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Desafios Prova Saeb

1- Leia o texto abaixo


Epitáfio (Sérgio Britto)
Devia ter amado mais / Ter chorado mais / Ter visto o sol nascer / Devia ter arriscado mais / E
até errado mais / Ter feito o que eu queria fazer... / Queria ter aceitado / As pessoas como elas
são / Cada um sabe a alegria / E a dor que traz no coração... / [...] Devia ter complicado menos /
Trabalhado menos / Ter visto o sol se pôr / Devia ter me importado menos / Com problemas
pequenos / Ter morrido de amor...[...]
O tema central da letra da música é:
A) a eternização do amor como solução para os problemas da vida.
B) a preocupação por não saber o que fazer nas diversas situações de vida.
C) o arrependimento por não ter podido aproveitar mais as coisas da vida.
D) o sentimento de morte que perpassa todas as simples situações da vida.

2 - Leia o texto abaixo e responda.


Desmatar não vale a pena
Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar
durante muito tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante na
Amazônia é baseado na exploração madeireira predatória e na conversão de terras para
agropecuária. É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros anos da atividade econômica
baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero crescimento (o boom). Mas, em seguida,
vem um declínio significativo em renda, emprego e arrecadação de tributos (o colapso). A
situação de quem era pobre fica ainda pior. Esse modelo é nefasto em todos os sentidos. O
avanço da fronteira na Amazônia é marcado pelo desmatamento, pela degradação dos recursos
naturais e, se não bastasse tudo isso, pela violência rural. Em pouco mais de três décadas, o
desmatamento passou de 0,5% do território da floresta original para quase 18% do território,
em 2008. Além disso, áreas extensas de florestas sofreram degradação pela atividade madeireira
predatória e devido a incêndios florestais.
VERÍSSIMO, Beto. Galileu. set. 2009. Fragmento.
Nesse texto, o autor discorda de qual tese?
A) “Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico.”
B) “É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros...”.
C) “A situação de quem era pobre fica ainda pior.”.
D) “Esse modelo é nefasto em todos os sentidos.”.

Leia o texto abaixo e responda às questões 3, 4 e 5


As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu
invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa
dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com
varanda fresquinha dando para o rio. Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá
no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a
altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo
porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte
teve medo. Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina
de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas
ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às
vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo se tomava café tarde da noite! E às
vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos,
torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de
manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo
– aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia
que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então
dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse
a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor.
3 - Que função desempenha a expressão destacada no texto “… o volume do rio cresceu TANTO
QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo)
A) adição de ideias.
B) comparação entre dois fatos.
C) consequência de um fato.
D) finalidade de um fato enunciado.

4 - No trecho “Às vezes chegava alguém a cavalo”, a expressão sublinhada dá ideia de


A) causa.
B) explicação.
C) lugar.
D) tempo.

5 - No trecho: “Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda,
mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua[...]”. O conectivo “mas”, estabelece com
as ideias que o antecedem uma relação de
A) adversidade.
B) conclusão.
C) causa.
D) comparação.

Leia o texto abaixo e responda às questões 6 e 7


NÃO TE AMO MAIS (Clarice Lispector)

Não te amo mais. 6 - Qual a diferença de sentido entre as


Estarei mentindo dizendo que palavras, mas e mais no texto?
Ainda te quero como sempre quis ___________________________________
Tenho certeza que Nada foi em vão. ___________________________________
Sinto dentro de mim que ___________________________________
Você não significa nada. ___________________________________
Não poderia dizer mais que ___________________________________
Alimento um grande amor. 7 - Que sentidos apresentam as palavras
Sinto cada vez mais que Já te esqueci! ainda e já, no texto?
E jamais usarei a frase ___________________________________
Eu te amo! ___________________________________
Sinto, mas tenho que dizer a verdade ___________________________________
É tarde demais... ___________________________________
Obs.: Agora leia de baixo para cima. ___________________________________
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