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PROFISSIONAL DO SS NOS
CR’s LGBT do estado do RJ
2013
Sumário
1) Apresentação e antecedentes
2) O que constitui um projeto profissional?
3) Elementos do macrocenário dos CR’s LGBT
4) Perspectiva teleológica da equipe
5) Eixos orientadores do trabalho
6) Objetivos institucionais dos CR’s LGBT
7) Objetivos dos profissionais do SS
8) Principais demandas identificadas
9) Recursos para atendimento às demandas
10) Obstáculos ao desenvolvimento das ações profissionais
11) Estratégias para enfrentamento dos obstáculos
1) Apresentação e antecedentes
Este projeto profissional do SS nos Centros de Referência LGBT
(CR’s LGBT) começou a ser construído em dezembro de 2012 a
partir do trabalho da equipe. Tal equipe foi inicialmente composta
pelos/as assistentes sociais Joilson Santana e Márcia Vianna (CR
Capital), Thaís Dias (CR Duque de Caxias) e Silvana Marinho (CR
Niterói) e pelos/as primeiros/as estagiários/as dos CR’s Bruno
Oliveira, Cláudia Souza, Esther Guedes, Isabela Scheufler e
Priscila da Conceição. Como facilitador da construção deste
projeto atuou como assessor o prof. Guilherme Almeida da
Faculdade de Serviço Social (FSS/UERJ).
Trata-se de um trabalho inaugural de sistematização de práticas
profissionais que já vinham sendo desenvolvidas e analisadas.
Os/as assistentes sociais se inseriram nos CR’s no início do
primeiro semestre de 2011, juntamente com outras equipes de
advogados/as, psicólogos/as, gestores/as, técnicos/as e auxiliares
administrativos, entre outras.
O trabalho nos CR’s sempre foi desenvolvido através de
equipes multiprofissionais e o presente projeto está focado em
uma única profissão, por considerarmos a importância de
fortalecer separadamente as equipes, inclusive como estratégia
de fortalecimento das equipes multiprofissionais.
Os Centros de Referência LGBT constituem um dos aspectos do
Programa Rio Sem Homofobia (RSH), um programa estadual
que passou a ser construído a partir de 2007.
O RSH resultou de compromissos estabelecidos entre o
governo do estado e representantes de instituições que
compunham o movimento de lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais. Em maio do mesmo ano foi constituída
como parte da Secretaria de Assistência Social e Direitos
Humanos (SEASDH), a SUPERDIR (Superintendência de
Direitos Individuais, Coletivos e Difusos) que passou a ser
incumbida do desenvolvimento e da implementação da política
LGBT no estado.
Ainda em 2007, o governo estadual instituiu uma Câmara
Técnica, com participação de 14 membros do governo e 14 do
movimento LGBT e de direitos humanos, assim como de
especialistas universitários, para elaboração do RSH (SEASDH,
2012).
Entre os dias 16 e 18 de maio de 2008 foi realizada ainda a
Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos
para LGBT no campus da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ) cujo objetivo além de reunir propostas para a
Conferência Nacional realizada no mesmo ano, foi definir
estratégias de implantação e ações do RSH.
O Programa visa “combater a discriminação e a violência
contra LGBT e promover a cidadania desta população em todo
o território fluminense “ e em todas as áreas do governo
(SEASDH, 2013)
Os CR’s LGBT são instituições prestadoras de serviços que
fazem parte do RSH. Desde 2010, o Laboratório Integrado de
Diversidade Sexual e de Gênero, Políticas e Direitos (LIDIS) da
UERJ, conduzido por professores/as das seguintes unidades
acadêmicas: Instituto de Medicina Social (prof. Sérgio
Carrara), Instituto de Psicologia (prof. Anna Paula Uziel) e
Faculdade de Serviço Social (prof. Guilherme Almeida). Além
de professores/as, a parceria LIDIS-UERJ e SUPERDIR-SEASDH
para a implementação dos CR’s LGBT contou desde o início
com o trabalho de pesquisadores/as mestrandos/as e
doutorandos/as que também contribuíram para o sucesso do
trabalho: Aureliano Lopes, Sílvia Aguião e Vanessa Leite.
O Lidis foi associonado pela SEASDH para oferecer assessoria,
monitoramento e avaliação ao trabalho dos CR’s, além de
fomentar a produção acadêmica relacionada aos dados dos
serviços. Na realização destas atividades, o Lidis desenvolveu
algumas atividades centrais:
Reconhecimento Discriminações
União estável e conversão em
casamento civil Escolas e universidades
Retificação de registro civil Relações de vizinhança e
comunitárias
Acesso ao processo
transexualizador Ambiente doméstico e familiar
Busca de espaços de Ambiente de trabalho
socialização distintos do
mercado Nas ruas
Acesso à saúde (saúde mental, Assassinatos e espancamentos
acesso à hormonioterapia,
HIV/Aids) assistência social Equipamentos das PS (saúde,
(abrigamento, programas de assistência social)
transferência de renda, acesso
a outros programas sociais, Estabelecimentos comerciais e
emissão de docs.), habitação, privados
trabalho e renda (vagas)
9) Recursos para atendimento às
demandas
Técnicas Instrumentos
Atendimentos individuais (entrevistas Computadores, impressoras e modem
iniciais e de acompanhamento) (Niterói não tem os últimos)
Atendimentos em grupos nas Mobiliário
instituições (socioeducativas e de
sensibilização) Livros, filmes, documentos, trabalhos
Sistematização da prática (coleta de acadêmicos (acervo construído por
dados, organização, escrita de profissionais e coordenadores)
materiais)
Datashow (não tem)
Visitas domiciliares
Material de escritório (Niterói não
Visitas institucionais tem)
Construção de redes Material educativo (cartazes, folderes)
interinstitucionais – com restrições
Grandes eventos de formação e
sensibilização Transporte com restrições