Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2021
As restaurações inlay / onlay - de cerâmica, normalmente - vem sendo cada vez mais feitas, por conta da
associação entre saúde e beleza, ou seja, um sorriso bonito refletindo uma boa saúde bucal. Diante disso, os
materiais em resina e cerâmica são os mais utilizados, uma vez que, conseguem aliar resistência e estética
de uma só vez.
Cerâmicas
Vantagens: estética (características ópticas do esmalte e dentina), baixa condutibilidade térmica e elétrica
(menos sensibilidade ao tecido dental do paciente), resistência a degradação e desgaste (material inerte que
não sofre ação dos fluidos bucais), biocompatibilidade tecidual (devido as suas características, como a lisura
superficial, dificilmente o biofilme se adere às cerâmicas, proporcionando então uma excelente adaptação dos
tecidos bucais).
Fases da cerâmica: A cerâmica durante seu processo de queima vai passar por duas fases, a vítrea e a
cristalina. A fase vítrea é a fase de melhores propriedades ópticas, as melhores características estéticas
daquele material, então quanto maior essa fase, melhor a sua estética. A fase cristalina é o momento das
propriedades de resistência, então quanto maior, mais resistente esse material será.
Na linha abaixo, existem alguns materiais ao longo da diferença dessas fases, então quanto mais perto de
uma (vítrea ou cristalina), mais semelhança suas propriedades serão (vítrea - estética / cristalina -
resistência). Por exemplo, um material (feldspática) com maior fase vítrea nos dentes posteriores, não daria
certo, por se tratar de algo com propriedades mais estéticas que mecânicas.
Restaurações indiretas
Indicações
Vantagens
Pré-requisitos
Limitações
Cavidades pequenas;
Hábitos parafuncionais não controlados;
Cavidades subgengivais: isolamento;
Maior tempo e custo.
Tipos de preparos
Parcial intracoronário: inlay
Esse tipo de preparo parcial envolve o recobrimento coronário sem o envolvimento de cúspides, é um preparo
MOD que pega paredes proximais e oclusais, mas sem afetar as cúspides, ficando condicionado a ficar
internamente na estrutura coronária.
É um preparo MOD que envolve também as estruturas de cúspides, podendo ser uma ou mais. Normalmente,
nesse tipo de preparo, ocorre a manutenção do terço cervical, recobrindo apenas os terços médio e oclusal,
já que ao envolver o terço cervical, esse preparo já se torna destinado à coroa total e não mais uma
restauração onlay.
Geralmente, esse tipo de preparo ocorre em unidades dentárias que possuem pouca dentina, sendo
necessário o seu recobrimento para que não haja risco de fraturas, então se a cúspide está socavada, esta
precisará ser recoberta.
Indicações: dentes com restaurações amplas (pouca estrutura de remanescente dental e cúspides socavadas
- com pouca dentina); preparo que envolve mais de uma cúspide; abertura maior que a metade da distância
intercuspídea.
Técnicas de preparo
Inlay - cerâmica ou resina indireta (cerômero, que é uma resina composta com partículas de minerais
conferindo maior resistência)
Passo 1: Delimitação da forma de contorno - é uma preparo MOD, indo no sulco principal e fazendo a
delimitação desses sulcos principais e caixas oclusais.
Se o preparo precisa ser expulsivo, é necessário utilizar brocas que dêem expulsividade, como as 2136, 3203
e 4238 (ponta arredonda e parede da ponta ativa cônica).
Características da caixa proximal: paredes circundantes divergentes (preparo expulsivo); ângulos internos
arredondados (para não ter forças excessivas, não é ideal ter ângulos retos/vivos); a parede gengival deve
ser plana (profundidade de 1,5mm); o ângulo cavossuperficial deve ser nítido e sem bisel (como na caixa
oclusal); as paredes axiais (setas laranjas - figura 2) convergentes para oclusal (expulsivas); os ângulos
axiopulpar (ângulo determinado pela parede axial e pulpar - círculo azul na figura 2) devem ser arredondados;
o espaço interdental precisa ser de 0,5 a 0,8mm, então o ponto de contato deve ser rompido para manter
esse contato quando finalizar a restauração de cerâmica.
Obs.: Em algumas situações, como as cavidades de extensão média, é melhor optar pela restauração direta
em resina composta, já que haverá uma maior preservação do remanescente dentário e as resinas
compostas, hoje em dia, são materiais que grande estética e resistência.
Inlay - metálica fundida
Esse material só é utilizado em casos de opção do paciente, questões econômicas que não permitem a
colocação de um material cerâmico.
As diferenças do preparo anterior para esse são: menor espessura mínima (0.5mm) de material restaurador;
necessidade de biselamento total do ângulo cavossuperficial; ângulos diedros internos devem ser vivos e
obtusos (o ângulo axiopulpar também).
Como semelhança, as paredes precisam ter certa expulsividade, uma vez que, independente do material,
ocorrerá cimentação e para melhor assentamento, precisa ter as paredes expulsivas. E as paredes gengivais
e pulpares também precisam ser planas.
Deve marcar o inicio meio e fim das cúspides vestibulares (funcionais) para fazer o os sulcos de orientação e
em seguida uni-los pressionando a ponta ativa da broca, com isso já se consegue a redução de 1.5mm, caso
não seja uma cúspide funcional.
Passo 2: Confecção da caixa oclusal e caixa proximal - feitas da mesma forma na técnica inlay.
Espessura de dentina sob a cúspide: se for menor que 2mm, o recobrimento é indicado, principalmente
em casos de cúspides de contenção cêntrica (funcionais - vestibulares posteriores e palatinas anteriores);
Qualidade do esmalte que reveste a cúspide: se estiver com trincas e/ou defeitos, deve-se considerar
envolvimento, pois é uma estrutura comprometida, esteticamente ou mecanicamente;
Local do contato oclusal: ao fazer o preparo, devem-se evitar os contatos oclusais sobre a borda (limite
- círculo azul) da restauração, caso o paciente faça isso, indica-se o recobrimento da cúspide, para que o
paciente toque na cerâmica e não na borda da restauração;