RESINAS COMPOSTAS parte 1

REFERÊNCIAS:

BARATIERI, L. N. et al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Técnicas. São Paulo: Santos, 2012 -
Capítulo 6 – Resinas Compostas (páginas 113-119)

CONCEIÇÃO, Everton Nocchi. Dentística: Saúde e Estética. 2ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2010 - Capítulo
14 - Restaurações em resina composta em dentes posteriores (páginas 261 à 294)

BIOMIMETISMO

● UTILIZADAS EM RESTAURAÇÕES ADESIVAS DIRETAS

● BIOMIMÉTICA - CIÊNCIA INSPIRADA NA NATUREZA. É UMA ÁREA QUE PROCURA OBSERVAR O

MUNDO NATURAL DE VÁRIAS FORMAS A FIM DE COPIAR AS SOLUÇÕES E APLICÁ-LAS EM
PRODUTOS E PROCESSOS

● A ADESÃO EM RESINA COMPOSTA NOS POSSIBILITARAM A IMITAR, COPIAR A VIDA, NO NOSSO

CASO O ELEMENTO DENTAL

● O MELHOR MATERIAL ODONTOLÓGICO É E SEMPRE SERÁ O DENTE NATURAL

● O PRINCIPAL OBJETIVO DA ODONTOLOGIA É MANTER OU MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO

PACIENTE. ESTE OBJETIVO PODE SER ALCANÇADO PELA PREVENÇÃO DE DOENÇAS E PELA
INTERVENÇÃO/REABILITAÇÃO ATRAVÉS DO ALÍVIO DA DOR, DO APERFEIÇOAMENTO DA EFICIÊNCIA
MASTIGATÓRIA, APRIMORAMENTO DA FONÉTICA E PELA MELHORA DA APARÊNCIA

● A ODONTOLOGIA MODERNA SE BASEIA NO PRINCÍPIO BIOMIMÉTICO.

o ELE TEM 4 PILARES: BIOLOGIA, MECÂNICA, FUNÇÃO E ESTÉTICA

● A ODONTOLOGIA ADESIVA SE BASEIA NA ADESÃO – RETENÇÃO MICROMECÂNICA E RETENÇÃO

QUÍMICA

o A ODONTOLOGIA ADESIVA COPIA MELHOR A BIOLOGIA

● A ODONTOLOGIA NÃO ADESIVA – RETENÇÃO MICROMECÂNICA, MUITO SUJEITA A FRATURAS,

PERDA DE ESTRUTURA DENTAL, O DENTE SE TORNA MENOS RESISTENTE E COM ALTAS
CONCENTRAÇÕES DE TENSÕES. NA VERDADE, ELA NÃO RESTAURA, ELA OBTURA, ELA TAMPA UM
BURACO

● O BENEFÍCIO DA RESINA NÃO É NECESSARIAMENTE A ESTÉTICA, O PRINCIPAL É QUE ELA SE COLA

AO DENTE E A DISTRIBUIÇÃO DE FORÇAS É MAIS IGUALITÁRIA

● EM ODONTOLOGIA ADESIVA EXISTE A POSSIBILIDADE DE REMOÇÃO DE TECIDO CARIADO SEM

NECESSARIAMENTE SE PREOCUPAR COM A EXTENSÃO DA CAVIDADE. O PREPARO NÃO VAI SER
EXTENSO, ELE VAI SER DO TAMANHO DA LESÃO, CONSERVANDO TECIDO DENTAL SADIO.

● OS PREPAROS SÃO MAIS CONSERVADORES, PRESERVANDO ESTRUTURAS DENTAIS

 ● O AMÁLGAMA É AINDA UTILIZADO E COM UMA ALTA TAXA DE SUCESSO, MAS SEU USO ESTÁ EM
DECLÍNIO DEVIDO AO APELO ESTÉTICO DAS RESINAS COMPOSTAS, COMPORTAMENTO
BIOMECÂNICO E AS CONTROVÉRSIAS SOBRE SUA TOXICIDADE

● EM PACIENTES DE BAIXO RISCO, INDEPENDENTE DO MATERIAL UTILIZADO, AS RESTAURAÇÕES

TIVERAM UMA DURAÇÃO CONSIDERÁVEL. ENTÃO, O QUE DETERMINA A DURAÇÃO DA
RESTAURAÇÃO NÃO É TANTO O MATERIAL, MAS SIM O COMPORTAMENTO DO PACIENTE

● A AMÁLGAMA É AINDA UTILIZADA EM DIVERSOS PAÍSES DO MUNDO, TEM UM DESEMPENHO

CLÍNICO COMPROVADO, UTILIZADO EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, É UMA OPÇÃO
RESTAURADORA DURÁVEL PARA DENTES POSTERIORES, É UMA RESTAURAÇÃO MAIS BARATA E
MENOR SENSIBILIDADE À ERROS.

● POR QUE NÃO UTILIZAR AMÁLGAMA?

o FALTA DE ESTETICA, NECESSIDADE DE PREPARO CAVITÁRIO COM REMOÇÃO DE TECIDO

SADIO, COMPÓSITOS TÊM LONGEVIDADE COMPARÁVEL EM DENTES POSTERIORES,
POSSIBILIDADE DE MANCHAMENTO DOS DENTES RESTAURADOS PELOS ÓXIDOS METÁLICOS,
CUSTO NÃO É TÃO BAIXO PORQUE HÁ POUCAS MARCAS COMERCIAIS NO MERCADO E
RISCO DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE COM Hg (mercúrio)

RESINA COMPOSTA – VANTAGENS

● PREPARO CONSERVADOR LIMITADO A REMOÇÃO DE TECIDO CARIADO

● RESTAURAÇÃO ESTÉTICA

● REFORÇO DE REMANESCENTE DENTAL – ADESÃO – COMPORTAMENTO BIOMECÂNICO É MAIS

PARECIDO COM O DENTE ORIGINAL

● FACILIDADE DE REPARO- EM AMÁLGAMA EU NÃO CONSIGO “COLAR” AMÁLGAMA COM

AMÁLGAMA, A RETENÇÃO É MACROMECÂNICA. JÁ EM RESINA EU CONSIGO FAZER ISSO, PORQUE
RESINA COLA EM RESINA, UMA PORÇÃO QUE LASCOU, FALHOU OU UMA FACETA DIRETA, VOCÊ
PODE COLAR UM INCREMENTO DE RESINA NO LOCAL QUE FALHOU

● CUSTO INFERIOR COMPARADO ÀS RESTAURAÇÕES INDIRETAS

RESINA COMPOSTA – DESVANTAGENS

● CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO – QUANDO POLIMERIZADA, A RESINA CONTRAI E ESSA

CONTRAÇÃO TEM EFEITO DELETÉRIOS

● BAIXA RESISTÊNCIA AO DESGASTE

● SENSIBILIDADE DA TÉCNICA (ISOLAMENTO, ADESÃO E POLIMERIZAÇÃO) – SE O ISOLAMENTO NÃO

FOR FEITO DE FORMA ADEQUADA, A ADESÃO NÃO SERÁ BEM FEITA E TODO PROCESSO SERÁ
PREJUDICADO.

RESINA COMPOSTA – INDICAÇÕES

● SELAMENTO DE CICATRÍCULAS E FISSURAS

 ● RESTAURAÇÕES DE LESÕES OU SUBSTITUIÇÕES DE RESTAURAÇÕES OCLUSAIS, PROXIMAIS OU
CERVICAIS DE TAMANHO PEQUENO A MÉDIO

● RESTAURAÇÕES DE DENTES ANTERIORES E POSTERIORES FRATURADOS / DESGASTADOS

● RESTAURAÇÕES ADESIVAS – NÚCLEO DE PREENCHIMENTO – PARA CIMENTAÇÃO DE

RESTAURAÇÕES INDIRETAS ADESIVAS

● PROCEDIMENTOS COM FINALIDADE ESTÉTICA:

○ RESTABELECIMENTO DE CONTATO INTERPROXIMAL EM DENTES POSTERIORES E

ANTERIORES

○ RECOBRIMENTO ESTÉTICO VESTIBULAR EM DENTES ANTERIORES (FACETA DIRETA) –

CONSTRUIR A PARTE VESTIBULAR COM RESINA COMPOSTA DIRETAMENTE SOBRE O DENTE

○ MODIFICAÇÃO DO CONTORNO DENTAL

● CIMENTAÇÃO - O CIMENTO RESINOSO UTILIZADO PARA CIMENTAR PEÇAS INDIRETAS É UM TIPO

DE RESINA COMPOSTA

RESINA COMPOSTA – CONTRA-INDICAÇÕES

● DENTES ANTAGONISTAS COM RESTAURAÇÕES CERÂMICAS

o A DUREZA SUPERFICIAL DA CERÂMICA É MAIOR. SE VOCÊ FAZ UMA RESTAURAÇÃO EM

RESINA E O DENTE ANTAGONISTA É EM CERÂMICA HAVERÁ MAIS DESGASTE NA RESINA. É
MAIS UMA LIMITAÇÃO

● EXTENSÃO DA ÁREA A SER RESTAURADA MAIOR QUE A METADE DA DISTÂNCIA INTERCUSPÍDEA –

DEVIDO A CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO

● ENVOLVIMENTO DE UMA OU MAIS CÚSPIDES NO PREPARO

● INCAPACIDADE DE FAZER ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO

 COMPOSIÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS

● RESINA COMPOSTA É UM COMPOSTO DE DOIS OU MAIS MATERIAIS DIFERENTES COM

PROPRIEDADES SUPERIORES OU INTERMEDIÁRIAS AQUELAS DOS CONSTITUINTES INDIVIDUAIS

● RESINA - SUBSTÂNCIA NATURAL OU SINTÉTICA QUE FORMA MATERIAIS PLÁSTICOS APÓS

POLIMERIZAÇÃO – DEPOIS DE POLIMERIZADA ELA PERDE A CAPACIDADE DE DEFORMAÇÃO

● COMPOSTA – MATERIAL COMPOSTO POR DUAS PARTES DIFERENTES, UMA ORGÂNICA E UMA
INORGÂNICA, UNIDOS POR UM AGENTE DE UNIÃO

● PARTÍCULAS INORGÂNICAS INSERIDAS EM UMA MATRIZ ORGÂNICA. PARA QUE AS PARTÍCULAS SE

UNAM À MATRIZ TEMOS O AGENTE DE UNIÃO, UM SILANO, QUE FAZ A INTERAÇÃO DESSAS DUAS
FASES

FASE ORGÂNICA

● MATRIZ ORGÂNICA

MONÔMERO MAIS UTILIZADO - BIS GMA, QUE PODE SER SUBSTITUÍDO PELO URETANO DIMETACRILATO
(UDMA)

O BIS GMA E O UDMA SÃO MONÔMEROS DE ALTO PESO MOLECULAR E POR ISSO MAIS VISCOSO.
ADICIONA-SE ENTÃO MONÔMEROS DE BAIXA VISCOSIDADE (CONTROLADORES DE VISCOSIDADE),
TAIS COMO METIL METACRILATO (MMA), ETILENO GLICOL DIMETACRILATO (EDMA) E TRIETILENO
GLICOL DIMETACRILATO (TEGDMA).

ESSES MONÔMEROS DE BAIXA VISCOSIDADE MELHORAM A MANIPULAÇÃO DA RESINA, A

INCORPORAÇÃO DE CARGAS PORQUE QUANTO MAIS PARTÍCULAS DE CARGA EU TENHO, MAIOR A
RESISTÊNCIA MECÂNICA E MAIOR GRAU DE CONVERSÃO DE MONÔMEROS EM POLÍMEROS
PORQUE A MOVIMENTAÇÃO DESSES POLÍMEROS MENORES É MAIOR E MELHOR.

COMPONENTE QUIMICAMENTE ATIVO DA RESINA

MONÔMERO FLUIDO - É IMPORTANTE PARA QUE EU POSSA DAR FORMA ELE, MODELAR ESSE MATERIAL. A
POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO TORNA ESTE UM POLÍMERO RÍGIDO

FUNÇÃO: FORMAR UMA MASSA PLÁSTICA PARA SER CONFORMADA NA ESTRUTURA DENTÁRIA

● AGENTE DE UNIÃO – SILANO

RESPONSÁVEL PELA UNIÃO DAS PARTÍCULAS DE CARGA E DA MATRIZ RESINOSA

A UNIÃO QUÍMICA GARANTE UMA DISTRIBUIÇÃO MAIS UNIFORME DAS TENSÕES GERADAS SOBRE A
RESINA

REFORÇA AS PROPRIEDADES MECÂNICAS: AUMENTA A RESISTÊNCIA AO DESGASTE, A HIDRÓLISE E

ESTABILIDADE DE COR

MOLÉCULAS BIFUNCIONAIS – EM UMA EXTREMIDADE ELE CONSEGUE SE LIGAR A PARTÍCULA DE SÍLICA

QUE É INORGÂNICA E NA OUTRA EXTREMIDADE ELE TEM UMA LIGAÇÃO DUPLA CARBÔNICA
POLIMERIZÁVEL PARA SE UNIR AO MONÔMERO ORGÂNICO

● INICIADOR – CANFOROQUINONA / ATIVADOR – AMINA TERCIÁRIA, LUZ VISÍVEL

OS MONÔMEROS DIMETACRILATOS SE POLIMERIZAM POR REAÇÃO DE ADIÇÃO QUE É INICIADA PELA
FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRES QUE PODEM SER GERADOS POR ESTÍMULOS DE UM AGENTE QUIMICO OU
FISICO

POLIMERIZAÇÃO QUÍMICA = PERÓXIDO DE BENZOÍLA (INICIADOR) + AMINA TERCIÁRIA (ATIVADOR)

POLIMERIZAÇÃO FOTOATIVADA= CANFOROQUINONA, PPD OU TPO (INICIADOR) + LUZ (ATIVADOR)

A POLIMERIZAÇÃO NUNCA ACONTECE COM 100% DOS MONÔMEROS MAS EXISTE UMA CAPACIDADE DE
MOVIMENTAÇÃO DOS MONÔMEROS AO PONTO DE QUE EM DETERMINADO MOMENTO ELES NÃO VÃO
MAIS CONSEGUIR SE MOVIMENTAR E OS RADICAIS LIVRES NÃO ENCONTRARÃO MAIS DUPLAS LIGAÇÕES
PARA CLIVAR E SE UNIR. QUANDO SE CHEGA A ESSE MOMENTO DE ESTABILIDADE A POLIMERIZAÇÃO SE
ENCERRA E CONTINUA A OCORRER UMA POLIMERIZAÇÃO LEVE POR ATÉ 24 HORAS E POR ISSO QUE O
POLIMENTO É FEITO DE 24 A 48 HORAS DEPOIS.

● INIBIDOR – HIDROQUINONA

EVITA A POLIMERIZAÇÃO ESPONTÂNEA DOS MONÔMEROS E GARANTE MAIOR VIDA ÚTIL ÀS RESINAS

ESTÃO PRESENTES EM PEQUENA QUANTIDADE (0,01%)

BHT (HIDROXITOLUENO BUTILICO) E HIDROQUINONA

SUBSTÂNCIAS BASTANTE REATIVAS COM RADICAIS LIVRES – RÁPIDA INTERAÇÃO

● RADIOPACIFICADORES – BÁRIO, ESTRÔNCIO

FACILITAM O CONTROLE DE QUALIDADE ATRAVÉS DE EXAMES RADIOGRÁFICOS

QUANDO EU TENHO UMA RADIOPACIDADE NA RESTAURAÇÃO, EU CONSIGO VER NA RADIOGRAFIA SE ELA

ESTÁ BEM ADAPTADA, SE AS MARGENS SE INFILTRARAM SUGERINDO OU NÃO TROCA DA RESTAURAÇÃO.

● CORANTES
SÃO PIGMENTOS INORGÂNICOS, ÓXIDOS METÁLICOS, QUE MIMETIZAM A ESTRUTURA DENTÁRIA

RESINA DE DENTINA TEM MAIS PIGMENTO QUE RESINA DE ESMALTE

FASE INORGÂNICA

● PARTÍCULAS INORGÂNICAS – QUARTZO, SÍLICA, VIDROS

o ELAS DÃO MAIS RESISTÊNCIA

o AS PRIMEIRAS A SEREM ADICIONADAS NA MATRIZ RESINOSA FORAM AS PARTÍCULAS DE
QUARTZO.
o PARTÍCULAS DE QUARTZO
▪ TEM ELEVADA DUREZA

▪ SÃO MUITO GRANDES, AS MENORES POSSUEM 12 MICRÔMETROS (50-100)

▪ QUIMICAMENTE INERTE

▪ DE DIFÍCIL POLIMENTO - ACÚMULO DE BIOFILME

▪ ALTA RESISTÊNCIA MECÂNICA

▪ ALTA RUGOSIDADE SUPERFICIAL

▪ AUSÊNCIA DE RADIOPACIDADE
o PARTÍCULAS DE SÍLICA
▪ BAIXA DUREZA
▪ 0,04 A 0,4 MICRÔMETROS

▪ EXTENSA ÁREA SUPERFICIAL RELATIVA POR VOLUME

▪ DE FÁCIL POLIMENTO

▪ MENOR RESISTÊNCIA MECÂNICA EM RELAÇÃO AO QUARTZO

▪ BOA LISURA SUPERFICIAL – RESTAURAÇÃO POLIDA - MENOR ACÚMULO DE

BIOFILME
▪ AUSÊNCIA DE RADIOPACIDADE
o PARTÍCULAS DE VIDRO
▪ PARTÍCULAS MAIS UTILIZADAS NA ATUALIDADE

▪ BAIXA DUREZA – MAIS FÁCIL DE TRITURAR

▪ DE FÁCIL POLIMENTO

▪ TIPOS: VIDROS DE BÁRIO, ESTRÔNCIO, FLÚOR, ALUMÍNIO-SILICATO, ZIRCÔNIA

▪ MENOR RESISTÊNCIA MECÂNICA EM RELAÇÃO AO QUARTZO, MAS É UMA BOA

RESISTÊNCIA
▪ BOA LISURA SUPERFICIAL

▪ RADIOPACIDADE
RESINA COMPOSTA – PREPARO

O MATERIAL RESTAURADOR INFLUENCIA NO TIPO DE PREPARO

OBJETIVOS:

● REMOVER TODOS OS DEFEITOS E FORNECER PROTEÇÃO NECESSÁRIA A POLPA

● ESTENDER A RESTAURAÇÃO TÃO CONSERVADORAMENTE POSSÍVEL

● DELINEAR O PREPARO DENTINÁRIO A FIM DE QUE, SOB AS FORÇAS DE MASTIGAÇÃO, O DENTE OU

A RESTAURAÇÃO NÃO IRÃO FRATURAR E A RESTAURAÇÃO NÃO SERÁ DESLOCADA

● LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E ESTÉTICAS PARA USO DO MATERIAL

RESTAURADOR
● REMOVER MÍNIMA QUANTIDADE DE ESTRUTURA DENTÁRIA

● FAÇA A CAVIDADE DE ACORDO COM A TOPOGRAFIA DA LESÃO, A PRÓPRIA REMOÇÃO DO TECIDO

CARIADO FARÁ UMA CAVIDADE AUTOR RETENTIVA

● BISEL NAS MARGENS DE ESMALTE PARA MELHORAR ESSE SELAMENTO DE MARGEM.

● UMA MARGEM BISELADA PROPORCIONA MAIOR ÁREA DE SUPERFÍCIE FAVORÁVEL DE ESMALTE AO

ATAQUE ÁCIDO

● 0,25 A 0,5 mm EM RESTAURAÇÕES POSTERIORES. EM RESTAURAÇÕES ANTERIORES O BISEL É MAIS

ALONGADO, DE 1mm a 2mm PARA AUMENTAR A ADESÃO E TRANSIÇÃO ESTÉTICA

● ÂNGULOS DEVEM SER ARREDONDADOS

● O BISEL AJUDA A REMOVER O ESMALTE SEM SUPORTE

● EM DENTES ANTERIORES O BISEL RESULTA EM APERFEIÇOAMENTO ESTÉTICO QUE PROPORCIONA

TRANSIÇÃO GRADUAL DA ESTRUTURA DENTÁRIA PARA RESINA COMPOSTA

● BISEL – UTILIZAR UMA PONTA DIAMANTADA OU DISCO ABRASIVO OU COM RECORTADOR DE

MARGEM NA REGIÃO CERVICAL

● CLASSE I: FAZER DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO, OBSERVAR A EXTENSÃO DA LESÃO NA

RADIOGRAFIA, ESCOLHER O TAMANHO ADEQUADO DA BROCA/PONTA DIAMANTADA.

● CLASSE II: DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO, OBSERVAR A EXTENSÃO DA LESÃO NA

RADIOGRAFIA, ESCOLHER BROCA/PONTA DIAMANTADA, USAR AFASTADORES
 PREFIRA SEMPRE SLOT
HORIZONTAL

● CLASSE III: DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO, OBSERVAR A EXTENSÃO DA LESÃO NA

RADIOGRAFIA, ESCOLHER BROCA/PONTA DIAMANTADA, USAR AFASTADORES, AFASTAMENTO COM
CUNHA, ACESSO APÓS REMOÇÃO DE RESTAURAÇÃO

● CLASSE V: EXPONHA BEM ESSA CAVIDADE, EM ALGUNS CASOS É IMPORTANTE FAZER AUMENTO DE
COROA CLÍNICA PARA VER SE ESSE DENTE É RESTAURÁVEL
CLASSIFICAÇÃO POR POLIMERIZAÇÃO

● ESTÍMULO QUÍMICO – RESINA QUIMICAMENTE ATIVADA

NÃO EXISTE RESINA COMPOSTA DESSE TIPO, MAS EXISTEM OUTROS TIPOS COMO AS RESINAS ACRÍLICAS

SÃO APRESENTADAS EM DUAS PASTAS: PEROXIDO DE BENZOILA (INICIADOR) + AMINA TERCIÁRIA

AROMÁTICA (ATIVADOR) = RADICAIS LIVRES

INCORPORAÇÃO DE BOLHAS DE AR NA MASSA DA RESINA DURANTE A MANIPULAÇÃO

PROPRIEDADES MECÂNICAS MENORES E MAIOR SUSCEPTIBILIDADE À PIGMENTAÇÃO

POUCAS OPÇÕES DE COR

O TEMPO DE TRABALHO NÃO PODE SER CONTROLADO PELO PROFISSIONAL

● ESTÍMULO LUMINOSO – RESINA FOTOATIVADA

É A MAIS COMUM

ÚNICA BISNAGA QUE CONTÉM O INICIADOR (CANFOROQUINONA) QUE ABSORVE LUZ E GERA RADICAIS
LIVRES PARA INICIAR A POLIMERIZAÇÃO

A INSERÇÃO DESSE MATERIAL DEVE SER FEITA EM PEQUENAS PORÇÕES COM DIFERENTES OPÇÕES DE
CORES MINIMIZANDO ASSIM A TENSÃO DE CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO

PROPORCIONAM UM TEMPO DE TRABALHO MAIS CONTROLÁVEL – A AMBIENTE, POR TER VÁRIOS

COMPRIMENTOS DE ONDA, É CAPAZ DE POLIMERIZAR A RESINA, NÃO DA MESMA FORMA QUE A LUZ
AZUL, MAS AINDA SIM. POR ISSO JAMAIS DEIXE A LUZ DO REFLETOR DIRETAMENTE NA RESINA. A LUZ
AMARELA NÃO ESTIMULA O INICIADOR

● ESTÍMULO QUÍMICO + ESTÍMULO LUMINOSO – RESINA DUAL

SÃO APRESENTADOS EM DUAS BISNAGAS, EM UMA EU TENHO O ATIVADOR, AMINA TERCIÁRIA

AROMÁTICA, E NA OUTRA EU TENHO DOIS INICIADORES, A CANFOROQUINONA E O PERÓXIDO DE
BENZOÍLA

MUITO UTILIZADAS EM CIMENTOS RESINOSOS PARA RESTAURAÇÕES INDIRETAS, RETENTORES

SÃO UTILIZADOS EM SITUAÇÕES NAS QUAIS A LUZ NÃO CONSEGUE ALCANÇAR O LOCAL ONDE FOI
APLICADO O MATERIAL

EXISTEM CIMENTOS RESINOSOS FOTOATIVADOS, PARA RESTAURAÇÕES MUITO FINAS (FACETAS), PORQUE
A AMINA CONTIDA NO CIMENTO DUAL, COM O TEMPO AMARELA

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A VISCOSIDADE

TEM DIFERENTES APLICAÇÕES CLÍNICAS

● ALTA

RESINA MAIS VISCOSA, MAIS FIRME

RESINAS CONDENSÁVEIS

DESENVOLVIDAS PARA RESTAURAÇÕES APROPRIADAS DE PONTOS DE CONTATO E CONTORNO PROXIMAL

EM CLASSES II
MELHORA AS PROPRIEDADES DE MANIPULAÇÃO DAS RESINAS

EX.: P60

● MÉDIA

RESINA CONVENCIONAL

CORRESPONDA A 95% DAS RESINAS COMERCIALIZADAS

GERALMENTE SÃO PEGAJOSAS

POSSUEM PROPRIEDADES REOLÓGICAS (DEFORMAÇÕES E FLUXO DA MATÉRIA) QUE DIFICULTAM A

RESTAURAÇÃO DE PONTOS DE CONTATO E DE CONTORNOS PROXIMAIS EM CLASSES II

EX.: Z250 XT, Z350 XT, Z100 (MENOS VISCOSA QUE AS OUTRAS DUAS)

● BAIXA

RESINA FLUIDA, FLOW

TODO CIMENTO RESINOSO É UMA RESINA COMPOSTA FLUIDA

A BAIXA VISCOSIDADE PERMITE QUE A RESINA SE ESPALHE FACILMENTE EM REGIÕES CAVITÁRIAS DE

DIFÍCIL ACESSO – MARGENS CERVICAIS EM CLASSES II

PARA QUE TENHA FLUIDEZ SÃO UTILIZADOS MONÔMEROS DE MENOR PESO MOLECULAR,
TEGDMA/EDMA/MMA, E QUANTO MENORES SÃO MAIS CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO TERÁ. ALÉM
DISSO, TEM MENOS PARTÍCULAS DE CARGA ENTÃO AS PROPRIEDADES MECÂNICAS SÃO MENORES.

EVITAR A INCORPORAÇÃO DE BOLHAS DE AR – ELA SE ESPALHA MELHOR- NÃO TEREI GAPs

EX.: 350 XT FLOW

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TAMANHO DAS PARTÍCULAS

CATEGORIA TAMANHO MÉDIO TIPO DE PARTÍCULA

MICROPARTICULADAS 1-100 MICROMETROS QUARTZO

MICROPARTICULADAS 0,04-0,4 MICROMETROS SÍLICA COLOIDAL

SÍLICA COLOIDAL E PARTÍCULAS

HÍBRIDAS E MICRO-HÍBRIDAS 0,1-5 MICRÔMETROS
DE VIDRO

SÍLICA, PARTÍCULAS DE VIDRO

NANOPARTICULADAS 0,1-100 NANÔMETROS
(ZIRCÔNIA)

● MACROPARTICULADAS

o NÃO TEM O COMPORTAMENTO CLÍNICO DESEJADO, NÃO TEM MAIS NO MERCADO

o 55% DE PARTÍCULAS EM RESINAS

o BOAS PROPRIEDADES MECÂNICAS PORÉM NÃO SUFICIENTES PARA SUPORTAR O ESTRESSE

MASTIGATÓRIO

o MAIOR CONTEÚDO ORGÂNICO QUANDO COMPARADO AOS DEMAIS CONTEÚDOS

o ELEVADA RUGOSIDADE SUPERFICIAL - FÁCIL FORMAÇÃO DE BIOFILME, MAIOR INFILTRAÇÃO

DOS PIGMENTOS EXTRÍNSECOS (MAIOR SUSCEPTIBILIDADE AO MANCHAMENTO)

● MICROPARTICULADAS

o 32-50%

o ÓTIMA LISURA E BRILHO SUPERFICIAL

o MAIOR SUSCEPTIBILIDADE AO DESGASTE E DEGRADAÇÃO

o INDICAÇÃO APENAS PARA RESTAURAÇÃO DE DENTES SUBMETIDOS A POUCO IMPACTO

MASTIGATÓRIO – DENTES ANTERIORES EM REGIÃO VESTIBULAR

o DÃO MAIS BRILHO QUE AS MICRO-HÍBRIDAS

o DURAFILL - KULZER É UMA RESINA COMPOSTA MICROPARTICULADA

● MICRO-HÍBRIDAS

o 57-72% DE PARTÍCULAS

o CONSIGO INCORPORAR MAIS CARGA INORGÂNICA E OBTER VISCOSIDADE

o MELHORES PROPRIEDADES MECÂNICAS QUE AS RESINAS MACRO E MICRO

o LISURA SUPERFICIAIS SEMELHANTE ÀS DAS RESINAS MICRO MAS COM BRILHO INFERIOR

o SÃO CONSIDERADAS RESINAS UNIVERSAIS – PARA DENTES ANTERIORES E POSTERIORES

o SÃO AS MAIS CONSUMIDAS

o P60, Z250 XT, Z10, CHARISMA CLASSIC

● NANOPARTICULADAS

o 58-60% DE PARTÍCULAS

o PROPRIEDADES MECÂNICAS SEMELHANTES ÀS DAS MICROPARTICULADAS

o ÓTIMO BRILHO

o SÃO CONSIDERADAS RESINAS UNIVERSAIS – PARA DENTES ANTERIORES E POSTERIORES

o É UM AGLOMERADO DE NANOPARTÍCULAS CHAMOS DE NANOCLUSTERS

o TEM COMPORTAMENTO SEMELHANTE ÀS DAS MICRO - HÍBRIDAS

o EX.: Z350 XT