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Nos navios europeus:

Extremamente desconfortável, insalubre e perigosa. Em média, a cada três navios que partiam
de Portugal nos séculos 16 e 17, um afundava. Cerca de 40% da tripulação morria nas viagens,
vítimas não só de naufrágios, mas também de ataques piratas, doenças e choques com nativos
dos locais visitados. Quem sobrevivia ainda tinha que aguentar o insuportável mau cheiro a
bordo e as acomodações precárias. “Nas cobertas inferiores (onde as pessoas dormiam), o ar e
a luz eram escassos, sendo fornecidos apenas por fendas entre as madeiras, que deixavam
passar também a água do mar, tornando os porões abafados, quentes e úmidos”

Quem não tinha dinheiro e via os alimentos se esgotarem caçava ratos e baratas, que
infestavam os navios, para sobreviver. Nesse ambiente de luta pela sobrevivência, os motins se
tornavam comuns e eram reprimidos com brutalidade pelos oficiais, que andavam com
espada, adaga e pistolas. A falta de segurança ainda era agravada pela má conservação dos
barcos, que em muitas ocasiões tinham cascos apodrecidos e velas desgastadas

Nos navios Negreiros:

Os navios negreiros ou navios tumbeiros foram embarcações que fizeram a travessia do


Atlântico, transportando mercadorias para troca no continente africano, homens e mulheres
do continente africano para as colônias europeias no novo mundo, e produtos como açúcar e
café, dentre tantos outros, para o continente europeu.

As condições nos navios eram precárias, sem ventilação nos porões – onde passavam boa
parte do tempo – nem higiene adequada. A alimentação era bastante restrita e recebiam
pequenas porções de farinha e carne seca e um pouco de água, que era rara até mesmo entre
a tripulação.

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