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História Trágico-

Marítima
Contextualização
histórico-literária
História Trágico-Marítima
Contextualização histórico-literária

História Trágico-Marítima

1735-1736 – Bernardo Gomes de Brito publica os dois


primeiros volumes de uma antologia de naufrágios.

História Trógico-Maritima, em que se escrevem chronologicamente os


Naufragios que tiveraõ as Naos de Portugal, depois que se poz em
exercicio a Navegação da India.
História Trágico-Marítima
Contextualização histórico-literária

 O conjunto de relatos reafirma o interesse histórico-literário por estes desastres


marítimos.

A vivacidade e o dramatismo dos relatos transmitem a ideia de realismo


dramático e cinético.

 A História Trágico-Marítima inclui-se na Literatura de Viagens, evidenciando um


misto de crónica e reportagem jornalística.

 Expressa, ainda, a funesta ruína de vidas e a destruição de fazendas, dando


origem a uma literatura de perda, uma das faces dos Descobrimentos
portugueses.

 A partir de Quinhentos, os naufrágios expressam um sentimento de crise e


declínio.
História Trágico-Marítima
Contextualização histórico-literária

Os relatos de naufrágios

 A Viagem é um tema importante e transversal na


Literatura.
 Já n’ Os Lusíadas há a evidência dos perigos e dos
erros das viagens.
 Nessas errâncias marítimas, associadas à difusão
da fé, o naufrágio surge como uma manifestação
de castigo divino pelos erros humanos
(Culpa/Castigo), adquirindo um efeito de
exemplaridade.
História Trágico-Marítima
Contextualização histórico-literária

Os relatos de naufrágios

 Os relatos de naufrágios têm uma dimensão


preferencialmente trágica.
 A perda ou a morte são inevitáveis, dominando
uma atmosfera fatalista.
 As causas típicas dos naufrágios são o mau estado
das naus, as cargas excessivas, as partidas em
tempo inadequado, as más condições do mar, o
ataque de corsários, a inexperiência de alguns
marinheiros, entre outros aspetos.
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Contextualização histórico-literária

A estrutura narrativa dos relatos de naufrágios


 A estrutura narrativa obedece a um registo experiencial, mesmo que o narrador
não tenha participado na história.

 A estrutura destes relatos aproxima-se da narrativa de viagens, verosímil ou


fantástica, baseada na partida e na procura de um bem.

 Núcleos narrativos típicos dos relatos de naufrágios:


1. Antecedentes / 2. Partida / 3. Tempestade / 4. Naufrágio / 5. Arribada /
6. Peregrinação / 7. Retorno.

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