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PREPAROS PARA COROAS TOTAIS - DENTES POSTERIORES

Prof. Wilson Matsumoto

Por questões didáticas dividimos os preparos de coroas totais para dentes


posteriores e para dentes anteriores. Nos preparos para coroas totais todas
as faces do dente são preparados. A quantidade de desgaste vai depender
do tipo de coroa indicada. Nos dentes posteriores podemos confeccionar:
coroa total metálica, coroa total metaloplástica, coroa total metalocerâmica
totalmente revestida em cerâmica, coroa total metalocerâmica parcialmente
revestida em cerâmica, coroa total em cerâmica pura, coroa total em
cerômero, coroa total em zircônia além de coroa total em resina acrílica
(provisórias).

A coroa do premolar é uma coroa totalmente estética que pode ser: uma
coroa metalocerâmica totalmente recoberta, coroa total em cerâmica pura ou
uma coroa total em cerômero. A coroa do primeiro molar é uma coroa
metalocerâmica parcialmente recoberta. A coroa do segundo molar é uma
coroa total metálica.

Todos os preparos de coroas totais devem apresentar uma conicidade, ou


seja, as paredes dos preparos apresentam uma inclinação de 3 graus em
relação ao longo eixo do dente, fornecida pela forma da ponta diamantada,
que fornece uma conicidade ideal de 6 a 10 graus.
Quanto desgastar na margem gengival?

Onde for restaurar com material ESTÉTICO, o degrau deve ser em torno de 1
mm. Onde for restaurar com METAL, degrau deve ser de até 0,5 mm.

Podemos desgastar mais? Sim, se o dente apresentar condições para isso,


como polpa com volume diminuído ou dente tratado endodonticamente.
Nessas condições, podemos fazer um degrau de 1,2 a 1,5mm.

DESGASTE OCLUSAL

Quanto desgastar?
CÚSPIDE DE BALANCEIO: 1 mm
CÚSPIDE DE TRABALHO: 1,5 mm

Podemos desgastar mais? Se o dente apresentar coroa clínica longa, sim.

Alguns autores preconizam, principalmente em coroas livres de metal


desgaste ou espaço interoclusal de 1,5mm na cúspide de balaceio e 2,0mm
na cúspide de trabalho.

SEQUÊNCIA DE PREPARO

1. Definir a espessura do degrau cervical, de acordo com o tipo de coroa


selecionada, estética ou metálica.
Na face vestibular posicionar a ponta diamantada em 45 graus com o longo
eixo do dente.

Nas faces proximais posicionar a ponta diamantada paralela ao longo eixo do


dente e ir invadindo a face proximal, observando a espessura do degrau de
acordo com a restauração a ser confeccionada.

Desgaste da face palatina ou lingual, inicialmente com a ponta diamentada


posicionada 45 graus com o longo eixo do dente, delimitamos o contorno
gengival do preparo seguindo o contorno do tecido gengival e definindo a
largura do degrau de acordo com a restauração a ser confeccionada.
Após a definição da margem gengival do preparo em toda a circunferência do
dente, iniciamos a conificação do preparo, posicionando a ponta diamantada
paralela ao longo eixo do dente ou paralela ao eixo de inserção da coroa
protética.

Finalizada a conificação do preparo, conificação essa em torno de 6 a 10


graus, iniciamos o desgaste da superfície oclusal acompanhando as
vertentes cuspídeas. Cada cúspide apresenta uma vertente mesial e uma
vertente distal que deve se apresentar no preparo. O desgaste oclusal não
deve ser reto ou plano.
O acabamento do preparo deve ser feito com brocas multilaminadas ou
pontas diamantadas de granulação fina.
A forma da ponta da ponta diamantada é que define a forma do degrau:
chanfro profundo ou largo (ponta em forma de torpedo No. 3228) e degrau
com o ângulo axio-gengival arredondado( ponta com extremidade
arredondada) ou degrau com ângulo axio-gengival mais vivo (ponta com
extremidade plana).

COROA TOTAL METÁLICA

INDICAÇÕES

Dentes com extensa destruição.

Dentes com muitas restaurações.

Necessidade de máxima retenção e estabilidade.

Melhorar o contorno do dente para PPR.

Corrigir o plano oclusal.

Corrigir dentes malposicionados.


Retentor de prótese parcial fixa.

CONTRA-INDICAÇÕES

Onde não houver necessidade de retenção máxima.

Onde a estética for importante.

Onde um retentor mais conservador for viável.

VANTAGENS
Alta resistência.

Excelente retenção.

Facilidade de obtenção dos contornos axiais corretos.

Custo laboratorial menor.

Oclusão favorável por ser metal.

DESVANTAGENS
Grande remoção de tecido dental .

Restauração antiestética.

Inviável o teste de vitalidade pulpar.

Existe envolvimento o tecido gengival.

COROA TOTAL METALOPLÁSTICA


INDICAÇÕES
Dentes com extensa destruição.

Necessidade de máxima retenção e estabilidade.

Melhorar o contorno do dente para PPR.

Corrigir o plano oclusal.

Corrigir dentes malposicionados.

Retentor de prótese parcial fixa.

Onde a estética for importante.

CONTRA-INDICAÇÕES

Dentes com câmara pulpar ampla.

Face vestibular integra.

Onde um retentor mais conservador for viável.

VANTAGENS

Excelente retenção.

Estética satisfatória.

Custo laboratorial menor que uma coroa metalocerâmica ou coroa livre de


metal.
DESVANTAGENS
Maior remoção de tecido dental que uma CTM.

Envolvimento com o tecido gengival.

A resina pode sofres desgaste.

A resina sofre alteração de .

Estética inferior que uma coroa metalocerâmica ou coroa livre de metal.

Inviável o teste de vitalidade pulpar.

COROA TOTAL METALOCERÂMICA

INDICAÇÕES

Dentes com extensa destruição.

Necessidade de máxima retenção e estabilidade.

Melhorar o contorno do dente para PPR.

Corrigir o plano oclusal.

Corrigir dentes malposicionados.

Retentor de prótese parcial fixa.

Onde a estética for importante.


CONTRA-INDICAÇÕES

Dentes com câmara pulpar ampla.

Face vestibular integra.

Onde um retentor mais conservador for viável.

VANTAGENS

Excelente retenção.

Excelente estética.

A cerâmica pode ser colocada na oclusal.

DESVANTAGENS

Maior remoção de tecido dental que uma CTM.

Envolvimento com o tecido gengival.

A cerâmica pode provocar desgaste do dente antagonista.

A cerâmica pode se fraturar.

Inviável o teste de vitalidade pulpar.

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