ATÉ O FINAL DO SÉCULO PASSADO OS PREPAROS DE CAVIDE ERAM EXECUTADOS DE FORMA

EMPÍRICA, SEM BASES MECÂNICAS E BIOLÓGICAS. FOI NO INÍCIO DESTE SÉCULO, EM 1908, QUE
BLACK, ELABOROU UMA SÉRIE DE NORMAS E DETALHES PARA UM PREPARO CAVITÁRIO, AOS QUAIS
DENOMINOU DE PRINCÍPIOS GERIAS. SÃO ESTES, ASSOCIADOS A INOVAÇÕES MAIS RECENTES, OS
PROCEDMINETOS UTILIZZADOS PARA CONFECÇÃO DE QUALQUER CAVIDADE.

PARA BLACK, “O PREPARO CAVITÁRIO É O TRATAMENTO MECÂNICO DAS INJÚRIAS CAUSADAS PELA
CÁRIE, DO MODO MAIS CONVENIENTE ÀS PARTES REMANECENTES DO DENTE, COM A FINALIDADE
DE RECEBER RESTAURAÇÃO; RESTAURANDO A FORMA ORIGINAL, DANDO-LHE RESISTÊNCIA E
PREVENINDO A RECORRÊNCIOA DA CÁRIE NA SUPERFÍCIE TRATADA”.

FORMA DE CONTORNO

- EXTENÇÃO PARA PRESERVAÇÃO (SEGUNDO BLACK)

- FILOSOFIA MINIMAMENTE INVASIVA (ATUALMENTE)

A REMOÇÃO DE DENTINA

• EM 1943 DORFMAN E COLS MOSTRARAM QUE A DENTINA CARIADA É UM TECIDO

MULTICOMPOSICIONAL, NO QUAL ENCONTRAMOS ALÉM DE CÁLCIO E COLÁGENO
IRREVERSIVELMENTE DESORGANIZADO UMA GRANDE QUANTIDADE DE
MICROORGANISMOS.
• HISTOLOGICAMENTE OBSERVARAM QUE UMA CAVIDADE CARIOSA
PODE SE DIVIDIR EM 3 ZONAS DISTINTAS: A PRIMEIRA, SEMPRE INFECTADA RICA EM
MICROORGANISMOS E A DENTINA SE APRESENTA DE FORMA IRREVERSIVELMENTE
DESORGANIZADA. A SEGUNDA CAMADA, OU INTERMEDIÁRIA, PODE SE APRESENTAR COM
AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DA PRIMEIRA, TODAVIA, A PORÇÃO MAIS PROFUNDA PODE
ESTAR APENAS CONTAMINADA (DENTINA ESCLEROSADA) E SER POSSÍVEL DE PERMANÊNCIA.
A TERCEIRA CAMADA É QUASE SEMPRE, PARA NÃO SE DIZER SEMPRE, APENAS AMOLECIDA,
PRODUTO DO ÁCIDO DOS MICROORGANISMOS E REVERSIVELMENTE DESORGANIZADA
(TRATAMENTO COM HIDRÓXIDO DE CÁLCIO).
• EM 1979 FUSAYAMA E FUSAYMA E THERASHIMA INTRODUZIRAM NA ODONTOLOGIA UM
CORANTE ORGÂNICO CAPAZ DE INDENTIFICAR AS CAMADAS DE DORFMAN E COLS.
(FUCSINA BÁSICA 0,5 ML EM 100 ML DE PROPILENO GLICOL)

FORMA DE CONVENIÊNCIA

• É A FORMULAÇÃO QUE A CAVIDADE DEVE APRESENTAR PARA QUE AS SUAS PAREDES

POSSAM RESISTIR SEM SE FRATURAR, AOS ESFORÇOS MASTIGATÓRIOS E AS ALTERAÇÕES DE
VOLUME DOS MATERIAIS RESTAURADORES PROTAGONIZADAS POR MUDANÇAS TÉRMICAS,
MONDELLI E COLS.
• PARA BLACK A RESISTÊNCIA ESTAVA NA DEPENDÊNCIA DA ABERTURA VESTÍBULO-LINGUAL,
A QUAL NÃO PODERIA SER SUPERIOR A 1/3 DO VOLUNE DA COROA DO DENTE.
• A FORMA DE RESISTÊNCIA É FUNDAMENTADA EM PRÍNCIPIOS MECÂNICOS, DESTACA-SE:
PAREDES CIRCUNDADES PARALELAS ENTRE SI E PERPENDICULARES A PAREDE PULPAR.
• OS ÂNGULOS SEJAM DIEDROS OU TRIEDOS, DEVERIAM SER VIVOS (RETOS).

• ÂNGULO AXIO-PULPAR VIVO ARREDONDADO FOI CONTESTADO POR BERNARDINELLI E COLS

QUE DEMONSTRARAM QUE ESTA PRÁTICA NA REALIDADE DIMINUÍA A RESISTÊNCIA EM VEZ
DE AUMENTÁ-LA. ESTE TRABALHO ELIMINOU ESTA RECOMENDAÇÃO EM 1977
• IMPORTANTES FORAM AS CONTRIBUIÇÕES DE BRONNER, AO PROPOR A DIMINUIÇÃO DA
LARGURA DO ISTMO DA CAIXA PROXIMAL E AINDA RECOMENDAR A CONVERGÊNCIA DA DAS
PAREDES DA CAIXA PROXIMAL, POIS SOB O PONTO DE VISTA DA ENGENHARIA O RESULTADO
SERIA MAIOR. (PARA AMALGAMA DE PRATA)
• RODDA ,1972, PRECONIZOU MUDANÇAS NO PREPARO DE CAVIDADES: PAREDES DA CAIXA
PROXIMAL CONVERGENTES PARA OCLUSAL E OS ÂNGULOS INTERNOS ARREDONDADOS.
(PARA AMALGAMA DE PRATA)
• COM A IDÉIA DE STRICKLAND DE QUE TAMBÉM AS PAREDES DA CAIXA OCLUSAL DEVERIAM
SER CONVERGENTES PARA A OCLUSAL, MONDELLI E COLS EM 1972 PROPÕEM UMA
CAVIDADE COM TODAS AS PAREDES CONVERGENTES PARA OCLUSAL E ÂNGULOS INTERNOS
ARREDONDADOS. (PARA AMALGAMA DE PRATA)
 • EM 1980. MONDELLI E COLS DEMONSTRARAM EM TRABALHO DE LABORATÓRIO A
IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DE ESTRUTURA DE REFORÇO, TAIS COMO AS CRISTAS
MARGINAIS E AS VERTENTES DAS CÚSPIDES, POR MENOR QUE SEJA ESSA ABERTURA HÁ
PERDE DE RESISTÊNCIA

FORMA DE RESISTÊNCIA

• Forma de resistência: representa a forma estabelecida para a cavidade com o intuito de que
o dente e o material restaurador tenham a condição de resistir aos esforços mastigatórios,
bem como às alterações volumétricas advindas de 11 variações térmicas, MONDELLI E COLS.
A obtenção da forma de resistência advém da configuração mecânica interna da cavidade.
Em relação a forma de resistência das cavidades para o amálgama, esta é originária de
preparos em forma de caixa, na qual os ângulos diedros externos são retos e definidos,
sendo caracterizados pela ausência de bisel. Outro aspecto a ser considerado é que deve
haver uma espessura de, no mínimo 2mm de material em áreas de esforços oclusais, pelo
fato do amálgama ser quebradiço, o que pode originar fraturas quando for confeccionado
em camadas finas (AMORE et al., 2014).

FORMA DE RETENÇÃO

• DEVE SER ENTENDIDA COMO A CARACTERÍSTICA A SER DADA A CAVIDADE PARA EVITAR
DESLOCAMENTO, SOB A AÇÃO DOS ESFORÇOS MASTIGATÓRIOS, DOS MATERIAIS
RESTAURADORES.

ACABAMENTO DAS PAREDES DE ESMALTE

• Acabamento das paredes e margens de esmalte: envolve a remoção dos prismas de esmalte
fragilizados, por meio do alisamento das paredes internas de esmalte da cavidade, ou no
acabamento compatível com o ângulo cavo superficial, para um melhor vedamento
marginal;

LIMPEZA DA CAVIDADE

• Limpeza da cavidade: direciona-se a remoção de partículas remanescentes das paredes

cavitarias, o que permite a colocação do material restaurador em um âmbito cavitário
totalmente limpo (MACIEL et al., 2019; MANDARINO, 2010)
A sequência (7 ETAPAS) elaborada por Black, ao longo do tempo, foi sendo aprimorada
acompanhando a evolução técnica e clínica da Odontologia (tornando-se um preparo mais
conservador, como forma de evitar o comprometimento de áreas saudáveis da estrutura dentária).
Porém, a contribuição de Black foi relevante por estabelecer uma base didática e racional para o
tratamento da lesão cariosa (ALCÂNTARA et al., 2015; MEDEIROS, 2011).

NOVOS PRINCÍPIOS RESTAURADORES

• NOVOS MATERIAS, ESPECIALMENTE OS ADESIVOS, TÊM POSSIBILITADO A MANUTENÇÃO DE

ESTRUTURAS FRÁGEIS, AS QUAIS PODEM SER REFORÇADAS.
• ETÁ PERFEITAMENTE ESTABELECIDO QUE A MELHOR RESTAURAÇÃO É AQUELA QUE O
PROFISSIONAL NÃO FAZ. DE POSSE DE DADOS COMO O RISCO E A ATIVIDADE CARIOSA QUE
CADA PACIENTE APRESENTA, O PLANEJAMENTO RESTAURADOR PODE SER “NÃO
RESTAURAR “, POIS A INTERRUPÇÃO DA DOENÇA PODE SER CONSEGUIDA POR MEIO DE
METÓDOS EDUCATIVOS.
• LESÕES EM ESMALTE NÃO DEVEM SER INSTRUMENTADAS EM PREPARO CAVITÁRIO, NO
MÁXIMO UMA AMELOPLASTIA SEGUIDA DE FLUOTERAPIA APROPRIADA.
• FILOSOFIA MÁXIMA PREVENÇÃO; MÁXIMA PRESERVAÇÃO E MÍNIMA RESTAURAÇÃO.
• EM 1997, MOUNT E HUME, APRESENTARAM UMA NOVA VERSÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE
CAVIDADES, ESTA NÃO CONSIDERA O RISCO E A ATIVIDADE DE CÁRIE E SIM A PRESENÇA OU
NÃO DA LESÃO E A NECESSIDADE DE TRATAMENTO. É, PORTANTO UMA CLASSIFICAÇÃO
RELACIONADA À TERAPIA INDICADA.

• O GRUPO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE DENTÍSTICA EM 1997, RECLASSIFICOU AS

CAVIDADES QUANTO À PROFUNDIDADE, ACRESCENTANDO MAIS UMA: MUITO PROFUNDA.
TAL DECISÃO FOI BASEADO NO PRÍNCIPIO DE QUE A HIBRIDIZAÇÃO É A MELHOR FORMA
PARA RETER RESTAURAÇÕES ADESIVAS, PORÉM, QUANDO EM CAVIDADES MUITO
PROFUNDAS, A PRESENÇA DE ÁCIDOS PODERIA PRODUZIR EFEITOS ALTAMENTE DANOSOS
AO COMPLEXO VITAL. DESTA MANEIRA SE ENTENDEU QUE EM CAVIDAES COM RISCO DE
EXPOSIÇÃO PULPAR, OU COM UMA CAMADA DE DENTINA REMANESCENTE
EXTREMAMENTE FINA (MENOR QUE 0,5 MM) NÃO SERIA RECOMENDÁVEL A UTILIZAÇÃO DA
TÉCNICA DE HIBRIDIZAÇÃO, SENDO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E IONÔMERO DE VIDRO AS
OPÇÕES PREFERENCIAIS (FORRADORES).
MATERIAIS RESTAURADORES

CONDICIONAMETO ÁCIDO

EM 1955, BUONOCORE BASEADO NO PRINCÍPIO INDUSTRIAL DESENVOLVEU UMA TÉCNICA DO

ATAQUE ÁCIDO PARA AUMENTAR A UNIÃO DAS RESINAS ACRÍLICAS AO ESMALTE. CONCLUIU QUE A
COPOSIÇÃODO ESMALTE SUPERFICIAL PODIA SER DIFERENTE DO SUBJACENTE POR REAGIR COM
DIVERSOS ÍONS E COM SALIVA, ASSIM O CONDICIONAMENTO ÁCIDO AUMENTOU A RECPTIVIDADE
DO ESMALTE EXTERNO À ADESÃO

• EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA, O ATAQUE ÁCIDO É USADO PRA SELAMENTO DE FÓSSULAS

E SULCOS, CONSTRUÇÃO IMEDIATA DE MANTEDORES DE ESPAÇO, OU AINDA NA
CIMENTAÇÃO DE PEQUENOS BRACKTES PLÁSTICOS À SUPERFÍCIE DO DENTE.
• EM 1987 TEMOS O DESENVOLVIMENTO DOS SISTEMAS ADESIVOS DENTINÁRIOS, DANDO
ORIGEM AOS CONDICIONADORES E PRIMERS, QUE CONSEGUIU MODIFICAR A SUPERFÍCIE
DENTINÁRIA TORNANDO-A APTA A RECEBER OS ADESIVOS RESINOSOS.
• CONDICIONAMENTO ÁCIDO É UM PROCEDIMENTO REALIZADO COM A APLICAÇÃO DE
ÁCIDOS NA SUPERFÍCIE DE ESMALTE E DENTINA, COM A FINALIDADE DE PRODUZIR
MICRORETENÇÕES, AUMENTANDO ASSIM A UNIÃO E DISSIMULAÇÃO DA INTERFACE DENTE-
RESTAURAÇÃO, RESULTANDO NUMA MAIOR PRESERVAÇÃO DE TECIDO DENTÁRIO SADIO,
SEGUNDO MONDELLI E COLS.
• PROCEDIMENTO CLÍNICO ODONTOLÓGICO PARA AUMETAR A RETENÇÃO DE CERTOS
MATERIAIS RESTAURADORES À BASE DE RESINA.
• EMBORA A CARACTERÍSTICA DO CONDICIONAMENTO DO ESMALTE E DA DENTINA SE
DIFERENCIE HÁ, EM AMBOS, UMA FORMA DE RETENÇÃO QUE SE ESTABELECE,
FUNDAMENTALMENTE, POR CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, MESMO QUE A APROXIMAÇÃO COM
O COLÁGENO DA DENTINA SEJA DE TAL MAGNITUDE QUE SE POSSA CONSIDERAR UMA
“ADESÃO FÍSICO-QUÍMICA”.
 • O ESMALTE É UM TECIDO QUE APRESENTA 97% DE MINERAL E 3% DE MATÉRIA ORGÂNICA,
SUA SUPERFÍCIE EXTERNA CARACTERIZA-SE MICROSCOPICAMENTE PELA PRESENÇA DE
NUMEROSOS PRISMAS E POROS. (APROFUNDAR DEPOIS OU CONTINUAR)
• BISEL, O EMPREGO DO BISEL SE DÁ EM FUNÇAÕ DE AUMENTAR A FORÇA DE UNIÃO DAS
RESINAS COMPOSTAS AO ESMALTE CONDICIONADO. POSSIBILITAR A EXPOSIÇÃO DE
PRISMAS TRANSVERSAIS, OS QUAIS DESTA FORMA FORNECEM UM MELHOR PADRÂO DE
CONDICIONAMENTO, POIS CONDICIONAMENTO EM PRISMAS TRANSVERSAIS SÃO
MELHORES DO QUE CONDICIONAMENTO EM PRISMAS LONGITUDINAIS, CARACTERÍSTICA DE
FAVO DE MEL.

• HOJE SE ADMITE NÃO EXECUTAR O BISEL, QUER SEJA EM COLAGENS OU ATÉ MESMO EM
CAVIDADE ONDE A PARTICIPAÇÃO DA DENTINA DETERMINA A FORMA DE RETENÇÃO; ALÉM
DO QUE SE EVITA UMA MAIOR EXPOSIÇÃO DE RESINA NA SUPERFÍCIE EXTERNA.
• O CONDICIONAMENTO ÁCIDO DO ESMALTE PROVOCA UM AUMENTO DA ENERGIA DE
SUPERFÍCIE, POIS SE REMOVE UMA CAMADA SUPERFICIAL DE ESMALTE QUE É POUCA
REATIVA, DEVIDO AO CONTATO COM OS ÍONS DA SALIVA, EXPONDO UMA SUPERFÍCIE MAIS
REATIVA QUE PEERMITE A RESINA FLUIDA UMA MAIOR CAPACIDADE DE MOLHAR ESSA
SUPERFÍCIE.
• HÁ AUMENTO DA ÁREA DE SUPERFÍCIE, DEVIDO AS INÚMERAS MICRORETENÇÕES OU
POROSIDADES QUE SÃO FEITAS.
• DE ACORDO COM TRABALHOS DE GILPATRIC E COLS, 1991 E GILPATRIC E COLS, 1994, OS
TEMPOS DE CONDICIONAMENTO PODEM SER BASTANTE EM RELAÇÃO AOS CONCEITOS
INICIAIS (MAIS DE UM MINUTO). ASSIM, TEMPOS QUE VARIAM ENTRE 10 S E 30 S SE
CONFIGURAM IDEAIS, 30 SEGUNDOS EM ESMALTE E 15 EM DENTINA, NOTADAMENTE
QUANDO SE FAZ USO DO CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL.

TIPOS DE CONDICIONADORES ÁCIDOS E SEUS EFEITOS SOBRE A SUPERFÍCIE DE ESMALTE

 • EDTA (ÁCIDO ETILENO DIAMINO TETRA-ACÉTICO) 10%- (inadequado para condicionamento
ácido, usado em endodontia)
• ÁCIDO CLORÍDRICO (ácido muito forte, considerado inadequado, grande destruição)
• ÁCIDO CÍTRICO 50% - eficiência cai em presença de flúor
• ÁCIDO FOSFÓRICO - 37,5% RECOMENDADO, melhores resultados, entre 35% e 50%
• SOLUÇÃO DE ÁCIDO FOSFÓRICO 50% E ÓXIDO DE ZINCO 0,7% de 45 a 70 segundos - (para
exercer maio efeito de tamponamento)

OBSERVANDO MICROSCOPICAMENTE A SUPERFÍCIE DE ESMALTE CONDICIONADA POR ÁCIDO, PODE

SE OBSERVAR TRÊS TIPOS DE IRREGULARIDADES CRIADAS, CLASSIFICANDO-SE O ATAQUE ÁCIDO EM
TRÊS PADRÕES SEGUNDO ESTAS CARACTERÍSTICAS: PADRÃO TIPO 1, PADRÃO TIPO II, PADRÃO TIPO
III – SILVERSTONE E COLS, E PADRÃO TIPO IV – RETIEF.

I - DISSOLUÇÃO DA PORÇÃO CENTRAL DOS PRISMAS, MANTENDO INTACTO A REGIÃO PERIFÉRICA,

POSSUINDO CAVIDADES DE APROX. 3 MM, POSSIBILITA MELHOR RETENÇÃO DE MATERIAIS,
CONDICIONAMENTO MAIS FREQUENTEMENTE ENCONTRADO

II - DISSOLUÇÃO DA PORÇÃO PERIFÉRICA, MANTENDO A CENTRAL INTACTA, ASPECTO OPOSTO AO

DE FAVO DE MEL, COM PRISMAS PERMANECENDO PROJETANDO-SE À SUPERFÍCIE ORIGINAL DO
ESMALTE

III – ENVOLVE O CENTRO E A PERIFERIA, AFETANDO 60% A 70% DA SUPERFÍCIE DO ESMALTE,

APRESENTANDO ÁREAS QUE CORRESPONDEM AO TIPO II

IV – FEITO NA CAMADA APRISMÁTICA, PARA RETIEF

ATUALMENTE SUGERE-SE QUE NÃO HÁ UM PADRÃO EM ESPECÍFICO E O PADRÃO QUE DEICA A

PORÇÃO MAIS INTERNA DOS PRISMAS É DEIXADA RELATIVAMENTE INTACTA, NÃO PARECE SER
CONFIADA AO ATAQUE DO ESMALTE POR QUELANTE, GWINNETT

AGENTES DE UNIÃO EM ODONTOLOGIA

• QUANDO NENHUMA INTERFERÊNCIA PREJUDICA A PENETRAÇÃO DO SISTEMA ADESIVO,

ESTE FENÔMENO APRESENTA GRANDE CAPACIDADE ADESIVA, TRADUZIDA EM CERCA DE 20
Mpa, O QUE É, SEGUNDO TRIOLLO E SWIFT, EM 1992 UMA FORÇA ADESIVA CAPAZ DE
IMPEDIR O DESLOCAMENTO DE MATERIAIS JUNTO A PAREDE GENGIVAL, MESMO QUE NÃO
SE TENHA ESMALTE. ESTE MECANISMO É CHAMADO POR NAKABAYASHI DE
“HIBRIDIZAÇÃO”. ESSA CAMADA HÍBRIDA É FORMADA POR SISTEMA ADESIVO E DENTINA.
• Com o sucessivo desenvolvimento das resinas compostas, chegamos hoje às resinas foto
polimerizáveis, mais estáveis em termos de cor, além da gigantesca melhora em termos da
relação matriz orgânica/inorgânica, o que entre tantas vantagens, sem dúvida a mais
importante é a resistência ao resgate, uma vez que o material restaurador deve resistir aos
complexos esforços mastigatórios, de correntes da dinâmica da mastigação.
• O SISTEMA DE ADESÃO É ALTAMENTE COMPLEXO, SENDO NECESSÁRIO ALGUNS ITENS:
COESÃO, ADESÃO, TENSÃO SUPERFICIAL, ENERGIA DE SUPERFÍCIE E VISCOSIDADE.
• COESÃO: FORÇA QUE EXISTE ENTRE MOLÉCULAS DE UM CORPO, PORTANTO, PARECE CLARO
QUE NÃO EXISTE COESÃO PURA EM ODONTOLOGIA. ADESÃO: FORÇA DE ATRAÇÃO
INTERMOLECULAR NUMA DETERMINADA INTERFACE. ELA PODE SER DIVIDIDA EM ADESÃO
MECÂNICA, APRISIONAMENTO FÍSICO DO MATERIAL DENTRO DE CAVIDADES NATURAIS OU
 ARTIFICIAIS, EM OUTRO CORPO, ADESÃO QUÍMICA, REPRESENTADO PELAS FORÇAS DE
VALÊNCIA PRIMÁRIA, FORÇAS DE VAN DER WALLS, PARA QUE OCORRA UMA ADESÃO
QUÍMICA É NECESSÁRIO QUE HAJA UMA APROXIMADE DE 2 A, E EM TECIDOS DENTAIS SE
RELACIONA DIRETAMENTE COM A SUPERFÍCIE ADERENTE E COM A CAPACIDADE DE
UMEDECIMENTO DO ADESIVO.

PARA QUE HAJA UM PROCESSO DE ADESÃO DEVE-SE CONSIDERAR A:

• TENSÃO SUPERFICIAL: RESULTADO DAS FORÇAS DE COESÃO MOLECULAR E

CORRESPONDEM À RESISTÊNCIA DA PEÍCULA SUPERFICIAL À ENTRADA E SAÍDA DE SÓLIDOS,
LÍQUIDOS OU GASOSOS, SENDO NECESSÁRIO QUE ESSA TENSÃO SUPERFICIAL SEJA IGUAL
OU MENOR QUE A TENSÃO SUPERFÍCIAL DO ADERENTE. ENERGIA DE SUPERFÍCIE: A
ENERGIA DE SUPERFÍCIE DE SÓLIDO É MAIOR QUE A DIS LÍQUIDOS E É DIRETAMENTE
PROPORCIONAL A SEU GRAU DE DUREZA. O ESMALTE DENTINÁRIO APRESENTA GRANDE
ENERGIA DE SUPERFÍCIE QUANDO ISENTO DE BIOFILME E PALÍCULA ADQUIRIDA.
VISCOSIDADE: ATRITO DAS MOLÉCULAS DE UM LÍQUIDO, PROVOCANDO DIFICULDADE DE
DESLOCAMENTO. SEU INVERSO É A FLUIDEZ, QUE É A CAPACIDADE DE UM LÍQUIDO SE
DESLOCAR.
• DENTÍSTICA RESTAURADORA, NÃO EXISTE COESÃO, POIS O QUE SE PRETENDE É UNIR
DIFERENTES MATERIAIS AOS TECIDOS DENTÁRIOS.
• PARA QUE HAJA UMA AÇÃO EFICIENTE DO CONDICIONAMENTO ÁCIDO É NECESSÁRIO QUE
O ÁCIDO FOSFÓRICO A 37,5% ESTEJA EM INTÍMO CONTATO COM A SUPERFÍCIE DO TECIDO,
O QUE É OBTIDO COM UMA ADEQUADA PROFILAXIA (ETAPA IMPORTANTE).
• NEWMAN E SHARPE DEFENDEM A IDEÁ DE QUE A PROFILAXIA DIMINUI O ÂNGULO DE
CONTATO, O QUE AUMENTA O PODER DE MOLHAMENTO DO AGENTE ÁCIDO.
• PARA GARONE FILHO E GARONE NETO, A ENERGIA DE SUPERFÍCIE É AINDA MELHORADO
COSO SEJA FEITO O BISELAMENTO, POIS EXPÕE OS PRISMAS NUMA SITUAÇÃO MAIS
FAVORÁVEL AO CONDICIONAMENTO ÁCIDO (PORQUE NA MAIORIA DOS CASOS OS
PRIMSMAS SE APRESENTAM DISPOSTOS LONGITUDINALMENTE) - ESMALTE

• ATUALMENTE A CONFECÇÃO DO BISEL SE TORNOU OPCIONAL, POIS A DENTINA PASSOU A

FAZER PARTE DO PROCESSO DE RETENÇÃO, FICANDO APENAS POR RAZÕES ESTÉTICA,
COM O INTUITO DE DIMINUIR A FRONTEIRA ENTRE RESINA E TECIDO.
• AS RESINAS COMPOSTAS NÃO POSSUEM AS CARACTERÍSTICAS ADEQUADAS PARA
PENETRAR NESSA ÁREA DE ATAQUE ÁCIDO, PRINCIPALMENTE EM FINÇÃO DA QUANTIDADE
E TAMANHO DE CARGA INORGÂNICA, NECESSITANDO DE UM AGENTE INTERMEDIÁRIO
PARA EXECUTAR ESSE PAPEL, OU SEJA, PENETRAR NOS ESPAÇOS CRIADOS E SE UNIR AOS
MATERIAIS USADOS PARA RECONSTRUIR (RESINA COMPOSTA) - NÃO PRECISANDO EM
OUTROS MATERIAIS QUE NÃO TENHA RESINA
• SELANTES FOTOPOLIMERIZÁVEIS, BISFENOL + METILMETACRILATO
• ATUALMENTE: PRIME E ADESIVO, COM OS AUTOCONDICIONANTES DISPENSANDO O
ÁCIDO FOSFÓRICO.
• O PROCESSO ADESIVO EM DESTÍSTICA: APÓS O CONDICIONAMENTO ÁCIDO E RETIRADA DO
SMEAR LAYER: SMEAR ON E SMEAR IN OU PLUG, APLICAÇÃO DO SISTEMA ADESIVO DE
ACORDO COM O FABRICANTE, PRIME PODE VIR JUNTO OU SEPARADO, SENDO ELE O
PRIMEIRO, CRIAÇÃO DA CAMADA HÍBRIDA E ESTANDO APTO PARA RECEBER A RESINA APÓS
SER POLIMERIZADO.
RESINAS COMPOSTAS RESTAURADORAS

• UMA CLASSIFICAÇÃO BASEADA NAS MATRIZES ORGÂNICAS NÃO PARECE SER ÚTIL JÁ QUE A
MAIORIA DOS COMPÓSITOS CONTÉM MISTURAS DE DIFERENTES RESINAS. PORTANTO O
TIPO, A CARGA E TAMANHO DAS PARTÍCULAS, POR APRESNTAREM GRANDE INFLUÊNCIA
NAS PROPRIEDADES DOS COMPÓSITOS, NOS FORNECEM UMA PARÂMETRO PRÁTICO PARA
ESTABELECER UMA CLASSIFICAÇÃO.

SENDO ASSIM, ADOTAREMOS A CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO LUTZ E PHILLIPS, 1983; LEINFELDER E

TAYLOR, 1978; NAGEM FILHO, 1988 E MC CABE, 1984.

RESINAS CONVENCIONAIS (MACROPARTÍCULADAS):

• POSSUEM PARTÍCULAS ENTRE 1 A 100 MICRÔMETRO

• APRESENTAM UMA SUBDIVISÃO ADICIONAL EM GRUPOS DE 1 A 6 MICRÔMETRO, 15 A 20
OU DE 100 MICRÔMETRO EM SEU DIÂMETRO
• POSSUEM GERALMENTE ENTRE 70 A 80% DE PESO/CARGA (50 A 60% DO VOLUME)
• ALTA RUGOSIDADE, PREJUDICA A ESTÉTICA

RESINAS COM MICROPARTÍCULADAS

• O TAMANHO DAS PARTÍCULAS DESTE TIPO DE RESINA VARIA DE 0,01 A 0,05 MICRÔMETRO
• CONSTITUÍDA POR PARTÍCULAS IRREGULARES E ESFÉRICAS AS QUAIS SE ENCONTRAM
AGRUPADAS A SÍLICA PIROLÍTICA
• CARGA CONSTITUINDO CERCA DE 30 A 50% EM PESO DA RESINA
• A ATIVAÇÃO DESTA DEPENDE DO TIPO COMERCIAL E PODERÁ SER QUIMICAMENTE ATIVADA
OU POR LUZ VISÍVEL
• USO RECOMENDADO EM CAVIDADES CLASSE III E V, INCLUSIVE SUBGENGIVAL, DEVIDO ESTE
COMPÓSITO PERMITIR LISURA E GRANDE FACILIDADE DE POLIMENTO, LÓSSIO, 1990
• BAIXA RESISTÊNCIA
• ALTO COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA E DE CONTRAÇÃO
• BAIXA RESISTÊNCIA A TRAÇÃO
RESINAS PARTÍCULAS PEQUENAS

• O TAMANHO VARIA DAS PARTÍCULAS DESTE TIPO DE RESINA ENTRE 0,1 A 1 MICRÔMETRO
• POSSUEM UMA GRANDE CONCENTRAÇÃO DE CARGA, AUMENTANDO FATORES DE
RESISTÊNCIA
• TIPO DE CARGA É O VIDRO DE SILÍCA OS QUAIS SÃO INCORPORADOS AO BORO, BÁRIO E OU
ZIRCÔNIO, SENDO ELEMENTOS QUE PERMITEM QIE A PARTÍCULA ACOMPANHE O DESGASTE
FISIOLÓGICO DA RESTAURÇÃO SEM QUE SEJA TRANSMITIDA TENSÕES
• ATIVAÇÃO TAMBÉM DEPENDE DA MARCA, QUIMICA OU FOTOATIVADA
• RECOMENDADA PARA CLASSE III E IV E V, POSTERIORES, SEGUNDO VANHERLE E SMITH,
1985, E PARA RECONSTRUÇÃO DE BORDOS INCISAIS E SUBSTITUIÇÃO DE DENTINA POR
RAZÕES ESTÉTICAS E MECÂNICAS

RESINAS HÍBRIDAS

• COMBINAÇÃO DE PARTÍCULAS DO TAMANHO CONVENCIONAL E UMA PEQUENA

QUANTIDADE DE SÍLICA PIROLÍTICA 0,01 A 0,1 MICRÔMETRO
• POSSUI 78 A 85% DO PESO DE CARGA (SÍLICA PIROLÍTICA), 76% PESO CONVENCIONAL E 7%
DE SÍLICA PIROLÍTICA
• APRESENTA SUBDIVISÃO MICRO HÍBRIDOS (0,04 A 1 MICRÔMETRO) E NANO HIBRÍDAS (-0,04
A 3 MICRÔMETRO)
• AMBAS COM EXCELENTES PROPRIEDADES MECÂNICAS E DE LISURA
• USO DE CARGAS COMO VIDRO DE BÁRIO, BORO, ZINCO, ESTRÔNCIO E SILICATO-LÍTIO-
ALUMÍNIO

RESINAS NANOPARTICULADAS (SLIDE DA PROFESSORA)

• PARTÍCULAS DE 5 – 75 NANÔMETRO
• MÉTODO DE FABRICAÇÃO AGREGA MAIOR VOLUME DE VARGA Á MATRIZ
• BOAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS
• MUITO BOM POLIENTO
• MANUTENÇÃO DE BRILHO
• AVANÇO NA RADIOPACIDADE

PROPRIEDADE ÓPTICA

• MATIZ: FAMÍLIA DA COR

• CROMO: SATURAÇÃO DA COR, QUANTO MAIOR MAIS SATURADO MAIS FORTE A COR
• VALOR: LUMINOSIDADE DA COR, QUANTO MAIS CLARO MAIOR VALOR POIS TEREMOS MAIS
REFLEXÃO, QUANTO MAIS ESCURO MENOR O VALOR POIS TEREMOS MENOR REFLEXÃO
(TRANSPARÊNCIA)

TIPOS DE POLIMERIZAÇÃO

QUIMICAMENTE

• SISTEMA LÍQUIDO-PÓ
• SISTEMA PASTA-LÍQUIDO
• SISTEMA PASTA-PASTA
FISICAMENTE

• LUZ ULTRAVIOLETA
• LUZ VISÍVEL (ATUAL)
REFERÊNCIA

BUSATO, Adair; HERNANDEZ, Pedro; MACEDO, Ricardo; DENTÍSTICA RESTAURADORA:

RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS. São Paulo: Editora Artes Médicas LTDA, 2002.