I)
Quarta Geração
7 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
i - Leonor Terra Cambará
ii - Anita Terra Cambará
9 iii - Bolívar Terra Cambará
8 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
10 i - Florêncio Terra
Quinta Geração
9 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
11 i - Licurgo Terra Cambará
10 - Florêncio Terra cc Ondina
12 i - Alice Terra
ii - Maria Valéria
iii - Juvenal Terra (II)
Sexta Geração
11 - Licurgo Terra Cambará cc 12 - Alice
Terra
i - Rafael Terra Cambará
ii - Aurora Terra Cambará
iii - Toríbio Terra Cambará
iv - Rodrigo Terra Cambará
v - Romualdo Terra Cambará
vi - Benjamim Terra Cambará
vii - Xisto Terra Cambará
viii - Clarice Terra Cambará
ix - Tibicuera Terra Cambará
x - Vasco Terra Cambará
xi - Amaro Terra Cambará
xii - Olívia Terra Cambará
xiii - Érico Terra Cambará

44
2.2.1.1 - Vantagens e desvantagens
Por ser um sistema sequencial misto, o que torna sua
compreensão mais difícil, sua utilidade é muito prejudicada,
pois que, ao mudar a geração, a numeração romana sai e fica
somente o algarismo arábico, o que, na prática, significa que
o mesmo indivíduo assume um novo código. Além dessa am-
biguidade, por ser sequencial, a inserção de qualquer descen-
dente, que não seja ao final da árvore, motiva a renumeração
de todos os subsequentes. Essa renumeração, ao utilizar sof-
twares, fica transparente ao usuário, mas fica evidente em
versões diferentes do relatório impresso, pois nesses, o
mesmo indivíduo poderá ter código totalmente diverso, inde-
pendentemente de que a inserção tenha se dado em ramo que
não seja o seu. É preciso muito boa vontade para se ver utili-
dade ou praticidade nesse sistema.

2.2.2 - Sistema de Registro Modificado


Este sistema, mais que o anterior, é também utilizado
por softwares genealógicos e é o adotado pela revista trimes-
tral da National Genealogical Society dos USA. Difere do
anterior por apor o número em algarismo arábico sempre,
como um número de tombo, independentemente da continu-
ação da árvore por aquele ramo. Para os ramos que tenham
descendentes, há a aposição do sinal + na frente do código,
indicando que na próxima geração haverá a continuação da
árvore. Também há por parte de alguns autores a aposição de
letras indicativas do sexo entre os algarismos arábicos e os
romanos. A apresentação dá-se por geração. Vg.:
1 - Maneco Terra cc Henriqueta
+ 2 i - Antônio Terra
3 ii - Lúcio Terra
+ 4 iii - Ana Terra
+ 5 iv - Horácio Terra
Segunda Geração
45
2 - Antônio Terra cc Eulália
6 i - Rosa Terra
4 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
+ 7 i - Pedro Terra
5 - Horácio Terra
8 i - Picucha Terra Fagundes
Terceira Geração
7 - Pedro Terra cc Arminda
+ 9 i - Bibiana Terra
+ 10 ii - Juvenal Terra (I)
Quarta Geração
9 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
i - Leonor Terra Cambará
ii - Anita Terra Cambará
+ 11 iii - Bolívar Terra Cam-
bará
10 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
+ 12 i - Florêncio Terra
Quinta Geração
11 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
+ 13 i - Licurgo Terra Cambará
12 - Florêncio Terra cc Ondina
+ 14 i - Alice Terra
15 ii - Maria Valéria
16 iii - Juvenal Terra (II)
Sexta Geração
13 - Licurgo Terra Cambará cc 14 - Alice
Terra
17 i - Rafael Terra Cambará
18 ii - Aurora Terra Cambará
19 iii - Toríbio Terra Cambará
20 iv - Rodrigo Terra Cambará
21 v - Romualdo Terra Cam-
bará
46
22 vi - Benjamim Terra Cam-
bará
23 vii - Xisto Terra Cambará
24 viii - Clarice Terra Cambará
25 ix - Tibicuera Terra Cam-
bará
26 x - Vasco Terra Cambará
27 xi - Amaro Terra Cambará
28 xii - Olívia Terra Cambará
29 xiii - Érico Terra Cambará

2.2.2.1 - Vantagens e desvantagens


Da mesma maneira que o seu sistema original, é um
método misto e de utilidade prejudicada. Um mesmo indiví-
duo pode assumir códigos diferentes e, a inserção de novos
membros na árvore provoca a renumeração de todos os sub-
sequentes, independentemente de ramo. Da mesma maneira,
a renumeração nos softwares, é automática, pois que é gerada
sempre que se faz uma impressão, e caso haja acréscimo na
árvore, entre uma impressão e outra, os códigos impressos
serão diferentes. A vantagem desse sistema sobre o anterior é
que a numeração de tombo, em algarismos arábicos, dar-se-á
para todos os descendentes, independentemente que estes te-
nham ou não, por sua vez, descendentes. É um sistema me-
lhor que o anterior, mas sem chegar a se tornar algo que possa
ser visto como bom. Serve para uma árvore acabada a qual
não sofrerá nenhuma modificação ou, principalmente, acrés-
cimo.

2.2.3 - Sistema Henry


É o sistema que foi adotado por Reginald Buchanan
Henry em seu trabalho Genealogias das Famílias dos Presi-
dentes, de 1935. É um sistema puramente hierárquico que

47
obedece o seguinte: ao genearca é dado o número 1; ao pri-
meiro filho dele é dado o número 11, ao segundo filho o nú-
mero 12, ao terceiro o número 13 e assim por diante até o
nono filho que fica 19, o seguinte, décimo filho recebe o có-
digo 1X, o décimo primeiro o código 1A, o décimo segundo
o código 1B, o décimo terceiro o código 1C e assim subse-
quentemente até o 1W que será seguido pelo 1Y e este pelo
1Z. Por ser hierárquico, pode ser apresentado por geração ou
em cascata. Quando apresentado por geração os softwares
normalmente apõem o sinal + à frente do código indicando
que segue geração. Vg.:
1 - Maneco Terra cc Henriqueta
+ 11 - Antônio Terra
12 - Lúcio Terra
+ 13 - Ana Terra
+ 14 - Horácio Terra
Segunda Geração
11 - Antônio Terra cc Eulália
111 - Rosa Terra
13 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
+ 131 - Pedro Terra
14 - Horácio Terra
141 - Picucha Terra Fagundes
Terceira Geração
131 - Pedro Terra cc Arminda
+ 1311 - Bibiana Terra
+ 1312 - Juvenal Terra (I)
Quarta Geração
1311 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cam-
bará
13111 - Leonor Terra Cambará
13112 - Anita Terra Cambará
+ 13113 - Bolívar Terra Cam-
bará
48
1312 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
+ 13121 - Florêncio Terra
Quinta Geração
13113 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
+ 131131 - Licurgo Terra
Cambará
13121 - Florêncio Terra cc Ondina
+ 131211 - Alice Terra
131212 - Maria Valéria
131213 - Juvenal Terra (II)
Sexta Geração
131131 - Licurgo Terra Cambará cc 131211 -
Alice Terra
1311311 - Rafael Terra Cam-
bará
1311312 - Aurora Terra Cam-
bará
1311313 - Toríbio Terra Cam-
bará
1311314 - Rodrigo Terra Cam-
bará
1311315 - Romualdo Terra
Cambará
1311316 - Benjamim Terra
Cambará
1311317 - Xisto Terra Cam-
bará
1311318 - Clarice Terra Cam-
bará
1311319 - Tibicuera Terra
Cambará
131131X - Vasco Terra Cam-
bará

49
131131A - Amaro Terra Cam-
bará
131131B - Olívia Terra Cam-
bará
131131C - Érico Terra Cam-
bará

2.2.3.1 - Vantagens e desvantagens


Por ser um sistema hierárquico, é muito bom para a
compreensão da árvore e, sem dúvida, muito superior aos sis-
temas anteriores, principalmente por ser uma numeração com
um código unitário. Cada indivíduo terá um código somente,
o qual poderá ser alterado por inserção de membro anterior
com a vantagem de alterar os subsequentes tão somente nos
ramos atingidos, desvantagem aliás que não se furta nenhum
sistema. Também com o uso de softwares, essa renumeração
é transparente e não requer a atuação do usuário sobre o sis-
tema, pois que o programa gerará uma nova codificação ao
produzir um relatório impresso. A adoção de letras, na conti-
nuação da numeração arábica, permitiu a permanência de um
dígito para cada geração, o que é muito prático, tanto do
ponto de vista de análise do código em si, como do ponto de
vista do processamento de dados por computador. É um sis-
tema que permite, pela simples observação do código, saber
a que geração o descendente pertence e sua posição na árvore.
O membro que tenha, por exemplo, o código 13C52
será da quarta geração de descendentes, portanto trineto e,
será ainda, o segundo filho do quinto filho do décimo terceiro
filho do terceiro filho do genearca. A principal desvantagem
do sistema é sua confusão na notação pois que começa com
uma sequência em algarismos arábicos e, para manter um dí-
gito somente o autor usou letras, começando pela letra X, na
indisfarçável intenção de sobrepor ao décimo filho um nú-
mero romano, seguindo daí por diante com o resto do alfabeto
50
e pulando ao final a letra X que já havia sido utilizada no dé-
cimo filho. A impressão que se tem é que o Sr. Henry já tinha
uma quantidade de trabalho feito utilizando-se do X para o
décimo filho quando apareceu um grupo com mais de dez e,
para não ter que refazer o serviço, adotou uma nova sequên-
cia, resultando nessa numeração híbrida. Observe-se que no
caso exposto acima, com o casamento dos primos Licurgo
Terra Cambará e Alice Terra ocorre a situação em que temos
dois códigos. É comum a continuação do código de somente
um para não ocorrer a duplicação do texto e a duplicação dos
códigos, sendo também preferido a continuação do código do
cônjuge varão, pois que ele, normalmente, transmite a conti-
nuação do sobrenome.

2.2.4 - Sistema Henry modificado, versão I


Das duas variações do Sistema Henry esta é a menos
interessante tanto do ponto de vista gráfico quanto do ponto
de vista computacional. É uma singela substituição das letras
que representam os filhos, a partir do décimo, por números
entre parentes. Mantém a hierarquia e permite, da mesma ma-
neira, as observações de geração e posição dentro da árvore.
Pode ser apresentada em forma de geração como no exemplo
acima ou em cascata como o exemplo abaixo:
1 - Maneco Terra cc Henriqueta
11 - Antônio Terra cc Eulália
111 - Rosa Terra
12 - Lúcio Terra
13 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
131 - Pedro Terra cc Arminda
1311 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
13111 - Leonor Terra Cambará
13112 - Anita Terra Cambará
13113 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia

51
131131 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra
(131211)
1311311 - Rafael Terra Cambará
1311312 - Aurora Terra Cambará
1311313 - Toríbio Terra Cambará
1311314 - Rodrigo Terra Cambará
1311315 - Romualdo Terra Cambará
1311316 - Benjamim Terra Cambará
1311317 - Xisto Terra Cambará
1311318 - Clarice Terra Cambará
1311319 - Tibicuera Terra Cambará
131131(10) - Vasco Terra Cambará
131131(11) - Amaro Terra Cambará
131131(12) - Olívia Terra Cambará
131131(13) - Érico Terra Cambará
1312 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
13121 - Florêncio Terra
131211 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará
(131131)
131212 - Maria Valéria
131213 - Juvenal Terra (II)
14 - Horácio Terra
141 - Picucha Terra Fagundes

2.2.4.1 - Vantagens e desvantagens


Mantém as características do sistema, menos uma, se-
guramente, a mais interessante, qual seja manter um dígito
para cada geração, substituindo-o por quatro dígitos, no mí-
nimo - parênteses, algarismo, algarismo, parênteses. Na in-
tenção de clarear o hibridismo causado pelo uso de letras e
números, acresceu-se sinais. Note-se também que no exem-
plo apresentado, o formato cascata dispensa o uso do sinal +
para indicar que há geração subsequente.

52
2.2.5 - Sistema Henry modificado, versão II
Este sistema, é talvez o mais utilizado nos USA e, em
função da divulgação dos softwares genealógicos, é o mais
utilizado também fora daquele país. Nessa variação simples-
mente há o abandono do X como representativo do décimo
filho, substituindo-o pela letra A. Obedece ao seguinte: ao ge-
nearca é dado o número 1; ao primeiro filho dele é dado o
número 11, ao segundo filho o número 12, ao terceiro o nú-
mero 13 e assim por diante até o nono filho que fica 19, o
seguinte, o décimo filho, recebe o código 1A, o décimo pri-
meiro o código 1B, o décimo segundo o código 1C, o décimo
terceiro o código 1D e assim subsequentemente até o 1Z. Vg.:
1 - Maneco Terra cc Henriqueta
11 - Antônio Terra cc Eulália
111 - Rosa Terra
12 - Lúcio Terra
13 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
131 - Pedro Terra cc Arminda
1311 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
13111 - Leonor Terra Cambará
13112 - Anita Terra Cambará
13113 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
131131 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra
(131211)
1311311 - Rafael Terra Cambará
1311312 - Aurora Terra Cambará
1311313 - Toríbio Terra Cambará
1311314 - Rodrigo Terra Cambará
1311315 - Romualdo Terra Cambará
1311316 - Benjamim Terra Cambará
1311317 - Xisto Terra Cambará
1311318 - Clarice Terra Cambará
1311319 - Tibicuera Terra Cambará
131131A - Vasco Terra Cambará
53
131131B - Amaro Terra Cambará
131131C - Olívia Terra Cambará
131131D - Érico Terra Cambará
1312 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
13121 - Florêncio Terra
131211 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará
(131131)
131212 - Maria Valéria
131213 - Juvenal Terra (II)
14 - Horácio Terra
141 - Picucha Terra Fagundes

2.2.5.1 - Vantagens e desvantagens


É a melhor variação do sistema Henry. O alfabeto foi
tomado em sua extensão completa e a insinuação do alga-
rismo romano para o décimo filho foi relegada. Antes era um
híbrido de três numerações - arábica, romana e alfabética e,
com a alteração, passou a contar somente com duas - arábica
e alfabética. As demais vantagens do sistema original foram
mantidas.

2.2.6 - Sistema D’Aboville I


Este sistema muito semelhante ao sistema de Henry,
é um sistema totalmente numérico onde as gerações são se-
paradas por pontos. Vg.:
1 - Maneco Terra cc Henriqueta
1.1 - Antônio Terra cc Eulália
1.1.1 - Rosa Terra
1.2 - Lúcio Terra
1.3 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
1.3.1 - Pedro Terra cc Arminda
1.3.1.1 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
1.3.1.1.1 - Leonor Terra Cambará
1.3.1.1.2 - Anita Terra Cambará
54
1.3.1.1.3 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
1.3.1.1.3.1 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra
(131211)
1.3.1.1.3.1.1 - Rafael Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.2 - Aurora Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.3 - Toríbio Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.4 - Rodrigo Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.5 - Romualdo Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.6 - Benjamim Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.7 - Xisto Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.8 - Clarice Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.9 - Tibicuera Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.10 - Vasco Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.11 - Amaro Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.12 - Olívia Terra Cambará
1.3.1.1.3.1.13 - Érico Terra Cambará
1.3.1.2 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
1.3.1.2.1 - Florêncio Terra
1.3.1.2.1.1 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará
(131131)
1.3.1.2.1.2 - Maria Valéria
1.3.1.2.1.3 - Juvenal Terra (II)
1.4 - Horácio Terra
1.4.1 - Picucha Terra Fagundes

2.2.6.1 - Vantagens e desvantagens


É mais uma variação do sistema Henry. A exclusivi-
dade da numeração arábica clareia o entendimento restando
como única objeção os fatos de que os pontos tornam o có-
digo muito extenso e de que os filhos, a partir do nono, ocu-
pem mais de um dígito.

55
2.2.7 - Sistema Meurgey de Tupigny
Apresentado por Meurgey de Tupigny em 1953 este
sistema lança uma numeração em algarismos romanos para
cada geração, incluído o genearca, e uma numeração em al-
garismos arábicos sob forma de tombo por ordem hierárquica
de filhos, separadas as duas numerações por hífen. Vg.:
I- Maneco Terra cc Henriqueta
II-1 - Antônio Terra cc Eulália
III-1 - Rosa Terra
II-2 - Lúcio Terra
II-3 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
III-2 - Pedro Terra cc Arminda
IV-1 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
V-1 - Leonor Terra Cambará
V-2 - Anita Terra Cambará
V-3 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
VI-1 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra (V-
2)
VII-1 - Rafael Terra Cambará
VII-2 - Aurora Terra Cambará
VII-3 - Toríbio Terra Cambará
VII-4 - Rodrigo Terra Cambará
VII-5 - Romualdo Terra Cambará
VII-6 - Benjamim Terra Cambará
VII-7 - Xisto Terra Cambará
VII-8 - Clarice Terra Cambará
VII-9 - Tibicuera Terra Cambará
VII-10 - Vasco Terra Cambará
VII-11 - Amaro Terra Cambará
VII-12 - Olívia Terra Cambará
VII-13 - Érico Terra Cambará
IV-2 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
V-4 - Florêncio Terra

56
VI-2 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará (V-
I)
VI-3 - Maria Valéria
VI-4 - Juvenal Terra (II)
II-4 - Horácio Terra
III-3 - Picucha Terra Fagundes

2.2.7.1 - Vantagens e desvantagens


Apresenta como vantagem uma notação de formato
pequeno, mas é meramente de tombo para a qual não se po-
dem fazer indagações e esclarecimentos como permitem ou-
tros sistemas. É impossível saber, unicamente pelo código,
quem são os pais de, por exemplo VI-4 ou III-3. Por outro
lado, a inserção de qualquer membro novo, que não esteja no
final da árvore, implica na renumeração dos membros subse-
quentes ao inserido dentro da mesma geração.

2.2.8 - Sistema Villiers/Pama


Apresentado por Chris de Villiers em Velhas Famí-
lias do Cabo, publicado na década de 90 do século XIX, foi
revisado posteriormente pelo Dr. Cor Pama. É o sistema uti-
lizado pelo Conselho de Pesquisa de Ciências Humanas da
África do Sul. Ao genearca é assignada a letra A, aos filhos
deste são apostos a letra B seguida do número ordinal da or-
dem hierárquica de nascimento. À terceira geração recebe a
letra C seguida do número ordinal da ordem hierárquica dos
filhos, reiniciados à cada irmandade. A tabulação para dife-
renciação das gerações é dada por pontos. Vg.:
A- Maneco Terra cc Henriqueta
.B1 - Antônio Terra cc Eulália
..C-1 - Rosa Terra
.B2 - Lúcio Terra
.B3 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
..C2 - Pedro Terra cc Arminda
57
...D1 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
....E1 - Leonor Terra Cambará
....E2 - Anita Terra Cambará
....E3 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
.....F1 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra (V-
2)
......G1 - Rafael Terra Cambará
......G2 - Aurora Terra Cambará
......G3 - Toríbio Terra Cambará
......G4 - Rodrigo Terra Cambará
......G5 - Romualdo Terra Cambará
......G6 - Benjamim Terra Cambará
......G7 - Xisto Terra Cambará
......G8 - Clarice Terra Cambará
......G9 - Tibicuera Terra Cambará
......G10 - Vasco Terra Cambará
......G11 - Amaro Terra Cambará
......G12 - Olívia Terra Cambará
......G13 - Érico Terra Cambará
...D2 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
....E1 - Florêncio Terra
.....F1 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará (V-
I)
.....F2 - Maria Valéria
.....F3 - Juvenal Terra (II)
.B4 - Horácio Terra
..C1 - Picucha Terra Fagundes

2.2.8.1 - Vantagens e desvantagens


Apresenta uma notação de formato pequeno, o que é
bom, mas tem como óbice principal o apontamento de códi-
gos iguais para pessoas diferentes. Da mesma maneira que o
anterior, é impossível tirar conclusões apenas com os códigos
como por exemplo saber quem é o pai de F2, se sabe somente
58
que é um E. A inserção de qualquer membro novo, que não
esteja no final da árvore, implica na renumeração dos mem-
bros subsequentes ao inserido dentro da mesma geração e so-
mente dentro da família pequena.

2.2.9 - Sistema Felizardo/Carvalho/Xavier


Este sistema, muito semelhante ao sistema D’Abo-
ville, foi o utilizado por estes três insignes genealogistas ga-
úchos, Jorge Godofredo Felizardo, Mário Teixeira de Carva-
lho e Paulo Jaurés Xavier em seus trabalhos. É um sistema
totalmente numérico, hierárquico, onde as gerações são sepa-
radas por hífens. Seus códigos nunca têm mais de duas séries
de números quais sejam a ordinal da geração anterior mais a
da própria geração. A diferenciação entre as gerações dá-se
por tabulação. O genearca não leva número algum. Vg.:
Maneco Terra cc Henriqueta
1 - Antônio Terra cc Eulália
1.1 - Rosa Terra
2 - Lúcio Terra
3 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
3-1 - Pedro Terra cc Arminda
1-1 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
1-1 - Leonor Terra Cambará
1-2 - Anita Terra Cambará
1-3 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
3-1 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra
(131211)
1-1 - Rafael Terra Cambará
1-2 - Aurora Terra Cambará
1-3 - Toríbio Terra Cambará
1-4 - Rodrigo Terra Cambará
1-5 - Romualdo Terra Cambará
1-6 - Benjamim Terra Cambará
1-7 - Xisto Terra Cambará
59
1-8 - Clarice Terra Cambará
1-9 - Tibicuera Terra Cambará
1-10 - Vasco Terra Cambará
1-11 - Amar Terra Cambará
1-12 - Olívia Terra Cambará
1-13 - Érico Terra Cambará
1-2 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
2-1 - Florêncio Terra
1-1 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará
(131131)
1-2 - Maria Valéria
1-3 - Juvenal Terra (II)
4 - Horácio Terra
4-1 - Picucha Terra Fagundes

2.2.9.1 - Vantagens e desvantagens


A notação de formato pequeno é um bom começo mas
esse sistema apresenta muitos óbices. As pessoas dentro da
árvore têm notações iguais em gerações diferentes. É igual-
mente impossível descobrir os pais ou filhos de um indivíduo
tendo somente o código. A diferenciação das gerações pela
tabulação fica extremamente prejudicada em árvores longas,
pois, ao se virar a página perde-se o referencial dos alinha-
mentos, fazendo que o leitor tenha que voltar as páginas à
procura de uma numeração diferenciada para a localização
dos pais. Trabalho que vai tornando-se penoso à medida que
retrocedem as gerações.

2.2.10 - Sistema Hunsche


Utilizado por Carlos Henrique Hunsche em seus tra-
balhos, esse sistema lança uma indicação da geração com F
para filho, N para neto, B para bisneto, T para trineto, Te para
tetranetos, Pe para pentanetos, Ex para hexanetos, Ep para
heptanetos, Oc para octanetos, En para eneanetos, De para
60
decanetos. Pospõe a esta indicação o número ordinal hierár-
quico dentro da família pequena. É uma notação hierárquica.
Não dá código para o genearca. Vg.:
Maneco Terra cc Henriqueta
F1 - Antônio Terra cc Eulália
N1 - Rosa Terra
F2 - Lúcio Terra
F3 - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
N1 - Pedro Terra cc Arminda
B1 - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
T1 - Leonor Terra Cambará
T2 - Anita Terra Cambará
T3 - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
Te1 - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra
Pe1 - Rafael Terra Cambará
Pe2 - Aurora Terra Cambará
Pe3 - Toríbio Terra Cambará
Pe4 - Rodrigo Terra Cambará
Pe5 - Romualdo Terra Cambará
Pe6 - Benjamim Terra Cambará
Pe7 - Xisto Terra Cambará
Pe8 - Clarice Terra Cambará
Pe9 - Tibicuera Terra Cambará
Pe10 - Vasco Terra Cambará
Pe11 - Amaro Terra Cambará
Pe12 - Olívia Terra Cambará
Pe13 - Érico Terra Cambará
B2 - Juvenal Terra (I) cc Maruca
T1 - Florêncio Terra
Te1 - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará
Te2 - Maria Valéria
Te3 - Juvenal Terra (II)
F4 - Horácio Terra
N1 - Picucha Terra Fagundes
61
2.2.10.1 - Vantagens e desvantagens
Da mesma maneira que o anterior, é boa a notação de
formato pequeno e a hierarquia fica preservada pela indicação
da geração. Os problemas maiores, apresentados por esta no-
tação, do mesmo modo que outras notações, são códigos
iguais dentro da mesma geração e, igualmente, torna-se im-
possível descobrir os pais ou filhos de um indivíduo, tendo
somente o código.

2.2.11 - Sistema Dullius/Stemmer


Utilizado pelo autor destes comentários, em seus tra-
balhos, foi revisada por Gaspar Henrique Stemmer que intro-
duziu complementações para a codificação de cônjuges,
quando houver mais de um casamento e para os pais ou ante-
passados destes cônjuges. O sistema é hierárquico e seme-
lhante ao de Henry. Em vista da assídua presença de casais
com mais de dez filhos, o sistema adota o uso de letras em
vez de números para a codificação, pois que se utilizando tão
somente de letras podemos ter até 26 filhos na codificação
sem alteração alguma da estrutura. As exceções dar-se-ão so-
mente nos casais com mais de vinte e seis filhos, o que, esta-
tisticamente, são raros. A quantidade de letras no código in-
dica a geração. Ao primeiro filho do genearca apomos o có-
digo A, ao segundo filho o código B, ao terceiro C, ao quarto
D, e assim por diante até o vigésimo sexto, que receberá a
letra Z. Ao primeiro filho de cada um destes filhos será aposto
um código igual, precedido da letra do pai, ou seja: o primeiro
filho de A será AA, o terceiro filho será AC, o quinto filho do
nono filho do genearca será IE e assim por diante. Vg.:
Maneco Terra cc Henriqueta
A - Antônio Terra cc Eulália
AA - Rosa Terra
B - Lúcio Terra
C - Ana Terra cc Pedro Missioneiro
62
CA - Pedro Terra cc Arminda
CAA - Bibiana Terra cc Rodrigo Severo Cambará
CAAA - Leonor Terra Cambará
CAAB - Anita Terra Cambará
CAAC - Bolívar Terra Cambará cc Luzia
CAACA - Licurgo Terra Cambará cc sua prima Alice Terra
(CABAA)
CAACAA - Rafael Terra Cambará
CAACAB - Aurora Terra Cambará
CAACAC - Toríbio Terra Cambará
CAACAD - Rodrigo Terra Cambará
CAACAE - Romualdo Terra Cambará
CAACAF - Benjamim Terra Cambará
CAACAG - Xisto Terra Cambará
CAACAH - Clarice Terra Cambará
CAACAI - Tibicuera Terra Cambará
CAACAJ - Vasco Terra Cambará
CAACAK - Amaro Terra Cambará
CAACAL - Olívia Terra Cambará
CAACAM - Érico Terra Cambará
CAB - Juvenal Terra (I) cc Maruca
CABA - Florêncio Terra
CABAA - Alice Terra cc seu primo Licurgo Terra Cambará
(CAACA)
CABAB - Maria Valéria
CABAC - Juvenal Terra (II)
D - Horácio Terra
DA - Picucha Terra Fagundes

Stemmer introduziu uma codificação auxiliar para a


referência aos cônjuges e antepassados desses. A primeira es-
posa de A seria A:1, a segunda esposa de A seria A:2 e assim
por diante. Os antepassados de A:1 seriam identificados por
A:1+, não importando aí a geração. Esta codificação auxiliar
63
é especialmente útil para as referências cruzadas e muito es-
clarecedoras no índice onomástico, pois que separam os pa-
rentes consanguíneos dos colaterais.
Os filhos, além do vigésimo sexto, serão identificados
por números. Assim o parente que tiver o código DA1 será o
vigésimo sétimo filho, o de código DA2 será o vigésimo oi-
tavo filho, DA9 será trigésimo quinto filho, DA15 será o qua-
dragésimo filho de um outro parente. Esta codificação, além
do vigésimo sexto filho, foge da ordenação normal do com-
putador, que obedece a tabela ASCII, e deverão ser ordenadas
caso a caso, além disso, quando apresentar mais do que trinta
e cinco filhos surgirão dois caracteres na mesma geração, mas
como serão raríssimos os casos, não apresenta óbice maior.
As observações em torno da comparação entre códi-
gos, constitui o maior trunfo deste sistema, vejamos:
Qual o parentesco entre Alice Terra (CABAA) e seu
primo Licurgo Terra Cambará (CAACA). Pela simples con-
tagem das letras sabemos que ambos são tetranetos do casal
genearca. Ambos são descendentes do terceiro filho, Ana
Terra (C), do casal genearca. E, por sua vez, são descendentes
do primeiro filho do casal de C (Ana Terra e Pedro Missio-
neiro), filho este que tinha o código CA. São ainda descen-
dentes, respectivamente do primeiro e do segundo filhos do
casal de CA (Pedro Terra e Arminda) que levam os códigos
CAA (Bibiana) e CAB (Juvenal). CAA e CAB são irmãos e
seu filhos serão primos em primeiro grau ou primos irmãos.
Ou seja, CAAA, CAAB e CAAC serão irmãos entre si e pri-
mos irmãos de CABA. Os filhos destes primos irmãos serão
primos terceiros entre si. Colocamos os dois códigos um so-
bre o outro, alinhados pela esquerda e iniciamos a compara-
ção
CABAA
CAACA

64
Primeiramente riscamos as letras que representam a
mesma pessoa nos dois códigos, que no caso é CA. Ficando
assim:
CABAA
CAACA

Em segundo lugar riscamos as letras que representam


os irmãos que no caso são CAB e CAA. Ficando assim:
CABAA
CAACA

Em terceiro lugar riscamos as letras que representam


os primos-irmãos que no caso são CABA e CAAC. Ficando
assim:
CABAA
CAACA

Somam-se as letras remanescentes, no caso duas, adi-


ciona-se da unidade (referente aos primos-irmãos ou primos
em primeiro grau) e chega-se ao resultado de três, ou seja são
eles CABAA e CAACA, primos em terceiro grau.
Resumidamente, qual o parentesco entre CAACAM
(Érico Terra Cambará) e um neto qualquer de DA (Picucha
Terra). Primeiramente este neto (Fulano) terá um código
igual ao de Picucha acrescido de mais dois caracteres ficando,
por exemplo, DACC. Fazemos a contagem de letras: CAA-
CAM (Érico) é pentaneto do casal genearca e DACC (Fu-
lano) é trineto do casal genearca. Colocamos um sobre o ou-
tro, alinhados pela esquerda e riscamos as letras que repre-
sentem as mesmas pessoas, os irmãos e os primos-irmãos, as-
sim:
CAACAM
DACC

65
Sobraram seis letras, com mais um são sete, então eles
são primos em sétimo grau.
Outro exemplo: qual o parentesco entre AFHCII e
AFHD? Empilham-se os dois, alinhados pela esquerda e
compara-se. Ora, um é tetraneto e o outro é bisneto. Riscamos
as letras que representam as mesmas pessoas:
AFHCII
AFHD

Os dois tem em comum as duas primeiras gerações do


genearca; ambos são descendentes do oitavo filho (H) do
sexto filho (F) do primeiro filho do genearca. Após riscar per-
maneceu CII e D. Ora D é irmão de C, tio de CI e tio-avô de
CII; ou seja, AFHCII é sobrinho-neto de AFHD.

2.2.11.1 - Vantagens e desvantagens


As pessoas, dentro da árvore tem notações únicas. É
possível fazer-se ilações acerca dos códigos, tanto isolada-
mente como comparativamente, descobrindo-se geração, po-
sição na árvore e parentesco entre pessoas. A diferenciação
de gerações apesar de prescindir de tabulação é corroborada
por essa para uma apreciação visual mais expedita. A desvan-
tagem, como em outros códigos dá-se pela renumeração ne-
cessária ao acrescentar descendentes que não estejam na úl-
tima posição da árvore.

3 - Funcionamento dos Sistemas em softwares

3.1 - Softwares de edição de textos


Em programas redatores o genealogista ao lançar as
árvores tem que atribuir manualmente os códigos, tanto para
as genealogias ascendentes como descendentes. Um uso cri-
terioso das funções de localização e substituição pode suprir

66
boa parte das deficiências deste tipo de software para as in-
serções, remoções e ou relocação de membros nas árvores.
Em qualquer caso, o bom lançamento vai depender muito das
revisões e atenção dada ao endereçamento.

3.2 - Softwares genealógicos


Nos programas específicos para genealogia o pesqui-
sador tem o seu trabalho muito facilitado. Os softwares atri-
buem um número de tombo, sequencial e automático para
cada membro inscrito na árvore. No PAF - Personal Ancestral
File, produzido pela Igreja dos Santos dos Últimos Dias, esse
tombo tem a designação de RIN (Record Input Number), no
Family Origins tem a designação de Rec# (Record number).
No PAF, assim como nos programas a ele associados,
como o Companion, o PAF for Windows ou mesmo o Family
Origins esse número é visível e pode-se trabalhar com ele na
pesquisa e localização. Outros como o Family Tree Maker
têm este número oculto, transparente para o usuário.
Ao produzir uma impressão, os melhores softwares
perguntam o tipo de numeração genealógica que se pretende
na versão impressa, podendo também apresentar concomitan-
temente o número de tombo no arquivo. Softwares fazem esta
numeração genealógica tão somente na hora de imprimir, o
que, sem dúvida, é o melhor, pois que as melhores notações
são as hierárquicas enquanto as de tombo são úteis para a pes-
quisa e localização e essas serão apresentadas na sua última
versão, atualizando automaticamente os membros inseridos,
removidos e/ou remanejados.
Programas como o PAF for Windows permitem uma
impressão tipo Ahnentafel para os antepassados e uma de Re-
gistro Modificado, ambas separadas por geração, com gera-
ção de índice onomástico ao final, com a presença de datas,
locais, notas e fontes. O Companion permite a impressão

67
como Registro Modificado, com ou sem as cifras em algaris-
mos romanos bem como a impressão pelo Sistema Henry.

68
Autores de Trabalhos Genealógicos Portugue-
ses27
O autor desconhecido do Livro Velho, talvez um monge do mos-
teiro de Santo Tirso, que o terá escrito entre 1282 e 1290 conforme
demonstra José Mattoso, na introdução à edição crítica desta obra
(Joseph Piel e José Mattoso, Portugaliae Monumenta Historica,
Nova Série, Academia das Ciências de Lisboa, volume I, 1980,
pp.13 e 14). Das várias edições deste livro e do seguinte, desde o
séc. XVIII, são de mencionar, além da referida edição crítica, a pu-
blicação de Manuel Artur Norton, que fez uma reordenação das
personagens e das famílias em termos muito úteis para a consulta
por genealogistas (Livro Velho de Linhagens, subsídios para a sua
ordenação, 1971, e Livro Antigo de Linhagens, achegas para a sua
ordenação, 1974, ambas separatas da revista Armas e Troféus.

O autor desconhecido do Livro Antigo de Linhagens, ou Livro


do Deão, talvez um Martim Anes, que o teria escrito cerca de 1343
para um deão, talvez para Gonçalo Esteves, deão da Sé de Lamego,
segundo José Mattoso, ibidem, pp.15 e 16.

D. PEDRO, CONDE DE BARCELOS, filho bastardo de D. Di-


nis, autor do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro. Tê-la-ia
escrito entre 1340 de 1344. Foi objecto de publicação em 1640,
pouco depois publicado em língua castelhana, com preciosos co-
mentários de João Baptista Lavanha, de Álvaro Ferreira de
Vera e do Marquês de Montebelo. Várias pub1icações se fizeram

27
Disponível em http://janesmonteiro.planetaclix.pt/obraseautores.html
(consulta em 01.05.2017)
69
posteriormente. Há uma edição crítica de José Mattoso (Portuga-
liae Monumenta Historica, Nova Série, volume II, tomos I e II,
Academia das Ciências de Lisboa, 1980).

O primeiro refundidor do Livro de Linhagens do Conde D. Pe-


dro, que terá feito tal trabalho entre 1360 e 1365, talvez um clérigo
ao serviço de Frei Álvaro Gonçalves Pereira (José Mattoso, ibi-
dem, tomo I, p.49).

O segundo refundidor do mesmo livro, mais literato do que ge-


nealogista, trabalhando entre 1380 e 1383, que poderia ter
sido Vasco Lobeira (José Mattoso, ibidem, pp.48 e 49).

XISTO TAVARES - Foi quartenário na Sé de Lisboa. Morreu em


1525 e escreveu um Livro das Principais Linhagens de Portu-
gal, de que subsistem várias cópias, na Biblioteca da Ajuda (49-
XIII-17 e 49-XIII-18), na Biblioteca Nacional de Lisboa (cód. 1328
e 6826, e Pombalina 299), na Biblioteca Pública Municipal do
Porto (Ms. 282), e na Biblioteca Pública de Santarém (Ms. 19/8/1).

O autor desconhecido do Livro de Linhagens do Século XVI,


escrito por meados desse século, publicado pela Academia Portu-
guesa de História em 1951 com uma introdução de António Ma-
chado de Faria.

DAMIÃO DE GOES - É o célebre cronista. Nasceu em Alenquer


no início do séc. XVI e morreu depois de 1572. Escreveu um Livro
de Linhagens de Portugal, que foi uma continuação do Nobiliá-
rio do Conde D. Pedro, e do qual existem várias cópias, na Bibli-
oteca Nacional de Lisboa (cód. 977 e Arquivo da Família dos Bo-
telhos de Nossa Senhora da Vida, nº. 47), no A.N.T.T. (Ms. 21 E
26, 21 E 37, e 21 E 13), na Biblioteca da Ajuda (49-XIII-19) e na
Biblioteca Pública Municipal do Porto (Ms. 280).

GASPAR BARREIROS - Nasceu em Viseu e morreu em 1573.


Foi cónego das Sés de Viseu e de Évora. Escreveu a Verdadeira

70
Nobreza ou Linhagens de Portugal que se acha na Biblioteca Na-
cional de Lisboa (cód. 985).

O autor desconhecido dum Nobiliado Genealógico do Século


XVI que está na Biblioteca Universidade de Coimbra (Ms. 427).

O autor desconhecido do Nobiliado Quinhentista de


1576, que Anselmo Braamcamp Freire chegou a ter quase pronto
para publicação e está na Biblioteca Pública de Santarém (Ms.
19/7/77).

D. ANTÓNIO DE LIMA PEREIRA - Nasceu em Lisboa ou em


Guimarães e morreu em 1582.O seu nobiliário Linhagens dos Fi-
dalgos de Portugal foi célebre e muito copiado e anotado por ou-
tros genealogistas. O original parece ter sido adquirido em meados
deste século por Abílio Pacheco Teixeira Rebelo de Carvalho. Há
cópia na Biblioteca da Ajuda (49-XIIII-21) e, continuado por D.
Jerónimo de Ataíde em 1663, o (49-XII-22), na Biblioteca Naci-
onal de Lisboa (Pombalina 415, FG 980 anotada por D. Luis Lobo
da Silveira, FG 981 e FG 982), na Torre do Tombo (Ms. 21 F 8),
na Biblioteca Pública Municipal do Porto (MS. 283), outra de 1698
acrescentada e anotada pelo Padre Manuel Adrião, pertencente
aos herdeiros de Luis Bivar Guerra e com notas de D. Jerónimo
Mascarenhas e doutros "curiosos", outra cópia feita por D. Agos-
tinho do Rosário em 1670, que pertence a Augusto Ferreira do
Amaral.

DIOGO DE MELO PEREIRA - Escreveu uma Nobreza de Por-


tugal em 1604, que está na Biblioteca Nacional de Lisboa (Pom-
balina 262).

D. LUIS LOBO DA SILVEIRA - Nasceu em Lisboa e morreu em


1626. Além doutros trabalhos, escreveu em 1622 um Nobiliário
Novo que pertence a Augusto Ferreira do Amaral e é dos primei-
ros a tratar das famílias que não eram da principal fidalguia.

71
AFONSO DE TORRES - Nasceu na segunda metade do séc.
XVI. Escreveu um Nobiliário em 8 grossos volumes de que uma
cópia pertenceu ao falecido Marquês de S. Paio e outra é de D.
Alexandre de Sousa Holstein, Visconde da Lançada.

D. GOMES DE MELO - Nasceu em finais do séc. XVI ou prin-


cípios do XVII. Escreveu um Nobiliário das Famílias de Portu-
gal, de que existe uma cópia na Biblioteca Nacional de Lisboa
(Pombalina 277), e são-lhe atribuídas umas Genealogias pelos tí-
tulos dos appellidos, com aditamentos de João de Saldanha, em
4 volumes, que estão na Biblioteca Pública de Évora (cód.
CXVII/1-14, 1-15, 1-16 e 1-17).

DIOGO ESTEVES DA VEIGA NÁPOLES - Nasceu em 1551 e


morreu em 1635. Escreveu um Nobiliário das Famílias de Portu-
gal, cuja 1ª parte, datada de 1625, está na Biblioteca Pública Mu-
nicipal do Porto (Ms. 289).

DIOGO GOMES DE FIGUEIREDO - Escreveu em 1625


um Nobiliário Genealógico que está na Biblioteca da Universi-
dade de Coimbra (Ms. 657-60).

Frei. FRANCISCO DO SACRAMENTO - Escreveu em 1626


um Livro das Gerações do Reino de Portugal em 3 volumes que
estão na Biblioteca Nacional de Lisboa (Pombalina 324 a 326 e
uma cópia 344), um Theatro de Verdade e exame de antigui-
dade e um Nobiliário, que estão na Biblioteca Pública de Évora
(códices CXVIII1-18 e 1-19).

D. RODRIGO DA CUNHA - Escreveu em 1631 Nobiliário de


famílias illustres de Portugal, com notas de D. Francisco do Me-
neses, que se acha na Biblioteca Nacional de Lisboa (cód. 986).

D. JERÓNIMO DE ATAÍDE - Escreveu um Nobiliário das Fa-


mílias d'este Reyno, em 4 volumes, que pertenceu ao Conde de
Ameal.

72
ÁLVARO FERREIRA DE VERA - Nasceu na 2ª metade do séc.
XVI e morreu em Madrid depois de 1647. Escreveu sobre nobili-
arquia e notas ao Nobiliário do conde D. Pedro. São-lhe atribuí-
dos um Nobiliário e uma Epítome genealógico que estão na Bi-
blioteca Pública de Évora (códs. CXVII/2-3 e CVII/2-5).

MANUEL SEVERIM DE FARIA - Nasceu em 1583 e morreu


em 1655. Além de muitas outras obras eruditas, fez um Nobiliá-
rio em 2 volumes, que está na Biblioteca Nacional de Lisboa
(cód.1020-1021).

GASPAR DE FARIA SEVERIM - Nasceu em Évora e foi Secre-


tário de Estado em 1661. Escreveu um nobiliário Famílias do
Reino de Portugal, em muitos volumes. Acham-se três na Biblio-
teca Nacional de Lisboa (cód. 1018-1019 e Colecção Jorge Moser
716).

MANUEL PEIXOTO CIRNE DA SILVA - Nasceu na primeira


metade do séc. XVII, escreveu um Livro de famílias, que está na
Biblioteca da Ajuda (49-XIII-33).

D. JERÓNIMO MASCARENHAS - Nasceu em Lisboa e morreu


em Espanha a 1671. Escreveu, além de muitas outras obras, Lina-
jes de Portugal, em 2 volumes, que está na Biblioteca Nacional de
Madrid (K59 o K60).

JOÃO ÁLVARES, ABADE DE ESMERIZ - Nasceu em 1628 e


morreu em 1700. Escreveu um Nobiliário Português, em 5 volu-
mes, que se acha na Biblioteca Pública Municipal do Porto.

JERÓNIMO BARRETO - Foi autor dum Nobiliário de Famí-


lias do Reino em 2 volumes, hoje na Biblioteca Pública de Santa-
rém.

73
CRISTÓVÃO ALÃO DE MORAlS - Nasceu em 1632 e morreu
em 1693. Escreveu entre 1667 e 1690 a Pedatura Lusitana, edi-
tada em 6 tomos e 12 volumes, em 1942-48, por Alexandre A. Pe-
reira de Miranda Vasconcelos, António A. Ferreira da Cruz e Eu-
génio Andrea da Cunha e Freitas.

TRISTÃO GUEDES DE QUEIRÓS - Nasceu em Lisboa e mor-


reu em 1696. Escreveu Famílias do Reino Portugal em 28 livros,
mas desapareceram salvando-se apenas o primeiro, que está na Bi-
blioteca Nacional de Lisboa (cód. 978).

MANUEL DE SOUSA DA SILVA - Escreveu um Nobiliário das


Famílias de Portugal de que existe uma cópia da Biblioteca Naci-
onal de Lisboa (Pombalina 304) e, entre 1680 e 1701, um Nobiliá-
rio das Gerações de entre Douro e Minho em 2 volumes, que
pertencia à família Macário de Castro de Lamego.

JOSÉ DE FARIA - Nasceu em Lisboa e morreu em 1703. Foi cro-


nista-mor. Escreveu, também, um Nobiliário Genealogias de Fa-
mílias de Portugal, do qual existe cópia do séc. XVIII dum vo-
lume na Biblioteca Pública Municipal do Porto (Ms. 284) e um
exemplar na Biblioteca Nacional de Lisboa. (cód. 1040).

FRANCISCO DE BRITO FREIRE - Nasceu em Lisboa e mor-


reu cm 1705. Foi autor de várias obras genealógicas, entre elas
uma Genealogia Lusitana em 2 volumes, que está na Biblioteca
da Ajuda (49-XIII-35 e 36) e um Tratado sobre a família dos Bri-
tos e muitos outros de Portugal, que está na Biblioteca Nacional
de Lisboa (Pombalina 261).

TORQUATO PEIXOTO DE AZEVEDO - Nasceu em Guima-


rães em 1622 e morreu em 1705. Escreveu, além de outras, Famí-
lias de Guimarães, e um Nobiliário de Famílias de Portugal, em
22 volumes.

74
MANUEL ÁLVARES PEDROSA - Nasceu perto de Belas e
morreu em 1707. Além doutros trabalhos, escreveu um Nobiliário
das Famílias de Portugal, em 3 tomos e umas Genealogias, em 6
volumes, que estão na Biblioteca Nacional de Lisboa (códs. 990 a
992 e 1009 a 1016, e Livraria dos Condes de Tarouca, nº. 268), na
Biblioteca da Ajuda (47-XIII-14 e 49-XIII-48 a 49-XIII-53) e na
Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa (Ms. 276-A).

Padre MANUEL FIALHO - Nasceu cm 1646 em Évora e morreu


em 1718. Escreveu Genealogias de quase todos os apelidos de
Portugal, em 2 volumes, que estão na Biblioteca Pública de Évora
(cód. CXVII/1-7 e bis).

LUIS GONÇALO DE SOUSA DE MACEDO, 1º BARÃO DA


ILHA GRANDE -Nasceu em Londres em 1648 e morreu em
1727. Escreveu Títulos das Famílias de Portugal, em 6 volumes,
cinco dos quais se acham na Biblioteca Nacional de Lisboa (Pom-
balina 272 a 276).

ASCENSO DE SIQUEIRA FREIRE - Nasceu no terceiro quartel


do séc. XVII. Escreveu um Nobiliário em 7 volumes, que pertence
a Augusto Ferreira do Amaral.

DIOGO RANGEL DE MACEDO E ALBUQUERQUE - Nas-


ceu em 1671 e morreu em 1754. Além de várias outras obras, es-
creveu um Nobiliário e genealogia de algumas famílias de Por-
tugal em 52 tomos, dos quais 50 estão na Biblioteca Nacional de
Lisboa (Pombalina 322, e 358 a 407) e 2 na Biblioteca da Ajuda
(49-XIII-41 e 49-XIII-42).

BELCHIOR DE ANDRADE LEITÃO - Nasceu em Lisboa onde


morreu na segunda década do século XVIII, Foi escrivão dos filha-
mentos o que o torna um autor genealógico particularmente inte-
ressante. Escreveu uma Famílias do Reyno de Portugal, impor-
tante nobiliário, de que 23 volumes se acham na Biblioteca da
Ajuda (49-XIII-25 a 49-XIII-47).

75
D. MANUEL CAETANO DE SOUSA - Nasceu em 1658 e mor-
reu em 1734. Escreveu, além de numerosas obras, uns Aponta-
mentos genealógicos que estão na Biblioteca Nacional de Lisboa
(cód. 1050).

MANUEL DE CARVALHO E ATAÍDE - Nasceu em Lisboa e


morreu em 1720. Foi pai do Marquês de Pombal. Parece ter sido o
autor dumas árvores de costados publicadas com o pseudónimo
de D. Tivisco de Nasao, e do célebre Tição ou Nobiliário de Se-
gredos Genealógicos, de que existem várias cópias (p. ex. na Bi-
blioteca Pública Municipal do Porto, Ms. 310) e que visava des-
mistificar certos Costados de muitas famílias fidalgas, desco-
brindo-lhes ascendências "infamantes". Escreveu entre 1701 e
1710 um Nobiliário Famílias de Portugal em 13 volumes, que es-
tão na Biblioteca Nacional de Lisboa (Pombalina 345 a 357). Há
outro exemplar, também com letra de José Freire Montarroio Mas-
carenhas, em 13 volumes, com falta do 5º, 9º e 11º (Pombalina 308
a 317).

HENRIQUE HENRIQUES DE NORONHA - Nasceu na Ma-


deira e morreu em 1730. Além doutros trabalhos menores, escreveu
em 1700 um Nobiliário genealógico das famílias que passaram
a viver à ilha da Madeira, em 3 volumes, obra fundamental para
a genealogia madeirense, que foi publicada no Brasil em 1947 pela
Biblioteca Genealógica Latina, dirigida por Salvador da Moia. Es-
creveu ainda Memórias Genealógicas da Casa Freires Andrades
de Portugal (Biblioteca Nacional de Lisboa, Arquivo da Família
dos Botelhos de Nossa Senhora da Vida nº 50).

FRANCISCO XAVIER DA SERRA CRAESBEECK - Nasceu


em 1673 e morreu em 1736. Escreveu, além de outras obras, Abe-
cedário genealógico das Famílias ilustres de Portugal, do qual 6
volumes se acham na Biblioteca Nacional de Lisboa (cód. 1030 a
1035) e Descendência do nobre e valoroso soldado João Roiz de
Beja que está na mesma biblioteca (cód. 1060).

76
BERNARDO PIMENTA DE AVELAR PORTOCARREIRO -
Nasceu em 1670 e morreu em 1742, tendo sido secretário dos fi-
lhamentos. Escreveu, além de várias outras obras de interesse, o
nobiliário Livro das Gerações deste Reino de Portugal em 20
volumes, dos quais 16 se encontram na Torre do Tombo (Ms. 21 D
29 a 21 E 13).

JOSÉ FREIRE DE MONTERROIO MASCARENHAS - Nas-


ceu em 1670 e morreu em 1760. Foi muito produtivo, tendo escrito
numerosos trabalhos e notas genealógicos e historiográficos. Entre
eles destacam-se Genealogias das Famílias de Portugal, em 24
volumes, um Nobiliário ou Colecção de Títulos de diversas Fa-
mílias (Biblioteca Nacional de Lisboa códs. a 1134), um Nobiliá-
rio Genealógico crítico e histórico das mais ilustres famílias
deste reino em 4 volumes, árvores de costados de pessoas nobres
em três volumes, intitulados Nobreza da Beira, Nobreza do
Alentejo e Nobreza da Estremadura, na Biblioteca Nacional de
Lisboa (Pombalina 338 a 340), outras Árvores de costado de fa-
mílias de Portugal (Pombalina 435) e um Nobiliário das famílias
de Portugal compiladas de vários autores e ilustradas com muitas
anotações em um volume. 4 volumes de cópias estão na Biblioteca
da Ajuda (47-XIII-15 a 47-XIII-18).

SIMÃO DE MELO COGOMINHO - Nasceu na 2ª metade do


séc. XVII e morreu em 1732. Foi senhor do morgado da Torre de
Coelheiros. Escreveu vários livros de genealogia, entre eles o vo-
lume Títulos de algumas famílias, que pertence a Augusto Fer-
reira do Amaral, e um livro de Árvores de Costados, pertencente
a Jorge de Brito e Abreu.

LUIS DA GAMA RIBEIRO RANGEL DE QUADROS E


MAIA - Nasceu em 1691 e morreu em 1762. Escreveu vários vo-
lumes de genealogia editados com notas de Francisco Ferreira Ne-
ves, em 1957, em separata do Arquivo do Distrito de Aveiro, com
o título Genealogias de Famílias Nobres Aveirenses.

77
ANTÓNIO JOSÉ VICTORIANO BORGES DA FONSECA -
Nasceu no Recife em 1718 e morreu em 1786. Escreveu a Nobili-
archia Pernambucana que, embora referida ao Brasil, abrange
numerosas famílias portuguesas que estão ligadas a Pernambuco
na época colonial. Foi publicada pela 3ª vez pela Biblioteca Naci-
onal do Rio de Janeiro em 1935.

Frei ANTONIO DE SANTA MARIA JABOATÃO - Foi outro


genealogista brasileiro do tempo colonial, falecido em 1779. Es-
creveu um Catálogo Genealógico das principais famílias de Per-
nambuco e Bahia, com 2ª edição no Rio de Janeiro 1946.

PEDRO TAQUES DE ALMEIDA PAES LEME - Ainda outro


genealogista brasileiro setecentista, falecido em 1777. Escreveu
uma Nobiliarquia Paulistana, em 2 volumes publicados em S.
Paulo, 3ª edição, 1940-44.

Frei JOÃO DA MADRE DE DEUS - Nasceu em 1714. Escreveu


cerca de 1765 o Nobiliário da Casa do Casal do Paço em 16 volu-
mes, dos quais 14 e um Pomar Genealógico em 2 volumes estão na
Biblioteca Pública Municipal do Porto (Ms. 324 e 325).

JACINTO LEITÃO MANSO DE LIMA - Nasceu na Sertã em


1690. Foi um dos mais notáveis genealogistas do séc. XVIII. Es-
creveu Famílias de Portugal em 45 volumes que se acham na Bi-
blioteca Nacional de Lisboa (códs.1255 a 1310 e Pombalina 263)
e foram na maioria (até Mogos) publicados em policópia, e
ainda Certã Ennobrecida em 1730, em 3volumes que também es-
tão na Biblioteca Nacional de Lisboa (Pombalina 232 a 234) e fo-
ram publicados com alterações e acrescentos por Cândido Teixeira,
adiante elencado.

D. ANTÓNIO CAETANO DE SOUSA - É a figura dominante da


genealogia do séc. XVIII. Nasceu em 1674 e morreu em 1759. Es-
creveu a monumental História Genealógica da Casa Real Portu-
guesa, em 13 tomos, mais 13 de provas e índice, cuja 1ª edição foi
feita entre 1735 e 1749, e a 2ª entre 1946 e 1955.
78
JOÃO DE ARAÚJO COSTA E MELO, ABADE DE PRO-
ZELO - Nasceu em Ponte da Barca. Escreveu por meados do séc.
XVIII um Nobiliário Alfabético das Famílias Nobres e Ilustres do
Reino de Portugal, em 13 volumes que se acham na Biblioteca Pú-
blica Municipal do Porto (Ms. 322).

JORGE SALTER DE MENDONÇA - Nasceu em Lisboa em


princípios do séc. XVIII. Escreveu um Nobiliário em 26 tomos,
que está na Biblioteca Pública Santarém.

JACINTO DE PINA DE LOUREIRO - Nasceu em Belém, ori-


undo duma família de Mazagão, para onde seguiu em novo e onde
serviu. Regressou depois, para o Algarve. Na 2ª metade do séc.
XVIII escreveu um Nobiliário de Famílias dos Reis de Portugal
e outras Famílias do Reino em 27 tomos, dos quais o 1º está na
Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa, (série vermelha,
nº 223), o 13º desapareceu e os restantes acham-se na Biblioteca
Nacional de Lisboa (Arquivo da Família dos Botelhos de Nª Sª da
Vida, no 42); foi autor doutro intitulado Famílias de Mazagão, em
5 tomos, que está no mesmo local (nº 43).

D. LOURENÇO HUET BACELAR DE SOTOMAIOR E


PINTO - Escreveu, além doutras obras, Genealogias em 5 volu-
mes, que estão na Torre do Tombo (Ms. 21 F 23 a 21 F 26).

ANTÓNIO PEIXOTO DE QUEIRÓS E VASCONCELOS -


Escreveu em 1775 um Nobiliário das famílias ilustres de Portu-
gal em 14 volumes, que está no Torre do Tombo (Ms. Estante 17,
1ª Divisão prateleira 4).

FRANCISCO LUIS AMENO - Nasceu em 1713 e morreu em


1793. Escreveu Genealogias, umas Memórias Históricas e Ge-
nealógicas da Ilustríssima Família de Mello Senhores de Fica-
lho, umas Genealogias Arbolário, que estão na Biblioteca Pública
de Évora (códs. CVII/2-6, 2-7 e 2-8).

79
Padre ANTÓNIO HENRIQUES DO AMARAL - Viveu da 2ª
metade do séc. XVIII, tendo findado em 1781 um Nobiliário de
Portugal, em 14 vols. que se acha na Biblioteca Nacional de Lis-
boa (Arquivo da Família dos Botelhos de Nª Sª da Vida nº 44), e
ainda uma Miscelânea Genealógica, em 1781, que está no mesmo
local (nº 45).

D. TOMÁS CAETANO DO BEM - Nasceu em 1718 e morreu


em 1799. Além de muitos outros trabalhos, fez muitas árvores ge-
nealógicas, que estão na Biblioteca Nacional de Lisboa (cód. 1065
a 1068) e um Nobiliário, na mesma biblioteca (cód. 995).

JOÃO PAULINO LEITE PACHECO MALHEIRO - Nasceu


em 1736. Escreveu um Nobiliário Português, em 3 volumes que
se acha na Biblioteca Nacional de Lisboa (Arquivo da Família dos
Botelhos de Nª Sª da Vida nº 46).

D. JOSÉ ANTÓNIO PINTO DE MENDONCA ARRAIS,


BISPO DA GUARDA E DE PINHEL - Nasceu em Seia em 1746
e morreu em 1822. Escreveu uma obra de genealogia, Costas, pu-
blicada por António Machado de Faria, 1934.

MANUEL JOSÉ DA COSTA FELGUEIRAS GAIO - um dos


mais célebres genealogistas portugueses. Nasceu em Barcelos em
1750 e morreu em 1831. Escreveu o Nobiliário das Famílias de
Portugal, que foi editado por A. de Azevedo Meireles e Domingos
de Araújo Afonso em 1938-42 em 33 volumes, recentemente ree-
ditados. Escreveu também Genealogias, em 1781, em 2 vols. na
Biblioteca Nacional de Lisboa. (Arquivo da Família dos Botelhos,
etc.)

Frei FRANCISCO DE SANTA MARIA MAIOR PACHECO


PEREIRA - Escreveu em finais do séc. XVIII uma Miscelânea
Genealógica em 7 volumes, que estão na Biblioteca Pública Mu-
nicipal do Porto (Ms. 329).

80
MATEUS MACHADO FAGUNDES DE AZEVEDO - Foi au-
tor dumas Genealogias Manuscritas da Ilha de S. Jorge, que es-
tão na Biblioteca Pública de Ponta Delgada.

ANTÓNIO DE BETTENCOURT PERESTRELO DE NORO-


NHA - Escreveu uma Genealogia das famílias da Ilha da Ma-
deira, que está na Biblioteca Nacional de Lisboa (Pombalina 296).

FRANCISCO DA CÂMARA PERESTRELO - Natural da Ma-


deira, sobre cujas famílias escreveu em 1818 um Nobiliário, cha-
mado do Guarda-Mor.

JOÃO AGOSTINHO PEREIRA DE AGRELA E CÂMARA -


Nasceu no Funchal em 1777 e morreu em 1835. Escreveu Genea-
logia da llha da Madeira em 6 tomos, que se encontra na Biblio-
teca Pública de Ponta Delgada.

FELISBERTO BETTENCOURT DE MIRANDA - Outro gene-


alogista madeirense, que escreveu na 1ª metade do séc. XIX Apon-
tamentos para a genealogia de diversas famílias da Madeira,
que está na Biblioteca Municipal Funchal.

JOSÉ BARBOSA CANAES DE FIGUEIREDO - Nasceu em


1804. Foi autor, além de outras, duma obra várias vezes edi-
tada, Costados de famílias ilustres de Portugal.

JOÃO CARLOS FEO CASTELO BRANCO E TORRES - Foi


sem dúvida o mais importante genealogista da 1ª metade do séc.
XIX. Além doutras obras e de muitos apontamentos escritos que
basearam trabalhos do Visconde de Sanches de Baena, mencione-
se a Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal pu-
blicada em 1838.

ALBANO DA SILVEIRA PINTO - Foi o autor duma Resenha


das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, em 2 volumes,
publicada em 1883 e 1890, com acrescentos de Sanches de Baena.

81
VISCONDE DE SANCHES DE BAENA - Nasceu em 1822 e
morreu em 1909. Escreveu muito sobre genealogia, embora tivesse
pouco espirito crítico e pouca erudição. Da numerosa obra genea-
lógica, que tem de ser compulsada com cuidado, destacam-se
as Memórias Historico-Genealógicas dos Duques Portugueses
do século XIX, publicada em 1883, e Famílias Nobres do Al-
garve, em 2 volumes, recentemente reeditada.

ANSELMO BRAAMCAMP FREIRE - Nasceu em 1849 e mor-


reu em 1921. Foi, sem dúvida, o maior dos genealogistas do séc.
XIX e o fundador em Portugal da genealogia científica. De toda a
sua notável produção, são indispensáveis, na genealogia, Os Bra-
sões da Sala de Sintra, com três edições, Sepulturas do Espi-
nheiro, 1901, e Crítica e História, 1910.

ANTÓNIO GARCIA RIBEIRO DE VASCONCELOS - Brás


Garcia de Mascarenhas, 1922.

EUGÉNIO DE CASTRO E ALMEIDA - Os Meus Vasconce-


los, 1933.

JAIME PEREIRA FORJAZ DE SERPA PIMENTEL - Livro


de Linhagens, 4 vols, 1913 a 1922, obra a que devem ser levanta-
das reservas.

ANTÓNIO PORTUGAL DE FARIA - Genealogia da Família


Possolo, 1892; Genealogia da Família Arrobas, 1895; Genealo-
gia da Família Faria, 1896; Genealogia da Família Barreiros,
1896; Genealogia da Família Portugal da Silveira, 1896; Gene-
alogia da Família Quinhones, 1896; Genealogia da Família
Corrêa de Lacerda, 1897; Résumé Genéalogique de quelques
unes des très nobles ascendences portugaises (de Lemos - de
Lacerda - de Araújo) de Monsieur le Duc de Bellune, 1904; No-
tas para a genealogia da Família Picaluga, 1906; Notas para a
genealogia da Família Germack, 1906;Descendence de D. An-
toine, Prieur de Crato, 1908; Vasconcellos, 1912.

82
JOSÉ BENEDITO DE ALMEIDA PESSANHA - Os Almiran-
tes Pessanhas e sua descendência, 1913.

JOSÉ AUGUSTO MENA FALCÃO CARNEIRO - Memória


Genealógica sobre Mênas e suas alianças, 1902; Memória Ge-
nealógica e Biográfica sobre Marinhos Falcões, 1904; Notícia
Histórica e Genealogia dos Abreus de Regalados, 1905.

AFONSO DE DORNELAS - Freire d'Andrade Salazar d'Eça


Jordão, 1911, Bases genealógicas dos Ataídes, 1913, Pereiras
de Ceuta, 1914, Dá Mesquita - subsídios para a histórica gene-
alógica d'esta família, 1911, Infantes - subsídios para o estudo
da origem d'esta família, 1915, (são de apor reservas ao entron-
camento inicial dos Infantes), Beltrões em Portugal, 1916, (tam-
bém são de levantar reservas ao entroncamento desta gente), D.
António Caetano de Sousa - a sua vida, a sua obra e a sua fa-
mília, 1918, Barros - subsídios genealógicos para o estudo do
ramo da Galiza, 1912, O Adail-Mór Luiz de Loureiro - referên-
cias à sua vida e à sua família, 1921, A ascendência de Eça de
Queiroz, 1921, todos in História e Genealogia, vols. I a XI; Dor-
nellas, separata do Tombo Histórico Genealógico de Portugal,
1911; Cesares, 1925, separata de estudo, e Títulares Portugueses
- Viscondes de Juromenha - resenha genealógica, ambos in
Apontamentos de Afonso de Dornellas, Vol.I; estudo Fernão de
Magalhães - elementos de e Elucidário Nobiliarchico, 1929,
vol.II; Os Almadas na História de Portugal, 1942.

EDUARDO CAMPOS DE CASTRO AZEVEDO SOA-


RES (CARCAVELOS) - Nobiliário da Ilha Terceira, 3 volu-
mes, 1ª edição 1908, 2ª edição terminada em 1950; Meneses,
in Archivo Nobiliarchico Portuguez, 1918-19.

JOSÉ DE SOUSA MACHADO - Últimas Gerações de entre


Douro e Minho, 2 volumes, 1931-32, recentemente reeditada; O
Poeta de Neiva, 1929; Uma Anotação ao Nobiliário de Felguei-
ras Gaio, in Arquivo do Alto Minho, 2-19 e 3-19.

83
FRANCISCO SOARES DE LACERDA MACHADO - Os
Morgados das Lages, separata, 1915; Dos que povoaram o Norte
da jurisdição das Lages, 1916; A Família Acciaioli, 1941.

FRANCISCO MANUEL ALVES, ABADE DE BAÇAL - Me-


mórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, vol.
VI, Os Fidalgos, reedição de 1981.

JACINTO DE ANDRADE ALBUQUERQUE DE BETTEN-


COURT - Bethencourt, e Brum da Silveira, ambos in Arqueo-
logia e História, 1923; Duques em Portugal e Marquezes em
Portugal, in Archivo do Conselho Nobiliarchico de Portugal,
1925 a 1928; Tavares, Andrades da Ilha de S. Miguel, e Bote-
lhos, in Tombo Histórico Genealógico de Portugal, vol.I.

LUIS FILIPE DE FREITAS DE ANDRADE ALBUQUER-


QUE DE BETTENCOURT - Regos da Ilha de S. Miguel, in Ar-
chivo do Conselho Nobiliárquico de Portugal, 1925.

ANTÓNIO VASCO REBELO VALENTE - Ensaios genealógi-


cos, 2 volumes; Jeronimo Rossi -fidalgo ceramista, 1921; À
Margem dos Nobiliários, 1931; Van Zeller - descendência de
Arnaldo João Van Zeller, 1932.

AUGUSTO BOTELHO DA COSTA VEIGA - Botelho,


in Tombo Histórico Genealógico de Portugal, vol. II; Aponta-
mentos para a história d'algumas famílias titulares originárias
da Beira, in ibidem.

JOSÉ AUGUSTO DO AMARAL FRAZÃO DE VASCONCE-


LOS - Um michaelense illustre do século XVII- Pedro de Sousa
Pereira, 1918 , e Famílias Titulares de Portugal-Conde de Cas-
tro e Solla, 1919, in Archivo Nobiliarchico Portuguez; Uma li-
nha genealógica de Gonçalo Augusto e Duarte Augusto do
Amaral Frazão de Vasconcelos, 1921;Apontamentos sobre a fa-

84
mília de Manuel Severim de Faria in O Instituto, Frois de San-
tarém, Soares da Motta, Sás e Seixas e Mottas Cerveiras, de
Almeirim - Carvalhosas e Garcezes Palhas, de Alenquer,
1921; Ligeiros apontamentos, 1922; António de Albuquerque
Coelho, in Arqueologia e História, 1922; Brazões e Genealogia,
1927-28.

FRANCISCO CANAVARRO DE VALADARES (RIBEIRA


DE PENA) - Sousas de Villa Pouca de Aguiar, in Archivo No-
biliarchico Portuguez, 1918-19.

D. FERNANDO FERRÃO DE TAVARES E TÁVORA - au-


tor genealogias manuscritas de famílias da Terra da Feira e da
Bairrada, que devem ser lidas com algum cuidado; Notas histó-
rico-genealógicas sobre a Casa de Ramalde, publicadas por seu
neto 1985

JOSÉ MANUEL DE NORONHA E BRITO MENESES DE


ALARCÃO, CONDE DOS ARCOS- Os restauradores de 1640
e os seus actuais representantes, in Archivo do Conselho Nobi-
liarchico de Portugal, 1925.

CONDE DE CASTRO E SOLA - Cerâmica brasonada, 2 vols.,


reedição em 1992.

Padre LUIS MOREIRA DE SÁ E COSTA - Descendência dos


Marqueses de Pombal, 1937.

RUI DIQUE TRAVASSOS VALDEZ - Livro de Oiro da No-


breza, (em co1aboração com o seguinte, em 3 volumes, 1932-34,
recentemente reeditado; Valdez, 1933; e Fonseca e Gouvêa, 1933.

DOMINGOS DE ARAÚJO AFONSO - Livro de Oiro da No-


breza (em colaboração com o anterior); Notícia genealógica da
família Ferreira Pinto Basto e suas alianças, 1946; Le Sang de

85
Louis XIV, 2 volumes, 1961, 1962; Da verdadeira origem de al-
gumas famílias ilustres de Braga e seu termo, dispersa por de-
zenas de números das revistas Minia e Bracara Augusta; Va-
ronias reais portuguesas, 1960, Famílias estrangeiras estabele-
cidas em Portugal - Os Champalimaud, 1962, Árvores de cos-
tados dos Grandes de Portugal - Duque de Cadaval, 1963, Du-
que de Lafões, 1963, Duque de Loulé, 1964, Duque de Palmela,
1964, Títulos portugueses usados em Espanha, 1968, Pereira
d'Eça, 1969, A varonia bracarense do poeta Correia Garção e
alguns dos seus descendentes, 1971,Subsídios para uma genea-
logia da família Pinto Coelho de Lisboa, 1971, todos in Armas
e Troféus.

SÉRGIO BIZARRO DE ANDRADA PINTO - e Ernesto de


Campos de Andrada - A genealogia do ramo primogénito das
famílias Andrada Pinto (Brazil e Campos de Andrada, Portu-
gal), 2 vols. 1922.

FERNANDO DE MENESES VAZ - Genealogia de numerosas


famílias madeirenses in Arquivo histórico da Madeira, in Re-
vista Genealógica Latina (S. Paulo, Brasil) 1952 e 1953, e in Das
Artes e da História da Madeira; Famílias da Madeira de Porto
Santo, incompleto, até parte da letra C.

JOÃO CABRAL DO NASCIMENTO (CARLOS DE


AGRELA) - Genealogia da Família Medina, 1930; genealogias
madeirenses publicadas in Das Artes e da História da Madeira.

LUÍS PETER CLODE - Registo Genealógico de famílias que


passaram à Madeira, 1952; Títulos nobiliárquicos relacionados
com a Madeira, in Das Artes e da História da Madeira, nºs 38
a 41; Genealogia da Família Andrada ou Andrade, 1977; Des-
cendência de D. Gonçalo de Avis Trastâmara Fernandes, 1983
(esta obra e a anterior devem ser lidas com cuidado pois contêm
erros e algumas conclusões pouco críticas); Freitas de Santa Cruz
in Islenha, nº 8.

86
RODRIGO RODRIGUES - A família do Dr. Gaspar Frutuoso,
in Livro Primeiro das Saudades da Terra, edição de 1966; vá-
rios livros de genealogia de gente dos Açores.

ARTUR DA MOTA ALVES - O Morgadio de Fontelas, 1937.

MARCELINO LIMA - Famílias Faialenses, 1923; Goularts,


1952.

JORGE FARIA MACHADO VIEIRA DE SAMPAIO - Subsí-


dios para a genealogia dos Farias Machados, 1938.

FERNANDO DE CASTRO DA SILVA CANEDO - Descen-


dência Portuguesa de El Rei D. João II, 3 volumes, 1945 e 1946,
e Famílias Canedo e Teixeira Guimarães da Vila da Feira, se-
parata do Arquivo do Distrito de Aveiro, 1950.

JOSÉ JOAQUIM PEREIRA DE LIMA - Mendanhas do


Campo de Coimbra, 1942; Pero da Covilhã e a sua descendên-
cia, 1954.

JORGE DE MOSER - Apontamentos Genealógicos e Heráldi-


cos, dactilografados, sobretudo relativos a famílias estrangeiras,
em + séries, 25 tomos, na Biblioteca Nacional de Lisboa. Colecção
Jorge de Moser 704.

JOSÉ DE CAMPOS E SOUSA - Mouzinhos de Albuquerque,


1935; Os Milhões de Calcutá, 1936; Breve notícia genealógica
da descendência do Barão de São José, de Porto Alegre,
1937; A Herança de Calcutá, 1943; Da origem dos Pintos e dos
Cams, 1945;Correias de São Miguel, 1950; Macedos de São
João Baptista de Castedo, in Boletim Cultural da Câmara Muni-
cipal do Porto, 1951; Frei João da Madre de Deus, 1954; Pro-
cesso genealógico de Camilo Castello Branco, 1956; Macedos
de Vilar de Maçada e outros desentroncados, in Armas e Tro-
féus, 1959; Loiça brasonada, 1961.

87
JOSÉ TIMÓTEO MONTALVÃO MACHADO - Os Mon-
talvões, 1948; Dos Pizarros de Espanha aos de Portugal e Bra-
sil, 1970.

JÚLIO ANTÓNIO TEIXEIRA - Fidalgos e Morgados de Vila


Real e seu Termo, 4 volumes, 1946 a 1952, recentemente reedi-
tado. (Deve ser lido com algum cuidado, pois por vezes não critica
devidamente as fontes donde obteve os dados, de onde advém in-
sistência em erros antigos).

FRANCISCO DE MOURA COUTINHO DE ALMEIDA


D'EÇA - Genealogias do Distrito de Aveiro, 11 pequenos volu-
mes, 1944 a 1946.

ÁLVARO DE AZEREDO MELO PINTO E LEME - Azeredos


de Mesão Frio - Seus ramos e ligações, 1914, reeditado em
1992; Azevedos Coutinhos de S. Martinho de Mouros, 1918;
Casas de Baião, 1938.

FRANCISCO CARLOS DE AZEREDO PINTO LEME E


MELO - Estudo genealógico que contém a origem e antigui-
dade dum Ramo da mui nobre e fidalga Gente de "Noronha"
e escudo de armas que lhe compete, 1937; Uma figura da Res-
tauração "D. Filipa de Vilhena", 1940; Os meus costados,
1960; Vasco da Gama, notas históricas e genealógicas, 1970.

ALBERTO DE MAGALHÃES QUEIRÓS - Uma Família Mi-


nhota, 1967 (actualizado por Maria Rita e José Roberto de Maga-
lhães Queirós).

AUGUSTO CÉSAR ESTEVES - O meu livro das gerações


melgacenses, 2 volumes, 1989 e 1991.

CÂNDIDO TEIXEIRA - Antiguidades, famílias e varões ilus-


tres de Sernache do Bom jardim, 1925.

88
TEOTÓNIO DA FONSECA - Apontamentos históricos e gene-
alógicos, 1927; Um punhado de genealogias, 1932.

ALEXANDRE DE LUCENA E VALE - O Bispo de Viseu D.


Diogo Ortiz de Vilhegas, 1934.

ANTÓNIO FERREIRA DE SERPA - Dados genealógicos e bi-


ográficos d'algumas famílias fayalenses, I Arriaga, 1910; Os
Flamengos na Ilha do Faial, A Família Utra (Urtere), 1929.

FREDERICO GAVAZZO PERRY VIDAL - Descendência de


S. M. F. El-Rei o Senhor D. João VI, 1923; O Beato João de
Brito, 3 volumes, 1940.

CAETANO BEIRÃO - El-Rei D. Miguel I e sua descendência,


1943.

CARLOS DE FIGUEIREDO VALENTE - Documentos e Ge-


nealogias, 1931; Os Teives e o morgado instituído por Diogo de
Teive, 1934.

HENRIQUE DE OLIVEIRA MOUTA - Dos Barros e Vascon-


celos, 1955.

ANTÓNIO MACHADO DE FARIA DE PINA CABRAL - Al-


guns grandes senhores de Espanha que passaram a Portugal,
1962; Gente da Beira, na revista Beira Alta, vols.XXXIX e segs.

MANUEL TOMÁS DE SOUSA MORIM PIMENTA DE CAS-


TRO - Dom Luís António de Sousa e a sua descendência, 1951.

CARLOS LOBO DE OLIVEIRA - Subsídios para um Tombo


Genealógico da província do Baixo Alentejo, separata da revista
Arquivo de Beja.

89
FERNANDO FALCÃO MACHADO - Os Cabedos de Setúbal,
separata do Boletim da Província da Estremadura, 1953.

ROGÉRIO DE FIGUEIROA REGO - diversas genealogias


manuscritas, sobretudo sobre a gente da região de Torres Vedras.

HEINRICH KATZENSTEIN - Notas genealógicas acerca de


algumas das mais antigas famílias de origem germânica fixadas
na Estremadura Portuguesa, separata do Boletim da Junta da
Província da Estremadura, 1949.

MANUEL ROSADO MARQUES DE CAMÕES E VASCON-


CELOS - Os meus Vaz de Camões, 1926; O beato João de Brito
e a família Freme, 1941; Albuquerques da Beira, 1948; Olivei-
ras e Cunhas, 2 tomos, 1962.

MANUEL SOARES DE ALBERGARIA PAES DE


MELO - Soares de Albergaria, 1952.

VISCONDE DE BOTELHO, JOSÉ GAGO DE MEDEI-


ROS - Resenhas Genealógicas dos Açores - Gagos da Câmara,
in Miscelânea, 1931; Os Botelhos de Nossa Senhora da Vida,
1957; Encontro com as Raízes - Origens da família Curvello e
do seu apelido, in Armas e Troféus, 1978.

MANUEL CARVÃO GUIMARÃES - Os Marques do Casal


Gorjão, 1972, e Abreus da Chamusca, 1974, ambos in Armas e
Troféus.

MARQUÊS DE S. PAIO - Breve notícia sobre a casa do Bor-


donhos, in Archivo Nobiliarchico Portuguez, 1918; Os Vasconce-
los Vilalobos do Alentejo, 1925; O Paúl de Boquilobos - os seus
pretendentes e os seus senhores, in Archivo do Conselho Nobili-
árquico de Portugal, 1925; Dois documentos anteriores à Nacio-
nalidade - Os Coutos de Paradela e Mazarefes, in O Archeologo
Português, 1925 e 1926; Famílias do Alentejo - Caldeiras Castel-

90
Brancos de Portalegre e Alter do Chão, 1943; No V Centenário
de Gil Vicente Subsídios para a sua descendência, 1965; Os
Mouzinhos, in Armas e Troféus.

LUÍS DE BIVAR GUERRA - História Genealógica de uma


farmília do Alentejo, 1949, A Casa da Graciosa, 1965; Bivares
em Portugal, separata de Armas e Troféus,1970, O Morgado do
Papo de Perdiz, 1974; cozinheiro de três Imperadores e a sua des-
cendência em Portugal, in In Memoriam Rúben A. Leitão, II
vol.1981.

MANUEL DE MELO CORREIA - Hintzes, 1964; Subsídios


para a genealogia da família Bensaúde, in Armas e Tro-
féus; Sangue velho sangue novo, 1988 (publicado postumamente
com critério defeituoso dos editores, pois foi alterado e acrescen-
tado por elementos apócrifos sem que fosse assinalado em quê e
onde).

ANTÓNIO PEDRO DE SOUSA LEITE - Novos elementos


para o estudo da grande família dos Gouveias humanistas,
1965, No V centenário de Pedro Álvares Cabral - a família de
D. Teresa de Andrade, Avó do descobridor, 1969, ambas in Bo-
letim da Academia Portuguesa de Ex-Libris; A propósito de uma
placa brasonada, in Armas e Troféus, 1979.

ABÍLIO PACHECO REBELO DE CARVALHO - Uma


"guerra de cem anos" em Amarante, 1961-62, in Armas e Tro-
féus; Pachecos - subsídios para a sua genealogia, 1985.

RUI MOREIRA DE SÁ E GUERRA - Genealogia dos Belezas


de Andrade, 1966; Genealogia dos Guimarães, in Estudos His-
tóricos e Genealógicos, 1974

JOSÉ LUIS SAMPAIO TORRES FEVEREIRO - Uma família


da Beira Baixa, 1972.

91
ANTÓNIO LAMBERT PEREIRA DA SILVA - Nobres Casas
de Portugal, em vários tomos, incompleto; Jules George Lam-
bert e a sua descendência, in Armas e Troféus, 1974

MARQUÊS DE ABRANTES, D. LUIS DE LENCASTRE E


TAVORA - O 1º Marquês de Abrantes, 1965; A Heráldica da
Casa de Abrantes - I - Goes e Lemos, 1966, A Heráldica da
Casa de Abrantes - Silveiras e Pestanas, 1968 A Heráldica da
Casa de Abrantes - III Valentes e Castelo Brancos, 1970, todos
in Armas e Troféus, Um Fidalgo português da Renascença - D.
Luiz da Silveira, 1º Conde da Sortelha, 1969, A Heráldica da
Casa de Abrantes - IV - Sás e Lencastres, in Boletim da Câmara
Municipal do Porto, 1970, Pereiras Titulares e Titulares Perei-
ras, 1971 (obra a que, a partir da p.97 e sobretudo 117, devem ser
postas grandes reservas), A Heráldica da Casa de Abrantes -
Adenda ao IV Tomo, separata de Boletim de Trabalhos Históricos,
1984.

ARMANDO DE SACADURA FALCÃO - Subsídios Genealó-


gicos para o estudo de algumas Famílias da Beira Baixa - Frei-
res Côrte Reais, separata de Estudos de Castelo Branco, 1965; Ca-
brais da freguesia de Nabais, termo de Gouveia, separata de
Beira Alta, 1967 e 1970; Pintos Álvares de Carvalho de Celorico
de Basto - subsídios genealógicos, in Armas e Troféus, 1967-
68; Moncadas - novos subsídios para a genealogia do ramo por-
tuguês desta família, separata de Armas e Troféus, 1981; A famí-
lia Pereira Jardim, separata de Armas e Troféus, 1984; Aponta-
mentos genealógicos - Massuellos de Porcuña; A família Schi-
appa Pietra, in Raízes & Memórias, 1992.

EUGÉNIO ANDREA DA CUNHA E FREITAS - Apontamen-


tos para a Genealogia da família Soares de Andrêa, 1934; Na-
varros de Andrade, Subsídios para a genealogia da família Campos,
1935; Carvalhos de Basto, em publicação desde 1977, vários vo-
lumes, em colaboração com outros autores.

92
ARMANDO ALMEIDA FERNANDES - D. Egas Moniz: de
Ribadouro, 1946; A Honra de Gouviães e a sua estirpe, in Ar-
mas e Troféus. 1970; Notas às origens Portucalenses, 1968; Por-
tugal no período vimaranense, 1971-72; Acção dos Cistercenses
de Tarouca, 1973-74, A Nobreza na época Vimarano-Portuga-
lense, 1977-79, Guimarães, 24 de Junho de 1128, 1978, Ado-
sinda e Ximeno, 1981-82, Os primeiros documentos de Santa
Maria de Salzeda, 1984-85, todos in Revista de Guimarães

JOSÉ MATOSO - A Nobreza Medieval Portuguesa, 2ª edição,


1987; Ricos-Homens, Infanções e Cavaleiros, 1982.

LUIS DE MELO VAZ DE SAMPAIO - Subsídios para uma bi-


ografia de Pedro Álvares Cabral, separata da Revista da Univer-
sidade de Coimbra, 1971, A família de Martim Afonso de Sousa
"o da Batalha Real", 1966, A varonia e os apelidos do 1º Vis-
conde de S. João da Pesqueira, 1974, "Sousa Machado" em
Vila Pouca de Aguiar, 1977, Bordonhos e Vilar de Perdizes,
1978, As distracções de D. António Caetano de Sousa, 1979, O
parágrafo segundo (em colaboração com Manuel de Melo Vaz de
Sampaio), 1980, Solução dum problema de "Loiça Brasonada",
1982-83, D. Nuno Soares, o que fez Grijó, 1985-86, todos in Ar-
mas e Troféus; Origem dos portugueses "de La Cerda", in Mis-
celânea Histórica de Portugal, V, 1986, From Alfonso VII to Al-
phonso X, Insistindo em Sancho Manuel, antepassado dos Sou-
sas Prado, 1989-90, in Armas e Troféus, A ascendência de D.
Afonso Henriques, in Raízes e Memórias, I a VII, 1988 a 1992; A
Condessa Mumadona Tia do Rei Ramiro, in Actas do I Colóquio
Galaico-Miñoto em Lugo; A família Costa Pessoa e o Santo Ofí-
cio induzido em erro, in Armas e Troféus, 1991.

CONDE DE CAMPO BELO - Homens de Atães, 1957.

ELÍSIO MEIRELES FERREIRA DE SOUSA - Os "Bragan-


ças da Província do Minho", 1973.

93
MARIA ADELAIDE PEREIRA DE MORAIS - Genealogias
vimaranenses, in Armas e Troféus, 1964 a 1966 (em colaboração
com MARIA HELENA CARDOSO DE MACEDO E MENE-
SES); Velhas casas, 11 publicadas, 1967 a 1990; Eugénia da Cu-
nha Peixoto ou o Morgado do Parto Suposto, 1977, e Estes são
os Dias de Meneses, de Guimarães, 1982-83, ambos in Armas e
Troféus.

MANUEL ARTUR NORTON, BARÃO DE S. ROQUE - Ge-


nealogia dos Vieiras e Britos da Casa de Vicente, 1963; D. Pe-
dro Miguel de Almeida Portugal, 1967; Albuquerques das Bei-
ras, in Armas e Troféus, 1974; numerosas genealogias em cartas
de brasão publicadas.

ARTUR VAZ OSÓRIO DA NÓBREGA - As pedras d'armas


do Museu de Etnografia e História do Douro Litoral, 1953; Pe-
dras de armas do concelho de Santo Tirso, 1957; Pedras de ar-
mas do concelho de Lousada, 1959; (em colaboração com Al-
berto de Laura Moreira); Pedras de armas de Matosinhos,
1960; Carneiros, Senhores da Capela de São Bento, in Armas e
Troféus, 1961; Pedras de armas do concelho da Póvoa do Var-
zim, 1962; Valles Peixotos de Villas-Bôas da Casa de Carvalho
de Arca, 1964. Subsídios para a genealogia dos Peixotos, in Ar-
mas e Troféus, 1972-73; Pedras de armas e armas tumulares do
Distrito de Braga, em 7 volumes, 1970 a 1985; (em colaboração
com António Júlio Limpo Trigueiros) A heráldica e a genealogia
no concelho de Barcelos, 1983.

CARLOS MACIEIRA ARY DOS SANTOS - Os Peixotos de


Santarém, dos Viscondes de Landal, 1961, Livros da Linhagem
dos Cunhas da Batalha, 1963, Os dois morgados de Selir, 1964,
in Armas e Troféus; Um aventureiro português do século XV;
1969 (obra a que devem ser apostas reservas); O "Marquezito"
de Gouveia, 1973, in Armas e Troféus; A ascendência brasileira
da Viscondessa de Manique do Intendente, in Misceldânea His-
tórica de Portugal, IV, 1984.

94
ARMANDO DE JESUS MARQUES - Os Reimões do Porto e
Riba-Douro no século XVI, in Boletim Internacional de Biblio-
grafia Luso-Brasileira, 1962; Subsídios para uma genealogia dos
Toscanos, in Armas e Troféus, 1967; Da estirpe portuguesa de
um candidato a São Bartolomeu de Salamanca, 1986.

JOSÉ ERNESTO DE MENESES FONTES - Genealogia da


Casa do Cabo em Fontes de Aguiar, 1969; A nossa ascendência,
in Armas e Troféus, 1979.

HENRIQUE DE VASCONCELOS E SÁ, BARÃO DE ALBU-


FEIRA - Uma família de Castro Daire, 1979.

FRANCISCO SIMAS ALVES DE AZEVEDO - A provável


origem do apelido Azevedo, dos da farmácia do Rossio, in Ar-
mas e Troféus, 1960; Uma linhagem notável da burguesia lisbo-
eta Os Ferreira de Simas, in Miscelânea Histórica de Portugal,
IV, 1984; Três árvores de costado, 1987; A ascendência do Con-
selheiro Almeida, 1989, e A árvore de costados do 1º Conde de
Sousa e Faro, 1991, in Raízes & Memórias.

JORGE DE PAMPLONA FORJAZ - O Solar de Nossa Se-


nhora dos Remédios, 1979; Os Monjardinos, 1987

AUGUSTO FERREIRA DO AMARAL - A varonia Ferreira


do Amaral, 1974; Barretos e Outros, 1976; Subsídios para a ge-
nealogia dos Pereiras Coutinhos, Marqueses de Soidos, in Mis-
celânea Histórica de Portugal, III, 1983; Genre de Mazagão, dac-
tilografado em 6 volumes.

JOÃO DE SOUSA DA CÂMARA - Antes quebrar que torcer,


1969; Raízes da independência, 1982, Fernando Pessoa, "Su-
pra-Camões, Brasões e gerações de avós, 1983.

95
ANTÓNIO ORNELAS OURIQUE MENDES - Genealogias da
Ilha Terceira, manuscrito, em colaboração com Jorge Pamplona
Ferraz.

GONÇALO NEMÉSlO - Azevedos da Ilha do Pico, 1987.

MANUEL ARNAO METELO - A carta de brasão de Diogo


Arnao, in Armas e Troféus, 1974; A Família Ferin em Portugal,
1976, e Os Arrudas - insigne escol familiar de arquitectos e en-
genheiros, 1985, ambas in Boletim da Academia Portuguesa de
Ex-Libris.

ANTÓNIO DE MATOS E SILVA - Notas à margem ao artigo


sobre a genealogia da Família "Inglês" de Tavira, in Armas e
Troféus, 1982-83; foi seu o principal contributo para o Anuário da
Nobreza, ano III, 2 tomos, 1985.

ANTÓNIO DE SOUSA LARA - Linhagens de Portugal, VI fas-


cículos, 1977 a 1990; Os Biancardi, in Miscelânea Histórica de
Portugal, III, 1983.

LUÍS FILIPE MARQUES DA GAMA - Subsídios para o es-


tudo da família do compositor Marcos Portugal, in Armas e
Troféus, 1977; A capela e o vínculo de Nossa Senhora da Pie-
dade do Chão Pardo no termo de Porto de Mós, in Armas e Tro-
féus, 1980; o Sargento-mor de Peniche José Leal Moreira, in
Miscelânea Histórica de Portugal, I, 1981; Os Malhões de Óbidos,
in Miscelânea Histórica de Portugal, III, 1983.

NUNO M. FERRAZ DE ANDRADE - co-autor de Carvalhos de


Basto, acima referida.

FRANCISCO MAIA E CASTRO - co-autor de Carvalhos de


Basto.

96
MAURÍCIO ANTONINO FERNANDES - co-autor de Carva-
lhos de Basto.

JORGE DE BRITO E ABREU - A carta de armas (inédita) de


António Cota Falcão, in Armas e Troféus, 1972; numerosas ge-
nealogias manuscritas, sobretudo sobre gente do Ribatejo, da
serra da Estrela e do Alentejo.

ANTÓNIO DE SOUSA BRANDÃO - Os Morgados de Sto. An-


tónio do Cruzeiro de Oliveira de Azeméis, 1975; Moutinhos de
S. João da Madeira e Pinhos de Arrifana de Santa Maria, in
Armas e Troféus, 1980; A descendência portuguesa do General
Napoleónico Andoche Junot, in ibidem, 1982; e (sob o pseudó-
nimo de Américo Brasil) Corrupção e Incompetência no Car-
tório da Nobreza, 1986.

JOSÉ CARLOS DE ATAÍDE DE TAVARES - Amarais Osó-


rios, Senhores da Casa de Almeidinha, 1986; O último fidalgo
de Santo António de Favaios, in Raízes & Memórias, 1988.

JOSÉ GUILHERME CALVÃO BORGES - Algumas conside-


rações em torno da carta de armas de Manuel Álvares Calvão,
in Armas e Troféus, 1977; Os Camões flavienses, in Armas e Tro-
féus, 1978; Heráldica dos Camões flavienses, in Armas e Tro-
féus, 1979;Genealogia dos Camões flavienses, in I Colóquio Ga-
laico-Minhoto, 1981; Barros de Carrazedo de Montenegro, in
Armas e Troféus, 1981; Uma ignorada ascendência Alcoforado,
in Armas e Troféus, 1982-83; A Família de Camões, in Miscelâ-
nea Histórica de Portugal, V, 1986; Machados Pintos de Vascon-
celos, in Armas e Troféus, 1985-86.

GONCALO DE AGUIAR CABRAL - A propósito de umas pe-


dras tumulares da vila de Batalha, in Armas e Troféus, 1980.

97
RUI DO AMARAL LEITÃO - Morgados de Santo André de
Santiago de Besteiros, 1982; Ascendência e descendência de
Francisco de Paula de Sousa e Meneses, 1983.

MARCELO OLAVO CORREIA DE AZEVEDO - Considera-


ções a respeito de Diogo Gonçalves de Azevedo ou de Castro e
Diogo Gonçalves de Castro, 1984, e Ascendência e descendên-
cia de D. Joana Gil de Borja de Macedo e Meneses e de seu
irmão D. José Gil de Borja de Macedo e Meneses, 1987-88, in
Armas e Troféus; Correas Herédias da Ilha da Madeira,
1987, Estudos vários, 1988, 1990 e 1991, Em seguimento das
cartas de brasão do Sargento-Mor Manuel Álvares de Crasto e
de sua Mulher D. Maria Joana Jacinta Pereira Leal do Lago,
(em co1aboração com Segismundo Pinto) 1992, in Raízes & Me-
mórias.

JOSÉ ALBERTO DE FARIA XEREZ - Os Cides de Santarém,


in Armas e Troféus, 1984.

CARLOS DE BRITO NAVARRO - Navarro e Sottomayor,


1986.

JACINTO MONIZ DE BETTENCOURT - O Morgadio de Vi-


lar de Perdizes, 1986.

JOSÉ CABRAL PINTO DE RESENDE e MIGUEL PINTO


DE RESENDE - Famílias nobres nos concelhos de Cinfães,
Ferreiros e Tendais nos sécs. XVI, XVII e XVIII, 1988.

JOSÉ MARIA ABECASSIS - Genealogia Hebraica, 5 volumes,


1990-91.

VASCO DE BETTENCOURT SAMPAIO - Ascendência e


descendência do Conselheiro Nicolau Anastácio de Betten-
court, 1991.

98
JOSÉ CARLOS LOURINHO SOARES MACHADO - Quatro
interrogações acerca da origem dos "Castros" de Moncorvo,
1987.

RUDOLFO DE CASTRO LEAL - A casa senhorial do Prado


na mitificação de uma falsidade, 1988, Fermil II (Carvalhos de
Basto: um paradigma fictício?), 1990, Provas, 1991 todos in Raí-
zes & Memórias.

JOÃO VILAVERDE COTRIM - A família do Arquitecto Sar-


gento-mor Mateus Vicente de Oliveira, 1988, Famílias de Ar-
ruda 1988, Fragosos - Capitão Nuno Álvares Pereira - Tor-
neios, todos in Raízes & Memórias.

GONÇALO SOARES DE ALBERGARIA E SOUSA - Melos


de Santar, in Raízes & Memórias,1988-1989.

NUNO CANAS MENDES - Três séculos de uma família de Ar-


raiolos, in Raízes & Memórias, 1989.

LUIS BERNARDO CARNEIRO PINTO - Descendências e


Origens, I a VI, in Raízes & Memórias, 1989 a 1992.

PEDRO PAES DE VASCONCELOS - Os Salviatis e um ramo


da sua descendência em Portugal, 1982; Dedução genealógica
sobre mais alguns descendentes do Desembargador Luis de
Oliveira Figueiredo, in Raízes & Memórias, 1990.

ANTÓNIO MARIA DE ASSIS - Gens Transtagana, in Raízes


& Memórias, 1992.

GONCALO DE MELO GUIMARÃES - diversas genealogias


dactilografadas, nomeadamente sobre Melos e sobre famílias
do Alentejo.

99
JOSÉ KROHN DA SILVA - diversas genealogias, manuscri-
tas, incluindo famílias do Alentejo.

100
FONTES DA GENEALOGIA EM PORTUGAL
In Raízes & Memórias nº 9

Augusto Ferreira do Amaral28

Alexandre de Mendonça
"Mendonças Montalvos de Santarém" (14º/73)

António Capucho e Marcelo Olavo Corrêa de Azevedo


"Um complemento à série dos Reis de Armas Portugal feita pelo
Visc. Sanches de Baena" (2º/10)
"A Carta de Brasão do Tenente Coronel Joaquim José Pinto de
Gouveia" (4º/ 97)
"Considerações a propósito da Carta de Brasão do Desembargador
Luís de Oliveira de Figueiredo e Almeida " (5º/59)

António Carlos Godinho Janes Monteiro


"Processos de Ordens Menores do Arquivo Distrital de Évora"
(11º/17; 12º/235; 14º/249; 15º/205)

António F. da Franca Ribeiro


"Memorial das famílias do Cadaval - I Francas da Horta" (15º/15)

António Manuel Prates Godinho de Carvalho


"Raposos de Montargil e Ponte de Sôr" (13º/75)

28 Advogado e genealogista português. Fonte: http://janesmonteiro.pagi-


nas.sapo.pt/obraseautores.html
101
António Manuel Reis de Bivar Weinholtz
"Exercícios e Teoremas Genealógicos" (12º/3)

António Maria de Assis


I - "As notícias genealógicas de João de Araújo da Rocha Bocarro"
(8º/209)
II - "Ortas - Adescendência portuguesa de Manuel de Orta, de
Alosno" (10º/175)

António de Mattos e Silva


Nota de Abertura: "Está conforme o original. Estará?" (3º/1)

Armando de Sacadura Falcão


I - "Massuelos de Porcuña; II - "A família Schiappa Pietra" (8º/51)

Augusto Ferreira do Amaral


"Fontes da Genealogia em Portugal" (9º/55)

- Carlos Ary dos Santos


"Lemos, de Gondelim - Uma descendência ignorada" (6º/127)

- Carlos Lourenço Bobone


"Apelidos em Portugal" (3º/83)

- Edgar Hans Brunner


"Mais uma vez: Os Condes D. Henrique e D. Raimundo teriam des
sido parentes ou não?" (3º/57)
"Apontamentos sobre dois estudos ainda por fazer: o das origens
da ascendência do Conde D. Henrique e o porquê da ausência de
características ditas capetíngeas na heráldica da Família Real por-
tuguesa" (5º/9)
"Antepassados suíços de famílias portuguesas" (9º/39)
"Dois grandes trovadores medievais antepassados de famílias por-
tuguesas" (10º/17)

102
- Filipe Pinheiro de Campos e Lourdes Leitão Bandeira Pires
"Notícia Histórico-Genealógica da Família Leitão Bandeira, de
Bragança" (14º/93)

- Francisco de Simas Alves de Azevedo


"Três Árvores de costado" (1º/29)
"Recensão de obra declaradamente rara" (2º/14)
"A ascendência do Conselheiro Almeida" (4º/89)
"Os brasões de armas de SS. AA. Os Infantes D. Miguel e D. Hen-
rique" (5º/47)
"Genealogia e curiosa heráldica dum Vice-Rei descendente de
Reis" (6º/15)
"A árvore de costados do 1º Conde de Sousa e Faro" (7º/103)
"Holstein em Portugal, um apontamento" (13º/3)
"Médicis e os portugueses" (15º/135)

- Francisco Vilardebó Loureiro


"Relação dos primeiros alunos do Colégio Militar" (15º/155)

- Gonçalo Soares de Albergaria e Sousa


"Melos, de Santar" (3º/126; 4º/109)

- D. Gonçalo de Vasconcelos e Sousa


"Os esponsais dos Condes da Calheta: um episódio português na
corte de Luís XIV" (9º/151)
"Notas para o estudo de algumas personagens da corte do Rei D.
Pedro II" (10º/31)
"Uma lista de Notáveis residentes no Porto em meados do Séc.
XIX, (11º/121)

- João Baptista Malta


"Subsídios para a biografia do Cor. Albino Pimenta de Aguiar
Mourão" (11º/185)
"Os Sousa Botelho de Moraes e Vasconcelos de Mello de Mattos e
Noronha" (14º/13)

103
- João de Castro e Mello Trovisqueira
"Histórias que um Teliz pode contar" (14º/3)

- João de Macedo Sá Barros


"Registos genealógicos - Como protegê-los (2º/48)

- João Vilaverde Cotrim


"A família do Arquitecto Sargento-Mor Mateus Vicente de Oli-
veira (2º/57)
"Famílias de Arruda" (3º/101; 7º/129)
"Gornes Eanes de Freitas, um inventor do Século XV" (14º/175)

- José Bayolo Pacheco de Amorim


"Uma forma de indicação numérica das linhas ascendentes"
(6º/111)

- José Carlos de Athayde Pinto de Mascarenhas


"Costados" (13º/271)

- José Carlos de Athayde de Tavares da Cunha Cabral


"Notas de Abertura" (1º/1,5º/1, 8º/1,9º/1, 12º/1; 13º/1)
"O último fidalgo de Santo António de Favaios" (2º/21)
"A tertúlia do Café Chiado" (4º/217)
"Em desagravo dos Reis de Portugal" (11º/251)

- José Carlos Lourinho Soares Machado


"Quatro interrogações à cerca das origens dos "Castros" de Mon-
corvo" (1º/11)
"Nota de Abertura: Genealogia, que perspectiva?" (2º/1)
"Os primeiros passos na investigação genealógica - Padrinhos e fo-
tocópias" (4º/49)
"Um nobiliário transmontano do séc. XVIII" (9º/105)

- Pde. José Fernandes de Almeida


"A Colegiada de Ourém e os seus Ministros" (2º/79)

104
- José Filipe Menéndez
"Francisco Jose de Miranda Duarte - Percursos de um magistrado
setecentista" (9º/163)

- José Guilherme Calvão Borges


"Fazer Genealogia" (1º/3; 2º/3; 3º/3; 4º/3; 5º/3; 6º/3; 7º/9)
"O Milenário" (2º/53)
"Nota de Abertura: O nosso Cartão de Sócio" (6º/1)
"Lisboa Bravo, um genealogista singular" (6º/113)
"Morgados de Casas Novas" (10º/63 e 11º/75)
"Cartas de Brasão Inéditas" (12º/69;14º/47) José Manuel de Seabra
da Costa Reis
"A Origem da família Lobato de Faria" (11º/13)

- José Mattoso
"Sobre as genealogias medievais portuguesas" (13º/285)

- Lívio Correia
"Vasconcelos - Emendas e aditamentos a Felgueiras Gayo"
(13º/11)

- Lourenço Correia de Matos


"Notas genealógicas de uma família beirã" (11º/67)

- Luís Bernardo Mendes de Vasconcelos Carneiro Pinto


DESCENDÊNCIAS E ORIGENS
I - "Casa das Quartas, em Stª Leocádia de Baião" (4º/61)
II - "Casa do Agrelo e Casa do Valdonêdo, em Penha Longa, e
Nova, em Sande, Marco de Canaveses" (5º/37)
III - "Casa de Vila Cova, em S. João do Grilo", "Casa da Aldeia,
em Sande" e Casa de Rande em Penafiel (6º/147)
IV - "Morgados de Dornas, em Pretarouca (Lamego) e da Casa da
Quebrada, em Loureiro, Resende" (7º/111)
V - "Casa da Agela, em Penha Longa" (7º/116)
VI - "Casa da Roupeira, em Stª Leocádia de Baião" (8º/183)
VII - "Casa do Miradouro, em Stª Leocádia de Baião" (10º/113)
VIII - "Casa de Vimieiro, em S. Martº de Sande" (11º/155)
105
IX - "Casa de Carrapatelo, em Penhalonga" (12º/139)
X - "A Casa de Campos, Penhalonga" (14º/229)

- D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora, Marquês de Abran-


tes
"Os Reis de Portugal e o sangue capetíngeo" (3º/67)
"Um português em bolandas" (5º/53)
"A heráldica no contexto da Crónica do Imperador Maximiliano"
(6º/95)
"A evolução do timbre em Portugal" (9º/25)

- Luís de Mello Vaz de São Payo


"Os Naturais - Séc. XIII e XIV" (1º/45)
"A ascendência de D. Afonso Henriques" (2º/29; 3º/7; 4º/19; 5º/21;
6º/23; 7º/33 e 8º/3)
"Le Portugal et sa Noblesse" (5º/101)
"A linha da sucessão" (9º/3)
"O descobridor do Congo e o apelido Cão" (9º/135 e 10º/127)
"A República do Faz de Conta" (10º/7)
"Famílias de Chaves" (12º/149; 13º/95; 14º/145; 15º/101)

- Luís Soveral Varella


"A Família Aredo Soveral" (12º/29; 13º/153)

- Manuel Abranches de Soveral


"Meirelles Barretto de Moraes" (14º/25)

- Manuel Arnao Metello


"Assentos paroquiais dispersos: Aldeia Galega da Merce-
ana" (1º/37; 2º/153; 3º/ 183; 4º/199; 6º/195; 7º/191; 8º/243; 9º/193
e 12º/265)
"Gente d'Algo - Pessoas mencionadas nas cartas do brasão coligi-
das pelo Visconde Sanches do Baena" (2º/97; 3º/147; 4º/171;
5º/165; 8º/131; 9º/ 269; 10º/229; 11º/199; 12º/211 e 13º/207)
"Notas do Abertura": (4º/1; 7º/1; 11º/1 e 15º/1)
"Os Vasas em Portugal - Família do chamado Oeste, de origem
talvez sueca" (13º/39)
106
- Manuel Artur Norton
"Certidão Genealógica (Carta do Brasão de Amias LXVIII)"
(20/87)
"Certidão Genealógica II" (3º/78)
"Carta de Brasão de Armas LXXXIII" (6º/7)
"Classificação heráldico-genealógica" (6º/175)
"As armas da família flamenga Van der Haagen" (7º/97)
"Da esfragística municipal medieval" (8º/125)
"Das famílias burguesas de Caminha e seu termo" (9º/187)
"Certidão Genealógica: António Luís Rangel de Sequeira Car-
neiro" (10º/55)
"Quatro "novas" Cartas de Brasão" (15º/3)
"Relação de todas as Cartas do Brasão até agora coligidas e publi-
cadas por..." (150/141)

- Manuel Inácio Pestana


"Pautas municipais de Vila Real - 1663 /1665" (4º/103)
"Pautas municipais de Lamas de Orelhão de 1657 a 1680" (5º/65)
"Pautas municipais de Vale de Nogueira e do Ruivães" (14º/281)
"Diogo de Sando e Vasconcelos Côrte Real - I" (15º/9)

- Manuela Mendonça
"Do Torre do Tombo a Arquivo Nacional" (7º/3)

- Marcelo Olavo Corrêa de Azevedo


"Corrêas Herédias da Ilha da Madeira" (lº/23)
"Um complemento à série dos Reis de Armas Portugal feita pelo
Visconde do Sanches de Baena" (Em colaboração com António
Capucho) (2º/10)
Estudos Vários: I - "Origem dos Roquetes em Portugal" - II - "Ge-
nealogia dos Garins em Portugal" - III - "Um ramo dos Britos do
Évora" (3º/115)
Estudos Vários; IV - "Teixeiras Beltrões" - V - "Corrêas nobres da
Ilha da Madeira" (6º/159)
Estudos Vários: VI - "Pereiras d'Eças Albuquerque Lobato"
(7º/171)
107
"A Carta do Brasão do Ten. Coronel Joaquim José Pinto do Gou-
veia" (Em colaboração com António Capucho) (4º/97)
"Considerações a propósito da Carta do Brasão do Desembargador
Luís de Oliveira de Figueiredo e Almeida" (Em colaboração com
António Capucho) (5º/59)
"A Carta do Brasão do Armas do Sargento-Mor Manuel Alves ou
Álvares do Crasto" (8º/107)
"Em seguimento das Cartas de Brasão do Sargento-Mor Manuel
Álvares de Crasto e de sua mulher D. Maria Joana Jacinta Pereira
Leal do Lago" (Em colaboração com Segismundo Pinto) (8º/117)

- Maria de Lourdes Calvão Borges


"Heráldica Imaginária Portuguesa - O caso do Palmeirim" (Em co-
laboração com J. G. Calvão Borges) (4º/73)
"Cartas de Brasão Inéditas" - I (Em colaboração com J. G. Calvão
Borges) (12º/69; 14º/47)

- Nuno Canas Mendes


"Três séculos de uma família de Arraiolos: Mexia Lobo Corte-
Real" (4º/55)

- Nuno Cardoso da Silva


"A Linha da Sucessão" - A propósito de um estudo de L. M. Vaz
de São Payo" (10º/2)

- Nuno Gonçalo Pereira Borrego


"Família Cárcamo" (12º/81)

- Pedro de Castro Motta Paes de Vasconcellos


"Dedução genealógica sobre mais alguns descendentes do Desem-
bargador Luís de Oliveira Figueiredo" (6º/141)

- Rodolfo de Castro Leal


"A origem dos fundadores dos Solares de São Romão e de Melho-
rado" (1º/5)
"A casa senhorial do Prado na mitificação de uma falsidade"
(2º/17)
108
"A quinhentista Carta de Brasão de Miguel Sobrinho Dá Mesquita"
(3º/99)
"Fermil II - Carvalhos de Basto: um paradigma fictício?" (6º/59)
"Provas" (7º/13; 9º/51)

- Rui Amaral Leitão


"Nota de Abertura": (10º/1)

- Salvador Sampaio Garrido


"Fernão Teles" (7º/81)

- Segismundo Pinto (Em colaboração com Marcelo Olavo Cor-


rêa de Azevedo)
"Em seguimento das Cartas de Brasão do Sargento-Mor Manuel
Álvares de Crasto e de sua mulher D. Maria Joana Jacinta Pereira
Leal do Lago" (8º/117)

- Washington Marcondes Ferreira Neto


"Estudo preliminar para uma heráldica comparativa no Brasil"
(14º/63)

- Y. H. M. Nijgh
"Apelidos neerlandeses em Portugal" (6º/169)

109
110
Obras genealógicas dos séculos XVII a XIX29
Carlos de Almeida Barata30

O tema que segue, tem apenas a finalidade de dar conhecimento 'as


antigas obras genealógicas feitas por brasileiros. Acredito que, em
algum momento, possa ser útil para os que investigam as nossas
raízes.

No ano de 1997, publiquei um livro dedicado aos estudos históri-


cos, biográficos e genealógicos dos antigos presidentes do Senado,
no período imperial brasileiro. Tem por título: " Presidentes do Se-
nado no Império" e, subtítulo: - Uma Radiografia Histórica, Gene-
alógica, Social, Política e Diplomática do Brasil Imperial", 1997,
783 páginas. Obra premiada pela Academia de História de São
Paulo - Prêmio " Clio" de História.

Pois bem:

No Capítulo II (pág. 149), dediquei-me ao tema: Fontes de pesqui-


sas para a elaboração das Genealogias dos Capítulos da Parte II.

Foi subdividido nos seguintes parágrafos:

I – Antroponímia
II - Paleografia; e

29
Obtida no Fórum da página Geneall.net (http://geneall.net/it/fo-
rum/67051/obras-genealogicas-seculos-xvii-xix-brasil/#a67051)
30
Genealogista de renome, ex-presidente do Colégio Brasileiro de Gene-
alogia, autores de inúmeros trabalhos na área.
111
III - Fontes Genealógicas

O parágrafo III - Fontes Genealógicas, foi subdividido nos seguin-


tes temas:

A. Arquivos de Família
B. Arquivos Públicos
C. Arquivos Particulares- Públicos
D. Arquivos Genealógicos – Particulares
E. Arquivos Eclesiásticos
F. Outras Fontes
G. Biografias
H. Impressos e Manuscritos Genealógicos

Foi neste último parágrafo - Impressos e Manuscritos Genealógi-


cos - que desenvolvi um tópico intitulado: Obras Genealógicas dos
Séculos XVII a XIX, que transcrevo a seguir:

OBRAS GENEALÓGICAS DOS SÉCULOS XVII – XIX

A lista que segue, tem por base, consultas realizadas na seção de


obras raras de Biblioteca Nacional, Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, Colégio Brasileiro de Genealogia, Arquivo Nacional,
Real Gabinete de Leitura Portuguesa, Biblioteca do Itamarati, e Ar-
quivos Particulares.

Podemos considerar esta listagem, uma primeira tentativa de se ca-


talogar estas raras obras referentes à genealogia, pertencentes aos
séculos XVI - XIX, ainda não levado a efeito por outros pesquisa-
dores. São 69 títulos:

BAHIA

1. FREI ANTONIO DE SANTA MARIA JABOATÃO (1695-


1763) - Catálogo genealógico das principais famílias que procede-
rão de Albuquerques, e Cavalcantes em Pernambuco, e Caramurús
na Bahya, tiradas de Memórias, Manuscriptos ãtigos, e fidedignos,
112
authorizaos por algus Escriptores... por Frei Antonio de S. Maria
Jaboatão". 1768. Trabalho manuscrito, original, in-fol, de 546 pp.,
que ficou inédito até sair publicado pela Revista do Instituto His-
tórico e Brasileiro, em 1889 (Tomo LII), com 497 páginas. Em
1945, houve nova impressão nas Revistas do Instituto Genealógico
da Bahia. Nova edição em 1947, pelo mesmo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, vol.191, adaptado e desenvolvido por
Afonso COSTA, com 279 págs. Nova edição (4ª), impressa, em
1950, na íntegra, pelo mesmo Instituto Genealógico da Bahia, Sal-
vador, Imprensa Oficial, com 373 págs.

2. SALVADOR MONIZ BARRETO DE ARAGÃO E MENEZES


- "Genealogia dos Munizes da Bahia" - (Biblioteca Nacional, In-
fol. 11 págs. - anterior a 1881)

3. "Descendência de Martinho Lopes Sueiro e sua m.er. D. Anna


Per.ª, Instituidores de Encapelado de S. Gonçalo do Poço na V.ª de
Santo Amaro da Purificação. Sem nome e data. 3 folhas. (Biblio-
teca Nacional - anterior à 1881).

4. "Apresentação de D. Catarina Francisca Corrêa de Aragão, avó


e irmã de José Pires de Albuquerque, pedindo o sequestro dos bens
que a êste perteceram até ser resolvido a validade do testamento
que deixara. Sem nome e data (Século XVIII). 6 pp. (Biblioteca
Nacional)

5. "Tronco da família de Joaquim Jozé Ezequiel de Almeida Galião


(da Bahia). Sem nome e data. 7 fls. (Biblioteca Nacional - anterior
a 1881)

6. "Família dos Costa Limas q ultimam.te se enlaçou com M.el J.e


de Alm.da Couto e M.el Joaq.m de Alz Ribr.º fº natural do Neg.e
que aqui houve M.el Joaq.m Alz Ribr.º - Família dos Costas Fer-
reiras - Família do Dez.or Antº Luiz Pereira da Cunha, depois
Conde, Marquez de Inhambupe. - Família dos Cardozos dos S.tos
Acciolis, e Brant Pontes, hoje Marquezes de Barbacena, e Ciq.ras

113
Limas - Família de Prudencio Jozé da Cunha Valle. - Trnco da Fa-
mília da Caza dos Snr.s da Torre que está prezentem.te na dos Pires
de Carv.º e Albq.re. (Biblioteca Nacional, manuscrito de 14 ff. an-
terior a 1881)

CEARÁ

1. ANTONIO CYRILLO DE QUEIROZ - "Genealogia da Família


Queiroz, desde 1630 a 1820". Fazenda do Açude, Quixadá,
15/04/1895, 81 fls.

2. GUILHERME STUDART - "História do Ceará. Família Castro


(Ligeiros apontamentos). Ceará, 1883, in-8º.

MARANHÃO

1. JOSÉ JOAQUIM RODRIGUES LOPES (Barão de Mattoso -


nascido no Maranhão) - "Plani-história ou resumo synoptico-histó-
rico-genealógico do Império do Brasil e do reino de Portugal e das
famílias reinantes mestes paizes, offerecido a SS.MM. os senhores
D. Pedro II, Imperador do Brazil e D. Pedro V, Rei de Portugal.
Pernambuco, 1858, in-fol. (Existiu segunda edição no Rio de Ja-
neiro, 1877, in-fol.)

MINAS GERAIS

1. ARTUR CAMPOS - "Traços Genealógicos - Livro de Famílias


Entre Rios. 1900, in-8º.

2. BRAZ CARNEIRO NOGUEIRA DA COSTA E GAMA, Conde


de Baependi (1812-1887) - "BIOGRAPHIA DOS BRASILEIROS
ILLUSTRES POR ARMAS, LETRAS, VIRTUDES, ETC. -
Apontamentos Biographicos da Família BRAZ CARNEIRO LEão,
do Rio de Janeiro, pelo Sócio Corespondente Senador Conde de
Baependy. (M.S. do século XIX, oferecido ao Instituto Histórico,
pelo 1º vice-presidente Dr. Joaquim Manuel de Macedo.

114
3. PEDRO CALDEIRA BRANT, Conde de Iguassú (1814-1881) -
Memórias Genealógicas. Seculo XIX.

PARÁ

1. MANUEL DE MELLO CARDOSO BARATA (1841-1916) -


"Apontamentos Genealógicos do Coronel Francisco José Rodri-
gues Barata". Códice do final do século XIX. Manuscrito. Coleção
particular da Família Barata.

2. MANUEL DE MELLO CARDOSO BARATA (1841-1916) -


"Apontamentos Genealógicos do Coronel Manuel Joaquim Pereira
de Souza Castilho Feyo". Códice do final do século XIX. Manus-
crito. Coleção particular da Família Barata.

3. MANUEL DE MELLO CARDOSO BARATA (1841-1916) -


"Apontamentos Genealógicos do Visconde de Cabo Frio". Códice
do final do século XIX. Manuscrito. Coleção do Instituto Histórico
e Geografico Brasileiro.

4. MANUEL DE MELLO CARDOSO BARATA (1841-1916) -


"Apontamentos Genealógicos do Visconde de Cabo Frio". Códice
do final do século XIX. Manuscrito. Coleção particular da família
CAMPOS DA PAZ.

5. MANUEL DE MELLO CARDOSO BARATA (1841-1916) -


"Apontamentos Genealógicos da Família Chermont". Códice do fi-
nal do século XIX. Manuscrito. Coleção da Família CAMPOS DA
PAZ.

6. CONDE DE CARDEZ - "ORIGINE DE LA FAMILE GUÉRIN


DE CHERMONT, Paris, 1900. Este trabalho foi levantado pelo
Conde de Cardez, em 1900, a pedido do Senador e Historiador pa-
raense Manuel de Mello Cardoso Barata. Manuscrito. Coleção da
Família CHERMONT DE MIRANDA.

115
7. VICENTE CHERMONT DE MIRANDA (1849-1907) - "Apon-
tamentos Genealógicos da Família Chermont". Códice do final do
século XIX. Manuscrito. Coleção da Família CHERMONT DE
MIRANDA.

8. "Família ENGELHARD" - Manuscrito genealógico do século


XIX. Coleção particular da Família Engelhard Martins - Pará.

9. "Família CHERMONT" - Gráfico manuscrito genealógico per-


tencente ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Sem data.
A última data anotada no gráfico é de 1790. Medidas: 30 cm x 40
cm.

PERNAMBUCO

Os levantamentos que seguem sobre Pernambuco, estão mais adi-


antados que os demais Estados, em vista de termos elaborado, an-
teriormente, um sobre antigas publicações genealógicas em Per-
nambuco. Parte deste trabalho, foi publicado, em tres exemplares,
do Boletim do Colégio Brasileiro de Genealogia: n.º 16 (Agosto de
1990); n.º 17 (Outubro de 1990); e n.º 18 (Dezembro de 1990) -
sob o título "Pernambuco - Um Sonho Genealógico".

1. AFFONSO DE ALBUQUERQUE DE MELLO - "Genealogia


da Família Sá e Albuquerque e dos Paes Barreto". Elaborada antes
de 1770, acompanhada de comentários de autoria de um Sacerdote
da Congregação do Oratório. (manuscrito)

2. ANTONIO FEIJÓ DE MELLO - autor de uma "Relação dos fi-


lhos legítimos e naturaes que teve Jeronymo d'Albuquerque, seu
bisavô, dos seus casamentos e dos netos que de cada um delles
teve". Manuscrito de cerca de 1666, citado por Borges da Fonseca.

3. ANTONIO GOMES DE MIRANDA LEAL - Genealogia da Fa-


mília Leal, trabalho encetado para o Vigário João Evangelista Leal,
116
Periquito, continuado pelo Brigadeiro Antonio Gomes Leal e con-
cluído a 31 de Dezembro de 1864 pelo negociante Antonio Gomes
Miranda Leal autor desta nova edição, & Pernambuco, Typ. do Jor-
nal do Recife, 1876, in-8º gr. de 144 pp. Há nova edição aumentada
com as alterações ocorridas de 31 de Dezembro de 1875 a 31 de
dezembro de 1884. Recife, 1885, 291 págs.in-4º

4. ANTONIO HERCULANO DE SOUZA BANDEIRA (1857-


1884) - Apontamentos Genealógicos sobre a Família Souza Ban-
deira". Foram continuados por sua neta D .Helena Vaughan.

5. ANTONIO DA MAIA - Elaborou, em conjunto com outros, um


trabalho sobre a "Genealogia Pernambucana", cujos Manuscritos
estiveram, em 1748, em mãos de Borges da Fonseca.

6. FREI ANTONIO DE SANTA MARIA JABOATÃO (1695-


1763) - "Discurso histórico, geográfico, genealógico, político e en-
comiástico, recitado em a nova celebridade, que dedicam os pardos
de Pernambuco, ao santo da sua cor, o beato Gonçalo Garcia. Lis-
boa, Officina de Pedro Ferreira, 1751, 52 págs.

7. ANTONIO JOSÉ VICTORINO BORGES DA FONSECA -


"Nobiliarchia Pernambucana que contem as memórias genealógi-
cas das famílias mais distinctas, com a notícia da origem, antigui-
dade e successão de cada uma delas." - Obra iniciada em 1749, e
finalizada por volta de 1777. Quatro volumes com 517, 585, 663 e
559 páginas, in-fol. Permaneceu inédito, até ser editada, parcial-
mente, pela Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográ-
fico de Pernambuco. Finalmente, saiu publicada, quase que na sua
totalidade, em 1935, Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional. Não fo-
ram publicadas, no entanto, as "árvores de costados", que ainda se
encontram, inéditas, nos arquivos, ao que parece, daquele Instituto
Arqueológico.

8. DIOGO SOARES DE ALBUQUERQUE - Autor de uma pe-


quena Memória sobre os SOARES DE ALBUQUERQUE, com
cerca de 16 fls., elaborada por volta de 1780.
117
9. FERNANDO FRAGOSO DE ALBUQUERQUE - "Genealogia
de Jeronymo de Albuquerque". 1755. Citado por Borges da Fon-
seca. (mss.).

10 FRANCISCO DO REGO BAROS - Autor de umas memórias,


em forma de Árvores de Costados de diversas famílias nobres, es-
pecialmente das que descendem de Arnau de Holanda. Século
XVIII. Citado por Borges da Fonseca.

11 JERONYMO DE FARIA FIGUEIREDO - Autor de uma "Re-


lação das famílias dos Novos e Bezerras", de Pernambuco. Manus-
crito citado por Borges da Fonseca, datado de cerca de 1656.

12 JOSÉ FERREIRA MASCARENHAS MONTARROYOS - Au-


tor de um manuscrito genealógico sobre a família "CAMPELLO".
Tem-se a notícia de que este manuscrito, esteve, no século XVIII,
em poder do Sargento-mor Manuel Rodriges Campello.

13 JOSÉ DE SÁ DE ALBUQUERQUE - Autor de uma genealogia


dos Albuquerques. Esta genealogia foi continuada por seu filho
Antonio de Sá de Albuquerque. Manuscrito citado por Borges da
Fonseca, datado de cerca de 1690.

14 MARIA BENEDICTA DE SOUZA BANDEIRA - "Aponta-


mentos Genealógicos sobre a Família Souza Bandeira". c.1883.
Pesquisa realizada entre 1850 e 1883.

15 GENEALOGIA DA FAMÍLIA SOUZA LEÃO, por ****. Re-


cife, 1881, Typ. Mercantil, in-8º, 54 páginas. (seu autor foi identi-
ficado como sendo Manuel do Rego Barros de Souza Leão).

16 "Genealogia da Família SIQUEIRA CAVALCANTI" - in "O


Liberal Pernambucano", de 09/05/1859, ano VIII, n.º 1974, pag.2

118
17 ALBUQUERQUE, Srs, de Pernambuco. (Trata-se de uma nótí-
cia genealógica, sem nome do autor e sem data, cuja letra é do final
do século XVIII. Pertence à Biblioteca Nacional).

18 "Notícia das Famílias de Albuquerquez e Cavalc.tis Sua anti-


guid.e, e origem nesta Cap.nia de Pern.co. - Noticia da Descendên-
cia de Tomé Teixr.a Ribr.º, continuada até seu bisneto P.º Teixr.a
Cav.ti p.r linha recta.... Notícia da Família de Carv.os em Pern.
1782. Original autografado, in-fol. 5 ff. (Biblioteca Nacional).

19 Táboa Genealogica da ilustre casa de Pacheco e index das famí-


lias e armas deste livro. 1770. (acompanham diveras armas e escu-
dos em aquarela).

20 "Ascendência da Família BARROS BARRETO" - manuscrito


do século XIX.

21 "Genealogia da Família CAMPELLO de Pernambuco" - manus-


crito do século XIX.

RIO DE JANEIRO

1. ANTONIO JOAQUIM DE MACEDO SOARES (1838-1905) -


"Nobiliarquia Fluminense; genealogia das Principais e mais anti-
gas famílias da Côrte e províncias do Rio de Janeiro, 1878. (Cole-
gida, revista, completada e publicada pelo Desembargador Julião
Rangel de Macedo Soares).

2. ANTONIO JOAQUIM DE MACEDO SOARES (1838-1905) -


"Apontamentos Genealógicos da Família BARBOSA DE SÁ
FREIRE" - in Correspondência de Antonio Joaquim de Macedo
Soares, datada de Mar de Hespanha, 29 de Abril de 1877, endere-
çada a Luiz Mário de Sá Freire (Itaguaí). O Original desta carta
pertenceu ao arquivo do Dr. Melcíades Mário de Sá Freire (filho
do Dr. Luiz Mário).

119
3. LUCIO DRUMMOND FURTADO DE MENDONÇA (1854- )
- "Apontamentos genealógicos da Família MENDONÇA FUR-
TADO". Manuscrito do final do século XIX. Coleção particular da
Família.

4."Família PERRY" - Manuscrito genealógico do século XIX. Co-


leção particular da Família Perry - Teresópolis.

5. JOSÉ MARTINS FERNANDES - "História do Descobrimento


e Povoação da Cidade de São João da Barra e dos Campos dos
Goitacazes". Rio de Janeiro, 1868. Excelente obra, cujo Capítulo
VII, é dedicado à genealogia das principais famílias que povoaram
a região norte-fluminense. Tem o seguinte título

CAPÍTULO VII - DOS PRINCIPAIS FUNDADORES DA


VILLA E SUA DESCENDENCIA.

Trata das seguintes famílias (páginas 253 a 272):

Sargento Mór João Velho Pinto ou Barreto - 1640 (p.253); Capitão


Francisco Alves de Barcelos - p.1670 (p.257); Capitão Antonio da
Silva Cordeiro - 1727 (p.260); Plácido da Silva Moreira (p.261);
Ajudante Manuel de Freitas Silva (p.262); Caetano Manoel da
Motta Ferraz (p.263); João Ferreira Coutinho (p.264); Capitão An-
tonio de Lemos d'Andrade (p.265); Capitão Manoel Rodrigues da
Purificação (p.266); Francisco Bicudo de Brito (p.267); Sargento
Mór João de Serra (p.268); Manuel Jorge da Silva (p.268); Sebas-
tião Coutinho (p.269); Inácio Bueno Feio - 1681 (p.271);

6."Arvore Genealógica da Família WERNECK" - 1879. Pintada


por Pedro de Moraes, sob encomenda de Juca de Souza, do Barão
e Visconde de Ipiabas e do Barão de Potengi. Colorida com tintas
de aquarela. Medindo: 1.00 m x 0,60 m.

120
7. ARVORE GENEALÓGICA DO EXmo. BARÃO DA GAM-
BOA - em bico de pena, medindo: 40 cm x 57 cm. Sem data (por
volta de 1855).

SÃO PAULO

1. JOÃO MENDES DE ALMEIDA (1831- ) - "Algumas notas ge-


nealógicas: Livro de família. Portugal - Hespanha - Flandres - Bra-
bantes. Brasiol: São Paulo - Maranhão. Séculos XVI-XIX. São
Paulo, Typ. Baruel, 1886, IX-497 págs.

2. JÚLIA LOPES DE ALMEIDA (1862 - ) - "A família Medeiros".


Campinas (?), São Paulo, 1892, 362 páginas., in-4º. Ao que parece
houve segunda edição em 1895.

3. MANUEL MARTINS BONILHA (c.1820-1899) - "Genealogia


dos Martins Bonilha, Toledo Piza e Amaral Gurgel", Rio de Ja-
neiro, in-8º, 1893, 57 págs.

4. NICOLAU ANTONIO NOGUEIRA VALE DA GAMA, Barão


de Nogueira da Gama (1802-1897). "Genealogias das Famílias:
Botelho, Arruda, Sampaio, Horta, Paes Leme, Gama e Sampaio,
Villas Boas, até seus actuais descendendes, conforme a nobiliar-
chia do Conde D. Pedro, a nobiliarchia Portugueza do desembar-
gador Villas-Boas, as Memórias de El-Rei D. João I por José Soa-
res da Silva, as Memórias dos Grandes de Portugal por D. Antonio
Caetano de Souza, a História insulana por Antonio Cordeiro, as
Memórias de Fr. Gaspar da Madre de Deus, as Memórias de Pedro
Taques de Almeida Paes Leme, e diversos outros documentos an-
tigos e posteriores, notícias de alguns descendentes dessas famílias.
Rio de Janeiro, 1859, Typ. Universal Laemmert, in-8º de 3 ff., 184
páginas.

5. PEDRO TAQUES DE ALMEIDA PAES LEME (1714-1777) -


"Nobiliarchia paulistana. Genealogia das principais famílias de S.
Paulo colligida por Pedro Taques de Almeida Paes Leme. Trabalho
121
manuscrito realizado em meados do século XVIII, que ficou iné-
dito até ser publicado nas Revistas do Instituto Histórico e Geográ-
fico Brasileiro, de 1869 a 1872, somando um total de 1.183 pági-
nas. Este códice pertenceu ao Visconde de São Leopoldo, e foi por
seu filho doado ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. No-
vamente impressa no Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1926.
Houve 3ª Edição "acrescida da parte inédita, com uma biografia do
autor e estudo crítico de sua obra" por Afonso de Escragnolle Tau-
nay - São Paulo, 3 volumes, 1953.

6. PEDRO TAQUES DE ALMEIDA PAES LEME (1714-1777) -


"Cópia fiel do título de Taques Pompeu, que fez Pedro Taques de
Almeida Paes Leme pelo anno de 1763, & (Revista do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro, XVIII, 1855, pág.190)

7. "Papeis relativos a Sebastião de S. Paio e Sande, 4º neto de An-


tonio de S. Paio e bisneto do coronel Francisco Sodré Pereira e aos
mais ascendentes de sua família. (Biblioteca Nacional, manuscrito
do Século XVIII, 1 grosso volume de fol., onde se encontram in-
for5mações sobre os Arias, Aguirre e Sodrés da Cidade de São
Paulo).

8. "Genealogia da nobilissima família dos Arrudas, Botelhos, e


Sampaios da cidade de S. Paulo e seu Districto. 1851, In-fol. 27
folhas.

9. RICARDO GUMBLETON DAUNTRE (1818-1893) - "Genea-


logia paulista" - publicada na Revista do Instituto Histórico e Geo-
gráfico Brasileiro, Tomo LI, págs. 91 a 155.

OBRAS GERAIS

1. ALEXANDRE JOSÉ DE MELO MORAES (1816-1882) - "Ge-


nealogia de algumas Famílias do Brasil, trabalho extrahido das Me-
morias do conego Roque Luiz de Macedo Paes Leme, revisto, ac-
crescentado e annotado pelo Dr. Alexandre José de Mello Moraes

122
e por Pedro Paulino da Fonseca. Anno de 1878. (In-fol., de 216 ff.
com 75 troncos genealógicos).

2. ALEXANDRE JOSÉ DE MELO MORAES (1816-1882) - "Co-


rographia histórica, chronográfica, genealógica, nobiliária e polí-
tica do império do Brazil, contendo: noções históricas e políticas a
começar do descobrimento da América e particularmente do Bra-
zil; o tempo em que foram povoadas suas differentes cidades; seus
governadores e a origem das diversas famílias e seus appellidos,
extrahia de antigos manuscriptos históricos e genealógicos, que em
éras differentes se poderam obter, etc.; os tratados, as bullas, cartas
régias, etc., etc.; a história dos ministérios, sua política e cores com
que apareceram; a história das assembléias temporárias e vitalícia;
e também uma exposição da história da independencia, escripta e
comprovada com documentos ineditos e por testemunhas oculares
que ainda restam, e dos outros movimentos políticos; descripção
geográphica, viagens, a história das minas e quinto de ouro, etc.,
etc., afim de que se tenha um conhecimento exacto não só da geo-
graphia do Brazil, como de sua história civil e política. Rio de Ja-
neiro, 1858-1860, 4 tomos e mais um tomo com a designação de
segunda parte, em 1863.

3. ARTIDORO AUGUSTO XAVIER PINHEIRO - "Organização


das Ordens honoríficas do Império do Brazil por Artidoro Augusto
Xavier Pinheiro. São Paulo, Typ. Seckler & Cia. 1884, in-4º peq.
27 páginas. (Com 4 quadros)

4. AUGUSTO ROMANO SANCHES BAENA FARINHA, Vis-


conde de Sanches Baena. (1822-1909) - "Diccionario aristocrático
que contém todos os alvarás de foros de fidalgos da casa real, mé-
dicos, respoteiros e porteiros da real câmara, títulos e cartas do
Conselho; Fiel estracto dos Livros do Registros das mercês exis-
tentes no Arquivo Público do Rio de Janeiro, desde 1808 até sep-
tembro de 1827, offerecido ao seu amigo Inocencio Francisco da
Silva, por A.R.S.B.F. Lisboa, Typ. do Panorama, 1867, in-4º, 134
Págs.

123
5. AUGUSTO ROMANO SANCHES BAENA FARINHA, Vis-
conde de Sanches Baena. (1822-1909) - "Archivo heraldico-gene-
alógico contendo notícias históricas heráldicas, genealógicas e
duas mil quatrocentas e cincoenta e duas cartas de brasão d'armas,
das famílias que em Portugal as requereram e obtiveram e a expli-
cação das mesmas famílias em um índice heráldico, com um ap-
pendice de cartas de brasão passadas no Brazil depois do acto da
independencia do Império pelo Visconde de Sanchez Baena... Lis-
boa, Typ. Universal de Thomaz Quintino Antunes, 1872, in-4º, gr.
686 pp.

6. CARLOS ROBERTO PLANITZ, Barão de Planitz ( -1847) -


"Arvore genealógica ascendente e descendente de D. Pedro I, feita
por C.R.B. de Planitz. Sem data (anterior a 1847).

7. CARLOS ROBERTO PLANITZ, Barão de Planitz ( -1847) -


"Arvore genealógica ascendente e descendente do Imperador D.
Pedro I". Lith. por J.H.Leonhard, segundo C.R.B. de Planitz. 1842.

8. CARLOS ROBERTO PLANITZ, Barão de Planitz ( -1847) -


"Arvore genealógica ascendente e descendente da Imperatriz Dona
Leopoldina Carolina Josephina. Lith. por J.H.Leonhard, segundo
C.R.B. de Planitz. 1842.

9. CARLOS ROBERTO PLANITZ, Barão de Planitz ( -1847) -


"Arvore genealógica (ascendente) de Sua Alteza Real a Senhora D.
Thereza Christina Maria Princeza das Duas Sicilias. Lith. por J. H.
Leonhard, segundo C.R.B. de Planitz. 1842.

10 HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ROHAN, Visconde de Be-


aurepaire (1812-1894) - "Synopsis genealógica, chronologica e
histórica dos Reis de Portugal e dos Imperadores do Brasil. Rio de
Janeiro, Typographia Paula Brito, 1864 (Coleção Teresa Cristina -
Inst. Hist. Geogr. Brasileiro).

11 JOSÉ DA GAMA E CASTRO (1795-1873) - "Memória sobre


a nobreza no Brazil, por hum brasileiro. Rio de Janeiro, Typ. da
124
Assoc. do Despertador, dir. por J.M.T.C., 1841, in-4º de 20 pági-
nas.

12 JOSÉ JOAQUIM RODRIGUES LOPES - "Plani-História Re-


sumo Synoptico-Histórico-Genealógico do Império do Brasil, do
Reino de Portugal e das Famílias Reinantes n'estes paizes offere-
cido á S.M. o Sr. D. Pedro II, Imperador Constitucional e Defensor
Perpétuo do Brasil, e a S.M.F. o Sr. D. Pedro V, Rei de Portugal e
dos Algarves, por José Joaquim Rodrigues Lopes - in-fol., Pernam-
buco, 1858.

13 JOSÉ MARTINS PAMPLONA CORTE REAL - "Cartas Ré-


gias e Alvarás de diversos Officios e Foros de nobreza passados,
desde a chegada do Príncipe Regente de Portugal ao Rio de Janeiro,
extractados dos Livros de Registro da Mordomia Mor e Filhamen-
tos da Caza Imperial, dados pelo actual Escrivão da mesma Mor-
domia Mor e Filhamentos da Imperial Caza, Izidoro José Martins
Pamplona Corte Real. (In-fol., 109 ff. - até 1857).

14 LOUIS ALEIXO BOULANGER (- 1874) - Auguste parenté de


SS.MM. l'Empereurs D. Pedro II et L'Imperatrice D. Thereza
Christina Maria - Liste générale alphabetique des parents de leurs
magestes, indiquant les degrés de parenté, les dates de naisssance,
mariages et decés, composée et offerte à D.Thereza Christina Ma-
ria". Rio de Janeiro, Typographic Universalle de Laemmert, 1867,
15 págs. in-4º gr. - Contém notícias de 335 parentes dos soberanos
do Brazil.

15 LOUIS ALEIXO BOULANGER ( - 1874) - "Nobreza do Bra-


zil, desde a Independencia, até o dia 1.º de Maio de 1854. Mappa
dos titulares por ordem alphabetica de appelidos. Composé et au-
tographié par Luiz Aleixo Boulanger, à Rio de Janeiro, le 3 Mai
1854, Imp. Lith. de Heaton et Rensburg. In-fol., de 1 fl.

16 LOUIS ALEIXO BOULANGER ( - 1874) - "Armorial Brasili-

125
ense", contendo 97 escudos de armas de famílias brazileiras. Aqua-
rella por Luiz Aleixo Boulanger, em 1 carta mural. Rio de Janeiro,
25 de Novembro de 1861.

17 ROQUE LUÍS DE MACEDO PAES LEME - Memórias gene-


alógicas do Brasil ou compêndio de todos os Manuscriptos fide-
dignos que pude ajuntar pelas Capitanias em que estive, da origem
das famílias nobres que ali existem ou existiram estabelecidas, dos
cargos que ocuparam, lugares, vilas ou cidades em que habitaram,
mortes e jazigos. Compreendendo também os catálogos dos Arce-
bispos, Bispos, Vice-Reys e Governadores das três capitanias: Rio,
Bahia e Pernambuco. Advertindo que eu estou, estarei sempre, pela
melhor informaç_m desdizendo-me de que tenho transladado e es-
crito, todas as vêzes que se me provar o contrário. Feitas em Ls.a e
concluidas te ao Tit. 78 a 30 de Dezembro de 1792. Obra de Roque
de Luiz de Macedo Paes Leme. Lisboa, 30 de Dezembro de 1792.
(Catálogo de Manuscritos de Pernambuco, da Biblioteca Nacio-
nal).

18 ROQUE LUÍS DE MACEDO PAES LEME - Nobiliarquia Bra-


siliensi ou Colesam de todas as Famílias Nobres do Brasil, de todas
as suas Capitanias, principalmente daquella de São Paulo. Com a
notícia certa donde sam oriundas, mortes e jazigos. Extraida dos
Manuscriptos de várias Pessoas curiosas, e fidedignas; e a maior
parte das Memórias do Sargento Mór Pedro Taques de Almeida
Paes Leme... e dellas fis esta colesam em Lix.a aos 5 de Fevereiro
de 1792. In-fol. 244 folhas.

19 "Arvore genealógica da Augusta Princeza das Duas Sicílias a


Senhora D. Thereza Christina Maria. 1842. Aquarela por anônimo
(parece ser de autoria de Luiz Aleixo Boulanger).

20 "Resumo da vida e da família do príncipe Eugenio de Leuche-


temberg, Augusto pai de S.M.I. a senhora D. Amélia Augusta Eu-
genia de Baviera, Imperatriz do Brazil. Rio de Janeiro, Tip. de
Ogier, 1829.

126
Introdução à paleografia
Maria Lucia Machens31

A origem do vocábulo paleografia é grega: ela é formada


pela junção do prefixo pale(o) + o sufixo graf(o) + ia. O termo
paleo significa antigo e o termo grafia significa a arte de gravar,
escrever, portanto corresponde a escrita, a caligrafia.

Podemos definir paleografia como o estudo da escrita an-


tiga sob qualquer tipo de material, entre eles, as tábuas de argila,
barro cozido, terracota, ou pedras, o papiro, folhas de árvores,
casca de árvores, o pergaminho (pele de cabra, couro) e o papel
(inicialmente feito de seda, cânhamo ou linho).

31
Membro do Colégio Brasileiro de Genealogia.
127
Tábua de barro cozido, escrita proto-elamita, a mais antiga do mundo

Escrita sumeriana cuneiforme usada no sudoeste do Irã

128
Hieróglifos egípcios

Antigo papiro egípcio

129
Pergaminho

Texto antigo em papiro

130
A paleografia também abrange o estudo das diferentes for-
mas e estilos de escrita, hieróglifos, significados de símbolos, alfa-
betos antigos, caligrafias, e todas as suas variações através dos sé-
culos, culturas e povos. Enfim, paleografia é a arte de decifrar ma-
nuscritos e escritos antigos, documentos da Idade Média ou poste-
riores.

A criação da escrita é um grande feito da humanidade. Ini-


cialmente foram cunhados símbolos em placas de barro e pedras
chamados de desenhos pictográficos que simbolizavam palavras.
Datam de 6000 anos atrás as primeiras placas de barro criadas na
cidade de Uruk, com a escrita pictográfica.

Escrita pictográfica

Os sumérios e acádios praticavam a escrita cuneiforme cu-


nhadas no barro, mas eram pesadas e difíceis de manusear, en-
quanto os egípcios desenvolveram a escrita dos hieróglifos, que
posteriormente foram adotadas por outros povos, dentre eles os ba-

131
bilônios, assírios, elamitas e hititas. Muitos dos símbolos pictográ-
ficos destes povos foram combinados e surgiu o alfabeto proto-ca-
naanita com cerca de 30 elementos, que será o ponto de partida do
alfabeto fenício, reduzido para 22 caracteres, criado em 1000 a.C.,
que vendeu este alfabeto, como mercadoria, para a Grécia, que o
transformará para o grego arcaico.

Alfabeto fenício

132
Alfabeto grego
O alfabeto grego deu início a um texto com uma sequencia
de letras seguidas, sem espaços e sem pontuação. A primeira letra
começava da esquerda para a direita na primeira linha e ao chegar
no final da linha, voltava da direita para a esquerda, em ziguezague.

Texto corrido grego arcaico


133
Inscrições na coluna de Trajano, em Roma. Ano 114 d. C.

Alfabeto cursivo latino

Já o alfabeto latino surge em 700 a.C. e apesar de descen-


der do alfabeto grego, inicialmente o texto era escrito da direita
para a esquerda, também em ziguezague, posteriormente o texto

134
será escrito da esquerda para a direita sem ziguezague, mas há re-
gistros do uso esporádico de uma série de sinais: o ponto, o espaço,
o travessão, o hífen e o traço de união, a fim de separar grupos de
palavras.

Escrita uncial - texto latim arcaico sem pontuação

135
Texto latim arcaico com alguma pontuação

136
Pai Nosso em latim com pontuação

Na época medieval quando os documentos começavam ou


terminavam com um recorte geralmente eram contratos. Cada um
dos interessados guardava uma das partes, que se encaixavam, por-
tanto o recorte era uma garantia de certificar o documento.

137
Documentos autenticados com recortes

Texto em português corrido com alguns espaços, mas sem pontuação

138
Texto medieval em latim, em escrita gótica, com pontos e dois pontos

Alguns destes signos podiam acumular funções, o ponto,


por exemplo, podia indicar uma abreviatura M. TVLLIVS = Mar-
cus Tullius; podia também indicar rasura (ponto colocado sobre ou
sob a letra), era também usado para separar as sílabas MAR.CVS
ou palavras, grupos de palavras ou frases, MARCVS.TVLLIVS.

Com o passar dos séculos foram introduzidos a vírgula,


dois pontos, ponto-e-vírgula, travessão, letras maiúsculas e minús-
culas, hifens, pontos de interrogação e exclamação.

O paleógrafo é a pessoa que se especializa na técnica de


identificar, compreender e traduzir manuscritos ou textos, dos ca-
racteres originais e ininteligíveis, para uma forma moderna de es-
crita. Antigamente o texto era corrido, a pontuação era inexistente
(a falta de pontuação pode ocasionar interpretações diversas do
texto), portanto o paleógrafo, com o seu conhecimento técnico e a
sua interpretação, muitas vezes ressuscita o documento ou texto até
então, de difícil leitura.
139
O trabalho do paleógrafo é de suma importância, porque
mostra a evolução da história da escrita e das letras do alfabeto la-
tino, revela inúmeros acervos documentais, resgata as informações
de grande relevância histórica, além de ser um instrumento de pre-
servação e testemunho de existência cultural.

O paleógrafo tem que ter a habilidade de:


• Decifrar a caligrafia de diversos estilos e épocas,
• Conhecer as diversas grafias do alfabeto no decorrer dos
séculos,
• Separar as palavras que aparecem unidas no texto original,
• Transcrever com pontuação,
• Colocar a acentuação,
• Ter conhecimentos de ortografia antiga,
• Ler e transcrever números,
• Identificar e elucidar as abreviaturas, siglas e letras sobres-
critas,
• Elaborar glossários e assim contribuir para a divulgação,
compreensão e preservação destes manuscritos.

Na pesquisa genealógica, quando nos deparamos com ma-


nuscritos e documentos mais antigos, vivenciamos alguns impasses
por desconhecermos estas técnicas de paleografia ou por não con-
seguirmos decifrar as inúmeras abreviaturas ou a má caligrafia do
escrivão ou do pároco que documentou o batismo, ou o casamento,
ou o óbito, que conseguimos descobrir depois de tanta busca, às
vezes até mesmo, depois de tantos anos. Bate aquela decepção, até
mesmo cansaço ou desespero... Também pode ocorrer problemas
de outra natureza, como por exemplo, o documento pode estar in-
completo, por ter folhas perdidas, rasgadas, corroídas, deterioradas
pelo tempo, queimadas, borradas pela tinta, manchadas por água,
ácido ou tinta, por manchas escuras, ou a tinta ficou indelével.

Nem tudo está perdido, a técnica paleográfica é baseada na


comparação entre caracteres, alfabetos e estilos de escrita, o que

140
permite sistematizar a escrita em tipos de caligrafia e estilos de uma
determinada época, país ou grupo; portanto não desista quando sur-
girem as primeiras dificuldades. Posso garantir ao leitor, que
quanto mais praticar, mais estará familiarizado com os caracteres e
melhor será a sua habilidade em decifrar os diversos estilos de ca-
ligrafia, as abreviaturas desconhecidas, as palavras com uma orto-
grafia diferente ou dupla e os termos antigos. Quem quiser apren-
der mais sobre este assunto, consulte a obra Abreviaturas Paleo-
gráficas Portuguesas, um estudo magnífico, do recém falecido pa-
leógrafo português Eduardo Borges Nunes, considerada uma espé-
cie de bíblia por muitos genealogistas. Outra grande obra para con-
sulta Noções de Paleografia e de Diplomática, dos paleógrafos
Berwanger & Leal, também citada na bibliografia no final deste
artigo.

Alguns conselhos úteis de como fazer uma leitura de


um manuscrito
• Tenha sempre muita calma e paciência; leia e releia o do-
cumento inteiro várias vezes.
• Leia e estude cuidadosamente o texto, observe o estilo da
caligrafia, prestando atenção as particularidades nas for-
mas especiais de algumas letras específicas, no uso de
abreviaturas e na sintaxe peculiar do escrivão e da época.
• Comece com as partes do documento que você já conhece,
por exemplo, ao transcrever registros paroquiais de ba-
tismo, há frases que sempre estão presentes nos assentos
como: batizei solenemente um menino, do sexo masculino,
a quem dei o nome de, que nasceu nesta freguesia, filho
legítimo de... e de sua mulher..., filho natural de, natural
do lugar e freguesia, Era ut supra...seguem as assinaturas.
• Também pode comparar a caligrafia do pároco em outros
assentos anteriores ou posteriores.
• Compare as letras das palavras conhecidas com as palavras
ou nomes desconhecidos.
• Leia a palavra no contexto em que está incluída, o que é
muito útil nos registros com orações mais complexas (no
caso de um testamento, por exemplo)
141
• Procure o nome ou sobrenome em outra parte do docu-
mento, ele pode aparecer sem estar abreviado ou estar es-
crito de uma forma mais legível.
• Lembre-se que é possível encontrar, no mesmo docu-
mento, vários estilos da mesma letra, até mesmo dentro de
uma mesma palavra; também é possível, no mesmo docu-
mento, encontrar o registro do mesmo nome ou sobrenome
com ortografias diferentes.
• Utilize uma lista de abreviaturas de nomes e sobrenomes.
• Utilize uma lista de abreviaturas de palavras ou expres-
sões.
• Utilize um impresso com o quadro do alfabeto da época.
• Há muitas palavras portuguesas que iniciam com a letra b
que podem ser substituída pela letra v, por exemplo, asso-
bio por assovio.
• Há palavras portuguesas antigas cuja segunda ou terceira
sílaba é iniciada com a letra u, substitua-a pela letra v, por
exemplo, aluoroço = alvoroço.
• Consulte recursos externos, tire dúvidas com outras pes-
soas, arquivistas, genealogistas, pesquisadores ou paleó-
grafos.
• Consulte os mapas das regiões que pesquisa.
• Faça uma consulta no Google para se certificar da existên-
cia daquela vila, cidade, freguesia, concelho ou distrito,
muitas delas posteriormente foram agrupadas em outro
concelho ou distrito.
• Não perca muito tempo tentando decifrar uma palavra ou
nome; provavelmente conseguirá desvendá-la quando tiver
um pouco mais de experiência, ou menos cansada.
• É importante conhecer algumas palavras, abreviaturas, ter-
mos e significados quando ler ou transcrever registros an-
tigos

142
Lista de alguns termos antigos
• abangelho, habamgelho, hauãngelho = evangelho
• abeu = haver
• absoluçam = absolvição
• acertar = acontecer
• afiramar = firmar
• aguisado, a = conveniente
• aguoa, hagoa = água
• ahos = aos
• alabarar, allaborar = queimar, consumir, perecer
• aquecentar = acrescentar
• aluara = alvará
• amsy, assi, assy, hasy = assim
• angros = ângulos
• apresam = opressão
• arraezes = arrais, patrão do barco
• arribeira = a ribeira
• arrife = arrecife, recife
• arvoredo = arvoredo
• aserqua = a cerca (adv.)
• asinha = depressa, cedo
• assellar = selar
• assucar, haçuquar = açúcar
• auante = avante
• auçam, auçom = ação
• auertir = advertir
• avya = havia

143
• azotado = açoitado
• ballor = valor
• banhos = proclamas de casamento
• barcha = barca
• bay = vai
• bedada = vedada
• Beneça = Veneza
• beo = veio
• berãoo = verão
• berbo a berbo = verbo a verbo, palavra por palavra
• besinho = vizinho
• bespera = véspera
• bier = vier
• bisauou = bisavô
• Biseu = Viseu
• biuer= viver
• bizitaçã = visitação
• bolo = vo-lo
• booz = voz
• byais = vejais (verbo ver)
• cabeça = capital, principal
• cadanno, cadanõ = cada ano, ano por ano
• camanho = tamanho, tanto, a
• captyuos, catyuos = cativos
• carrego, carreguo = cargo, incumbência
• casionado = disposto, predisposto
• cassa = casa

144
• caua = cava, fosso
• cerar = cerrar, fechar
• cide = cidade
• cristão-novo = judeus que concordaram em ser batizados
• cristão-velho = cristão não descendente de judeu
• condapnar = condenar
• conthia = quantia
• conuem = convém
• convinhável = conveniente
• curuas = curvas
• damnar = prejudicar, destruir
• dapno = dano
• dees = desde
• deuasar = devassar, alargar, depreciar
• dhy = desde então
• dinberno = de inverno
• dispensa matrimonial = licença dada pela igreja para casa-
mento entre parentes
• duuida = dúvida
• egla = igreja
• emnouaçom = inovação
• escruder = excluir
• esprauo = escravo
• espeuer, espriuer = escrever
• estante = residente, estabelecido
• estorno = transtorno, impedimento
• estouuera = estivera
• estromento = instrumento
145
• ex licentia parochi = com permissão do padre da paróquia
• filhar = tomar por força, haver às mãos, adquirir por contrato
• fogo = casa, ou que pertencia a casa
• freguesia = paróquia
• fusta = embarcação de cabotagem
• gança = ganho, lucro
• geolho, jiolho = joelho
• guisa = modo, maneira
• halle = além
• haquontecer = acontecer
• haruore = árvore
• herua = erva
• heu = eu
• heuitar = evitar
• hi, hy = aí
• hos = os
• hofeciaes = oficiais
• homde, honde = onde
• hoquo, houco = oco
• hora = agora
• hou = ou
• hu = um, onde
• hua = uma
• husar = usar
• imiguo = inimigo
• impresa = empresa
• in facie ecclesia = na igreja (latim)

146
• jover = jazer
• joyel = jóia
• jugar = jogar
• jzerallu, jerall = geral
• lauamca = alavanca
• leixar, leyxar = deixar
• letera, lettra = carta
• lidemo, lidimo = legítimo
• limpeza = pureza, perfeição, bom proceder, limpeza de san-
gue, pura raça cristã
• Lois = Luiz
• Loquotene~te = lugar-tenente
• marrano = termo perjorativo para designar judeu
• menhãa = manhã
• moor = mor, maior, superior no cargo
• moueis = móveis
• mouido = movido
• nabegaçam, nauegaçom, navegação
• nauio = navio
• neguoçeação = negociação
• nova = notícia, novidade
• nuue~ = nuvem
• obsequias = exéquias
• ome~ = homem
• ouuydor = ouvidor
• párvulo = criança
• peitar = impor tributo, subornar por dinheiro
• poboo, pouoo = povo
147
• poboar, pouorar, povorar = povoar, plantar, semear
• posyuel = possível
• poya = pão ou bolo que se pagava ao senhorio dos fornos
• proceytar = aproveitar
• pouicaçom = publicação
• quije = quis (verbo querer)
• referta = disputa
• relação = notícia, sumário
• reo = réu, acusado
• resalbar = ressalvar
• resar = ler
• ressio = praça, rocio, descampado
• revel = rebelde
• riquo = rico
• sazooe~s = estações
• see = sé
• seruiço = serviço
• soçesor, sobçesor, subsesor = sucessor
• sogeiçom, sogeyçam = sujeição
• specyaaes = especiais
• spreuer = escrever
• sprivã = escrivão
• sy = sim
• tavoado = tabuado, tábuas
• titollo = título
• todelo, todollo, todalla = todo, toda
• toruado = turvado

148
• trauto = trato, negócio, comércio
• treladar = trasladar
• trelado = traslado, cópia fiel ou autêntica
• treyçam = traição
• tronquo = tronco
• uiuer = viver
• ut supra = acima (latim)
• vox = voz (latim)
• xismaria = sesmaria
• ymleiçom = eleição
• ymsinia = insígnia
• ystimo = avaliaçãoo feita, ou realizada, o valor estimado
• zabra = pequena embarcação

149
Lista de Abreviaturas de Nomes Próprios
Ao , Affon, Affo, Afo = Afonso, Afonço
Agno, Agosto, Agosto = Agostinho
Ago, Agto = Agosto, Agostinho
Alexe = Alexandre
Almda, Almda = Almeida, Almada
Alluo, Alluro, Alluaro = Álvaro
Alluez, Allurz, Alluz, Allz, Alluarez = Alvares
Alue = Alvar’es
Aluo, Aluro = Álvaro
Aluaz, Aluez, Alures, Alurez, Alurz, Aluz, Alz = Alvares, Alves
Amal = Amaral
Amto, Anto, Anto = Antônio
Antes, Antes = Antunes
Andre = Andrade
Aro = Araújo
Augo = Augusto, Augustinho, Agostinho
Azdo, Azdo = Azevedo
Ba = Bahia, Baia
Bar = Baltesar, Baltasar, Balthasar

Beu, Bmeu, Bereu, Bermeu, Bmeu, Brmeu, Br = Bartholomeu, Bartolo-


meu, Bartholameu, Bertholomeu, Bertolameu
Bto = Bento
Bapta, Bapta, Baupta = Baptista, Bautista, Batista
150
Barba = Barbosa, Barboza
Barrto = Barreto
Berndo, Berndo = Bernardo
Bra = Beira, Bandeira
Brca, brco = Branca, branco
Brto = Bartolomeu, Bertolameu, Barreto, Brito
Braga = Braga
Bragca = Bragança

Ca, Cna, Cra, Cana, Canra, Catta, Cna = Catarina, Caterina, Catalina,
Catelina
Cta = Catalina, Catelina, Costa
Caeto = Caetano
Caruo, Carvo = Carvalho
Casto, Casto = Castelo, Castello
Compa = Companhia
Concam, Concão, Concam, Concão = Conceição
Conso = Conselho
Corra = Correa, Correia
Couto, Coutto, Couto = Couto, Coutinho
D9, Dos, dos = Domingos, domingos
Das = Domingas
Des, Domes, Doiz = Domingues
Diz = Dominguez, Diaz, Dias

151
Do = domingo, Diego, Diogo
Dte, Drte = Duarte
Dyo, Dio = Dyego, Dyogo
Esp.to = Espírito
Estez, Estz = Esteueez, Esteuez = Esteves
Fco , Frco, ffranco, Fca, Frca = Francisco, Francisca
Fdo, Frdo = Fernando
Fegdo = Fegueiredo, Figueiredo
Ferra, Ferrra, ffrra, Fra = Ferreira
Ferz, fez, ffrrz, ffrz, frs = Fernandes
Fgdo, figdo, figdo, figrdo = Figueiredo
figra = Figueira
ffom, ffon, fom, fon = Alfonso
Fonca = Fonseca
Fra = Faria, Feira, Ferreira
Fre = Freire
Ga = Garcia
Gar, gpar = Gaspar
Gco, Go, Gonco = Gonçalo
Gda = Guarda, Godinha
Gdo = Giraldo, Geraldo, Godinho
Gls, Glz, gluez, gluiz, goz = Gonçalves
gmrs, Gas, Ges, Guimes = Guimarães
goz, Gez, Goz = Gomez, Gomes
152
Grmo = Geronimo
Grego, Grigo = Gregorio
He, Hes = Henrique, Henriques
Hiermo = Hieronimo
Je = José
Jmo, Jermo, Jrmo = Jeronimo
Jo , Jom = João
Ignco, Igno = Inacio
Jhes, Jhs, Jhu, Jhus = Jesus
J.M.J. = Jesus, Maria, José
Joaqm/na = Joaquim, Joaquina
Lca = Lourença
Lço, Lço, Lo, Lourco = Lourenço
Lra , Lria = Leiria
Lxa, Lixa = Lisboa
Ma, M = Maria
Magda, Magda = Madalena
Mages = Magalhães
Marqs = Marques
Mascas, Mascas = Mascarenhas
Mar, Marto, Marto, Mno, Mr = Martim, Martinho
Mca = Mendonça, Mecia
Mces = Merces
Md = Madrid
153
Mda, Margda = Margarida, Madeira, Miranda
Mdez, Mdes, mdiz, mdz = Mendez, Mendes
Me = Madre
Mel = Manoel
Mens = Meneses
Mes = Meneses, Moraes
Mesqta = Mesquita
Mgl, Migl = Miguel
Mirda, Mirda = Miranda
Miz, Mis, Mriz, Mrz, Myz, Mz = Martins
Mna , Mnna = Mariana
Nes, Nuz, Nus = Nunes
No = Nuno
Nra, Nora = Noronha
Nogra, Nogra = Nogueira
Nugra, Nugra = Nugueira
Olivra = Oliveira
Pdo, Pdro = Pedro
Pe, Pe. = Padre
Plo = Paulo
Po = Pero, Pedro
Pra, Pera = Pereira
Pto = Pinto

154
Pernco = Pernambuco
Pez, Pz = Perez
Pijz, Pirz, Piz, Pyz = Pires
Pimel, Pimtel = Pimentel
Pimta = Pimenta
Pinro, Pinr = Pinheiro
Plz = Paes
Port. = Portugal, Porto
Qros = Queirós, Queiróz
Re, Riz, Rois, Ros Roiz = Rodrigues
Ro, rro = Rodrigo, Roy, Ruy, Rui
S. = São, Santo, Santa
Sa = Silva, Senhora, Santa
Sta, Sto = Santa, Santo
sca, scca = santa
Scaren, Sccarrem = Santarém
Sciago = Santiago
Sebam, Sebião = Sebastião
Seqra, Seqra, Siqra, Siqra = Sequeira, Siqueira
St, Steez, Stez, Stz = Stevão, Estevão
Sza, Sza = Souza
Tra, Teixra, Teixra = Teixeira
Tra, Tza = Ilha Terceira
Va = Vila
Vaaz, Vaz = Vasques, Vasquez, Vaz
155
Vcte, Vçe, Vt, Vte, Vit = Vicente
Vco, Vo, Vco = Vasco
Vcos, Vascos, Vascos = Vasconcelos
Vra, Vra, Va = Vieira
Xer = Xavier
xo, xpo, xpto = Cristo

156
Exercícios de paleografia

157
158
159
160
161
162
Bibliografia

ARRUDA, Jose Jobson de Andrade (coord.). Documentos Ma-


nuscritos Avulsos da Capitania de São Paulo (1644-1830) Ca-
tálogo 1. Bauru: EDUSC, 2000.
___. Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de São
Paulo (1618-1823) Catálogo 2. Bauru: EDUSC, 2002.

BERWANGER, Ana Regina & LEAL, João Eurípedes Franklin.


Noções de Paleografia e de Diplomática. Santa Maria: Editora
UFSM, 2008, 3a ed.

COSTA, Pe. Avelino de Jesus. Os mais antigos documentos escri-


tos em português: revisão de um problema histórico-linguístico. In
Estudos de cronologia, diplomática, paleografia e histórico-lin-
guísticos. Coimbra: Centro de História da Sociedade e da Cultura
da Universidade de Coimbra, s.d.

DIRINGER, David. A escrita. Lisboa: Editora Verbo, 1985.

FONSECA, Joaquim da. Tipografia & Design gráfico: Design e


produção de impressos e livros. Porto Alegre: Bookman, 2008.

MEGALE, Heitor & NETO, Silvio de Almeida Toledo (org.). Por


Minha Letra e Sinal: Documentos do Ouro do Século XVII. São
Paulo: Editora FAPESP, 2006.

NUNES, Eduardo Borges. Abreviaturas Paleográficas Portu-


guesas. Lisboa: 1981.

163
164
Biblioteca Genealógica Capixaba
Paulo Stuck Moraes (org.)

Obras clássicas, de referência:


DAEMON, Basílio de Carvalho. Província do Espírito Santo
NOVAES, Maria Stella de. História do Espírito Santo
OLIVEIRA, José Teixeira de. História do Estado do Espírito Santo

Obras genealógicas:
AMORIM, Joaquim Pires de. Genealogia capixaba.
CALIMAN, Cleto. La Mérica che avemo fato - A família Caliman
no Espírito Santo
CARREIRO, Robson Rezende. Família Rezende e Família Vieira
de Rezende
DEMONER, Sônia Maria. Ângelo Cola & Catterina Monticello
Diversos. Trajetória da família Nívea Estella Bittencourt Pinheiro
e Antonio Ferreira Penedo
DRAGO, Jonas (Org.). Família Pedruzzi - 131 anos de Brasil
FORJAZ, Jorge Pamplona. Os Monjardinos
MERÇON, José Waldir. A saga de John. Um americano no Espí-
rito Santo
MONJARDIM, Mário Armando Furtado. Família Coutinho Fur-
tado Monjardim
MORAES, Ormando. Da Itália para o Brasil
MORAES, Paulo Stuck. Nobreza capixaba. Os barões e suas des-
cendências.
MORAES, Paulo Stuck. Renato José Costa Pacheco (1928-2004)
MORAES, Paulo Stuck. Tópicos de Genealogia Capixaba
MORO, Francisco Hilário. Família Moro e suas raízes

165
MOSCHEN, Maria Odete. A trajetória de um sangue
PUPPIN, Douglas. Do Vêneto para o Brasil
PUPPIN, Douglas. Os Denadai
TEIXEIRA, Francisco Camargo. Bom Jesus do Itabapoana.
VIEIRA, José Eugênio. José Silvestre Vieira
VIEIRA, Mercês Garcia. Pedro Vieira Filho - Família Teixeira de
Rezende

Obras com subsídios genealógicos:


ALMEIDA, Nelson Abel de. Teses e discursos
AMORIM, Joaquim Pires de. Um dos primeiros habitantes de Ca-
choeiro
BALESTRERO, Heribaldo Lopes. Subsídios para o estudo da ge-
ografia e da história de Viana.
BALESTRERO, Heribaldo Lopes. A obra dos jesuítas no Espírito
Santo.
BALESTRERO, Helibaldo Lopes. O povoamento do Espírito
Santo.
BARBOSA, Vivaldo. Meeiros de Café - Gente e Ocupação da
Zona Proibida do Caparaó.
BISSOLI, Orestes. Memórias de um imigrante italiano.
CAMPOS, Mintaha Alcuri. Turco pobre, sírio remediado, libanês
rico.
CASTIGLIONI, Aurélia H. e REGINATO, Mauro. Imigração ita-
liana no Espírito Santo. O Banco de Dados.
CAUS, Celso Luiz. Os Cauz(s).
CAVATI, João Batista. História da imigração italiana no Espírito
Santo.
DEMONER, Sônia Maria. Os Imigrantes no Espírito Santo. Santa
Teresa, Italianos no Núcleo São João - Volume I
DERENZI, Luiz Serafim. Os italianos no estado do Espírito Santo.
EMPÓRIO CAPIXABA. Catálogo de livros eclesiásticos da Ar-
quidiocese de Vitória (1821-2002)
FERREIRA, Léa Carvalho. A casa paterna.
FERREIRA, Manoel Milagres. História e flagrantes de Baixo
Guandu
166
FOGLIENI, Giuseppe. Mamma mia dammi Cento Lire
FRAGA, Christiano Woeffel. Maçonaria no Espírito Santo
FRANCESCHETTO, Cilmar, LÁZZARO, AGOSTINO (Org.).
Imigrantes Espírito Santo – base de dados da imigração estrangeira
no Espírito Santo nos séculos XIX e XX.
FRANCESCHETTO, Cilmar, LÁZZARO, AGOSTINO (Org.).
Italianos – base de dados da imigração italiana no Espírito Santo
nos séculos XIX e XX.
FREITAS, Sérgio Silva de. Uma família de Riacho, Espírito Santo
- Thomaz e Emília.
GASPARINI, Amílcar. Os italianos
GASPARINI, Sandra Maria. Santa Teresa - Viagem no tempo -
1873/2008
GLAZAR, Eduardo. Brava gente polonesa.
GROSSELLI, Renzo M. Colônias Imperiais na Terra do Café.
GURGEL, Antonio de Pádua, e BORGNETH, Flávio. Primo Bitti.
HARCKBART, Ednéa. Encontro de famílias.
HERINGER, Berenice. Os argonautas.
LAZZARO, Agostino et alli. Lembranças camponesas.
LOUREIRO, Regina Menezes. Fazenda Portela - Raízes, ritmos e
rimas.
MACIEL, Paulo Roberto. História viva de Colatina
MALACARNE, Altair. Águia Branca
MALACARNE, Altair. Francisco Malacarne, filho de Caterina e
Domenico
MALACARNE, Altair. São Domingos do Norte
MALACARNE, Altair. São Gabriel da Palha
MARINS, Antonio. Minha terra e meu município
MARTINUZZO, José Antonio. Germânicos em terras do Espírito
Santo
MENEZES, Maria. Uma vida, um tempo
MONJARDIM, Leonardo Passos. História política da família
Monjardim
MONJARDIM, Leonardo Passos. O antigo casarão.
MOREIRA, Evandro. Cachoeiro - Uma história de lutas (2 volu-
mes)
NARDOTO, Eliezer & LIMA, Herinéa. História de São Mateus
167
NOVAES, Maria Stella de. Jerônimo Monteiro - Sua vida e sua
obra.
NOVAES, Maria Stella de. Os italianos e seus descendentes no Es-
pírito Santo.
PAIVA Filho, Narceu. Famílias italianas de Ibiraçu
PAIVA Filho, Narceu. Homens que fizeram Ibiraçu
PEREIRA, Fernando Cleto Nunes. Senador Cleto Nunes Pereira -
150 anos
PESSALI, Hésio. Alfredo Chaves - Uma visão história e política
PUPPIN, Douglas. Heróis das montanhas
PUPPIN, Douglas. La terra promessa
RIBEIRO, Lucílio da Rocha. Contribuição à História da Imigração
Italiana no Município de Colatina.
RIBEIRO, Lucílio da Rocha. Pequena Contribuição à História da
Imigração Italiana no Sul do Espírito Santo.
RIBEIRO, Lucílio da Rocha. Subsídios à História da Imigração
Italiana nos Municípios de Ibiraçu e João Neiva.
RODRIGUES BRAVO, Carlos Magno. Nossas raízes
ROOS, Ton & ESHUIS, Margje. Os capixabas holandeses
ROSALEM, Jussara Teresa Sepulcri, e SALAROLI, Regina Celis
Sepulcri. Tutti Insieme.
SALVADOR, José Gonçalves. A capitania do Espírito Santo e seus
engenhos de açúcar (1535-1700)
SANTOS, Adilson Silva. Bernardo Horta de Araújo e a política de
Cachoeiro de Itapemirim (1887-1913)
SANTOS GONÇALVES, Maria Salete Paiva. Resgatando Memó-
rias...
SBARDELOTTI, Aristeu José. Buona famiglia
SBARDELOTTI, Aristeu José. Canaã de Figueira de Santa Joana
SBARDELOTTI, Aristeu José. Uma virgínia comédia - nos mara-
pés do Itapemirim
SCHWARZ, Francisco. Famílias de Santa Leopoldina
SOSSAI, João Alvécio & SOSSAI, Nelcy Barcelos. Imigrantes ita-
lianos no Espírito Santo: a trajetória de uma família vitoriosa
SPILLARI, Roberto Vandersee. Bea Poenta - A história escrita da
família Spillari no Brasil.

168
SPILLARI, Roberto Vandersee. Ribeiro Limpo - A história da fa-
mília Vandersee
TSCHUDI, Johann Jakob von. Viagem à Província do Espírito
Santo
VALLE, Eurípedes Queiróz. O estado do Espírito Santo e os espí-
rito-santenses.
VIEIRA, José Eugênio. Afonso Cláudio - 1850-2009
VIEIRA, José Eugênio. Castelo - 1702-2004
ZUNTI, Maria Lúcia Grossi. Guia histórico e geográfico das ruas
de Linhares
ZUNTI, Maria Lúcia Grossi. Panorama histórico de Linhares.

Artigos em periódicos:

MORAES, Paulo Stuck. Alguns aspectos da descendência de


Vasco Fernandes Coutinho. RIHGES nº 56.
MORAES, Paulo Stuck. Sucessão dos donatários do Espírito Santo
à luz da genealogia. RIHGES nº 62
MORAES, Paulo Stuck. Notas genealógicas da Família Antunes
Siqueira. RIHGES nº 64

Artigos em periódicos, com subsídios genealógicos:

MORAES, Paulo Stuck. As Famílias Portuguesas Radicadas no


Espírito Santo - Notas genealógicas. RIHGES nº 66.
PIVA, Rogério Frigério. 130 anos de Espírito Santo: Traços bio-
gráficos de Vittorio Piva e Rosa Benatti. RIHGES nº 60.
SIMONATO Gonçalves, Juliana Sabino. Poder e riqueza no sul da
Província do Espírito Santo no final do século XIX: O barão de
Guandu. RIHGES nº 61.

* RIHGES: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito


Santo.

169
Revista composta com a fonte Times New Roman, diversos tamanhos.
A impressão do miolo foi feita sobre papel Sulfite 80gm/m2.
A impressão da capa sobre papel Couché 250g/m2.
Impresso por MX Gráfica e Editora (Campinas-SP)
Junho/2017
Tiragem: 50 exemplares

170

Você também pode gostar