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ronaldo hirata

SHORTCUTS
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Autor: Hirata, Ronaldo
Titulo: Shortcuts cm odontologia estética :

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São Paulo. Berlim, Chicago, Tóquio, Barcelo na. Bucareste, Istambul,
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Londres, Milão, Moscou, Nova Délhi, Paris, Pequim, Praga. Riad, Seoul, Cingapura. Varsóvia e Zagreb quintessence
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Shortcuts em odontolgia metica.: ~ nova vislo sobre TIPS

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S.'lo Paulo 0 Jontc--ssence [ 0110,a 2016

VarlCh cOOt>oraôoles
01t}l,Of1afia
ISBN 978·85·7889·075·9

1 Dente - Ctareameoto 2 Daontologia -


Es1!?11Ca 3 Rl'stau,a<,.1o d'?f"!tana t T,tulo

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CDD-61769
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ind(eo; para ca1atogo sistemat1Co


l Dente<.. Rc-stauaçlo estetica Odontologia
61769

Roa Apernnos. 664 - Paraisa


CEP 01533·000 -1.lo Paulo
Tel . (11) 5574 ·1200
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ALESSANDRO DOURADO LOGUER

ELIANE PLÁCIDO
8 Shortcuts em odontologia este 1ca· uma nova visão sobíe TJPS

Receita pra arrumar gaveta

separe co sa por co,sa:


de um lado o po en do pasS2do
as ra1zes do que fo impor an,e
os reera os. os b netes
os horaflos de chegada
de todos os na J>os-p ra as.
os s nos que anunck:llTl
que ha um am go na es radà
do ou ro lado. um espaço rozlO
para o ue ta acontecer.
as Surpresas do des· ·no
os desa:,nos do acaso

Roseana urra/ n Rece ras de Olhar

;:>,'')

Esses desenhos são o e- od ina

insendos no livro Foram rea :a


durante viagens e voos uem me
encontrava nessa a a
desenhando em bloco de notas em
filas d check ,n e embarque: eu pareoa
uma 1gura uan mas o r su íado
esta aqw
;hortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS 9

...Esperei com paciência no Agradecimentos


Senhor e Ele atendeu o meu

clamor, tirou-me de um vale Lembro de ter feito tantos agradecimentos no


tão escuro. firmou os meus primeiro livro TIPS, individualmente, pelo papel de
pés numa rocha ... cada pessoa na confecção do livro.

Salmos 40. 7. 2
Passados cinco anos ainda me sinto grato a todas
estas. e a muitas mais. Mas essas pessoas o sabem,
e eu já deixei claro pessoalmente o quanto o sou.

Dessa vez, basta-me agradecer o que muita vezes


chamei de sorte, o que algumas pessoas chamam
de destino, outras de energia. Hoje sinto isso como
uma força, ou aquela confiança que muitas vezes
me faltou quando mais jovem; vejo às vezes quanto
o sol bate sobre a água às vezes, quanto a chuva
cai. Concluí por mim mesmo ser Deus.

Não me importa estar certo ou errado sobre isso;


tampouco me importa a opinião das pessoas sobre
minha crença, afinal, é crença.

A Deus, meu registro e agradecimento.


10 Shortcuts em odontolog ia estética: uma nova visão sobre TIPS

Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras. .. .............. ...................................... .... ....... ..... .... ............... ....... .. 22

Parte 1 - Como e por que fazer . ... .................. . ···································· ·· .... 24


Por que o clareamento é o início da maioria dos casos clínicos estéticos ... 24
restauradores? .·· ............ ·····
Quais são os tipos de clareamento dental? .... .......... 26
Quando e como realizar a microabrasão? ............ ......... ·· ............................... 27
Produtos para microabrasão .. . ..__................... ...... .............................. . ... 32
Técnica da microabrasão... .. ................... ... . ................. ......... 34
Quando indicar e como realizar o clareamento propriamente dito?.
................................... · ....43
Mecanismo de ação dos produtos clareadores ... .
.. 44
Métodos de e/areamento propriamente dito .................. .........................................
........................................... ·········· ..........······· ·····.... ........................... ·· ··· ...... ······ ............ .
Método de e/areamento caseiro supervisionado
...................... 46
Método de e/areamento over-the-counter ............
Em consultório ..
...... 56
....................... . ........ 58
A técnica de e/areamento com luz em consultório .. .
Técnica do e/areamento assistido por luz UVem consultório ....... ........................ ... 61
................................. ............. . . ..................... 66
Quanto tempo após o término do clareamento podem ser realizada
s as restaurações definitivas? . ....................... .
Qual o melhor tratamento: caseiro ou consultório? .... .. ... ....... ................. ... 77
.. ........ ................. .................. ........ . .. .................. ........ . 79
Quais são as técnicas para se realizar o clareamento em dentes não
vitais? .. . .............. .. ............ .................. 81
Existem reações adversas? Quais são as principais e como podemos
resolvê-las?.
Sensibilidade Dental ...... . .. ................. . .. 92
................ ..................... . ............................... ........ ..
Reabsorção cervical externa .. ............................................. ·························· .....92
... .. .................. .. .................... .
Parte 2 - Shortcuts de clareamento dental: uma forma mais simples .............................. ·················-· .................. . ........ 94
Parte 3 - Para onde caminha a ciência em clareamento dental ................... ....................... .. 98
... ..
Conclusão ................................................. . ... . ... ....... .......... ................... ................ ............ ..... .. ... 103
........ ..
.. ..................... 108

Capítulo 2 : Resinas compo stas e sistem as adesivos: o material...


........... .. .. ... .. .. .. ............ ............................................ ........................... ............. l l2
Parte 1 - Resinas compostas ........ . ... . . ...... ...... ... ...... .. . . .. ..................
......................................... ..
Qual é a composição básica das resinas compostas? .................. ..... .. ................. ... 114
.................. .
Por que as resinas compostas funcionam clinicamente? .................. .. 114
Como as resinas compostas podem ser classificadas? . .................. .................. ................. ..........
....................... 118
Resinas de macropartícula .............. .... ...................................... .. .................................... ............................. ................... 122
Resinas híbridas (resinas tradicionais de partículas pequenas)................................. ....... 123
..
Resinas de micropartículas .. .. ....... .. .. ...... .... .. ........................... .... . ·········································· ·· .. ............ ........ 124
Resinas micro-híbridas (híbridas modernas} ... .... ................................... . ........................ .. ..... 127
Resinas compostas de nanopartículas ................... ................... ............................... ..................... ................. ..................................
....... 131
................................... .................. ...... ................................... ........ ......................................... 138
Resinas de baixa contração .......... .
Quais são os aspectos fundamentais de cor? .. .. ·················· ··················································--····· ........................ 144
Definição de luz .. .. .. ......................................... . .. 150
Conceito tridimensional da cor. . ..................... ..........................
................... ..... ................. .. .......... ..... .. .. 151
Opalescência .......................................................... .. ............................................... ................... ........ 151
Fluorescência .................................... ............. ..... .. ...... .....................................
... 159
......... ...... .................................
Parte 2 - Longevidade e manutenção de restaurações de resinas ................................................................... .160
compostas ................ .
Por que escrever sobre a longevidade e a manutenção de restauraç ........ ............... ... ............ ........... ...... ........ ........ .162
ões de resina compo~~~·?:
..... .. ................ ............................................... .. 162
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS 11

Quanto tempo duram as restaurações? .. .................. ... ...................... . . ............................................. ... ......... ........................................................... 164
Quais são as principais causas das falhas de restaurações de resina composta?.... . ............. ....... ... ....... ........ .. ............ ....... ... · ................................... 165
Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações? (Retenção e fratura) ....... .. ..... .. .................... ...... .... ..... .... ····· ·· 168
Descoloração marginal está sempre associada a lesões de cárie adjacente à restauração?... ............................ .. . ......................................................... 170
Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações? (Descoloração e desadaptação marginal).................... ............ .. ................ 172
O que fazer para melhorar a longevidade das restaurações estéticas? .. .......................................... ............. .................... .. ····· 178
Quando decidir se é necessário fazer um reparo ou não? ............. ........................................................................................................... ......................... .. ........ 182
Como fazer o reparo de restaurações de resina composta? ... .... ...... ...... ........ .............. ......... .............................................. ······· 185
Por que reparar a restauração e não fazer diretamente a troca da restauração antiga? .... .......... .. . .. . .. .. ... . ...... ........... ...... ........... ........... ....... .. .. 190
Parte 3 - Sistemas adesivos...... ..... ........ ........ ................. ........ ........................... ............................. ............................................. .... ............. ... 193
Quais são os tipos básicos de sistemas adesivos presentes hoje para uso clínico e quais são as diferenças em termos
de abordagem clínica quanto ao esmalte e à dentina? ... ............ .................................... . .......... ........ ....... . ..... .... 193
Existe a possibilidade de definir os tipos de adesivos para cada situação clínica e como utilizá-los? ....... ... ...... .. ..... ........ ..... 208
Podemos confiar em adesão e em sua estabilidade? . .. .. .. ................ .......................... ................... .. ........................................... 217
Como um clínico pode interpretar e acompanhar os resultados de pesquisas em adesão? .. . . .... ....... .. . ..... . ........... 219
Parte 4 - Shortcuts de sistemas adesivos e resinas compostas: uma forma mais simples.............. ..................... .... . .......... 223
Parte 5 - Para onde caminha a ciência em sistemas adesivos e resinas compostas ............................... ... ................................................... 229
Conclusão . . ... ................... .... .. .. .. ...................... ..... ..... .... ........... ............. .......................... 231

Capítulo 3: Restaurações estéticas e transformações anteriores ............. ............................ .... .... ................... ......... ...................................... .... 236

Parte 1 - Como e por que fazer ...................................................... ....... . .......... ... ...... ..... ... ......... ................. 238
Quando indicamos resinas compostas para dentes anteriores? .. ........... ... ........................... ... ... ......238
Resinas compostas em dentes anteriores .. ... . ... . .. ................... ....... ...... ......................................................................................................241
Cerâmicas em dentes anteriores .......................... ....................... ........................................... .......................................... ..... ...................... ....................... ...... ..................... 252
Interface cerâmica I resinas compostas ....... ............................................. . . .......................................................... . . .................................. .... .. .. ..... .. .256
O que fazer quando o paciente não concorda com o tratamento mais indicado? ........................................................................................258
Como utilizar os novos sistemas de resinas compostas em dentes anteriores? .... ... ...... .... ...... ............................................................... ....................... ...... 263
Novos sistemas de resinas compostas ..... ....................... ..... .................................. ............................................. ...... ....................... . ...... ............. 263
Quais são as camadas de resinas para estratificação?.. ....... ..................... .. ....................... ..... .. .. ............................................... ...... 263
Opacidade ................. ....... ............ ......................... ............................... .. ......... .................................... ........ ................. .....................267
Transparência ..................................... ............................. ............................ ...................................... .............................................. 267
Translucidez ........ . .... ..... ........... .................... ..........................................................................................................267
Sistemas de resinas baseadas em conceitos de opacidade e translucidez (técnica anatômica) . .................... ..... ................................ 270
Resinas para primeira camada. .............................................. .... ............................................ ....... ................................. ............... ....................... ...... 270
Resinas para segunda camada .... ..... ......... .......................... .. .................... ........ ..................... ... ............... ..... ........................................................ ... 270
Resinas para terceira camada ............... .............. ......... .... ..... ........ .. .. . .. ............. ... .... .. ....................... .. .......... ..... ........................... .. 271
Resinas para efeitos.. .................. ............................................................ ................................................. ..................................... .......................... ............ .. 271
Como fazer a tomada de cor e escolher as resinas de cada camada? .. ................................... ............................................ __ 274
Como estratificar em restaurações de cavidades de Classe Ili? .. ................. ........... .......... ................................ .... ............................ 278
Restaurações de Classe l/1 ....................... ......................................... ······ ................................................... .. ........................................................ ........... .. .279
Restaurações Classe Ili: situação 1(a vestibular está preservada). .......... ............. ........................................................... ............................................... ... ..... ... 279
Restauraçõ~ de Classe Ili: situação 2 (vestibular comprometida, cavidade pequena) .......... ............... .. ............................ .... ................................... 283
Restaurações de Classe Ili: situação 3 (vestibular comprometida cavidade mais extensa) .... ............. ......................................... .................................. 288
como estratificar em cavidades do tipo Classe V? .. ............ ......... . ... .... .. .. .. .. ...... ... ........... ........................... .......... ...... ... . ... . .................... ................ ..... .. 29 4
12 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Como estratificar em cavidades do tipo Classe IV? .. .. ............ ... . · .... ... .... · ..... · .. ·· ..... ···· ........................... .. .. 302
Classe IV (dois dentes) ......................................................... .................... .....................................
.. ......... 315 ...... ............
Como estratificar em casos de fechamento de diastemas? .. ....... ........................... .... 318
Diastemas localizados... ....... ............... ........ .. ...................... ... .. .. 332
Diastemas generalizados . ........................................ _ .................... . .... . ................................... ...336
Uso do enceramento diagnóstico e matriz palatina para a confecção das restaurações diretas ............................. ........ .. .... 338
Como realizar o ajuste oclusal de resinas compostas anteriores? ..... .. .. .... ..... · ... .. ........ .......... ............ ........ .. .. .350
Como estratificar em casos de incisivos laterais conoides? ... ................................. ........ ... . .................... ................ ....... ........... ...... .... .......... 358
Como estratificar em casos de transformações dentais de forma (caninos em incisivos laterais. pré- molares em caninos)? ...... .366
Desgastes ................................................................................................ ................................................ .... .................................................................. ...................................... ~ºº
Como estratificar em casos de recontorno cosmético (hipoplasias)? ....... .. ................. . ........................... .. .......... . . .. . .... .... .... .. .. .............376
Como estratificar em casos de reconstruções incisais com o auxílio de guias? ... ................................................... ... ................ .... .390
Como devem ser feitos o acabamento e o polimento das restaurações? ... . .. .............................................. .............. 398
Como estratificar em casos de facetas em dentes escurecidos? .......... . ............... .... ......................................... 406
Parte 2 - Shortcuts de restaurações anteriores: uma forma mais simples ..................... .. .............. 420
Técnica duas camadas (ou apenas uma) ... ............... ... ............ ....... .. ......... 4 20
Restauração em modelos de silicone.. ................................. ... ................. ............. .. ........... ....... ........... ................................... 428
Formas ou facetas pré-confeccionadas... ............ ..... ............ ............... .. ..................... .......... ............................................................................. ......... .... 436
Parte 3 - Para onde caminha a ciência em restaurações anteriores... .. ....................... .. ............................................. ....................... .. 440
Conclusão ........ ............................................................ ......... ................... ........ 452

Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior ............ .......................................................................................................................... 456

Parte 1 - Como e por que fazer .. ................................ . ........ .............. ................................ ... ......... 458
Quando utilizar resinas compostas diretas? .. .. .. .. .. 458
Quais resinas compostas utilizar em dentes posteriores? ..... ... 461
O que devemos saber sobre contração de polimerização? ......... .. ................. . ....... .. ..... ....... ........................ ............. ... ..... ...... ..... ..................... . ... 466
Volume de contração versus tensão de contração ............. ................................... .. . .................. ........................ ..... 467
Volume de contração ..... ......... .......... ..... ...... ....................... ....... ........................................................................... 467
Tensão de Contração ........... ................................................................................ .. ... .................. .......................................... ..... 467
Vetores da Contração ......... .. .. .. .... .............................. .. ............................. ... 469
Fator 470
Técnica de Inserção Incremental ........ . .... ....... .. ........................ .. ..... ...... . ............................... .. ... ...................................... ................... 472
Uso de Resinas com Baixo Módulo de Elasticidade ............. .................... .... ... ........ ........... .......................... .... ..... ................................ 472
Uso de /nsertos Pré-polimerizados e lnsertos Cerâmicos. . ...... .... ... . ... ....................... ........ .... .... .. ............................................................................. ......... 478
Qual sequência de camadas utilizar para estratificar restaurações posteriores? ......................................... ...... ... .... ........... .... .4 81
Como realizar o acabamento e polimento em restaurações posteriores (Restaurações Classe 1)? ......... ...... .. .................... .............. 490
Corno realizar restaurações posteriores com caixas proxirnais? (Restaurações Classe 11).. .................................... ........ .... ..... · · ................ ..................
Noções iniciais de escultura em dentes posteriores: o que saber? .. ...... .......... .. .... . ...... ..........................::·.:::::::::·:::::::::::::::::::::::::::::::::::::................. :.: :~~
Conceitos iniciais de geometria .......................................................................................... ......... ...... ................... ..... ..... .... .. .. .. ................. .... ... 508
Conceitos iniciais de técnica de escultura .......................... ..... ..............................................,. .................................. ..................... .... ... 511
Anatomia e regras dente a dente .................. ... ..................................... ..... ................. ... ...... .. ...................... .. ... ............ .. ........... ........................ ...... 518
Parte 2 - shortcuts de restaurações estéticas e escultura posterior ............... ... .. ................ .............. . .. ............................ 55 0
Parte 3 - Para onde caminha a ciência em restaurações estéticas e escultura posterior ......................... ................................ ......... 565
Conclusão ............ . ............... .. ............... . .... ...... ...... ...... .................................................. .. ..................... ................................... .............................................. 570
Shortcuts em odontologia est ética: uma nova visão sobre TIPS 13

Capítulo S : lnlays e on/ays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas ............... .. ............................... ... ....................... 574

Parte 1 - como e por que fazer .. ..... .. .. . ................... ........................... . . . . ....... .. ........... ................. .... 576
Quando indicar inlays e onlays ao invés de resinas diretas? .. ............ . .... ... ..... ........................................... .................. ......... .576
Qual material usar nas restaurações indiretas: resinas compostas ou cerâmicas? .. . ................................... ...................... ...... 580
Depois de definir entre résina e porcelana, devemos pensar: que tipo de material utilizar? ... ............... ...... .......................... .585
Resinas compostas. .................. .. ....... . . ......... ........... .................................... ..... ....... . .. ... ............................ .585
Evolução das resinas indiretas para restaurações. ............ . ...... ................................................. ... .586
Classificação das resinas indiretas de segunda geração quanto ao método de polimerização ....... . .... ...... .................... ..... .. 588
Sistemas fotoativados. ........ ...... . . ....... .. ........... .... ..... .. . ...................... .... ... ............................................ .. . ............. ....... 588
Sistemas fotoativados com polimerização complementar por calor.. . .. ..... ................ .. . .... ........................................ ... ....................... 588
Sistemas fotoativados com polimerização complementar por luz e calor ................... . ..589
Sistemas fotoativados com polimerização complementar por calor sob pressão ou vácuo .... ....... .................. .590
Evolução dos sistemas cerâmicos para restaurações .. ..... ....... ....... .... .................... ............................. 591
Como deve ser o preparo para inlays/onlays estéticos? ........... ...... .595
Núcleos de Preenchimento ............................................................................... ..................... ................................... .......597
Quando as cúspides devem ser recobertas no preparo para onlays? ....... 604
Características de um preparo para inlay. .................................................................. . ..... 605
Características de um preparo para onlay ...... ...606
Qual é a melhor forma de recobrimento? ..... ................ 607
Como evitar o problema de sensibilidade após a cimentação? .. ..................... 609
Como e com qual material realizar a moldagem? ..................................................................... . ........... 612
Como e com qual material realizar provisórios de inlays/onlays?. . ................................................ .. ........ 614
Quais são as técnicas de confecção das peças de resina composta? .. .. .... .. 616
Técnica indireta com resina laboratorial. ............................................... . .. .. 616
Técnica semidireta em consultório .... . ........... . .... .. ......... ................................ . 616
Técnica indireta com resinas para uso direto ........................ ............................. 628
Como pode ser o passo a passo da cimentação dos inlays/onlays? .. ................ ..... ..................... . 640
Prova da peça ... ..... . . .. . .. ........................................... ............. ..... .. ........................................ .......................... 641
Isolamento do campo operatório .......... .. ........ .. ...... . ... .. .... .. ... ......................... .641
Preparo da peça ... .................... .. . ..... .. ...... ...................... . ... .................. ........ 644
Preparo do dente ... ... . ... ............ .............. .. .. . . . ............. ... . .... . ...... ....... 644
Escolha e aplicação clínica do sistema adesivo .. ....... ............ ... ....... ............ ........... ...................... . .................................... 645
Escolha do agente cimentante ................ ..... ...... ........... ...... .. .. ............ ..... .. ........ . ....... .. ....... ........................ .. .. 646
Cimentação propriamente dita .. .. ..... ... ........... .... .. ....... ............. .. ........ ........... .......... . .. . .............. . . . .............. .... ................ ......... ........................... 64 7
Possíveis falhas relacionadas aos cimentos resinosos... ....................................................... 651
o que se deve saber sobre fibras de reforço associadas a resinas laboratoriais? . ..... ................................... ..... 652
Erros comuns na utilização de fibras de reforço ..... ... ........ ....... ..... ...... ..... ................. .. ........... ..... ............. .. ..................................... ...... ......... ......... 654
Parte 2 Shortcuts de inlays e onlays parciais em resinas compostas e cerâmicas..................... .................... . ........ .............................. ....... 656
Parte 3 Para onde caminha a ciência em inlays e onlays parciais em resinas compostas e cerâmicas... . ... . ..... . ........ 670
Fadiga de materiais cerâmicos (início dos trabalhos de SSALT de Zircônia comparada à Metalocerâmica até Emax) ..... .. .... . .....672
Fadiga de materiais com base polimérica (novos resultados promissores) .... .... ................................... ........... ...... . ............. .. ............. 673
vantagens e pontos-chave (Lava Ultimate l 3M ESPE e Enamic J V/TA)... .............................. ............................................... 677
Conclusão ........ .. . ... .................... ······· ......................... .................. .......... ............................ ....................... ................... 683
Shortcuts em odontologia es téti ca: uma nova visào sobre TIPS 15

Cada ser humano, apresenta características, competências e qualidades úni-


cas. Ronaldo Hirata, desde jovem, mostrava-se promissor dentro da odonto-
logia. E por todos esses anos tenho acompanhado seu trabalho.

Ainda recém-formado, Hirata participou de um curso no qual eu ministrava.


Naquele momento, já era possível se observar o talento no brilho dos olhos
do adolescente de cabelos rebeldes. Em minha óptica, já se desenvolvia um
grande profissional, cuja habilidade em criar arte a partir de materiais odon-
tológicos surpreende a todos.

Os fundamentos da arte marcial, praticada por Hirata, refletem em seu


modo de ser e fazer arte. Sua dedicação, paixão e domínio, intrínsecos à
sua personalidade foram essenciais para o resultado alcançado. E o sucesso
que hoje podemos constatar é apenas uma resultante de seu perfeccionis-
mo e honradez.

A excelência em Odontologia Restauradora depende do esmero e habilidade


do clínico. A aptidão é desenvolvida no decorrer dos anos. O conhecimento
vem do aprendizado adquirido. No entanto, por meio deste livro, é possível
obter toda a sabedoria de forma simples e descomplicada.

Esse exemplar, além de abranger questões clínicas, apresenta dicas, estudos


e as perguntas mais frequentes em nosso dia a dia, que permitem o fácil
entendimento pelo leitor. Sendo assim, um guia para o dentista clínico, ao
expor, de forma simples e completa, soluções para diversas situações do
cotidiano odontológico.

O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a


um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos.
no mínimo fará coisas admiráveis. (José de Alencar).

Paulo l<ano
Autor do livro "Desafiando a natureza· Editora Quintessence.
Palestrante internacional na área de Odontologia Estética.
Professor do curso de especialização em Dentística Restauradora UFSC.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS 17

Prefácios de livros na área médico-odontológica tendem a ser românticos


em relação à real contribuição do autor e sua obra. ambos, os quais, têm vida
útil finita. especialmente dada a velocidade dos avanços científicos na área.

A odontologia mundial está mais do que ciente das qualidades do Ronaldo


Hirata como clínico, comunicador e pesquisador. Hipocrisia seria escrever em
detalhe sobre o que todo o mundo já sabe.

Ao longo de mais de uma década e meia eu acompanho a carreira desse


profissional de personalidade raríssima e valiosa em qualquer profissão: o
altruísta que constantemente busca aprimoramento pessoal com finalidade
única de compartilhar seu conhecimento e experiência com o fim de me-
lhorar a prática clínica dos profissionais que verdadeiramente representam
a profissão.

Contrário ao que muitos pensam. o profissional que representa a profissão


é aquele que faz parte da grande massa que faz a odontologia clínica e
entende quais são as necessidades diárias da profissão, aquele que precisa
rapidamente tomar decisões e tecnicamente executar procedimentos com
o fim único de melhorar a saúde da população. Esse é o profissional que vai
de maneira consciente. aplicar o conteúdo aqui compartilhado pelo autor
em obra que abrange a realidade da prática clínica. sendo responsáveis por
diretamente engrandecer o papel da profissão frente à sociedade.

Em nome de todos os colegas de profissão. agradeço ao Ronaldo e auto-


res convidados pela dedicação e apreço aos quais sempre dispensaram para
aperfeiçoar a prática clínica da odontologia. Mais importantemente. tenho
segurança de que a compilação cientificamente fundamentada e de forma
objetiva apresentada nesta obra, será. através de colegas de profissão, muito
maior em prol da saúde da população.

Paulo G. Coelho
Leonard 1. Linkow Associate Professor Biomaterials and Biomimetics
New York University College of DentistryHansjõrg Wyss Department of Plastic Surgery.
New York University School of Medicine
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS 19

Aos antepassados, na figura da minha avó presente na foto, mas a todos os


que me fizeram chegar onde cheguei.

Aos meus pais que tanto investiram em mim. mesmo com tantas
limitações. Tenho lembranças da minha mãe me tomando lição de casa
depois de quase adulto; na época era um pouco constrangedor, mas o
resultado veio. A eles meu respeito.

A educação é o bem maior.


·. -:- : .. --..-.~ · ·... ·. · ..-- ·-- -.. . . -- -~----- -
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS 21

Olá, eu gostaria de saber se há previsão de alguma segunda edição ou reimpressão.


Não encontro o livro em nenhuma livraria, on-line ou virtual, e muito menos em
sebos. Aguardo uma resposta ansioso.

Atenciosamente...

Sempre acreditei que as coisas devessem nascer do sacrifício, de um desconforto,


ou mesmo dor; aí estava o valor de criar algo e ser relevante. Não conseguia aceitar
fazer algo extremamente leve e prazeiroso; isso nunca havia me ocorrido num pro-
cesso de criação. Ao terminar o primeiro livro TIPS tive todas sensações desconfor-
táveis, o que não me trouxe muito prazer ou boas lembranças. Prova disso foi que
nunca folheei o livro, e o olhei poucas vezes e nunca de forma completa.

Havia desistido de fazer algo adicional; resolvi acabar com o livro após duas im-
pressões por uma questão pessoal, apesar da procura. O tempo foi passando para
todos, para mim e para o livro. Decidi repensar tudo que havia passado. Reli o livro
após 5 anos, e vou ser sincero, realmente o achei muito bom como texto base.

A mensagem acima foi uma de várias que recebi; percebi que o livro não é algo
para mim, mas para os outros. Novamente meu ego interferia no meu julgamento.

Resolvi fazer uma reedição seguindo outro processo até por estar em outra fase de
vida; me permiti tirar prazer e fazer sem sacrifício. Shortcuts é fruto dessa expe-
riência pessoal de tentar ser feliz fazendo o que busquei fazer por tanto tempo; e
favorecer aos leitores interessados nas informações aqui contidas.

Aprendi também a me permitir erros e limitações, e não me torturar mais, enfim,


todos temos a felicidade como uma busca espiritual.

Leitor, entenda que todos temos limitações, mas a boa intenção é verdadeira e
vem do coração. Espero que aproveite o livro, prospere, ajude seus pacientes e
transmita a informação. Assim, serei eu grato a você.

Muito obrigado

Ronaldo Hirata
Shortcuts ern odontolog,a estetrca urna nova vis.i
ºsobre TIP<;

/?.,,..(e. / - Como e por que fazer

~/
Por que o clareamento é o início da maioria dos casos clínicos estéticos
restauradores?

O clareamento dental faz parte de todo o planejamento estético

do sorriso. seja como um tratamento individual ou previamente a


outros tratamentos restauradores diretos ou indiretos.

Nos dias atuais. o clareamento é um procedimento não invasi -

vo que já apresenta evidências científicas suficientes para uma

aplicação clínica segura. Além disso. com a valorização da esté-

tica cada vez mais crescente por parte da sociedade. a popula-

ridade desse tipo de tratamento aumenta a cada dia. Coloca-se

como um passo. muitas vezes. incluso nos planos de tratamen-

to reabilitadores. servindo como um período interessante para

se pensar o tratamento programado tendo maior contato com

o paciente e observando a sua realidade e anseios. Outro fator


favorável é a periodicidade do tratamento. pois a cada ano e

meio a dois o mesmo paciente pode fazer uma reconsulta para

refazer o clareamento.
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 25

O clareamento dental associado a outros procedimentos restau-


radores também é uma abordagem muito comum nos tratamen-
tos estéticos atuais. pois é um passo inicial. prévio ao tratamento
restaurador. que visa restabelecer uma condição mais homogênea
em termos de saturação e luminosidade dos dentes a serem res-
taurados com os adjacentes. Sempre que um tratamento estético
restaurador for planejado. o ideal é informar ao paciente que as
futuras restaurações. sejam com resinas compostas ou cerâmicas.
não são passíveis de clareamento e. por isso. se o paciente pensou
ou pensa em fazer o clareamento dental. este deve ser realizado
antes da confecção das restaurações. pois se for realizado depois.
estas necessitarão de reparos ou substituição total. Ao contrário
disso. se as restaurações forem realizadas após o procedimento
de clareamento dental. estas serão confeccionadas de acordo com 1.1 c 1.2: Caso inicial com
necessidade de modihcaçio
a coloração mais clara obtida no tratamento prévio. otimizando o estética com resiJUs compostas;
caso hnalizado com clarcamento
ado final do tratamento proposto (Figs. 1.1 e 1.2). dental como primeiro passo
26
Shortcuts' '" •J1f<J111,,/111•1.1 ' t, , ,, " 111n., 11nv' v,
"' "'" J!f•

~d
Quais são os tipos de clareamento dental?

Temos dois tipos de técnicas de clareamento: microabrasão e


O
clareamento propriamente dito. que são aplicadas de acordo com
os tipos de manchas. As suas indicações e os protocolos de trata-
mento serão descritos nas perguntas seguintes.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 27

~3
Quando e como realizar a microabrasão?

A microabrasão é um procedimento de desgaste mecânico e quími-


RESPOSTA co superficial do esmalte. removendo cerca de 10 µm por aplicação,
sendo indicado. portanto. para manchas superficiais. principalmente
Realiza-se para a remoção de manchamento
as de fluorose. manchas brancas de desmineralização que foram re-
superficial.
mineralizadas (como manchas pós-ortodontia). Estariam contraindi-

cadas manchas profundas como hipoplasias causadas por trauma-


Para manchas de fluorose de grau leve a
moderado (normalmente são pares. simétricas tismo ou infecção da dentição decídua (Figs. 1.3 a 1.5).
e ocupam o terço médio incisai dos dentes).

Nos casos de manchamento profundo. a indicação correta é o recon-


Para manchas brancas superficiais provenientes torno cosmético realizado com resinas compostas (Figs. 1.6 a 1.13).
de desmineralização. como as manchas
verificadas após tratamentos ortodônticos
O tratamento de microabrasão está bem indicado para manchas

superficiais de fluorose e manchas brancas de desmineralização.


Não usar essa técnica em hipoplasias de
esmalte. pois essas manchas. na maioria das
vezes. são de natureza profunda No manchamento de fluorose, deve-se saber que da mesma forma

que pode trazer benefícios consideráveis, o flúor também pode au-


o tratamento e realizado com produtos ácidos mentar o risco de fluorose dental em algumas populações1. o uso
e abrasivos abrasionados sobre a superfície do
excessivo de flúor durante o desenvolvimento dos dentes, isso é, a
esmalte
ingestão de água fluoretada com mais de 1 ppm de flúor do terceiro
Shortcuts ern odontobg,a estet,ca urna nova, sao ~e TlPs
28

1
mês de gravidez ao oitavo ano de vida pode resultar em esmalte
defeituoso e manchado. numa condição conhecida como fluorosis.
Essa condição é geralmente associada a uma insatisfação dos pais
em relação à aparência cor e ao manchamento dos dentes dos
seus filhosi. pois essas alterações cromáticas são caracterizadas por
manchas bilaterais e simétricas. esbranquiçadas quando em graus
leves. podendo evoluir para colorações mais amarronzadas quando
em graus mais severos (Figs. 1.14 e 1.15).
1.3, Mancha profunda de hipopl•sia contraindicada p3r3 o
procedimento de microabrasão.

A técnica de microabrasão pode melhorar muito a aparência


dos dentes. mas deve ser realizada apenas para remover man-
chas superficiais de ftuorose de graus leve a moderado. confor-
me a escala de Dean 3. Alguns estudos prévios relatam o sucesso
dos produtos para microabrasão para a remoção de manchas
brancas 4 · 7_ Entretanto. o sucesso da microabrasão (que também
pode ser medida pela satisfação do paciente) depende do nú-
mero de fatores envolvidos. particularmente do tipo e da ex-
tensão das manchas. Manchas de ftuorose severas. em geral.
não respondem tão bem ao tratamento da microabrasão como
as manchas leves ou muito leves4·8·9 . Em 2002. Wong e Winter'
demonstraram que o procedimento de microabrasão realizado

em defeitos difusos de esmalte e em defeitos em muitas linhas


(que podem ser considerados como fluorose severa) resultaram

em baixos níveis de satisfação dos pacientes3.4, indicando que


O
1.4 e J.5: Perceba que à medida que se desgasta superficialmente o
sucesso da microabrasão depende especialmente do tipo e
esmalte, a mancha fica mais evidente devido à profundidade. extensão da descoloração.
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 29

l.6 e 1.7 : Dente 11 com mancha hipoplásica profunda


na região incisa!, evidenciada pela alta saturação dos
demais dentes.

1.8 e l. 9: Clareamento em consultório para diminuir a


diferença de cor.

1.10 e l.ll : Desgaste superficial da mancha para


restauração com resinas compostas. Esta não necessita
ser completamente removida, uma vez que é muito
profunda; um desgaste de 1,0 mm a 1.2 mm é o
suficiente para acomodar as camada de resina dentina
e esmalte.

l.12 e 1.13: Resultado final após a restauração.

1.14 e I.IS: Caso inicial clássico de manchas de


desmineralização ao redor dos bráquetes ortodônticos.
Após a remoção do aparelho, ocorre remineralização,
mas a mancha persiste.
30 Shortcuts ern odon gia estet 3
_--~-

J6 a 30: (1.16, 1.17 e 1.18) Caso inicial clássico de


Ao se tratar de manchas brancas de esmalte remineralizadas.
mancha, de desminerali,ação ao redor dos br:lquetes
ortodõntico,. Após a remoção do aparelho. ocorre sempre é difícil predizer quando a microabrasão irá remover
reminerali,.açfo, mos a mancha persiste. {l.19, l.20 e
1. 21) Como são mancha, superficiais, a remoção com totalmente as manchas dos dentes. como em casos de cáries
produto, para microabrasão (Opalustre/ Ultradent)
é possível. Ltilizam-se borrachas para polimento incipientes de esmalte ao redor de bráquetes ortodônticos.
de resina (Astropol verde/lvoclar Vivadent) para
a abrasJo da pasta. Deve ser abrasionada toda a Normalmente. as manchas esbranquiçadas são melhoradas,
vestibular e não apenas em cima da mancha. Esse
:lcido clorídrico (6,6%) da empresa Ultradent pode
embora nem sempre possam ser completamente eliminadas
ser utilizado até mesmo sem isolamento absoluto.
(Figs. 1.16 a 1.30). A palavra-chave é a superficialidade da man-
por ser extremamente suave, ma~ o prudente, como
protocolo, seria o isolamento absoluto. Apesar cha. quant o mais superficial. melhor o resultado.
de ser pouco agressivo, ainda assim possui ótimo
resultado de abrasão. As outras marcas requerem
obrigatoriamente o uso de proteção gengival. (1.22)
Após a primeira aplicação, por 20 segundos. a mancha
persiste. Pode-<,e repetir esse processo, lavando por
20 segundos entre as aplicações, por até IS vezes.
Normalmente, na oitava ou nona aplicação as manchas
devem ter sido já removidas. Se isso não ocorrer
provavelmente não haverá resultado entre a nona
e décima quinta aplicações. (1.23) Após a segunda
aplicação. (1.24) Após a terceira aplicação. (1.25) Após
a oitava aplicação. (1.26 e 1.27) Polimento da superfície
com borrachas para polimento (Astropol/lvoclar
Vivadent) e Astrobrush (lvoclar Vivadent). (1.28, 1.29 e
1.30) Caso finalizado.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 31
32 Shortcuts em odon tologia esté tica· urna nova visão sobre TIPS

Assi m. devido a essa inabilidade de predizer a intermitente de água entre as aplicações. Entre-

ef etividade da microabrasão. a necessi dade de tanto. o perigo inerente de usar um ácido tão forte

diagnosticar cuidadosament e a profundidade do na boca inspirou a procura por um método mais

esmalte envolvido antes de reali zar esse procedi- seguro para corrigir defeitos provocados por fluo-

mento torna-se ainda mais importante. Para isso. rose. Diversas pesquisas em dentes humanos ex-

pode-se utilizar o mét odo da t ransi luminação. que traídos foram realizadas utilizando vários ácidos em
embora seja uma mensuração muito subjetiva de concentrações diferentes. até a criação de um l<it
~
avaliação. tem sido amplamente utilizada para o
\i para microabrasão do esmalte chamado PREMA
auxíl io em diagnóst icos de lesões de cáries inter- Para veriftcar se uma Compound (Premier Dental Product s. Plymouth
mancha é superficial
proximais e pode ajudar ao clínico a detectar o ou profunda, utili - Meeting. PA). baseado em ácido clorídrico a 10%
grau de envolvimento do esmalte na fluorose 10-11 . zamos a transilumi-
mesclado com sílica carbide13 14 . At ualmente. ou-
nação. Coloca -se luz
Os tec idos dentais desminerali zados apresentam branca (ou a própria tros produtos para microabrasão estão disponíveis
m enor índice de t ransmissão de luz e aparece com luz do aparelho fo -
comercialmente. As marcas comerciais podem ser
topolimerizador) na
uma mancha escureci da quando é transilumina- região palatina dos observadas no site: www.shortcuts-book com.
da 10. Se a luz puder passar fác il ou parcialmente dentes e, se a man-
cha ftcar clara, ela é
at ravés da mancha branca. isso signifi ca que ela superficial, e se ftcar Como visto. os produtos para microabrasão são
escura, é profunda.
tem localização superficial e pode ser removida geralmente uma mistura de ácido hidroclorídrico
E lembre se de que
por m icroabrasão (Figs. 1.31 a 1.35). quanto mais escura e partículas de sílicas abrasivas em um gel solúvel
ficar a mancha, mais
profunda ela está. em água (Fig. 1.36). que é aplicada sobre o esmal-
PRODUTOS PARA MICROABRASÃO te manchado e esfregada. removendo a mancha

da camada mais externa do esmalte. Em alguns


12
Em 1986. Croll e Cavanaugh removeram com
casos. a remoção dessas manchas brancas do es-
sucesso manchas brancas opacas do esmalte por
malte pode resultar em uma aparência levemente
meio da aplicação de ácido hidroclorídrico a 18%
amarelada do dente. devido à coloração amarela
e pedra-pomes por 5 segundos. usando a pres-
da dentina que é evidenciada pela maior translu-
são de uma espátula de madeira. com enxágue
cidez do esmalte. Como a espessura do esmalte
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras
33

1.31: Manchamento por fluorose.

1.32 e 1.33: Uso do lotopolimerizador para o estudo por


transiluminação (Ultra - lume 5/ Ultradent). Percebe -
se que a mancha se mantém clara, o que indica uma
mancha mais superficial; se ficasse escura. seria
profunda. ou seja, contraindicada para a microabrasão.

1.34 e 1.35: Caso inicial e final.


Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIP<;
34

TÉCNICA DA MICROABRASÃO
diminui. a cor da dentina evidencia a saturação
dos dentes anteriores. Ten Bosch e Coops usaram
um espectrofotômetro para mensurar a cor do Para O tratamento das manchas. primeiramente

dente e demonstraram in vitro que cada desgaste deve-se considerar a causa do manchamento.

contribui para um aumento na cor amarelada 1516 . O grau de escurecimento. a coloração dos den-

Nesses casos. a microabrasão do esmalte pode ser tes. a localização e a extensão das manchas. 0

associada a clareamento dental com peróxido de número de dentes afetados. a idade e o nível de
carbamida ou peróxido de hidrogênio 11-20 . cooperação do paciente. pois além da remoção

,rf'.., das manchas. pode ser necessário o clareamento


Quando a combinação é necessária na realidade
-v-
dos dentes escurecidos e. talvez. até o recobri-
Em muitos casos,
não há uma regra sobre qual procedimento deva ser a microabrasão mento de áreas muito escurecidas com mate-
realizado primeiro. Sabe-se que. apesar de ambas as do esmalte deve
riais restauradores.
ser associada ao
técnicas estarem designadas a melhorar a aparên- procedimento de
cia do dente. os seus modos de ação são diferentes. clareamento dental
propriamente dito Vamos tratar a seguir do passo a passo da técnica
A microabrasão removerá as manchas do esmalte para se obter um de microabrasão para manchamento de fluorose.
afetado. enquanto o clareamento envolve a aplica- tratamento com
resultados mais que parece ser um caso clínico mais didático. Nes-
ção de agentes oxidantes que penetram no esmalte satisfatórios.
tas situações. faz-se primeiramente o diagnóstico
e na dentina resultando no clareamento dental1 6.
das manchas brancas de fluorose. através da avalia-
Se a queixa principal for as manchas, o primeiro
ção do histórico do paciente. com uma anamnese
tratamento deve ser a microabrasão e. se houver
bem detalhada e relacionada a questões como o
necessidade. poderá ser realizado um clareamento
consumo de alta quantidade de flúor na infância e
propriamente dito na sequência. Nos casos em que
de um exame clínico para a observação de man-
as manchas superficiais estiverem presentes em
chas bilaterais e simétricas (Figs. 1.37 a 1.39). Para
dentes com muita saturação e o paciente desejar
dentes mais claros. o clareamento pode ser realizado
verificar a profundidade destas. pode-se utilizar ª
luz de um aparelho fotopolimerizador na região
primeiramente. conforme veremos mais adiante.
palatina dos dentes afetados (Figs. 1.40 a 1. 42 l-
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 35

1.36: Produtos para microobrasão à base de ácido clorfdrico

1.37 a 1.39: Manch2s generalizad:is por fluorose.

1.40 a 1.42: Uso de fotopolimerizador LED (Blueph2se.


lvoclar Viv:adent) para tran ilumina~o.
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS
36

Se essas manchas forem claras. significa que as permanecem visíveis (Fig. 1.47). mas são camufla-

manchas são superficiais e que podem ser removi- das quando o esmalte estiver coberto por saliva.

das com microabrasão.


Após a remoção das manchas. os dentes devem ser

O tecido gengival deve ser protegido com va- polidos com pastas diamantadas e discos de feltro
selina sólida antes de isolar os dentes de for- (Fig. 1.48) e. na sequência, deve-se aplicar flúor tó-
ma absoluta com grampos e dique de borracha
:Ç): pico neutro por um minuto (Fig. 1.49). Os mesmos
A proteção dos
(Figs. 1.43 e 1.44) e o paciente. assim como os tecidos gengivais procedimentos devem ser realizados nos dentes
profissionais. deve utilizar óculos de proteção também pode ser inferiores (Figs. 1.50 e 1.51). para. logo em seguida.
realizada com
durante todo o procedimento. resinas fluidas observar o resultado final obtido após a remoção
presentes em "kits"
do isolamento absoluto (Fig. 1.52).
de clareamento
O produto para microabrasão à base de ácido hi- dental de consultorio
droclorídrico e carbeto de silício deve ser colocado (Ex.: Topdam, FGM),
Nesse caso apresentado. devido à coloração mais
porém. apesar de um
sobre a superfície vestibular de todos os dentes pouco mais traba amarelada dos dentes após o procedimento de mi-
afetados. Um contra-ângulo e uma ponta siliconi- lhoso e desconfortá-
vel para o paciente, o croabrasão. estes foram clareados em consultório
zada para polimento de resinas compostas podem isolamento absoluto com peróxido de hidrogênio a 37%. seguindo um
promove maior
ser utilizados com a velocidade do micromotor re- protocolo que será descrito nas perguntas seguin-
proteção aos tecidos
duzida na proporção 10:1. isso é. a velocidade deve gengivais, língua, tes (Figs. 1.53 a 1.64 e Quadrol.1).
la'bios, etc., prin-
ser muito reduzida. O produto deve ser esfrega-
cipalmente quando
do firmemente na face vestibular dos dentes (Fig. a microabrasdo for
Caso acompanhado em longevidade. onde se
realizada com um
1.45) por. aproximadamente. 10 a 20 segundos e.
contra-dngulo. verifica re-escurecimento natural dos dentes
em seguida deve ser removido. Após cada aplica-
após 7 anos. porém sem as manchas brancas de
ção. o resultado da remoção das manchas deve ser
fluorose que não sofrem recidivas (Figs. 1.65 a
verificado com os dentes úmidos para simular sua
1.67) Com a aplicação de peróxido de hidrogênio
aparência natural (Fig. 1.46), pois quando os den-
a 37% em consultório resolve-se o problema da
tes estão secos algumas manchas brancas ainda
alta saturação dos dentes (Figs. 1.68 a 1.71).
Capítulo 1 : (!areamento dental: conceitos e substãncías cfareadoras
37

IAl: Aplí(:2Çlo de , aselína sólida


pre". 1.amenr.e ao isol.unento
absoluto.

J.44 , bolamento absoluto


com dique de borrach2 para
a aplic.Ç20 do produto de
microabraslo a base de ácido
clorfdrico a 6 (\\ hilene,,s R~I
FC. IJ.

1.43, Apli(:2Çlo do produto de


microabrasão com borrach2s
para polimen10 por IO a 20
segundos cada ap!iQçâo.

J .46: \'erine2Çlo após ada


apliaçâo do produ10 com a
superfície úmida.

1.47: Com a superfície seca


a visualízaÇ20 pode ser
comprometida, um2 \.e"".l
que sempre perrrunece uma
evidência de mancha pela
desídra1ação.

1.48, Polimento final com pas1as


diamantadas e fel1ros.

1.49: AplíQçâO de tluor gel por I


a 5 minutos.
Shortcuts em odont ologia estéuca uma nova visao sobre TIPS
38

1.50: Repete- se o procedimento


nos demes inferiores.

1.51 : Lavagem após cada


apHcação.

1.52: Resultado obtido logo


após a remoção do isolamento
absoluto da sessão de
microabrasão.

1.53 , Proteção gengival com uso


de resinas fotopoLimerizáveis
(Top-dam/ FGM).

1.54 e 1.55: Uso do clareador


HPMaxx (FGM) sendo misturado
na proporção de três porções
de peróxido para uma de
espessante.
Capítulo l : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 39

1.56 e 1.57: Uso do aparelho


de LED Laser \Vhitening Lase
(DMC) em três ciclos de 3
minutos cada. com 2 minutos
de interYalo. O gel é mantido na
superfície por 16 minutos.

1.58: Polimento da superfície do


esmalte com feltros (Diamond
tlex íelts FG 1) e pdstas
diamantadas (Diamond e~cel
FG\1).

1.59: Aplicação de flúor a 1,23%


(Fluorcare FGM) porum
ntinulo.

1.60: Re ultado imediato das


duas arcadas.
Shortcuts em odontologia estet1Ca uma nova visao sobre TIP<,
40

1.61 e 1.62: Transiluminaçào


de monstrando a eficácia do
tra ta mento.

1.63 e 1.64: Caso inicial e final


(Publicado com permissão da
Acade mia General Dentistry
2008 , que possui todos os
direitos autorais do caso
a presen tado).

Qu.:idro 1.1 : Protocolo de tratamento para realização de microabrasão.

'. F:iz~'{i112rei27~ ;;:;-rr;~p~na·suma consulta,


f J.ffr;i~; r::,~-~~~::·absoluto.total ou modificado.
f;; ~ ia;' ~ma:~rofJlaxia com pedra-pomes e água.

r··~-~frêgar' o produto para microabrasão no dente. com a baixa rotação em velocidade reduzida. durante 10-20 segundos.
l- Rcpetir por até 15 vezes. Um resultado bom acontece normalmente na nona aplicação e O desgaste por aplicação fica
1

I ap°roximadamente ern 0.01 mm.

: -' Fazer o polimento de superfície com pasta diamantada.


1

'
: .- Aplicar flúor neutro por 1 minuto.
L - - -- .
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras

1.65 a 1.67: Após 7 anos de


acompanhamento, observa-se
a estabilidade do tratamento
da microabrasão (sem manchas
brancas) e re-escurecimento
dental normal.

1.68: Clareamento propriamente


dito para clarear os demes
re -escurecidos.

1.69 a 1.71: Resultado logo após o


clareamento.
Shortcuts em odontologia est ética uma nova visão sobre TIPS
42

conforme descrito anteriormente, a microabrasão, com fre-

quência. está associada ao clareamento dental e quando as

manchas existentes estão presentes em dentes amarelados, há

maior evidência destas. Nesse caso, a primeira opção de trata-

mento pode ser o clareamento propriamente dito para tentar

diminuir o contraste existente entre o branco das manchas e o

amarelado dos dentes, isso pode ser suficiente para a resolução

do caso (Figs. 1.72 a 1.79).

,.,,. . !t-'e•~ ·.
1· :A
· • · ..W• ~"· j \ ,
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1.72 e l.7J: ww inicial de dentes com manchas brancas superficiais e profundas e alto co n l rasle com os d entes amarelados.

1.74. e: 1.75, wso


. . nnaliiado apena, com o clareamento propriamente dito. Mesmo oresu ltad o nao
- sendo perfeito,
. a colora ão d d . .
paciente sJt1>te1ta. ç os entes mais próXJma das cores das manchas já deLxou a

1.76 e 1.77: M:mchamentos localiZ.:ldos de origem sistc!mica.

1.78: Clare;imento propriamente dito como primeira opção de tratamento.

1.79: Resultado final após o clareamento.


Capitulo 1 : Oareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras

~/{-
Quando indicar e como realizar o clareamento propriamente dit

O inicio do tratamento clareador deu-se em t


RESPOSTA

Deve ser utilizado para retirar o excesso e


cquil1br ,H os tons de satur açJo dos dr11tes
crwnlv1dn, 110 trat,unrntn

Pode sc·r r, ·:1l1z.iclo de cl1vrrs.1s formas


e l,H r\1rrn•11t u e .i,c,ru supervisionado. over-thc-
t ounfi•r t' clarr\mw11to cm comultor10

mas foi somente a partir de 1989 que essa técnica tornou-se po-
pular após a publicação de um artigo com a descrição do proced,-
menta23. Desde então. inúmeros produtos e técnicas vêm sendo a
cada dia mais estudados e desenvoMdos. Porém. o mecanismo de
44 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

MECANISMO DE AÇÃO DOS PRODUTOS CLAREADORES

Basicamente. existem três produtos para o clareamento dental


que são: peróxido de hidrogênio. peróxido de carbamida e o per-
borato de sódio. em que o peróxido de hidrogênio é o agente ativo
em todas as reações.

o peróxido de hidrogênio. quando em contato com a saliva e a


estrutura dentária. age como um forte agente oxidante. podendo
formar radicais livres. moléculas de oxigênio reat ivas e/ou ânions
de peróxido de hidrogênio. dependendo das características do
ambiente da reação 25 . Essas moléculas possuem baixo peso mo-
lecular e são capazes de penetrar no esmalte e na dentina para
atingir os pigmentos escuros. também chamados de cromóforos.
que são moléculas constituídas de cadeias orgânicas longas. com
1.80 e 1.81: Caso inicial e ftnal do clareamento como forma de aumentar muitas ligações insaturadas. anéis aromáticos e alto índice de
a luminosidade do sorriso.
absorção de luz. que faz com que absorvam a luz emitida sobre

o dente e confiram a ele uma cor mais escurecida. Os radicais


livres do peróxido são capazes de quebrar as cadeias longas dos
pigmentos escuros. tornando menores os cromóforos que serão

liberados de dentro da estrutura dentária por difusão. Com a di-

minuição das cadeias moleculares longas dentro do dente. au-


Observe que o e/areamento
é, em essência, dentinario, menta a taxa de reflexão de luz emitida sobre este. que passa a
agindo em moléculas com
ter um aspecto mais claro16•25·26 (Fig. 1.82). Uma característica do
cadeias orgânicas.
peróxido de hidrogênio é a ativação rápida da reação de oxida-
ção. tendo seu ápice em cerca de 30 até 50 minutos.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 45

O peróxido de carbamida, quando em contato com a água, de-


compõe-se em peróxido de hidrogênio e ureia (Tabela 1.1). Enquan-
to o peróxido de hidrogênio forma moléculas reativas conforme já
dito, a ureia irá se dissociar em amônia e dióxido de carbono. Ainda
não se sabe ao certo a quantidade de amônia que é formada du-
rante o clareamento, mas se sabe que devido à sua basicidade, ela
é capaz de aumentar o pH do meio e facilitar o processo do cla-
reamento21. Isso pode ser explicado pelo fato de que, em soluções
básicas, menos energia de ativação é necessária para a formação
de radicais livres do peróxido de hidrogênio, como por exemplo o
per-hidroxil. que é um radical com alto poder de clareamento. Isso
faz com que a taxa de reação seja maior e os resultados sejam me-
lhores quando comparados ao ambiente ácido, que normalmente
resulta na formação de radicais livres fracos, com menos poderes
clareadores2528 (Fig. 1.83). Uma característica importante que in-
fluencia na sua indicação clínica é a lenta reação de formação de 1.82: Peróxidos de hidrogênio para uso em consultório ou em casa.

radicais livres, por cerca de 3 a 4 horas, podendo ser estendido 1.83: Peróxidos de carbamida para uso em consultório e em casa.

pela ação do carbopol, como será visto adiante.

o perborato de sódio é indicado basicamente para o clareamento


TABELA 1.1: Concentrações aproximadas de liberação de peróxido de
de dentes tratados endodonticamente. Apresenta-se na forma de hidrogênio pelas diferentes concentrações de peróxido de carbam1da

pó e pode ser utilizado com água soro fisiológico ou em conjunto


Relação aproximada do peróxido de carbamida com o
peróxido de hidrogênio
com outros produtos clareadores (peróxido de carbamida ou peró-
- ,c1 r_. p-'.' ,' t -··~1, 1', ~-- i--;v~ .. 1\tr:' -",' ,;--:_ (i·::-·r.. ,·~·. !_:-
xido de hidrogênio) para formar uma pasta que é colocada dentro ,\ 11- • : • • • '-'.,:~ - ' ~,

1~ 3,6%
da câmara pulpar na técnica de walking bleach, que será descrita 16% 5.7%
na sequência. Quando em contato com a água o perborato de 72%
46
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS

sódio se decompõe em metaborato de sódio. pe-


:Ç)~ MÉTODOS DE CLAREAMENTO
róxido de hidrogênio e oxigênio. onde o peróxido
Para o clareamento PROPRIAMENTE DITO
de hidrogênio continua sendo o agente ativo da caseiro de uso notur-
reação (Fig. 1.84). no com moldeiras,
iniciamos o trata - A) Método de clareamento caseiro supervisionado
mento com gel de pe-
róxido de carbamida
O resultado do procedimento clareador depende
a 16 %. Se na consulta É a técnica precursora do clareamento. que con-
muito da concentração do agente clareador. da de revisão o paciente
relatar sensibilidade, siste no uso de moldeiras personalizadas e agentes
habilidade do agente em reagir com as moléculas trocamos a concen-
clareadores de baixa concentração. aplicados em
cromóforas. além da duração e do número de ve- tração por um gel de
peróxido de carba - casa pelo próprio paciente. com supervisões perió-
zes que o agente entra em contato com as molé- mida a 10%. Ao con-
dicas de um cirurgião-dentista 23 •
culas cromóforas 25 • trário disso , se não
houver sensibilidade
e o paciente quiser
É indicada para os pacientes que necessitam cla-
Pode ser aplicado várias vezes dentro da câmara na clarear os dentes em
menos tempo, altera - rear múltiplos dentes ou arcadas inteiras. e a téc-
técnica de wa/king bleach. como será visto adiante. mos a concentração
para20 22%. nica mais tradicional é a de uso diário no perío-
do noturno por um tempo mínimo de 3-4 horas
(usualmente a noite inteira. uma vez que se tornam
inativos após esse período). Para isso. é necessário
utilizar um produto que interaja mais tempo com
a estrutura dentária e libere o agente clareador de

forma mais lenta. Por isso. para essa técnica. o pro-


duto de escolha quase sempre é o peróxido de car-
bamida nas concentrações de 10-16% (até 22% é
indicação para uso em casa) (Figs. 1.85 a 1.90).

1.14: Perborato de sódio par.a curativo de demora em clareamento


interno.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 47

1.85 a 1.90: Clareamemo


caseiro com uso de Nite White
16% (Discus Dental) por duas
semanas.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova "'Sào ,~br
48 .,.., e T1P<;

O carbopol (carboxipolimetileno) é o componente espessante que


permite a consistência em gel dos produtos clareadores e também
retarda a degradação do peróxido de carbamida. que permite uma
liberação mais gradual do peróxido de hidrogênio. Em uma pesqui-
sa clínica realizada com peróxido de carbamida a 10% utilizado em
moldeiras. observou-se que após 2 horas de uso do gel. mais de
50% do agente ativo ainda estava disponível. Depois de 10 horas.
10% do agente ativo estava disponível 29 (Figs. 1.91 e 1.92).

Atualmente. existem alguns fabricantes que disponibilizam pro-


dutos com peróxido de carbamida em concentrações superiores
a 20-22% para serem utilizados durante um período inferior a 4
horas, ou peróxido de hidrogênio em concentrações de até 10%.
Entretanto. muito cuidado deve ser tomado devido ao maior po-
J. 91 e 1. 92: Clareamenlo da arcada superior com Opalescence tencial cáustico desses produtos sobre o tecido gengival e a es-
(Ultradent) a IO"/.. , o primeiro clareador caseiro com maior
30
concentraç:lo de carbopol. trutura dentária . Sabe-se. também. que o uso de concentrações

mais altas apenas acelera o tempo total do tratamento. isso é. o


clareamento ocorrerá em menos tempo. porém a efetividade é

a mesma de outro produto de menor concentração utilizado por


(F")
-v- mais tempo (dias de uso)31. Uma das desvantagens pode ser a sen-
Para ter melhor controle sobre as consultas de revisão de
sibilidade trans e pós-operatória. pois quanto maior a concentra-
clareamento, pode se entregar para o paciente a quanti-
dade de gel suficiente apenas para uso durante sete dias, ção do produto, maior o risco de se ter sensibilidade31.
sendo que após esse período o mesmo é obrigada a retornar
ao consultório para uma revisão e, se necessária, aquisição
de mais produtos clareadores.
Normalmente, um bom resultado será obtido após 2-4 semanas

de uso do gel clareador, isso é, de contato do produto com os

dentes. Durante esse período, para ter melhor controle em relação


Capit ulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 49

à evolução do clareamento. sensibilidade dental ou gengival ou

qualquer outra intercorrência. o ideal é realizar revisões periódicas

a cada semana.

Após esse período de 4 semanas. existe a tendência de o cla-

reamento atingir o seu platô. não resultando em maior efeito de

clareamento. O maior efeito de clareamento ocorre na primeira

e segunda semanas.

Existem produtos que são lançados para o uso diurno. O agen-

te clareador utilizado é o peróxido de hidrogênio em baixas

concentrações (3.5-9.5%) e deve ser utilizado na moldeira duas

vezes ao dia por um período de 30 min. a 1 hora. uma vez que

é o tempo de ativação do peróxido de hidrogênio. Não parece

ser interessante utilizar de forma diurna o peróxido de carba-


1.93 e 1.94: Caso inicial e final de clareamento executado com peróxido
mida. uma vez que sua ativação é muito lenta e quanto menor
de hidrogênio a 7% (Visible White/Colgate) utilizado por 30 minutos
ao dia, durante três semanas. o tempo de uso. mais confortável para o paciente. Essa téc-

nica deve ser indicada para os pacientes que preferem utilizar

a moldeira durante o dia ou são impossibilitados de usá-la à

noite (Figs. 1.93 e 1.94). Algumas marcas comerciais podem ser

visualizadas no site: www.shortcuts-book.com.

~
\,/ A TÉCNICA
- PARA USO NOTURNO:
peróxido de carbamida a 10 a 22%.

Inicialmente. deve ser realizado o registro da coloração inicial dos


- PARA USO DIURNO:
peróxido de hidrogênio a 3,5 a 9,5%. dentes do paciente com o auxílio de uma escala de cores.
50 Shortcuts ('m odont ologia es tética: uma nova visão sobre TIPS

Nesse momento. é interessante que o paciente isso faz com que o gel fique mais em contato com
participe da escolha da cor inicial e deve ser feito a moldeira do que com os dentes e o que precisa-
um registro fotografico com a escala posicionada mos é exatamente o contrário.
ao lado dos dentes a serem clareados. Se a fotogra-
fia não for realizada. o ideal é clarear primeiro ape- o modelo de gesso extremamente seco deve ser
nas os dentes superiores. para que haja contraste
O e/areamento dental levado à máquina plastificadora a vácuo. A placa de
com os dentes inferiores que possa ser visualizado não necessita da
clareamento deve ser à base de silicone. de espes-
extrema regulari-
durante a evolução do clareamento.
dade de uso didrio sura aproximada de 0.9 mm e. se possível. com al-
como num ciclo de
gumas rugosidades em uma das faces. que deve ser
outras medicações.
Uma moldagem com alginato de alta qualidade
Dessa forma, pode-se voltada para o lado do modelo (Figs. 1.100 e 1.101).
deve ser realizada. Podem-se utilizar rodetes de intercalar os dias de
uso, pois a duração
cera periférica na moldeira para levantar os te-
total do tratamento Após a confecção das moldeiras de clareamen-
cidos e moldar melhor o fundo de vestíbulo do sera contada pelos
dias de contato do gel to, estas devem ser recortadas 1 mm da margem
paciente. O molde pode ser vazado com gesso
com o dente. gengival vestibular. Nas regiões de papila. esse
pedra e deve ser realizado com um aparelho vi-
recorte também deve ser feito para minimizar o
bratório para evitar o surgimento de bolhas no
contato do gel com o tecido gengival; as regiões
modelo (Figs. 1.95 a 1.97).
do palato e língua também devem ser removidas
Devido ao fato de
(Figs. 1.102 e 1.103).
Em um recortador de gesso, deve-se remover existirem diferen
ças entre diversas
toda a região do palato e língua. Vale ressaltar escalas de cores, a
mesma escala deve As moldeiras prontas e recortadas devem ser prova-
que esse recorte não pode ser pequeno (muitos
ser utilizada durante das de forma intrabucal para verificar a adaptação e o
laboratórios fazem apenas um pequeno furo no todo o clareamento.
conforto do paciente. visto que todas bordas devem
palato) (Figs. 1.98 e 1.99).
ser arredondadas. e a moldeira não pode ficar frouxa

pois isso permitiria um fácil extravasamento cio gel


o alívio na vestibular dos dentes. confeccionado
com resinas fluidas, não deve ser realizado, pois
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 51

1.95: Moldagem realizada com alginato


me clado com silicone (Cavex).

1. 96 e 1. 97: Moldagem inicial realizada com


silicones de adição adicionados ao alginato
(Status blue/ DMG), manipulados em
equipamentos de mistura (Mix Star/DMG).

1. 98: Desgaste correto dos modelos.

I. 99: Desgaste abaixo da margem gengival


realizado com o bisturi.

1.100 e l.101: Observe um lado rugoso da


placa, que deve ficar voltada para o modelo,
e o lado liso, que deve ficar na parte superior
no momento da confecção.

102 e 103: Recorte gengival correto.

104 ~ 107: Moldeira corretamente


confeccionada e bem adaptada.
52 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS

Uma ou duas seringas com o gel clareador devem ser faz uma competição com o cálcio durante a forma-

entregues ao paciente para a realização do clarea- ção dental e óssea. Cria. portanto. uma molécula de

mento por uma semana. As instruções de uso e reco- ortofosfato de tetraciclina. o que torna esta mancha
mendações devem ser entregues impressas e podem de difícil modificação e tendência à recidiva
ser visualizadas no site: wwNshortcuts-book.com.
O paciente deve ser instruído também para rela- Com uma lâmina de Algumas vezes, este manchamento apresenta
bisturi n.15, fazemos
tar qualquer alteração anormal sentida nos dentes desgaste ou esca- tendência à formação de bandas dentinárias.
e na gengiva. Após uma semana de clareamento. o vação na região do o que torna bastante evidente a influência da
fundo de vestíbulo do
paciente retorna ao consultório para uma consulta modelo de gesso até tetraciclina. Outras vezes. pode ser apresenta-
rápida de revisão. em que se deve observar a inte- a medida de 1 mm da
do como um manchamento com tendências ao
margem gengival.
gridade dos tecidos gengivais. deve ser questionado Isso permite melhor marrom ou cinza. mas sem tanta evidência de
em relação à sensibilidade e deve ser feita uma foto vácuo durante a con-
bandas formadas (Fig. 1.120).
fecção das moldeiras
com a escala de cor inicial para se observar o con- e torna a placa mais
traste da evolução do tratamento. Logo em seguida retida na boca do
paciente (Fig. l.111). Em um recente artigo, Matis e colaboradores 32 pu-
mais uma ou duas seringas devem ser entregues ao
blicaram ser possível o clareamento de manchas
paciente para utilização por mais uma semana. O
de tetraciclina com agentes clareadores à base de
período total de uso do gel. como descrito anterior-
peróxido de carbamida (10%, 15% ou 20%) quan-
mente, é de 2-4 semanas. "(FY.
-v- do utilizados em moldeiras por um período de 6
Seqw, se necessdrio,
meses. Os resultados mantiveram-se satisfatórios
Outros casos com resultados obtidos através de o modelo recortado
em uma estufa. A após 5 anos de acompanhamento. Mesmo assim,
clareamento com moldeiras personalizadas po- umidade impede uma
os efeitos adversos do longo uso dos agentes cla-
boa confecção da
dem ser visualizados nas figuras 1.108 a 1.118.
placa. readores ainda não estão completamente elucida-
dos e, para alguns casos de escurecimento mais
As manchas causadas por tetraciclina são as mais di-
severos, a alternativa de tratamento mais viável é
fíceis de serem removidas através dos métodos tra-
através de restaurações com resinas compostas ou
dicionais de clareamento (Fig. 1.119), uma vez que ela
laminados cerâmicos (Figs. 1.121 a 1.129).
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 53

1.108 e 1.109: Rõultado antes e após o clareamento com moldciras.

1.UO: Caso inicial com escurecimento fisiológico natural.

1.111 e I.U2: Recorte dos modelo~.

1.113 e 1.114: Confecção das moldeiras.

l.ll5 e 1.116: Regi~tros inicial e final com escalas de cores.

1.117 e 1.118: Resultado ant~ e após o clarcamento.


Shortcuts em odontologia estética. uma nova visão sobre TIPS
54

l.119 e 1.120: Casos típicos de


manchamento por tetraciclina.

1.121 e 1.122: Caso inicial e hnal


de clareamento de manchas
de tetraciclina com uso de
tratamento caseiro por quatro
meses; duas noites intercaladas
por uma noite sem uso de
peróxido de carbamida a 10%.

l .U3 e l.U4: Resultado inicial


e final utilizando o mesmo
protocolo descrito no caso
anterior.
Capitulo 1 : Clareamento dental : conceitos e substâncias clareadoras 55

1.125: Caso inicial de


m::rnch:.tmento severo por
tetraciclina.

1.126: Clareamento em
consultório com peróxido
de hidrogênio a 35 % para
potenciali,ar o início do
tratamento.

1.127: Clarcarnento com


moldeiras utilizando peróxido
de carbamida 10% . em noites
inte rcaladas. durante S meses.

1.128 e 1.129: Resultado fina l


obtido.

:(j~
Em pacientes bruxistas,
uma placa de acetato pode
ser mais interessante que
de silicone, uma vez que
placas macias estimulam
mais a para/unção desses
pacientes.
56 Shortcuts em odontologia estética uma nova visao sobre TIPS

B) Método de clareamento over-the-counter Basicamente. cremes dentais. gomas de mascar

e fios dentais removem apenas manchas super-

O sucesso da técnica de clareamento dental caseiro ficiais e não atuam como agentes clareadores.
supervisionado e a busca dos pacientes por dentes Os colutórios e pincéis com bai xas concentra-
Iniciar com o clarea -
cada vez mais brancos impulsionou as indústrias ções de peróxido de hidrogênio apresentam leve
mento em consul -
a desenvolverem novos produtos clareadores que tório e adicionar o efeito clareador. mas sem nenhuma evidência
clareamento caseiro
podem ser encontrados em farmácias. supermer- clínica relevante (Figs. 1.131 a 1.134). As t iras cla-
(noturno ou diurno)
cados ou na internet, com custos mais acessíveis por até três sema - readoras podem apresentar resultados estéticos
nas caso queira um
e que podem ser aplicados sem a necessidade de e efeitos adversos semelhantes ao clareamento
resultado potencia-
supervisão de um cirurgião-dentista. Dentre eles. lizado.
com peróxido de carbamida a 10% utilizado com
estão os cremes dentais. colutórios. gomas de mas- moldeiras (Figs. 1.135 e 1.136). Entretanto. muitos
car. pincéis e tiras clareadoras. que normalmente
estudos são financiados pelos fabricantes e são
apresentam agentes clareadores em baixas con-
baseados em curtos períodos de avaliação 37.
centrações (p. ex. peróxido de hidrogênio a 3-6%)
liras clareadoras
e requerem o uso duas vezes ao dia por um período possuem efeito seme- No Brasil. todos os produtos clareadores são
de até 2 semanas 33- 36. As marcas comerciais podem lhante ao clareamen-
to com moldeiras, considerados cosméticos (Grau li). estando
ser visualizadas no site: wwwshortcuts- book.com. obtendo mais efetivi-
sujeito a regulamentações semelhantes aos
dade que bochechos
ou cremes dentais. cremes dentais contendo flúor. Assim. um in-
Esses produtos surgiram como alternativa de me- Estas tiras podem
divíduo pode comprar facif mente um agente
ser supervisionadas
nor custo para o cfareamento de dentes escuros e
pelo profissional, clareador. sem restrição; basta apenas que o
permitem que o paciente adquira o produto por oferecendo uma
alternativa interes- produto esteja registrado na Agência Nacional
responsabilidade própria e realize o cfareamento
sante e segura (Ex.: de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por isso. exis-
sem a necessidade de um profissional da área. Es- Treswhite supreme/
Ultradent). te a preocupação quanto ao uso abusivo des
ses já se encontram disponíveis comercial mente.
ses agentes na automedicação, principalmen
porém há ainda falta de evidência clínica em rela-
em pacientes jovens, que podem ter resulta
ção à sua segurança e efetividade (Fig_1.130).
prejudiciais à saúde38.
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 57

1.130: Clareadores do ripo ouer-


the-counrer.

1.131 a 1.134: Aplkação de


clareadores over- the- counter
(Go Smile). Quebra - se o
invólucro interno para liberar
o peróxido de hidrogênio
em baixa concentração, que
inicia o molhamenro da ponta
aplicadora; esfrega-se sobre
a superfície do dente por 30
segundos e deve ser mantido por
A cervical dos dentes sempre e mais dificil de ser
30 minutos sem ingestão de água
clareada, devido a espessura de dentina. e não
ou alimentos.
porque o gel não esta tendo contato com a região.
l.135 e 1.136: Clareamento Lembre se ele que o clareador age por difusão e
realizado com o sistema não só na área de contato.
Opalescence Treswhite Supreme
(Ultradent), uma vez ao dia, por
30 minutos.
58 Shortcuts em odontolog,a estética· uma nova visão sobre TIPS

Mais estudos clínicos randomi zados realizados quando comparados à t écnica t rad icional da mol-

em centros independentes preci sam ser realiza- deira utilizada em casa 2231 . Outra vant agem dessa
dos para verificar a efet ividade e os riscos do uso técnica é que o paciente pode utilizar a moldeira
desses produtos no clareamento dental 37 e os ci- :çt- no consultório e aguardar um tem po de aproxima-
rurgiões-dentistas devem se manter atualizados A técnica de clarea - damente 30 minutos na sala de espera. enquanto
mento em consultório
com informações confiáveis sobre esses produ- o profissional atende outro paciente concomit an-
com produtos à base
tos para poder transmit i- las aos seus pacientes. de peróxido de car- temente (Figs. 1.137 a 1.139).
bamida mais fortes
A princípio. os clareadores ti po over-the-counter que o uso caseiro é
podem ser interessantes para a manutenção do mais utilizada para O clareamento em consultório com peróxido de
os casos de reclarea -
t ratamento de clareament o. hidrogênio a 20-38% é indicado àqueles pacien-
mento, isso é, passa-
do aproximadamente
tes que não têm tempo sufi ciente para realizar a
um ano do término do
C) Em consultório tratamento clarea- técnica em casa. que possuem problemas quanto
dor, o paciente volta
ao uso de moldeiras 39 ou àqueles que apresentam
para uma consulta de
O clareament o em consult ório pode ser realizado retratamento. Com muitas lesões cervicais não cariosas. como retra-
de duas maneiras: 1) aplicação de peróxido de car- essa modalidade,
pode -se conseguir ções ou abfrações. que podem ser prot egidas com
bamida (30-37%) em moldeiras sob supervisão de um resultado satisfa- as barreiras gengivais dos atuais kits clareadores.
um cirurgião-dentista; 2) utilização de produtos tório com uma ou
duas consultas de
mais fortes à base de peróxido de hidrogênio (20- 30 minutos cada. Foi Algumas fontes luminosas como a luz halógena
inventado, na rea-
38%) para serem aplicados com a proteção dos te-
lidade, para servir o arco de plasma. aparelhos de LED (light emit-
cidos moles e uso opcional de fontes de luz. como "start-up"
ting diode) e lasers podem ser empregados com
{início mais forte)
para o tratamento de o objetivo de aquecer o agente clareador e ace-
o clareamento em consultório com peróxido de clareamento caseiro
lerar a oxidação do peróxido de hidrogênio. que
com moldeiras (Figs.
carbamida utilizado em moldeiras é uma técni-
1.137 a 1.139). atingirá assim mais rapidamente os cromóforos
ca interessante. pois utiliza agentes clareadores
responsáveis pelo aspecto escurecido dos deit"
de alta concentração e. dessa forma os resulta- 39 40
tes • • Entretanto, sempre que essas font es
dos podem ser obtidos mais rapidamente do que
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 59

as recomendações dos fabricantes. utilizando um curto período

de ativação para se evitarem danos pulpares indesejáveis 41 , onde

o limite biológico suportável é um aumento de até 5.5º(42. É im-

portante ressaltar que a utilização da maioria das fontes lumino-

sas não aumenta a efetividade do clareamento 4 344 • com exceção

da luz ultravioleta. que parece ser a única fonte de luz capaz de

realizar fotólise 28. A única possível diferença entre os tratamentos

com ou sem luz pode ser o tempo de contato do material. que

deverá ser maior quando não se utiliza nenhuma fonte de calor30 •

O clareamento realizado em consultório possui a vantagem

de apresentar um resultado mais visível inicialmente e pode

servir para dar mais motivação ao paciente. Entretanto. após a

primeira consulta. deve-se alertar que esse resultado não sig-

nifica o término do tratamento. pois. além do clareamento. há

desidratação do dente que faz com que ele pareça mais bran-

co4s_ Assim. novas aplicações do produto em outras consultas

podem ser necessárias. visto que poucos são os pacientes que

ficam satisfeitos com apenas uma consulta de clareamento

em consultório 46.

1.137 a 1.139: Clareamento caseiro iniciado com uma aplicaç:lo em


Antigamente. esse tratamento era realizado com peróxido de consultório na própria moldeirn. de peróxido de carbamida 35%
(Opalescence Quick/ Ultradent). Em casa realitaram-sc 10 dias de
hidrogênio líquido (água oxigenada 130 volumes) (Fig. 1.140). ace- tratamento caseiro diurno (Visible white/Colgate).

lerado e potencializado com uso de fontes de calor provenientes

de espátulas aquecidas (Fig. 1.141) ou aparelhos de aumento de

temperatura (Figs. 1.142 a 1.146).


60 Shortcuts em odontologia estética. uma nova visão sobre TIPS

l.140: Peróxido de hidrogênio manipulado em


solução (foto cedida por Dr. Paulo César Gonçalves
dos antos).

I.141: Espátulas aquecidas em lamparinas eram


aplicadas sobre o peróxido, o que gerava não só
sensibilidade pós-operatória, mas também trincas
em esmalte devido ao choque térmico.

1.142: Aparelbo Newlux (Curitiba-PR) que


potencializava o efeito do peróxido pelo aumento
de temperatura. Observe que o paciente era
protegido com isolamento absoluto e uma gaze
úmida nos lábios, uma vez que o aquecimento
gerava extremo desconforto. Essa foi a forma
tradicional de clareamemo em co nsultório até
1995, aproximadamente (foto cedida por Dr. Paulo
César Gonçalves dos Santos).

l.143: Caso inicial de manchamento por


tetraciclina.

1.144: Condicionamento ácido com :icido fosfórico


37% em solução. Acreditava-se. empiricamente.
que isso potencializava a penetração do peróxido
na superfície de esmalte.

l.145: Observe a grande desidratação e


desmineralização causada pelo efeito do
condicionamento ácido/ uso de fonte de calor.
O pós-operatório era de grande descoaíono e
dor por dias. Dessa época. veio a rotina de uso de
clareador em consultório uma vez por semana por
três a quatro semanas.

:ç,~ 1.146: Caso finalizado: ob erve que existe o efeito


de clareamento ainda que atingindo de iorma
Os produtos que apresentam agentes clareadores bastante agressiva biologicamente (caso cedido por
em sua composição podem ser utilizados para a Dr. Paulo César Gonçalves dos Santos).
manutenção do clareamenlo realizado no cotJSul-
torio, porem devem ser preferencialmente supervi-
sionados para se evitarem passiveis efeitos nocivos
que possam surgir com o uso indiscriminado.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 61

A TÉCNICA DE CLAREAMENTO COM LUZ EM

CONSULTÓRIO

Atualmente. uma grande variedade de marcas co- :Ç)~ com dique de borracha e amarrias em cada dente

merciais pode ser encontrada para o clareamento A maioria dos apare- sempre foi uma forma segura de proteger a gen-
lhos de luz halógena giva, a língua e os lábios do paciente. Entretan-
em consultório. com ou sem o uso de fontes lu-
e LED existentes no
minosas (exemplos de marcas comerciais podem comércio não possui to, com o advento de novos materiais como os
função específica afastadores bucais, protetores de língua barreiras
ser visualizadas no site: wwwshortcuts-book.com).
para clareamento
Sabe-se que os produtos à base de peróxido de hi- e, por isso, não são gengivais, a técnica de proteção dos tecidos mo-
capazes de acelerar les previamente ao clareamento tornou-se mais
drogênio possuem maior tempo de validade quando significativamente a
armazenados em meio ácido. porém, a sua efetivi- quebra das molécu- simples, rápida e confortável, além da possibili-
las de peróxido de
dade é maior em meio alcalino. Isso explica a apre- dade de clarear ambas as arcadas concomitante-
hidrogênio por meio
sentação de muitos produtos em duas seringas ou da emissão de calor. mente (Figs. 1.155 a 1.164).
Isso reforça a ideia
dois compartimentos separados, onde um contém de que o uso dessas
o peróxido de hidrogênio em meio ácido e o outro,
fontes de luz para o O tempo de ação do peróxido de hidrogênio a
clareamento dental
o espessante, em meio alcalino. Quando misturados, 35% é de aproximadamente 30 a 50 minutos.
pode ser dispensado,
o que traz menos Se uma fonte de ativação for utilizada. pode-se
formam um gel bastante ativo, de pH alto e viscosi-
desgaste às unidades
fazer a aplicação do produto por 15 minutos, in-
dade ideal para a aplicação (Figs. 1.147 a 1.154). fotoativadoras que
possuem o objetivo de tercalados entre 3 minutos de ativação do apare-
polimerizar compó-
sitos,
lho de luz e 2 minutos de intervalo entre cada ati-
Devido à alta natureza cáustica do peróxido de
vação (Figs. 1.165 a 1.183). Se nenhuma fonte de
hidrogênio a 20-38% utilizado em consultório.
ativação for utilizada. pode-se deixar o gel agindo
uma proteção adequada dos tecidos moles deve
por 30 minutos (Figs. 1.184 a 1.200).
ser realizada. A utilização do isolamento absoluto
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão so e TlPs
62

I.U7 a l.lS4: Manipulaçãodo


peróxido em pó (espessame) e
liquido (peróx:ido); proporção de
uma porção de pó para quatro
gotas de liquido ( Pola offu:e
bulk SDI).

1.155: Afastador Arcílex (FGM).

1.156: Afastador See-more


(Discus dental).

1.157: Caso inicial indicado para o


c lareamento de consultório.

I.158 : Aiastarnento labial (See-


more/Discus dent3l) .

\ão se sab o tempo ,1uc


:çr- leva p<1ra que o pcroxido
ele hidrogênio penetre
Caso a barreira gengival recubra um pouco a cervical dos dentes, não existe problema. uma
no esmalte ,kntal. 0 que
pe;: que O clareamento age por difusão. clareando também a tirea que não esta em contato
aumenta a duvida sobreª
com O clareador. Os trabalhos onde se mergulha somente metade do dente em contato com
O possibilidade de acelc
clareador, mostram que o efeito ocorre por todo o dente. desde que haja um mínimo de tirea
exposta ao produto clareador. Um vídeo demonstrando a técnica pode ser visualizado no ,ar a reacão do peroxido
· a11n9,
antes de ele · ·r O sitio
site: wwu1.shortcuts -book.com.
de ação (dentint1).
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 63

1.159 2 1.164: Proteç,io gengival


(Top dam /FGM).

1.165 2 1.167: Aplica- e uma


cam.ida de 2,0 mm de espessura
de gel na superfície vestibular dos
dentes, de segundo pré-molar a
segundo pré - molar.

1.168 2 1.170: Utilização de uma


fonte de IU7 Whitening Laser·
(Clean Line), para tornar o
procedimento mais rápido.

1.171: os produtos que apresentam


o espessante cm pó, observa-se
que o gel não muda ele cor e o
aspecto clínico após JS minuto de
aplicação com luz é de ge l quase
seco e sem brilho.

1.172 e 1.173: Remoção do gel por


aspiração e gaze umedecida. ão
lavar o gel, pois pode remover a
barreira gengival.

1.174: Aplicação de uma nova


camada de gel e acionamento da
fonte de luz. A luz é a energia que
aumenta a vibração das moléculas
do agente clareador.

1.175: Aplicação de fluoreto de


sód io neutro por um minuto, após
a remoção do gel.
O gel aplicado sobre
a superfície dentária
1.176: Remoção da barreira gengival deve ter uma espessu -
com o auxílio de uma pinça. ra mínima de 2,0 mm
para ter efetividade.
1.1n, Logo após a primeira sessão.

1.178 e 1.179: Caso inicial e final


após duas sessões com duas
aplicações em cada sessão.
:'O:
Caso haja contato do gel clareado, com o tecido gengival ,
aplica -se uma solução neutralizadora {Neutralize - FG\1).
Shortcuts em odontologia esté tica uma nova visão 'ob T
' re \P5

Use 11111 anti inflamatório


previamente à sessão de
clareamento. Lembre-se de
que nem sempre a sensi-
bilidade significa que um
procedimento esta sendo
biologicamente mais ou
menos agressivo em um
comparativo entre pacien-
tes: existem pacientes que
possuem uma sensibilidade
extrema; outros, menor e
nem sempre relacionada a
volume p1,lpar. A relação
maior se da pela exposição
dentinária em algumas
regiões ou presença de trin-
cas. Utilizamos frequente -
mente Feldene (Piroxicam)
20 1119 SL (veja que o Felde-
ne é o SL, colocado embaixo
1.180 e 1.1111 : Co\o inici.1\ e hnal. Ob\crvc que a \Jluraçfa dental torna-se da língua) ou Spidufen
mai, nivelada, principalmente do\ l':lninos cm re\aç3o a incisivos (Ibuprofeno) 600 mg 30
t·entrai, t: l:Her~1i,.
minutos antes da consul
1.18l e 1.183: Ciso inicial e final. ta. Se você estabelecer um
protocolo sem exagerar o
número de aplicações (duas
por sessão) parece bastante
ponderado.

1.184 a 1.186: e:i~o clínico realizado da mesma forma que o caso anterior
com outro produto clareador (Whiteness HP 35%/FGM).
Capítulo l : Clareamento dental: conce·t • . clareadoras
I os e substancias 65

l.187 e l.188: Caso inicial.

l.189: Proftlaxia prévia ao


clareamento com água e
pedra - pomes.

l.190: Uso de afastador See- more


plus (Discus dental) e algodão
em rolos.

l.191: Proteção gengival com


Gingival Barrier (SDl).

J.192 e J.193: Aplicação do


clareador Pola Offlce• em
pistolas de automistura (SDI).

J.194: Duas aplicações de 30


minutos sem o uso de luz
(tendência dos produtos atuais),
em duas sessões com intervalo de
quatro dias.

l.195: Caso finalizado.

1.196 e l.197: Caso inicial e fina l.

1.198 a 1.200: Clareamento


realizado com a mesma
tendência de clareadores para
uso sem fontes adicionais de luz
(Whiteaess HP blue 35%/FGM).
Duas aplicações de 30 minutos
em sessão única.
66
Shortcuts em odontologia e5tética uma nova visão b
so rer1p5

TÉCNICA DO CLAREAMENTO ASSISTIDO POR


cromóforos e transformação destes em estrutu-
LUZ UV EM CONSULTÓRIO
ras moleculares menores. mais simples e hidros-
solúveis. A ativação da luz ciclicamente renova
O
Alguns aparelhos estão sendo lançados com
ferro. que continua a produzir radical hidroxila
algumas características específicas. como a
melhorando significativamente os resultados do
utilização de luz ultravioleta (UV-A). com com-
clareamento 4748. A descrição da técnica de duas
primento de onda entre 365-400 nm (muito
Normalmente são consultas. com duas aplicações do produto em
prox,mo da luz visível) e temperatura de 6.000 I<. realizadas duas
aplicações em cada cada será abordada a seguir (Figs. 1.201 a 1291).
sendo esta mais fria que a luz branca. também sessão, total de
denominada luz do dia. Os kits clareadores des- duas sessões com
intervalo de pelo A realização de duas consultas de clareamento.
ses sistemas apresentam um gel à base de peró- menos três dias
com duas aplicações em cada. conforme o caso
xido de hidrogênio (Hp) com concentração de entre as consultas.
Eventualmente, uma descrito anteriormente. parece ser uma aborda-
25% e demais acessórios especialmente desen- terceira consulta
gem mais tranquila para o paciente. em relação
volvidos para evitar que esse gel e a luz do apa- pode ser realizada
para calibragem de ao tempo clínico e à sensibilidade trans e pós-
relho entrem em contato com os tecidos mo- caninos, que tendem
-operatória. Entretanto. segundo o fabricante. em
les. lábios. língua e região peribucal do paciente. a ser mais saturados
ou mesmo dentes in uma mesma consulta podem-se realizar até qua-
Além disso. através de uma reação denominada Jeriores; os pacien
tes normalmente tro aplicações do produto clareador com ativação.
Foto-Fenton. o ferro (Fe 1·) foi incorporado à rea-
preferem saturação O resultado pode ser observado nas figuras 1.292
ção clareadora e. junto com a luz UV, aumen- mais nivelada dente
a dente (Figs. 184 a a 1.302. Vale lembrar que o dispositivo de cor la-
tou a reatividade do agente clareador. Nessa
197).
ranja na ponta do aparelho Zoom 2! (Discus Den-
reação. os compostos do peróxido reagem com
tal) é específico para cada paciente. e a sua troca
O ferro e produzem radicais hidroxilas que são
é necessária após quatro ativações. Caso contrá-
os responsáveis pelas quebras dos pigmentos
rio, a luz não volta a ser emitida.
Capítulo l : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras
67

1.201 e 1.202: Caso inicial


com presença de diastemas
pós- tratamento ortodôntico e
leve escurecimento dos dentes.

1.203: Ob erve a presença de


resíduos de resina composta
utilizada na fixação dos
bráquetes. Utiliza-se a ponta
H48L (Komel) em baixa rotação e
contra-ângulo multiplicador (T2
Revo/Sirona) para essa remoção.

1.204: Leitura da cor com escala


Vila Clássica previamente ao
clareamento dental.

1.205 2 1.207: Protetor solar


labial (lip balm fps 30/Discus
dental, contra os raios UV-A) na
comissura labial.
Shortcuts orn odo11tolog1<1 estet1ca umJ nova vi ao ._
50u1e TiPS
68

1.208 e 1.209: Colocação do


afastador labial com protetor
lingual.

J.210 :11.212: Aplicação de


camada adicional de protetor
la bia I na região de lábios
expo tos.

1.213 a 1.216: Colocação de


gaze do kit clareador nos l:lbios
inferior e superior. Estas não
devem ser substituídas por
outras que permitem uma grande
passagem da luz do aparelho.

1.217 e l.218: Colocação do


protetor facial em torno das
bordas do afastador.

l.219 e l.220: Uma gaze é


enrolada longirudinaJmeme e
inserida no fundo do vestíbulo
superior e inferior, colocando-a
abaLxo da borda do afastador.
Outra gaze é dobrada em fomia
de triângulo e in erida no canto
para proteger as bochechas.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras
69

1.221 ~ 1.225: Aplicação da


barreira gengival Liquidam, com
espessura máxima de 2 mm para
haver a completa polimerização
total. Polimeriza se com o
movimento de varredura. Não
substituir por outra barreira
gengival, pois o Liquidam
(Discus dental) bloqueia a
passagem da luz ultravioleta.
Deve -se verificar a completa
poUmerização total da barreira,
que deve estar sólida e rígida:
com auxílio de um espelho,
deve-se observar a possível
presença de áreas gengivais
expostas.

1.226 : Repete-se o processo na


arcada inferior.

1.227 ~ l.229 : Aplicação de


líquido pré tratamento à base
de água e nitrato de potássio a
5% para manter o pH alcalino
durante todo o processo.

I.230 : Encaixa-se a ponta de


automistura na seringa do gel
clareador.

1.231 e 1.232 : Aplica-se o gel


sobre a superfície vestibular.
Deve-se observar a espessura
homogênea de gel sobre a
superfície vestibular dos dentes.
70 \hrn lrllh , •n1 , 1tl,1111 11ln1:1.1 •",l i 11, .1 11111.1 11ov 1 vi-•. " '<ih,,. Ili\

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'" '.ll.1 \ it.1 l.t,si '.l l1>)l1l .li"' ,I


~ ·~'\11\1.Ü ~ '"~·''"·
Capitulo 1 : (!areamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 71

1.245 e 1.246: Caso inicial e final (após


duas semanas da última sessão).
Observe que, mesmo logo apó
o clareamento, o dente mantém
um brilho de esmalte, não tendo o
aspecto leitoso. Observa-se também
uma menor recidiva no efeito logo
cm seguida e duas semanas depois
em comparação com o clareamento
de consultório tradiciona l, estando
de acordo com o trabalho de Mati e
colaboradores"~.

J.247 e 1.248: Caso inicial e fmal.

1.249 e 1.250, Caso inicial e fmal.

1.251 e 1.252: Caso inicial e final.

O clareamento realizado com


per6xido em menores con
centrações parece ser uma
tendência para clareadores de
consultório. O problema é que,
diminuindo a conce11tração,
diminui se a ação. O processo
Joto -Jenton parece ser a possi-
bilidade de se Jazer uso de um
clareador em menor concentra -
ção com ação potencializada.
Sua maior ua11tagem não é um
clareamento aumentado, mas
sim um clareamento me11os
agressivo e mais biológico.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sob
re TIPS
72
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 73

1.253 e 1.254: Enceramento realizado sobre o modelo


inicial que guiará o recontorno cosmético (Laboratório
Studio Dental I Curitiba - PR).

1.255 e 1.256: Confere-se a matriz em posição. Como


será visto no capítulo de dentes anteriores, pode-se
confeccionar um mock - up para essa visualização.

1.257 e 1.258: Normalmente, utiliza-se um isolamento


modilícado (oito perfurações unidas) de pré-molar a
pré - molar.

1.259: Testa-se novamente a guia de silicone para verificar


se o isolamento não impede a adaptação do index.

t .260 e l.261: Aspcrizaçào da superfície de esmalte,


removendo o esmalte a prismático superlícial.

l.262 e 1.263: Posiciona-se o lío afastador (Sil-trax 7/


Pascal) sem tratamento químico.

l.264: Observa - se o afastamento conseguido.

1.265 a 1.267: Inicia -se, nesse caso, pelo incisivo central


mais vestibularizado.

1.268 a 1.273: Estratilícação com o sistema Opallis (FGM).

1.274 e 1.275: Busca-se a simetria da área de espelho dos


incisivos centrais, assim como da largura real (que deve
estar igual ao enceramento).

_ e _ , Finalizados os incisivos centrais, trabalha-se


1 276 1 277
da mesma forma os incisivos laterais.
Shortcuts em odontologia estética: urna nova visão b
74 so re TIPS
Capitulo 1 : (!areamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 75

1.278: Checagem oclusal.

1.279 a 1.281 : Com ou o de pó para


textura cerâmica (Texture Marker/
Benzer), observam- se textura e
anatomias primária e secundária.
Modilicações são feita sobre essa
referência obtida pelo uso desse pó.

1.282 a 1.284: Acabamento e polimento


com o i tema de borrachas Jiffy
(Ultradent).

1.285: Polimento final com Flexi -


buff (Co medem) e pasta de óxido de
alumínio Enamelize (Cosmedent).

1.286: Polimento proximal com lixas


linas (Oraltech) e pastas de polimento.

1.287 e 1.288: Caso antes e depois de


recontorno cosmético.

1.289 e 1.290: Caso antes e depois de


recontorno cosmético.

1.291: Caso li nal com lábio em repouso.


Expo ição de cerca de 3,0 mm de
centrais com lábio em repouso.
Shortcuts en I odontologia estellca· uma nova vi •
76 s.:io sobre TiPs

1.292 a 1.302: A me~ma seq . .


ucnc1a
de uso do sistema Zoom. mas
com quatro aplicações em
uma só sessão, sendo esta uma
alternativa.

O tJ1deo com a recnica de


clareamenlo com o sisrema
Zoom 2! (Discus Dental)
pode ser assistido no site:
www.shortcuts -book.com.
Capitulo 1 . Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 77

~5
Quanto tempo após o término do clareamento podem ser realizadas as
restaurações definitivas?

A maioria dos trabalhos presentes na literatura relatam uma dimi-


nuição significativa da resistência de união quando uma restau-
ração com resina composta é realizada logo após o clareamento
denta1so-54 _ Embora esse efeito seja evidente. a causa dessa dimi-
nuição ainda não está bem esclarecida. Uma das hipóteses mais
aceitas é a diminuição da polimerização dos materiais resinosos
devido à presença de oxigênio residual nos poros do esmalte e na
dentina logo após o clareamento dental5556. Sabe-se que o oxigê-
nio pode inibir a polimerização dos compósitos57 e acredita-se que
o oxigênio do peróxido de hidrogênio absorvido pelo esmalte e
Deve se esperar duas
semanas para realizar o dentina seja liberado lentamente através de uma difusão superfi-
procedimento restaurador,
cial. que pode afetar a resistência de união esmalte-material resi-
pois a liberaçdo remanes
cente do oxiglnio nascente noso e interferir na infiltração do adesivo nos tecidos dentais56·58.
por parte do peróxido pode
prejudicar a força de união
entre o dente e a restaura Dessa forma. é mais seguro realizar uma nova restauração somen-
çdo. Jém disso o perlado é
te após um período de, no mínimo. duas semanas do término do
neassdrio para a estabili
zação de cor ou rei4ral0Çdo tratamento clareador54.56 (Figs. 1.303 a 1.308).
do dente cfinea4o
Shortcuts efT' on.:c og a es-e· ca ~

78

1.303: Caso clínico logo após o tratarnemo omxlôntico.


Observe que a saturaçào aumenta durante o tratamento
ortodôntico.

1.304: Para a realização do clarearnemo caseiro com uso


de rnoldeiras, realizou -se pre\iarneme urna e plimagem
condicionando as superfícies proxirnai dos dentes.
aplicando adesi\'o e utilizando uma re inajloll' tr.lllsparente.
Isso é necessário para evi rar a movimentação dental durnnte
essas três a quatro emanas. Foi utilizado peróxido de
carbarnida a 10% durante trê semanas.

1.305: Duas semanas apó o término do clareamento.


realizam-se as restaurações estética . Caso cl:i sico de
recontorno cosmético.

1.306 a 1.308: Caso passo a passo.


Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras
79

Tl
Qual o melhor tratamento: caseiro ou consultório?

Desde que o clareamento dental com moldeiras foi introduzido.


RESPOSTA
em 1989. inúmeros produtos e técnicas foram e continuam sen-

Todas as técnicas podem ser eficientes no do desenvolvidas até os dias atuais. Como resultado. surge a mais
clareamento. porém a melhor é aquela que frequente pergunta: qual das técnicas funciona melhor? Segundo
mais se encaixa às necessidades e ao perfil do
paciente Heymann24, virtualmente, todas as técnicas funcionam porque cla-
reamento é clareamento. Se o clareamento caseiro com moldeiras
é utilizado com apenas 10% de peróxido de carbamida (que con-
tém aproximadamente 3% de peróxido de hidrogênio), as tiras
clareadoras da técnica over-the-counter são aplicadas contendo
6% de peróxido de hidrogênio, ou se um clareamento em con-
sultório é realizado utilizando peróxido de hidrogênio a 25-35%.
o resultado final pode ser potencialmente muito parecido. A simi-
laridade dos resultados é possível porque o mecanismo de ação é

o mesmo: oxidação dos pigmentos orgânicos ou cromóforos no


dente. O que pode diferenciar uma técnica da outra é a concen-

tração do agente clareador e a duração do tempo de tratamento.


80 Shortcuts em odontolog1a estética. uma nova viSão br
S0 ~ Tlf'S

Dessa forma. se os resultados finais de diversos vezes devido a um compromisso festivo próxi-

protocolos para clareamento são muito pareci- A recidiva do ela mo. a melhor escolha é o clareamento em con-

dos. o que pode ser importante na escolha de qual reamento dental sultório. por utilizar produtos de concentrações
vitalizado, seja caseiro
terapia utilizar são outros fatores. Por exemplo. ou consultório, pode mais altas e o resultado ser mais visível inicial-
ocorrer após 2 a 3
se o paciente apresentar muitas lesões cervicais mente. Entretanto. esse resultado extremamen-
anos, em um índice ao
não cariosas com exposições dentinárias. o mé- redor de 30%. Uma te branco inicial não é estável e pode ser perdido
manutenfdo pode ser
todo mais indicado para ele é o clareamento em em pouco tempo. não tanto pelo re-escureci-
programada com o
consultório. pois essas regiões podem ser pro- paciente: se foi reali- mento. mas pela reidratação dos dentes. que se
zado o caseiro, após
tegidas com o uso da barreira gengival fotopo- desidratam durante os 30-45 minutos de uma
um ano e meio pode-se
limerizável. Se o paciente tiver o tempo de duas reaplicar o clareador consulta em consultório. A associação do clarea-
em moldeiras por uma
a quatro semanas para realizar o clareamento e mento em moldeiras com o de consultório pode
semana. Se foi reali-
não se incomodar com o uso das moldeiras em zado o clareamento ser interessante quando somente uma consulta
de consultório, após
casa. o melhor método para ele é o clareamen- de consultório puder ser realizada. Em alguns ca-
um ano e meio pode
to caseiro noturno. com peróxido de carbamida ser realizada uma ou sos. o inverso também pode ser realizado. isso
dUIJS aplicações de
em baixa concentração (1O-15%). Isso proporcio- clareado, em sessdo é. clarear inicialmente com moldeira e finalizar o
nará um clareamento mais estável. justamente clínica. Lembre-se
tratamento com uma aplicação em consultório.
de que o sistema are
porque o processo de oxidação dos pigmentos ("uver the-counter")
escurecidos ocorre de forma mais lenta e pro- pode ser uma opção
Portanto. todas as técnicas podem ser eficientes
para a manuttnfdo do
gressiva59. Entretanto. se o paciente necessitar tratamento de clarea no clareamento, porém a melhor é aquela que mais
clarear os dentes em um curto período. muitas mento.
se encaixa às necessidades e ao perfil do paciente
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 81

1r1
Quais são as técnicas para se realizar o clareamento em dentes não vitais?

O escurecimento de dentes não vitais pode ocorrer como resul-


tado de várias circunstâncias. Por exemplo. hemorragia na câma-
ra pulpar causada por um traumatismo ou necrose pulpar. que
permitem a penetração de eritrócitos nos túbulos dentinários.
A hemólise das células vermelhas com a liberação de hemoglo-
bina produz uma descoloração marrom-amarelada causada pela
liberação de sulfato ferroso60 • Erros cometidos durante o trata-
mento endodôntico podem também ser responsáveis pelo escu-
recimento do dente. Um acesso coronal inadequado ou irrigação
insuficiente e a presença de debris. remanescentes de prata e/ou
cimentos à base de óxido de zinco/eugenol podem também ser
fatores etiológicos do dente escurecido61·62 • Esse diagnóstico do
escurecimento possui um grande papel no sucesso de qualquer
técnica de clareamento. Quando a descoloração é devido a pro-
dutos de decomposição pulpar dentro dos túbulos dentinários. o
prognóstico é frequentemente muito bom63• Brown64 relatou que
descolorações induzidas por traumatismo ou necrose podem ser
clareadas em cerca de 95% dos casos.
Shortcuts em odontologia estética uma nova v,Sà
82 O>Obre 11P<,

Diferentes protocolos têm sido propostos para o cla- técnica com a técnica de clareamento em consultório

reamento de dentes não vitais. Uma técnica muito envolvendo o uso de géis de peróxido de hidrogênio a

utilizada antigamente era a termocatalítica que en- 35%68 pode ser favorável para a obtenção de ótimos
' dos69.
resultados e em curtos peno
volvia a colocação de produtos químicos oxidantes na
câmara pulpar. ativados por fontes de calor diferentes
e por tempos vanados 41 Embora resultados satisfa- É fundamental analisar o dente a ser clareado
torios pudessem ser alcançados em termos de cla- em relação à quantidade de estrutura dentária.
reamento. essa técnica foi abandonada devido à pro- uma vez que o efeito do clareamento é no subs-
vável associação com reabsorções ceNicais externas trato dentinário, ou seja, o dente deve apresen-
'(F)'
-V-
devido ao aquecimento excessivo65. Um tratamento tar dentina remanescente e não estar excessi-
Lembre-se de que a
clareador que não emprega calor é a técnica walking vamente destruído.
reddiva do clarea-
bleach. que envolve o uso de um ingrediente ativo, mento de dentes des-
vitalizados é muito
como o peróxido de carbamida a 37%. perborato de
frequente, girando
sódio. sozinho ou combinado com peróxido de hidro- por volta de três A TÉCNICA
anos. A cada tentati-
gênio a 5 a 35%. dentro da câmara pulpar. seguido
va de reclareamento,
pelo selamente cavitário66. O processo de clareamen- a reciàiva torna-
Dente com escurecimento devido à necrose pul-
-se cada vez mais
to ocorre dentro do dente. durante o tempo que os
rdpida, sendo essa a par (Figs. 1.309 e 1.310) foi diagnosticado devido à
agentes clareadores estão selados no interior da câ- grande desvantagem
da técnica. presença de lesão periapical e ausência de respos-
mara pulpar. Reduções satisfatórias do escurecimento
ta ao estímulo a frio (Fig. 1.311 ). Uma semana após
do dente devem ser obtidas após três a seis procedi-
o término do tratamento endodôntico65• o mate-
mentos67. dependendo da etiologia da descoloração.
rial restaurador provisório deve ser removido (Fig.
Essa última técnica tem sido tradicionalmente utiliza-
1.312) e a cor do dente. registrada com uma esca-
da para tratar dentes não vitais escurecidos. embora
la VITA (Vita Zahnfabrik. Alemanha). orientada na
esse procedimento tenha como desvantagem a ne-
sequência de luminosidade. Em seguida. cerca de
cessidade de um longo período para completar o tra-
tamento clareado,. Dessa forma a associação desta 3 mm do material obturador deve ser removido na

direção apicaL além do limite amelocementário.


83
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras

65 7
Isso pode ser faci lmente realizado por meio da hidrogênio nas regiões cervical e apical · º71_ Para

mensuração da coroa clínica com uma sonda pe-


:çr- isso, materiais restauradores diferentes podem
Nas paredes pro- ser utilizados, como: cimento ionômero de vidro,
riodontal. e a transferência dessa medida da son- ximais, a junção
cemento -esmalte é cimento resinoso. cimento fosfato de zinco e resi-
da para dentro da câmara pulpar.
aproximadamente nas fluidasm 1 12_ No caso apresentado, foi utilizado
2mm mais coronal do
que nas faces vesti- ionômero de vidro resino-modificado (vitremer,
Após essa desobturação, um tampão cervical
bulares e palatinas.
3M ESPE. St Paul, MN, EUA) inserido com uma se-
deve ser realizado para isolar o contato do agen- Por isso, o tampão
cervical deve seguir ringa Centrix (OFL) sobre a guta-percha do interior
te clareador com as paredes dentinárias do canal
essa anatomia.
do canal radicular (Fig. 1.313).
radicular. evitando a penetração do peróxido de

1.309 e 1.310: Dente escurecido


por necrose pulpar.

I.JU: Lesão periapical presente.

1.312 e 1.313: Remoção de J mm


de obturação e tampão cervical
realizado com ionômero resino-
modificado (Vitremer/ JM
ESPE).
Shortcuts em odontologia estética uma nova vi _
84 sao sobre T1P<,

É especulado que o peróxido de hidrogênio. na em consultório. usando peróxido de hidrogênio

ausência de selamento cervical 6573• possa se di- a 35% (Lase Peroxide Sensi - DMC Equipamen-

fundir através dos túbulos dentinários até o li- tos). Usando o recipiente de mist ura que acom-

gamento periodontal cervical 74• alterando essas panha o kit. a fase do peróxido (Fase 1) deve ser

estruturas até gerar reabsorção radicular75. Estu- misturada com a fase do espessante (Fase 2) na
dos experimentais em animais mostraram sinais proporção de três gotas do peróxido para uma
histológicos de reabsorção em apenas 3 meses gota do espessante (Figs. 1.316 a 1.318). Isso é
após o clareamento interno com peróxido de suficiente para a aplicação de uma camada de
hidrogênio a 30% associado ao calor 76·77. Outros 2,0 mm de espessura nas faces vestibular e pala-
fatores associados à reabsorção radicular são a tina do dente. assim como para o preenchimento
aplicação de calor (método termocatalítico) e Em cada consulta da câmara pulpar (Figs. 1.319 e 1.320). O material
presença de traumatismo prévio73. Assim. den- semanal para a troca
do produto clareado, deve ser mantido sobre o dente por cerca de 15
tes que tiveram o canal tratado como resultado interno, aplicações minutos para permitir a sua penetração na estru·
de um traumatismo devem ser cuidadosamente do produto à base de
peróxido de hidro- tura dentária (Figs. 1.321 e 1.322). Em seguida. o
avaliados antes do clareamento intracoronal. gênio a 35°º podem
gel é removido com uma cânula aspiradora (Figs.
ser realizadas em
consultório, a fim 1.323 a 1.326) e pode ser reaplicado por até qua·
Na sequência. com o auxílio de um afastador bu- de diminuir o tempo
tro vezes em cada consulta.
cal. uma barreira gengival (Lase Protect - DMC rotai de clareamento.

Equipamentos), de 2 a 3 mm de largura. pode


Após a última aplicação do gel em consultório. os
ser aplicada ao redor do contorno do dente a
dentes devem ser lavados com jato de ar/água e
ser clareado e ao longo da gengiva livre, para
a barreira gengival deve ser removida (Figs. 1.327
impedir o contato do dente homólogo e dos
tecidos gengivais com o produto (Figs. 1.314 e e 1.328). Em seguida, um gel clareador de peró·
1.315). A barreira gengival deve ser fotopolimeri- xido de carbamida a 37% (Whiteness Super Endo

zada por 20-30 segundos e, em seguida. o dente - FGM) é inserido na câmara pulpar (Figs. 1.329 e
escurecido deve ser submetido ao clareamento 1.330) para a realização do clareamento interno
eia da técnica walking bleach.
Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 85

1.314 e 1.315: Uso da barreira gengival (Lase


protect/ DMC).

1.316 • 1.318: Manipulação do clarcador


peróxido de hidrogénio 35% (Lasc Peroxidc
Sensi - DMC Equipamentos).

1.319 e 1.320: Aplicação do clareador na


ve tibular dentro da câmara pulpar.

1.321 e 1.322: Aplicação do clareador nas


superfícies interna e externa.

1.323 a 1.326: Modificação da cor do clareador


nos IS minutos de aplicação.

1.327 e 1.328: Remoção do material de


proteção gengival.

1.329 e 1.330: Aplicação do curativo de


demora (Whiteness Super Endo/f'GM).
86 Shortcuts em odontologia estetica uma nova viSáo
sobre Tif>S

O peróxido de carbamida tem sido recentemente foi realizada com um cimento sem eugenol (Cavit.

recomendado para o uso no clareamento intraco- 3M ESPE) (Fig. 1.331). A oclusão do paciente deve
ronal7879. Comparado com outros agentes clareado- ser ajustada para evitar contato prematuro sobre
res usados no clareamento interno, o gel de peróxi- esse dente durante o período do clareamento. pois
do de carbamida a 35% é menos ácido e também como a câmara pulpar não está preenchida com
mostra baixa difusão do peróxido de hidrogênio uma restauração adesiva definitiva, durante a téc-
para o ambiente extracoronal 79. Um estudo recen- nica de clareamento interno o dente está mais sus-
te mostrou que peróxido de carbamida a 35% foi cetível à fratura.
tão efetivo quanto o peróxido de hidrogênio a 35%
para clareamento intracoronal de dentes escureci- O progresso do clareamento pode ser avaliado se-
dos artificialmente, e ambos os agentes foram su- manalmente (Fig. 1.332) e, no caso de a cor desejada
periores ao perborato de sódio79.
não ser alcançada. a câmara pulpar deve ser lavada

copiosamente e o agente clareador. substituído.


O agente clareador deve ocupar quase todo o es-
paço da câmara pulpar e apenas um pequeno espa-
Um bom resultado do clareamento pode ser ob-
ço é deixado para a restauração provisória do aces-
servado após a sexta substituição do gel clareador
so palatino. Nesse caso, a restauração provisória
interno (Figs. 1.333 a 1.335).

1.331: Restauração palatina provisória


(Cavit/3M ESPE).

1.332: Logo após a primeira sessão de


clareamento em consultório.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 87

A segunda sessão de aplicação de clareador em con- usando peróxido de carbamida a 16% (Whiteness

sultório pode ser observada nas figuras 1.336 a 1.340. Perfect. FGM). O material é usado durante a noite.

por um período de 8 horas.

Após o clareamento, a câmara pulpar deve ser

limpa e preenchida com uma pasta de hidróxido Preferencialmente, espera-se 14 dias do término

de cálcio e água, a qual é deixada por 7 dias. do clareamento para substituir as restaurações an-

Esse procedimento tem por objetivo neutralizar tigas existentes e melhorar a aparência de cor em

e deixar o pH mais alcalino na região cervical do relação aos dentes clareados (Figs. 1.341 a 1.343).

dente, oferecendo um meio adequado para re- A cavidade palatina também deve ser restaurada

parar qualquer possível dano no ligamento pe- utilizando o mesmo material.

riodontal8º81e aumentar a adesão da resina com


Após um ano, o resultado estético foi reavalia-
o esmalte 82·83.
do (Fig. 1.344), o dente foi também radiografado

Concomitantemente ao clareamento interno. (Fig. 1.345) e o escurecimento leve por recidiva

quando necessário, clareamento noturno com pode ser observado, porém o resultado estético

moldeiras pode ser realizado nos outros dentes, continua satisfatório.

1.333 a 1.335: Caso após seis trocas de curativo de demora.


Shortcuts em odontolog,a estética urna no
va VISàQ l<"..tl';,,
88

1.336 a 1.340: Segunda sessão de


consultório.

I.341 a 1.343: Troca de


restauração Classe UI.

1.344 a 1.345: Caso clinico após


um ano de avaliação.
Capitulo 1 : Clareamento dental·· conceitos e substa·nc1as
· c1areadoras 89

O resultado imediato do clareament o em dentes Outro caso ilustrando a técnica do clareamen-

não vitais tem sido considerado ótimo. Uma média to interno pode ser observado nas figuras 1.346

de 89,5% de sucesso imediato tem sido reportada a 1.371. Escurecimento dental após um trauma-

para t écnicas de clareamento de dentes desvitali- t ismo no incisivo central superior direito de uma

zados84. Uma das limitações do clareamento não vi- jovem adolescente. Após o diagnóstico de ne-

tal é a possibilidade de recidivas das descolorações. crose pulpar. o tratamento endodôntico foi rea-

o que significa que o resultado inicial pode não ser lizado através de um acesso bem conservador e
'f")'
-\,/-
considerado permanente. Muitos autores têm ava- a função foi restabelecida. porém esteticamente
' O selamento tem-
liado a incidência de regressão da cor após 1 a 6 anos a alteração de cor a incomodava muito. Das duas
porario da cavidade
de acompanhamento2584 -87 e diferentes porcenta- realizado com resina propostas de tratamento: clareamento interno ou
fluida sobre uma
gens de escurecimento após o clareamento interno restauração com necessidade de desgaste dental.
porção de algodão
embebida com ade - os pais responsáveis optaram pela primeira. por
t êm sido relatados. Enquanto Holmstrup e colabo-
sivo puro {"bond")
radores84 e Brown64 relataram taxa de sucesso de ocupa menos espaço ser mais conservadora e não precisar desgastar a
e não ha a necessi- estrutura externa do dente. Entretanto. foi expli-
80% e 75% após um a cinco anos. Feiglin86 relatou
dade de se condensar
t axa de sucesso de apenas 45% após seis anos. Pa- para o interior da cado a eles a possibilidade de surgir reabsorção
câmara pulpar como radicular externa em decorrência do traumatismo
rece que quanto mais difícil for para se obterem os
outros produtos como
resultados satisfatórios. maiores são as chances de Cavit (3M ESPE) ou ou do clareamento interno e. por ser um trauma-
Coltosol {Coltene). tismo recente. caso a reabsorção acontecesse não
sofrerem recidivas85• A natureza e a origem dos pig-

mentos envolvidos no re-escurecimento ainda não haveria a possibilidade de comprovar se a origem

desta foi devido ao traumatismo ou clareamen-


são completamente conhecidas. mas pode ser que
to. Dessa forma antes de realizar o clareamento
sejam resultado da progressiva transformação das
foi requisitado aos pais a assinatura de um termo
mesmas matérias orgânicas da descoloração origi-
autorizando a realização do tratamento. estando
nal67. Caso ocorra o re-escurecimento. um retrata-
25 cientes das possibilidades.
mento clareador pode ser realizado •
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão 'Ob
, re Tif>S
90
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substância5 clareadora5 91

1.346 a 1.349: Caso inicial de


escurecimento do dente 11 após
um trauma .

1.350: Remoção da restauração


após o tratamento endodôntico.

1.351 a 1.358: Confecção do


tampão cervical: 1.351) medição
do tamanho da coroa clínica
do dente; 1.352) medição
intracoronal após a desobturação
de 2 mm de guta- percha; 1.353)
selarnento de 4 mm da cervical
do dente; I.354) medição após
o selamento; 1.355) proteção da
gengiva palatina com barreira
gengival e inserção do produto
clareado, - Perborato de sódio;
1.356) Selamento da cavidade
com resina fluida; 1.357 e 1.358)
Remoção do contato com o
antagonista em movimento de
protrusão.

1.359 :a l .361: Resultado após 5


dias de clareamento.

1.362 :a l.364: Resultado após 20


dias sem troca do produto.

1.365: Inserção de pasta de


hidróxido de c~cio na c:avid:ade
no período de 14 dias entre
o final do clareamento e, a
restauração definitiva.

1.366 a 1.371: Revisão após 40


dbs do término do tratamento.
Shortcuts ern odo11tolog1a e,tet,ca. irn, n
, ova vrs~o 'Gb
IE IP\
92

trg
Existem reações adversas? Quais são as principais e como podemos resolvê-las?

SENSIBILIDADE DENTAL
RESPOSTA

A sensibilidade durante e logo após o clareamento é um efei-


A principal reação adversa relacionada ao
clareamento de dentes vitais é a sensibilidade to adverso muito comum que pode ocorrer no tratamento de
transe pós-operatória e várias são as formas
para minimizá-la. Os detalhes podem ser dentes vitais. Normalmente, essa sensibilidade é muito baixa no
conferidos a seguir
clareamento realizado com moldeiras e é mais acentuada no ela-
reamento em consultório, principalmente quando fontes de luz
Em relação ao clareamento de dentes não
vitais. a principal reação adversa que pode com emissão de calor são utilizadas. A intensidade da dor é variá-
ocorrer é a reabsorção cervical externa. e as
formas para evitá-la também serão descritas vel para cada paciente e depende muito de alguns fatores como
na sequência.
o limiar de sensibilidade, o tamanho da câmara pulpar. a presença
de trincas ou restaurações mal adaptadas que podem favorecer
a penetração do peróxido no dentess.s9_ A duração dessa sensibi-

lidade normalmente gira em torno de 2 dias após o clarearnento


caseiro e de 2 a 4 horas após a aplicação do clareador na técnica
de consultório.

A etiologia da sensibilidade após o clareamento dental ainda não

está completamente esclarecida, mas pode ser devido à passagem


Capitulo 1 . Clareamento dental: conceitos e s b t' . 1
u s anc1as e areadoras 93

de componentes do peróxido de hidrogênio atra- Se o clareamento for em consultório. em um


vés do esmalte e dentina8889. Essa permeação dos recente trabalho publicado por Tay e colabora-
agentes clareadores nos tecidos duros do den- dores92 observaram que o uso de um dessen-
te pode resultar em reações pulpares. como uma sibilizante à base de nitrato de potássio a 5%
pulpite reversível90. Embora alguns trabalhos labo- e fluoreto de sódio a 2% (Desensibilize l<F 2%.
ratoriais indiquem a presença de peróxido de hi- FGM) previamente à aplicação do gel clareador
drogênio dentro da câmara pulpar91, a mensuração à base de peróxido de hidrogênio a 35% reduz a
da concentração de peróxido em estudo in vivo é sensibilidade pós-clareamento quando compara-
muito difícil e ainda não foi realizada. Alguns traba- do com um grupo controle (placebo).
lhos in vivo revelaram não haver nenhum dano es-
trutural na polpa de dentes clareados com peróxido Quando o tratamento é realizado com moldeiras,
de hidrogênio a 35% observados após 30 dias25• um gel de média concentração (peróxido de carba-
mida a 16% ou peróxido de hidrogênio a 7.5%) pode
Para o tratamento ou prevenção da sensibilidade no ser utilizado para o início do clareamento. Se hou-

clareamento em consultório. inicialmente deve-se ver sensibilidade. o gel pode ser trocado para uma

verificar a presença de muitas retrações gengivais. concentração mais baixa por exemplo o peróxido

trincas no esmalte. áreas desgastadas e/ou restau- de carbamida a 10% ou peróxido de hidrogênio a

rações mal adaptadas que devem ser protegidas 3.5%. Vale lembrar que com um gel de concentra-
com as barreiras gengivais, como já citado anterior- ção mais baixo pode-se obter o mesmo resultado

mente. Por ser uma sensibilidade transitória 30-45 de outros produtos mais concentrados, porém com

minutos antes da consulta para a aplicação do gel maior tempo de tratamento. Se o paciente já esti-

de peróxido de hidrogênio em consultório. um an- ver utilizando um gel de baixa concentração e ainda

ti-inflamatório como Feldene (piroxicam) 20 mg SL houver sensibilidade. os dias de tratamento podem

ser alternados, isso é, utiliza-se o produto em um

dia (ou noite) e. no dia seguinte. não se utiliza ne-

nhum gel clareador. Essa alternância de uso do gel


Shortcuts em odo11tolog1a estética urna nova ..
v1sao sob
íe'flPs

A combinação do clareament o interno com


t..imbem aumenta o tempo de tratamento. porém urna
das outras causas foi responsável por 13.6% dos
nao sua efet1v1dade e ainda houver sensibilidade. o
casos de reabsorção (Figs. 1.376 a 1.382).
paciente pode escovar os dentes com cremes den-
tais que po uem rntr ato de potássio na formulação
par a d1m1nulf a sens1b1l1dade. mas sua eficácia ape- Apesar das muitas teorias para a explicação da ori-

na pode ser obseNada apos duas semanas de uso93. gem da reabsorção ceNical ext erna. sua verdadeira

Outra forma mais rápida para diminuir a sensibilida- etiologia ainda é desconhecida. Quando relaciona-

de e o uso de dessensibilizantes à base de nitrato de da com o clareamento interno, sugere-se que 05

potassio ou a base de fosfato de cálcio amorfo (ACP) -'(')~


.... - agentes clareadores alcancem os tecidos perio-
na propria moldeira de clareamento. Lembre se de que dontais através dos túbulos dentinários de dentro
a possibilidade de
reabsorçdo cervical da câmara pulpar e desencadeiem uma resposta
externa só existe em
inflamatória na região cervical externa95. Outra
situações de dentes
REABSORÇÃO CERVICAL EXTERNA desvitalizados em sugestão é que haja difusão do peróxido através
que foi utilizado
dos túbulos dent inários e que ocorra desnaturação
clareamento intra-
A reabsorção radicular externa é uma resposta in- coronal. Se aplicado da dentina. Após isso. acredita-se que esse tecido
flamatória normalmente assintomática diagnosti- apenas externa
mente o risco seria imunologicamente alterado não seja mais reconhe-
cada por radiografias de controle e em geral loca- eliminado, porém, 0 cido pelo próprio organismo e seja atacado como
lizada próximo da junção cemento-esmalte (Figs clareamento acaba
sendo insuficiente. um corpo estranho%. Isso mostra a importância
1.372 a 1.375). Alterações nesse ambiente geradas
de se realizar o tampão ceNical descrito anterior-
por diversas formas podem induzir o início do pro-
mente para vedar os túbulos dentinários ceNicais e
cesso de reabsorção. Heithersay94 observou em
impedir a passagem de peróxido para essa região
222 pacientes que dos 257 dentes com reabsorção
externa da raiz. Normalmente. os casos de reab-
externa cervical. em 24.1% dos casos a reabsor-
ção foi causada por tratamento ortodôntico. em sorção radicular externa após o clareamento endó-

15.1% foi por traumatismo dental. em S.l% por Ci- geno estão relacionados à associação de peróxido

rurgia e apenas em 3.9% por clareamento interno çje hidrogênio em altas concentrações com o calor.
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras

de calor. o não uso do tampão cervical. o clarea- aproximadamente 4 mm de espessura e de prefe-

mento interno de dentes que sofreram traumatis- rência com um material menos solúvel; dar prefe-

mos. o clareamento na mesma sessão do término rência ao perborato de sódio com água ou peróxido

do tratamento endodôntico. presença de defeitos de carbamida a 35%; não utilizar calor em nenhu-

estruturais na região cervical ou na junção cemen- ma etapa do clareamento; observar a presença de

to-esmalte que possam facilitar a passagem do pe- defeitos estruturais nas regiões cervicais; verificar.

róxido de hidrogênio73 . O peróxido de hidrogênio a por meio de radiografias periapicais. a integridade

30% puro ou associado com o perborato de sódio dos tecidos periodontais. Podem-se utilizar subs-

é mais tóxico às células do ligamento periodontal tâncias como o hidróxido de cálcio em pó após o

quando comparado com o perborato de sódio as- clareamento interno para aumentar o pH do meio

sociado com água97• por isso. esse último parece e minimizar a possível ação das células elásticas nos

ser uma alternativa mais segura para o clareamen- tecidos mineralizados. Outro fator que deve ser con-

to intracoronal. assim como o uso do peróxido de siderado é o histórico clínico detalhado do paciente.
pois se o dente a ser clareado já esteve relacionado
carbamida a 35%98.
a outros fatores predisponentes como traumatismo.

Portanto. as formas mais apropriadas para preve- tratamento ortodôntico ou tentativas prévias de

nir a ocorrência de reabsorções cervicais externas clareamento interno com o uso de calor. outra forma

são: fazer sempre o tamponamento cervical com de tratamento deve ser escolhida.
Shortrnt 5

1372 a 1 375: Dente com reabsorção


radicular externa.

1.37b: Ca o inicial de necessidade


estética em dentes anteriores.
A paciente relatava que o incisi\o
central direito apresentava
sangramento ao utilizar o no dent.11.
Havia sido realiz.ado clareamento
interno 10 anos ames.

1..177: Radiografia mostrando a


reabsorção em estagio a, anç-Jdo.

1.378: lnci h·o no momento da


extr.ição. Obser,e que a reab,or .io
inicia-se em cenical e ,.li se
estendendo para outra regiõe-.

1.379: , ·icho pos-e,odontiJ


preparado para a tecnic.1 de imphnte
imediato.

1.380: ln ta!J.ç-lo no impl,uue J\,1Ixl


Replace 'obel Biocare).

1.381: Abu1men1 re;1liz.1dú n1m o


isterna Pro.:era ( l\obel Bio..-m~).

1.381: Caw ftn,1li,aJo com !JminlJ '


no dentes 21 e ll: cow.1, to1.1i · n,,,
dentes 11 e 22 {TPD. Murill• CJl~Jrt'
tudiodental: Curitib:.l PR).
capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras
97
98 Shortcuts em odontologia estet1ca: urna
nova vi~
OIOb e llf>\

Shortcuts de clareamento dental: uma forma mais simples

O clareamento dental tem sido há algum tempo


Protocolo para clareamento em consultório com
um dos procedimentos mais requisitados pelos pa-
peróxido de carbamida a 37%: utilizar na moldeira
cientes e frequentemente realizado na clínica seja
para casos de retratamentos. sob supervisão de um
como um pré-tratamento restaurador ou com o
cirurgião-dentista, por um período de 45 minutos
único intuito de clarear. Em virtude disso. a cada
em apenas uma sessão clínica ou utilizar com afas-
dia surgem técnicas diferentes e novas marcas co-
tadores bucais e barreiras gengivais pelo mesmo
merciais disponíveis no mercado odontológico. que
período, quando o paciente não tiver as moldeiras
de certa maneira acabam complicando e confun-
(Figs. 1.383 a 1.386).
dindo os profissionais e pacientes sobre qual a me-
lhor forma de realizar o procedimento. Uma sim-
Para clareamento em consultório com peróxido
plificação visa responder algumas questões. com
de hidrogênio a 35% pode-se utilizar preferencial-
base em ciência sobre qual a forma mais simples e
mente produtos com cálcio na composição: aplicar
eficaz de se realizar o procedimento. pensando em
alta efetividade e baixa sensibilidade. um dessensibilizante à base de nitrato de potás-
sio a 5% e fluoreto de sódio a 2% por 10 minutos

Assim sendo. um resumo atualizado dos protoco- antes da aplicação do gel clareador: realizar 1 apli-
cação de 45 minutos se for a recomendação do

fabricante; não utilizar fonte de luz; realizar 2 3 ª


sessões clínicas com intervalo de 2 d.ias entre estas
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e su bstanc1as
• . clareadoras 99

No caso de clareamento com moldeiras. para se


obter alta efetividade com baixa sensibilidade o
protocolo é: clarear com peróxido de carbamida
a 10% ou peróxido de hidrogênio a 7.5%. por no
mínimo 1 hora. durante o dia ou noite e em um
período de 2 a 4 semanas (Figs. 1.401 a 1.407).

E para o clareamento sem a supervisão do cirur-

gião-dentista, os clareadores classificados como


over-the-counter, mais especificamente as tiras
clareadoras, são encontrados com mais facilidade
nas farmácias nacionais e podem apresentar re- l.383: Paciente com necessidade de retratamento clareador.

sultados estéticos e efeitos adversos semelhantes 1.384: Clareamento com Peróxido de Carbamida a 37% (Powerbleaching - BM-t) com :1.fastadores bucais

e barreira gengival.
aos do clareamento propriamente dito (Figs. 1.408
1.385: Resultado imediato.
e 1.409)99. Porém, quando comparados, ainda, há a
1.386: Resultado final após 2 semanas.
preferência dos pacientes para o uso de moldeiras
e maior irritação das papilas gengivais podem ser
1 102
observadas clinicamente (Figs. 1.410 a 1.413) 00- •
Shortcuts em odontologia estética: u
rna nova v,Sá
º~Obr~-.
100

1.387: Caso inicial de sorriso antes do


clareamento.

1.388 a l .390: Fotografias intrabuca·


~antes
do clareamento em consultório.

1.391: Aplicação de um dessensibilizantei


base de nitrato de potássio a 5% e fluoreto
de sódio 2% (Dessensibilize a 2% - FG~IJ
por 10 minutos antes da aplicação do gel
clareador.

1.392: Aplicação do produto darcador


com o paciente devidamente protegido
com afastador bucal, roletes de algodão e
barreiras gengivais.

l .393: Gel à base de peróxido de hidrogênio


a 35% (Whiteness HP Blue 35% - FG\I)
com cá.leio aplicado sobre os dentes e
permanecendo em contato por ~5 minutos.

1.394: Resultado logo após a primeira


sessão clínica.

l .395: Resultado após a segunda sessão


clinica.

1.396: Resultado após a terceira sessão


clínica.

1.397 a 1.399: Resultado final após


· d o término do
2 semanas depois
clareamento.

1. 400: Caso finalizado.


Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e ubstãncias clareadoras LOJ

1..101 • I..IOJ: aso inicial com


ncccssid~1d0 ck clarc.1mcnto.

1..104: Cl.irc:tmcnto com


molddrns e peróxido de
c.nb:imid:i ., 10"1., .

1.-105 .11.-107: Rc,ult:tclo linell


:ipós 4 ,cm.,nas de uso do ~cl.

1.408" l.409: Caso inic ial e


final de clareamento com tiras
V t.: .
ela readoras (Whitcstrip ·
Oral B).

. (i: •
,....
.
, _,. ,···;.··. ~••
·,1 ... ~-,~ •.
-~• .,r
!,

--~----- . ... .

S\B . S\ 1'f.~~~ 1~ TtG~


OE BLI( t. l, ,J Ih o. .Nru
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e su bst anc1
" .as c1areadoras 103

Para onde caminha a ciência em clareamento dental

O clareamento com baixa concentração de peró- nem mesmo por um e/areamento a laser e sim por
xido e aplicado por algumas semanas em moldei- um clareamento efetivo e sem dor. Dessa forma,

ras sempre foi uma forma segura e eficaz de se pensando na efetividade. o clareamento já possui

realizar o procedimento sem muita sensibilidade. literatura suficiente para compreendermos que

No entanto, a necessidade de acelerar o procedi- os resultados obtidos com moldeiras ou em con-

mento para ter um ganho de tempo fez com que sultório podem ser muito semelhantes no tempo

produtos com altas concentrações entrassem no imediato e após 2 anos de acompanhamento 103 e

mercado, com a propaganda do clareamento ime- se tratando da escolha da melhor opção (caseiro

diato e a obtenção dos dentes brancos em apenas ou consultório), esta deve levar em consideração

uma consulta. Isso gerou uma procura muito gran- o que foi descrito anteriormente na resposta da

de por parte dos pacientes, porém acarretou sen- pergunta número 6.

sibilidade mais intensa e persistente como efeito


adverso, em virtude do excessivo número de apli- Quando realizado em consultório, o clareamento
1 31 4 em dentes vitais pode ser feito com peróxido de
cações, das altas concentrações dos produtos º · º •
carbamida ou de hidrogênio, sendo esse último
associação ao uso de fontes luminosas, tais como
1 5 106 o mais utilizado. O peróxido de carbamida é uma
lasers, LED e luzes halógenas. entre outras º • •

ótima opção para os casos de retratamento, após


uma recidiva de escurecimento ao longo dos anos.
O que observamos nos dias atuais é o desejo dos
A concentração do peróxido de carbamida para o
pacientes não mais por um clareamento imediato.
Shortcuts em odontologia estética· urna n .
ova VISào
104 sobre ilPs

• • Pode variar de 30 a final de 20-38% de peróxido de hidrogênio d


clareamento em consu1tono · uas a
37%. sendo essa última a mais utilizada. Para o pe- três vezes mais quando comparado aos géis d
ePe-
róxido de hidrogênio. as concentrações estão dis- róxido de carbamida mencionados anteriormente).

poníveis entre 15-38%. sendo a concentração de


35% a mais utilizada. contudo, o clínico deverá optar por géis de pe-

róxido de hidrogênio de última geração. que são


A técnica para a utilização do peróxido de carbami- produtos altamente alcalinos, que têm pH estável
da continua sendo usar o produto de 15 a 45 minu- durante a aplicação e que contêm agentes dessen-
tos na moldeira sob a supervisão de um cirurgião- sibilizantes na sua composição.
-dentista100101108 ou com o auxílio de afastadores
bucais e barreiras gengivais. Apesar de essa técnica O peróxido de hidrogênio é alcalino. contudo se
não ser nova existem poucos estudos clínicos de degrada muito facilmente. Para manter a estabi-
avaliação com esses novos produtos. Entretanto.
lidade do gel, os fabricantes tornaram as misturas
devido à baixa concentração final (peróxido de car-
mais ácidas109-110. Entretanto. a efetividade de géis
bamida entre 30 e 37% seria equivalente a peró-
alcalinos é muito superior a de géis acídicos11'. e
xido de hidrogênio de 10 a 12%) e a doação lenta
isso tem levado a uma mudança do pH dos géis
devido à presença de carbopol ou agentes espes-
atuais. A elevação do pH (pH entre 8-9) levou a
santes semelhantes, o nível de sensibilidade deve
uma mudança muito interessante do ponto de
ser baixo, e por isto têm sido preconizados tam-
vista prático: os géis agora podem ser aplicados
bém para serem aplicados junto com moldeiras,
por uma única vez de 40-SOmin. Isso pode ser
sem a necessidade de proteção gengiva11001011oa.
compreendido devido ao fato de que os géis de

última geração têm pH estável durante mais tem-

po, mas mesmo se ocorrer pequena queda. eles


ainda estarão dentro de um pH não acídico e. que.

l?Octanto, levará a menos problemas com a super-


Capitulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 105

Dessa forma. em geral. produtos que mantêm o pH mantendo níveis de sensibilidade tão baixos quanto
são aplicados em uma única vez de 45 minutos. em os de um gel de peróxido de hidrogênio a 20%117_
contrapartida os géis mais antigos são indicados em Em outro estudo clínico randomizado. o uso de um
3 aplicações de 15 minutos em uma mesma sessão. gel alcalino contendo nitrato de potássio e flúor
Na verdade. esses últimos poderiam ser aplicados apresentou baixos níveis de sensibilidade quando
em 1 vez de 45 minutos. pois mantêm a sua efe- comparado a outro gel acídico118•
tividade. contudo geram mais sensibilidade114, pos-
sivelmente porque não tem essas característica de Quando produtos como os mencionados acima fo-

manutenção do pH 112·113. Dessa forma. por praticida- rem aplicados. devido ao baixo percentual e baixos

de, a técnica de uma única aplicação do gel. quando níveis de intensidade de sensibilidade. o inteNalo

indicado pelo fabricante. pode ser utilizada. entre as sessões pode ser diminuído para apenas
2 dias. em comparação à indicação tradicional de

Quando esses géis alcalinos interagem com a es- 7 dias entre cada sessão clínica. já que um recente

trutura dentária. radicais diferentes são formados estudo clínico não apresentou diferenças no risco

quando se comparam a géis mais ácidos e isso deve e na intensidade de sensibilidade dental quando

ter impacto na diminuição da sensibilidade dental esses dois tempos foram comparados para clarea-

quando esses novos materiais são avaliados. Entre- mento com peróxido de hidrogênio a 35%119•

tanto, em geral, esses géis contêm na sua compo-

sição agentes dessensibilizantes, tais como cálcio e Como forma de realizar uma dessensibilização

derivados do cálcio, nitrato de potássio e fluoretos. mais ativa. em especial para pacientes com risco

ou histórico de hipersensibilidade. o uso de fontes

O uso de produtos cfareadores alcalinos e com cál- ativadores terapêuticas. medicamentos tópicos ou

cio na composição, por exemplo, pode diminuir a orais têm sido avaliados. Conforme uma recente

penetração do peróxido de hidrogênio na câmara meta-análise da literatura a aplicação de dessen-

pulparns e pode reduzir a sensibilidade dental du- sibilizantes à base de nitrato de potássio a 5% e

rante o clareamento, sem alterar a efetividade


116

fluoreto de sódio a 2% por 10 minutos antes da
em menor sensibilidade e maior eficácia quando
aplicação do gel clareador e, a mais avaliada e efeti-
. . .d de120 tanto comparado à técnica convencional do peróxido de
va em termos de redução da sens1b1 11 a , .
, .dos92, mas princ1pal- hidrogênio a 35º/o, sem ativação. De acordo com
em pacientes com dentes h1g1 N

126
Sakai et ai. (2007) a incorporação dessas nano-
mente em pacientes que possu em restauraçoes
,

· apresentam maio-
em dentes anteriores121, os quais partículas no peróxido de hidrogênio permite urna

res chances de sentirem sensibilidade durante o redução na concentração necessária desse último.
' . 122 prevenindo, assim, a sensibilidade pós-operatória e
clareamento em consu 1tono ·
a irradiação por uma fonte de luz apropriada gera
Para os pacientes com histórico de hipersensibilida- altas concentrações de radicais livres e outras es-
de, a prescrição de medicamento prévio (lbuprofe- pécies reativas de oxigênio necessárias para que-
no 400-600 mg) 1 hora antes do clareamento pode brar as ligações moleculares de pigmentos dentro
diminuir a intensidade da dor na primeira hora após da estrutura dental.
o clareamento 123·124.

o uso dessas fontes ativadoras (LED/Laser) somen-


Conforme já mencionado, uma forma de tentar
te como fonte terapêutica para a prevenção da
reduzir a sensibilidade pós-operatória é diminuir
sensibilidade não foi comprovado por um recente
a concentração do gel de peróxido de hidrogênio,
estudo clínico121.
porém. para não haver perda de eficácia do gel cla-
reador, produtos com nanopartículas semiconduto-
O número de consultas necessárias deve ser orien-
ras fotocatalisadas por aparelhos com fonte de luz
tado ao paciente antes de iniciar o t ratamento.
visível têm sido inseridos no mercado. Em um es-
sendo para o peróxido de carbamida a 37%. na
tudo clínico randomizado125 observou-se que o uso
maioria das vezes somente uma sessão para O re-
de peróxido de hidrogênio a 15% contendo nano-
. ido
tratamento. Já para o clareamento com perox
partículas de óxido de titânio {Lase Peroxide ldte,
de hidrogênio a 35º/o, um estudo clínico cornpro-
DMC. São Carlos, Brasil) fotocatalis
de luz LED!Laser {Whitening l!as va que 2 a 3 sessões satisfazem. respec t ·varnente.
I

88% e 900/o da média dos pacienteS46·


Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 107

O clareamento com moldeiras pode ser feito em tempo de contato com os peróxidos tem sido asso-

casa pelo paciente com produtos à base de peróxi- ciado a maiores níveis de sensibilidade. Isso pode ser

do de carbamida a 10-22% ou peróxido de hidro- observado claramente em um estudo clínico rando-

gênio a 3.5-10%. Conforme dito anteriormente. al- mizado. em que se avaliou a efetividade do peróxido

tas concentrações podem resultar em clareamento de carbamida a 10% quando utilizado por tempos

mais rápido. porém não mais efetivo e. além disso. diferentes durante o dia e concluiu-se que o uso do

com maior risco à sensibilidade. Um exemplo disso gel por 1 hora teve um clareamento mais próximo

é o estudo clínico publicado por Basting et al. 118em em velocidade quando comparado com a utilização

que ficou demonstrado que dobrar a concentração por 8 horas. desde que usado por no mínimo duas

de peróxido de carbamida (20%) não aumenta a semanas. porém com menos sensibilidade128 .

efetividade do clareamento. mas duplica o número

de pacientes com sensibilidade quando comparado Então: qual seria o tempo ideal para aplicação?

ao peróxido de carbamida a 10%. O menor tempo possível para que se possa atingir

um padrão satisfatório de clareamento. Se formos

Dessa forma. concentrações mais baixas como 10% levar em consideração a taxa de liberação de peró-

de peróxido de carbamida e 3.5% ou 7.5% do peróxi- xido de carbamida. em geral. temos apenas 50%

do de hidrogênio são. atualmente. as mais utilizadas. da concentração ativa entre 1-2h e este deveria

ser considerado o tempo ideal para a aplicação29129_

Teoricamente. com base na velocidade de reação Essa mesma tendência pode ser observada para o

dos produtos. o peróxido de hidrogênio é reco- peróxido de hidrogênio. mas com tempos ainda

mendado para uso durante o dia e o peróxido de menores. já que a taxa de liberação de peróxido

carbamida para utilização noturna. de hidrogênio para ter 50% da concentração ativa

estaria entre l 5-20min 29·Bº.

Entretanto, existe tendência de utilização durante

o dia não só para o melhor controle por parte do Entretanto. em geral. tempos semelhantes têm

paciente. mas acima de tudo porque o aumento do sido utilizados para peróxido de carbamida e
shortcuts em odontologia estética uma nova v1sao
.• sob
rer1Ps

108

CONCLUSÃO
hidrogênio quando aplicados durante o dia. tais
como o demonstrado no estudo clínico rando-
o tratamento de clareamento dental pode ser am-
13
mizado de Alonso de la Peria 1, que demonstrou
plamente utilizado. desde que corretamente indi·
haver similaridade no grau de clareamento entre
cado e a técnica. escolhida com critério.
peróxido de carbamida a 10% e 15% e peróxido de
hidrogênio a 7.5% e 9.5%. quando utilizados 1 hora
Esse capítulo discutiu as técnicas para o clarea-
por dia no período de duas semanas. Além disso.
mento de dentes vitalizados e desvitalizados,
não houve diferenças significativas relacionadas à
abordando todos os tópicos que envolvem esses
sensibilidade dental131•
procedimentos. desde indicações, t écnicas e riscos.

até os detalhes técnicos dos procedimentos e dos


Uma clara tendência é o uso de materiais clareado-
produtos clareadores.
res caseiros que tenham agentes dessensibilizantes
na composição. de acordo com estudos clínicos já
realizados 132.133, sendo a associação nitrato de po-
tássio e flúor a mais consagrada. como já men-
cionado. Felizmente. inúmeras marcas comerciais
contêm esses agentes dessensibilizantes na sua
composição, o que facilita tremendamente a esco-
lha por parte dos cirurgiões-dentistas.
Capítulo 1 : (!areamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 109

Manchamento superficial extrínseco Manchamento intrínsico

Manchamento intrinsico

Associação das técnicas Associação das técnicas

Tecrnca W.1fk1ng Bleach,ng

~,---C-om_._lu-z--,
Comluzuv
Shortcut s em odontologia estética urna nova visão sobre TIPS
110

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34
Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras
111

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concentration and compos1t1on of 111·off1Ce bleact1ing gels on h;óogen pero•lde ~trat100 into the pulp
chamber Opcr Dent 20154m)Eló·82
116 Kossatz S M.lft•ns G Logue<CIO AO Re!S A Tooth senS1tMty and bleach ng effectl\.'ef'\("5.S c1sc.ooated with use
of a cale um coota,nng on-off,ce bleach,ng gel J Am Dent Assoe 201l 14ll12)e81·7
117 Rets A Kossatz S Martlf\S GC togoocoo AO Effl(dty of and effect oo tooth sensotMty of on·offoce bleachong
gel concentrat,or,; a randorrnzC'd cltn cal u,al Oper Dent 2013 38(4)38&-93
118 Bast111g RT Amaral fL França FM FIO< o FM Cl,n cal cor,,paratr,e study of lhe effectiveness of ard tooth
sens11Mly to 10% and 20% ca,bam,de pero,ode homl'-use ard 35% anel 38% hydrogen peroxtde on-office
bleach.ng matertalscoota nong de<ens,t1zong agent Oper Dent 201237(5) 464 73
119 de Paula EA Nava JA Rosso ( Benazz, CM Fernandes KT Kossau S Loguerc,o AO Rets A n·off,ce bleach,ng
with a two· and seven day ontervals bet""-""1 1 u<al ses ,ons A random,zed clon,cal trtal oo roorh sensitMty
Dent 201543(4)424·9
Resinas compostas
adesivos: o mate(
114
Shortcuts a

flrte / - Resinas compostas

~!
Qual é a composição básica das resinas compostas?

Vinicius Oi Hipólito · Ronaldo Hirata • Bruna Marin Fronza · Marcelo Giannini

RESPOSTA A resina composta é uma das inúmeras variedades de resinas sin-

téticas aplicadas em Odontologia. na qual são adicionadas part1-


Monômeros principais para a formação da
culas de carga inertes com o propósito de aumentar sua resistên-
estrutura polimérica Bis-GMA (bis fenol-A
cia e reduzir os efeitos adversos da contração de polimerização.
glicidilmetacrilato). UDMA (uretano
dimetacrilato). Bis-EMA (bisfenol A glicil As resinas servem como matriz orgânica para a inserção das pam-
dimetacrilato etoxilado) etc. culas de carga que aumentam a resistência do conjunto.
Monômeros diluentes: MMA (metilmetacrilado).
EDMA (etileno glicol dimetacrilato) ou
Os seus primeiros representantes continham o polimetil metacri-
TE GOMA (trietileno glicol dimetacrilato)
lato (PMMA). que não conseguia se unir adequadamente às part1-
Partículas de carga: quartzo. sílica coloidal.
zircônio-sílica. fluoreto de itérbio. vidros de culas de carga. causando deficiências estruturais e a desintegra-
borossilicato. silicato de alumínio. de bário, ção do material.
estrôncio e zircônio.
Agente de união matriz resinosa e particula de 1
Em 1962. Bowen produziu um novo tipo de resina composta ao
carga: y-metacriloxipropiltrimetoxi silano.
desenvolver o monômero bis-GMA (bisfenol-A glicidilrnetacrila-
Sistema ativador/iniciador peróxido de
benzoíla. canforoquinona/aminas to) e o agente de união. um silano orgânico. capaz de se unir de
Inibidor: hidroxitolueno butilado. modo eficiente às partículas. Desse modo. a resina composta pas-
. · ais:
sou a apresentar em sua composição três componentes pnncip
115
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material

matriz orgânica. partículas inorgânicas e o agen- Monômeros alternativos ao bis-GMA foram desen-

te de união (Desenho 2.1). volvidos com o intuito de aperfeiçoar as proprieda-


des das resinas compostas. Como exemplo. pode-

A matriz orgânica apresenta o bis-GMA como mos citar a substituição do grupo pendente hidroxila

monômero-base na maioria das resinas compos- Matriz orgânica (OH). da molécula do bis-GMA. por grupos metílicos

tas até o momento. Alternativamente. outros mo- Matriz inorgânica


(CH bis-GMA). resultando em um monômero mais
3

hidrófobo; resinas como Filtek Z-250 (3M ESPE) uti-


nômeros. como o UDMA ou suas modificações Silano
lizam esse monômero. Essa nova composição. de-
químicas. também podem ser utilizados. O UDMA Desenho 2.1: Composição
básica de uma resina nominada bis-EMA. apresenta maior peso molecular
aumenta a resistência mecânica da resina. porém composta. - Matriz
orgànica - Matriz que seus antecessores. A ausência do grupo hidroxila
pode gerar modificação de cor; como exemplo.
inorgânica - Silano
permite o deslizamento entre suas moléculas. o que
tínhamos a resina lsosit (lvoclar Vivadent). Para
confere menor viscosidade ao material e. portanto.
evitar esse efeito indesejável. atualmente existe
necessita de quantidades inferiores de monômeros
um limite para a adição desse monômero na com-
diluentes. Essas características reduzem a contração
posição das resinas compostas.
de polimerização e a absorção de água proporcio-
nando mais estabilidade frente às adversidades do
O alto peso molecular dos monômeros-base confe-
meio buca12-5 (Fig. 2.1).
re à resina composta propriedades que minimizam
os efeitos indesejáveis da contração de polimeri-
Mui1os sisremas de
zação. o que preserva a interface de união com o resinas indirelas
substrato e reduz a formação de fendas marginais. ainda apresenlam
grande quantidade
Outra característica desses monômeros é a alta vis- de DMA na matriz
cosidade. que dificulta a sua manipulação e aplica- organica o que as
torna mais resisten
tes mecanicamente

2.1: Exemplos demonõmeros e diluentes (Foto: Maurfcio Watan.abe).


Sh Ortcuts em o orl!o og1J estet1ca urn.i nova Vls.ío 'iobr
e Tiflí

116

Também compõem a matriz orgânica moléculas


. os na matriz or-
Associados aos monômeros resinos denominadas inibidores, como o hidroxitolueno
·
gânica estão presentes sistemas 1 ª
f vadores e ini- O que se busca
• butilado. Presentes em pequenas quantidades
atualmente e um
c,adores. responsáveis por desencadear a polimen- monômero alterna (cerca de 0.01% em peso). evitam a polimerização
zação do compósito. As moléculas que compõem tivo ao bis GMA que
seja mais hidrofobi- espontânea da resina quando há breve exposição
_ espec1.fiicas e variam de acordo
esses sistemas sao co. formando cadeias à luz. 0 que prolonga o seu tempo de vida útil.
· · - 0 · que pode
com o trpo de reação de pollmenzaça polimericas mais
longas e estaveis, As novas resinas compostas. com características
.
ser quim,camente ativada · de luz visí-
ou por meio diminuindo princi-
de esculpibilidade, utilizam esses inibidores para
vel (Quadro 21: Fig. 2.2). palmente a pro-
priedade de sorção proporcionar mais tempo de trabalho clínico. evi-
do material o que
resultaria em maior
tando a polimerização prematura pela luz presente
Qwdro 1.1· Composiçlo bj ica de rcsin.1 composta. Modificado de De
Goe,. MI· longevidade das no ambiente de trabalho.
restaurações.

Para melhorar as propriedades das resinas compos-

tas. diversos tipos de partículas de carga têm sido

incorporados em sua composição. As partículas


mais utilizadas atualmente são: sílica coloidal. par-

tículas de zircônio-sílica ou vidros e cerâmicas que

contêm metais pesados como o bário. o estrôncio

e o zircônio. De acordo com a categoria da resina

composta. as partículas apresentam dimensões e

distribuição características. sendo fundamentais

na determinação de suas propriedades (conforme

descrito no item 3). De forma geral. a presença de

conteúdo inorgânico nas resinas compostas reduz

a contração de polimerização e o coeficiente de

expansão térmica. aumenta a dureza e melhoraas


Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: material
117
0

propriedades mecânicas. Clinicamente. sua mani-

pulação e consistência de trabalho também são

beneficiadas (Fig. 2.3).

A manutenção da integridade das resinas com-

postas depende fundamentalmente da união efe-


2.3: E.xemplos de panículas de carga (Foto: Maurício Watanabe).
tiva da matriz orgânica com a porção inorgânica.

Essa junção se faz através do tratamento da su-

perfície das partículas inorgânicas com um agen-

te de união. comumente o silano (y-metacriloxi

propil silano). É uma molécula bifuncional capaz

de formar. em uma de suas extremidades. ligação


2..i: Perda contínua das partículas
covalente com o silício presente nas partículas.
de carga da massa da matriz

enquanto a outra fica disponível para a copolime- orgânica.

rização com a matriz orgânica. A deficiência nes-

sa interação implica na distribuição não uniforme

das forças aplicadas sobre o material durante a

atividade mastigatória. Essa imperfeição permite

a penetração de água na interface carga-resina e

lixiviação monomérica. comprometendo a perfor-

mance clínica da restauração (Fig. 2.4).


IJ

~d
Por que as resinas compostas funcionam clinicamente?

Durante décadas. a concepção da Odontologia restauradora foi


fundamentada nos conceitos preconizados por Black, em que a
resistência do material restaurador era valorizada em detrimento
à estrutura dental sadia. Os preparas cavitários eram estendidos
além do tecido cariado (extensão preventiva) e deveriam apresen-
tar configurações geométricas retentivas. uma vez que os mate-
riais mais utilizados na época. principalmente metais. não tinham
potencial de se unir ao dente (Figs. 2.5 e 2.6).
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material
119

Muitas vezes. os procedimentos restauradores en-


volvendo metais expõem o remanescente dental
a uma condição de maior suscetibilidade à fratura.
Quando um dente íntegro é submetido aos es-
forços mastigatórios. as cúspides são flexionadas
como mecanismo auxiliar na dissipação das ten-
sões geradas. Nos casos de perda de tecido dental
2.7 a 2.9: lnnca parcial presente na base da cúspide distopalatina.
e restauração com materiais metálicos. a estrutu-
ra remanescente fica desprotegida e tende a so-
frer maior grau de flexão em suas cúspides. Nes-
sa condição. as tensões oclusais repetitivas são
capazes de gerar e propagar trincas em regiões
próximas à base das cúspides. principalmente em
pré-molares e molares restaurados com amálga-
ma de prata. levando à fratura do dente por fa-

2.10 e 2.11: Observe, após a remoçJo da cárie, a presença de trinca parcial. esse caso, recomenda-se o
reforço da estrutura dentária para evitar a propagação da trinca, o que pode levar à fratura de cúspide;
realizam- se procedimentos adesivos e restauração com resina composta, sem o emprego de bases e
forramento.

2.12, Caso restaurado (Vitalescence/ Ultradent).


Shortcut s em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

120

formação da camada híbrida. de modo comparável


A Odontologia restauradora moderna está centrada
ao que ocorre naturalmente na junção amelodenti-
em conceitos que envolvem a preservação da es-
nária (Fig. 2.16). Assim. é possível devolver ao dente
trutura dentária e a opção por materiais e técnicas
restaurado desempenho biomecânica semelhante
restauradoras capazes de produzir comportamento
ao do dente íntegro durant e a função mastigatória.
sempre que um texto
semelhante aos dos dentes naturais. A resina com-
abordar módulo de
posta apresenta propriedades mecânicas próximas elasticidade. está se
referindo à rigidez Outra característica desse material é a diversidade
a da dentina. dentre as quais se pode destacar o
do material: quanto
de cores que permite reproduzir o policromatis-
módulo de elasticidade (rigidez) e a resiliência. Es- maior o módulo de
sas propriedades permitem que esse material apre- elasticidade, maior a mo dental. conferindo características de exce-
sua rigidez; quanto
sente comportamento. em termos de deformação lência em estética às restaurações. Estas são as
menor o módulo de
e absorção de esforços mastigatórios. semelhante elasticidade, menos principais características que explicam o sucesso
rígido é o material.
ao do tecido dentinário perdido8·9 (Figs. 2.13 a 2.15). clínico desse modelo de tratamento restaurador.
Além disso. ela é capaz de se unir efetivamente aos capaz de associar aspectos biológicos e estéticos
tecidos dentais. por meio de sistemas adesivos e (Figs. 2.17 e 2.18).

2.13 a 2.15: Grande destruição palatina por clri


es e tratamento endodõntico Res
• tauraç11.o com o .
SJStema Z-350 (3M ESPE).
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material
121

2.16, Imagem de microscopia eletrônica de va,redura (S.OOOx) mostrando a junção


amelodentinária, sendo a es,trutura superior a dentina (D} e a inferior o ~malLe
(E). a dentina é possível observar a abertura dos túbulos e nbril2s colagenas nas
paredes desses túbulos. No esmalte, as estruturas dos núcleos do prismas e a área
extraprismálica podem ser vistos (Carlos J. Soares & Marcelo Giannini).

2.17: Caso inicial de necessidade de troca de restaurações e modificação estética por


e2usa da desarmoni;:1.

2.18: Troca de restawação e recontorno cosmético anterior (Sistema restaurador 4


Seasons/Jvoclar Vivadent).
122

~3
Como as resinas compostas podem ser classificadas?

RESPOSTA
Uma transformação intensa nas características da porção inor-
gânica das resinas compostas vêm ocorrendo nos ultimas anos
Macroparticulas
em consequência do aperfeiçoamento na tecnologia de produçà
Micropart1culas
das partículas de carga. com novos métodos de moagem e do pro-
H1brida tradicional (part1culas pequenas)
cesso químico de precipitação sol-gel. Com isso foi possível desen-
Micro-h1bridas (h1bridas modernas)
volver novas categorias de resinas compostas com propriedades
N anopart iculadas.

Resinas de baixa contraçào


específicas. que melhoraram o desempenho clínico e a durabilidade

Para agrupar as diversas resinas compostas. foi criado um sistema


de classificação que tem como parâmetro o tamanho médio de
suas partículas de carga e a distribuição por tamanho.

A divisão em classes também serve para mostrar a evolução da


resinas ao longo dos anos. incluindo alguns modelos utilizados no

passado e hoje não mais comercializados.


CJpilulo 2 Resmas compo\ a s,. s1,tr·rna~ ad('Sl'IO\ () material 123

3.1 RESINAS DE MACROPARTÍCULA

Na sequéncia cronológica, as primeiras resinas com-


postas denominadas tradicionais. convencionais ou
de macropartículas surgiram na década de 1970_0
diferencial era a presença de carga de sílica amorfa
ou quartzo com grandeza geralmente ente 8 e 12 µn,
mas podendo conter exemplares de até 50 µn, que
ocupam de 60 a 70% de seu volume (Fig. 2.19).

A incorporação de partículas inorgânicas na com-


posição das resinas marcou o início de uma nova
geração de compósitos. que vêm se renovando ao
2.19: Fotomicrogr:Úla da resina de macro~ícula Concise (3M ESPE) {Di Hipólito. V.; De Goes. M.F.).
longo dos anos, junto com o avanço tecnológico.
2.20: Imagem clinica de uma restauraç:io antiga de Adaptic (Johnson & Johnson).

2.21 e 2.22: Fotomicrografta I MEV {Micr=opia eletrónica de varredura) da mesma restauração realizada
Apesar de essas resinas apresentarem resultados su- com réplica em resina epóxi {Di Hipólito. V.; De Coes, M.F.) . Observe a perda de estrutura da resina
devido ao desprendimento das panlculas de carga.
periores aos das acrílicas, em alguns aspectos mos-
traram-se ainda ineficazes no desempenho clínico. A

rigidez de suas partículas não permite um bom aca-


bamento de superfície. O acompanhamento clínico
mostrou desgaste da matriz orgânica que, acrescida

do atrito de escovação, expunham as partículas de


carga tornando a superfície ainda mais rugosa (Figs.

2.20 a 2.22). Essa condição torna a superfície alta- Muitas das resinas dessa classe sa1ram do

mente retentiva e favorável à instalação de pigmen- mer.:ado ou do frequentemente utiliza-


das para fixar braquetes ortodonticos.
tos que promovem alterações da cor da restauração.
Shortcuts em odontologia estética urna no _
va v1sao sob
124 re,11'<,

Essa nova categoria de compósito restaurad .


Outra desvantagem desses compósitos é sua ra- or fo1
diolucidez Tanto o quartzo quanto a sílica não denominada resina de partículas pequenas A n·
· SI 1-

conferem à resina a radiopacidade semelhante ou ca amorfa pode estar presente. associada a v·d
ros i

superior a do esmalte. Assim. as radiografias pouco contendo metais pesados (bário. estrôncio e zircô-

seNem quando se suspeita de fendas marginais e nio), que predominam na composição (Fig. 2.2 3)_

no diagnóstico de cárie recorrente.

O metal confere à resina radiopacidade desejável


Algumas resinas compostas pertencentes a esse no exame radiográfico. Alguns representantes des-
grupo eram Adaptic (Johnson & Johnson) e Concise sa categoria contêm apenas partículas de carga
(3M ESPE). Ainda que fossem superiores aos resulta- sintética de zircônio-sílica. como. por exemplo. a
dos já alcançados. a busca intensificou-se à procura Filtel< 2100 (3M ESPE). Filtek 2250 (3M ESPE) e P60
de soluções para o aprimoramento dos compósitos. (3M ESPE) 10 (Fig. 2.24).

Esse grupo de resinas só era ativado quimicamen-


te. Dentre as resinas compostas restauradoras. estas
são as únicas com essa característica cujo valor tec-
nológico foi superado por sistemas mais modernos.

3.2 RESINAS HÍBRIDAS (RESINAS


TRADICIONAIS DE PARTÍCULAS PEQUENAS)

Para melhorar a lisura de superfície da restauração,


2.23: Fotomicrografia ern MEV da .
resma Z-100 (JM ESPE) (Di Hipólito. V.; De Coes. M.F.).
as partículas de carga sofreram redução de tama-
2.24: Fotomicrografia ern MEV da
resinaZ-250 (JM ESPE) (Di Hipólito, V.; De Coes, I.F.).
nho. de modo a não comprometer as propriedades

físicas e químicas. permanecendo iguais ou supe-


riores às resinas tradicionais.
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 125

Como veremos mais adiante, compósitos de par-

tículas de dois ou mais tamanhos são classificados

como híbridos. Por esse conceito, muitas resinas de

partículas pequenas também poderiam ser deno-

minadas compósitos híbridos.

A matriz orgânica das resinas de partículas peque-

nas continua sendo semelhante a das resinas tradi-

cionais. No entanto, as partículas inorgânicas pas-

sam por um processo de moagem até alcançarem

tamanhos de aproximadamente 0,5 a 3 µm. Com

a redução do tamanho das partículas. foi possível

distribuí-las de modo a obter melhor empacota-

mento e aumentar a porção inorgânica (65 a 77%

em volume). Esse novo arranjo contribui para au-

mentar a resistência da resina, tornando-a capaz

de suportar melhor as tensões da mastigação e 2.25 a 2.30: Sequência de restauracão oclusal utilizando uma resina híbrida Tetric Cuam
(lvoclar Vivadent).
o seu desgaste, como, por exemplo, em restau-

rações tipo Classe IV e restaurações posteriores.

Outra vantagem do tamanho menor das partículas

é a possibilidade de um melhor polimento da su-


perfície da restauração (Figs. 2.25 a 2.30).
Shortcuts em odontologia esté tica. uma nova visã
o ,obre TIPs

126

Com o maior volume de carga e a menor quantidade

de matriz orgânica. conseguiu-se reduzir a contra-

ção de polimerização, geradora de tensões nas re-

giões de união com o substrato. local em que podem

surgir as fendas e outras imperfeições técnicas.

Apesar das vantagens apresentadas. avaliações

clínicas mostram que as resinas de partículas pe-

quenas (híbridas) não mantêm o polimento ao

longo do tempo. devido às dimensões ainda acen-

tuadas das partículas. e por sua distribuição e for-

mato irregular (Figs. 2.31 a 2.36).

Alguns exemplos desse tipo de resinas híbridas de

partículas pequenas estão no site:

wwwsnortLuts book com.

2.31: Fotomicrografia em MEV da resina TPH Spectrum (Dentsply


Caulk) (Di Hipólito. V.; De Goes, M.F.).

2.32: Facctamento com resinas lubridas de partículas pequenas.

2.33 e 2.34: Caso clínico dois anos depois. Observe a perda de


polimento.

2.35: Caso clinico sete anos depois. A superfície agora se mantém


estável por repolimento frequente .

2.36: Caso clinico 12 anos depois.


Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material
127

3.3 RESINAS DE MICROPARTÍCULAS para a incorporação de carga. A primeira etapa foi a


elaboração de uma resina composta para a obtenção

Os avanços continuaram e novos compósitos fo- de partículas de carga pré-polimerizadas. O preparo

ram desenvolvidos na expectativa de solucionar dessa resina envolve a adição de 60 a 70% em peso

deficiências ainda presentes. Para melhorar a ru- de sílica coloidal tratada com silano ao monômero.

gosidade de superfície e a baixa translucidez das Além do lama formando uma pasta que sofre polimerização. Ao fi-
nho reduzido das nal desse processo. a resina sofre moagem. gerando
resinas compostas tradicionais e de partículas partículas, o alto
pequenas. buscou-se reduzir ainda mais o tama- grau de polimento, partículas com dimensões próximas as das resinas
que tem a tendência
tradicionais (5-50 µm). Em uma segunda etapa. as
nho das partículas de carga. criando as resinas a aumentar com a
ação da abrasão do partículas pré-polimerizadas são juntadas a partícu-
de micropartículas.
dentifrício e movi-
las de sílica coloidal tratadas com silano e misturadas
mentos de fricção
da escova dental com o monômero. Ao final. o compósito passa a ter
Partículas de sílica coloidal foram reduzidas a di-
(Figs. 37 a 40), e era
cerca de 50% de carga em peso.
mensões micrométricas da ordem de 0.04 µm relacionado também
à presença de grande
(40 nm). Com essas dimensões. a sílica coloidal
quantidade de matriz
gera forças eletrostáticas. agrupando-as (Fig. orgânica, que é
altamente polível.
2.37). Conforme a composição dos aglomerados. Experimente selar
formam-se estruturas de 0,04 a 0.4 µm. Com a a superfície de um
provisório com um
redução do tamanho da carga. a área de super- adesivo puro (matriz
orgânica pura) e dê
fície aumenta consideravelmente. Como con-
um polimento nessa
sequência. é preciso uma quantidade maior de camada polimeri-
zada, e perceberd
monômero para o molhamento da porção inor-
que ftcard altamente
gânica. o que não é conveniente. polido.

O modo encontrado para aumentar a porção inorgâ- 2.37: Fotomicrograba em MEV d:i resina Durahll VS (Heraeus
Kulzer) (Di Hipólito, V.; De Goes, M.F.). A seta branca aponta uma
nica e contornar o acréscimo indesejável de material partlcula de sílica coloidal. Observe a presença de partlculas grandes
pré- polimerizadas. mas o tamanho das partlculas de sílica é reduzido.
orgânico foi condicionado a duas etapas no processo
Shortcuts em odontologia estética: uma nova vi -
128 sao Sobre TIPs

As características m1crométricas da carga confe-


rem ao compósito superfícies extremamente lisas
e que se mantêm ao longo do tempon. Essa qua-
lidade específica das resinas compostas de micro-
partículas fez com que se tornasse um dos mate-
riais de eleição no tratamento estético de dentes
anteriores (F1gs. 238 a 2.51).

Em consequência da grande quantidade de matriz


orgânica (40 a 80% em volume). as resinas com-
postas de micropartículas absorvem maior quan-
tidade de água. apresentam maior coeficiente de
expansão térmica e menor módulo de elasticidade
(rigidez). Outra insuficiência é a frágil união entre
as partículas de carga pré-polimerizadas e a matriz
orgânica. No acompanhamento clínico. observa-se
2.38: Caso inicial de restauração do tipo Classe Ili no
a fragmentação da resina com aspecto de lascas.
dente 22 com necessidade de troca. Também será
principalmente em áreas submetidas a grandes realizada a troca da restauração Classes li) e V no
dente 21.
tensões (Figs. 2.52 a 2.57).
2 39
• ' Cavidade preparada para a restauração.

2.40: Dente 22 finalizado com o uso de resina


Algumas marcas comerciais de resinas compostas
micropartícula Durafill VS (Heraeus Kulzer).
de micropartículas podem ser encontradas no site:
2.41: Foto inicial da restauração do dente 21.
www shortcuts-book.com.
2.42: Cavidade Classes Ili e V do dente 21 finalizada.

2.43: Restauração sendo realizada.

2.44: Dente 21 finalizado també .


. mcomresma
m1cropartlcula Dur'""
41 VS (H
w eraeus Kulzer).
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 129

2.45: Acompanhamento clinico de 12 anos. Observe que a superfície


encontra-se mais polida do que logo após a restauração.

2.46: Apesar do alto grau de polimento, alguns problemas clínicos


podem ser ob~ervados, como manchamento de margens, lascas e
pequenas fraturas de margens. desgaste de superfície.

2.47: Observe que a margem da restauração em relação ao término


original do bisei, onde se evidencia o desgaste ocorrido.

2.48 e 2.49: Fotomicrograna em MEV dos dentes 21 e 22 (Di Hipólito,


V.; De Goes, M.F.).

2.50 e 2.51: Acompanhamento clinico de 18 anos.


l30

2.52: Caso inicial com presença de


restaurações rcali1.:1da~ com re<,ina\
macroparLiculadas (Adaptic/ John\On
& fohnson).

2.53: Caso linali?.ado com resinas


m.icroparticuladas (Duralill VS '
Heraeus Kulzer).

2.54: Caso três anos depois.

2.55: Caso 10 anos depois. Podemos


observar o alto grau de manchamento
de margens, fraturas de bordas e
áreas incisais, desgaste de superfície.

2.56 e 2.57: Problemas comuns


a resinas microparticuladas:
manchamento de margens delgadas e
pequenas lascas e fraturas de margem
ou em áreas de carga.

'(T')'
·v·
Os problemas chnicos apre
sentados por uma re ina de
micropartrcula são:

alto ,,r,m de manclwmento de


• - .1 ' ,a)
margens (pela sorçao ue ª9' ·

- pequenas foscas e frawras


(pela baixa quantidatle de
carga).
131
Capítulo 2 : Resinas compost as e sist emas a des1.vos: o material

maior quantidade de partículas de menor tamanho.


3.4 RESINAS MICRO-HÍBRIDAS (HÍBRIDAS
tornando-as melhor empacotadas e mais densa-
MODERNAS) Ainda que verifica -
da clinicamente a mente distribuídas. como observado nas microsco-
melhora no polimen
pias das figuras 2.58 a 2.60.
Considerando. ainda, a importância da porção inor- to. algumas marcas
comerciais deixam
gânica na qualidade de superfície da resina. foi de-
a desejar quanto à
senvolvida outra categoria de compósitos com dois qualidade e manu-
tenção da lisura de
tipos de carga. denominadas resinas compostas hí-
superfície. Existe
bridas modernas ou micro-híbridas. grande variação de
resultado clínico de
marca para marca,
Os representantes mais modernos desse grupo ainda que todas elas
estejam classificadas
de resina apresentam a sílica coloidal (10 a 20% no mesmo grupo.

em peso) e vidros contendo metais pesados de

tamanhos de 0,4 a 1.0 µm, totalizando um con-

teúdo de 75 a 80% do peso do compósito. Nas

figuras 2.58 a 2.60, fica evidente o menor tama-


2.58: Fotomicrografia em MEV
nho das partículas quando comparadas com as
da resina 4 Seasons (lvoclar
da resina composta tradicional e de partículas Vivadent) (Di Hipólito, V. ; De
Goes, M.F.).
pequenas. Essa modificação foi realizada tendo
2.58: Fotomicrografia em MEV
em vista ainda a dificuldade de manutenção de da resina Opallis (FGM) (Di
Hipólito, V.; DeGoes, M.F.).
polimento dos sistemas de resinas compostas hí-
2.58: Fotomicrografia em MEV
bridas de partículas pequenas. da resina Esthet X (Dentsply
Caulk) (Di Hipólito, V. ; De Goes,
M.F.).
Adicionalmente à diminuição do tamanho das par-

tículas, houve alteração na curva de distribuição em

tamanho das partículas nas resinas híbridas moder-

nas. Esses novos modelos passaram a apresentar


Shortcuts c,n odontologia cstetKa uma nova v,~
ao sob,e TIPS
132

De modo semelhante ao que ocorre com as resinas


compostas de micropartrculas. o aumento na área
de superfície inorgânica dificulta a incorporação de
carga. Com menor conteúdo inorgânico. suas pro-
priedades físicas e mecânicas variam entre aquelas
das resinas compostas tradicionais e as de partí-
culas pequenas. Mesmo assrm. essas propriedades
são igualmente superiores as das resinas de micro-
partículas. Esse grupo de resinas têm uso em todas
as situações clínrcas. seja de dentes posteriores,

onde a resrstêncra é um fator primordial, como em


dentes anteriores (Figs. 2.61 a 2 68).

Algumas marcas comerciais podem ser vistas no

site: www hort ut uuok LOm

'(!)'
-\1- 2·61 ' Caso inicial de troca de restauração de amálgama por resina.
\s resinas híbridas modernas ou micro-híbridas apresen -
2 62 2 64
tam resultados clrnicos bastante satisfatórios. No entanto, · ª · ' Sequência de restauração com a resina híbrida Renamel Hybrid (Cosmedent).
dificilmente irão proporcionar a qualidade de polimento de 2,6S: Caso clínico depoi d
uma resina de micropartícula, que apresenta alta quanti- s e nove anos. Com as resinas híbridas ainda se observa uma leve
· 1• nem sempre acompanhada de intenso manchamento.
perda do polimento superfieia
dade de matriz orgânica e particulas de tamanho reduzido.
Por outro lado, apresentam maior conteúdo inorgânico 2·66: Caso clínico de is d ..
po e 12 anos. Percebe-se tendência à estabilização da superhc1e.
em comparação com as resinas de micropartículas, sendo
2 67· Radi
menos suscetíveis à sorção e com propriedades mecânicas . . ografia da restauração 15 anos depois.
superiores.
2.68: Acompanhamento clínico de 18 anos.
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas ad es,vos.
· . o material
·
133

Duas outras formas de resinas co mpostas fora m ,?f),


·v·
lançadas no mercado odontológico. Embora de O fato de uma resina
composição básica similar, formam categorias ser mais densa não
significa ser mais
com propriedades opostas entre si Enquanto resistente mecanica -
mente. O contrário
uma delas apresenta baixa viscosidade (f/owab-
também é verdadei-
le). a outra possui alta viscosidade (condensável). ro; ser menos densa
não quer dizer menos
Ambas podem apresentar diversos tipos de carga
resistente.
na sua composição, que inclui a sílica coloidal. par-

tículas de bário e boro silicato. e partículas sintéti-

cas de zircônio-sílica, variando conforme a marca

comercial. O tamanho médio das partículas está

compreendido entre 0,6 e 1.5 µm e sua quanti-

dade em volume. entre 36 e 4 7% para as resinas

f/owable e. muitas vezes. chega a duplicar nas re-


sinas condensáveis (Fig. 2.69).

Em relação aos compósitos tradicionais, as re-

sinas de baixa viscosidade apresentam menor

conteúdo inorgânico. o que facilita sua aplicação

clínica devido ao seu maior escoamento (Figs.

2.70 a 2.116). Por outro lado, suas propriedades

mecânicas ficam reduzidas entre 1O e 40% em

comparação aos compósitos tradicionais, não

sendo recomendados para restaurar dentes su-


12 2.69: Fotomicrograha em MEV da resina flow Filtek Z-350 flow (3M ESPE) (Di Hipólito, V.; De Coes, M.F.).
jeitos a grandes esforços mastigatórios .
Shortcuts em odontologia estética urna nova v1sao
_
sobrer1p5

134
135
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material

2.70: Caso inicial.

2.71 e 2.72: Remoção da restauração antiga.

2.73 e 2.74: Condicionamento ácido e aplicação do


sistema adesivo (Tetric n- bond/lvoclar Vivadent).

2.75: Aplicação inicial da resinajlow (Tetric n - ílow


A3/lvoclar Vivadent), favorecendo a adaptação
macroscópica em áreas de difícil acesso e
molhamento da cavidade pela resina restauradora.

2.76 e 2.77: Aplicação da primeira camada da


resina de restauração Tetric n - ceram A3,S dentin
(Jvoclar Vivadent).

2.78 e 2.79: Aplicação da segunda camada de Tetric


n-ceram A2 (Ivoclar Vivadent) .

2.80 e 2.81: Aplicação de corantes Tetric colors


(lvoclar Vivadent).

2.82 a 2.88: Aplicação da última camada de resina


Tetric n-ceram T (Ivoclar Vivadent).

2.89 e 2. 90: Fotopolimerização final.

2.91: Ajuste oclusal.

2. 92: Caso finalizado.


Shortcuts em odontologia estélic;i uma novJ vis~o ',()bre TIPS

136
capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 137

2.93 a 2.101 : Caso clínico iniciado com o


clJreamento em consultório. em duas sessões
clmica5, com duas aplicações de 40 minuto
em cada um de gel dareador à ba e de peró:1.ido
de hidrogênio 38% (Opalescence X- trn boost /
Ultradem).

2.102 a 2.104 : Preparo para faceta de médio de


escurecimento, corno será abordado no Capitulo J.

2.105 a 2. lll : Sequência de facetamento com uso


de resinas micro - híbridas (Amelogen / Ultradent).

2.112 a 2.114 : Acabamento e polimento realizado


com si tema Jiffy (Ultradem).

2.115 : Caso clínico logo após finalização.

2.116 : Ca~o clinico um ano depois.


Shortcuts ,.rn orlorito log,a c>stet, .i uma nova v,sao bre TP\

o escoamento dos compósitos de alta viscosida-


No caso das resinas de alta viscosidade. suas
de parece estar relacionado a modificações em
propriedades permitem indicá-las para restaurar
seus componentes orgânicos e. principalmente.
dentes posteriores sujeitos a grandes esforços
à distribuição das partículas de carga. Isso pode
mastigatórios e na reconstrução de contatos pro-
ser explicado na comparação de duas resinas
xímais13_ No entanto. sua alta viscosidade dificulta
compostas. uma de escoamento convencional
a aplicação e adaptação do material nas paredes
(Filtek Z100/3M ESPE) e outra condensável (Filtek
proximais da cavidade. podendo levar a selamen-
P60/3M ESPE). As duas possuem o mesmo tipo
to marginal deficiente (Figs. 2.117 e 2.118).
de partícula (zircônio-sílica). com tamanho médio

igual a 0,6 µm, e concentração em volume de 66%


2.117: Falhas marginais de
adaptação pela dihculdade
e 61% respectivamente. Mesmo com menor con-
de contato com as paredes
da cavidade. teúdo de carga. o Filtek P60 (3M ESPE) apresenta
2.118: Falha cervical maior viscosidade. A explicação para essa carac-
causada pela dihculdade de
umedecimento da parede no terística não está no volume inorgânico total. mas
momento da acomodação da
resina condensável. na distribuição em tamanho das partículas de car-

ga. O Filtek P60 (3M ESPE) apresenta maior quan-

tidade de partículas pequenas. o que resulta em

maior quantidade de carga em um determinando


espaço· d"iminum
· · d o o escoamento da resina.

3.5 RESINAS COMPOSTAS DE


NANOPARTÍCULAS

Durante tod os esses anos de evolução continua


.

, . em 1962, por Bowen1•


das resinas• que teve .inicio
capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 139

nenhuma resina composta conseguiu reunir ca- pro priedades mecânicas satisfatórias - típico de
racterísticas funciona is. fundamentai s para res- compósitos híbridos.
taurações de dentes posteriores. com proprie-

dades estéticas adequadas para a obtenção de Em 2002. foi desenvolvido o compósito pioneiro
excelência em restauração de dentes anterio- dessa categoria, o Filtel< Supreme Universal Res-
res14. Isso vem se tornando alcançável a partir das taurative (3M ESPE), que na América Latina rece-

resinas micro-híbridas. evoluindo para a manipu- beu a denominação Filtel< Z350. A composição

lação em escala nanométrica da fase inorgânica básica da matriz orgânica é semelhante a dos seus

dos compósitos. que deu origem às resinas com- antecessores - Filtek ZlOO e Z250. A diferença

postas de nanopartículas. está no tamanho nanométrico de suas partículas

de carga. O processo tecnológico inovador consiste

A manipulação de átomos. moléculas. partículas na síntese de nanopartículas. construídas a partir

etc., em dimensões nanométricas, caracteriza-se de blocos fundamentais ou building blocks (bot-

como uma nova ciência denominada nanociência ton-up technology), ao invés dos procedimentos

ou, mais comumente, nanotecnologia. O conheci- convencionais. que utilizam métodos de erosão ou

mento e o entendimento da nanotecnologia estão desgaste de estruturas naturais maiores. como o

compreendidos entre 0,1 e 100 nm ou. exemplifi- quartzo minado. vidro fundido e alguns tipos de ce-

cando, desde dimensões atômicas até aproxima- râmica (top-down technology). Nesse último caso.

damente o comprimento de onda da luz visível1 5. não se consegue produzir partículas com dimen-

Essa inovação tecnológica possibilitou a obtenção sões inferiores a 100 nm 11 • Com a nanomanipula-

de nanopartículas e, como consequência, novas ção. foi possível produzir partículas nanométricas

propriedades das resinas compostas. Com a mani- e nanoclusters. utilizando a botton-up technology.

pulação de nanoestruturas foi possível desenvol-

ver resinas compostas restauradoras universais. Para a construção dessas partículas. partiu-se de

ou seja, capazes de apresentar alto polimento uma solução aquosa de sílica coloidal que. por meio

- típico de compósitos microparticulados - com de um processo químico denominado sol-gel, dá


140 shortcuts Prr1 uclo11toloe1d ,. tr· trr., UIIM nova vr lo
so I,r~ ltr><;

ori gem a um pó composto por partículas de sílica Com o domínio dessa t ecnologia. que permitiu a
com dimensões entre 20 e 75 nm de diâmetro. síntese e a estabilização de nanopartículas e na-
Em seguida. as partículas receberam tratamento noclusters. foi possível incorporar às resinas com-
com silano. que depositado nas superfícies anu- postas aproximadamente 59% de carga. em volu-
lam as forças eletrostáticas presentes. impedindo me. à semelhança dos compósitos híbridos. com
que elas se agreguem antes da polimerização do a vantagem de alcançarem propriedades físicas e
compósito. O silano também é responsável pela mecânicas análogas ou superiores a eles. Isso foi
união química entre a porção inorgânica e a ma- possível em razão da combinação de nanopartícu-
triz resinosa que ocorre durante a polimerização las e nanoclusters que. diferentemente dos com-
9
do compósito . Desse modo. consegue-se produ- pósitos de micropartículas. não causam aumento
zir nanopartículas de sílica na forma monodispersa
da área de superfície inorgânica. Assim. as resinas
não agregada/aglomerada (Fig. 2.119).
de nanopartículas conseguem reunir propriedades
mecânicas necessárias para as regiões submetidas
Outras vezes. as partículas nanométricas são le-
a altas tensões mastigatórias e as características
vadas a se agruparem. formando estruturas maio-
de alto polimento e brilho que se mantêm ao lon-
res. denominadas nanoclusters com dimensões de
go do tempo. como nos compósitos microparti-
0.6 µm em média. Devido à ordem que são dispos-
culados11 (Fig. 2.121).
tas. apresentam aspecto morfológico semelhante
a cachos de uva com nanopartículas primárias, va-
riando entre 2 a 20 nm de diâmetro9 (Fig. 2.120).
( 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 141

2.U9: Fotomicrografia em MEV da resina Filtek supreme translucente


(3M ESPE) (Di Hipólito, V.; De Coes, M.F.). Observam-se
praticamente só as nanopartículas dispersas.

2.UO: Fotomicrografia em MEV da resina Filtek supreme (3M ESPE)


(Di Hipólito, V.; De Coes, M.F.). Observam se praticamente só os
clusters e algumas nanoparticulas.

2.UJ : Comparativo de duas restaurações em boca, avaliação clínica


de 3 anos e 6 meses. Do lado esquerdo, uma restauração MO com
Z-100 (3M ESPE) e do lado direito, uma restauração 00 com F'iltck
Supreme (3M ESPE). Observe a lisura de superfície apresentada pela
resina de nanoparticulas em comparação com a resina h,brida de
partícula pequena (cedida por Oswaldo Scopin e Ma rio de Coes).
142 Shortcuts em odontologia estétJCa uma nova vi
>ao SObr~ Tê<;

2.122: Cavidade pre parada para restauração em


Modificações foram realizadas recentemente na resina composta.

formulação das resinas de diferentes camadas do


2.UJ: Aplicação do sistema adesivo Single Bond
sistema Filtek Supreme XT (3M ESPE). sendo lan- (3M / ESPE) .

çado com o nome 2350 XT (Figs. 2.122 a 2.126). As 2.U4 e 2.125: Estratificação com o sistema Filtek
Supreme (3M / ESPE).
alterações realizadas na fabricação estão no site:
2.U6: Caso finalizado.
www sr101 tL uh book eom

Outras resinas compostas com algumas caracte-

rísticas semelhantes foram introduzidas no mer-

cado odontológico recentemente. Dentre elas.

destacamos a Tetric n-ceram (lvoclar Vivadent).

EvoluX (Dentsply Caulk). entre outras dispostas no

site: www<;hor tcuts-book.com (Figs. 2.127 a 2.129).


Uma resina composta é considerada de nanopar-

tícula apenas quando suas partículas apresentam

dimensões que variam entre 0.1 e 100 nm. Caso

haja a incorporação de partículas com dimensões

superiores a 100 nm. a denominação de resina

composta nano-híbrida é conceitualmente incorre-

ta. podendo ser incluída na categoria das resinas

compostas micro-híbridas.

"f)'
-..._,-
As resinas designadas nano-híbridas são na verdade mi-
cro -híbridas, com o mesmo comportamento mecânico e de
polimento.
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 143

2.ll7 a 2.12~: Fotomkro~'l"Jha · om Mli\' da


rcsin.1 T~tric n ·cer.1m (lvocl.1r \ 'i\adent).
de,i!(nJda nmo híbrida (Di Hipólito.\.) .
O que ,e obS\"r\ .1 ..J.o ~r;.md .i~lom~r.ido!\
pr~ pt11imcriJ;,idos.dt' p.utkul.i hJ. tJ.ntc
n...'tlu,idJ~.
Shortcuts em od0molog1a e.te ca uma
144 fl0va :;a s ': . .-

3.6 RESINAS DE BAIXA CONTRAÇÃO compatível com o material restaurador E .


. sse dis-
positivo de união específico une-se tanto
aos teci-
Nesse grupo de materiais incluem as resinas de dos dentais que possuem natureza hidrófila.
corno
baixa contração volumétrica e de aplicação em in- ao compósito à base de silorano (Filtek p M
9013
cremento único (bulk-fi/1). Estratégias para reduzir a ESPE). com natureza hidrófoba. Em um dos frascos.
contração volumétrica dos compósitos consistem da o self-etching primer apresenta monômeros hidró-
adição de grande quantidade de partículas de carga filos à base de metacrilato. além de água e eta·
como. por exemplo. de sílica amorfa (84 a 88% em nol para prover o processo de ionização e formar a
massa e 74 a 76% em volume) ou modificação da base para a união com os tecidos dentais. ooutro
matriz resinosa. Isso pode conferir contração de 1 a frasco. self-etching bond. é também composto por
1.5%. comparadas com 2 a 3% para outros tipos de metacrilato. apresentando agora monômeros ht·
16
compósitos Entretanto. embora apresentem baixa
. drófobos. cuja função é complementar a união com
contração volumétrica durante a polimerização. es- o primer e se juntar com o monômero hidrófoboda
ses materiais continuam produzindo a mesma ten- resina composta à base de silorano.
são durante a contração de reação de polimerização.

O Filtek P90 apresenta partículas de quartzo silaniza·


O desenvolvimento da resina Filtek P90 (3M ESPE) das e matriz orgânica à base de silorano. que confe·
representou o uso de um novo monômero-base rem biocompatibilidade. hidrofobia e baixa contração
denominado silorano. O sistema monomérico é de-
de polimerização (1.0% em volume). As partículas de
rivado de uma nova equação química de anel aber-
quartzo estão associadas a fluoretos de ítrio. que
to, que combina moléculas de siloxanos e oxiranos,
proporcionam radiopacidade ao material. facilitan·
dando origem ao silorano.
do a leitura radiográfica. o tamanho médio de suas

partículas é de 0.4 µm, ocupando 58% em volume


Outra característica do Filtek P90 é o sistema de
do material. Essas características atribuem ao Filtek
união exclusivo. Ele faz uso de um sistema au-
P90 propriedades físicas próprias para a restauração
tocondicionante de dois passos. quimicamente
desses posteriores (Figs. 2.130 a 2.148).
145
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material

2.130: Microscopia em MEV da resina P90 à base de si loranos e parLículas de


quartzo {Oi Hipólito , V.; De Coes, M.F.).

2.131: Caso inicial de restaurações de amálgama.

2.132: Dentes isolado .

2.133: Remoção das restaurações com pontas diamantadas.

2.134: Resinas à base de silorano podem ser aplicadas em camadas de no


máximo 2 mm. Acima desse limite, a polimerização do materia l é ineficaz
sendo, portanto, necessá rio que sua aplicação seja realizada de forma
estratificada.

2.135: Preconiza -se o condicionamento ácido do esmalte ao redor da cavidade;


pode-se proteger a dentina com uma bolinha de algodão.

2.136 e 2.137: Aplicação ativa do primer sem grande pressão, por 20 a 30


segundos.

2.138: Deve -se folopolimerizar o primer do sistema adesivo da P90. Isso cria
um substralo seco e favorável para o adesivo à base de silorano, que é bastante

hidrófobo.

2.139 a 2.142: Aplicação do adesivo na camada do primer fotopolimerizado.


O adesivo deve ser espalhado e fotopolimerizado.
Shortcuts r·11, o<fr ,nr olor,1.J r rrt ,, 1 1
•··h

Resinas compostas para preenchimento de ca,i-

dades com 4 a 5 mm de profundidade em incre-

mento único (ou bu!k-fi/1) devem apresentar capa-

cidade de serem polimerizadas nessas espessuras

e com produção de baixa tensão de contração

gerada durante o processo de polimerização, pois

quanto maior o volume de compós ito, maior a

tensão gerada durante a polimerização. A ideia de

se confeccionar restaurações dessa forma não é

recente, entretanto, os materiais específicos para

isso, sim. As modificações na composição atin-

giram a parte monomérica e/ou as partículas de

carga. As resinas bulk-fi/1 podem ser classificadas

em baixa viscosidade ou flowable e as de consis-

tência regular ou de alta viscosidade 1 • Na super-


2.143 e 2.144: Aplicação da resina P90 (3M ESPE) cor A2 de uma só vez, uma vez que a
espessura da cavidade (cerca de 2 mm) permite essa condição.
fície oclusal. as de baixa viscosidade precisam ser

finalizadas com outro compósito híbrido ou mi-


2.145 .:a 2.147: Escultura realizada sobre a resina aplicada em uma só camada.

cro-híbrido. pois apresentam desgaste acentuado


2.148: Caso finalizado (caso realizado com auxilio dos CD. Ginger Baranhuk e Gustavo
Tonolli). nessa região (Figs. 2.149 a 2.1 79).
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 147

2.149 a 2.154: Remoção de


restaurações de amálgama.

2.155: Jateamento com óxido de


alumínio (Prepstart / Danville).

2.156 e 2.157: Limpeza cavitária


com Consepsis scrub (Ultradent).

2.158 e 2.159: Condicionamento


ácido seletivo do esmalte.

2.160: Aplicação do sistema


adesivo tipo self-etching Adhese
pen (lvoclar Vivadent).
Shortcuts em o dontolog1a estética uma nova v1,ao s,i,ire TIPS
L48

2.161: Uma trinca pode ser obser ada e ntre as cú pides. enhum
pre paro adicional é necessário.

2.162 ~ 2.170: .
Aplicação de uma resina bulk ftll Jlowab1e (Tem·e n-ceram
ílowable / \vocl~r Vivadent). Observe que essa resina aparenta mais
opacidade após a polimeriza ção, dife re nte do padrão normal das
resinas de bulk -ftlling. Um espaço de 1,2 mm é deixado para uma
camada ftnal.
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 149

2 .17l a 2. 177: Urna ca mada final de uma resina micro - híbrida AI


esmalte (Empress Direct / lvoclar Vivadcnt) é aplicada e esculpida de
urna só vez. Corantes podem ser aplicados após a polimerização li.na!.

2.178 e 2.179: Caso finalizado .


lSO Shortcuts em odontolog,~ e,tét,ca uma nova v,s;i b
o so re Ttf>S

. de cor·?
Quais são os aspectos fundamentais

o conceito atual de estética em Odontologia restauradora é fun-


damentado na aplicação correta de materiais capazes de repro-
duzir as características anatômicas e ópticas do dente (Fig. 2.180).

Durante anos. as resinas compostas não apresentavam qualidade


estética desejável. desestimulando o seu uso. A fraca performan-
ce de seus primeiros representantes não abalou o fascínio que
ela despertava. mesmo nessa oportunidade. Talvez. esse des-
lumbramento tenha sido o alimento que sustentou a corrida ao
encontro de soluções que a tornaram cada vez mais qualificada
e adequada para o seu uso.

Hoje, é possível encontrar no comércio inúmeros exemplares de re-

sinas compostas com características diversas que cobrem todas as


necessidades funcionais e estéticas de uma restauração. Restaago-
Capítulo 2 : Resinas compostas e sist .
emas adesivos: o material 151

4.1 DEFINIÇÃO DE LUZ

Como pode ser definida a luz? De modo simplificado.


como sendo uma espécie de energia que nos faz
ver. Ao rigor da ciência. como uma radiação eletro-
magnética cujo comprimento de onda correspon-
de à zona de sensibilidade do olho humano. que se
situa entre a faixa dos raios infravermelhos (IV) e os
ultravioletas (UV). Esse intervalo de ondas eletro-
magnéticas vai de 400 a 700 nm. correspondendo
às seguintes cores do espectro solar em gradua-
2.180: Dente natural em corte lateral. sob transilurninação (Foto: Cuido Paredes, Laboratório Prodent,
ção contínua: vermelho. alaranjado. amarelo. verde. Cascavel, PR) .

azul, anil e violeta (Fig. 2.181).

4.2 CONCEITO TRIDIMENSIONAL DA COR

O conceito de cor é formado pela relação entre


comprimento de onda sua percepção pelo olho 2.181: Espectro da luz.

humano e por componentes psicológicos. Apesar


de haver apenas sete cores primárias, existem mui-
tas nuances entre elas, o que torna a sua descrição
complexa. Para auxiliar o processo de descrição de
cada uma das diversas graduações de uma cor. o

pintor americano Albert Munsell. em 1905, propôs


um sistema de ordenação de cores denominado
Shortcuts em odontologia estética. uma nova visão b
so re TIPS

152

Foram estabelecidos. portanto. quatro matizes bá-


1
hue (matiz). satured (saturação) e value (valor) ª.
sicos (Fig. 2.184):
considerado muito interessante e utilizado ainda

nos dias atuais (Fig. 2.182).


A (marrom)/B (amarelo + marrom)

e (cinza + marrom)/0 (vermelho+marrom)


Algumas definições são importantes no entendi-
mento e na caracterização da cor. O sistema de -"''f)'-
Munsell não propôs
Munsell foi chamado de sistema tridimensional da o conceito tridimen-
cor. ou sistema estático da cor. sional de cor para
corpos translúcidos,
e sim para corpos
O matiz define a família a qual pertence uma de- opacos, o que causa
diftculdade na apli-
terminada cor. podendo ser de qualquer uma do
cação dos conceitos,
espectro de luz visível. Podem ser matizes verda- especialmente de
valor.
deiros ou matizes puros do espectro da luz. ou seja
as tonalidades do arco-íris.

Em Odontologia. foi adotado um sistema basea-


do em quatro matizes. que inicialmente foi paten-
teado pela empresa Vita Zahnfabrik. criado para
os sistemas de cerâmicas. Como todas as outras
empresas seguiram o mesmo sistema inclusive as
empresas de compósitos. esta se tornou a clássica
2.182: Árvore de Munsell.
escala VITA (Vita Zahnfabrik) (Fig. 2.183).
2-183• Escala VITA cl4ssica.

2.184: Os mati7.es definidos


na escala tradicional.
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 153

Observações clínicas mostram que a maioria dos

pacientes (cerca de 80%) possui matiz marrom

(A) e cera de 15% o mati z amarelo (8) 19 . Segun -

do Yamamoto 20 70% dos pacientes apresentam

matiz A.

O matiz vermelho é encontrado em cerca de 5%

dos casos e. mesmo assim. dificilmente observado

pela característica biológica da visão humana. Isso

se deve. em grande parte. à dificuldade que temos p


de distinguir cores 21 • a quantidade de sensores bio-

lógicos (cones) que se tem no olho humano para

essa finalidade. Observe a comparação do aspecto

visual com um espectrofotômetro específico nas

figuras 2.185 a 2.201 .

1
2.185 a 2.187: Calibragem do
espectrofotômetro de mão
(Spectroshade/M HT Optic
Research).

2.188: Calibrando previamente o

O marrom é o pigmento universal para dentes, sendo branco do aparelho.

adicionado a todas as cores e incisais, mesmo em pequenas


2.189 a 2.190: Tomada de cor de um
quantidades. Perceba, portanto, que o antigo matiz Univer- dente natural, incisivo central.
sal (U) é hoje o matiz A (marrom).
154

- ' -
/11·•
f1{f t I
~

2.192: Delineamento do dente em que será realizada a


tomada de cor (TPO. Marcos Celestrino, Laboratório Aliança,
São Paulo, SP).

2.193: Tomada de cor base realizada (02).

2.194: Tomada de cor realizada por terços.

2.195: Painel do espectrofotómetro mostrando a


possibilidade de tomadas de cor por regiões.

2.196: Tomada de cor por áreas mais específicas.

2.197 e 2.198: Visualização das áreas de translucidez do dente


natural.

2.199: Observe a tomada de cor realizada pelo


espectrofotómetro {02).

2.200 e 2.201: Visualmente, a tomada de cor parece ser mais


viável, sendo A2 cervical e AI no terço médio incisai. Isso
mostra que nossa visão é bastante limitada para diferenciar
matizes variados (cores).
Capitulo 2 : Resinas compostas e sist emas a d es1vos:
. o material 155

Cinza (C) não pode ser considerado um matiz

puro. uma vez que não representa uma cor ver-

dadeira (cores do espectro de luz); é. na realidade

o resultado da combinação de preto e branco. e

considerado uma referência de luminosidade

A escala VITA foi modificada e lançada em 1998

como VITA System 30 Master (VITA). Dentre as

várias modificações realizadas. a principal foi a re-

moção do cinza como matiz (Fig.2.202).

Sempre que estiver na dúvida, escolha o matiz universal A


(marrom), uma vez que representa 80 % dos casos clínicos.
Lembre-se de que algumas resinas hoje apresentam um
matiz único marrom (ex.: Miris 2/Coltene Whaledent , Ama-
ris/ VOCO, Vitalescence / Ultradent , Enamel HRI/Miscerium)
{Fig. 2.203).

Os matizes ficam simplificados, uma vez que o cinza não


existe realmente como cor. Grande parte dos casos em que
há percepção da cor cinza, na realidade ocorre um fenô -
meno óptico em que o esmalte influencia e contamina a cor
2.202: Escala Vita System JD Master
real. Como o matiz D (vermelho) existe em poucos casos (3
(VITA).
a 5%) e mesmo nessas situações é dificilmente distinguido,
a dúvida ftca basicamente entre o matiz A e B. Deve -se 2.203: Escala da resina Amaris/VOCO
aprender a diferenciar visualmente o matiz marrom do apresentando somente um matiz.

amarelo {Fig. 2.204). Observe que o matiz marrom vai do


2.204: À esquerda, A2 (mais marrom); à
marrom -claro ao marrom -escuro fechado (café) e o amare -
direita, 82 (mais amarelo/laranja).
lo vai do amarelo -ovo (claro) até o laranja.
shortcuts em odontologia estética: uma nova viçao sobreTIPs
156

Por convenção. em Odont ologia. a saturação foi


O croma. ou saturação. significa a intensidade
definida por números graduais representando in-
de um determinado matiz. Varia de acordo co m O matiz A (mar -
rom) carrega uma tensidades do mesmo matiz. variando de 1 a 7. ou
a quantidade de pigmento incorporada a um
luminosidade mais em outras escalas. mais intensidade.
matiz e determina a intensidade da cor. isso é. baixa; grande parte
das tomadas de cor
forte ou fr aca.
e na verdade são A. O croma também pode ser avaliado de forma indi-
O matiz B (amarelo/
laranja) possui uma reta por aparelhos espectrais. Os números menores
A concepção desse fenômeno fica facilitada quan-
característica mais
da escala são geralmente reconhecidos em dentes
do imaginamos uma cor (matiz). por exemplo. o viva, com maior lu -
minosidade. Essa di- de pacient es jovens ou submetidos a processo de
verde e as diversas intensidades que ele pode apre-
ferença é mais visível
quando se analisam clareamento. enquanto os mais altos em pacientes
sentar. desde os cromas de verde mais intenso até
caninos; a cervical de idosos ou dentes impregnados.
o mais suave (Fig. 2.205).
caninos é o típico 83
ou 84, com tendência
ao laranja.

Erros de escolha de matiz são bastante comuns e normalmente passam despercebidos,


tanto pelo paciente como pelo proftssional. Erros de matiz seriam mais visíveis em
saturações altas como a diferença de A7 para 87 ou AS para 88. Erros de A2 para 82, por
exemplo, ndo são percebidos. Lembre-se das escalas de cor de tintas, quando se olham
os amarelos mais suaves todos são semelhantes, mas quando se tornam mais intensos.
percebe-se que são bastante distintos {Fig. 2.206).

2.205: Diferentes saturações do mesmo matiz.

2.206: Escalas de cor de tintas.


Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 157

A escolha da saturação é bast ante simples, uma Erros de luminosidade são muito evidentes e cor-

vez que se faz por método comparativo. sobrepon- respondem à quase totalidade de erros de cor em
Apesar de a dentina
do-se e comparando. Quando se toma uma esca- apresentar saturação restaurações cl ín icas.
única, ao reconstruir
la de cor e posiciona-a sobre o dente. estamos na restaurações com
realidade escolhendo apenas a saturação. É a for- resinas compostas e
cerâmicas, podem -se
ma inicial de aprendizagem e foi assim que. quando utilizar saturações
crianças. aprendemos pelo método da comparação maiores em cervical
e menores em terço
(Figs. 2.207 e 2.208). médio/ incisai.

O valor. também denominado brilho ou luminosi-

dade. representa a quantidade de preto e branco A saturação está


mais visível na
de um corpo. passando pela escala de vários tons região onde a dentina
de cinza. Por essa razão, mesmo o matiz cinza não está mais exposta
(menor espessura de
poderia existir de forma pura. Essa propriedade é a esmalte). Lembre -se
de que o esmalte age
mais desafiadora para o clínico e também a mais
como um inter/erente
difícil de ser entendida de forma prática. na tomada de cor. A
luz, ao atravessá-lo,
altera a percepção
A visão humana possui um número de bastonetes da cor pura do dente ,
que é proporcionada
(sensores para o preto e branco) muito maior que o
pela dentina.
número de cones (sensores para cores). numa pro-

porção de 100 milhões de bastonetes para 7 mi- -co-


lhões de cones 22 (Fig. 2.209). No cotidiano, preferi-
mos fotos em preto e 2.207 e 2.208: Método comparativo de escolha de saturação.

branco porque conse-


2.209: Representação do olho humano com a distribuição de cones e
Por esse motivo. erros de valor ou luminosidade. ou guimos perceber mais
bastonetes".
detalhes de contorno
seja restaurações acinzentadas ou esbranquiçadas
e contraste da ima- 2.210: Fotos em preto e branco evidenciam a forma e o contorno, assim
são imediatamente reconhecidas pelo paciente. gem (Fig. 2.210). como os efeitos de profundidade.
Shortcuts em odontologia est ética. uma nova visão sobre TIPS
158

Na prática. pode-se afirmar que a forma mais simples de trabalhar


'(f")'
-V-
a luminosidade em resinas compostas é usando níveis distintos de
\1ais luminosidade/mais valor mais branco mais opaco!
mais brilho. opacidade e translucidez.

Essa propriedade condiciona a sensação de vitalidade de um cor-


po. sendo capaz de proporcionar a impressão de profundidade ou
aproximação. O valor está. portanto. diretamente relacionado às
Menos luminosidade /menor valort mais cinza /mais trans - propriedades ópticas de opacidade e translucidez. ou seja. a es-
lúcido /menos brilho.
tratificação de camadas. como será visto nos capítulos seguintes.

A opacidade pode ser entendida como a capacidade que um cor-


po tem de se opor à passagem da luz. enquanto a translucidez
permitir sua passagem. Desse modo. é possível entender a inte-
ração entre esses fenômenos ópticos. que ocorrem à medida que
Erramos em luminosidade porque não sabíamos, nas resi-
nas tradicionais, quais eram opacas para substituir dentina
quanto maior for o valor. mais opaco e esbranquiçado será esse
e quais eram translúcidas para serem usadas como esmalte. objeto e quanto menor o valor. mais translúcido e acinzentado
Erramos, portanto, na escolha das resinas no momento da
ele se mostra. Erramos em clínica portanto. porque não sabemos.
estratificação.
na maioria das vezes. quais resinas são translúcidas e quais são
opacas. uma vez que as resinas focaram até o momento. essen-
cialmente. o matiz e o croma não informando na própria bisnaga
o seu valor específico. Tornou-se urgente a obrigatoriedade de o
fabricante informar as características da resina e o seu comporta-
mento dinâmico. o que vem se tornando comum nos novos siste-
Erramos em luminosidade porque muitas vezes não sabe-
mos a espessura correta das camadas de dentina e esmalte mas restauradores. Sem o conhecimento do valor da translucidez
para cada restauração, o que acarreta erros para o branco e da opacidade da resina a reprodução das características de urn
ou para o cinza. Erramos, portanto, nas espessuras das
camadas d"5 resinas dentina e esmalte. dente natural fica extremamente prejudicada23.
capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 159

A espessura do objeto que a luz irá incidir altera o comprimentos de onda que compõem a luz visível.
valor. Uma única placa de vidro. por exemplo. parece Essa condição confere ao esmalte colorações dife-
transmitir a luz quase perfeitamente. mas se empi- rentes, que podem variar de acordo com a orienta-
lharmos um bloco de dez ou mais placas de vidro, ção dos raios luminosos. Os comprimentos de onda
parte da luz é absorvida (translúcido). Esses mesmos Na prática, pode -se da luz têm comportamentos diferentes ao incidi-
afirmar que opales -
conceitos de cor podem ser aplicados às resinas cência é o paradoxo rem na superfície do esmalte.
compostas. O valor de cada resina é determinado de alta luminosi
dade combinada à
pelas suas propriedades de absorver ou refletir a luz, alta translucidez. As ondas de luz vermelha e laranja conseguem
No esmalte natural
comportando-se como objetos opacos ou translúci- atravessar os cristalitos do esmalte. enquanto as
isso é evidente , e as
dos. Em restaurações de dentes anteriores, quando cerâmicas apresen - ondas de menor comprimento. como as das cores
tam características
é aplicada uma grande quantidade de resina opaca verde. violeta e azul. são refletidas. Isso resulta no
já semelhantes. Uma
a restauração torna-se esbranquiçada com valor ex- resina composta fenômeno da opalescência. manifestado em toda
verdadeiramente
cessivo. O oposto, quando usamos uma espessura a superfície do esmalte, em tons azul-acinzentado
opalescente ainda
grande de resina translúcida tornamos a restauração não existe, uma vez no terço incisai do dente e alaranjado na região do
que com resinas,
colo 24 · 27 (Fig. 2.211).
acinzentada com baixo valor. alta translucidez
traduz -se em baixa
luminosidade.
O desejável é alcançar os efeitos de profundidade e
4.3 OPALESCtNCIA
luminosidade do esmalte28•

Outra propriedade importante relacionada aos


conceitos de luz e cor é a opalescência. Esse efei-
to luminoso é produzido quando o feixe de luz se
dispersa e refrata nos microcristais e substâncias
orgânicas presentes na superfície do esmalte.

Os aistalitos de hidroxiapatita com dimensões 2.211: o céu demonstra classicamente o resultado de dispersão da luz causando efeitos azulados ou
abranjados, dependendo do mgulo de incidência da luz.
de: 0,02 a 0,4 µm. são seletivos para os diferentes
Shortcuts em odontologia esteuca. uma nova visão ,,obre TIP5
160

que reproduzissem a fluorescência. Antes disso. ao


4.4 FLUORESCÊNCIA
ficarem expostas à luz UV. não ftuoresciam como O

esmalte e apresentavam aspectos deficientes em re-


Por último. deve-se considerar a fluorescência dos
lação ao tecido dental contíguo (Figs. 2.212 e 2.213).
dentes naturais. Esse fenômeno é caracterizado pela
habilidade de uma estrutura absorver comprimento
Compósitos mais modernos têm incorporados às
de onda menor. fora do espectro de luz visível (UV).
suas composições agentes luminóforos do grupo
e emitir energia luminosa dentro do espectro visí-
2 .212: Restaurações com
Filtek Supreme (JM ESPE) dos metais terras raras. como o urópio. o térbio. 0
vel. Tanto o esmalte quanto a dentina são estruturas
sem comportamento de
itérbio e o cério. De modo geral. o acréscimo des-
fluorescentes. sendo mais acentuada na dentina que fluorescência.

ses pigmentos capacitou as resinas compostas a


apresenta maior quantidade de pigmentação orgânica 2.213: Coroas totais realizadas
em Nobel Rondo (Nobel produzir fluorescência semelhante a dos dentes
fotossensível aos raios ultravioleta28 . É por isso que os Biocare) com comportamento
de fluorescência. naturais 23 . Algumas. no entanto. continuam com
dentes naturais. quando expostos a raios ultravioleta
mostram-se fluorescentes com aparência mais branca dificuldade na reprodução dessa característica

e clara causando a impressão de mais vitalidade 29. (tabela das resinas apresentada no site: www

shortcuts-book com) (Figs. 2.214 a 2.216).

Dependendo da intensidade dos raios UV. os efei-

tos visuais de fluorescência podem variar do branco

intenso ao azul-claro e isso faz com que a luminosi-

dade dos dentes se altere no decorrer do dia.

Na ausência da luz solar. o fenômeno da fluores-

cência pode ocorrer em ambientes iluminados com


2.214: Duas restaurações do tipo Classe IV rea 1·iza d as com o sistema
· ·
Filtek Supreme XT (3M ESPE) ainda sem
lâmpadas ultravioleta denominadas. nesse caso. luz fluorescência.

negra. Mesmo sendo reconhecida a importância des-


2 · 215 e 2•216 ' Dois laminados realizados com cerâmicas nos incisivos centrais e duas facetas de resina

se efeito. as resinas compostas levaram alguns anos realizadas


. nos
. incisivos
. laterais (4 seasons, lvoclar Vtvadent).
. Observe que algumas resinas apresentam
fluorescenc1a
. maior do que sistema s ceram1cos e sao até demasiadamente fluorescentes frente aos dentes
· · -
para apresentarem em suas composições elementos naturais.
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 161

RESINAS COMPOSTAS BIS-GMA,


UDMA
MMA, EDMA ou TEGDMA
Partículas de carga
HEMA
silano
hidroxiloiueno butilado
[____ - ··-
162
Shortcuts em odontolog1a estet1ca uma nova visao ,obre TIP<;

flrle. d - Longevidade e manutenção de restaurações de resinas compostas

~/
Por que escrever sobre a longevidade e a manutenção de restaurações
de resina composta?

Alessandra Reis · Alessandro Dourado Loguercio · Ronaldo Hirata

As resinas compostas fotoativadas, associadas aos sistemas ade-


RESPOSTA
sivos, proporcionam a confecção de restaurações extremamente
conservadoras, sendo dispensável o preparo cavitário tradicional
A restauração de resina composta é uma das
mais estéticas e conservadoras opções para para amálgama. Por serem unidas aos tecidos duros dos dentes.
dentes anteriores e posteriores. reforçam a estrutura dentária e permitem a distribuição mais ho-
A resina composta não é um material inerte. já mogênea de tensões sobre o dente 3º.
que resinas compostas são pol1meros resinosos
muitos suscet1veis à degradação ao longo do
tempo. Como visto anteriormente, já há no mercado odontológico diver-

Métodos de manter. seia reparando ou sos tipos de resinas compostas para restauração direta como as
repolindo essas restaurações. permitirão ao resinas híbridas, micro-híbridas. nano-híbridas, nanoparticuladas.
material longevidade muito maior.
além das resinas microparticuladas. Esses materiais restauradores

estão em aperfeiçoamento constante com modificações nos con-


teúdos inorgânico e orgânico.
Capítulo 2 : Resinas compostas e sist emas adesivos:
. o material 16

No entanto. assim como qualquer outro tipo de


procedimento restaurador. as resinas compostas
sofrem degradação ao longo do tempo, que por
sua vez afeta a longevidade/durabilidade das res-
taurações estéticas em dentes anteriores e poste-
riores. O objetivo dessa parte é identificar. através
da revisão da literatura. as principais razões de
falhas dessas restaurações, sua durabilidade. cri-
térios de avaliação de falhas e, por fim. apresen-
tar alternativas para maximizar a longevidade das
Shortcuts em odontologia estét1c.:r um a nova visão
sob,e T1?5

Quanto tempo duram as restaurações?

2.217 e 2.218: Caso antes e depois de


recontorno cosmftico.

2.219 : Acompanhamento clínico depois de


8 anos sem manuten<;ão.

2.220: Repolimento e reparo geral


realiLados.

2 .22l :1 2.225: Paciente 21 anos após as


resinas realizadas em dentes anteriores.
ote que a manutenção que seria necessária
não foi realizada pelo paciente. (Caso
clfnico realizado por José Arbex Filho) .
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 165

73
Quais são as principais causas das falhas de restaurações de resina composta?

As falhas em restaurações ocorrem devido a diversos fatores como


RESPOSTA
localização. dimensão. distribuição de força e carga e manutenção

Causas mais frequentes: da integridade marginal.

falha de retenção (principalmente em


cavidades de Classe V): Considerando a dimensão da cavidade. restaurações de Classe V
fratura de parte da restauração (principalmente têm maiores índices de falha que as de Classe Ili para resina com-
em Classe IV e em caixas proximais de dentes
posta35363940. A falha mais comum é a perda da restauração (Fig.
posteriores) ou fratura da estrutura dentária
2.226). Isso se deve ao fato de as lesões cervicais serem geral-
Jdjaccntc à restauração:
pigmentação mJrginal associada ou não à mente expulsivas e de parte das margens cavitárias estarem lo-

desadJptaçào: calizadas em dentina radicular com ausência de esmalte. o que


presençJ de lcsc'10 de cárie adjacente à proporciona uma união menos estável e duradoura41. além de
rcstaur aç,io (CAR) e ao redor da margem da estarem expostas a tensões mastigatórias indiretas advindas de
ff'5lJUr,lÇ,10.
flexão dentária42• Quando presentes. as restaurações de Classe V
poderão apresentar pigmentação das margens (Fig. 2.227). assim
Cau, J, n1er1os frl'quentcs:
como nas restaurações de Classe Ili (Fig. 2.228)35.36.39.40.
dc,rnlor JÇ .ío de corpo ' ·,.
perda ele cornbir1Jç,io de cor
Restaurações de Classe IV apresentam comumente fraturas d
corpo. em especial. quando envolvem grande quantidade de ma-
terial restaurador (Fig. 2.229).
Shortcuts em odontologia estética uma nova vs·
I ao sobre Tlf>S
166

Dentes posteriores falham comumente por fratu-

ras mecânicas de corpo ou margem de restauração


(Fig. 2.230). um problema gerado por erro em indi-

cação. assim como por infiltração marginal causada


por erro técnico (Fig. 2.231).

2.226: Restauração de Classe V depois de 3 anos (adesivo


autocondicionante Adper Prompt L-Pop e resina composta
microparticulada Filtek AJIO, JM ESPE). Observe que praticamente
toda a restauração foi perctida"º·

2.227: Restauração de Classe V com manchamento de margens.

2.228: Restauração de Classe Ili com manchamento de margens.

2.229: Fratura de restauração de Classe IV realizada com 4 Seasons


{lvoclar Vivadent) no dente 22 depois de 4 anos de acompanhamento
clínico. Observe como hábitos do paciente {fumar charuto) podem
influenciar no trabalho estético (recontorno cosmético realizado em
incisivos centrais e laterais).

2.230: Fratura de restauração com resina composta híbrida em dente


posterior.

2.231: Infiltração marginal na interface resina composta/dente.


Capitulo 2 Re ina~ compostas e sistemas adesivo~: matenal
167
0
\hmtu11, , 11,,i/1111tc,l 11:1. 1 , ,1 ·111 1 111111 111 ,v,1
111 1
" il.11 Ili

7Flf-
Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações? (Retenção e fratura)

Com base nos critérios mais comuns de falhas das restaurações


em dentes anteriores e posteriores (fratura da restauração ou den-
te. perda de retenção. descoloração marginal e presença de lesão
de cárie adjacente à restauração). percebe-se que a adesão aos
tecidos duros do dente tem um papel fundamental na durabili-
dade das restaurações em dentes anteriores, em especial porque
restaurações de Classes IV e V são lesões geralmente expulsivas.

O cri~ério retenção não será abordado neste capítulo. pois a aná-


lise desse item é muito simples: presença ou ausência da restau-
ração. Se ela estiver ausente. é necessária nova abordagem res-
tauradora. Apenas se estiver presente é que outros itens passam
a ser avaliados...

Em relaçao à retenção, podemos predizer a taxa anual de falha


de restaurações em cavidades de Classe v com base no tipo de
4
sistema adesivo empregado para unir esse material ao dente" •
169
capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material

Os result ados indicaram que sistemas ade-

sivos convencionais (condicionamento ácido

total) de três passos (Adper Scotchbond Mul-

ti Uso. 3M ESPE: Ali Bond 3. BISCO; Optibond

FL l<err) ou autocondicionante de dois passos

(sistema adesivo com primer autocondicionan-

te ou primer ácido) (Clearfil SE Bond. l<uraray

Noritake; AdheSE. lvoclar Vivadent; Unifil Bond.

GC Corp.) possuem taxa de falha anual menor

[4,8 ± 4.2%] do que sistemas adesivos conven-


2.235: Manchamento e fraturas em restaurações de resina composta de micropartículas
cionais simplificados [6.2 ± 5.5%] (Adper Single (Duraftll VS, Heraeus Kulze r).

Bond 2. 3M ESPE; XP Bond. Dentsply De Trey;

Excite. lvoclar Vivadent; Gluma 2Bond. Heraeus

Kulzer: Peak Universal Bond, Ultradent) ou auto-

condicionantes de passo único (ai/ in one) [8.1 ±

11.3%] (Clearfil S3 Bond. l<uraray Noritake: Sin-

gle Bond Universal. 3M ESPE: Xeno IV. Dentsply 'iF)'


-\,/-

Caulk; Futura Bond. Voco; Bond Force. Tokuya- Para reduzir a 4ueda ,k
restaurações de Closse
ma; G-Bond Plus. GC Corp.44 . são empregadas sastenaas
adesivos convencionois
(condicionamento dd4o
No caso do item fratura, o material restaurador total) de tre passas ou
é fundamental para a longevidade das restaura- autocondidonante de
dois passos (adeswos com
ções (Fig. 2.235). Resinas quimicamente ativadas "prime, autocondicionaa
ou microparticuladas tinham grande quantidade te). Adesivas CORWJta01141S
simplifu:ados tamWm
de falhas relacionadas a lascas e à fratura de par- podem ser utiJl%adas tks
45 45 (fUe de boa proadlncia.. . ,,.~· ....."'>c·.:JI
te da rest auração, necessitando de reparo · _
170 Shortcuts un od 'lto g d , e:t a 'l\, J

~ 5
Descoloração marginal está sempre associada a lesões de cárie
adjacente à restauração?

RESPOSTA Um item muito crítico de ser analisado é a pigmentação mar-


ginal. Infelizmente. a pigmentação marginal é. muitas vezes.
NJo. A pigmentação marginal pode colaborar relacionada a uma lesão de cárie secundária ao redor da mar-
par a o de<:,envolv1mento de urna lesão de carie
gem da restauração. tanto pelos pacientes como pelos cirur-
adj.:icE'ntc a rE'staur ação mas não exi<.te urna
rel.:iç.:io de causa e efeito entre esses dois
giões-dentistas (Figs. 2.236 e 2.237).
achado, clinico'>

Em geral. os cirurgiões-dentistas interpretam que uma mar-


gem restaurada com algum grau de manchamento é uma

margem que falhou e que. portanto. necessita de substituição.


Essa tem sido a principal justificativa de cirurgiões-dentistas
para a substituição de restaurações 49• à despeito de já ter sido
demonstrado que não há correlação entre CAR e pigmentação
5
marginal º. Isso é corroborado por avaliações longitudinais na
qual a cárie secundária/recidivante não figura entre os princi-

pais fatores que justificam a falha e/ou troca de restaurações


Capitulo 2 : Resinas compost as e siste mas adesivos: 0 material 171

Rc,ina, microparticuladas não dcucm ser utilizadas em


dentes posteriores e em restaurações extensas em dentes
anteriores nem como ultima camada na face uestibular
(f i9 . 2.2.38) .

Infelizmente. não existem critérios bem definidos

e padronizados que indiquem a troca de uma res-

tauração, tornando muito controversa essa lesão

de CAR. sendo necessária a conjunção com outros 2.236: Manchamento marginal em restaurações
de Classe V realizadas com Durahll VS (Heraeus
fatores, tais como falha de higienização e dieta Kulzer), sem cárie adjacente. Avaliação clínica
de 6anos.
cariogênica (Fig. 2.239). Se o cirurgião-dentista

desconsiderar esses fatores. poderá produzir um 2.237: Pigmentação marginal associada a uma
lesão de cárie adjacente à restauração de Classe
sobretratamento. perpetuando o que se conven- 111 (Tetric Ceram, lvoclar Vivadent e Duranll VS,
Heraeus Kulzer). Avaliação clínica de 12 anos.
cionou chamar de ciclo restaurador repetitivo 53 .
2.238: Restauração com resina composta de
micropartículas (Duranll VS, Heraeus Kulzer)
apresentando lascas/desadaptações marginais.

2.239: Pigmentação e desadaptação marginal


associadas à lesão de cárie adjacente à
restauração no dente vizinho.

2.240: Manchamento e desadaptação marginal


~ue se a margem pigmentada estd também associa associados à lesão de cárie adjacente. A decisão
;co,n tecido amolecido ou desmineralizado 141 e não se de realizar reparo ou troca de toda a restauração
ça tle avaliar a dieta e os habitos de higienização do deve ser feita analisando os paràmetros cllnicos

te antes de julgar falha do procedimento restaurador do paciente.

1<(0)
172 Shortcuts C'íll oclontoloi;:rJ e,1e1 ILJ uma nova VI\Jo sobre TiPs

~~
Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações?
(Descoloração e desadaptação marginal)

RESPOSTA
Do ponto de vista clínico, as margens devem ser analisadas nos
quesitos morfologia e selamento54 . A capacidade de selamento
Exame clínico visual: margens pigmentadas e/
está comprometida se a pigmentação da margem estiver asso-
ou desadaptadas associadas ou não à presença
de sinais da lesão de cárie. Análise das ciada a uma fenda/margem aberta ou a uma lesão de cárie adja-

condições de saúde bucal. dieta e hábitos do cente à restauração. Clinicamente. isso pode ser conferido com
paciente.
uma sonda exploradora. Por outro lado. imperfeições da margem
(sobrecontorno. falta de material ou irregularidades). diretamente
Exame clinico tátil: margens desadaptadas
influenciadas pelo operador e/ou pelo material. podem contribuir
(sobrecontorno ou falta do material
restaurador): presença de microcavitações ao para a pigmentação subsequente da margem. sem que neces-

redor da borda da restauração. sariamente haja comprometimento da capacidade de selamento.

Exame radiográfico: radiolucidez. Os critérios atuais para análise da adaptação marginal (análise
principalmente em dentes posteriores.
morfológica das margens) e pigmentação marginal são conduzi-
das em conjunto e estão explicitadas na tabela 2.1.

Quando um procedimento restaurador estético é realizado com


resinas compostas e sistemas adesivos. três situações diferentes
podem ocorrer para justificar uma desadaptação marginal e pig-
mentação da margem:
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 173

o material restaurador fica sobre a estrutura pois o subcontorno da restauração não permitirá
dentária (Desenho 22A); uma reflexão perfeita da luz.
ocorre justaposição perfeita entre dente e res-
tauração (Desenho 2.28): e ocorre falta de mate- l "ma forma de Deixar as margens adequadamente justapostas ou
redu:ir o efeito de
rial na borda da restauração (Desenho 2.2C). desadapraçãoinde - produzir um leve sobrecontorno com resina não ga-
sejavel e selecionar
rante que essa situação fique inalterada com o pas-
resinas com maior
Em geral. o que se almeja durante os procedimen- percentual de carga. sar do tempo. Infelizmente. as resinas compostas. à
como as resinas
tos restauradores. para produzir uma restauração despeito de seu caráter hidrófobo. são suscetíveis
micro-híbridas.
esteticamente agradável ao paciente. são as duas nanopar1ículadas e à sorção de água e outros fluidos orais38.SS e podem
nano -híbridas.
primeiras situações. A falta de material restaurador protruir da cavidade. sendo isto passível de detecção

na borda é rapidamente detectada pelo clínico. visual ou tátil (Desenhos 2.3A a 2.30 e 2.4A a 2.40).

Tabc:la 2.1: Avaliação clinica dos critérios adaptação e pigmentação marginal de restaurações.

Pequenas margens fraturadas que ~o removidas


pelo polimento

Parte/toda a restauração foi perdida

-Adapbdade Hldrele...i.t,ondores'
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS
174

Desenho 2.2: Desenho de um


corte transversal e da vi ta
vestibular de uma restauração de
Classe V. Observe no detalhe da
margem incisai o sobrecomorno
(A), a adaptação perfeita (B) e a
falta de material (C).

Desenho 2.3: Desenho


demonstrativo de corte
transversal e vista vestibular de
uma res1"Juraç-Jo de Classe V com
sobrecontorno (A). Observe, no
detalhe da margem incisai, a
regi~o do sobrecontorno após a
resina ter se desadaptado (B) e
após a margem ter pigmentado
(C). A pigmentaçilo (D) poder:1
levar à formaçilo de uma les3o
de cárie adjacente à margem da
restauraç~o.

Desenho 2.4 : Desenho


demon tratlvo de corte
transversal e vi ta tibular
de uma re tauraçlo de Classe
V com adaptação perl lta (A)
Ob rve, no detalhe da margem
Incisai, a região Incisai após a
resina ter se desadaptado (B)

restauraçlo.
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material
175

As seguintes restaurações mostram o aspecto clini- Maior sorção de água. e consequentemente maior

camente aceitável imediatamente após o procedi- desadaptação marginal. ocorrem com resinas mi-

mento restaurador (Fig. 2.241). mas que um. a dois croparticuladas em função de seu maior conteúdo

anos depois (Figs. 2.242 e 2.243) apresentaram fal- orgânico crumpler 59·60.

ta de adaptação. Com a margem protruída cria-se

uma região de fácil acúmulo de placa e/ou coran- Se por um lado a seleção da resina composta afe-
\ocê devera estar
tes. que leva então ao aparecimento concomitante ta a adaptação marginal da restauração. a seleção
consciente de que
de pigmentação marginal. adesivos autocondi · do sistema adesivo também pode propiciar o de-
cionantes não con -
senvolvimento de pigmentação marginal. Já foi de-
dicionam adequa -
Acredita-se que esse fenômeno de sorção de damente as margens monstrada maior descoloração marginal ao redor
de esmalte'·'·º' e, caso
água auxilie na redução de fendas entre a inter- de margens de esmalte de restaurações estéticas
decidam emprega -
-los, procedimentos quando adesivos autocondicionantes {seff-etch)
face dente/restauração 5657. Considerando que
operatórios prévios.
a sorção de água é um processo lento e que o tais como o bisela - são empregados (Figs. 2.244 a 2.252)48-61.62.
mento do esmalte
coeficiente de difusão da água na resina é bai-
e ou o condiciona
xo (1,25 x 10·9 cm 2s 1)
seria necessário um tempo mento de esmalte Fatores relacionados ao paciente também in-
com acido fosfórico , fluenciam na manutenção da estética de restau-
aproximado de três anos para que restaurações
devem ser reali::ados
com 5 mm de espessura tivessem suas margens para minimizar esse rações diretas. Dessa forma. os hábitos alimenta-
efeito indesejado" 1•1~ 0•
55 58 res dos pacientes também podem acelerar esse
fechadas por esse fenômeno · .
processo 63 . O uso de tabaco e/ou alimentos com

excesso de corantes podem ser responsáveis

pela pigmentação tanto das margens como do


corpo das restaurações37.38_
Shortcuts em odomologia estética_ uma no •a ·são s =e •?S
176

2.241 a 2.243: Restauraçjo cervical no dente 44 com adesivo Adper Single Bonde resina compo ta Filtek 2250 (3M ESPE). Observe a ~tau~c;Jo após o ac-.ibamento polimento (2.241),
em seguida 12 (2.242) e 24 meses (2.243). Observe a desadaptação marginal sendo mostrada com a sonda e plo~do~ na hgu~ 2. .
243

2.244:, 2.252: Restauração cervical no dente 33 com adesivo autocondicionante (all - in-one) Adper Pompt L- Pop e com ~ina compo ta Filtek 2250 (3M PE) depo de 36
de avaliação (2.244). Observe a desadaptação e pigmentação marginal. Após o uso do primeiro disco de acabam nto (Azul-escuro, Diamond PRO, FGM) j ocorreu a remoçlo da
pigmentação extrínseca 12. 245 e 2.246). Na sequência, o polimento foi realiz.1do com Diamond PRO e Diamond Fie , associado à pa la de polim nto OÍ211lond R (FGM) (2. 47 2.2SO).
Em 2.251, o resultado final''°·
capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material
177
178 Shortcuts !'m odor,t olog1a <'StétlCd urna nov~ v, o sobrPTIP<;

71
O que fazer para melhorar a longevidade das restaurações estéticas?

RESPOSTA Uma opção conservadora é realizar um novo polimento nos ca-


sos de desadaptação e pigmentação marginal 43 (Figs. 2.253 e

Repolimento e/ou reparo das restaurações. 2.254). Esse procedimento é capaz de devolver a estética para
O repolimento melhorará o brilho das restaurações com essas deficiências. O acabamento, nesses ca-
restaurações e removerá manchas superficiais
sos. deve ser realizado com discos abrasivos de granulação gros-
(de corpo e das margens).
sa (Ex.: discos laranjas mais escuros do Sof Lex Pop-On. 3M ESPE;
discos azuis mais escuros do Diamond PRO, FGM ou do sistema
Super-Snap, Shofu).

O polimento pode ser realizado com as borrachas siliconizadas


de granulações grossa e média, como a Astropol cinza e verde
(lvoclar Vivadent) e de granulação fina como a Astropol rosa (lvo-
clar Vivadent) ou discos para polimento (amarelo e laranja-claro
do Sof lex Pop-On ou azul-claro e branco do Diamond PRO).
A lisura final pode ser dada por escovas impregnadas por carbeto
de silício (Jiffy brush. Ultradent) ou feltros (Diamond Flex. FGM)
associados a pastas para polimento de óxido de alumínio ou dia-
mante (Figs. 2.255 a 2.262)39.
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 179

Após a finalização do polimento. a margem deve 2.253: Resinas compostas em


recontorno cosmético 4 anos
ser reavaliada. Caso seja detectada fenda maior depois.

que 250 µm ou algum subcontorno da restauração. 2.254: Repolimento realizado


com lâmina 12 de bisturi e
ou ainda a presença de pigmentação marginal. ou- borrachas de polimento.

tras abordagens devem ser consideradas. Deve-se.

por exemplo. considerar a possibilidade da realiza-

ção de um reparo da restauração. A permanência

de pigmentação marginal pode indicar que a res-

tauração esteja associada com lesão de cárie adja-

cente à restauração.

O mesmo procedimento de repolimento pode ser

utilizado quando há perda do brilho superficial da

restauração com o passar dos anos 60• que depen-

de do tipo de resina composta selecionada. Nesse

caso. será devolvida a lisura superficial e o brilho

da restauração. Dessa forma. consultas periódicas

ao cirurgião-dentista para a realização de poli-

mento podem também prolongar a estabilidade

de cor das resinas compostas 47·64 . Veja a dica de

como agir quando adesivos autocondicionantes

forem utilizados.
180 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TJPS

2.255 • 2.262: Rest•uração cervical no dente 44 com •desivo Adper Single Bonde resina composta Filtek 2250 (3M ESPE). Obse,v
2.2SS. Ac•h•mento e polimento inicial com o sistema Sol Lex Pop- On (3M ESPE) (2.256 a 2.2S8). Observe em 2.is, que• desacb e a desa~ptação marginal sendo mostrad• na hgura
realizado com escov• de =beto de silício (Jiffy brush. Ultradent, 2.260) e feltro (Diamond Flex, FGM, 2. 26!). Observe resultad:tação foi completamente polida. o polimento hnal foi
O
• figura 2.262 com a A'". após O acabamento e polimento final (2.262). Compare
181
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material
Shortcuts em odonrolog1a estética uma nova visão sobre TIPS
182

Quando decidir se é necessário fazer um reparo ou não?

RESPOSTA

Quando o repolimento não corrigir o defeito.


'"'"'º ocorre com frequência em casos de
margens severamente pigmentadas. em
geral. com uma lesão de carie adjacente à
restaur a~ão ou manchamento de corpo da
restaur açào mais profundos. ou quando houver
perda parcial da restaur açào (fratura)
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas
.
ª
d es,vos:
· o material 183

l.263 a 2.m : Pequenos reparos e repolimento geral realizados rotineiramente como forrn:i de aumentar a longevidade das reswuaç0e9 ilé

compostas. (Caso clinico realizado por William Kabbach).


Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
184

2.273: Incisivos laterais conoides reconstruídos com resinas híbridas e


microparticuladas.

2.274 a 2.276: Paciente 17 anos depois.

2.277: Clareamento realizado previamente ao reparo das resinas 17 anos depois.

2.278 e 2.279: Reparo dos incisivos laterais removendo uma pequena camada
vestibular, refazendo a superfície.

2.280: Paciente 21 anos após as resinas feitas inicialmente. (Caso clínico realizado
por José Arbex Filho).
capitulo 2 : Re ina compostas I tema ad ivo : 0 material 185

~q
Como fazer o reparo de restaurações de resina composta?

RESPOSTA
Diversos estudos mostram que a resistência interfacial da resi-
na composta reparada varia de 25 a 80% da resistência coesiva
/\li1 a,:10 cl.l rc'sina ,111tiga: jalcJdJ com óxido de
do material sem reparo 40 e isso depende das inúmeras variáveis
,1lurn111io ou ponl ,1 cliamantada.

L11111H'L<1 ,ilido fo<;fórirn.


decorrentes do procedimento de reparo. A menor resistência in-

/\pli< .i<, ,ío de ,il,ino terfacial é obtida quando não se faz nenhum tipo de tratamen-

/\dc',ÍV<J lliclrófolJo to prévio da resina a ser reparada tanto por métodos mecânicos

Ht',i11.1 e01npost,1 ,1 C",collia do quanto por químicos.


e11l1r gr,10 df'nl i,t,1.

A literatura é un~nime em afirmar que a melhor resistência in·

terfacial é alcançada quando a superfície da resina composta é


abrasionada com jateamento de óxido de alumínlo65-n. seguida
de limpeza da superfície com ácido fosfórico. O uso de ácido
fluorídrico pode reduzir a resistência interfacial"'7~n Na ausên-
cia de um instrumento de jateamento intrabucal o cirurgião-

antiga com pontas diamantadas de granulação fina ou gross


seguida da limpeza com ácido fosfórico59 65.
Shortcuts em odon tologia estética: urna nova visão sobre TIPS
186

Após esse tratamento. deve-se preferencialmen-


te empregar um sistema adesivo para melhorar a
adaptação da resina nova sobre a antiga 72 74 e o uso
de silano é dispensável 687º (Figs. 2.281 a 2.292).

O adesivo empregado deve preferencialmente ter


características hidrófobas6s.1s (Ex.: frasco 3 do sistema
Scotchbond Multiuso [3M ESPE] ou frasco 2 do ade-
sivo com primer autocondicionante Clearfil SE Bond
[l<uraray Noritake]) ou pode-se considerar o uso de
resinas de baixa viscosidade como agente de união
intermediário76 . A característica hidrofóbica desse
grupo de materiais reduz a possibilidade de pigmen-
tação na interface do reparo ao longo do tempo, pois
ajuda a reduzir a sorção de água. que potencializa o
efeito de degradação da resina compostan.

Duas sequências passo a passo do procedimento


de reparo podem ser obseNadas nas figuras 2.293 a
2.307. ObseNe. nas figuras 2.302 a 2.307, que em al-
gumas ocasiões a decisão de realizar um reparo é um
tanto difícil, devido ao grau de destruição da estru-
tura dentária. além de não necessariamente ser um
procedimento completamente conseNador. Entre-
tanto, esse procedimento sempre será muito mais
conseNador do que a troca de toda a restauração.
Capítulo 2 : Resin as comp ostas e sistem
as d ·
ª
es,vos : o mater ial
187

2.281 :i 2.292: Restauração de Classe IV


fratur ada . Restaurações
sistem a restaurador 4
re:iliza d:is (recon torno cosmé tico) com o
; acom panha mento clínico de 3 anos (2.281 ),
Seasons, Jvocl:ir Vivadent
2.282 , a asperização
área em que será realizado o rep:iro. a figura
ntada seguid a do jateam ento com óxido de aJurninio
com ponta di:irna
(2.285). Na sequência,
(2.283 e 2.284 ). Obser ve o aspec to fosco
(2.286 ), a aplicação do
for:irn realizados o condi cion:i rnento ácido
resina comp osta em duas
bond do Scotc hbond Multi uso (2.287) e da
ção do gel p:ira melhor:ir a
camadas (2.288 e 2.289 ). Em 2.290 , aplica
em 2.291 .
polimerização, que pode ser obser vada

s 2.281 a 2.292, foi


2.293 a 2.301: O rep:iro realiz ado nas figura
lho mais escuro do sistema
imediatame nte acaba do com disco verme
mento do trabal ho estético
Sof Lex Pop-O n (2.293 , JM ESPE) e o repoli
ado com as borrachas
de canino a canin o, três anos antes, foi realiz
(2.294 e 2.295 , Asrropol
siliconizadas de g ranula ções grossa e média
ncia, com o de granulação
cinza e verde, lvoclar Vivadent) e, na sequê
Em seguida. aplico u-se
fina (2.296 , Astropol rosa, lvocl:ir Vivadent).
pastas de óxido de alumínio
feltro (2.297, Flexi- buff, Cosm edent ) com
Lixadas com riras de lixa
(Enamelize, Cosm edent ). As proxim ais for:irn
Oral B) com auxilio de
(Epitex/GC Corp.) e fio denta l (Supe r Floss,
(2.298 e 2.299 ). Nas figuras 2.300
pasta p:tra polim ento (Cryst ar/KOTA)
ado final antes e depoi s da remoção
e 2.301, pode ser obser vado o result
do isolamento.
(.lp1tulo 2 . Re,;ina5 composta5 e s,st emas adesivos·
. o material
190 Shortcuts em odontologia estetiLd ui 3 f'
a' . o ,.o,~ ,1

~/t)
Por que reparar a restauração e não fazer diretamente a
troca da restauração antiga?

RESPOSTA

Os critérios para se realizar a troca são sempre


de dif1cil interpretação. ou seJa. você pode
estar trocando algo sem necessidade! Você O sobretratamento t um dos principais probl mas da
estará realizando sobretratamento A completa Odontolog111 atual. Tente melhorar o. seus metada d
n6stico e entender por que as r stauraçõe · falham an
substituição da restauração acarreta ampliação
resolver trocar uma re taur"{ào an119a
da cavidade preexistente e maior perda de
tecido dentário (Tab 22)"
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas ades· . .
1vos. o material
191

T~bela 2.2: Dica clínica final.

.... .. . . .

Repolimento segu,ndo os seguintes passos·

1• Discos abrasivos. como Sof-lex Pop-on XT (3M ESPE}.


1. Perda de polimento/brilho
2- Borrachas como J1ffy (Ultradent) ou Astropol (lvoclar Vivadenü
3- Feltros. como Flexi-buff (Cosmedent) ou 01amond Flex (FGM) com pastas como Enamelize (Cosmeclent) ou Diamond R (FGM}.
4- Lixas finas associadas com pastas:
5- Super Floss (Oral B) com pastas e óleo (Johnson & Johnson)

2. Margens pigmentadas superficialmente 1- Remoção das manchas com lâminas de bisturi ou discos abrasivos mais grossos. Os passos seguintes são os mesmos do problema 1.

3. Fendas marginais com defeitos de sobrecontorno 1- Uso de pontas diamantadas douradas em baixa rotação e contra-ângulo multiplicador. Os passos seguintes são os mesmos do problema 1.

Reparo da restauração seguindo os passos:

1- Asperização com pontas diamantadas grossas em baixa rotação e contra-ângulo multiplicador:


2- Jateamento com óxido de alumínio 50 micrômetros.
4 . Fendas marginais com falta de material
3- Condic,onamento com ácido fosfórico 37%;
4- Adesivo hidrofób1co:
5- Resina composta:
Os passos seguintes são os mesmos do problema 1.

Reparo da restauração seguindo os passos·

1- Asperização com pontas d1amantadas grossas em baixa rotação e contra-Angulo multiplicador.


2· Jateamento com óxido de alumínio 50 m1crômetros:
S. FratU(a de restawaçlo 3- Cond1c1onamento com ácido fosfonco 37%:
4- AdeslVO hidrofóbico.
5· Resina composta.
Os passos seguintes são os mesmos do problema 1.

Troca total da restauração.


6. Infiltração da restauração
Desgaste superficial da resina composta e posteriormente reparo da restauração seguindo os passos:

1- Asperização com pontas diamantadas grossas em baixa rotação e contra-Angulo multiplicador.


2- Jateamento com óxido de alumínio 50 micrõmetros:
7. Perda ela coloração e necessidade de modificação
3- Cond1C1onamento com ácido fosfórico 37%:
estética (pequenas mocfificações) 4- Adesivo hidrofóbico:
5- Resina composta;
Os passos seguintes são os mesmos do problema 1.

a. Perda ela coloração e necessidade de modificação Tioca total da restauração


estética (graiideS modifica ões)
Desgaste da área pigmentada seguido de reparo da restaixação seguindo os passos:

1• Asperi~ com pontas diamantadas grossas em baixa rotal;ào e contra·Angulo mult1pl1cador;


2- Jateamento com óx1clo de alumínio 50 mlcrõmetros:
3· CondicionamentO com áciclo fosfÕIICO 37%.
4- Adesivo hickofóbKo·
s- Rest0a composta.
Os passos seguintes são os mesmos do problema 1

Troca total da restauração


192 Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TiPS

AntNiOrH Posteriores

Falha de retenção Descoloração marginal

Cáries adjacentes

Descoloração de corpo
Fraturas

Retenção
Fratura

Descoloração marginal esta sempre associado a carie adJacente7

Descoloração __
...._ r -
1

Desadaptação marginal

Por que reparar e nao troca, a rl'~taur.1~.10,


Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: material
0

193

fl-te. 3 - Sistemas adesivos

~/
Quais são os tipos básicos de sistemas adesivos presentes hoje para uso clínico
e quais são as diferenças em termos de abordagem clínica
quanto ao esmalte e à dentina?

Oswaldo Scopin de Andrade · Vinicius Oi Hipólito · Ronaldo Hirata · Alessandro Dourado Loguercio · Bruna Marin Fronza · Marcelo Giannini

Essa classificação é a mais utilizada atualmente e facilita a aplica-


ção clínica e o entendimento dos benefícios e das limitações de
cada técnica. Para sintetizar e especificar cada situação clínica ini-
cialmente serão descritas as diferenças estruturais entre esmalte
e dentina para. então. explorar os tipos específicos de adesivos.

o conceito de adesão dos materiais odontológicos ao substrato


dental é baseado na criação de uma interface ácido-resistente que
suporte as situações adversas da cavidade bucal. tentando. assim.
mimetizar as estruturas presentes no dente natural íntegro7ª.

No dente. esmalte e dentina são duas estruturas com caracterís-


ticas físicas diferentes que interagem entre si para formar uma
Shortcuts - - --
194

estrutura única que suporta ao longo de sua vida que mi e izem o den~e em cr2.::e.-::: :::c:3 :;:'-=-

útil. as situações mais adversas. desde tensões fí- e


sicas a variações térmicas. O esmalte é extrema- como substitutos da de a e ao es ê. ::e:...._

mente rígido e. sem o suporte da dentina pode

fraturar-se. lembrando. assim. o conceito básico Como encionado an erior en e

em Odontologia restauradora segundo o qual gro. unindo essas duas e

esmalte sem suporte fratura. Da mesma maneira. totalmente d. eren es. existe a j çà 2'."""'e- ~ =-.--·-

a dentina sem a proteção do esmalte se desgasta

mais facilmente sob função oclusal. abrasão e até proteger o dente como u
em condições de pH neutro salivar. A análise con- mostram que trincas e fraturas q e se pr
ceituai e científica mostra que a estabilidade entre dentro do dente íntegro raramente
as duas estruturas depende de uma ligação estrita nha da junção e sim transversalmen e a e ;· õ::_ 65"
chamada junção amelodentinária. Com isso. uma
fator mostra a importância que a união
estrutura com maior resiliência. que se deforma
tre duas estruturas com caracterís icas I icas ·=e-
com mais facilidade. como a dentina pode absor-
rentes têm para o dente.
ver tensões. evitando a fratura do dente79•

Dentre os materiais restauradores dire


Seguindo essa linha de pensamento e com a evo-
utilizado é a resina composta que geralmen e
lução dos procedimentos adesivos. a literatura
é aplicada por meio da técnica dire a duran e a
tem mostrado a capacidade que determinados
confecção de restaurações em dentes an eriores
materiais têm de substituir o esmalte e a dentina
e posteriores. Durante o processo de polimeriza-
Dessa forma analisando materiais dentários que
ção. a reação química desencadeada na fase or-
tenham adesão à estrutura e características físi-
gânica da resina produz a conversão dos monô-
cas semelhantes àquelas que compõem O dente.
meros em polímeros. resultando na aproximação
é possível indicá-los para a substituição da estru-
das moléculas com consequente contraçao.
- Se a
tura perdida. Por analogia materiais ou estruturas
técnica de confecção de restaurações diretas não
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material l s

for utilizada de forma correta. a contração pode entre a superfície da estrutura dentária e o sis-
gerar tensões nas interfaces da cavidade. levando tema adesivo associado à re ina. indicada tanto
à perda de integridade marginal. Esses problemas. para fi ação (ou cimentação) das restauraçõe
quando acrescidos à dificuldade de inserção e indiretas como para a confecção de restaurações
acabamento da restauração. podem proporcionar diretas. A seleção correta de um sistema ade ivo
infiltração marginal com consequente redução da para técnicas diretas ou indireta muita vezes é
longevidade da restauração. uma dificuldade para o clinico. devido à grande

quantidade de técnicas e disponibilidade de ma-


Para se obterem clinicamente situações mais fa- teriais. É necessário entender inicialmente o por-
voráveis em relação ao contato proximal. à ana- quê do tratamento da uperficie dental e quai
tomia oclusal e à adaptação marginal. técnicas de são os resultados dessas mudanças ne se pa o
confecção de restaurações indiretas de resinas importante na adesão das e trutura biológica
compostas polimerizadas fora da boca ganha- aos materiais restauradore .

ram popularidade nas duas últimas décadas. as-

sim como o uso de cerâmicas. Nesse caso. apenas O condicionamento da e trutura dentária como

uma fina camada de resina (cimento resinoso) é pré-tratamento para o uso em procedimento

usada para fixar a restauração. Entretanto. duran- restauradores é conhecido há mais de 50 ano .

te a polimerização da resina para fixação. também A utilização. em esmalte. do ácido fosfórico em

pode ocorrer o desenvolvimento de tensões que concentrações que variam entre 30 e 40%. pelo

podem levar ao rompimento entre a restauração tempo de 30 a 60 segundos. tem e mo trado

e o dente. gerando infiltração marginal. principal- extremamente eficaz tanto para procedimento

mente quando as margens da restauração estão diretos como para os indiretos. O ácido fo fó-

localizadas na dentina83• rico promove a dissolução seletiva dos pri ma

de esmalte. criando microporo idade que er o

Dessa forma. a integridade marginal está direta- infiltradas pelo adesivo. como vi to n figur

mente relacionada à resistência de união (adesão) 2.308 a 2.310.


196

2.308: Fotomicrografia em MEV


mostrando a superfície intacta do
esmalte dental (Fotomicrografia:
Di Hipólito, V; de Coes, M).

2.309: Fotomicrograóa em
MEV mostrando a superfície do
esmalte dental após a aplicação
de ácido fosfórico a 37% por 60
segundos. É possível visualizar
o condicionamento seletivo dos
prismas de esmalte, criando
irregularidades na estrutura que
serão penetradas pelo sistema
adesivo (Fotomicrografia: Oi
Hipólito, V; de Coes, M).

2.310: Corte longitudinal


mostrando a estrutura da camada
híbrida em esmalte.
As setas brancas Indicam a região

fosfórico e interpeneb:llda-pelo
adesivo (Fotomic:rogr.ma> Dl
Hipólito, V.· de Goes. M). ,;}:i~~1~;~~~
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material
197

Para os procedimentos de união ao tecido dental. di-


é seca. apresentando um aspecto opaco e sem
vidiremos as técnicas em 4 grupos. sendo a primeira
brilho. Nesse momento. um adesivo hidrófobo
para restaurações em esmalte e as três seguintes
(p. ex.: Scotchbond MP frasco 3/3M ESPE. Helio-
para cavidades mistas em dentina e esmalte.
bond/lvoclar Vivadent; outros nomes comerciais

no site: www.shortcuts-book.com) sem solventes.


A técnica 1 é utilizada para os procedimentos
que chamaremos de Grupo 1 é aplicado. seguido
restritos ao esmalte. é eficaz e simples. sendo de
de um leve jato de ar e do procedimento de fo-
domínio do cirurgião-dentista. que deve entender
toativação por pelo menos 10 segundos por face.
que o tempo é importante e o condicionamen-
A estratificação da resina é feita como descrito no
to acima de 1 minuto não torna a técnica mais
Capítulo 3 (Figs. 2.311 a 2.318). O período de 30 a
eficaz. Assim. o tratamento de superfície para
60 segundos leva em consideração o tempo que
restaurações limitadas ao esmalte é o condicio-
o profissional gasta aplicando o ácido fosfórico na
namento com ácido fosfórico (30 a 40%) entre
superfície de esmalte. pois ao terminar a aplicação
30 e 60 segundos. Após esse período em con- uma parte da superfície ficará condicionada por
tato. o ácido é lavado e a estrutura de esmalte mais tempo que a(s) outra(s).
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS
198

2 .311, ecessidade de pequenos recontomos cosméticos de bordos incisais.

2.312: Esmalte integro para adesão.

2 _313 e 2_314 , Um jateamento da superfície com óxjdo de alumínio favorece o padrão de condicionamento do esmalte oferecido, devido à presença do esmalte :tprisnútico em esnwtes
não prepar:idos.

2_315 , Ácido fosfórico apLicado com margem de segur211c;a, quer dizer, além da área que aparenta e que será utilizada inici:tlmente.

2.316: Dente 21 já fin:tl.iz:tdo

2.317 e 2.318: C:tso hnaliz:tdo.


Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: material
0

199

Aplicação do Grupo 1 (Técnica 1): utilizamos esta

técnica em Odontologia rest auradora direta para

restaurações restritas ao esmalte. sem exposição

de dentina. como por exemplo:

restaurações de Classe IV;

recontorno cosmético (resinas acrescentadas

ao esmalte sem preparo ou desgaste);

facetas diretas de resina composta;

adição seletiva de resina composta (p. ex.: re-

constituição de guias anteriores e canina);


fechamento de diastemas.

Outro ponto importante é que. caso haja dúvida

sobre a ocorrência de exposição de dentina. deve-

-se tratar toda a estrutura como se fosse dentina.

para evitar problemas principalmente relacionados

à sensibilidade dental (Figs. 2.319 a 2.323).

2.319: C:tso inicial com necessidade de modificação de forma de centrais e


laterais, com correção de posicionamento. Observe a exposição dentinária nas
cervicais dos incisivos centrais.
Importante! Na dúvida,
trate a superficie como se 2.320: Inicia-se o condicionamento pelo esmalte seguido do condicionamento
fosse dentina. das possfveis áreas de dentina.

2.321 a 2.323: Finalização do caso clinico com uso de resinas micro- hlbridas
(Amaris/ VOCO).
Shortcuts em odontologia es tél1c uma nova visão sobre TIPs
200

2.324: Imagem da pa rede


A dentina é diferente em estrutura e requer cui- pulpar da dentina humana.
É possível notar as
dados (Figs. 2.324 a 2.326). Consequentemente.
diferentes estruturas de
a facilidade técnica da aplicação dos adesivos sua composição: as setas
brancas mostram a dentina
em esmalte não é a mesma quando se trata da peritubu lar, que envolve
os prolongamentos dos
dentina. A formação da zona de int erdifusão en- odon toblastos que ocupam
o espaço negro na imagem .
tre mat erial restau rador e estrutura dent inári a
As setas vermelhas indicam
é mais complexa e depende de vários fato res. a dentina intertubular, rica
em colágeno e sustentada
A denti na é compost a por cerca de 50%, em por uma estrutura mineral
(Fotomicrogra fia: Scopin , O;
volume. de subst ância inorgânica. 30% de subs- de Goes, M).
84
t ância orgânica e 20% de água . Devido a essas
2.325: Corte longitudinal

caract erísticas de umidade estrutural da dentina. da dentina onde são


visualizados os túbulos
os processos de adesão à estrutura dentinária dentinários. Nota -se
que, devido à forma de
sempre foram um desafio. obtenção do espécime,
a dentina peritubular
fraturou , expondo a rede
circundante de colágeno
As estratégias de adesão à dentina são baseadas
(Fotomicrografia: Scopin, O;
nas publicações de Nakabayashi e colaboradores 85, deGoes, M).

que descreveram a técnica de condicionamento 2.326: 1Ubulo dentinário


em sentido longitudinal,
ácido da dentina seguida pela aplicação de um preenchido pelo adesivo.
Nota-se a auséncia da dentina
monômero hidrofílico previamente à aplicação de
peritubular, sendo a estrutura
um agente resinoso a ser polimerizado. estabele- de colágeno que a envolvia
mantida graças à presença
cendo a união com o material restaurador. A téc- do adesivo. O espécime
foi obtido por fratura na
nica de condicionamento ácido da dentina ainda interface restauradora do
sistema adesivo/dentlna
hoje é a base da maioria dos adesivos disponíveis
(Fotomicrografia: Scopin, O;
no comércio. porém esse cenário vem passan- de Goes, M). Mais imagens
podem ser visualizadas no site:
do por mudanças que oferecem outras técnicas WWW shortcuts book com.

igualmente eficazes.
Capítulo 2 : Resinas compostas e siste mas ades·1 • •
vos. o material
201

Para a dentina. o mais coerente é classificar os


No Grupo 2. a técnica de união é obtida pelo con-
adesivos. dependendo da forma como são aplica-
dicionamento da dentina ut ilizando. durante 15
dos. bem como da necessidade ou não do pré-tra- segundos. ácido fosfórico em concentrações que
tamento com ácido fosfórico. Assim. para dentina. variam de 30 a 37% e desmineralizando parcial-
dividimos em três grupos. sendo as três técnicas mente a estrutura dentinária. deixando exposta a
adicionadas à anterior de aplicação em esmalte rede de colágeno 87·88. Nesse procedimento técni-
(Técnica 1 - Grupo 1): completam assim as estra- co. o primeiro detalhe crítico está relacionado ao
tégias de união ao tecido dental 86 : momento de lavar o ácido da superfície da den-

tina. O ácido deve ser lavado pelo tempo de con-

Grupo 2 (Técnica 2): condicionamento total (to- dicionamento do esmalte. ou seja. de 30 a 60 se-

tal-etch ou etch & rinse) - adesivos associados gundos. A remoção do excesso de água não deve
Exemplos de adesivos
ou não ao primer. que utilizam o condicionamen- do grupo 2: Single ser realizada com jatos de ar da seringa tríplice.
Bond 2 {3M ESPE), que podem ressecar demais a estrutura condicio-
to com ácido fosfórico como pré-tratamento da
Adper Scotchbond
dentina. tendo um ou dois frascos. (3M ESPE), Tetric nada. levando a um colapso da rede colágena que
N-Bond (Ivoclar Vi- será penetrada pelo adesivo89•
vadent), Optibond FL
Grupo 3 (Técnica 3): Primer-ácido - adesivos que (Kerr), Optbond Solo
(Kerr), entre outros. Para deixar a superfície levemente úmida e preve-
utilizam o condicionamento com um primer-ácido
nir o colapso da rede colágena devem ser utilizadas
como pré-tratamento da dentina (self-etch).
bolinhas de algodão hidrófilo ou pequenos pedaços
tendo dois frascos.
de papel absorvente colocados nas margens da ca-

vidade90. Dessa forma é possível manter a estrutu-


Grupo 4 (Técnica 4}. A/1-in-one (self-etch) - Ade-
ra de colágeno umedecida e pronta para receber o
sivos em passo único. que não necessitam de pré-
adesivo dentinário. que pode estar disponível em
-tratamento da dentina ou nos quais o agente con-
duas versões· em dois frascos (com primer e bond
dicionante e o agente de união propriamente dito

fazem parte de uma única solução.


202 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão b
so re TIPS

de frasco único. onde monômeros hidrófobos e hi- vol atilidade. A função desse solvente é auxi liar no

drófilos est ão acondicionados em uma mesma em- deslocamento da água presente na superfície da

balagem e que. na opinião dos autores. tem docu- dentina e que está suportando a rede de coláge-

mentação científica suficiente para uso clínico


41 91
· .
no. ao mesmo tempo em que leva os monômeros

Nomes comerciais de adesivos do Grupo 2 estão hidrófilos para a intimidade da malha de coláge-

no site: www.shortcuts-book.com. no desmineralizada92 .

A partir desse momento, quando utilizarmos o Assim. no momento em que o adesivo é aplicado

termo adesivo. estaremos nos referindo ao adesi- na estrutura. o solvente orgânico (álcool ou ace-

vo de frasco único com primer e bond na mesma tona) desloca a água e auxilia na penetração do

embalagem; para o agente de união sem solvente adesivo em toda área condicionada e umedecida

(bond). o termo empregado será monômero hi- Evidências recentes indicam que a aplicação ati-

drófobo (Grupo 1). va ou vigorosa do sistema adesivo na dentina tem

mostrado excelentes resultados de longevidade de

Quando se utiliza essa técnica. na composição dos união. sendo esta a nossa recomendação. Essa for-

adesivos. está sempre presente um componente ma de aplicação melhora a penetração do adesivo

que, ao mesmo tempo. tenha características hi- e também ajuda na evaporação do solvente9.3.94.

drofílicas. portanto. que tenham afinidade com a

rede de colágeno exposta pelo pré-tratamento da

dentina com ácido fosfórico e também proprie-

dades para se unir ao material hidrofóbico que se

ligará à resina composta Entre esses monômeros


Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas a d es1vos:
· .
o material 203

É importante salientar que esse leve jato de ar

não tem a função de deixar a camada de adesivo


mais delgada. mas sim a função de remover o sol-
vente que auxilia na fase inicial do procedimento.
que é o de penetração na camada pré-condiciona-
da pelo ácido e que agora não tem mais função.
Na realidade. a presença de solvente em excesso
poderá comprometer a polimerização da camada
de adesivo. Após a evaporação cuidadosa do sol-
vente. o próximo passo é a fotoativação do adesi-
vo. formando assim a camada híbrida (Fig. 2.327).
Clinicamente. antes da polimerização do adesivo.
2.327: Fotornicrografia da camada híbrida em dentina de um adesivo em dois passos (Single Bond, JM
deve ser feita uma inspeção cuidadosa para que
ESPE), que utiliza ácido como pré-tratamento da dentina (Fotornicrograóa: Scopin, O. e De Goes, M).

não ocorram áreas formando poças com excesso


de solvente. Enfatizamos que o jato de ar deve ser

constante e cuidadosamente aplicado.

eles faz com que um cuidado especial deva ser to-


Ainda em relação à aplicação técnica um dos fato-
mado quanto à técnica de aplicação. Para adesivos
res .que mais influenciam nas propriedades de ma-
com acetona em sua composição. a recomenda-
ão ~ o tipo de solvente presente nos ade-
ção é utilizá-los imediatamente depois de dispen-
sar sobre a dentina úmida em várias {cinco vezes)
aplicações consecutivas sem jato de ar entre as ca-
madas96. A remoção do excesso de solvente deve
Shortcuts e'Tl odon o og,a es et ca: uma no.-a . sà:l _ e ~ °5

Para adesivos com álcool como solvente, uma apli- Para contornar essas condições prejudiciais à

cação de adesivo na dentina recém-dispensada é adesão, foram desenvolvidos, no início dos anos

suficiente; o importante é que o aplicador esteja 1990. sistemas de união denominados autocon-

suficientemente saturado e que o tempo de conta- dicionantes (self-etch). que serão denominados

to deste com a dentina seja de aproximadamente Grupo 391 . Esses sistemas eram aplicados ao

30 segundos97. tecido dentinário de modo mais simplificado e.

diferentemente dos anteriores. a desmineraliza-

Como pode ser entendido na breve descrição, o ção e a infiltração do tecido ocorriam simulta-
sistema de união à dentina empregando o condi- neamente. com o intuito de evitar o colapso das
cionamento ácido total só obteve sucesso quan- flbrilas de colágeno expostas após a desminerali-
do contou em sua formulação com um elemento zação da dentina (Fig. 2.329).
capaz de remover a lama dentinária (condiciona-

dor ácido). Ao mesmo tempo, foi preciso buscar No Grupo 3. os componentes são acondiciorta'."
outra condição essencial à adesão: a umidade da
dos em dois frascos e devem ser aplicados
dentina (técnica úmida). No entanto. a determi-
dois passos operatórios. O primeiro frasco ~
nação do grau de umidade adequado do tecido
tém monômeros ácidos ou derivados. m
é um fator subjetivo e difícil de ser alcançado
ros hidrófilos e água (essa solução é de
clinicamente. Se. por um lado. a desidratação ex-
primer-ácido). O segundo frasco r.
cessiva da dentina promove o colapso das fibrilas

de colágeno. por outro. o excesso de umidade


predominantemente. b1
também interfere desfavoravelmente na infil-
fato do menômero
tração monomérica95• Outro fator importante no

desenvolvimento dos sistemas adesivos foi O


Cap1tulo 2 · Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 205

2.J28: Calll2da hlbrid2 em


dentina de um adesivo em
dois pasos com pequenas
partículas (Tetric Bond. Ivoclar
Vivadent). que utiliza ácido
como pré-tratamento da dentina
(Fotornlcrografia: Oi Hipólito, V.,
DeGoes.M).

2.329: Carmda hfurida do adesivo


com primaautacondlciomnt
em dois pmos Clearfd SEBand
(Xarar.:ay Norit21re)
A fotoalicmfpmaDIOlbllOS
Shortcuts em odontologia es ética· uma nova visão sobre TIPS
206

de ar. porém estudos mostram que se o excesso de


A especificidade desse processo adesivo auto-
condicíonante consiste em não lavar a superfície água não for removido corretamente. a qualidade

do substrato após a aplicação do primer-ácido. da camada híbrida torna-se comprometida. redu-

dado que os subprodutos da desmineralização zindo os valores de resistência de união99·1 ºº


são incorporados e polimerizados junto com o
agente de união. Alguns exemplos desses sis- Atualmente. há tendência de utilizar com mais fre-

temas são: Clearfil SE Bond (l<uraray Noritake). quência esse grupo de adesivos devido à facilidade

Unifil Bond (GC Corp.). FL Bond (Shofu). AdheSE da técnica de aplicação e aos resultados dentro dos

(lvoclar Vivadent). dentre outros. Devido ao pH níveis de aceitabilidade clínica. Estruturalmente. a


próximo a 2. são considerados de agressividade camada híbrida desse grupo de adesivos é mais
leve91 • Veja os nomes comerciais atualizados no fina e os tags de resina dentro dos túbulos den-
site: www shortcuts-book com. tinários curtos em relação aos adesivos que utili-
zam ácido como pré-tratamento. Entretanto. es-
Em relação à aplicação clínica desses adesivos. há sas características não influenciam na resistência
uma diferença importante: o primer-ácido desse de união. como tem sido observado para adesivos
grupo de adesivos trabalha com a dentina seca e como Clearfil SE Bond (Kuraray Noritake)'4 101•
não úmida como na técnica anterior. Após a apli-
cação feita de maneira ativa esfregando na estru-
tura98. pelo tempo recomendado de aplicação do
207
Cap ítulo 2 : Resinas compost as e sistemas adesivos: o material

componentes do sistema (ácido. primer e adesivo) Considerando o nível de aplicação. é a técnica mais

são aplicados no tecido dental. Esse produto rece- simples de todas. pois só um passo é recomendado.

beu a denominação genérica de todos em um ou Inicialmente. os adesivos desse grupo eram hidró-

a/1-in-one. devido às características de seus compo- filos e com grande quantidade de água e diluentes.

nentes. que agem simultaneamente para a hibridi- fazendo com que a camada híbrida formada fosse

zação dos tecidos. Para os adesivos desse Grupo 4. delgada. com característica de membrana semiper-

em seguida à sua aplicação. secagem rápida é rea- meável e com polimerização pouco eficaz 1º3. Não

lizada para a evaporação do solvente e a formação há ainda consenso sobre o uso geral desse grupo

de uma fina camada do adesivo sobre a superfície de adesivos. de modo que entendemos que a evo-

do substrato, suficiente para promover a união com lução dos materiais é contínua e talvez em pouco

o material restaurador102• Nos últimos anos. novos tempo estará disponível um adesivo em passo úni-

produtos com essas propriedades foram lançados co extremamente eficaz. Em nível de aplicabilidade

no mercado odontológico, como os sistemas Adper clínica descreveremos as técnicas que os autores

P.rompt L-Pop (3M ESPE). Clearfil 53 Bond (Kura- utilizam na clínica diária em forma sequencial para

optake), Xeno IV (Dentsply Caulk), Optibond entendimento detalhado.


Shortcuts em odontologia estética urna nova visão sobre TIPS
208

~cl
Existe a possibilidade de definir os tipos de adesivos para cada situação
clínica e como utilizá-los?

Existe a possibilidade de definir tipos de adesivos para cada situa


RESPOSTA
ção clínica mas é importante enfatizar que há variações q

Sim, veJa o passo a passo no texto às marcas comerciais. Segundo consenso dos autores. desa
mos técnicas e materiais com documentação científ;i
utilizados pelo grupo por mais de 5 anos em ativ·d
privada e educacional. As técnicas mais recen
com caráter informativo e de perspecti

TÉCNICA 1
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material

TÉCNICA 2

Aplicação Grupo 2 (Técnica 2) (condicionamento total do esmalte

e da dentina com ácido fosfórico):

Cavidades em:

- dentes posteriores (Classes I e li) com término em esmalte e


exposição superficial de dentina (cavidades rasas);
- dentes anteriores (Classe Ili) com término em esmalte e ex-

posição da dentina rasa e de média profundidade;


- dentes anteriores (Classe IV) com término em esmalte e ex-

posição da dentina rasa e de média profundidade.

A sequência clínica dessa técnica está demonstrada nas figuras

2.330 a 2.340.
210 Shortcuts em odontologia estética urna nova visão sobre TIPS

2.330: Cavidade de Classe I


e m prime iro molar inferior
após a remoção da restauração
inadequada de a málgama.

2.3312 2.333: Aplicação inicial do


ácido fosfó rico e m es mal te por IS
segundos · .

2.334: Co mplementação d2
técnica d e condicionamento
tota l, aplicando o ácido sobre a
d e ntina por mais 15 segundos· .
• to tal do condic ioname nto:
dentina - 15 segundos; esmalte -
30 a 60 segundos .

2.335 2 2.337: Aplicação do


adesivo simplificado (PQI ·
Ultrade nt) sobre toda a estrutura
dentária condicionada.

2.338: Aspecto do adesivo sobre


a dentina antes da fotoativaçào.
ote o aspecto esbranquiçado
devido à presença de carga no
sistema adesivo.

2.339 : F'otoativa~o do adesivo


por JO segundos.

2.340: Aspecto da cavidade após


a fotoativa~o do adesi o e antes
da estratiflca~o com resiJU
composta por meio da técnica
incremental. ote que o aspecto
opaco do adesivo desaparece
após a polimerização.

o tempo de ativação é
aumentado por esse adesivo
possuir carga inorgânica
em sua composifão.
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 211

ESQUEMA TÉCNICA 2 - ADESIVO GRUPO 2 * Obs.: Em casos de adesivos em três passos -


ácido. primer e bond -, os passos 4 e 5 de-
1. Condicionamento ácido do esmalte e da den- vem ser executados conforme descrito a se-
tina. Iniciar sempre a aplicação pelo esmalte. guir. Exemplos de marcas comerciais: Adper
por 15 segundos. e depois sobre a dentina. Scothbond (3M ESPE), Optibond FL (l<err) e
O tempo de aplicação máxima final para a AII-Bond 3 (Bisco lnc.).
dentina é 15 segundos e o do esmalte. chega a 4. Aplicação, em toda cavidade, de uma camada
30 segundos. abundante do primer do sistema, deixando o
2. Lavar o ácido por pelo menos 30 segundos. adesivo molhar a cavidade por capilaridade.
com spray de água/ar. 5. 1. Remoção do excesso de solvente, com a apli-
3. Remover o excesso de água com uma bolinha cação de um jato de ar (por pelo menos 10
de algodão hidrófilo ou um pedaço de papel segundos) leve e constante. até a dentina

absorvente colocado nas margens da cavida- apresentar aspecto brilhante sem acúmulos

de. A dentina deve apresentar aspecto brilhan- de adesivo nos ângulos internos.

te. indicando que está umedecida. 5.2. Aplicação do bond em toda a cavidade. segui-

4*. Aplicação. em toda a cavidade. de uma cama- da de jato de ar leve e breve.

da abundante de adesivo em frasco único de 6. Fotoativação da camada de adesivo por no

forma vigorosa Exemplos de marcas comer- mínimo 10 segundos para adesivos em frasco

CÍfilS: Adper Single Bond 2 (3M ESPE). Excite único e para adesivos em três passos que não

odar Vivadent}. Peak Universal Bond (Ultra- tenham carga (p. ex.: Adper Scothbond - 3M

;etfie; N-Bond (lvoclar Vivadent). ESPE). Para adesivos com carga presente (p.
ex.: Optibond FL [Kerr] e Permaquick [Ultra-
dent]) no bond. fotoativar por 20 a 30 segun-

té a dentina dos, dependendo da fonte de luz.


7**. Aplicação de uma camada de resina tipo flow
em toda a parede dentinária. Para evitar uma
Shortcuts em odontolog1a estenca uma no a , · 0 so e
212

camada muito espessa a resina flow pode ser TÉCNICA 3 (GRUPO 3)

dispensada em um casulo e aplicada com um


instrumento como. por exemplo. um aplicador Aplicação Grupo 3

de cimento de hidróxido de cálcio. Essa ca-


mada deve ser polimerizada por 40 segundos Condicionamento seletivo de esmalte com ácido

para aparelhos de luz halógena e 20 segundos fosfórico e utilização de um sistema com primer

com LED. A camada de resina flowable auxi- autocondicionante como pré-tratamento da den-

lia na eficiência de polimerização. pois isola o tina (dois frascos).


adesivo do contato com o oxigênio. formando
uma espécie de base protetora para a camada Observação: para cavidades médias. consideran-
híbrida principalmente para adesivos simplifi- do a profundidade. em dentina é possível usar
cados que não têm o passo da aplicação do ambas as técnicas; porém. recomendamos a
bond hidrófobo 104·105• Aplicação Grupo 3.
** A importância desse passo na técnica restau-

radora direta está descrita no Capítulo 4. Cavidades em:


8. Realização da restauração na técnica incre-
mental. Cada camada de resina indiferente da
técnica de estratificação. foi fotoativada por em esmalte e exposição da
20 segundos com LED. sendo a polimerização dia e profunda;
final com a restauração coberta com um gel
hidrossolúvel.
capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: 0 material 213

de dent ina média e profunda no restante da

cavidade;

- dentes anteriores (Classes Ili e IV) com térmi-

no em esmalte e exposição de dentina média

e profunda;

- dentes anteriores (Classes Ili e IV) com térmi-

no cervical em dentina. e exposição de denti-

na média e profunda.

A sequência clínica dessa técnica está demonstra-

da nas figuras 2.341 a 2.350.

2.341: Cavidade após a remoção da restauração antiga.

2.342: Condicionamento somente das margens em esmalte. Uma alternativa para proteger
a dentina do contato com o ácido fosfórico seria a aplicação de uma bolinha de algodão na
cavidade e posterior condicionamento ácido das margens.

2.343: Após a lavagem, secagem total da cavidade. Observe a margem de esmalte


condicionada.

2.344: Aplicaçlo do pmnercondlclonador (Primer Clearfil SE Bond, Kuraray Noritake).

2.345: Secagem suave e continua para a evaporação do solvente.

2.346: Aplk:a,;loclo "°114ouadeslvo hidrofóblco (Bond Clearfil SE Bond, Kuraray Noritake).


214 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sob
re TIPS

ESQUEMA TÉCNICA 3 - ADESIVO GRUPO 3

Após a remoção do tecido cariado e/ou do ma- s. Na dentina seca, aplicar esfregando vigorosa-
terial anteriormente presente. passar cuidado- mente com um microbrush o primer autocon-
samen e sobre a dentina uma broca carbide dicionante. segundo o tempo recomendado
mult1laminada acoplada a um micromotor mul- para cada sistema. Por exemplo, para o siste-
tiplicador (T2/Sirona). O uso desse tipo de bro- ma Clearfil SE Bond (l<uraray Noritake) o primer
ca ajuda a criar a lama dentinária (smear layer) deve ser aplicado por 20 segundos.
mais delgada. potencializando as propriedades
4. Aplicar jato de ar leve e constante por pelo
de união nesse grupo de adesivos.
menos 20 segundos. para evaporar o solvente
2. Aplicar cuidadosamente o ácido fosfórico ape-
(no caso a água) que serve como veículo para
nas no esmalte por 30 segundos. Para isso, um o primer.
ácido com boas características de escoamento A evaporação deve
ser cuidadosa!
5. Em seguida. proceder à colocação do adesivo
deve ser selecionado (p. ex.: Ultraetch 35%. Ul-
hidrófobo (bond). que está acondicionado no
tradent). Veja outras marcas interessantes são
encontradas no site: wwws ort uts-book.com.
3 Lavar abundantemente o ácido fosfórico com
6.
spray de água/ar por 30 segundos.
7.
4 Secar a estrutura de esmalte pré-condicionada
Capítulo 2 : Resínas compostas e sístemas adesivos: 0 material 215

TÉCNICA 4 (GRUPO 4)

Aplicação Grupo 4

Condicionamento seletivo de esmalte com ácido


fosfórico e utilização de um sistema autocondicio-
nante em passo único (all-in-one) sobre a dentina.

Restaurações diretas (mesmas indicações do Grupo 3)

A sequência clínica dessa técnica está demonstra-

da nas figuras 2.351 a 2.355.

A técnica com adesi


vo autocondicionante
em frasco unico deve
ser empregada sobre
dentina seca.
2.351: C..vidade Classe I após a remoç:lo de material restaurador preexistente.

2.352: Ácido fosfórico aplicado somente na margem de esmalte da restauração por 30


segundos.

2.353: Aspecto da cavidade após a lavagem do ácido fosfórico por, no mínimo. 30 segundos.
Após a lavagem, foi realizada a secagem com jato de ar·.
'A aplicação vigorosa do adesivo (Adper Easy One. 3M ESPE) foi feita por 20 segundos
com um microl>Tush s:1tur.1do com O material. Após a aplicação do adesivo, jato de ar leve e
constante deve ser aplicado por pelo menos 20 segundos. Na dúvida, estenda
o tempo de aplicação
2.354: Covidade imediatamente após a fotoativaçilo do adesivo por 10 segundos. do jato de ar para
a evaporação do
2.3SS: Aplicação de um passo de adesivo hidrófobo (grupo 1) como se fosse um passo
solvente.
mlmero dois de um adesivo de dois frascos.
216 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

ESQUEMA TÉCNICA 4 - ADESIVO GRUPO 4 para cada sistema. Por exemplo. para o Adper

Easy One (3M ESPE) e o Futura Bond DC os


1. Após a remoção do tecido cariado e/ou do ma-
adesivos devem ser aplicados por 20 segundos.
terial anteriormente presente. com o auxílio de
6. Aplicar jato de ar leve e constante por pelo me-
uma broca carbide multilaminada acoplada a
nos 20 segundos para evaporar o solvente*.
um micromotor multiplicador.
2. Aplicar cuidadosamente o ácido fosfórico ape-
* A evaporação deve ser cuidadosa!
nas no esmalte. por 30 segundos.
3. Lavar abundantemente o ácido fosfórico com
7. Fotoativação por no mínimo 10 segundos.
spray de água/ar por 30 segundos.
8. Aplicação de uma camada de adesivo
4. Secar a estrutura de esmalte pré-condicionada
e a dentina intacta. hidrófobo bond (optativo) em toda parede
dentinária seguida pela fotoativação por 20
5. Na dentina seca aplicar esfregando vigorosa-
mente com um microbrush o adesivo autocon- segundos. Uso de uma resina composta híbri-

d1cionante. segundo o tempo recomendado da. micro-híbrida ou nanoparticulada colocada


através da técnica incremental.
Capitulo 2 . Resinas compostas e ~istemas adesivos: o m terial 217

~3
Podemos confiar em adesão e em sua estabilidade?

A durabilidade clínica da adesão ao esmalte tem alta porcentagem


de sucesso clínico com o uso de materiais hidrófobos e técnicas
exclusivas de união ao esmalte. que datam do final da década de
1970 e início da década de 1980. O sucesso reportado nessas pu-

blicações refere-se principalmente a restaurações de dentes ante-


riores e selantes oclusais. acompanhados clinicamente durante um
período de 9 a 11 anos105•101•

Com o desenvolvimento da técnica do condicionamento ácido to-


tal e da técnica úmida os sistemas de união tornaram-se cada vez
mais hidrófilos. e alguns autores analisaram e avaliaram que eles têm
apresentado degradação; esta ocorre tanto para adesivos simpli-
ficados. que utilizam ácidos como pré-tratamento. como nos sis-
temas autocondicionantes. que dependem também de uma ação
de acidificação no momento da aplicação, necessitando. portanto,
conter água em suas formulações. Como resultado, essas composi-
ções tornaram-se mais suscetíveis à degradação hidrolítica1oa109_Essa
degradação é preponderante para o Grupo 4, já que foram mostra-
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

218

(l<uraray Noritake). um padrão-ouro em termos de


que fluidos bucais possam atravessar a camada do
adesivo em todos os sentidos. não garantindo O sela- adesivos autocondicionates 113• outros estudos des-

mento hermético do substrato. diferentemente dos crevem grande percentual de falhas depois de cur-

adesivos autocondicionantes de dois passos10ª·11º· tos períodos de avaliação clínica com os sistemas

autocondicionantes de passo único (Grupo 4)111-m.

As primeiras versões dos adesivos a/1-in-one apre-


sentaram maior permeabilidade em relação aos De acordo com esses resultados clínicos. a longevidade
demais sistemas devido ao comprometimento da das restaurações utilizando sistemas adesivos de pas-
sua reação de polimerização devido à presença de so único apresenta um percentual alto de comprome-
monômeros ácidos. água residual e características timento em curto prazo. o que evidencia que a alta
altamente hidrófilas de seus componentes. Análi- permeabilidade desses sistemas de união pode afetar
ses em microscopia eletrônica de transmissão das negativamente o desempenho clínico das restaira-
interfaces adesivas formadas entre sistemas auto-
ções. Uma nova classe de adesivos de passo úlico
condicionantes de passo único e a superfície denti-
chamados universais ou multi-mode surgiram recen-
nária mostraram a formação de canais finos deixa-
temente e apresentam corno componente prioa~
dos pela passagem da água durante os fenômenos
o mesmo monômero (10-MDP} utilizado no a
de permeabilidade dos adesivos, promovendo a
evidência morfológica de permeação dos fluidos
capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 219

~tf
Como um clínico pode interpretar e acompanhar os resultados
de pesquisas em adesão?

Com o advento da internet e a evolução da disponibilidade de arti-


RESPOSTA
gos científicos. a quantidade de informação é gigantesca e muito

diferente das décadas passadas. Há uma frase tradicionalmente


Atualizando-se em sites especializados. leitura
de revistas científicas e clínicas. participando dita no meio acadêmico que é há literatura para tudo. O signi-
de academias de materiais dentários nacionais ficado dela é que devemos ter noção básica de testes laborato-
e internacionais. presenças em congressos.
riais. interpretação de resultados e como aplicar isso clinicamente;
cursos e grupos de estudo.
assim, descreveremos como entendemos, em nossa maneira de

pensar, os resultados disponíveis.

Grande quantidade de estudos tem empregado testes convencio-

nais de tração e cisalhamento para avaliar a resistência de união

de diversos sistemas adesivos à estrutura do esmalte e da dentina.

Entretanto, esses testes frequentemente produzem falhas coe-

sivas no substrato por falta de uniformidade na distribuição das

forças na região de interface de união 116 •119 . Diante disso, espera-se

que características intrínsecas do esmalte, como a friabilidade e O

baixo módulo de elasticidade, possam torná-lo mais suscetível a


falhas coesivas.
220 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPs

Dentre essas duas modalidades de ensaio mecâ- homogeneidade das estruturas. Consequentemen-

nico. o teste de tração é a metodologia mais em- te. a incidência de fratura coesiva no substrato é

pregada na avaliação da resistência de união entre reduzida. tornando possível uma mensuração real

diversos materiais e a estrutura dentária. Investiga- da resistência de união 122 .

ções relacionadas às características físicas dos tes-


tes de tração revelaram que a geometria estrutural Os resultados dos ensaios de microtração apresen-

dos sistemas. bem como as condições em que os tam relação inversa à área de superfície unida111m
testes são realizados. podem influenciar significati- e. por maior que sejam os valores de resistência de
vamente nos resultados 116-120 • Da mesma forma. os união. a maioria das fraturas tende a ocorrer na re-
resultados dos testes são altamente dependentes gião de interface de união entre o adesivo e o subs-
de parâmetros relacionados a diversos fatores que trato. Outras vantagens desse ensaio são as possibi-
caracterizam os espécimes. como o formato e a lidades de avaliar a resistência de união em diversas
área da secção transversal. dentre outros 121. Não regiões do mesmo substrato. calcular a média e o
havendo padronização dessas variáveis, diferenças desvio-padrão em um único dente. e testar a resis-
significativas podem ocorrer entre os estudos. im- tência de união em paredes diferentes do dente.
possibilitando comparações. Ainda permite verificar a efetividade da adesão a
estruturas clinicamente relevantes. como tecido ca-
Na tentativa de minimizar as inconsistências pre- riado e dentina esclerótica122 . A principal dificuldade
sentes nos ensaios convencionais de tração. Sano deste teste está relacionada à sensibilidade técnica
111
e colaboradores desenvolveram o teste de mi- necessária na obtenção dos espécimes. pois deve
crotração, que recebeu esta denominação devido ser tomado cuidado especial para impedir ou reduzir
ao tamanho diminuto dos espécimes utilizados. a formação de microfraturas na interface de união
Esses modelos são obtidos através de finas sec-
durante o preparo dos espécimes123.
ções seriadas do substrato, com áreas reduzidas
de secção transversal (menores que lmm 2), o que
Nessa ordem de procedimentos. foram desenvol-
permite melhor distribuição das forças em razão da
vidas inúmeras variações em relação à técnica de
__1
ª
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas desi· os: o material

obtenção dos espécimes. originalmente descrita O ensaio de fracture thoughne ou tenacidade à

por Sano e colaboradores 17


• Em experimentos di- fratura também tem sido sugerido para te tar a

ferentes. são encontrados espécimes em forma- união adesivo-dente. Esse ensaio é realizado com

to de palito. ampulheta ou cilindro. com área de o pressuposto de que o deslocamento de uma re -

secção transversal variando entre 0.5 e 1.0 mm2. tauração da cavidade ocorre a partir de uma fa-

Essas diversidades de formato e área de secção lha na área de união. Dessa forma. é produzido um

transversal podem influenciar nos valores de re- entalhe (notch) no espécime para a realização do

sistência de união à microtração 124 . Diante des- teste de tenacidade à fratura1- '.

sas possíveis variações nos espécimes. o desen-


O teste de microcisalhamento usa um cilindro de
volvimento de dispositivos como o Iowa Micro
12 resina. unido perpendicularmente ao substrato.
Specimen Former (BIOMAT. Leuven. Bélgica) s-m
construído a partir de um tubo cilíndrico denomi-
foi importante na padronização dos espécimes
nado Tygon. com cerca de 0.75 mm de diametro
para o ensaio de microtração. Esse dispositivo
interno e 0.5 mm de altura129131 • Embora o resul-
permite produzir espécimes padronizados em
tados deste teste não difiram substancialmente do
forma de bastão. com área de secção transversal
teste de microtração. a padronização do local de
cilíndrica. assegurando o direcionamento das ten-
133
atuação das forças é dificultada13i. •
sões máximas de tração na região de interface de

união. Esse protocolo de obtenção de espécimes


Os testes de push-out e pull-out consistem de um
pode se tornar um padrão para se avaliar a efeti-
pequeno cilindro de compósito posicionado no cen-
vidade de diversos sistemas de união. permitindo
9 tro de um disco de dentina. que ao ser tracionado
comparações entre estudos diferentes 1.
(push-out) ou comprimido (pull-out) gera uma força
de cisalhamento na interface de união1 4 •136• A prin-
Da mesma forma outros ensaios mecânicos foram
cipal vantagem deste teste é o fato de que a fra-
projetados utilizando-se áreas de secção transver-
tura é forçada a ocorrer ao longo da interface de
sal reduzidas. como os testes de microcisalhamen-
união137• Entretanto. não é possível a sua aplicação
to e os testes denominados push-out e pu/1-out.
222 Shortcuts em odontologia estética urna no, ..
'ª v1sao sobreT1P5

para a avaliação da resistência de união ao esmalte. À despeito do desenvolvimento observado


. es-
Além disso. os dados obtidos através deste teste são pecialmente na última década, em relação aos

comparáveis aos testes tradicionais de cisalhamen- ensaios mecânicos laboratoriais, as avaliações clí-

to137. Por tudo isso. a microtração é a metodologia nicas são os testes conclusivos quanto à eficácia

mais empregada para a avaliação da resistência de dos sistemas de união. Contudo. esta avaliação não
união dos materiais à dentina. mas devido à necessi- permite determinar com precisão o motivo real
dade de corte. os resultados dos padrões de fraturas da falha que levou ao insucesso do procedimento
dos espécimes testados precisam ser reportados. restaurador. em virtude da presença de inúmeras
variáveis na cavidade bucal91 . Diferentemente. nos
Atualmente. de modo complementar aos valores ensaios laboratoriais. o efeito de uma única variá-
de resistência de união à microtração e ao micro- vel pode ser examinado isoladamente. mantendo
cisalhamento, as atenções têm se voltado à análise as demais condições constantes91. o que permite o
das superfícies fraturadas dos espécimes. Para isso. estudo das propriedades dos materiais de maneira
os testes que utilizam área de secção transversal independente. facilitando o seu entendimento.
reduzida possibilitam a análise completa da área
fraturada. diferentemente dos testes convencio-
nais118138. As superfícies das fraturas contêm infor-

mações importantes em relação à integridade das


estruturas envolvidas na interface de união, bem

como ao mecanismo através do qual ela é obtidans_

Em face ao exposto, a combinação entre os tes-

tes de microtração e microcisalhamento e a análise

das fraturas é bastante valiosa para caracterizar a

união aos substratos dentários, de modo a auxiliar

no desenvolvimento de novos materiais e técnicas


para a união aos tecidos dentais durosB9.
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material 223

/1:;ttt lf-
Shortcuts de sistemas adesivos e resinas compostas: uma forma mais simples

A simplificação dos procedimentos restauradores metalocerâmica. as novas coroas unitárias total-

e protéticos é importante não apenas para ajudar mente cerâmicas feitas em CAD/CAM proporcio-

o cirurgião-dentista concluir mais rapidamente os nam agilidade no tratamento com a mesma qua-

procedimentos a serem executados. mas também lidade de material e estética 146 .

para reduzir o tempo clínico ao qual o paciente

é submetido. A maioria dos procedimentos que Na cimentação das peças protéticas. o uso dos no-

envolvem tratamentos restauradores e estéticos vos cimentos resinosos autoadesivos simplificou

em Odontologia necessita de diferentes etapas esse procedimento por utilizar apenas um material.

de tratamentos e dentro desses. muitas sessões como se fazia para as cimentações com fosfato de

para o atendimento do paciente 144·145. zinco ou cimentos ionoméricos. Em relação aos ci-

mentos resinosos convencionais. os primeiros exi-

Nas atividades de prótese dentária. o surgimen- giam o uso de um sistema adesivo. que compreen-

to dos equipamentos de CAD-CAM (Computer- dia 2 ou 4 passos de aplicação. pois necessitam do

-Aided Oesign/Computer-Aided Manufacturing) uso de ácido fosfórico, ativadores. primers e/ou

simplificou os passos clínicos de várias sessões resinas hidrófobas na estrutura dentária. O grande

de atendimento para basicamente sessão única. número de passos tornava o procedimento confu-

Contabilizando as etapas de preparo. restaura- so para os cirurgiões-dentistas e com o surgimento

ção provisória. moldagem. provas da infraes- dos cimentos autoadesivos foi possível simplificar a

trutura metálica e da cerâmica. cimentação e etapa de cimentação. sendo que até a remoção de

proservação. quando era indicada uma coroa excessos do material é facilitada141.


224 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Nessa atual geração dos sistemas adesivos odonto- em dentina condicionada por ácido fosfórico. com uma

lógicos que formam camada híbrida (Fig. 2.356). os determinada quantidade de umidade. dependendo do

primeiros materiais eram aplicados em três passos tipo de solvente utilizado. Isso pode resultar em uma

(condicionamento ácido. aplicação de um prepara- série de erros por parte dos cirurgiões-dentistas. que

dor de superfície ou primer e um adesivo hidrófobo muitas vezes deixam a dentina com muita umidade
- (Fig. 2.357) e atualmente um único passo é neces- ou muito ressacada Ambos os erros causam redução
sário. As duas primeiras simplificações dos adesivos da longevidade da união. visto que o excesso de água
representaram a eliminação do condicionamento tende a separar os monômeros de primer dos mais hi-
ácido ou a combinação do primer e adesivo hidrófo- drófobos. chamado separação de fases e a dentina res-
bo e um único frasco44 . A eliminação do condiciona- secada impede a penetração dos monômeros entre as
mento ácido representou o surgimento dos adesivos fibrilas de colágeno pela colabamento das mesmas149•
chamados autocondicionantes. que foram ideali-
zados pelos japoneses entre os anos 1994 e 2000. Os adesivos multi-mode ou universais também repre-
Esses adesivos autocondicionantes tinham como sentam simplificação dos procedimentos clínicos. A
objetivo facilitar o uso por parte dos cirurgiões-den- ideia é utilizar esses adesivos em diferentes superfi-
tistas. produzindo a mesma efetividade de união dos cies de materiais restauradores protéticos. servindo
sistemas tradicionais (Fig. 2.358). A principal facilida-
de primers para ligas metálicas e zircônia além de
de é a aplicação do adesivo em dentina mineraliza-
substituírem os agentes silanos para cerâmicas vítreas
da seca e sem necessidade de controle da umidade
e resinas compostas indiretas. Na estrutura dentária. a
dentinária pós-condicionamento ácido148.
proposta é utilizá-los em esmalte (Figs. 2.359 e 2360)

e dentina que podem estar condicionados ou não


Por outro lado, americanos e europeus desenvolveram
adesivos misturando primer e resina hidrófoba em uma

solução adesiva bastante complexa e contendo sol-


ácido apenas em esmalte, aproveitando as vao1~
ventes orgânicos como álcool ou acetona. Embora a
de adesão do esmalte condicionado e uso da 1l
facilidade de uso, esses adesivos precisam ser aplicados
autocondicionante na dentina44•
Capitulo 2 Resinas compostas e sistemas adesivos; o material 225

2.J:ií,: Imagem de mi<:ro~copl:1 eletrônica


de iran\miss,io (J.ooo,j mostrando a
camada h1hrida (CH) form:1d:1 por ade,ívu
(etch and rinse) de doi5 p.1,sos com
condicionamento .lci<lP prévio (CA: c.1mad:1
de Jtic,ivo; DM: dentina mincr.11iz.1d.1).
A espessura tia CH variou emre l ,1 J µme
flbrilJs col.lgcnJ, (rcprc,~11L:1das por linha,
br:mcas) podt:m ser vista n,1 rtf (Paulo M.
Vermelho & "1:1rcclo C.iannini).

2..l.57: lm:igcm do: microscopi,1 confoc,11 de


\'Jrrcdura .) laser mo,Lr,mdo a Jrea de unilo
dcntinJ (D) rc,in.1 compos1.1 (RC) form.1da
por ;1d,::sivu de Ire, p.1,so-, .lcido ro,tórico.
prima e bo11d (< li : camada hlbrid:1: Ci\:
c.1111:1d.1 de Jdl·,ivo; •: ta9sdt.• re~111a no,
túbulo,, denr inJrio,) (Rcn.,u R.1ccl.lr S:! &
Marcelo Cianruni).

Ll:.11 : lmagcm de 111icro,cnpi.1 elctrónic:1


de lr.m,missJu (20.000,) mo,trandu .11111:1
c.1n1.1dJ h1hrid.1 (OI) torm.1J .1 por .1dc,i\'o
.lutrn.:ondk·ion.mtc. i..:om c,pt'"t'SUr.1 menor
que t pm (Ci\ : c.un.tdJ tlc .Jdc,ivo: DM:
dcntin:1 mincrali/ada) (P.11110 M. \ 'e rmdho &
fl,1J1cdo Gi.mnini).

J .l SQ : lrn.1gcm t..k micro,copia l'lc.:trônic.1


de , .,rrcJur.1 (I.OO!h) 111ostr.111tln J .1rca tle
unlJn cntr,· o c,111.1ltc (L) <' .1 rc,i1u compost.1
(RC) 1nr111.1tl.1 por adc,l\n <k t rcs p.is, 0 ,
(C..\: c:1111.lll.1J,· JJc,ivo) . l.i,1, tlc resin.1 (•)
,Jn ot1'cr.,1do, intihrado, n.1' poru,id:iJc,
Jorm.1J." pdn :1 ·ido fo,rnrkn (Rmn.1 M.
lron/a & l.ircclu t,i.urnini) .

! .. l<>O . lm:1ge111 de micro,cupi:1 clt'Lrônic., de


\Jrr,•dur.1 (1.000,) lll<Nr:.111Jo :J .1rc.1 Jc uniJu
,·nm, ,, <'>malte (r) e a rt:si1u ,ompo,1.1 (R )
l1>rm~1d.1 p.1r ,ltk~ivo auto1..;ondll.'ion.1n1c tk
f'l.l"n unk'o (C,\ : c.1111.1tl.1 ti,· :1d,·,i\'u) 7.i,1,
de fL"'iin.l n.lo !'io.\o ohscn aJos, mas o adc~ivo
:tpr,·,cnt.1 ,e uniJn .1n ,•,m.,lt,· (F) (Bruna t.
Fro1u.1 & M.m'Clo CiJnnini).
Em relação às resinas compostas restauradoras. a Para odos os a eriais e écn·cas ef ru s -

simplificação do procedimento restaurador tornou- pr cados. é necessário q e o c·

-se possível devido ao desenvolvimento de compó- tenha novo aprendizado para o uso os

sitos indicados para aplicação em incremento úni- visto que o elhor dese pe

co. denominados bulk-fi/1. A técnica convencional adequado. O cirurgião-dentista deve er e e


de uso das resinas compostas compreende a apli- que. de modo geral. a simpli cação ne e
cação de incrementos de no máximo 2 mm de es- representa melhoria dos materiais e éc icas.t.1·=
pessura para garantir a polimerização das camadas sendo necessário que os profissionais quem a en-
de resina e também para reduzir da tensão gera- tos à literatura científica e clínica qualificada
da durante a polimerização. As resinas compostas apontem os melhores desempenhos.
bulk-fi/1 apresentam formulações diferentes que
compreendem a introdução de novos monômeros.
partículas de carga e fotoiniciadores. com capaci-
dade de passagem de luz e polimerização adequa-
da de incrementos mais espessos (4 a S mm) sem O
aumento da tensão desenvolvida durante e depois
a reação de polimerização11 (Figs. 2.361 a 2.384).
Capitulo 2 : Resinas com postas e sistemas ad .
es,vos: o material 227

2.361 2 2.364: Remoção de restauraç ões de amálgam a com


inlíltração.

2.365 2 2.367: Uso da luz UV Proface (W&H) evidenciando


o tecido cariado.
c a o nao revers1vel.
- .
utilizado como última checagem . Este corante mostra bastante especifidade com tecido infe t d
2.368 2 2.371 : Corante Caries Detector (Kuraray) sendo

2.372: Jateamen to com óxido de alumínio 30 micrõme


tros (Prepstart / Danville) .

2.373: Condicio namento ácido seletivo do esmalte dentário


.

2.374 2 2.376: Aplicação do sistema adesivo Single Bond


Universal/Scotchbond Universal (3M ESPE).
228 s

1-3,9 ~ 2..JS-J, Hn:tli:n-~ - =


Direct _.\l (lmd:u w::. e;:;t _
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistem .
as adesivos: o material
229

Para onde caminha a ciênc·ia em sistemas


. adesivos e resinas compostas

O desenvolvimento científico da Odontologia nos alguns países. Entretanto. alguns pesquisadores


últimos anos tem produzido melhor qualidade dos ainda alertam para o uso indiscriminado por parte
tratamentos, que resolvem problemas relaciona- dos pacientes e sugerem, entre outros. a redução
dos à saúde, função mastigatória e estética den- da concentração de peróxidos nos agentes cla-

tal. De modo geral, a ciência aponta para procedi- readores. A sensibilidade dental durante e após o

mentos com maior uso de tecnologia e inovações, clareamento ainda é um desafio. contudo. pare-

técnicas menos invasivas, mais rápidas e de maior ce que somente a eliminação do peróxido como

durabilidade146·152. A ciência da Estética odontoló- agente clareador poderia reduzir significantemen-


te a sensibilidade e todas consequências negati-
gica também avança; 20 anos atrás não se estu-
vas relatadas em artigos científicos em relação ao
dava com tanta importância o sorriso, as cores e
clareamento dental1 54•157• Assim. alternativas ao
propriedades ópticas dos materiais, do esmalte e
peróxido de hidrogênio começam a ser discutidas
dentina, como se faz na atualidade. Conceitos de
e estudadas.
translucidez, opacidade, matiz. croma valor. fluo-

rescência e opalescência passaram a ser abordados


153 o grupo de materiais dentários envolvidos nos
e discutidos inclusive no ensino de graduação ·
procedimentos restauradores com a adesão ao es-
malte e dentina merecem destaque. A adesão da
O clareamento dental foi muito difundido nos úl-
resina composta ao esmalte com monômeros ade-
timos anos. estando disponível para venda até em
sivos hidrófobos tem sido descrita como efetiva e
.,. ·as de
mercados, drogarias e lojas de convernenci
Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TIPS
230

duradoura149. Na dentina, a condição atual é mui- (com ácido fosfórico. etch-and-rinse), o colágeno

to boa e previsível. entretanto a ciência da adesão pode ser biomodificado com a aplicação de agen-

neste tecido mineralizado ainda continua intenso. tes de ligação cruzadalcross-linf<ers160 ou tratado

pois ele é complexo do ponto de vista morfológico. com produtos que afetem a ação das enzimas com

estrutural. fisiológico e composiciona1 44. atividade colagenolítica161. Tentativas de reminera-


lização dessa dentina e o uso dos vidros bioativos

Os estudos têm apostado na melhoria das proprie- também têm sido investigados162·163, assim como

dades das fibrilas colágenas. assim como deixá-las outras técnicas de condicionamento e formas de
menos expostas aos ataques das enzimas endó- se tratar a dentina e infiltrar os monômeros ade-
genas da dentina. para o aumento da longevidade sivos164·165. Os adesivos de preferência são aqueles
da adesão158• Na figura 2.356 é possível observar que além de formarem camada híbrida. apresen-
fibrilas colágenas (da dentina desmineralizada) na tam adesão por meio de reação química com a hi-
estrutura da camada híbrida aparentemente bem droxiapatita e/ou as fibrilas colágenas da dentina A
preenchida pelo adesivo. o que melhora conside- degradação hidrolítica sofrida pelos materiais ade-
ravelmente a durabilidade dessa união. O meca- sivos ao longo do tempo tem sido resolvida com o
nismo de união e o processo de degradação/de- uso de novas formulações com monômeros menos
terioração da união dentina-resina tem sido bem hidrófilos. sendo algumas sem o monômero HEMA
elucidado. portanto, sabe-se o que ocorre desde a e com maior conversão monomérica92•
aplicação do adesivo até a falha da união ao longo
do tempo44 '48.151 •
Os materiais restauradores diretos e indiretos. cha-
mados biomateriais. devem apresentar proprie-
A manutenção da dentina mineralizada nos pro-
dades mecânicas e estéticas semelhantes às das
cedimentos adesivos e a criação de uma dentina
estruturas dentárias. A ciência aponta para a con-
protegida contra os ataques ácidos. com a técni-
231
capitulo 2 : Resi nas com postas e sistemas adesivos: 0 material

híbridos em blocos para CAD-CAM contendo re- CONCLUSÃO


sina e partículas cerâmicas são novas opções clí-

nicas para restaurações indiretas. As restaurações A grande evolução dos materiais restauradores à

cerâmicas demonstram grande sucesso estético base de resina composta e os adesivos dentários

e têm sido confeccionadas desde as técnicas de direcionaram a forma atual de trabalho operatório.

estratificação até as mais modernas de injeção e Tratamentos conservadores com materiais seguin-

CAD-CAM. e no futuro poderão ser produzidas por do conceitos de biomimética permitem resultados

impressora 30 146·152 • mais funcionais e estéticos.

Este capítulo descreveu o material resina compos-


Resinas compostas com menor contração volumé-
ta da óptica das propriedades químicas e mecâ-
trica têm sido desenvolvidas, entretanto o principal
nicas. relacionando a questões clínicas relevantes.
desafio é reduzir a tensão gerada durante a reação
Uma classificação destes materiais foi revista adi-
de polimerização do material. Os materiais restau-
cionando-se novas formulações presentes no co-
radores serão, no futuro, autoadesivos, poderão ter
mércio. Aspectos clínicos de manutenção das res-
a capacidade de liberação de diferentes tipos de
taurações foi discutido. propondo critérios para o
íons sem comprometimento da estrutura do ma-
repolimento e reparo de resinas compostas.
terial. ser menos sensíveis à umidade bucal. conter
antimicrobianos e novos iniciadores químicos para
169
Os adesivos e sua técnica de aplicação foram revi-
melhor reação de ativação monomérica • Em rela-
sados. tendo este capítulo descrito quatro técnicas
ção aos aparelhos fotoativadores. a luz poderá ter
e grupos de adesivos. com indicações precisas e
comprimentos de onda diferentes e com melhor
uma sequência clínica distinta entre os grupos.
homogeneidade da luz emitida para uma polimeri-

zação mais eficiente110 .


uma simplificação foi proposta para o uso de adesivos
e resinas compostas. assim como uma visão sobre a

tendência científica para estes materiais foi apontado.


232 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

- Dentes posteriores (Classe I e li)


com término em esmalte e ~---------
exposição superficial de dentina

- Dentes anteriores (Classe Ili)


com término em esmalte e
Facetas diretas e exposição da dentina rasa e de Dentes posteriores
Indiretas média profundidade (Classe I e li) com término em
esmalte e exposição da
dentina média e profunda.
Adição seletiva - Dentes anteriores (Classe IV)
de esmalte com término em esmalte e
exposição dentina rasa e Dentes anteriores e posteriores
de média profundidade. (Classe V) com término em
Fechamento
de diastemas esmalte na margem superior da
cavidade e dentina na cervical e
exposição de dentina média e
profunda no restante da cavidade.

Dentes posteriores (Classe I e li)


com término proximal em dentina e
exposição de dentina média e
profunda no restante da cavidade.

AdP,1vo Pm frasco unico onl' bottll' Dentes anteriores


(Classe Ili) com término em
esmalte e exposição de
dentina média e profunda.

Dentes anteriores
(Classe Ili) com término cervical
em dentina. e exposição de
dentina média e profunda.
233
Capitulo 2 : Resinas compostas e sistemas ades·1vos.. o material
.

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234 Shortcuts em odontologia estética: uma nova vi-•
""º sabre llPS

on crn~1e fl"'Pd 103


104

105
106

107

bond st,ength oi repaued com·

(trnpOSI! bond S!length J Dent Res 110

on the OlllpOSlte-compos,te repa,r bond 111

A. et ai Hydrolyt1C stabillty oi compos,te 112

Ofr'l)OSlte restorations Journal oi esthetlC 113

FR. et ai Water sorptlOll/solubil,ty oi dental


114
Mes Médicas 2006
Mosl>f. 994 115
tfH!1\VT11!1 JU'(IIOll reg,on Am J Oent,stry
116.
Ih structures. Oent Mater
117
bianlmetJc recOVety oi lhe crO'MI.
118
Canposlte nay system .m a dlrect

ptoperties elated to

121
235
Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas ad es1vos:
. o material

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'Take me out ton1ght I Where theie's mus1C and theres people I Who are young and ahve / Drov,ng ,n your car / 1neve, neve, want logo home / Becauw I haven l gol one an,mrne I Take me out tonight I Because I want t
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/?,,..((!, / - Como e por que fazer

Quando indicamos resinas compostas para dentes anteriores?

A reprodução das características dos dentes naturais sempre foi


um dos grandes objetivos das técnicas e dos materiais restaurado-
res. mas adicionou-se um objetivo fundamental: o da preservação
das estruturas dentárias saudáveis.

Após a introdução do condicionamento ácido do esmalte den-


tal com ácido fosfórico por Buonocore. em 19551. e o advento
das resinas compostas com Bowen. em 19632• soluções restau-
radoras extremamente conservadoras e reversíveis tornaram-se
possíveis. A busca da harmonia através da reabilitação do sorriso
tinha como preço o emprego de técnicas complexas e uma con-
siderável perda de estrutura dentária. O paciente e o profissio::
nal. atualmente. questionam muito sobre a necessidade ou não
de se submeter a desgastes convencionais como os necessári
para uma coroa total ou outros procedimentos protéticos
invasivos. Alertas mais significativos. de origem científica.

mostram que em preparas dentários para prótese exist


239
,tulo 3 : Restaurações estéticas e t ransfor maço· es ant enores
.
Cap

· e resin a composta Hercultte XRV / Kerr e Durafi ll VS / He rae us Kulze r) de 4 anos cltnicos po r
3 .1 :l 3 .4 : Caso de troca de restauração d
· ( · · ·
• ss1 a e e esgaste ad1c1o nal. A cimentação foi rea lizada com resina Jlow transpare nte (Tet nc
um fragm ento cerâmico se m nece 'd d d d · · · ·
Flow T/ lvocla r Vivadent) . TPD: Murilo Calgaro (St udio dental/ Curit iba - PR).

Várias são as alternativas de abordagem clínica dos


morbidade dental associada 3, ou seja. por volta de
problemas relacionados a forma, posição. alinha-
15% dos dentes que chamamos vitais apresentam
mento. simetria, proporção, textura superficial e
sinais radiográficos de problemas periapicais de-
4
cor dos dentes anteriores 16 .
pois de 10 anos, em média .

O uso das cerâmicas odontológicas associadas a


A busca constante da estética natural, junto com
conceitos adesivos também ganhou amplo espaço
a evolução continuada de técnicas adesivas avan-
clínico, especialmente em dentes anteriores. ge-
çadas e formulações poliméricas e cerâmicas, ga-
rando a forma de trabalho baseada na tríade: sis-
rantiu ao clínico e ao paciente a oportunidade de 8
temas adesivos/resinas compostas/cerâmicas11.1 .

alcançar resultados funcionais e estéticos em lon-


Cada vez mais esses materiais. que antigamente
go prazo 5-8 . Estas melhorias apresentam-se não
necessitavam de desgaste excessivo para prover
só no campo das características mecânicas. mas,
espaço, têm sido utilizados de forma também con-
principalmente, nas ópticas913 . O termo biomimé-
servadora. desde que corretamente, cimentados,
tica acaba apontando para o norte de mimetiza-
usando sistemas adesivos19- 2o (Figs. 3.1 a 3.4).
ção das características mecânicas e ópticas dos
materiais restauradores, tendo em vista as estru-

turas dentárias naturais14·,s.


240
Shortcuts em odontologia estética: urna nova ..
V1sao Sobre T1P<,

A abordagem conservadora das porcelanas aderidas fez tarnbérn

com que as indicações atuais dos procedimentos adesivos setor-

nassem relativas: não existe mais a possibilidade que ocorria com

as técnicas e os materiais mais antigos de indicações e contrain-


dicações autoritárias e seguras. Hoje, quem define a indicação é
O
próprio profissional diante de cada situação clínica (que é extre-

mamente particular), com base em seus conhecimentos científi-

cos21. Nessa abordagem, o limite entre as indicações para resinas


compostas ou cerâmicas será tênue. variando de acordo com
O
caso clínico em questão (Figs. 3.5 a 3.9).

Lentes de contato representam em


3.5: Caso inicial de lentes de contato em essência cerâmicas realizadas sem
incisivos centrais. Observa - se os requisitos
necessidade de preparo denttirio. Para
para a confecção de cerâmicas sem
isso, 3 pré-requisitos são necessarios
necessidade de preparo, como observado nas
figuras 3.6 e 3.7. Necessidade de melhora da para a sua realização:
cor devido ao manchamento de tetraciclina
visível no terço médio, e necessidade de 1. A cor de dente original não de11t
vestibularização.
estar muito escurecido.
3.6 e 3.7: Mock -up realizado com resina
bisacrílica Luxatemp (DMG). 2. Deve existir um espaço minimodt
0.3 mm. de espessura para a peça
3.8: Removendo- se o moclt-up observa -se a final.
espessura existente para a cerâmica final.

3. Deve existir um eixo de inserção


J . 9: Caso finalizado com sistema cerâmico . da pera stlll
que permita o encaixe T
Emax-press (Ivoclar Vivadent). TPD: Jose
Carlos Romanini. fraturas.
241
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores

RESINAS COMPOSTAS EM DENTES ANTERIORES

3 _10 e 3.11: Caso in icial com


o reco ntorno cosm ético com resinas compostas é a técnica de necessidade de correção de
falhas de formação nos incisivos
restauração direta mais simples. Não requer qualquer espécie centrais. Po r solicitação
da paciente, ser:i realizada
de pre paro e exige apenas o condicionamento ácido total do
uma modificação na forma

dent e. de modo que a resistência e retenção são fornecidas arredondada dos incisivos
laterajs e o fechamento das
adesão ao esmalte 22 . Lembre-se apenas de que a asperização ameias incisais exage radas dos
caninos .
do esmalt e superficial aprismático antes do condicionamento
3.12 e 3.13: Caso realizado com
ácido é fundamental. uma vez que o padrão fornecido por este resinas compostas sem desgaste
2324 dentá rio (4 Seasons Bleach XL/
esmal te é insufic iente para uma adesão correta . Esta modi-
lvoclar Vivadent) .

fi cação pode ser realizada com pontas diamantadas de acaba-


3.14: Aparelho de jateamento
mento em baixa rotação ou mesmo através do jateamento com de óxido de alunúnio Preps tart
(Danville) que permite o uso
óxido de alumín io (Figs. 3.10 a 3.14). de pó de óxjdo de alwnínio
com água, evitando o excesso
de difusão do pó existente em
aparelhos comuns.
Shortcuts em odontologia estet1u uniJ 110
Vd VIS](] . Obr
e 111

o recontorno representa a alternativa de escolha em casos em


que não existam alterações de cor profundas ou dentes cujo po-

sicionamento não exija correção por meio de desgastes. Ofere-

ce resultados de tratamento adequados para pacientes jovens. e

em adultos são apropriadas quando o volume, a extensão ou O

número de restaurações é limitado25 . Desde que respeitadas as

suas limitações, principalmente em relação à seleção do caso e

à sensibilidade da técnica. os recontornas cosméticos são res-


taurações que podem proporcionar ou devolver a harmonia do

sorriso de forma excepcional22.

As restaurações diretas possuem a grande vantagem de depende-


rem unicamente do profissional: o resultado será. portanto. dire-
tamente proporcional à técnica e ao conhecimento daquele que a

estiver executando. sendo também uma faca de dois gumes.

Outra vantagem das restaurações diretas é o custo do procedi-


mento, que é relat ivamente mais baixo do que aqueles que envol-
J .15 a J .17: Caso clássico de recontorno cosmético em finalização
ortodóntica com uso de acréscimo de resina composta. vem parte laboratorial. O fato de serem realizadas em sessão única

também mostra ser uma vantagem importante. apesar de esta ser

relativamente longa (Figs. 3.15. 3.16 e 3.17).


Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
243

A resistência e a estabilidade de cor das resinas que existam áreas extremamente vestibularizadas.

compostas. apesar de inferiores em relação às ce- Correção com desgaste é feita só se for necessário

râmicas. são satisfatórias e dependerão do caso a alteração do o alinhamento.

em que as restaurações forem indicadas e como

executadas e ajustadas. O tempo estimado de Em situações isoladas. com presença de proble-

vida infelizmente não pode ser calculado. devido mas localizados. referentes a apenas um dente

ao caráter multifatorial envolvido. conoide. fraturado ou escurecido e com muita


estrutura dentária remanescente. talvez a técni-

A primeira indicação de uso das resinas compos- ca direta seja a mais recomendada devido à ver-

tas em áreas estéticas seria para pequenos fecha- satilidade e possibilidade de reprodução mais fiel

mentos de espaços (Figs. 3.18 a 3.23). dos dentes adjacentes. Isso definiria a segunda

indicação das resinas compostas: problemas iso-

Tratamentos de diastemas com resinas compostas lados (Figs. 3.24 a 3.32).

não exigem preparo ou desgaste dental. a menos

3.18 e 3.19: Pequeno diastema localizado entre os incisivos centrais.

3.20 e 3.21: Isolamento modificado seguido de leve asperização da superfície com


jateamento de óxido de alumlnio ou uso de uma ponta diamantada de acabamento
em baixa rotação e contra - :lngulo multiplicador (4 as vezes) e, em seguida, do
condicionamento ácido da superffcie.

3.22 e 3.23: Caso realizado com o uso de apenas uma co r d e resma


· composta (High
Value/4 Seasons - lvoclar Vivadent).
Shortcuts em odontologia estética uma no,a V1 -
244 >«O SObre Tf>S

J .24: Caso de incis ivo central desvi talizado com


necessidade de facetamento . Após ser discutido com o
ceramista sobre a possibilidade de laminado ce râmico, o
mesmo indicou um melhor resultado fina l com o uso de
res inas co mpostas.

J .25 a 3.32: Sequência passo a pa so de facetamento.


capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
245

Uma terceira indicação seria necessidade de A quarta indicação compatível com a técnica de

alterações suaves de forma. o que inclui trans- restaurações diretas com resinas compostas se-
Para modificações
formação de incisivos laterais conoides. caninos suaves de cor sem ria a necessidade de alterações suaves de cor. em
desgaste da estrutura
situações em que o clareamento já atingiu seu li-
em incisivos laterais e caninos em pré-molares. dentaria, utilize uma
resina um ou dois mite e o paciente solicita dentes mais claros. Sem
Outras vezes. são necessárias somente pequenas
tons menos saturado
a necessidade de preparas dentários. pode-se
alterações anatômicas buscando mais harmonia que a tomada de cor
verdadeira. A cor estender a resina sobre o esmalte íntegro. des-
e suavidade (Figs. 3.33 e 3.34). ftnal será mais clara.
de que ele esteja adequadamente condicionado

(Figs. 3.35 e 3.36).

J .33 e 3.34: ccessidade


de alteração de forma
buscando harmonia e
equilíbrio.

3.35 e 3.36: Modificação


suave de cor sem desgaste
dental, utilizando apenas a
sobreposição de uma resina
com tonalidade mais clara
(4 Seasons Bleach L/lvoclar
Vivadent).
Capitulo 3 Re~tau,açot-! t>steliLas e lran~formaçoes anteriorc\ 247

3.37 a 3 S9: Troe de restauração


anterior tipo Cl~se IV com uso
de sistema Filtek Supreme Ultra
JM/ SPE.
248
Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão b
so re TIPS

uma sexta indicação para tratamentos com compósitos em den-


tes anteriores seria a finalização de tratamentos ortodônticos,
especialmente em pacientes jovens ou em dentes com grande
quantidade de estrutura saudável 26 .

Correções de posicionamento e alinhamento pós-tratamento


ortodôntico também podem ser fe itas nos dentes anteriores no
momento da execução dos trabalhos cosméticos. Dentre os as-
pectos de alinhamento que influenciam na percepção do sorriso.
o principal talvez seja o axial; os incisivos centrais devem estar
levemente inclinados para distal (ápice para distal) ou retos. os in-
cisivos laterais podem ser posicionados um pouco mais inclinados.

3.60 e 3.61: Após o clareamento dental, foi realizada a troca das principalmente para mulheres e os caninos, levemente inclinados
restaurações do tipo Classe III , com modificações de forma de canino a
também para distal.
canino com resinas compostas sem desgaste adicional.

A Dentística restauradora pode também corrigir discrepâncias

anatômicas como incisivos laterais conoides. desproporções


entre tamanho e largura de dentes. fazendo-o absolutamente

essencial para alcançar um sorriso funcional e harmonioso 2128 -

A situação de finalização mais comum é a incompatibilidade entre

a largura dos dentes superiores em relação aos inferiores. podendo

ser generalizado ou apenas anterior29, o que resulta em falta de es-

paços. ou. mais comumente. sobra de espaços. Em outras palavras.


O
tratamento ortodôntico está encaminhado do ponto de vista de

chaves de oclusão (molar e canino) e o posicionamento dos dentes


Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformaç-oes an t enores
·
249

anteriores está adequado para o suporte lab·ial . porem.


· d'1astemas

estarão presentes no final do tratamento. o ortodontista solicita.


portanto. que o caso seja finalizado através do fechamento dos

espaços com resinas compostas (Figs. 3.62 a 3.65).

A ficha de análise de discrepância de Bolton pode ser acessada no

site: www.shortcuts-book.com .

A sétima indicação seria o uso de resinas compostas em pacientes

jovens com necessidade de transformações estéticas generaliza-

das e com grande presença de estrutura dentária saudável. Muitas

das vezes. eles não apresentam sequer uma restauração prévia e

necessitam recontorno cosmético generalizado. Como será discu-

tido na parte Para onde aponta a ciência, um tratamento realizado

com resinas compostas pode ser visto como uma solução defini-

tiva (tendo em vista as manutenções e possibilidade de reparos e

correções), ainda assim reversível. podendo sempre transitar no

futuro para restaurações cerâmicas. O contrário não pode ser rea-

lizado (Figs. 3.66 a 3.88).

J .62: Deve-se ver caso clínico no meio do tratamento e próximo da hnaiização ortodõntica, para orientar
O
sobre a distribuição de espaços.

J .63: Caso clínico após clareamento e nnaiização com resinas compostas.

· tação continua de alguns dentes como o 11.


J.64 e J .65: Caso clínico depois de 2 e 4 anos. Note a movunen
J usando a fratura da margem incisai. Se um
Analisando a margem cervical observa-se extrusão d enta ca
tratamento de laminados cerâmicos fosse realizado imediatamente após a ortodontia, quatro anos após
· al -o seria somente a remoção total do
a margem do la.minado estaria totalmente supra-geng1v e a correça

1:uninado.
Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão so bre TIPS
-
Capítulo 3 : Restaurações estét icas e transforma ç oes .
anteriores 251

3.66 :1 3.69: Caso inicial de paciente jovem (23 :1I1os) e necessidade de reco ntorno cosmético
de canino a canino, assim como remoção/ restauração da hipoplasia do dente 23.

3.70: Remoção da hipoplasia com ponta diamantada esférica.

30
3.71 e 3.72: Asperização da superfície vestfüular com jateamento com óxido de alumínio
micrômetros (Prepstart/ Danville).

3.73 e 3.74: Condicionam ento ácido (Ultra-etch/ Ultradent) e aplicação do adesivo puro
(Passo 3 Scotchbond Multi- purpose/ 3M ESPE).

3.75 :13.80: Recontorno cosmético realizado com sistema Filtek Supreme Ullra/ Z- 350 XT
(3M ESPE).

3 .81 :13.88: Acabamento e polimento realiz:ido com sistema sof- lex pop o
n XT (3M ESPE) e

sof-lex inspirai (3M ESPE).


Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sob
252 re T1P5

CERÃMICAS EM DENTES ANTERIORES

Quando vários dentes anteriores apresentam per- Pacientes com expectativas altas e sentidos apura-

da significativa da estrutura coronária e alterações dos para estética. que apresentam facetas de resi-

harmoniosas de cor e forma. são indicadas restau- nas compostas insatisfatórias realizadas. anterior-
rações cerâmicas 25 (Figs. 3.89 a 3.91). mente. solicitando resultados com outros materiais
mais estáveis. com menos incidência de mancha-
Casos clínicos em que são observados problemas mentos e melhor estética são casos para faceta-
generalizados. bem como grande número de res- mento indireto (Figs. 3.96 a 3.99).
taurações extensas. com manchamentos. altera- Situações em que se
notam problemas
ções de forma em vários dentes. são sérios can- , generalizados ou A principal vantagem da técnica indireta é a fabri-
didatos ao facetamento indireto. Descolorações complexos, como co-
cação das peças de forma extrabucal. otimizando
lapsos estéticos, com
por tetraciclina resistentes ao clareamento podem presença de dentes os resultados estéticos e os procedimentos de
também ser efetivamente tratadas com laminados muito restaurados
ou fragmentados do
acabamento e polimento. Os laminados cerâmicos
cerâmicos. apresentando alta satisfação em rela- ponto de vista estético apresentam diversas vantagens como estabilidade
ção à cor após um período em torno de 2.5 anos de (muitas restaurações
e manchamentos dis- de cor. alta resistência à fratura quando correta-
acompanhamento clínico 30 (Figs. 3.92 a 3.95). persos na superfície) mente aderidos às estruturas dentárias. durabili-
são candidJJtos a
laminados. dade. expansão térmica e rigidez semelhantes às
Na necessidade de reposição de guias anteriores. seu
do esmalte dental. e compatibilidade com os te-
restabelecimento com facetas indiretas sejam mais
cidos gengivais adjacentes31.J4 (Figs. 3.100 a 3.108).
indicadas. por causa da maior resistência mecânica
Estudos in vivo demonstram alto potencial para o
oferecida Devemos ressaltar que um ajuste correto
estabelecimento de uma e adaptação marginal ex-
dos movimentos excursivos influencia diretamente
celente. manutenção da integridade periodontal e
na longevidade e preservação da borda incisai.
alto grau de satisfação pelos pacientes33•
capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformaçoes
- anteriores
.
253

3.89: Caso bem indicado para laminados e coroas cerâmicas, devido ao excesso de destruição
e presença de tratamentos endodônticos com grandes aberturas coronárias, escurecimento
de dentes e muita necessidade de modificação de forma e posição.

3.90: Tomada de cor para o laboratório (observe que estas fotos de comunicação devem ser
mais distantes e com maior enquadramento).

3.91 : Laminados e coroas de cerâmica Empress E.max (lvoclar Vivadent). TPD: Alexandre
Santos (Studio Dental/ Curitiba- PR).

3.92: Caso de escurecimento por manchamento


por tetraciclina com execução incorreta de resinas
compostas, fugindo da indicação.

3.93: Observe a dihculdade de controle e manutenção


de resinas em grandes volumes.

3.94: Preparo conservador dos laminados.

3.95: Laminados de cerâmica E.max (Jvoclar Vivadent).


TPD: Jonathan Bocutti (Stuclio Dental/Curitiba- PR).
25-t Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS

J .'16 :i 3 . 99: l..:lminado cerâmicos de pré - molar a pré- molar com preparos conservadores em esma lte.
Capítulo 3 : Restaurações estética s e transfor mações anteriores
255

3.100 e 3.101: Caso de resinas antigas


realizada s com excesso de volume e falta
de acabame nto cervica l, gerando inflação
generaliz ada

3.102: Note como o tecido gingival


apresent a sangram ento após a remoção
das facetas de resina.

3.103: Caso clínico l ano após a


cimentaç ão.

3.!04 e 3.!05: Acompa nhament o de 2 anos


do caso clínico.

J .106:, 3.108: Acompa nhamen to de 4


anos do caso clínico (TPD. Murilo Calgaro
(Curitiba /PR).
Shortcuts em odontologia estetica uma nova visão sobie TIPS
256

INTERFACE CERÂMICA/RESINAS COMPOSTAS

Numa Odontologia restauradora moderna. parece


inviável o trabalho isolado de restaurações diretas e

indiretas. O profissional deve estar apto a dominar


técnicas indiretas de preparo. moldagem e cimen-

tação adesiva. bem como técnicas de aplicação e


escolha de resinas compostas para restauração.

Pensando desta forma. parece ultrapassado que


persista a ideia de Prótese dentária como uma

especialidade e Dentística restauradora como ou-


tra. O nome correto e integrado. na verdade. seria
Odontologia estética restauradora (Dentística res-
tauradora. Prótese dentária e Prótese sob implante)
(Figs. 3.109 a 3.114; 3.115 a 3.119 ).

3 10
ª
· 9 3.lll : Desgaste ácido provocado por bulimia (perirnólises), caracterizado pela
forma de preparo chanfrado e não liso e plano, como o observado por desgastes por abrasão
mecânica. Também se per be ê · d .
ce a aus nc1a o aspecto brilhante normalmente presente em a~..
f-
abrasionadas. Observe que O t . . . .
s an agomstas m1c1am a extrusào, compensando o desgaste.

3.U2 e 3.U3: Preparas co d .


nserva ores realizados para laminados cerâmicos (média de desgaste
O• 7 mm). Prepares para coro · .
as necessitariam de cerca de 1,s mm, resultando em um preparo
com pouc~ remanescente coronário. Laminados realizados em IPS d.Sign (Ivoclar Vivadent).
(TPD: Murilo Calgaro - Curitiba-PR).

3.114: Facetas reversa r d


. s rea •za as com resina composta direta (Z- 350 Al/3M ESPE). O
profissional deve estar apt0 d . .
ª ommar técnicas diretas e indiretas simultaneamente".
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações ante riores 257

3.115 e 3.119: Paciente havia


fraturado base óssea e
perdid o 3 dentes anteriores.
m pro(]ssiona l rea lizou 2
implante mal posic ionad
que devem ser rcm vidos
para posteriores passo de
enxertia óssea e in talaçiio de
novos implantes. A paciente
requcsi t:iva temporariamente
nova próte e , pois gosta ria ele
cspcmr um momenLo ideal para
os pa os cirúrgicos. Prótese sob
implante se ndo refeita sobre dois
implantes mal - posicionados
para substitui ção de 3 cientes.
Uma infra - estru tura metálica foi
realizada sobre ela e parafusada
uma estrutura metaloceràmica
imitando o, preparo;, cios dentes
naturais. foram co nfeccionadas
faceta< laminada em Emax
(lvoclar Vivadcn t) para o dentes
naturais e para a metalo-
cc r:imica. A gengiva finalm ente
foi reali zada em resin a composta
{Gradia /GC}. (TPD Alexa ndre
Santo).
258 Shortcuts em odontologia estet,ca uma nova visão sobre TIPs

O que fazer quando o paciente não concorda com o tratamento mais indicado?

Normalmente, os tratamentos propostos são entendidos e acei-


tos pelos pacientes, mas, em algumas situações, seja por questão
econômicas ou pessoais. o paciente pode preferir um tratamento
alternativo que tenha sido conversado previamente, ainda que não
seja o mais adequado. Uma carta de consentimento do tratamen-
to proposto deve ser assinada pelo paciente no momento do fe-
chamento do contrato de tratamento (Figs. 3.120 a 3.144).

A carta deve conter informações técnicas sobre as limitações e os


problemas que podem surgir no tratamento escolhido. visto oão
ser o mais adequado ao caso clínico (Figs. 3.145 a 3.150).
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformaço- .
es anteriores
259

3.120: Caso clinico de hnalizaç:io


ortodõntica. O tratamento ideal
proposto foi o de laminados
cerâmicos, mas por questões
econõmic,1s optou-se por
resinas composta . O termo
deve conter informações como
a possibilidade de pequenas
fraturas inci ais (cujo reparos
serão cobrados), necessidade
de repolimento a cada 10 ou
12 meses devido à tendência
a acúmulo de pigmento
em proximais, entre outros
(Ortodontia: Sergio Kubistki -
Curitiba- PR).

3 .121 a 3 .124: Confecção da


matriz de silicone sobre o
enceramento para guiar o
procedimento re taurador.

3.125: Isolamento modificado que


frequentemente é utilizado para
trabalhos estéticos anteriores.
uma vez que o desenho gengival
deve ser visualizado. Oito
perfurações são feitas lado a lado,
com isolamento de pré- molar a
pré- molar.

3 .126: A primeira regra de


estética com resinas compostas
é iniciar sempre pelos incisivos
centrais. A segunda é iniciar pelo
incisivo central mais próximo
do ideal ou menos destruído. No
caso clínico, o dente 11.

3 .127 a 3.129: O primeiro incisivo


central deve ser finalizado antes lenha u111<1 boa car111 ti.:
de iniciar o outro. Em seguida, con mrimcnro p,m1 rc ina.s
podem ser feitos os incisivos wmpo~111: <' ourn, J'"'ª :e
laterais e caninos na mesma
rumica,. \ ·-. < o: moei lo
sessão.
li. rnrta no sire.
111u•u• . lwr1.i11 book .om
Shortcuts lérP
260

l .J.30 a 3.133: ca.so ánalizado.

3 _134 , Caso clinico 2,3 anos após a conclusão. É necessário apenas um


reparo na incisai do dente 12 e repolimento geral.

3 _135, Primeir o passo da sessão de reJX>lirnemo: bom1chas ,erdee r=


(Astropol lvoclar V-rvadent).

3.13ó: Lixa Epitex (GC America) mesclada com uma pasta diamanu da
(Crystar- Past KOTA).

J .137: Supe r Floss (Oral B) levando para as pro,cimais uma misrura


de pasta cliamamada (Crystar-Past KOTA) e óleo mineral lfohnson &
johnson Baby J & 1) .

..\ sessão de repolimento de ve ser f á ta com tr;s pass -·,


demora cerca de 15 a 10 minutos e d ve ser , ourada do
paciente. Primeiro passo: utili:ar a segunda e a ur.:.:ira
borracha do sistema de borrachas para a,abamento (.:ss
sistema deve possuir três. a primeira. mais grossa não dn
ser usada na sessão de repolimento). .\s SW)r!Stõe são /i]J_v
(Ultradent) ou ..\stropol {lvoclar \ ivadent). Segundo passo.
utilizar uma pasta diamantada para polimento de ,erami.:a
mesclada com lixas proximais delgadas. sugestão t [pi-
tex branca ou salmão (GC .\merica) mesclada com pastas
díamantadas. 1erceiro passo: utilizar em proximal e cervi -
cal um fto dental do tipo espuma. como Super - floss (Oral
B) misturada à mesma pasta diamantada e embebido em
óleo mineral (/ohnson & Johnson BabJJ J & /) para polimento
ftnal das proximais (Figs. 3.145, 146 e 3.147}.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
261

3.138: Restaurações após o repolimento.

3 _139, Caso clínico depois de 4 anos de acompanhamento. A sessão de repolimento deve ser realizada anualmente. Perceba
que nas proximais já existe acúmulo de pigmentos.

3.140: Avaliação clinica de S anos.

3.141 : Avaliação clínica de cinco anos e me io.

3 _142 • 3 _144 , Avaliação clínica de seis anos e meio em que o central sofreu uma fratura acidental. Uma recimentação e um
reparo foram realizados, voltando assim ao ciclo de manutenção.
shortcuts err odomo ogia es e ICa L
262

3 .145 a 3 .147: Casos superftcuis


de manchame ntos e margens
não profundas. um repolimento
sempre ser:i suficiente.
, 'esse caso um recontorno
cosmético imediatamente depois
de 4 anos e repolido.

3 .148 2 3 .150: Casos 1112is


profundos ou mesmo
estetic:une nre mais
comprome tedores um reparo
pode ser mais ponderado.
Nesse caso clinico. resil12s
antigas em incisi\'Os later:iis
não foram compleurne nte
removidas. Uma remoção
superficial foi suficiente p:ua
o reparo das restaurações.
Recontorno co mético roi
realizado nos outros dentes.
263
(apttu O 3 Res auracôes estéticas e transformacões ante( ores

73
Como utilizar os novos sistemas de resinas compostas em dentes anteriores?
Quais são as camadas de resinas para estratificação?

Algumas dificuldades existentes na restauração de dentes ante-

riores referem-se a uma escolha incorreta de resinas com carac-

terísticas ópticas favoráveis e seu uso em espessuras inadequa-

das em regiões extremamente específicas. Visto a existência de

grande variedade de resinas compostas no mercado. bem como

as possibílidades técnicas. o texto a seguir propõe uma sequência

clínica para reabilitação estética de dentes anteriores. que poderá

servir como base para restaurações simples ou complexas.

NOVOS SISTEMAS DE RESINAS COMPOSTAS

A Oentística restauradora vive um momento de tendências

nos sist emas restauradores. uma vez que modificações vêm

sendo realizadas e atenção cada vez maior vem sendo dada

às falhas clínicas.
-64
Se_-:·:::---

Usualmente. a sequência operatória tradicional en- em áreas de grandes esforços mastiga ·ri s. · _
5
volvia o uso de dois tipos básicos de resinas com- turam partículas de sílica de 0.04
postas. O mercado apresentava. ou ainda apresen- las de vidro de bário e alumínio. zircônia e
ta. resinas compostas microparticuladas como os com tamanho médio de 1.0 l,.ITl. Aprese a
sistemas Durafill VS (Heraeus Kulzer) e Renamel tretanto. como desvantagem clinica. a d. e I a e
Microfill (Cosmedent). que apresentam vantagens de oferecer polimento superficial e. uan ai
claras como o alto grau de polimento e brilho su- çado. dificuldade de manutenção e es a ili a
perficial, graças à presença de partículas bastante deste polimento.
reduzidas (0.04 µm) e grande quantidade de ma-
triz orgânica. além da facilidade de manipulação.
Clinicamente. portanto. o uso associado de d is i-
Apesar dessas características favoráveis. a presen-
pos de sistemas (microparticulados em supe ie
ça de pequena quantidade de partículas de carga
e híbridos em corpo e palatina de anteriores) pare-
inorgânica (cerca de 50 a 55% por peso) e grande
cia ser bastante razoável 3. Os problemas chnic
quantidade de matriz orgânica resultava em baixa
mais comuns enfrentados continuavam sendo fra-
resistência mecânica e tendência a manchamentos
turas em regiões e postas a traumatismo e es-
em áreas com espessura reduzida35• Ver vídeo em
forços mastigatórios. e manchamentos laterai nas
www hortcut -book.com.
restaurações anteriores.

Outro tipo. de resina composta presente no co-


O mercado buscou a solução desta dificuldade com
mércio é representado por marcas comerciais
o lançamento de resinas compostas híbridas com
como Herculite XRV ú<err). Z-100 e Z-250 (3M
partículas de carga bastante reduzidas. mantendo
ESPE). Charisma (Heraeus Kulzer). Tetric-ceram
grande quantidade de carga inorganica e. dessa
(lvoclar Vivadent). Estas resinas apresentam cerca
forma. melhorando as propriedades mecânicas e
de 70 a 85% de carga inorgânica por peso. ofe-
adicionando melhor polimento superficial e estéti-
recendo. desta forma mais resistência mecânica
ca São chamadas de micro-híbridas ou híbridas de
(principalmente flexural). o que possibilita seu uso
partículas reduzidas36•
capitulo 3 : Re taurações estéticas e transform açoes
• anteriores 265

Um dos primeiros sistemas direcionados para esse Um vídeo-aula sobre este tópico pode ser visto

aspecto foi o Point 4 (l<err). no qual as partículas de pelo site: www shortcuts-book com.

carga. que comumente giravam por volta de o.a a 1.0


µm. foram reduzidas a um tamanho médio predomi- A segunda tendência demonstrada pelos sistemas
restauradores resinosos é o enfoque nos aspectos
nante de 0.4 µm. Esta linha foi seguida por outros
ópticos de opacidade. translucidez e transparência.
sistemas como Esthet X (Dentsply) com o nome de
Nota-se forte preocupação em oferecer níveis di-
Micro Matrix. Vit-1-scence e Amelogen (Ultradent) e
ferentes dessas propriedades. Isso parece ser ex-
Empress Oirect (lvoclar Vivadent), entre outros.
plicado pelo erro clínico mais comum em cores de
restaurações em dentes anteriores. que é a tendên-
Um novo caminho vem sendo aberto com o lan-
cia da restauração ao cinza-escuro (falta de resinas
çamento de sistemas baseados em nanopartí-
opacas) e ao branco (excesso de resinas opacas).
culas. protagonizado inicialmente pelo sistema
erros. portanto. de luminosidade.
Filtek Supreme (3M ESPE) e hoje trabalhado em

tecnologias variadas por outros sistemas como


A partir da sofisticação da técnica de estratificação
Tetric-Evoceram ou Tetric n-ceram (lvoclar-Viva-
baseada nas técnicas de construção de restaura-
dent)38.39. Sabe-se. entretanto. que a única resina
ções cerâmicas. hoje a aplicação dos sistemas de
composta verdadeiramente nanoparticulada no resinas com diferentes níveis de opacidade/trans-
mercado é o sistema da empresa 3M ESPE (Filtek lucidez mostra-se bastante difícil aos clínicos. Essa
Supreme Ultra/Z-350 XT). nova tendência de técnica de aplicação vem sendo
447
chamada de técnica anatômica9A · _Anteriormen-
É importante notar que todos caminham para 48
te, chamava-se estratificação natural .
uma linha de resinas compostas híbridas com

partículas reduzidas. permitindo verdadeiramen- Portanto, a estratificação numa restauração es-


te (diferente do início de marketing em sistemas tética não depende apenas da cor em si, ou seja,
como Z-100/3M ESPE) seu uso em dentes poste- da escolha correta do matiz (família de uma cor).

riores e anteriores26.40-43.
266

croma (quantidade de matiz ou concentração de pigmentos) e do Objeto transparente

valor (grau de brilho do matiz. que varia do claro para o escuro.


dependendo da quantidade de preto e branco~1. A dinâmica da luz
tambem é um fenômeno de importância. por influir na reprodução .
fiel das características da dentição natural. A análise inadequada
do comportamento óptico da luz no dente pode levar ao fracasso
Objeto opaco
dos procedimentos restauradores. . - - - - - -.;..:;;:
· -------------------------------
Baseado no conceito da transmissão de luz. que é a capacidade
· -------------------------------
de um corpo permitir a passagem da luz em seu interior. o meio
transmissor. relacionado com a luz incidente. pode ser classifica-
do em opaco. transparente ou translúcido. Em outras palavras. os
corpos e os materiais podem ou não transmitir luz através deles. Objeto translúcido

Se ocorrer a passagem de luz (refração). são denominados transpa- +-------------- -----------~


rentes ou translúcidos; caso contrário (reflexão). são denominados
opacos49• O comportamento óptico de cada meio será determi-
_____., _________ __ _________ ..
~----···
nado pelo grau de dispersão. refração e absorção do raio de luz --------------------~
dentro do corpo (Desenho 3.1).

Uma segunda vídeo-aula sobre esta discussão está disponível no


site: wwwshortcuts-book com.
267
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores

Existem três fatores importantes a considerar em


Opacidade
um corpo translúcido: a presença ou ausência de
cor. a espessura do material e o grau de transluci-
A opacidade normalmente é observada em um ma-
dez. Em relação à cor. podemos encontrar corpos
terial pouco ou não transmissor de luz. É o termo 5
translúcidos acromáticos e cromáticos º.
empregado geralmente para descrever materiais

que absorvem luz. não permitindo sua passagem.


· Um corpo translúcido acromático não
caso em que é denominada opacidade total.
apresenta pigmentos universais (marrom)

em sua base;
Transparência

'f'Y
-v- · Um corpo translúcido cromático apresenta
Um meio transparente permite a passagem de luz pigmentos universais em sua composição.
Lembre -se de que o
em seu interior sem que esta sofra modificações pigmento universal
utilizado para resinas
em sua trajetória. ou seja mantendo o paralelismo A cor do esmalte apresenta pigmentos universais
compostas e cerâ-
em seu trajeto. Isto significa que um observador micas é o marrom,
(marrom para dentes). porém pode. muitas vezes.
ou seja. os dentes
poderá ver através dele sem distorções dos objetos possuem tendência apresentar-se incolor. caracterizando o fenômeno
natural ao marrom.
e suas formas. de translucidez acromática. Esse conceito. aplicado
às resinas compostas. obedece aos mesmos prin-

Translucidez cípios. pois as resinas para esmalte apresentam-se


com pigmentos diferentes ou sem pigmentos. re-
Os corpos e materiais translúcidos caracterizam-se presentando uma translucidez cromática e acro-
por permitir a passagem de luz incidente em seu mática respectivamente. Portanto. a percepção da

interior. porém modificando sua direção. não sen- cor da resina para a dentina será influenciada pela
1
do possível observar claramente os objetos que se resina selecionada para o esmaltes .

encontram através do meio observado.


268 Shortcuts em odontologia estética: urna nova visão sobre TIPS

Em relação à espessura do material, esse fator está diretamen-


te relacionado à variação do índice de refração da luz em um

corpo translúcido. Portanto. ao se dispersar luz em seu interior.


este corpo se faz difuso (Fig. 3.151). Graças a esta característica.
a translucidez de um corpo pode variar. deixando um mesmo
material com translucidez maior ou menor. ou seja, um mesmo
material com duas espessuras diferentes (O.S mm e 2 mm). o
de menor espessura apresentará mais translucidez. Na dentição
natural. a espessura de esmalte é muito variável. sendo maior na
região incisai e diminuindo gradativamente em direção à cer-
vical. Portanto, a translucidez da região cervical será maior se
comparada a da região incisai. proporcionando maior percepção
da dentina (Figs. 3.151 a 3.153).

O mesmo ocorre em relação à idade do dente, ou seja o dente

mais jovem apresenta maior quantidade de esmalte se compara-


J .JSJ: Corte lateral e luz
transmitida mostrando diferenças do a um mais idoso. O esmalte de um dente jovem não é muito
de esmalte e dentina.
translúcido devido à grande espessura de esmalte presente. pos-
3 .152: Imagem Micro CT realizada
suindo alto valor. Já o esmalte de um dente mais velho torna-
em um incisivo natural extraido
com delimitação da dentina/ -se mais fino e translúcido. podendo ser inclusive transparente
esmalte (João Malta Barbosa/ New
York University). e. portanto. apresenta baixo valor. Se este princípio for aplicado
3.JSJ: Corte lateral de canino às resinas compostas. em especial às de esmalte. a espessura
natural desgastado, luz
transmitida (TPD: Guido Paredes/ aplicada deve respeitar a anatomia do dente em questão. pois
laboratório Prodent, Cascavel- PR).
aumento na espessura pode causar elevação no valor da restau-
ração. produzindo também alteração na g,erce úe
está abaixo deste (Figs. 315·,.. , .c,c-.:..
'tulo 3 · Restaurações estéticas e transformações anteriores
269
(ap1 ·

o grau de translucidez de um corpo é inerente ao material. sendo


sua marca característica. A luz não atravessa o material sempre
com a mesma direção de incidência. mas também uma parte im-

portante é desviada pela ação de partículas ou irregularidades do


material que atravessa. sendo este efeito denominado dispersão

(Paulo Kano: comunicação pessoal).


3.154: Dente jovem apresentando esmalte mais luminoso, com alto
valor e também com maior espessUia.

Como mencionado anteriormente. a translucidez está relacionada


diretamente com a dispersão e estes dois conceitos dependem
do índice de refração do material. Este paradoxo de um material
••,~:'.t:"é·
:~
possuir alta translucidez e. ao mesmo tempo. alta dispersão e lu- • _...-it'."' ,.;.·
-~··:

f /' .
'

I
minosidade chama-se opalescência.
.
\
\ ) \ I \,
1
.'' 1 í
A translucidez é. talvez. um dos princípios ópticos mais difíceis de
' \

quantificar na dentição natural. pois esta varia em um mesmo indi-


víduo e de indivíduo para indivíduo. Dentro das resinas compostas
3.155: Dente mais envelhecido apresentando esmalte mais fino e
existem basicamente três tipos de resinas: opaca ou dentina. es- transúcido, com menor valor, uansparecendo a dentina com maior
saturação devido ao processo natural de alteração do colágeno
malte cromático e esmalte acromático. Cada uma apresenta seu dentinário.

próprio grau de translucid~z. que lhe permite desempenhar função


51
específica dentro da estratificação da restauração •
270 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sob
re TiPS

SISTEMAS DE RESINAS BASEADAS Esthet X opaque (Dentsply), Vênus opaque

EM CONCEITOS DE OPACIDADE E (Heraeu s l<ulzer) (Fig. 3.156).

TRANSLUCIDEZ (TÉCNICA ANATÔMICA)


Outros exemplos podem ser vistos no site:
Comumente. dentes anteriores apresentam desa- www.shortcuts-book.com .
fios principalmente relacionados ao acerto da cor
e da forma e. por vezes. restaurações simples mos-
tram-se as mais dificultosas. Resinas para segunda camada

A estratificação e a forma de trabalho atual com São chamadas de resinas esmalte cromático (shaded
resinas compostas será feita da seguinte forma: enamel) ou translúcidas. Muitas vezes. não possuem
resinas para corpo (dentina/opaca). resinas para es- designação especial: quando a resina não mostra a
malte cromático (enamel ou translúcido) e resinas camada para a qual é designada ela é esmalte cro-
para esmalte acromático (incisais, perolados, trans- mático (p. ex.: Z-100 A2 é uma resina para esmal-
parentes ou resinas de valor ou value)5 2·53 .
te). Podem ser aplicadas como a camada final ou,

em outras técnicas, a penúltima camada sendo que


alguns sistemas não apresentam esta resina espe-
Resinas para primeira camada
cífica (p. ex.: Miris/Coltene Whaledent. Enamel HRI/

Miscerium. Vit-1-scence/Ultradent, AmarisNOCO).


Usualmente. chamadas de opacos ou dentina.
São exemplos comerciais: Empress Oirect (lvoclar
sendo acompanhadas por uma letra adicional à
Vivadent). Esthet X (Dentsply). Point 4 (Kerr). Premi-
cor. (O) ou (D). São exemplos: Point 4 opaque

(Kerr). Empress direct dentin (lvoclar Vivadent).

Miris dentin (Coltene Whaledent). Enamel


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
271

Resinas para terceira camada l 6

O nome mais correto seria esmalte acromáti-


co21·51 . mas ca d a f ab ncante
· · um nome espe-
cria
3.156: Resinas para a
primeira camada .

cífico. Por exemplo. o sistema 4 Seasons chama

de value (lvoclar Vivadent). o sistema Miris cha-

ma de enamel (Coltene Whaledent). o sistema

Enamel HRI chama de esmalte universal (Misce-

rium). o sistema Point 4 chama de transparente

(Kerr) e o sistema Vit-1-scence chama de pero- 3.157: Resinas para a


segunda camad a.
lados (Ultradent). Alguns sistemas não possuem

resinas para esta camada como. por exemplo. o

Herculite XRV (Kerr). Outros exemplos estão no

site: www.shortcuts-book.com. Estas resinas de


terceira camada podem ser utilizadas como últi-

ma camada em algumas regiões dentárias e si-


J.158: Resinas para a terceira
tuações clínicas. mas seu uso não é obrigatório camada.

e protocolar para todos os sistemas (Fig. 3.158).

Resinas para efeitos

São resinas utilizadas para reproduzir efeitos em


3.159: Resinas para efeitos.
áreas específicas (Fig. 3.159) como incisais e pro-

ximais (Fig. 3.160) ou mesmo reproduzir regiões


distintas (Fig. 3.161)
272 Shortcuts em odontologia estética uma nova v1São sobre TIP<;

3.160: Caractcri,açJo incisai


e proximal, com extrema
trnnslucidez de coloração
a?ul/cin,a .

3.161: Caracterização
no centro da incisai de
coloração âmbar/ocre.

3.162: C.uacterização
hipoplásica no terço inc isai
de coloração branco/opaco.

Chamadas de effects no sistema 4 Seasons úvoclar


quanto as resinas de efeito, pois são levemente
Vivadent), transparentes pelo sistema Vit-1-scence
esfumaçadas. Note que as resinas designadas para
(Ultradent) e transluscentes no sistema Z-3SOXT/
esmalte acromático possuem pigmentos marrons
Filtek Supreme XT (3M ESPE). Outros exemplos
(universais para dentes). mesmo que em pequena
estão no site: www.shortcuts-book.com. Diferen-
quantidade, diferentemente das resinas para efeito
ciam-se das resinas de esmalte acromático pela
(Figs. 3.163 e 3.164).
alta translucidez e tonalidades variadas, frequen-
temente azulados ou acinzentados. Resinas para
Um caso clínico representativo do uso das 3 carna·
esmalte acromático não são tão transparentes
das básicas pode ser visto nas figuras 3.16Sa3 170
Capítulo 3 : Restaurações estétic
as e transformações anteriores
273

3.163 e 164: Diferentes níveis


de opacidade das camadas de
"=t350 ~
'&M~rtt5.
1)í2A,..~~' • l>i~ &,\iJ.~ resinas compostas .

1\1 oPi
E~~ ~B l\. !)l

~u~ ~\.E
c-r
~ ~2
116 !164

3.165 a 167: Aplicação do


sistema adesivo Adhese (lvoclar
Vivadent).

3.168: Camada dentina.

3.169: Camada esmalte


cromático.

3.170: Camada esmalte


acromático.
27-t Shortcuts em odontologia C"\teuca urna nova v1 o scl, E- Tlp<;

~q
Como fazer a tomada de cor e escolher as resinas de cada camada?

A tomada de cor em dentes anteriores deve ser realizada sempre


antes do início dos trabalhos. pois o esmalte desidratado impede a
visualização da cor pura. Em alguns pacientes. em especial os mais
jovens e aqueles que sofreram clareamento. o esmalte desidrata
muito mais rápido.

Para uma tomada correta de cor. serão necessárias asi,escatc~


cor que devem corresponder ao sistema de resina<co
será utilizado. Escalas para porcelanas secvem
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 275

de trabalho mais longo e. por vezes. possibilita O

trabalho sob a luz do refletor. porém. resultam em

maior modificação no período de polimerização

tardia. Isto permite dizer que a cor da resina po-

limerizada imediatamente sobre o dente não cor-


A1 A1. T
responde à cor final. A escala será necessária pelo

menos durante o período de aprendizagem do sis-

tema restaurador; obviamente. após alguns anos.

sua tomada de cor será quase automática e sem

escalas devido ao costume com o material.

Lembre-se de que a
cor está composta na
As escalas devem ser apresentadas separando
dentina natural.
camada a camada. pois a tomada de cor será O esmalte age como
um fator modificador
realizada também separadamente. Uma escala
da visualização desta
única de cor não facilita o trabalho de tomada de cor, mas a cor pura
(matiz/saturação) é
cor (Fig. 3.171). definida pela estru-
tura dentinaria.

Escalas que separam as camadas (dentina esmalte

cromático, esmalte acromático e efeitos) são per-


dontologia estética urna nova visão sobre TIPS
Shortcu t s em O
276

se houver exposição de raiz. temos a visão da pró-


:t/- pria tonalidade dentinária (Figs. 3.1 75 e 3.176).
A resina de esmalte
acromático mais uti-
lizada é a levemente
A tomada de cor da segunda camada. de esmalte
esbranquiçada. Pode
ser utilizada para cromático. deve ser realizada pelo terço médio do
retirar um pouco
dente. Quase sempre a cor do esmalte cromático
da saturação e dar
mais profundidade será de uma a três tonalidades mais suave que a
para a restauração.
J .174: Áreas em que o esmalte acrom~tico pode ser utilizado (Foto: Normalmente, é tomada da dentina (Fig. 3.177).
Sidney Kina). usada nas cristas
vestibulares margi-
nais (terço médio até A escolha da terceira camada de esmalte acromá-
incisai) e na porção
tico deve ser feita visualizando-se a área próxima
ftnal incisai (Fig.
3.83). Um vídeo sobre das cristas marginais do esmalte vestibular. Essa
a tomada de cor pode
ser visualizado no região apresenta uma tonalidade normalmente dis-
site www.shortcuts- tinta de outras áreas do esmalte saturado.
-boolt.com.

No~malmente. os esmaltes acromáticos possuem


três tendências: levemente ao branco. neutro ou
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t ransf ormaçoes
_ anteriores
277

3.175 e 3.176: Caso de incisivos fraturados e tomada de cor da primeira


camada de dentina pelo centro da cervical. Se houver exposição de raiz,
a tonalidade será a própria dentina radicular.

3.177: Tomada de cor do esmalte cromático. Neste caso, foi realizada a


tomada de cor A2, com base na escala específica da resina composta ,
Existem duas situações em tomando como referência o centro do dente.
A cor da segunda camada que não se usa a camada de
quase sempre será de um a esrruilte acromático ou se 3.178: Tomada de cor do esmalte acromático. A cor escolhida foi a
três tons menos saturados utiliza em menor quanti- high value (4 Seasons/lvoclar Vivadent), que possui suave tendência
que o da dentina. Por exem - dade: em dentes clareados
ao branco. Perceba que, ainda que haja esta tendência, os esmaltes
acromáticos são rransparenres de cobertura, sendo todos muito
plo: se a dentina for AJ, o e em pacientes jovens que trarislúcidos e, por isso, levemente acinzentados. Devem ser utilizados
esmalte cromático será Al, possuem esrruilte bastante em pequenas quantidades e apenas em algumas regiões como as
A1 ouBl. luminoso. proximais e proximoincisais.
Shortcuts ern odontologia estética uma nova visão sobre TIPS
278

~5
Como estratificar em restaurações de cavidades de Classe Ili?
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 279

RESTAURAÇÕES DE CLASSE III

As cavidades do tipo Classe Ili envolvem as proxi - Na situação em que a vestibular se encontra pre-
mais de dentes anteriores e comumente são mais servada. porém delgada. a sequência de restaura-
extensas na face palatina do que na vestibular. ção deve ser como visto no desenho 3.2. Inicia-se
dada a preferência de acesso para a preservação da não pela dentina. mas sim com um pouco de es-
última (área estética). malte. seguido de dentina e. novamente. esmalte.
Caso não seja feito desta forma. será formado um
Todo sislema de
A grande dificuldade estética encontra-se no mas- resina composta que
halo acinzentado (Dr. Paulo Kano. comunicação

caramento deste tipo de restauração. e torna este prega caracter1Sticas pessoal) (Figs. 3.179 a 3.200. Desenho 3.2).
camaleônicas é, na
o grande desafio. ainda que a cavidade tenha ta- verdade, composto
por resinas mais
manho reduzido.
translucidas. Apesar
de facilitar ao clinico
geral, uma vez que
demarcam menos ao
ões Oasse Ili: situação 1 fanai da restauração,
possuem potencial
preservada)
estétia> limitado
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TJPS
280

3.182: Caso inicial intrabucal.

3.183: Vista palatina das restaurações


antigas.

3.184: Após a remoção das resinas,


observam-se lesões cariosas.

3.185: Após a remoção do tecido


cariado.

3.186: Observe a espessura do


esmalte vestibular do dente 21
com cerca de 0,5 mm residual.
A abordagem estratificação será
a do esquema 1 (preservação da
vestibular).

3.187 :a 3.189: o dente 21, a


estratificação será a do esquem:a l.
Nos dentes 11 e 22, a c:avidade já se
encontra com o esmalte vestibular
comprometido. Portanto, a
abordagem será a do esquema 2.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
281

3 .190 e 3.191 : Aplicação do sistema


adesivo Adper Single Bond 2 (3M
ESPE) após o condiciona mento :ícido
inicial. Observe que, em dentes
anteriores, nã.o se uliliza forrrament o
tradicional a menos que haja
exposição pulpar. Esteticame nte,
o resultado do uso de hidróx.ido de
cálcio é o manchame nto dentinário
ao redor da restauração devido à
formação de tecido esclerosado no
fundo da cavidade.

3.192 e 3.193: O primeiro passo


da estratificação {Esquema 1) é a
aplicação de resina esmalte c romático
(A2 enamel Empress Direct/lvoc lar
Vivadent).

3.194 e 3.195: Fotopolimerização da


primeira camada.

3.196 e 3.197: Aplicação da resina


dentina (A2 dentin Empress Direct/
lvoclar Vivadent).

3.198 e 3.200: Aplicação da camada


novamente de esmalte cromático
(A2 enamel Empress Direct/lvoc lar
Vivadent).
Shortcuts em odontologia estética uma no ..
282 va v1sao sobre Tlf>S

• Cavidade

• Dentina / opaco

Esmalte cromático

Desenho J .2: Sequência de estratificação da restawação de Classe Ili quando houver


preservação da vestibular.

ESQUEMA 1

Sequência de estratificação da restauração de Classe Ili quando houver


preservação da vestibular (restaura-se em direção à face palatina).

Uma camada de dentina/opaco


Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
283

Restaurações de Classe Ili: situação 2 (vestibular


comprometida. cavidade pequena)

Caso o esmalte vestibular residual seja menor que

0,5 mm. ele deve ser removido. pois se torna im-

possível o mascaramento da área cinza gerada após

a restauração. Em muitas situações clínicas. esse

esmalte já se encontra destruído ou restaurado.

É fundamental saber uma segunda regra que

permeia o conceito restaurador de cavidades


• Cavidade • Dentina / opaco Esmalte cromático
proximais anteriores estéticas. Quando a vesti-
Desenho 3.3: (A) Evitar o biselamento em cavidades pequenas Classe Ili sem o envolvimento
da crista marginal. (B) Sequência de estratificação de restaurações de Classe Ili quando a bular já estiver comprometida e a cavidade não
vestibular estiver envolvida, mas a cavidade não atingiu a crista marginal, iniciando pela
dentina/ opaco. atingir as cristas marginais vestibulares. deve-se

evitar o biselamente (Desenho 3.3).

As restaurações de Classe Ili proximais represen-

tam um caso especial. uma vez que a quantidade

de esmalte mostra-se excessiva; portanto. o pouco

uso de opacos/dentina tornará a restauração mais

agradável (Desenho 3.4).


• Cavidade
Shortcuts ern odo11tolog1,1 Estrt1r a 11rna nov.i vi
io ,obre, TIPS

3.201 e 3.202: Aplicação de adesivo após


O
OU MA2 condicionamento ácido.
No dente li, a sequência seguirá O
uênc:1 de ~tr t1 icaç o de re<;taurações de Classe Ili quando a vestibular estiver esquema 2 de estratificação. Observe a
envolvida. mas a cav1d.ide n.io atingiu a crista marginal inexistência de biselamcnto espesso ou
extenso; realiza -se apenas o acabamento
do esmalte marginal.

3 .203 e 3.204: Inicia -se a estratificação


por meio da aplicação da camada de
U~ e ~ de ~m.dte crom.itico dentina (intermediária) U02 enamel HRI/
(m, vestibo!M) Miscerium.

3.205: Aplicação da camada de esmalte na


superfície vestibular.
Uma umada final de e<;malte
cromatico (pm pal.ltino/hngual)
(ra, ""( ao p.,.,~ O'\ ,,,tf'l'T\J.\ Q\Jllf" ruo po\J~m 3.206 e 3.207: Aplicação da camada de
~~t,,. crom.atKo \.Utxt1tu11 pot f'"\~lte
4<'0fNf1co)
esmalte. Nesse caso em especial, foi
utilizado esmalte acromático UE2 enamel
HRI/Miscerium, uma vez que o sistema
Miscerium não apresenta esmalte cro~
(mais informações sobre estes sistemas no
site: www shortcuts book m).

3 .208 a 3.210: Segue-se a mesma


sequência para a restauração do dente 22.

3.2U: Uso de discos Sof-Lex l'op On XT


(JM ESPE) para regularizar a superffcle

3.212: Início do acabamento com


borrachas grossas (Astropol c:Jmaltvoclar
Vlvadent).
Glpítulo 3 Restaurações estéticas e transformações anteriores
285
Shortc.uts
286

l .218 e l .219: Antes e após os


procedimentos restaundores

J .220 e l .221: Antes e após os


procedimentos restaundores

J 222, caso inicial.


capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 287
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
288

com que esta área acaba por ficar demarcada e


Restaurações de Classe Ili: situação 3 (vestibular
manchada. Esta área escurecida é simplesmente a
comprometida cavidade mais extensa)
esclerose dentinária do fundo da cavidade. trans-

A situação 3 coloca-se nos casos tradicionais, em parecendo através do esmalte vestibular. Em ca-

que existe envolvimento vestibular e este engloba vidades que possuíam hidróxido de cálcio como

a região de cristas marginais. fugindo da regra do base. esta esclerose é ainda mais evidente. difi-

não biselamento. Nessas situações. a dica é exa- cultando o resultado estético (Figs. 3.239 a 3.248;

tamente o oposto: deve-se biselar. em especial e Desenho 3.5).

mais profundamente. a área cervical.


A estratificação de restaurações de cavidades

A cervical na interface dente/restauração é uma re- Classe Ili mais extensas segue o esquema 3 (Figs.

gião especialmente desafiadora. visto a frequência 3.249 a 3.291).

A e
Desenho 3.S: (A) Área cervical onde o bisei deve ser mais espesso para
compensar a saturação da dentina da cavidade. (B) Sequência de estratificação de
restaurações de Classe Ili quando a vestibular estiver envolvida em cavldades que
atingiram a crista marginal. Inicia- se pela dentina.
capítulo 3 : Restaurações estéticas e t ransformaço- es ant eriores
. 289

'(TY
-\,/-

Em situações do tipo 3, será


necessária uma aborda -
gem menos conservadora
para o mascaramento
desta região. Um bisei mais
espesso, com término leve -
mente em chanfrado, será
exigido especialmente na
área cervical. Esse espaço
do bisei espesso deverá ser
ocupado pela dentina, bus -
cando esconder e disfarçar
o eswrecimento dentinário .

3.239 e 3.240: Restauração t ipo


Classe Ili demarcada .

3.241 : Visualização da esclerose


tlentinária responsável pelo
manchamento estético da
interface. Note que este processo
é mais evidente em restaurações
que possuem hidróxido de cálcio
como base sob a resina.

3.242 a 246: Nessas situações,


o bisei deve ser mais espesso
na cervical e a sequência de
restauração deve seguir o
esquema 3 de estratificação.

l .247 a 3 .248: Restauração


concluJda.
Shortcuts em odontologia estética· urna nova visão sobre TIPS

290

3.249: Restauração do tipo Classe Ili insatisfatória do


ponto de vista estético.
ESOUEMA3
3.250: Observe o bisei mais espesso com término em
Sequência de estratificação de restaurações de Classe Ili quando a vestibular estiver
chanfrado na área cervical. É possível também verihcara
envolvida em cavidades que atingiram a crista marginal esclerose do fundo da cavidade, que costuma evidenciar
o manchamento das margens da restauração.

3.251 a 3.252: Condicionamento ácido por 30 segundos


com ácido fosfórico e aplicação do sistema adesivo
Excite (lvoclar Vivadent).
Uma camada de esmalte cromático
3.253: húcio da estratificação com resina para
primeira camada (dentina/opaco), sendo utilizada a
1
cor A3 (4 Seasons dentin/ Ivoclar Vivadent). Utiliza-se
Uma camada final de esmalte uma espátula (Optra-sculpt/Ivoclar Vivadent) para
acromático acomodar o material ao invés da condensação.
(e1Cce~.lo para os sistemas que lhlo possuem
Leva -se esta resina suavemente sobre o bisei espesso
esmalte cromat,co - pular o ,tem 2)
da cervical.

3.254: Camada de resina dentina finalizada_Obsem:


que esta deve ser mais espessa na cervical e mais
delgada na incisai, tendo como referência o dente
natural.

3.255 a 3.257: camada de resina esmalte cromático


finalizada_ Observe que esta deve ser mais espem
na cervical e mais delgada na incisai, tendo como
referência o dente natur.11.
Nas canuulas de esmalte,
com o pincel inclinado nas 3.258: Aplicação do esmalte acrondtico (mediUJD
porções proximais e plano value 4 Seasons/Ivoclar Vivadent) apems no terço
na vestibular, deve-se dor medioincisal_
tnfase naformaç4o da cris-
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 291
Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sob
292 reTIP<;
capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 293

3.266: Ou lro caso clin ico de reslauraçâo de Cla se 111


cx Lcnsa com bise i mais eviden le.

3.267 a 3.272: Passo de cond icionamento ácido e aplicação do


istcma adesivo {Adper Single Bond 2/3M ESPE).

3.273 e 3.274: Aplicação da primeira camada de resina


dentina {A2 dent in /Empress Di rect- lvocla r Vivadent).

3.275 e 3.276: Aplicação da segunda camada de res in a


de ntina (A2 dentin/Empress Direct - lvoclar Vívadent).

3.277 e 3.278: Aplicação da terceira camada de resi na


dentina {A2 denlin /E mpress Direct - lvocla r Vivadent).

3.279: Aplicação da ca mada de resi na esma lte cromático


{A2 enamel/Empress Direct - lvoclar Vivadent) .

3.280: Aplicação da camada de res ina esmalte acromático


(trans opal /Empress Direct - lvoclar Vivadent).

3.281: Aplicação de glicerina em gel para a


fotopoLimerização final.

3.282 e 3.283: Acabamento das cristas marginais e acerto da


área de espelho.

3.284: Pontas multilamínadas helicoidais (H48L/Komet)


para o acabamento de detalhes.

3.285: Borrachas de acabamento verdes (Jíffy/ Ultradent) .

3.286: Borrachas de acabamento amarelas (Jiffy/Ultradent).

3.287: Borrachas de polimento rosas (Astropol/lvoclar


Vivadent) .

3.288: Flexi-Buff (Cosmedent) e pasta para polimento final


(Enamelize/Cosmedent).

3.289 a 3.291: Flexi- Buff (Cosmedent) e pasta para


polimento final (Enamelize/Cosmedent).
Shortcuts em odontologia estet1ca. uma nova v,sao sobre T PS
294

1r~
Como estratificar em cavidades do tipo Classe V?

Cavidades do tipo Classe V são localizadas na cervical de den-


tes anteriores e posteriores. As causas mais comuns são cárie
(Fig. 3.292). abrasão mecânica54 (Fig. 3.293) abrasão químico-
-mecânica (Fig. 3.294) e abfraçãoss.56 (Fig. 3.295).

A técnica de estratificação para restaurações cervicais é b


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 295

• Cavidade Classe V

Área correspondente a
utilização de resina esmalte
acromático.

Desenho 3.7: Cavidade de Classe V mostrando :1. necessidade


apenas de camada de dentina e esmalte cromático. J .292: Cavidades de Classe V por cárie ativa, associadas à influência química de produto sintéticos.

3.293: Cavidades de Classe V por abras.ão mecànica.

3.294: Cavidades de Classe V por abrasão químico-mecànica.

3.295: Cavidades de Classe V por abfração.


Shortcuts em odontologia estética. uma nova viSão 5 b
296 o re np,;

3.298 e .l .299: Caso inicial de cavidade Classe V por abrasão.


ESOUEMA4

3.300: Jatcamento com ó,ido de alumínio (Microetcher/DanviUe).


Sequência de estrat ificação de restauraçõeses de Classe V

•vm,1r&fw;.;111-1
J .301: l~olamcmo modificado.

3.302: lnstalaç:lo de no afastador sil trax 7 (Pascal) .

3.303: Condicionamento Acido seletivo do esmalte.


Uma camada de esmalte cromático
(exce~ão para os sistemas que não possuem
3.304 e 3.305: Aplicação de sistema adesivo com primercondicionador. esmalte cromático - substituir por esmalte
acromático)
3.306: Fotopolimeriz.ação do passo numero 2 do sistema adesivo (Cleaml SE Bond/Kuraray).

3 .307 e 3.308: Aplicaç:lo de uma resina Z- 350 A3.S body (3M ESPE).

3.309: Uma leve camada de resina A3 esmalte (3M ESPE) recobrindo o corpo.

3.310: Folopolimerização final da restauração.

J .311: Inicio do acabamenlo com uso de làmina de bisturi n.12.

3.312: Sof- lex popon XT (3M ESPE) para acabamento de superfície.

3.313 a J .31S: Sistema Astropol (lvoclar Vivadenl) para acabamento e polimento, usados sempre sem
água nem pasta.

3.316: Polimento hnal com pasta Enamelizc (Cosmedent) e feltro Flexi-butf (Cosmedent).

3.317 e 3.318: Caso finalizado.


capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
297
29 lt.'I
T

.l .Jl'>: ci. o ini ·ial d<' l<'s.l(> c.:rd 'JI., 'à impon:indo qu,11 o fator inicial
desta k ·lo. podc -:e ahm1.1rquc m:ste momemo toda,- J . agre · atu;im
em -onjunto t>: o - dcsi;i.1stes me ·;lni :os 'qmmi' s agt>m dc rormJ mai
agressiva em dentina do que no e -malte. pH cntko de d :mine~liz.a~
do e. malte t S.2 e o d,1 cfontina. <>.-.

J .JlO: o jateamento com e xido de ai um mio vi :1umentar a ret ntividtde


da re ·taurJ •lo. uma,. •z que a re i l ncia de uni;lo ai d ntina I rosada
diminuída'" " .

J .Jll : Fio :ifa tador il- ~ pl:iin 7 (l".I 1) posi ion:ido m p;ltula
Uhr.1p:1 ker (Ultr.1dent).

rv a uperfí ie dentin ria :1 perizad:i não m brilhant

lo
posteriorment I

3.32S:
urnid:id
Capitulo 3: Restaurações estéticas e transformações anteriores 299
shortcuts em odontologia estética uma nova visa·o s b
o re TIPS
300
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
301

3.343 e 3.344, Caso inicia l de paciente com sorriso


gengival em 2005.

3.345; Caso clínko após a cirurgia estética anterior.

3.346: Clareamenco realizado.

3.347 a 3.356, Procedimento de restaurações Classe V


realizados.

3.357: Caso finalizado.

3.358 e 3.359: Caso antes e depois.

3.360: Resultado logo após o tratamento .

3.361 : Vista lateral do caso finalizado (2005).

3.362 e 3.363: Paciente 7 anos depois (2012) .

3.364 e 3.365: Caso clínico logo em seguida (2005) e


7 anos depois (2012). Observer a proservação favorável
das resinas compostas.
Shortcuts en1 odo11tolog1<1 estct1ca urn,1 nov,1 v1s.io ,obre TIPS

302

~7
Como estratificar em cavidades do tipo Classe IV?
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transfor maçoes
- anteriores
· 303

Cavidades do tipo Classe IV podem ser uma evolu-


ção de uma cavidade Classe Ili (estritamente proxi- Resinas compostas
mal) que acaba englobando o ângulo ou. mais co- são como mas -
sas de modelar.
mumente. uma fratura dental 57-s9_ Se no momento
da manipulação a
massa começar a se
Nos casos em que existe um fragmento dental. a romper, é necessária
remanipulação da
colagem mostra ser o procedimento de eleição e o
resina para devolver
mais previsível (Figs. 3.366 e 3.367). a homogeneidade.
Manipule a resina
como você manipu -
Uma situação inicial bastante comum clinicamen- lava uma massa de
modelar, como pode
te é a fratura ou uma cavidade tipo Classe IV com ser observado no
necessidade de restauração imediata. Uma aborda- desenho abaixo.

gem pode ser tomada para reconstruções dentais


sem o uso de enceramento prévio e confecção de
3.366 e 3.367: Colagem de fragmento utilizando unicamente sistema
guias de silicone (Desenho 3.8 e Figs. 3.368 a 3.390). adesivo e resina fim».
Shortcuts em odontologia estética. urna nova visão sobre TIPS
30-l

ESQUEMA 5

• . de estrat1ficaçao
Sequencia . • d e CIasse IV· Quando o trabalho for
• de restauraçoes
realizado à mão livre (sem o auxílio de guias)

Uma camada de dentina/opaco

• Dentina / opaco

Uma de efeito incisai com resina de • Efeito incisai


efeito azul/cinza/transparente
Halo branco opaco

• Esmalte cromático
Um halo branco/opaco com resina de
efeito branco
Esmalte acromático

Desenho 3.8: Sequência de estratiftcação de restaurações de Classe IV


quando o trabalho for realizado à mllo livre (sem o auxilio de guias).
Uma camada de esmalte cromático
vestibular

Uma camada de esmalte acromático


vestibular
Quanto mais estreita for a ponta ativa da espatula, mais
força ela exerce, causando marcas na manipulação e
gerando irregularidades. Espátulas mais amplas teadem II
Uma camada de esmalte cromático facilitar a manipulação das camadas, apresentorulosupcr
palatino fícies mais lisas e homogêneas como pode ser ol,snvodo to
íexc('çJo para o~ sistemas que nJ.o possuem
C"i.mJltl' cromatico - puJ,u ia tt·m 4 e trocar desenho ao abaixo.
no item 6 o f'<irn,1lte crorr1,ltico por e'SmJlt,:
J.nom,1t1co)

Os l6bulos dentindrios mesial e distal podem ser maiores e mais definidos. Quando qune
mos que o desenho incisai apareça mais e o efeito se torne mais intenso, f aumos lóbulos
mais gordinhos. Quando queremos um efeito mais disperso, f aumos os 111ameJos com ãsi
pontas mais espalltailas, utilizamlo se uma espdtula para tirar. o contQT1U1.ftjiAl
dan4o um a,specto mais $)1àJJé.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
305

3.368: Presença de restauração antiga


com deficiência estética e de forma/
proporção.

3.369: Condicionamento ácido após


a remoção parcial da restauração
antiga. Manteve-se parcialmente a
porção palatina.

3.370 e 3.371: Aplicação da


resina dentina S2 (Miris/Colténe
Whaledent) .

3.372 e 3.373: Aplicação da resina


dentina Sl (Miris/Colténe Whaledent)
confeccionando os mamelos e
definindo a anatomia interna.

3.374 e 3 .375: Aplicação da resina


de efeito R (Miris/Colténe
Whaledent) para um efeito levemente
transparente neutro.

3.376 e 3.377: Aplicação da resina


de efeito branco SO (Miris/ Colténe
Whaledent) para a confecção do
halo incisai. Esta linha deve ser bem
delgada, com cerca de 0,3 a 0,5 mm
de diâmetro.

J .378: Aplicação da resina esmalte


acromático WR (Miris/Colténe
Whaledent - este sistema não possui
esmaltes cromáticos) em toda
vestibular.

J.379 e J .380: Técnica d:t matriz


tracionada para a realização d:t
porção proximal e do ponto de
contato
'f')'
-.....,-
J.381 a 3.383: Esmalte vestibular
hnalizado. Use o dedo anular para acertar a forma das incisais. Lembre se de
que é o dedo mais leve e delicado que possuímos. Use antes uma gaze
umedecida com álcool para limpar o talco existente sobre as luvas.
306 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

3.384 e 3.385: Aplicação do gel


de g licerina e fotopolirnerização
final.

3.386 a 3.388: Sequência de


acabamento e polimento com o
siste ma de borrachas Astropol
(lvoclar Vivadent). A borracha
cinza é para acabamento; as
borrachas verde e rosa, para
polimento.

3.389: Polimento final com


Flexi-Buif (Cosmedent) e pasta
para polimento Enamelize
(Cosmedent).

3.390: Caso finalizado.

Para fazer o halo incisai de pacientes mais jovens, utiliza se uma resina
bastante branca e opaca. Já em pacientes mais velhos, deve ser utili.::a -
da a mesma resina usada na de11ti11a corpo (resina dentina opaco) com
a mesma saturação.

3.391 a 3.395: Sequência de restauração Classe IV realizada nos dentes 11 e


, sem
21
uso de matriz e enceramento. Observe que no dente 11 também foi realizada urna
sequência de facetamento de dente escurecido como será visto a seguir.
Cap ítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 307

3.396 o 3.398: Aplicação de sistema adesivo


Single Bond Universal/Scotchbond Universal
{3M) para uma sequência em modelo
utilizando a técnica de restauração Classe IV
sem uso de matriz palatina (mão livre) .

3.399 e 3.400: Aplicação da resina dentina


(A3d/ Z-350 XT, 3M ESPE) .

3.401 : Aplicação da resina para efeito incisai


(CT/ Z-350 XT, 3M ESPE).

3.402: ate a espessura da dentina realizada.

3.403: Aplicação da resina para halo o paco


(B!b/ Z-350 XT, 3M ESPE).

3.404: Aplicação de uma resina body/ corpo


para complementar a dentina já realizada
{A3b / Z-350 XT, 3M ESPE) . Esta resina
só existe no sistema da 3M ESPE e deve
complementar a dentina hnalizando o corpo
da restauração. os outros sitemas seria
utilizado somente dentina mais espessa do
que foi feito na hgura 3.311.

3.405: Aplicação da resina esmalte cromático


um tom abaixo da dentina (A2e/ Z-350 XT,
JMESPE).

3.406: Como o sistema Z- 350 XT / Flltek


Supreme Ultra {JM ESPE) não possui esmalte
acromático, uma resina WE (White enarnel)
pode ser utilizada par:i esta finalidade.

3.407 e 3.408: A camada palatina~ finalizada


com a resina esmalte cromático (Ale/ Z-350
XT, JM ESPE).

3.409: Restauração finalizada.

3.410: Restauração após acabamento e


polimento.
Shortcuts
10
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transfo - .
rmaçoes anteriores
309

Outra alternativa. quando a situação clínica permi-

tir. é utilizar uma restauração antiga como referên-

cia inicial. cujo formato pode ser usado como guia

ou mesmo a confecção de uma restauração prévia

sem o uso de condicionamento ácido. de forma

bastante simples e rápida para direcionar a anato-

mia. Uma segunda possibilidade é a realização de

um enceramento sobre modelos iniciais. servindo .:-ç5-:


J .417: Caso inicial de troca de restauração. Foi realizada a moldagem
como base para a confecção de guias de silicone. Faz -se o condiciona- do dente antes da troca da mesma para servir como matriz-guia.
mento ácido por 30
segundos em esmalte
e 15 segundos em
Uma vez obtida essa restauração inicial. seja
dentina, sempre
através do enceramento ou com base em uma com uma margem de
segurança além dos
restauração antiga ou mock-up direto. confec-
limites da cavidade.
ciona-se uma matriz com uso de silicones densos Isto evita a ocorrên-
cia da linha branca
õe presa rápida. A porção vestibular da matriz é presente algumas
ª
ada.. e a porção palatina/incisai servirá como vezes, durante o aca-
bamento da restau-
ração e decorrente da
extensão da resina • Efeito transparente neutro
composta além da
área condicionada. • Dentina/ opaco

Usa se dcúlo fos/6ri


Halo branco opaco
co a 35 a 37ªo gel ou
semigel.
Shortcuts em odontologia estética uma nova vi .
310 sao Sobre TIPS

Remove-se a restauração antiga com pontas dia- ESQUEMA 6

mantadas esféricas e iniciam-se os passos dos pro- Sequência de estratificação de restaurações de Classe IV. quando forem
cedimentos adesivos (Figs. 3.418 e 3.419). Realiza- utilizadas guias de silicone

-se o condicionamento ácido por 30 segundos para


Uma camada de resina de efeito
esmalte e 15 segundos para dentina. transparente neutro

Posteriormente. aplica-se o sistema adesivo com mo- Uma camada de dentina/opaco


vimentos ativos durante 20 segundos e um jato de ar
contínuo para a evaporação do solvente do sistema
Um halo branco/opaco com resina de
É importante lembrar que a maioria dos sistemas ade- efeito branco

sivos hoje presentes no mercado não utiliza mais ace-


tona e sim álcool, o que torna o procedimento de eva- Um efeito incisai com resina de efeito
azul/cinza/transparente
poração importante devido a sua maior dificuldade de
remoção em relação à acetona61 (Figs. 3.420 e 3.421).
Uma camada de esmalte cromatico

A restauração de dentes fraturados usualmente


é iniciada pela região palatina quando for utiliza-
da uma matriz-guia. Para tal, devem ser utilizadas
sempre resinas com alta transparência (resinas
classificadas como resinas para efeito) e em peque- 3.418 e 3.419: Condicionamento 4cido por 30 segundos.

nas espessuras. Aplica-se esta resina sobre a matriz


3.420: Aplicação do sistema adesivo Excite (lvoclar Vivadent)
de silicone. sempre buscando diminuir a espessura
3.421: Fotopolimerizaçio por 20 segundos.
até o ponto em que seja possível visualizar a cor
da borracha através da resina. Feito isso, deve-se
encaixar a matriz no dente a ser restaurado e foto-
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e tra ns e,ormaçoes
- anteriores 311

Neste momento, a matriz de si licone pode ser re-

tirada e os excessos de material. removidos com

lâmina de bisturi número 12 (Figs. 3.422 e 3.423).

Uma vez realizada a porção palatina, inicia-se o

corpo da restauração. Aplica-se a resina dentina ou

opaca sobre a camada de suporte realizada com

uma resina transparente 62 (Figs. 3.424 a 3.426).

Utilizando espátulas com desenhos favoráveis (Op-

tra-Sculpt/lvoclar Vivadent), inicia-se a delimitação

de mamelos irregulares. seguindo a referência do

incisivo contralateral. Comumente, são feitos dois

mamelos mais volumosos em mesial e distal, e ma-

meios menores no centro. porém não existem re-

gras gerais restritas. Deve ser mantido um pequeno

espaço na incisai para uso posterior de resinas de

efeito ou mesmo transparentes. No caso clínico em

questão. o corpo foi finalizado cerca de 1.5 a 2.0

mm antes da altura final da restauração.

Cerca de 0.3 a 0.5 mm de uma resina de efeito

esbranquiçado é aplicada mais na região incisai.

reproduzindo a linha branca opaca normalmente

existente em dentes naturais. bastante evidente

devido à diferença de orientação dos prismas das


312 Shortcuts em odontologia estética: urna nova ViSà
o sobre l !Ps

superfícies vestibular e lingual. completando. assim.


o halo incisai. Uma vez que o dente não pode fi-
car mais longo do que a matriz palatina indica. este
halo se localiza levemente vestibularizado.

No pequeno espaço deixado entre os mamelos


e o halo esbranquiçado pode ser aplicada uma
resi na transparente (opalescente) imitando os
efeitos azulados ou acinzentados presentes nes- J .427: Uso da resina Blue effect 4 Seasons (Ivoclar Vivadent).

sas áreas. Essa resina é aplicada entre os espa-


ços dos mamelos e também no espaço incisai '(F')'
-\1-
deixado. cobrindo suavemente as pontas dos
O espaço médio
mamelos (Fig. 3.427). deixado para a
utilização de resinas
de efeito em incisai
Seguindo a escolha de cores de resinas esmal-
Estando o corpo concluído. assim como a porção é de 1,5 al,O mm
de espessura. Pode, te cromático e esmalte acromático. é feito o
incisai. inicia-se a aplicação das resinas esmalte
no entanto, variar
conforme a carac- recobrimento da face vestibular. Usualmente. a
cromático e acromático. Caso haja a necessidade
terística do dente porção cervical e o terço médio são recobertos
de caracterizações adicionais como manchas hi- adjacente.
poplásicas. trincas e manchas dentinárias. podem com resinas esmalte cromático, como no caso

ser usados corantes modificadores. desde que uti- clínico utilizando a resina A2 enamel (4 Seasons/

lizados bons sistemas como Kolor + Plus (Kerr). Te- lvoclar Vivadent). No terço incisai. como nor-

tric-ColorEmpress direct colors (tvoclar Vivadent) malmente existe maior transparência oo esroal-
a
ou Croma Zone (Kuraray). Nesse caso clínico. por
se tratar de uma restauração sem excessos de ca-
ractenzação, apenas o uso das resinas de efeito
foi suficiente.
3: esta'

J ..S28: Aplicação da resin:l esm;alte cronuúoo A1 (.S ;1. ns h ,tir \ív:ident).

lar \í,-,adent).
J ..S29: Após a apli :1 lo da resÍJl,1 esm:llte acronuúco (high \':llue .s

J.-SJO e J .-SJI: fotopolimerizalc;.iO final da restauraçlo.

J ..ul e J .-SJJ: Acab:llnentocomdiscOS í- Le. PopOn Xí (JM PE) pont di:lmant2Cbsdour.adas l9SF ( G rensen).

tur.a (Tul ture a.rk r Benzer).~- a ·metria ntre


J.43-1 e J •.US: erihcaviº da àre2 de espelho com uso de pó par.a

centraiS-
_ e J.437: Acab:lln nto e polimento corno · terna ropol (lvocbr Vi 1:ldent).
3 436

3.438: Polimento final corn

J.439: easo fula)iz:ldo·


14 hort ut P111 odnn1 o loe1,1 l'~ IL' l1r,1 u,11,1 nov, vi
1
, o obrl' Til\

.l .440 ~ .l . 441: C;1,o d ln lcn de fr~ IUtJ


do i nc isi o ·111 r.1' cm p.1cic111c
jove m .

:l.443 e ,l.44-1 : Olhc rv · ~

c:1m tcri1:1ç, n d· ~upç rfícic (1c, 1ur~)


d os tlc nt c, :interiores.

:l.445 ~ 3 .-1-17: cquênd.1de


r ·, taura,,l o , '):Uintloo c~qucm.1bdc
cs tr:ni f1c.1çJo .

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cisi110, csta muis 1111,1111,srí
/111/ur .:m 111111sc toe/o, n, ''"º'
c/111i os. /sso po,k ,cr nore11lo
11osicion1111,/o , •. o cl.:clo inJi
c11dor sobr.- os tloi~ indsitl(J,
i:ntrnis
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t ransformações anteriores
315

Classe IV (dois dentes)


A segunda regra é sempre iniciar pelo incisivo com

maior número de referências, ou seja, com menos


Na necessidade de execução dos procedimentos destruição quando for necessário trabalhar os inci-
restauradores nos incisivos centrais. ambos podem sivos centrais (Figs. 3.448 a 3.452).
ser executados ao mesmo tempo, mas o trabalho

dente a dente mostra-se mais viável para o clínico A terceira regra será vista mais à frente, mas
geral e bastante favorável em seu resultado final. tendo os incisivos centrais a mesma quantidade

de estrutura, deve-se iniciar sempre pelo incisivo


O biselamento pode
Individualizando o trabalho, o manejo das áreas ser evitado em duas mais vestibularizado.
situações. A primeira
proximais e de contato torna-se mais fácil. Lem-
é em casos de dentes
bre-se de que em dentes anteriores não existe um claros, onde não
há necessidade de
ponto de contato. e sim superfícies de contato, que esconder a inter/ace
são mais efetivamente fechadas quando se realiza ou mesmo utilizar
resinas com muita
dente a dente. saturação; a segunda
é em fraturas peque-
nas, que dispensam
Partindo-se desta premissa. algumas regras devem desgastes adicionais.
Esteticamente, em
ser observadas ao trabalhar com resinas em áreas
outros casos, per-
estéticas. como já foi citado. cebe-se a necessi-
dade clínica de uma
interface de trabalho
estético visando o
mascaramento da
restaurOfão,
Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TIPS
316

O bisei mais adequado foi inicialmente chama-

do de bisei infinito. significando que não deveria

permitir uma visualização definida do término.

permitindo um avanço da resina em algumas re-

giões ou o contrário (Desenhos 3.10, 3.11 e 3.12).

Desenho 3.10: Bisei inicial em 45 Desenho 3.11: Segunda Desenho 3 .12: Terceira
graus tradicional realizado com inclinação da ponta diamantada inclinação arredondando o
uma ponta 319Sf...... para biselar a margem do término. Com isso a restaunção
primeiro bisei. poderia ser levada além Oll
aquém da nwgeminicial,
sendo ditado pela necessidade

A aplicaçdo das resinas es-


malte para a manipulaçdo
deve ser efetuada sempre
mais para cervical do que
o desejado. Uma vez que o
mollÍmento de espatulaçdo
e uso do pincel é em direçdo
incisai, caso a resina seja
colocada exatamente na
margem da callÍdade, no
num,nto da manipulação
surgirá uma tlqressão
(Desmlw 3.13A e 3.IJB).
O correto l posidonar a
Tesúut;mais e~ erar
:cDtfl:
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transfor _ .
maçoes anteriores 317

3.453 a 3.471: Mesmo procedimento de


restaw-ação Classe IV de dois incisivos
centrais realizado com sistema
restaurador Z-350 XT / Filtek supreme
Ultra (3M ESPE). Detalhe que a regra de
se iniciar pelo incisivo menos destruído
não foi seguida. Hoje a sequência
preferencial seria iniciar pelo dente
11 (menos destruído) seguido pelo 21
(mais destruído).
Shortcuts em odontologia estética. urna nova v,sào sobre TIPS

318

~!5
Como estratificar em casos de fechamento de diastemas?
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e trans formaçoes
_ antenores
.
319

A partir daqui começamos a citar situações típi-

cas de resolução estética. e não mais restaura-

ções de cavidade. Sendo assim. alguns conceitos

devem ser expostos.

A base do procedimento de recontorno cosméti-


Lm casos de recon
co é a aposição (colocação de resinas compostas) torno cosmetico,
o desgaste dental
e desgaste de estrutura dentária apenas quando so serd necessdrio
houver necessidade de alterar a posição ou forma em areas que estão
uestibularizadas e se
dental. O condicionamento ácido e o tratamento houver necessidade
adesivo em toda a superfície possibilitam esta li- de reposiciona -
mento. O preparo
berdade de ação; desta forma, diversas situações para faceta tradi-
cional somente serd
clínicas podem ser modificadas e corrigidas. A se-
necessario em casos
guir. serão abordadas aquelas que parecem reque- de escurecimento
dental.
rer mais informações técnicas padronizadas. mas a

~edade clínica de possibilidades é, obviamente.

a,or (Figs. 3.472 a 3.496).


320 Shortcuts em odontolog1d estética uma nova visão sob
reT1P5

3 .476 e 3.477: Marca -se


com lapisas áreas que estão
vestibularizadas para posterior
desgaste com disco sof-lex pop
on XT (3M ESPE).

3 .478 : Isolamento absoluto


realizado.

3 .479 a 3.481 : Procedimentos


adesivos realizados para o
primeiro incisivo central.

3 .482: Finaliza ção dos incisivos


centrais e recontorno dos
caninos, fechando as ameias
incisais.

3 .483 a 3.485: Sequência de


acabamento e polimento
utilizando borrachas do sistema
Astropol (lvoclar Vivadent).

3.486: Uso de sof- lex inspira!


(3 1 ESPE).

3.487: Polimento final com feltro


ílex:i-buff (Cosmedent) e pasta
Enamelize (Cosmedent).

3 .488 : Acabamento pro,iroal


com lixas Epitex (GC) e pasta de
polimento.
ítulo 3 : Restaurações estéti
cas e transformações anteriores
321

3.489 e 3.490: Caso hnalizado. ote a desidratação rápida que ocorre devido ao isolamento
absoluto, especialmente em pacientes jovens.

3.491 a 3.496: Após dois meses. Caso clínico após dois meses.
322 Shortcuts em odontologia estética· uma nova v1sao sobre TIP,

Os casos de modificações estéticas envolvem even- grandes entre incisivos centrais não se mostram
tualmente um desgaste visando palatinizar/lingua- tão favoráveis. mas ainda assim podem ser aceitá-
lizar estruturas (reposicioná-las). mas para isso não veis desde que os espaços não sejam exagerados
são exigidos preparas convencionais para faceta. (Figs. 3.513 a 3.533).
com chanfrado cervical e espessura mínima. O que
define a necessidade de preparo convencional para Diastemas generalizados normalmente são gerados
O princípio do
faceta de resina composta é unicamente o escureci- pela finalização ortodôntica. em casos associados a
recontorno cosmé-
mento da estrutura dentinária. Se não houver escu- tico é a remoção de discrepâncias de Bolton. em que os espaços mesio-
estrutura dentária
recimento. não haverá preparo (Figs. 3.497 a 3.504). distais dos dentes superiores não são compatíveis
de áreas indesejadas
e a adição de resina com os inferiores. podendo ocorrer usualmente so-
composta nas áreas
Recontorno cosmético de incisivos inferiores bra de espaços 29·6164, que podem ser corrigidos com
com necessidade de
(Desenhos 3.15 e 3.16). estrutura. Não ape-
recontorno cosmético.
nas o posicionamento
é corrigido com a
Diastemas são frequentes e podem ser classifica- técnica de recontor-
A dinâmica da movimentação destes dentes e a
no, mas também o
dos em generalizados (distribuídos em vários espa- alinhamento dental. quantificação do espaço disponível para uma futu-
ços) ou localizados (entre os incisivos centrais, p. Observe, no desenho
3.16 ,o prindpio apli-
ra transformação estética constituem um procedi-
ex.). Normalmente. causam efeitos negativos na cado a problemas de mento de difícil execução. A Dentística restaurado-
harmonia do sorriso pelo excesso de áreas negras, alinhamento, corri-
gindo a percepção de ra permite a reconstrução coronária destes dentes.
tornando o mesmo mais agressivo (o contrário, ex- alinhamento dental A reversibilidade da restauração. aliada à possibili-
cesso de áreas brancas, torna o sorriso monótono} pela modificação das
cristas marginais e dade de ser constantemente retocada garantem a
e incomodando alguns pacientes (Fig. 3.505}. das ameias incisais e
gengivais.

Diastemas localizados frequentemente aparecem


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t ransfor maçoes
- anteriores
· 323

3.497 e 3.498: Recontorno cosmético puro em dentes inferiores. Para regularizar os incisivos inferiores, não se faz adição de resina em incisai.
O que se deve corrigir é o contorno lingual desses dentes, adicionando resina ou fazendo pequenos desgastes. Com isso, o paciente tem a
sensação de que os dentes anteriores inferiores estão alinhados (Desenhos 3.15 e 3.16).

' ,, ,,,,,, ,,,;,,, .,, \.


. \.
...
'

Desenho 3.16: Desenho esquemático da correção da Unha da borda


))e9ellho .lS: l)eSellho esquemitico típico de problema de Incisai, exigindo desgastes dentais em algumas regiões e aposição de
3
posicionamento Inferior. Note a linha da borda incisai irreglllar. resinas compostas em outras.
Shortcuts em odontologia estettca uma nova v,sào sobre Tlf>S
324

3.499: Caso inicial de incisivos


laterais vesLibularizados e
apinhados sobre os incisivos
centrai . Observe que o dente
13 está bastante vestibularizado
tan1bém. Caso clássico de
recontorno co mético puro.

3.500 e 3.501: A guia inicial mostra


o desgaste que foi realizado e a
posição original dos dentes.

3.502, E.stratiftcaçào sendo


realizada.

3.503e3.504: Caso fmalizadocom


resinas compostas (Enamel HRI
Miscerium).

\ •f-, !
1
.

.
'

3.SOS: Diastema fechado pelo próprio paciente


com Super Bonder/ Loctite (Foto cedida pelo
professor Paulo Cesar Gonçalves dos Santos).

3.S06 a 3.509: Diastema Ílnali7.ado com resina composta Fsthelite - (Tokuyama).


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 325

3.510 a 3.512: Diastema


fin alizado com resina composta
Filtek Supreme XT (3M) .
·.··.... . A·.i>• '.;.......':· .
, ,• •, . '\
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. , . ,• •,
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I

:',1

3 .513 a 3.518: caso inicial de


fechamento de diastemas com
resinas antigas. Nota-se o desvio
de linha média presente na
paciente, comparando-seª linha
média facial.
J ..-w ,\plic:l ·<>do 1111

adesr.u Ptak (t;ltnden1)

J 52hJ s:i.i cbnsm


Estelite~ EA2 l 1111Nya-J.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
327

Normalmente, o ortodontista encaminha o pacien- homólogos para que sejam obtidos resultados es-
te com necessidade de finalização no meio do tra- téticos agradáveis67. Lembre-se que a largura vir-
tamento, para o estudo restaurador. Uma pergunta tual clinicamente é mais relevante que a largura
clássica surge neste momento: qual a melhor re- real (Desenhos 3.17A 3.178).
gião para se deixarem os diastemas para a adição

de resina composta? O ortodontista deve ter co- Um caso desfavorável do ponto de vista de fi-
municação perfeita com o profissional restaurador nalização ort odônt ica pode ser visto nas figuras
com o intuito de que este indique os melhores lo- 3.534 a 3.541.
cais para que as sobras de espaço sejam mantidas

(veja dica ao lado).

Situaçlo 1: Se os espaços somados forem iguais a 3,0 mm ou menos, a melhor drea para
Para que não ocorra a movimentação dos den- a finalização serd em distal de incisivos centrais e mesial de incisivos laterais.

t es devido à falta de contenção após a remoção Situaçlo 2: Se os espaços somados forem maiores que 3,0 mm, deve-se distribuir em
mesial de incisivos laterais e distal de incisivos centrais, e também em mesial de caninos.
do aparelho ortodôntico fixo, pode ser feita uma
Lembre-se de que as mesiais de caninos são amplamente favordveis para fechamentos
cootenção para manter os dentes na posição cor- estéticos, uma vez que quase sempre os caninos precisam ser vestibularizados. Aftnali-
zação ortodôntica tem tendência a posicionar os caninos inclinados para palatino para
t ·zª!)dO condicionamento ácido nas pro-
tornar funcional a oclusão, oferecendo guias, mas esteticamente os torna pontiagwlos e
pouco atraentes devido à iru:lintJfão exagerada.

Situaçlo 3: Na presença de grandes espaços, preferencialmente, devem ser distrihúlos


entre todos os dentes anteriores ou com espaços maiores em mesiais de incisivos Laterais.
Uma divisão homogênea do espaço favorece o resultado estéticofinal deJonna.mais agra
dável e harmoniosa do que a concentração do espaço apenas em uma ou..~-re~
Shortcu ts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS
328

3 17A: Pode-se perce ber que, apesa r de a largura rea l dos do is incisivos centrais
Desenho. . . d te 11 apa renta estar mais largo que o dente 21.
estarem ,gua, • 0 en

.
h 3 178· A lmha pont1'Ih ad a ci nza mostra a área de espelho atual, de monstrando
Desen °· · . _.
ue as larguras virtuais estao mcorretas . A linha pontilhada ve rmelha mostra a linha
q
correta que deve ser busca d a no aca bamento pa ra a correção deste problema de
percepção da área de espelho.

3 _534 e 3 _535 , A paciente recusava- se a ficar mais tempo no tratamento ortodôntico e foi necessário um fechamento imediato de espaços
com resinas compostas.

3 _536 a 3 _541 , A paciente retomou 3 anos depois, sem manutenção


neste período, e com presença de pequenas fraturas e manchamentos. Repolimento geral foi realizado, voltando ao
ciclo de manutenção.

Quadroa.1
capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
329

Termos como reflexão (feixe de luz que retorna


vestibular. deslocando-se as arestas para as pro-
diretamente ao observador) e deflexão (feixes de
ximais. realçando as linhas horizontais e diminuin-
luz dispersos. que não retornam ao observador)
do-se as ameias vestibulares (Figs. 3.542 a 3.567).
são utilizados para explicar estes fenômenos de

ilusões de óptica utilizados para que os dentes


A técnica de estratificação para o fechamento de
aparentem determinadas dimensões. Por exem- espaços pode ser dividida conforme o tamanho e
plo. pode-se ter a sensação de um dente mais a generalização deste. Duas abordagens são pos-
estreito com o escurecimento das proximais. síveis nesta técnica: para diastemas localizados e
deslocando as arestas proximais mesialmente e generalizados. Os quadros podem auxiliar a forma
realçando linhas verticais. aumentando as ameias de trabalho em todos os casos de recontorno cos-
68
vestibulares • Um dente pode aparentar largura mético, e serão utilizados para as próximas situa-
maior do que a real aplainando-se a superfície ções clínicas.
330
Shor tcuts em odon tolog ia estéti ca:
uma nova visão sobre TIPS

3 .S-12 : Caso inicb l de diast ema


loca li,ado em ce ntrnis.

3 .5~: Isolam ento modificado


reali,.ado.

3 .54-1 e 3 .545: Fio afa,ta dor


posic ionad o (Sil trax plain /
P,1'cal) .

3. - -16 e 3 .547: Jateam emo com


ó,ido de alum ínio (Prep start/
Dan ille) .

3 .548 e 3 .549 : Cond icion amen


to
do prime iro incisivo centr al.
Semp re uma marg em a mais de
:\reac ondic ionad a deve estar
prese nte (Margem de segur ança) .

3 .550: Aplicação de um adesivo


em primer (Hidrófobo) , uma
vez que estam o traba lhand o
somt:nte em esma lte.

3 .551 e 3 .552: Uso de uma


resina esma lte acrom ático (T20
Empr ess Direc t/lvoc lar Vivadent)
com uma espat ula Sahd ent
(Golden /Sa hd ent) . Segu e-se a
fotop olime rizaçã o deste passo.

3 .553 a 3 .557: Pa.ra


preen chim ento da area mais
proxi mal, a técni ca de matri z
tracio nada é utilizada, com a
mesm a resina comp osta após
a polim erizaç ão da cama da
vestib ular.
Capitulo 3 : Restau rações estéticas e transformações anteriores 331

3.558 e 3.559: Aplicação de


uma gliceri na em gel (Glicerina
em gel de carbopol a 25 %).
Este gel garante uma melhor
polimerização da camada
superficial que é inibida pelo
contato com oxigénio. Apesar de
ainda discutido este beneficio,
em situações onde pouco
acabamen to será necessário na
restauração, pode ser prudente
seu uso na polimerização final.

3.560 e 3.561: Usa-se uma lixa ftna


(Epitex/GC) para um acabamen to
proximal perfeito antes da
realização do outro incisivo
central. Lembre-se, sempre dente
a dente; não arrisque trabalhar
os dois ao mesmo tempo (Seu
contato proximal será de uma
qualidade bastante inferior.
normalmente sem uma superfície
de contato adequada).

3.562: Isola-se a resina com óleo


natural (Johnson & Johnson)
após a conclusão do acabamen to
inicial. Isto facilitará a técnica
do click.

3.563 e 3.564: Realização da


resina composta do outro
incisivo central seguindo a ténica
que será descrita neste capitulo.

3.565 e 3.566: Com uma lapiseira


de ponta vermelha (utilizada para
cerâmicas), definimos as áreas
de espelho e a diminuimos, para
aparentar menor largura virtual.

3.567: Caso finalizado.


332
Shortcuts em odontolog1.;i e· te 1ca um;i nova visão sobre T!Ps

DIASTEMAS LOCALIZADOS

Como visto no quadro 3.1 . o recontorno cosmético não generalizado dis-


pensa o enceramento inicial (Figs. 3.568 e 3.569).

A técnica utilizada para diastemas reduzidos é bastante previsível e sim-

ples. O esquema 7 reproduz esta sequência de res inas (Figs. 3.570 a 3.597;
Desenhos 3.18A. 3.188 e 3.19A. 3.198).

ESQUEMA 7

Sequência de estratificação em casos de recontorno cosmético: fechamento de


diastemas localizados (sem o auxílio de guias)

Um halo com resina esmalte cromático mais es-


branquiçado (81 ou extraclaro/dentes clareados)

Uma camada de resina de dentina/opaco (em


espaços maiores ou iguais a 2 mm).

Uma camada de esmalte cromatico

Uma camada de esmalte acromat1co


Íl•)((t~( dO p.ir.1 O\ \l"f Pl1l,l'i qtH' n.10 pü\\Ul'm

P\nulte crom.ltrro pul,H o 1t(·Jn 3)


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t rans f ormaçoes
_ anteriores
333

Note que pode ser


realizado inicial-
mente o contato por
vestibular e poste-
riormente tracionado
de trás para frente ,
como no desenho
3.18; o contrário
também é viável,
Desenho 3.18: A) Posicionamento correto da matriz para o tracionamento. A resina deve ser colocada em palatino e adaptada em proximal antes do
realizar o contato por
tracionamento. O contato da vestibular já deve estar realizado e polimerizado. B) Em rosa observa-se a resina adaptada; sobre ela pressiona-se a matriz e
palatino primeiro e traciona-se para vestibular. O movimento deve ser para vestibular e lingual, neste exemplo. Essa técnica pode ser visualizada nas figur.ls 3.584a 3.5879.
tracionar de vestibu -
lar para palatino.

• Co - -·•tado ficam espaços gengivals (black spacc) na


J)eSenho 3.20. mo i=u.o

:1rea lnterdental.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova VI sao
-
sobre T1P5
334
Capitulo 3 : Restaurações estéticas e transformaçoes
- anteriores
. 335

3.570 e 3.571: Caso inicial de dias temas localizados. se m a necessidade


de enceramento prévio e confecção de guias de silicone .

3.572: Remoção do esmalte aprismático.

3.573 e 3.574: Ácido fosfórico e aplicação do sistema adesivo.

3.575 a 3.577: Inserção de resina esmalte cromático Bl (Esthelite /


Tokuyama).

3.578: Inserção da resina esmalte cromático A2 (Esthelite/Tokuyama) .

3.579: Inserção da resina esmalte acromático - (EstheLite/Tokuyama) .


Nesse momento, encosta -se a resina no dente adjacente e a
fotopolimeriza ; com uma espátu la , e realizando um movimento de
torção, separam-se os dentes , mas ao remover a espátula o contato
proximal já existe (técnica do clique). O que resta é preencher a parte
palaúnoproximal deste dente .

3.580 e 3.581: Com a tira de matriz em posição, comprime- se a resina


esmalte acromático em palaúnoproximal.

3.582 e 3.583: Com o dedo anular da mão direita, comprime -se a resina
sob a matriz.

3.584: Traciona-se a matriz para vestibular, fazendo a resina preencher


os espaços proximais (técnica da matriz tracionada). Note que a matriz
deve se encaixar em gengival .

3.585: Resina confeccionada em palatino.

3.586 a 3.588: Resina confeccionada em palatino.

3.589: LI.mina 12 de carbono para a remoção dos excessos cervicais


(Feather) .

3.590: Acabamento com discos Sof- Le Pop On XT (3M ESPE).

3.591 a 3.593: Acabamento e polimento com o sistema de borrachas


Jiffy (Ultradent).

3.594: Acabamento proximal com lixas finas (rosa/Oraltech).

3.595 a 3.597: Caso finalizado.


Shortcuts em odontologia estetica. uma nova visão 'Obr
, e Tlf>S

DIASTEMAS GENERALIZADOS ESQUEMA 8

Sequência de estratificação em casos de recontorno cosmético: fechamento de


P a o caso de recontorno cosmet1co em diaste- diastemas generalizados (com o auxílio de guias)

gen a 1zados em que o enceramento é reali-


Uma camada de resina de efeito
zado e u a gu a é con ecc1onada sobre o mesmo. transparente/neutro

s guem- e o p incip1os de restauração de dentes

an e ,ores ra urados. inclusive na sequência de


Uma camada de dentina
auraçao den e a dente O esquema 8 demons-

ra es a sequência passo a passo Lembre-se. pelo


Um halo branco opaco com resina de
quadro 3 1 que d1astemas generalizados envol- efeito branco

vem a necessidade de enceramento inicial (Figs.


3 598 a 3 605) Um efeito incisai com re~ina de efeito
azul/cinza/transparente

Uma carn;:ida de esmalte crorn..itico


Capitulo 3 : Restaurações esteticas e transforrnaçoes a nteriores 337

.l .598 J J .5b0.'i Realizadas as fotos iniciais


e o clareamento de ntal , parte -se para o
planejamento de proporção e forma a ser
realizado em modelos iniciais e enceramento.
Devido a paciente ser jovem, optou - se por
realizar um tratamento conservador sem
qualquer tipo de desgaste com base no
recontorno cosmético dos dentes com resina
composta direta". Foi realizado o protocolo
fotográfico e enviado junto com os modelos
de estudo da paciente para o laboratório para
a confecção do enceramento diagnóstico.

Veja este protocolo fotográfico• no site:

ºHirata, R. Scopin, O. Kina, S. Protocolo


propo ro para fotografias iniciais, modelos
e enceramento. Re11 Assoe Paul Cir Dent
2007;61(3):174 83.
shortcu ts P íll urlontoloe1d ·s tóllca uina nova vis
ct O ,obr~ TIPS
JJ8

comprimento dos incisivos centrais e, como conse-


Uso do enceramento diagnóstico e matriz palatina
quência. dos outros dentes anteriores.
para a confecção das restaurações diretas

Uma boa matriz para dentes anteriores fratura- Sobre o modelo encerado. é realizada uma molda-

dos. restaurações Classe IV extensas. redução e/ou gem com a parte densa de um silicone por adição ou

fechamento de diastemas e recontornas cosmé- condensação. envolvendo todo os dentes que serão

ticos podem ser realizados a partir de um ensaio trabalhados, até o dente seguinte (no caso clínico

restaurador ou por meio de enceramento sobre os o 24 e o 14). Podem-se também utilizar silicones

modelos iniciais 69 . Esse modelo é obtido através de polimerizados por condensação. de uso laboratorial.
uma moldagem inicial do paciente com silicone por como o Zetalabor (Zhermack), Silon IP (Dentsply) ou
adição ou condensação. A partir do modelo inicial Perfil Lab (Vigodent). que são muito rígidos e exce-
obtido (Fig. 3.606). deve ser realizada uma duplica- lentes para esta finalidade (Figs. 3.608 a 3.610).
ção para a realização do enceramento (Fig. 3.607).

Após a presa do silicone, o molde deverá ser retira-


Segundo Vig e Brundo70, a exposição dos dentes do e. com o auxílio de uma lâmina de bisturi no 12
com os lábios em repouso apresenta uma média ou 15 (Feather), recortado no sentido mesiodistal.
de 3.4 mm para as mulheres, quase o dobro da removendo apenas a porção vestibular. de modo
média para os homens. A fotografia inicial com O que o rebordo incisai permaneça na matriz de sili-
lábio em repouso determina fundamentalmente O cone69 (Figs. 3.611 a 3.619).
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 339

3.606 : Modelo inicial.

3 .607 : Modelo dupllcado e encerado


(Marcos Celestrino / Laboratório
Aüança São Pau.lo - SP).

3.608 a 3 .610 : Moldagem do


modelo encerado com silicones
de condensação (Zeta1abor /
Zhermack) . Essa matriz é na
verdade um guia de silicone 2 ' · 74 •

3.6ll a 3 .619 : Observe o recorte


mantendo as áreas palatina e incisa!,
e também os dentes adjacentes à
área de trabalho (pré- molares) para
que estes sirvam de encaixe e a guia
se mantenha passivamente na boca.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
340

Após O recorte da guia. esta deve ser levada em


posição para verificar e testar o assentamento cor-
reto (Figs. 3.620 a 3.622).

Uma das grandes vantagens de se trabalhar com


este tipo de matriz é a segurança do posiciona-
mento correto das bordas incisais e proximais. de
forma que. a partir da região palatina. outras ca-
madas de resinas são inseridas por meio da técnica
incremental policromática.

Para a realização das restaurações mantendo o


campo operatório seco sem perder as referên-
cias das margens gengivais. deve ser utilizado o
isolamento modificado com lençol de borracha21
(Figs. 3.623 a 3.628). É extremamente importante
manter as referências gengivais no momento da
estratificação, não só pelo perfil de emergência

mas também pelo desenho gengival que induzirá

a uma forma dental específica para cada situação,

razão pela qual o isolamento absoluto convencio-


nal estaria contraindicado.
3.612 a 3.614: Asaent2mento d:l guia de silicone na boca.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t f _
rans ormaçoes anteriores
341

Sempre que forem restaurados os seis


dentes anteriores, deve -se tentar
trabalhar todos na mesma sessão (em
torno de 3 horas e meia de sessão clí-
nica) . Ao final desta primeira sessão,
as resinas deverão estar acabadas
e polidas, mas o paciente normal-
mente necessita de alguns dias para
a análise da modificação anterior,
que também serve com uma fase de
adaptação. Uma sessão de 3 horas
e meia implica cerca de 20 minutos
de traba lho de estratiftcação por
dente . Marca -se uma segunda sessão
de uma hora e quinze minutos para
revisão, em que são fe itas pequenas
modíftcações ou reparos, de acordo
com as solicitações do paciente. Essa
sessão de ve ser pelo menos 3 dias
após a primeira (normalmente uma
semana depois). Ma rca-se fi nalmente
uma terceira sessão de 20 minu -
tos, apenas para algum reparo ou
modificação final . Deve -se avisar o
paciente sobre estas três sessões para 3.623 e 3.624: Posiciona -se um rolete de algodão lateral ao freio labial. Posteriormente,
não criar ansiedade exagerada sobre são feitas oito perfurações lado a lado, que devem ser unidas e, assim, pode- se isolar de
pré - molar a pré- molar (uma vez que será trabalhado de canino a canino). O isolamento
o resultado ftnal na primeira sessão.
modificado garante que não haja contaminação por saliva e, associado ao uso do fio
Muitas vezes, o paciente já acaba se retrator, permite o controle da exsudação do fluido crevicular e a obtenção de um
acostumando e gostando do resultado perfil de emergência adequado, facilitando a inserção e o acabamento do material
da modiftcação do sorriso; a segunda restaurador, especialmente nas ameias gengivais. Além disso, permite a visualização

sessão acaba sendo utilizada somente perfeita do conto.mo gengival, que serve como referência dUiante a estratificação das
restaurações.
para um polimento mais detalhado e
a terceira sessão, desmarcada . 3 .625: O primeiro incisivo a ser trabalhado será o 21, por ser o mais vestibularizado.

3.626 a 3.628: Confere- se a matriz para verificar se o isolamento modificado atrapalha


a sua inserção 11 ' · 11 '.
h rtcut ~nH)t.l ntlio i:i i.: ·1~'l1 ,1 um,\ n 1 \ ISJo b
re TIPs

um fio retrator fino (nº 7 - Siltra . Pascal). sem


qualquer substância hemostática ou adstringen-
te. foi inserido no interior do sulco gengival para
manter o controle do fluido crevicular e possi-
bilitar que as restaurações tenham um perfil de
emergência adequado (Figs. 3.629 a 3.692 e Dese-
nhos 3.21A. 3.21 B; 3.22A. 3.228 e 3.22C).

3.629 e 3.630 : O fio afa tadores ser m para controle e manejo


do exsudato intra sulcul:u, m:i tamb m para e idenciar a porção
radicular e possibilitar um melhor perfil de emergência da re inas
compotas.

Desenho 21: A) O início da aplicação dar ina compo ta mai para


cervical possibilita um melhor fechamento do dia temas. B) Se não
for realizado o afa lamento lateral da pnpila , o r ultndo é a presen ª
de um espaço negro interdental {blaclt space), portanto, é necessárl00
afilamento da papila com fio afastador ou me mo pb tia gengi\121,

• Resina Composta
C.1p1tulo l : Rt• t.1111,1 l''> \l 1(,1'> tr.rn~ form,1ço "> ,lnl<' rio, •.,
343

J .631: /\S ~upe rffcic~ foram s pc rizada co m


ponla di a rnaniada 3 195F ( KG o re n e n) e m
co ntra â ngul mu lti p licad o r (T2 Rcvo -
irona) pnra re move r a ca mada d e e malte
aprbm Li co.

3.632: proced imento re ta urad o r foi


inic iado pe lo incfr, iv ce ntra l esqu e rd o,
dente 2 1; o inc is ivo ma i ve tibularizad o .
Foi (eil , e ntào, o condic io na me nto
co m ácido ( (órico a 35 %, (Ult raetch /
UILradcnt), segu ido de lavage m abund a nte
t.:om gu:i.

3 .63 :l 3 .635: Ap licação d ade ivo d e


íra ~co único Adpe r ing le Bond 2 (3M
ESP .), d e aco rd co m a reco me ndações
do fabri canlc.

J .636: Para a c nfecção d a ca mada d e


e malte pal a Lin o, ( i utilizada co mo
p rim e ira camada uma res in a mais
tran pare nte presen te no i te ma
re taurado r (T Amari / V O) . A matriz
f i p -; ic ionada co m a res in a acomodada ,
e uma pequ e na quantid ade d e re ina
jlow tra n parcnle (H T Am:i ris/ VOCO) foi
aplicada na inte rfa ce e ntre a res ina e o
de nle para evitar d esadaplação e in e rçào
de b lha · d e a r.

3.637: A prim e ira camada de res in a


composta fo i aplicada be m delgada,
d1.:i xa nd e paço uh cle nte para as o ut ra
ca madas d e resina . • te incremcnlo foi
folopo limerizado a ind a com a matriz
cm po ição. Após a relirada d e ta, a
polim erização foi co mplementada também
por palatin o.
Shortcuts em odontologia estéti ca uma nova visão sobre Tlp<
344

3.638 e 3.639: Inserção de uma


ca mada de res ina dentina (02
Amaris/VOCO) co mo corpo da
restauração.

1
3.640 e 3.641: Aplicação da
resina esmalte ves tibuJar TL
(Am aris/VOCO) com a tira
de poliéster em posição; será
utilizada a técnica da matriz
tracionada. A obtenção co rreta
da superfície de contato é
conseguida com a técnica da
matriz tracionada , levando
inicialmente a resina composta
da região vestibu.lar para a
!
palatina com uma tira de matriz
de poliéster. Este movimento
de tracionamento da matriz
deve ser treinado e realizado
rapidamente com suave pressão
in.icial. O uso de artifícios como
fita veda - rosca é interessant e
para cimentações de peças mas,
para a confecção de restaurações ,
impossibilita a visualização dos
dentes adjacentes e opostos
como referência no momento da
estratificação. É como realizar
uma cirurgia plástica em tun lado
do nariz sem enxergar O outro.

Desenho 22: Vista incisai do contato


proximal. A) Posiciona mento incorreto do
ponto de contato, muito vestibu.larizado,
resultando ' em área de espelho
excessiva mente plana . B) Posicionamento
correto, porém sem definição da crista
marginal, resultando em um dente muito
ovalado e sem definição, com contato
insuficien te. Ameias proximais muito
amplas. C} Posiciona mento correto do
ponto de contato. mais para palatino. com
deíiniçào da crista marginal.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
345

3.642 e 3.643: Após o


tracionamento em direção à
palatina, a resina preenche o
espaço proximal. O formato
da proximal ainda não está
finalizado, endo utilizado um
pincel para essa finalidade.
A proximal deve estar
plana, pois o que ocorre é
3.644 e 3.645: Uso de pincéis
(Horspot Design) para o uma superfície de contato.
acabamento da superfície da unca se deve deixar faltar
resina e definição da forma da resina nesta região: é me -
crista marginal. lhor o excesso que a falta .

3.646: Um bom pincel deve


apresenta r cerdas afi ladas e
densas.

3.647: Microscopia óptica


da ponta dos pincéi de pelo
sintético laran ja. ote co mo o
álcool va i remove ndo a capa
protetora e, a im , diminuindo
o tempo de vid a útil (Fonte:
Garcia; R & Higas hi, C).

3.648 : Mic roscop ia óptica da


ponta dos pincéis de pelo natural
(Fonte: Garcia; R & Higashi , C).

3.649 a 3.651 : Tracionamento


proximal em direção à vestibu la r,
terminando d e preenc he r a
área p roximal por palatino,
fina liza ndo o ponto de contato
do de nte 21.

Use pincéis mais densos e não tão moles. O uso do


pincel é feito com o dorso dos pelos, e não com a
ponta; eles também devem ser afilados , sendo que
as pontas não podem estar tão abertas.
346 Shortcuts em odontologia escét1Ca: uma nova visão sobre TIPS

3 _652 2 3 _65 4, Adição da resina esmalte TL Amaris (VOCO} em distal para que a largura do dente em boca fique igual a do enceramento.

3.655 a 3.657: Foto polimerização final com gel de glicerina.

3 658 e 3 659· Cada dente foi restaurado unicamente até o fim, como citado anterionnente para obter urna superfície d
· · ·
superfície proximal com um disco Sof-Lex Pop On XTvermelho de acabamento (3M ESPE).' e contato correta. endo feito apenas um acabamento inicial da

3 _660 e 3_661, Utilizando um compasso de ponta seca, faz-se a conferência das larguras reais do dente realizado e do modelo encerado.

3.662 a 3.666: Seguindo a mesma sequência de estratificação, realiza-se o segundo incisivo central.
Capítulo 3 : Restaurações estéficas e t ransfor mações anteriores
347

Para acertar a ftnali=a-


ção do ponto de contato,
deve -se bater ao lado da
crista marginal na ultima
camada de esmalte do
segundo incisivo até ele se
unir ao dente adjacente e
polimerizar desta Jorma.
Em seguida. deve-se girar
com uma espdtula para
separar os dentes. Como O
primeiro incisivo central ja
O estava com a proximal sem
3.667 e 3 .668 : Checagem da largura real dos dois incisivos centrais: devem estar simétricos e com a mesma largura. A referência utilizada foi
ª camada de inibição. eles
terço médio , onde existe a maior largura dental .
se separam facilmente e. ao
3.669 e 3.670: O primeiro passo após o término dos incisivos centrais e antes de iniciar os incisivos laterais é o acerto da altura (comprimemo remover a espátula. 0 con-
O
dos incis ivos centrais) . Mesmo seguindo o enceramento, na prática, um incisivo central sempre tíca ligeiramente mais longo que outro. tato volta novamente a se
Posiciona- se o disco Sof- Lex / 3M ESPE de forma a tocar os dois incisivos centrais simultaneamente, quando iniciado o desgaste. este
formar (técnica do clique).
momento, passamos para o segundo passo. Depois disso, traciona-se
3.6761 e 3.672: O segundo passo é visualizar os incisivos centrais por incisai com um espelho. Um dos incisivos sempre tíca posicionado novamente de palatina
mais para vestibular que outro, na área da crista mesial. O disco Sof Lex deve ser posicionado sobre a crista mesial do incisivo central mais para vestibular, finalizando
O
vestibularizado e para desgastá- la até sentir o toque nos dois dentes simu ltaneamente. o contato (técnica da matriz
tracionada) .
3.673 a 3.675: o terceiro passo é verificar a inclinação dos incisivos centrais na sua porção incisai. Olhando os incisivos centrais de cervical
para incisa! , percebe- se que empre um incisivo central está mais inclinado para vestibular na sua porção incisai. Com o mesmo disco,

desgasta- se esta porção até esta incl inação tícar semelhante.

3.676: Incisivos centrais prontos para O início da estratificação dos laterais .


348 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Três passos são realizados


nos incisivos centrais antes
de iniciar o trabalho nos
incisivos laterais: desgaste
incisai, desgastes vestobu -
lomesia/ e vestibuloincisal.
para que se biisque simetria
basica inicial.
t f _
Capítulo 3 : Restaurações estét icas e rans ormaçoes anteriores
349

3.677 :i 3.681 : Mesma sequê ncia


de estratificação para o incisivo
lateral esquerdo. Basicamente,
a proporção da altura entre os
incisivos centr ais e os canin os
é seme lhant e, enqu anto os
incisivos laterais são 20- 25 %
menores em comp rimen to que
os incisivos centrais. Quan to à
largura , os incisivos centr ais são
10% mais largos que os canin os
e 20 - 25 % mais largos que os
laterais117 •

3.682 e 3.683 : Recontorno do


incisivo lateral direito.

3.684 : Os quatr o dente s


anteriores termi nados .

3.685 :i 3.688: Verificação da


largura real dos incisivos laterais
em relação ao encer amen to.

3.689 e 3.690 : Reco ntorn o do


canin o direit o.

3.691 e 3.692 : Reco ntorn o do


canin o esque rdo.
350 Shortcuts m d ntolo ;11 l' h'li J u111.1111v.i v1 .1t1 ob, 111'\

7ct
Como realizar o ajuste oclusal de resinas compostas anteriores?

Quando for necessário o aumento do comprimen-


RESPOSTA
to incisai dos dentes anteriores. como em casos
de recontorno cosmético, é fundamental buscar
MIH: contatos simultâneos.
a harmonia dos contatos oclusais em movimentos
Protrusiva: distribuição de forças.
de protrusão e lateralidade. evitando que uma so-
Pós-protrusiva: sem contatos únicos.
brecarga promova o deslocamento ou a fratura de
Lateralidade: pouca inclinação suficiente
para desoclusão. alguma das restaurações realizadas (Figs. 3.693 a
Pós-lateralidade: sem contatos fortes da
3.755; Desenhos 3.23A e 3.238). O primeiro ajuste
lingual dos inferiores na vestibular dos
superiores. deve ser oclusão em MIH (máxima intercuspidação
habitual). Normalmente. no recontorno cosmético
da bateria de dentes anteriores. os caninos tocam
em máxima cuspidação habitual, necessitando de
ajuste, uma vez que é adicionado um pouco de
resina como forma de alterar a inclinação da guia
canina desde este ponto da habitual.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 351

::co-:. 3.693 a 3 .695: Conferindo os contatos em MIH, e iniciando o ajuste oclusal.

Segure os incisivos com o indicador


3.696 e 3 .697: Como a adição de resina no canino por palatino foi intencional, o ajuste deste
para sentir (Jt1c1/ esta tocando mais em
contato prematuro deve ser realizado no canino inferior e um pouco no canino superior.
protrusiua . I ste posicionamento au Ajusta -se até se obterem contatos suaves e simétricos ou, muitas vezes, ausência de contatos
:dlia na sensibilidade. e lambem por- anteriores.
que em muitos casos de fmalizações
3 .698 e 3 .699: O segundo ajuste deve ser o da protrusiva ou do guia anterior. Sempre haverá
ortodônlíws o ligamento periodontal
um incisivo que toca mais forte que o outro neste movimento.
não esta totalmente normalizado.
Muitas vezes. liá movímenwção den - 3.700 a 3.702: Ajuste realizado com borrachas para acabamento de cerâmicas (TDV) em baixa
tal no momento do ajuste. o ,,ue nos rotação, tanto em superiores como em inferiores. Note que a principal c:.iusa de fraturas e
leva a crer que apt1rentemente está lascas de resina em protrusiva é o mau posicionamento dos dentes anteriores inferiores.

bem aj1tstado e, na JJerdade. 0 dente


3.703 e 3.704: Protrusiva bem ajustada com contatos distribuídos em dentes anteriores.
pode estar tendo estCI micromc)l)imen
laçcio e contcllo excessivo.
352 Shortcuts em odontologia es tética: uma nova visão sobre TIPS

Sempre confeccione uma placa de


proteção em modificações anterio-
res (canino a canino ou pré-molar
a pré molar). Essa placa deve ser
realizada em acetato l mm rígida e
não serve como placa de bruxismo.
Em casos de pacientes com para/un -
ção. deve ser realizada uma placa
acri1ica, mas em casos de pacientes
fisiológicos, o acetato servirá como
proteção durante o período de adap -
tação, que vai de 2 a 6 meses; apos
esse prazo. pode-se dispensar ou
mesmo continuar seu uso. Corta -se
a placa na metade da coroa clínica
em vestibular e, em palatino. se -
gue -se a margem gengival; a placa
Desenhos 3.23A e 3.238: Desenho esquemático típico de um ajuste de deve ser só superior, como se obser-
recontorno cosmético anterior. O mau posicionamento dos dentes va na figura 3.697. A placa em casos
inferiores é a maior causa de falhas restauradoras. Existe a necessidade de diastemas pós ortodontia servem
de ajuste dos inferiores. Em vermelho, as marcas do carbono anteriores.
como um splint de manutenção para
o paciente além de proteção (Fig .
3.705 e 3.706).
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t f _
rans ormaçoes anteriores 353

3.707 a 3.711: O terceiro ajuste é o da pós-protrusiva ou extrabordejante anterior, depois de


passar da posição topo a topo (pós topo a topo). Sabe- se que mesmo pacientes fisiológicos
(não patológicos) realizam estes movimentos extrabordejantes durante um período de
adaptação (mínimo de 2 meses, máximo de 6 meses). Observe que, pelo apinhamento
inferior, o superior acaba fazendo contato apenas em um dente , travando o movimento livre.

E11ite desgastes excc sivo ·


3.712: O ajuste deve ser feito no inferior e não no superior, uma vez que o trabalho estético
ou fraturas . jogando os
acaba de ser realizado nos incisivos superiores.
contatos em guia lateral
3.713 e 3.714: Pós-protrusiva sem o contato destrutivo. tambem no · primeiros prc
- molares. Adicione resina
3.715 a 3.717: O quarto ajuste deve ser o das lateralidades, sempre suaves sem grande
na vestibular de pre -mola -
inclinação de desoclusão. Para isso, deve-se adicionar resina composta desde a área cervical,
mudando o ângulo de desoclusão. Pode ser interessante em casos de resina não ter guias
res superiores ou inferiores
caninas puras, mas sim distribuir um pouco O inicio da lateralidade também em pré - molares. e crie uma função levemen -
Para isso, pode-se adicionar resinas em vestibular de pré-molares superiores e inferiores. te em grupo.
°
Shortcuts em odon t logia estética: uma nova visão sobre TIPS

Desenho 3.24 : Desenho de triângulo mais altos e estreitos para os lados e


triângulos mai largos e baixos para o centro.

Desenho 3.25: Desenho de ampulheta do tempo.


355
c a pi tulo 3 ; Resta urações est ét icas e transformações anteriores

3.718 a 3.720: O quinto ajuste deve ser o da pós - lateralidade, tendo o mesmo conceito do
pós- protrusivo: evitar contatos que travem o movimento.

3.721 e 3.722: O ajuste também deve ser realizado no inferior.

3.723 : Acabamento da cervical com uma lâmina nova de bisturi revestida de carbono
(Feather), uma vez que não se quer uma fratura da resina. e sim um corte. Lâminas normais
de bisturi podem gerar fraturas nas margens da resina.

3.724: Para os procedimentos de acabamento após a finalização dos incisivos centrais, as


cri Las marginais foram delimitadas com grafite e as áreas de espelho, conferidas com base
na proporção entre o comprimento e a largura dos dentes no enceramento diagnóstico.

3.725 e 3.726: Podem -se utilizar discos abrasivos Sof Lex Pop- On vermelho (3M ESPE),
ponta diamantada de granulação fina 3195F (KG Sorensen) ou multiJaminada helicoidal
(H48L/Komet) para regularizar a área de espelho.

3.727 eJ.728: Deve existir uma relação de simetria entre os dentes do lado direito com os
esquerdo da arcada, ou seja, a área de espelho deve ser simétrica.

J .729: Esta distância de crista marginal a crista marginal deve ser tomada em três pontos
distintos: terços cervical, médio e incisai.

J .730 e 3.731: Para caracterizar os sulcos de desenvolvimento. faz-se o desenho de dois


triângulos, que devem ser desgastados fazendo -se movimentos pendulares. Isdo dá
uma característica mais natural aos sulcos de desenvolvimento, que apresentam leves
depressões e não dua canaletas fortes (as opções estão expostas nos desenhos 3.24 e 3.25).
Neste ca o clínico foi utilizado o modelo do desenho 3.23.

3.732: O acabamento de superfície é realizado com uma borracha siJiconizada de


granulação grossa (Jiffy verde / Ultradent) para eliminar irregularidades grosseiras deixadas
pela texturização. Borrachas de silicone devem ser usadas sem água, com movimentos
intermitentes.116,118,l 19

3.733: Segue-se com borrachas de granulação média (liffy amarela/Ultradent) .

3.734: Borrachas de granulação fina (Jiffy branca/Ultradent).

3.735: Polimento final realizado com disco de feltro Flexi-Buff (Cosmedent) usado com
pasta de óxido de alumínio (Enamelize/ Cosmedent).

3.736: Acabamento proximal com lixas finas (rosa fina /Oraltech) e pastas de polimento.

3.737: Caso clínico logo apó a primeira essão de 3 horas e meia.


356 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS

3.738 a 3.748: Caso final.


Capitulo 3 Restaurações estéticas e transformações anteriores 357

3.749 a 3.755: Outro caso de


fechamento de diastemas ante e
depois (vídeo disponível no sire:
).
358 Shortcuts e, n odontologia estética urna nova v1sáo sobre Tií'S

Como estratificar em casos de incisivos laterais conoides?

RESPOSTA

Quando forem necessários pequenos aumentos do incisivo lateral (menos que 1.5 mm em altura). sem o auxílio de guias:

1 - um halo com resina esmalte mais esbranquiçado (Bl ou extraclaro/dentes clareados):


2 - uma camada de resina de corpo (em espaços maiores ou iguais a 2 mm);
3 - uma camada de esmalte cromático;
4 - uma camada de esmalte acromático (exceção para os sistemas que não possuem esmalte cromático - pular o item 3).

Quando forem necessários grandes aumentos do incisivo lateral (mais do que 1.5 mm em altura). com o auxílio de guias:

1 - uma camada de resina de efeito transparente neutro;


2 - uma camada de dentina;
3 - um halo branco opaco com resina de efeito branco;
4 - um efeito incisai com resina de efeito azul/cinza/transparente;
5 - uma camada de esmalte cromático;
6 - uma camada de esmalte acromático (exceção para os sistemas que não possuem esmalte cromático _ pular O it em 5).
~ . 359
s e tran sfor m açoe s anteriores
Capítulo 3 : Restaurações esté tíca

ais. Segundo este


Um a parcela rela tiva me nte
sign ifica tiva da popula- refere mais às medidas virtu
em equ ilíbrio com
ou falt a con gên ita de teorema, uma parte maior está
ção apresenta má form açã o
ção entre elas for de
ral superior mostra-se uma parte menor se a propor
algum dente. O incisivo late
como tud o na nat u-
1,618 . Os dentes seguiriam,
73
o nestes casos71_
mais freq uen te me nte afe tad
reza, a proporção áurea.

em exibir certa com -


Dentes het ero mó rfic os pod
en ruler aplica clinica-
trat am ent o orto dôn ti- Uma régua citada como gold
plexidade. Em relação ao
in 74, em 1978. obser-
em dentes diminutos, mente a proporção áurea. Lev
co, a fixação dos bráquetes
os dentes anteriores.
o des tes dentes e a vou que. visualizando de frente
a dinâmica da mo vim ent açã
agradáveis, a largura
em dentições este ticamente
onível para uma futu -
quantificação do espaço disp orção áurea com a
do incisivo central está em prop
stit uem um procedi-
ra transformação est étic a con l está em proporção
72
largura do incisivo lateral, a qua
me nto de difícil execução .
canino. Desenvolveu.
áurea com a parte anterior do
incisivos centrais apa-
então. uma grade em que os
o é o aum ent o dos in-
Uma form a possível de açã ura de 7 a 1O mm.
recem com uma variação de larg
com pos tas durante o
cisivos laterais com resinas
me nto prévio dos den -
trat am ent o, com um esp aça 74
pode ser útil se a análise
o uso da grade de Levin
que o planejament o da
tes anteriores ma ior até do riores for necessária
da disposição dos dentes ante
e, no ent ant o, prefe-
largura final destes . Atu alm ent e estivermos com dificuldade na
visualização de
s corretos no final do
re-se trabalhar com os espaço problemas de proporção, mas
serve principalmen-

trat am ent o orto dôn tico . epção. pois a prática


te como treinamento à perc
de visual às despro -
clínica favorecerá a sensibilida
ras baseadas em cál- tud o. as grades de
Usualmente, util iza m-s e reg porções existentes. Acima de
resulta em um pro ce- alizar a proporção
culos ma tem átic os, o que Levin servem apenas para visu
inspirador. A pro por - virtuais, e não para
dimento, por vezes, pou co das áreas de espelho ou larguras
e por Euclides, não
ção áurea, cita da inic ialm ent a largura real.
desejado, pois ela se
se mostra tão útil qua nto o
Shortcuts em odontologia estética: uma nova v· -
360 isao sobre TiPS

Em incisivos laterais conoides sem necessidade de grandes aumentos. urn

trabalho à mão livre parece ser mais sensato e prático (Quadro 3.2). A se-
Um método relativamente
simples para a intervenção quência de estratificação descrita no esquema 9 pode ser utilizada para
restauradora considerando
os principios esteticos
estes casos (Figs. 3.756 a 3.760).
atuais seria:

- proporção de altura: inci -


sivos centrais aproximada -
mente na altura dos cani
nos ou os caninos um pouco Quadro3.2
mais longos 9en9ivalmente,
Em incisivos laterais com necessidade de au-
e incisivos laterais com Enceramento Algumas vezes
mentos ~ 1.5 mm
ali ura 20 a 25 %, mais curtos
que os incisivos centraisº'. Desgaste dentário Algumas vezes , • ~ E_m,_áreas vestibularizadas

1\luilas vezes , os caninos


são mais longos que os cen -
trais devido à ocorrência de
ESQUEMA 9
recessão gengival;
Sequência de estratificação em casos de recontorno cosmético: pequenos aumentos
- proporção de lar911ra:
em incisivos laterais conoides (sem o auxílio de guias)
incisivos centrais apro-
ximadamente 10 % ma is
Um halo com resina esmalte mais esbranquiça-
largos do que os ca ninos
do (Bl ou extraclaro/dentes clareados)
e 20 a 25% mais largos do
que os incisivos laterais .
É importante lembrar que
Uma camada de resina de corpo (em espaços
estas medidas referem -se maiores ou iguais a 2 mm)
aos valores reais e não
virtuais.

Uma camada de esmalte cromático

Uma camada de esmalte acromático


(exceção para os sistemas que não possuem
esmalte cromâtico - pular o item 3)
_ anteriores
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t rans f ormaçoes 361

3.756: Caso de in cisivo conoide sem necessidade de grandes


au me ntos.

J .757: Instalação de tio afastado r Ult rapak 000 (Ultradent) .

3.758: Apli cação do sistema ades ivo.

J .759: Aplicação de re in a Bl esmalte cromático (Mi cronew /

BISCO).

3.760: Caso finalizado co m Incisal Frost (Micro new / BISCO)

na vesti bula r.
362
Shortcuts em odontologia estét ica: uma nova visão sobre TIPS

Em incisivos laterais conoides com grand es necessidades de au mento. o en-

ceramen to inicial pode ser bastante útil. A sequência de estratifi cação a ser
Como o incisivo lateral co-
seguida pode ser vista no esque ma 10 (Figs. 3.761 a 3.787). noide, muitas vezes, possui
espaço em palatino para
estratificação, pode-se
utilizar uma ftna camada
de resina "flow " entre a
primeira camada (resina
de efeito transparente) e a
superfície palatina, antes
da fotopolimerização da
ESQUEMA 10
camada palatina. Esse
Sequência de estratificaç ão em casos de recontorno cosmético: grandes aumentos procedimento favorece a
em
incisivos laterais conoides (com o auxílio de guias) adaptação da camada pala-
tina, conforme demostra o
desenho abaixo .
Uma camada de resina de efeito
transparente neutro

Uma camada de dentina

opaco com resina de


branco

Um efeito incisai com resina de efeito


azul/cinza /transpare nte

Uma camada de esmalte cromático

• Efeito transparente neutro

Uma camada de esmalte acromático


{exceção para os sistemas que n~o possuem Resina flow
esmalte cromático - pular o ,tem 5)
363
Capítulo 3 : Restauraçõe s estéticas e transformaç ões anteriores

3.761 a 3.763 : Caso inicial de pacie nte com i.ncis ivo laterai co no ides.

3.764 a 3.772: Nos incis ivos ce ntrai , inic ialmente, foi rea lizado leve aume n to
vi and o alca nça r a simetria e a ltera r a curva d a bo rda inc isa i.. A téc nica
ut iLizada fo i a mes ma para a reco nstru ção ti po Cla se IV co m matriz d e
ilicone. O qu e indica a possibilidade de aument o do centra is é a posição dos
mes mos co m o lábio superior e m repo uso.

3.773 a 3.778 : A reco n trução dos incisivos late rais co noides egue a
estra tificação d o esqu e ma 10, as e melhand o- se a res tau.r:ições de d en tes
fraturados.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
364
365
capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores

3.779 a 3.786: Mesma sequência de estratihcação realizada no dente 22 .

3.787: Caso ftnalizado .


Shortcuts em odontologiél esléllca: uma nova visão sobre TIPS
366

~li
Como estratificar em casos de transformações dentais de forma (caninos em
incisivos laterais, pré-molares em caninos)?

RESPOSTA

Quando for transformação de caninos em incisivos laterais:

1 - uma camada de dentina;


2 - um efeito incisai com resina de efeito azul/cinza/transparente;
3 - halo branco opaco com resina de efeito branco;
4 - uma camada de esmalte cromático vestibular;
5 - uma camada de esmalte acromático vestibular;
6 - uma camada de esmalte cromático palatino (exceção para os sistemas que não possuem esmalte cromático _ pular O item 4 e.
no item 6, alterar para esmalte acromático).

Quando for transformação de pré-molares em caninos:

1 - um halo com uma resina esmalte mais esbranquiçado (Bl ou extraclaro/dentes clareados);
2 - uma camada de esmalte cromático vestibular;
3 - uma camada de esmalte acromático vestibular;
4 _ uma camada de esmalte cromático p~l~tino (exceção para os sistemas que não possuem esmalte cromático _ ular item e
no item 4. alterar por esmalte acromat1co). p O 2
- .
Capítulo 3 : Restaurações estét icas e transfo rm açoes anteílor es 367

As transf ormaç ões de forma podem ser comuns

princi palme nte em agenesias e exodontias preci-

pitadas, acide ntais ou iatrog ênica s. o caso pode

ditar a trans forma ção necessária, como caninos

em incisivos laterais, pré-m olares em caninos, in-

cisivos laterais em centra is e caninos em incisi-

vos centrais.

Como regra geral, o aume nto de dentes menos

volumosos mostr a-se mais favorável à prática de

transformação do que a diminuição, como o caso

de caninos em incisivos laterais. Recontornas gen-

givais podem ser necessários nestes casos para

otimizar a aparência do perfil emergencial. Uma

regra de propo rciona mento se faz útil, como a uti-

lizada em incisivos laterais conoides (Figs. 3.788 e

3.789; quadro 3.3).

Como noção geral, os dentes apresentam-se com 3 .788 e 3.789: Caso


convencional de transformação de canino em incisivo lateral.

ligeira e suave assimetria. em especial os incisivos

laterais. Ao se realizar a monta gem do sorriso du-


Quadro 3.3
rante o planejamento ou a execução, busca-se nor-
Raramente
Enceramento
malmente simetria entre os incisivos centrais e os
P.onta de cúspide
Cervical (em Rerfil de emergência)
caninos, e leve assimetria (harmoniosa, no entanto) Sempre Leve desgaste vestibular no óbulo
Desgaste dentário
principal
nos incisivos laterais.
368
Shortcuts em odontologia est ética: uma nova visão sobre TIPS

A transformação de caninos em incis ivos laterais

nos permite grande margem de desgaste de es-

trutura dentária. se necessário. bu scando adequar

o volume grande dos caninos em um menor exi-

gido para incisivos laterais. Usualmente. um pri -

m eiro desgaste em volume de lóbulo pri ncipal é

necessário. depois desgastes em nível cervi cal. di-

minuindo o perfil de emergência. afilando. ass im.

o perfi l de emergência geng ival. Um te rce iro des-

gaste é real izado na ponta de cúsp ide no borda


incisai (Figs. 3.790 a 3.812).

DESGASTES

1. Desgastar no lóbulo vest ibular.

2. Desgastar a incisai, levando em consideração a

proporção altura/largura entre os dentes já citados.

3 Desgastar lateralmente a cervi cal no perfil de Contorno do ca nin o

emergência. Entrar em tecido gengival tanto em Con torno do incisivo lateral

mesial quanto em distal (Desenho 3.26). Desenhos 3.26: A) Desgaste em lóbulo vestibuJar. B) Desgastes da ponta de cúspide e em perfil de
eme rgência.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t rans f ormaçoes
_ anteriores
369

3.790: Canin o com necessidade de transfo rmação em incisivo lateral d uran te O tratamento ortodôntico .

3.791: Primeiro desgaste no lóbulo vestibular.

3.792: Execução do desgaste incisaJ e do perfil d e emergencia.


. .

3.793: Caso fmalizado.

3 ·794: Canino com necessidade de transformação em incisivo lateral.


ara aceta.
. 95 a 3.797: O prin eiro desgaste deve ser no lóbulo principal , para diminuir o volume vestibular. Não há a necessidade de preparo convencional p f
37 1

· 98: Desgaste na borda incisai para diminuir comprimento do canino. O incisivo lateral deve ter um comprimento menor em cerca de 20 a 2S %.
37 O

· e 3.800: Se houver enceramento prévio , pode- se conierir com a matriz- gufa a quantidade de desgaste incisal necessário.
3 799
370

ni

J . ~~ :
' r ,tlir-td 11~1 LU .:i.i_l.

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3.807 e .SOS:

3.809 e 3 .8\l: ' tr:1titi 'Onl

r sina mp st:1 (4
lv lar\'ivud nt) , guind
•squ ma l1 de estr:1titi :1 ·:i

3.811: :ro fina liL.ad .


Capítulo 3 : Restaurações estéti cas e transformações ant er1
.ores 371

Duas situações são possíveis em tra ns f ormaçoes


- ESQUEMA 11

de caninos em incisivos lat era1s


. . a primeira
. . é a
Sequência de estratificaçao
- em casos de recontorno cosmético: transformação de
trasformação durante o trata menta ortodôntico caninos em incisivos laterais

e a segunda, na finalização dos proced·1mentos


Uma camada de dentina
ortodônticos.

Um efeito incisai com resina de


Quando se faz a transformação no meio do trata- efeito azul/cinza/transparente

mento ortodôntico. normalmente o ortodontist a

abre espaços adicionais para isso. como margem

de segurança. e pede ao clínico restaurador para

que o incisivo lateral formado esteja em proporção

com os incisivos centrais. Os diastemas residuais

serão fechados com a ortodontia. uma vez que o


. .
Uma camada de esmalte
bráquete é novamente colado sobre o incisivo la- acromático vestibular

teral confeccionado para a finalização estética da

ortodôntica (Figs. 3.813 a 3.815). Uma camada de esmalte cromático


palatino
(exceção para os sistemas que não possuem
esmalte cromático - pular O item 4 e, no item
6. alterar para esmalte acromático)
Quando as transformações são realizadas como

finalização ortodôntica, o especialista solicita a

transformação, mas também o redimensionamen-

to das proporções dos dentes anteriores, uma vez

que, no momento em que se transforma o canino


Em grande parte dos casos clínicos onde se faz
em incisivo lateral. são gerados diastemas. Esses
a transformação de caninos em incisivos laterais.
espaços tornam necessário o aumento com resinas
também é necessário transformar os pré-molares
compostas em incisivos centrais, de forma com-
em caninos (Figs. 3.822 a 3.829).
pensatória (Figs. 3.816 a 3.821).
372
Shortcuts em odontologia estética: uma nova vis" o sobre TIPS

3.81 3 :i 3.81 5: Transíormação do


ca ninos e m inc i ivo lacera i durante
o trata me nto orLodônlico, gerando
dias temas q ue erão íech, do com a
mov imen tação de ntal. Os bráquete
serão colados imed iatamente após a
tra n fo rmação (Ortodontia: Ale. andre
Moro / Curitiba - PR) .

3.816 e 3 .817: Ca o de tra fo rmação


de canino em incisivos laterai com
neces idade de aplicação de re inas
composta em di tai de incisi o centrai
para reproporcionar a bateria de dentes
anteriores, uma ez que se trata a de
h.nalização ortodôntica.

3.818 e 3 .819 : Fotograha pré e


pó - operatória do mesmo ca o clínico.

3.820 e 3.821: Fotograhas pré


e pós - operatórias.
373
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transforma ções anteriores

3.822: ecessidade de transformação de


caninos em incisivos laterais e pré- molares
em caninos .

3.823 a 3.827: Passos para a transfo rm ação


segui ndo o esquema li de estratificação.

3.828 : Caso fmalizado. Observe também a


transformação realizada de pré - molares em
caninos.

3.829: Como já discutido , comument e em


frn alizações ortodônticas, aumentos em
distais de incisivos centrais são fo rmas
de compensar a diminuição dos caninos
(Ortodontia: Orlando Tanaka / Curitiba - PR) .
374
Shortcuts ..., odon· o og es ·e

ESQUEMA 12

Sequência de estratificação em casos de recontorno cosmético: transformação de pr molar ,m


pré-molares em caninos

Um halo com resina


esmalte mais esbranqui-
çado (Bl ou extraclaro/
dentes clareados)

~~:'l'.iêi
·. _'-{3;~~~.ma camada de esmalte
· ·. ·",:1)t0"<?.,.m_~~ vestibular

Uma camada de esmalte cromático I

palatino
(exceção para os sistemas que não possuem
esmalte cromático - pular o item 2 e, no item
4 , alterar por esmalte acromático)

canino.
~
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformaçoes anteriores
375

3.830: Pré - molar com


necessidade de transfonnação
em ca nino antes da hnalização
ortodô nt.ica .

3.831: Desgaste realizado na


cúspid e palatina, realizando
uma espécie de preparo da faceta
palacina. Observe, no de enho
3.27, que a cúspide palatina
dos pré- molares é com posta
quase somente por esmalte, o
que possibi.lita o desgaste co m
determinada liberdade.

3.832: Faceta reversa realizada


com resina composta Charis ma
{Kulzer). Segue o esquema li de
estratificação .

3.833 e 3.833: Vista vestibular


do caso antes e depois do
recontorno.

3.835 a 3.838: Caso de


transformação de pré- molar
em canino seguind o prévio
enceramento.
Shortcuts em odontologia esté t ica· uma nova visão sobre TIPS
376

71d
Como estratificar em casos de recontorno cosmético (hipoplasias)?

As hipoplasias normalmente são causadas por trau-


RESPOSTA
matismos ou infecções da dentição decídua e são

1. Uma gota de corante cinza {quando em de natureza profunda, o que impede a remoção
manchas mais brancas após o desgaste): com técnicas de microabrasão superficial.
opcional.
2. Uma camada de dentina.
3. Uma camada de esmalte cromático. Devem ser solucionadas com desgaste da mancha,
4 . Uma camada de esmalte acromático {exceção
para os sistemas que não possuem esmalte realizando-se uma cavidade com bisei ao redor
cromático - pular o item 3).
dela. Uma vez que são excessivamente profundas,

a remoção total pode ser biologicamente arriscada

e, em algumas situações, pode chegar a atravessar

o próprio diâmetro do dente, especialmente em re-

giões próximas à incisai (Figs. 3.839 a 3.978).


-
Capítulo 3 : Restaurações estética s e transfor maçoes .
anteriores 377

3 846 1

3.839 a 3.843: Mancha me nlo conve nc iona l po r hipopla


ia .

3 .844 : To mada de cor da dentina, com urna e ca la e pec


ínca (4 Seasons/ lvoc lar
Vi ade nt), i ualiza ndo- e a por :io cerv ica l.

3.845 : To mada de co r da resina de e malte cromáli o, co


m urna e ca la também
o ce ntra l ad jace nte).
e pecílic:i, pelo terço m d io (observação: se mpre pe lo inci i

3 .846 : To mada de cor da res ina de esma lte ac romático ,


vi ualiza ndo o es malte
vesli bular do te rço médio incisai.

3 .847: To mada de co r das resinas de efeito, pe los efeito


da bo rd a e do halo.
Utiliza- e a esca la dos tra nspare nte de e feito .

3 .848 a 3 .850 : Isolame nto modifica do, re moção da manc


ha com pontas
1,0 a 1,2 mm. ote
diamanta da esfé rica , aprofund and o a cavidade em ce rca de
qu e a mancha é mantida na su:i pa rte mai profunda .

3.851 e 3 .852: Co ndicio name nto ácido e aplicação do


iste rna adesivo Adpe r Sing le

Bond 2 (3M ES PE).


37 8
Sho rtcu ts em odo ntol ogia
esté tica uma nova visão sobr
e TIPS

3.85 3 e 3 .854 : Aplicação de


ESQ UEM A 13 uma
frna cam ada de resi11a dent ina
B2 (4
Seq uên cia de estr atif icaç ão Seasons - Tvoclar Vivadent) . Segu
em casos de recontorno cos mét e- se
ico: hipoplasias O esqu ema 13 de estratific
ação , mas
para este caso não será necessári
oo
uso de cora nte cinza, uma vez
que
não ex iste mais a demarcação
da
man cha após seu desgaste.

3 .855 e 3 .856 : Ante s da aplic


ação das
resin as de esm alte , uma resin
a de
efei to azul {blue effe ct/ 4 Seas
ons-
lvoclar Vivadent} foi utilizada
para
repr odu zir a leve opal escê ncia
incisal. Uma resm a para halo
(white
effect / 4 Seasons- Ivoclar Viva
dent}
tam bém foi utili zada para dem
arcar
a bord a opac a.
Um a camada de esmalte crom
ático
3 .857 e 3 .858 : Aplicação das
resmas
de esm alte crom átic o L e Bl
(4
Seas ons / lvoc lar Vivaden t) e
da
resi na de esm alte acro mát ico
Um a camada de esmalte acro High
(exc eção
mático Value (4 Seasons / lvoclar Viva
dent).
para os siste mas que não poss
uem
esm alte cromático: pular o item
3)
3.85 9 a 3 .861 : Busca- se si1n
etria na
área de espe llio ou área de refle
xão
dire ta e trab alha - se com disc
os de
acab ame nto Sof-Lex Pop On
XT (3M
ESPE}. Util iza- se o com pass o
de
pon ta seca , e as med idas são
feitas em
três pon tos: cervical, méd io
e incisal.

3 .862 e 3 .863 : Com um cont


ra - ângulo
mul tipli cado r (1:4 T2 REVO /Siro
na}
e uma pon ta diam anta da dour
ada
para acab ame nto {319SF /KG
Sore nsen ), real izam -se os dese
nhos
que dire cion arão os sulcos de
dese nvo lvim ento .

3 .864 a 3 .866 : Sequência


de
acab ame nto e poli men to com
borr acha s Astropol (Ivoclar
Vivadent} .

3 .867 e 3 .868 : Caso finalizad


o
Capitulo~. Restauraçoes esteticas e transformações anteriores
379
380

3.86 9: Foco do orri o - ca o de


man cham ento por hipo pla ia
a oc iado ao íe ham ento de
e paço .

capi tu lo. em fech amen to de


dia tema . e tratif tcaçã
o
me la.rá o quem a e 13.

3.870: Lábio em repo u o.

3.871 : Vi ta later al do lábio


em
repo u o.

3.872: nino a cani no com


afa lado r de lábio em mord
ida
habi tual.

.873 : Cani no a cani no co m


afa tado r e fund o escuro ( pelh
o
de cont ra tc /l ndu bello).

3.87<-I: lnci ivo lateral a inci i


o
later al com afa tado r e fund o
e curo ( pelh o de cont ra te /
lndu sbell o) .

3.875 a 3.88 0: Inici ou - e o


trata men to com o clare ame mo
com o méw do Zoom 2 (Di cu
Den tal). reali zand o- e quat ro
aplic açõe s de 15 minu to em
uma
ó e ão.

3.881 a 3.883: Foi feito um


mod elo de ge o inici al e o
ence rame nto d.iagnó óco para
a reali zaçã o do fech ame nto de
d.ia tema gene raliz ado .
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transforma - .
çoes antenores
381

3.884: Tomada de co r da resina


dentina Sl com uma escala específica
para esta camada (Mi ris 2/ Coltêne
Whaledent).

3.885: Tomada de cor da res ina esmaJte


acromá tico WR também com uma
escala especüica para esta camada
(Miris 2/Coltene Whaledent).

3.886: Note que a escala de dentina


encaixa-se perfeitamente dentro da
esca la de esmalte, formando uma cor
que reproduz a restauração definitiva.
Pode ser comparada, assim, com o
dente natural. Utiliza - se glicerina na
inte rface para se obter a cor hei do
conjLtnto den tina-esmalte.

3.887 e 3.888: Remoção da mancha


em uma profundidade de 1,0 a 1,2
mm . Note que esta permanecerá
nas suas partes mais profundas.
Rea liza - se o biselamento ao redor da
cavidade .

3.889 a 3.892: Em baixa rotação ,


remove-se o esmalte aprismático
su perficial para potencializar a adesão
da resina composta.

3.893 e 3.894: Uma ótima opção para


remover o esmalte de superfície é o
jateamento com óxido de alun:únio
(Microetcher/ Danville) 50 }tm.
Deve-se aspirar (sugadores largos)
com alta po tência, pois as partículas
metálicas são prejudiciais ao sistema
respiratório.

3.895: Note como a mancha


pe rmanece no fund o da cavidade.
Se fosse removida totalmente, quase
atravessa.ria esta região den tal.
Corantes cinzas e azuis
baixam a luminosidade em 3.896: Isolamento modificado e
situações clínicas em que co nferência da guia de silicone
manchas ou resinas encon - realizada no modelo encerad o
(Zetalabor /Z hermack).
tram -se excessivamente
brancas e luminosas .
Shortcuts em odon ologia esté ica uma nova visão sobre TIPS
3 2
38 3
riores
tica s e tran sfor maç ões ante
Capítulo 3 : Restaurações esté

fi o a íastador Sil - Trax


3.897 e 3.898: Insta laçã o do
me nto quím ico.
Plain 7 (Pasca l) se m trata

o com mar gem de


3.899: Co ndic iona men to ácid
segu ran ça.

ade ivo Adpe r Si.ng le


3.90 0: Aplicação do siste ma
Bond 2 {3M ESPE ).

nte c inza que baixa a


3.901: Foi apUcado um cora a
r Plus / Kerr ) para mas ca rar
lum inos idad e (Gray - Kolo
a ltam ente opac a . Se tent ásse mos
mancha hipo plás ica
as o paca s de cora ntes o u
cobrir a man cha com ca mad
evid ente .
resinas, ela ficar ia aind a mais

a lum inos idad e com


3.902 e 3.903: Apó baix ar
ir tudo com resin a
cora nte cinza , deve mos cobr
ene Wha lede nt) .
den tina (Sl Míri s 2/ Colt

a estra tific ação das


3.904 e 3.905: Sequência para
de fech am e nto de dias tem a
bordas incisais nos casos
ge neralizad os (Esq uem a 8).

ização final.
3.906 e 3.907: Fotopolimer

do prim eiro incisivo cent ral


3.908: Acab ame nto inic ial
Ame rica ), pa ra que não
com lixas t111as (Epitex/ GC
te a ser rest aura do .
haja adesão ao próx imo den

a la rgura rea l e m boca, que


3. 909 e 3.910 : Co nfe rind o
ento .
deve ser a mes ma do ence ram

atifi caçã o foi fe ita para o


3.911 a 3.916 : A mes ma estr
egun do incis ivo cent ral.

sequ ê nc ia de acab ame nto


3.917 a 3.919: Lem bre- se da
ra is para dei.x á- los s imé trico s ante s
dos incis ivo cent
ai . Prim e iro de gast e:
de inic iar os incis ivos later
i.ncisal.

aste : crist a
3.920 a 3.922: Segu ndo desg
lar, o lhan do por inci a i.
mesioves t ibu

aste : terç o incisa i


3.923 a 3. 925: Terceiro desg
dent al, olha ndo de cerv ica l
acer tand o a inclinaçã o
para incisaJ.
Shortcuts em odontologia estética: uma no1a
384 •,isào sobre TIPS

3 .926 a3 .930 : A me ma
equên cia de e tratihc ação foi
feira para os outros denles .
Trabalha -se de canino a canino
na mesma e são .

3 .931 e 3 .932 : Remoção do


i olame nto apó o término da
est ratihca ção do seis dente .

3 .933: Demar cação da áreas de


e pelho. ote que e encon tram
irregulares e inadeq uados.

3 .934 : Com caneta preta, foi


dema rcada a área de es pelho
de ejada.

3 .935 e 3 .936 : Com d i cos para


acaba me nto, bu ca - e coinc idi r
as cristas exi te ntes com a
de ejada .

3. 937 e 3. 939: De marcação dos


ulco de de envolvin1ento
de ejado . U o de po ntas
muJtil amina da he licoidai
(H48L Komec) em contra - ângulo
mul t iplicad o r (T2 Revo/ Siro na).
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
385

3 _94 o, Aca bamento inicial co m


borrachas de maior gran ulação
(Astropol ci.nza/ lvoclar
Vivadent) .

3 .941 : Re moção dos nos


afastadores .

3 .942 e 3 .943 : Primeiro aj uste


oclusal com ca rbo no Bausch
progress 100 (Bausch) em MIH.

3 .944 a 3 .948 : Lembre - se de


que sempre have rá toques em
canin os. Aju ta- e um po uco
em superiore e um pouco em
inferiores com borrac has de
acabamento para ce râmicas
(TDV).

3 .949 e 3 .950: Segundo ajuste


oclusal em protrusiva.

3 .9Sle3 .952: 0 co ntato devem


estar di tribuído e s imétricos.
Observe que o co ntato do
incisivo inferior com o uperior
está mais forte. O paciente
pode auxilia r neste mome nto ,
avi ando a ensação do maior
contato.

3 .953 e 3 .954 : Movimento e m


protru iva após o ajuste: observe
como está mais balanceado e ntre
o incisivos centrai
386 Sho rtcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Se forem utilizados carbo -


nos ftnos , as marcas podem
não ser visíveis , es pecial-
mente em resinas compos-
tas e cerâmicas, masca
rando contatos prematuros
e interferências. Carbonos
de papel um pouco mais
espessos (100 .JJ-m) e, de
preferência, progressivos,
são mais úteis (Baus ch
Progress/ Bausch) .

3 .955 e 9 .956: Ajus te do movimento em lateralidade direita.

3 957 e 9 .958 : Pelos contatos, observe que existe incli.nação exagerada da guia, gerando esforço excessivo na ponta do canino que pod g fr
. , e erar aturas ou lascas.

3 .959 : Ajuste pelo canino infe rior para diminuir a inclinação da guia, diminuindo o risco de fratura e desgaste futuros.

3.960 a 9 .962: Ajuste do movimento em lateralidade esquerda.

3 .963 e 9 .964 : Pode ser observado o mesmo grau de intensidade de contatos, forçando-se excessivamente O canino superior.

3 .965 : Lncli.n ação do ca nino inferior gerando uma guia mais suave, mas com desoclusão adequada.
387
form ações anteriores
Capítulo 3 : Restaurações estét icas e trans

3.966 a 9.968 : Ajust e do


movim ento pós - protru s iva
ou extrab ordej a nte. ão são
obser vados conta tos trava ndo
este movi mento , dispe nsand o
a lg um ajuste .

3.969 a 9 .973: Ajust e do


m ov iment o pós- late ralida de
esq uerda . Obser ve o conta to
d estrut i vo d a super fície lingua l
d o canin o inferi or na ves tibula r
do ca nino super ior. Esse é o
conta to q ue mais gera fratur as
em resi nas comp ostas , sendo
basta nte comu m.

3.974 : Ajust e adequ ado e


remoç ão da interf erênc ia no
movi mento extra borde jante.

3.975 a 9.978 : Ajust e do


movi ment o pós- latera lidad e
direit a. Obser va - se a mesm a
interf erênc ia.

3.979 : Ajust e corre to .


388 Shortcuts em odon ologia estética: uma nova visão sobre TIPS

3 .980 e 9 .981 : Início do polimento co m


borrac has médias (Astropol verd e /
lvoc la r Vivadent) .

3 .982 e 9 .983 : Polimento co m


borrachas fmas (As tropol rosa/lvoc lar
Vivadent) .

3 .984 e 9 .985 : Acabamen to prox imal


hn o com lixas Epitex (C C Amer ica).

3 .986 : Caso finalizado .


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
389
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
3 O

~/3
Como estratificar em casos de reconstruções incisais com o auxílio de guias?

RESPOSTA Dent es co m des gast es incis ais t orn am- se cavi-

'
-~ dades do t ipo Class e IV d o pont o de v ista rea-
!~ .-· ' Uma camada de resina de efeito transparente
bi litador. Exist e sempre a pos si bil idade de re-
neutro.

Uma camada de dentina. constru çã o, desde que exista overj et adequado

Um halo branco opaco com resina de efeito (Figs. 3.987 a 3.1057).


branco.

Um efeito incisai com resina de efeito azul/


cinza/transparente. Casos de pacientes bruxistas podem ser tratados

Uma camada de esmalte cromático. com recontornas cosméticos com resinas compos-

Uma camada de esmalte acromático (exceção tas. desde que protegidos corretamente por placa
para os sistemas que não possuem esmalte
cromático - pular o item 5). gnatológica depois do tratamento restaurador 75.7 6_

O quadro 3.4 deve ser seguido no tratamento de


pacientes com ne ·d d
cess1 a e de reconstrução ante-
rior por desgaste.
391
formações anteriores
capítulo 3 : Restaurações estét icas e trans

Quad ro 3.4

Enceramento

Resina composta
da
normalmente vão se vestib ularizando à medi
Os inci iuos inferiores de pacientes bruxistas ina dos incisi vos • AJuste dental
suavizar os contatos com a palat Desen ho 3.29 : Remo ção do
que os dentes estão sendo desgastados; para infe - Desen ho 3.28 : Desga s te
dondamento) da borda incisa i dos incisivos ângul o incisa! co m um disco tipo
centrais, deve ser realizado desgaste (arre em (arred ondam e nto) d a borda sof- lex pop on XT (3M ESPE).
(Dese nho 3.28) . O paciente bruxista crônico,
riores apos o recontorno cosmético superior são dos dente s. incisai dos in cisivos inferi o res
compensação óssea devido à extru
geral . não perde dimensão vertical, pois há apó o recon torno cosm é tico
superior.

3 .987 a 9 .996 : Sequê ncia de


aume nto de incisa is realizadas
sem e ncera mento prévio . Em
peque n os aume ntos e locali zados
o en ceram ento pode e d eve ser
dispe nsado . Um tra balho a m ão
livre se faz m ais p rodu cente .
Caso realiz ado com resina Z- 350
XT/ Fi.ltek Supre m e Ultra (3M
ESPE) .
392 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

3.997 :i 3 .1005: Sequ ê ncia de


aum e nto de inc isa is rea lizadas
co m e nce ra me nto prév io .
Em g ra nd es aume ntos e
ge ne ralizado a g ui a auxfü a o
resultado mai previsíve l. Caso
rea lizado co m res ina Z- 350 T/
Filtek uprc me Ultra (3M ES PE).

3 .1006 a 3.1008: Mes mo caso


se ma na depo is.

3 .1009 a 3 . 1010:
Aco mpanh a me nto clínico de
um a no.
formações anteriores
393
Capítulo 3 : Restaurações estét icas e trans
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
394

3 1028
Capítulo 3 : Restaurações estéficas e transformações anteriores 395

Ut iliza r ácido fosfórico em


co nsistência tipo semigel
(Ultra-etch/ Ultradent
0 11 ni-etch/ BISCO) , que

favorece o co ntato e o condi -


cioname11to homogêneo das
superfícies.

ESQUEMA 14

Sequência de estratificação em casos de recontorno cosmético:


3.1011 e 3.1012: Caso inicial de pacie nte com reconstrução incisai
desgastes inc i ais por função e parafunção.
Uma camada de resina de efeito
3.1013 a 3.1022: Sessão única de cla reame nto transparente neutro
em consultóri o com o sistema Pola Ofhce
(SDI) . Fora m feitas d uas aplicações do
mate rial clareador durante a sessão. Uma camada de dentina

3.1023 a 3.1026: Modelos encerado para a


reconstrução a nterio r.
Um halo branco/opaco com resina de
efeito branco ·
3.1027 e 3.1028: Isolam e nto modificado para
trabalho de canino a canino e m uma ses ão
única. Um efeito incisai com resina de efeito
azul/cinza/transparente
3.1029: Afas tamen to gengival (Sil - Tra.x Plain
7/ Pascal).

Uma camada de esmalte cromático


3.1030 e 3.1031: Condicionamento ácido
(Ultra - etch 35 %/ Ultradent) e aplicação
do sistema adesivo Tetric n - bond (lvoclar
Vivadent) .
Uma camada de esmalte acromático
(exceção para os sistemas que não possuem esmalte
3.1032 e 3.1033: FotopoJimerização por 20 cromatico - pular o item 5)

segundos {Bluephase/lvoclar Vivadent) .


396 Shortcuts c111 011L111to!L1g1,1 l''-l1'll< .1. 11111-4 110v,1 v 1s<10 ,ot111' Tll''í
397
capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores

3.103..J a 3.I039: A sequência de


estratihcação segue o esquema 14.
Aplica-se resina transparente neutra
sobre a matriz para a confecção da face
palatina (Bleach 1/Tetric n - ceram -
Ivoclar Vivadent) .

3.1040: Camada de dentina


confeccionando o desenho dos
mamelos (Tetric n-ceram dentin A3 ,S/
tvoclar Vivadent).

3.104l: Halo opaco e efeito incisal


confeccionados respectivamente
com Tetric n-ceram A3,S dentin e
bleach (!voclar Vivadent) . A resina
dentina utilizada para a confecção do
halo oferece um efeito de dentição de
pacientes um pouco mais velhos.

3.1042 e 3.l043: Aplicação da resina


esmalte cromático A2 (Tetric-ceram/
Ivoclar Vivadent) com espátulas (Optra
Sculpt/lvoclar Vivadent) e pincéis
(Hotspot Design).

3.1044: Aplicação da resina esmalte


acromático (Tetric n - ceram T / Ivoclar
Vivadent).

3.1045 e 3.1046: Fotopolimerização


final.

3.1047, Acabamento proximal do


primeiro incisivo cenual.

3.1048 e 3.1056: Foi usada a mesma


sequência restauradora para o segundo
incisivo central.

3.1057: Reconstrução realizada nos seis


dentes anteriores; observe o trabalho
logo após a remoção do isolamento
modihcado.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
398

~/tf
Como devem ser feitos o acabamento e o polimento das restaurações?

RESPOSTA
Veja quadro 3.5 a seguir:

Quadro 3.5: Procedimentos sequênciais de acabamento e polimento.

Remoção dos excessos cervicais com lâmina de bisturi

2 Acabamento das áreas de espelho e alturas incisais com discos abrasivos

3 Acabamento da superfície palatina e ajuste oclusal

4 Acabamento d
e supe rf'ICle
· ..
com borracha s1hconizada de granulação grossa

5
Polimento com borrachas siliconizadas de granulação média

6
Texturização com pontas diamantadas 2135f

7
Verificação da textura com pó para superfície

8 Diminuição da textura com borra h . . .


formato afilado c a sihcornzada de granulação grossa e

9 Acabamento e por .
imento interproximal com tiras de lixa

10
Polimento com borrachas siliconizadas de granulação fina

11 Polimento com discos de feltro e .


com escova de carbeto de silício pastas de óxido de alumínio ou polimento
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e tran f -
s ormaçoes anteriores
399

A crescente busca dos pacientes por restaurações


naturais, como os lóbulos e sulcos de desenvol-
imperceptíveis tem exigido cada dia mais atenção
vimento, sulcos hori zontais e textura superficial,
às técnicas de acabamento e polimento. Esses pro- dependendo das características de cada paciente
cedimentos são fundamentais para a obtenção de (Figs. 3.1058 a 3.1090).
uma superfície lisa e brilhante, com menos acúmulo

de placa e irritação gengival 77·78 e também são im- O primeiro passo do acabamento das restaurações
portantes para a redefinição da forma de um dente diretas com resinas compostas em dentes anterio-

ou da harmonia entre os dentes anteriores, seguin- res é a remoção dos excessos vestibulares e inter-

do critérios particulares para a caracterização em proximais com o auxílio de uma lâmina de bisturi

cada paciente. no 12 (marca Feather), no sentido da resina para o


dente, o contrário também pode ser realizado des-

O planejamento inicial com modelo de estudo, en- de que a lâmina tenha bom poder de corte.

ceramento diagnóstico e a etapa restauradora com


Na sequência, devem-se delimitar as áreas de es-
uso de matriz palatina facilitam a confecção das
pelho dos dentes anteriores restaurados. Essas são
restaurações mais extensas e permitem que o for-
as áreas de reflexão de luz, que influenciam na lar-
mato final dos dentes fique muito próximo ao ideal
gura aparente dos dentes e devem ser simétricas
desejado. O acabamento das restaurações tem por
. . reproduzir. algumas carac teri'sticas dentais entre dentes homólogos.
obJet1vo
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
400

Essas linhas de brilho que


formam a área de espeH10
não influenciam no contorno
coronal do dente; entre-
tanto, o comprimento e,
principalmente , a largu -
ra aparentes podem ser
modiftcados pelo posiciona-
mento e pela direção dessas
linhas 25 • A diminuição da
área plana entre as linhas
de brillw promove maior
dissipação e menor reflexão
de luz, gerando uma ilusão
óptica de um dente mais
estreito. Ao contrário disso ,
ao aumentar esta área.
ocorrerá maior reflexão de
lu.z e, consequentemente,
será observado um aspecto
3 .1058 a 3 .1060: Deve- se conferir a largura aparente (virtual) dos incisivos centrais
de de11te mais largo . .\essa
buscando- se sin1etria, principalmente nos centrais. etapa, um ajuste na incli-
nação do longo eixo dental e
3 .1061: Se esta simetria não estiver presente , pode ser realizado um acabamento com disco
nos comprimentos incisais
abrasivo Sof- Lex Pop On vermelho (3M ESPE).
dos dentes re tm1rados pode
3 .1062 e 3 .1063: Sulcos de desenvolvimento podem ser criados baseados em desenhos
também ser reali=ado com o
geométricos (como o de dois triângulos justapostos). Utilizando, nesse momento, uma mesmo disco abrasivo.
ponta rnultilaminada helicoidal (H48L Komet); esses desenhos são escavados criando
movimentos de ondulação tridinlensionais na superf(cie.

3 .1064 e 3 .1065: Durante o procedinlento restaurador, o excesso de manipulação da resina


composta promovido por pincéis ou espátulas pode deixar irregularidades na restauração.
O acabamento dessas superfícies planas pode, então, ser realizado com borrachas
siliconizadas de granulação grossa, como Astropol cinza (lvocla.r Vivadent) ou liffy verde
(Ultradent). O polimento das restaurações pode ser iniciado com as borrachas siliconizadas de
granulação média, como Astropol verde (Jvoclar Vivadent), FlexiCups azul (Cosmedent) ou
Jiffy ama.rela (Ultradent).
Capítulo 3 : Restaurações estéf,cas e transforma çoes
- anteriores 401

A textura é essencialmen-
te composta por lóbulos e
sulcos de desenvolvimento
(textura vertical) e por
sulcos horizontais e periqui-
máceas (textura horizontal)
na superfície vestibular
dos dentes1J (Fig. 3.1058)
e podem ser reproduzidas
com pontas diamantadas Desenho 3.30: Desenho esquemático dos sulcos horizo ntais e
= e horizo ntais em um
3.1066: Observe a variação de texturas ve rc,·c~; de granulação ftna 3195F periq uimáceas.
dente natural.
ou 2135F {KG Sorensen) ou
brocas multilaminadas de 12
lâminas (H4B L/Komet).

sexo/gênero e personalidade do paciente. Dessa maneira. oão


3.1067 e 3.1068: A intensidad e dessa característ ica varia em relação a idade,
que a textmização da superfície aumenta a reflexão difusa de
se trata de uma regra absoluta a ser reproduzid a, porém deve - se lembrar de
jovens.21 Marca - se com lápis a direção e a localização dos
luz e promove uma aparência de dente mais cla.ro, muito comum em dentes

sulcos ou periquimác eas desejadas.


Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
02

3. IOb<J III p<>ntJ, multilJminJd.1, ou di mamada<. de acabamento,


,.lo ( ·1w, d ''>~J,1c, ,obre .1, mJrca, n:Jli1.1tlJ , provoca ndo depre õe
irrc~ul.1rL' (21J5f "- • Sorcn, ·n cm pon!J mu ll ipli ado ra T2 RE O/
'in.111a).
Para acabamento e polimento das
. l070: • mo ,.,, e., tlcsga ·te-. f1t·.1rn dcma iJd..1mc nte irregu lares,
superfícies proximais, podem ser
dc w111 -.c r ~UJ\ itaJ s com borrJ ·ha de acabamento e m fo rmato de aplicadas tiras de lixa de diferentes
c hamJ ( tr pol d rua/1 oclJ r Vivadc nt) . Perceb:i que não é po ível granulometrias. Porém. se forem
remove r t talme nt e J · nur ;1 ·• nu ·im ua i.zá la ·. muito largas e utilizadas de forma
incorreta, pode ocorrer a perda do
J .107l e . l07l : tiH1:1m se borrac ha de granula ão fi na como a
A •tr pol ro a (1 odar ivade nt) , Fie.xi up ro ·a (Cosmedent) ou Jiffy
contato interproximal obtido durante
branca ( ltrad ·nt). ·c m re pe tir a bo rracha intermediária . a restauração. Marcas comerciais de
borrachas e discos de acabamento e
J . l07J e J . 107.J: Po<le ·er utilizado pó p:ua te tura de cerâmicas para polimento são encontradas no site:
mdho r i uali1:1r a ·upcrfície (Texture Marker/ Benzer) aplicado com
www.shortcuts- book.com.
um pincel ·eco. apli ação de e er seguida por um jato de ar suave.
orrcçõc podem cr feita após a isualização da te tura.

3 .1075: a sequê n ia. para a obtenção de alto brilho, são utilizadas


e co as de carbcto de illcio, como a Jiffy (Ultradent) ou Astrobrush
(1 oclar ivadcnt). utilizada mai em dente posteriores, ou um disco
de íeltro (Fie i- Bufí/ Co mcdent) com pa ta de óxido de alumínio
(Enamelize/ o medcnt).
capítulo 3 : Re-staurações estéticas e transformações anteriores 4 03

3 .1076 e 3 .1077: Caso finalizado.

3 .1078: Fotomicrogratia da superfície do incisivo central mostrando a transição suave das


áreas de resina composta com as áreas de esmalte natural. O vídeo do procedimento de
acabamento e polimento pode ser visto no site: \\\\\\. honcuts-book .com .
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
404

Sempre é possível uma


transição futura para lami-
nados cerâmicos partindo de
resinas compostas. Resinas
devem sempre ser conside-
radas inicialmente mesmo
que exija uma modificação
futura de planejamento.

envelhec imento das resinas


3.1079 e 3.1080: Caso clínico depoi de 4 a nos. Nota - se grande
a háb ito do paciente não observad os no momento da indicação das res inas. O
devido
ia.
paciente re lata o há bito de cha rutos e vinh o t into com frequênc

icos.
3.1081 a 3.1083: ReaJjzação de preparas pa ra laminados cerâm

3.1074: Laminad os ce râ micos cimentad os.

3.1085 e 3.1086: Acompan ha mento de 2 anos.


3.1087 e 3.1088: Caso inicial de presença de resinas insatisfatórias com neces idade
de modificação. Aumento de tamanho também será necessário. assim corno melhor

distribuição de espaços.

3.1089 e 3 .1090: Caso finalizado com o sistema 4 Seasons (Ivoclar 1vadent). ídeo do
procedimento disponível no site: ~l}"'t11da,[t!lji&!JE lim~SiliiiP
Shortcuts em odon tolog1t1 e,létic;r uma nova vis,io ,obre Ili"\
406

Como estratificar em casos de faceta s em dente s escur ecido s?


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
407

Dentes escurecidos são, na maioria, provenien -

tes de tratamento endodôntico. Apenas 10% dos

casos são de dentes vitalizados escurecidos nor-

malm ente por traumatismo ou esclerose intensa.

Casos de dentes vita li zados com escureci mento


Muitas vezes, a me- Abertura endodônt1ca
costu m am responder bem ao tratamento de cla-
lhor posição do pino • íaceta

rea ment o dental, o que não ocorre com os den- intracanal visando
a preservação da
tes desvitalizados. Lemb re-se de que o sucesso estrntura dental é
de facetas em dentes vitai s é mais significativo por incisai, e não
por palatino. Essa Desenho 3.31: Abertura coronal endodôntica. Observe que após a
do que em dent es de svita li zados, com índice de inserção pode ser realização do preparo para a faceta, a espessura do reman esce nte
vestibular é excessivamente reduzida.
interessante do ponto
falha anual de 4,9% para dentes vitai s versus
de vista mecânico,
9,8% para não vitai s79 . ainda que acarrete
em necessidade de
Quadro3.6
restauração estélica
Na existência de manchamentos mais severos, da incisai do dente
traba lhado (Figs .
deve ser aplicada uma técnica coerente e racional 3.1091 a 3.1094) . Mais profundo em áreas de
escurecimento (cervical)
(Quadro 3.6).

Decidida a abordagem de facetamento com resinas

compostas, deve-se ter em mente a necessidade


de desgaste convencional para a faceta. Nesse mo-

mento, perda de estrutura vestibular será evidente.

Em casos em que o preparo será realizado em den-


tes com tratamento endodôntico, um reforço intra-
3.1091 a 3.1094: 3.1091) Acesso realizado por incisal. 3.1092) Pino realizado com a técnica do
canal será necessário se a quantidade de estrutura reembasa mento (Dr. Antonio Batista, Curitiba - PR.). 3.1093) Pino intracanal c imentado a ntes do
facetamento di reto. 3.1094) Faceta direta sendo reali zada.
dentária estiver comprometida º
8 81
(Desenho 3.3l).
4 08 Shortcu ts em odontol ogia estética : uma nova visão
sobre TIPS
-
Apesar de pinos intracanais não reforçarem estru- outra possibilidade é o prepa ro direto com as
turas e si m aumentarem a retenção 82·83 , em den- pontas diama ntada s 2135 e 4138, que parece
tes anteriores com grandes aberturas endodôn- ser mais simples e basta nte viável e previs í-
ticas, os pinos podem servir como reforço para vel, desde que sejam estab elec idos critérios e
movim entos de protru siva e movimentos de ras- passos padronizados. O vídeo desta técnic a de
game nto de alimentos, que geram decomposição preparo com a narração pode ser visto no site:
intensa de forças horizontais. www. short cuts- book .com . Nesta técn ica, ini-

cia-se delim itando e chanf rando na cervical ao


Os preparas para facetas diretas são similares redor da marg em gengi val com a própr ia ponta
aos real izados para restauraçõe s indiretas labora-
de preparo (cônicas de extre mo arredondado ou
toriais , só não possuem envolvimento incisai ou
cilíndricas de extre mo arredondado). A profun -
raramente requerem este englobamento, conse-
didade do prepa ro vai variar confo rme o escu-
quent emen te são mais conservadores 84 . As pon-
recim ento apres entad o, sendo guiad o pela pon-
tas mais utilizadas para os preparas são a 2135
ta ativa das ponta s diama ntada s: a ponta 4138
(para preparas mais conservadores em dentes
apresenta 1.2 mm . de espessura . Em um dente
pouco escurecidos e dentes com menor volume)
com escur ecime nto mode rado. pode- se tomar
e 4138 (para preparos mais tradicionais).
como referê ncia a profu ndida de em cervical de

cerca 0,7 mm (pouc o mais que a ponta ativa): em


Uma das técnicas mais tradicionais para a con-
um preparo com escur ecime nto severo. a pro-
fecção do preparo dental é utilizar discos autoli -
fundid ade será de cerca de 1,0 a 1,2 mm (quase
mitan tes de corte em profundidade, para contro -
toda a ponta ativa) (Desenhos 3.32A e 3.328).
lar a profundidade do preparo dental vestibular.

Posteriormente, para estabelecer a marge m da


O segun do passo é a delim itação proxim al chan-
faceta, prepara-s e um chanfrado defini do utili-
frand o esta área por meio da inclinação da ponta
zando uma ponta diamantada esférica de granu-
diama ntada em direçã o à face palatina (Desenho
lação média ou fina.
3.33A e 3.33B).
- -
tica s e transfiormaçoe
.
40 9
Capítulo 3 : Restaurações esté s anteriores

a incisai, havendo duas


O terceiro desgas t e é na áre

possibilidades. Uma delas


é nos casos em que exis-
ent o incisai no tam anh o
te a necess idade de aum
os, não existe regra para
final do den te. Nes ses cas
vez que haverá espessura
a termina ção incisai, uma
s no final da restauração
de materiais restauradore

(Desenhos 3.3 4A e 3.348) .

ra final será ma ntid a,


Nos casos em que a altu
incisai dev erá ser rea -
• Desgaste cervical um chanfrado inv erti do
sai será pro teg ida de
lizado. Desta for ma, a inci
s pelo mo vim ent o de
o do prep aro por cervica l, segu
indo o cont orno geng ival. poss íveis e prováveis fratura
Dese nhos 3.32A e 3.32 8: lnici
seja res pei tad o, me ta-
protrusiva . Caso isso não
em den te e me tad e em
de da borda incisai ficará
ando tensões dur ant e a
material restaurador, ger

guia (Desenhos 3.3 5 e 3.36).

será a regularização
O últi mo passo do preparo
de que o pre par o não
da vestibular. Lembre-se
ogê nea : dev e ser mais
precisa ter espessura hom
urecidas (cervical, nor -
espesso nas áreas mais esc
fun do nas áreas me nos
ma lme nte ) e menos pro
lme nte ) (Desenho 3.3 7;
escurecidas (incisai, nor ma

Figs . 3.1095 e 3.1096).


• Desgaste cervical
• Desgaste proximal

a11tada .
. . ula ão correta da pont a diam
8: Desg aste prox unal com a a ng ç
Desenhos 3.33A e 3.33
410
Shortcuts em odontologia estética: uma nova
visão sobre TIPS

''
' \ ''
'
1 ' \
1
1
I 1
1 1
I I
I
'
1 I
1
'
1
1
\ ,\ \ • Resina campos a
'' \
\

Resina composta

Desen hos 3.34A e 3.348 : Prime ira ituaçã


o de preparo incisa i
onde um aum ento com res ina será realiza Desenho 3.35: Prime ira possib ilidade de
do. desgaste incisai in dicado
incorr etame nte, gerand o lascas na resina
comp osta.

...
''\ ''
\
1
\ 1

'1
I I
I
1

1
I
1
f 1
f 1
1 \
1 \

'' \

• Desgas te cervical

Desgaste proximal

Desen hos 3.36A e 3.368 : Segun da possib


preser vando a guia anteri or em esmal te
• Resina composta

ilidade de desgaste incisai ,


• Desgaste inosal

Desgaste vestibu lar


Integro. Desen ho 3.37: Desgaste vestib ular frnal.
411
, 1o 3 ·· Restaurações estéticas e transformações anteriores
(aprtu

3.1095 e 3.1096: Caso inicial e dente preparado seguindo a técnica sem utilização de
pontas - guia de profundidade. Foi preparado somente utilizando a ponta 4138, de acordo
com a técnica descrita ante riormente . Observe que a incisa] foi protegida como na técnica
de chanfrado invertido. Pode- e, também, verificar que o preparo está mais profundo nas
áreas cervicais que estão mais escurecidas e, menos profundo na área do terço médio-
incisa i que está menos saturado.

Como forma de simpl ificar esta apresentação.


definiremos dois tipos de manchamento: suave e
O grau de escurecimen-
severo. Aqueles dentes que apresentarem tonali-
to deve ser determinado,
bem como as tonalidades dades frias (acinzentados ou azulados) deverão ser
do manchamento, para a
encarados como severos. mesmo que não tão in-
escolha correta do esquema
de estratiftcação a ser em- tensos. Manchamentos em tons quentes (marrons
pregado em cada caso.
ou amarelo-escuro). além de responderem melhor

ao clareamento. oferecem mais facilidade para o


facetamento (Figs. 3.1097 a 3.1104).
Shortcut s em odontologia est ética: uma nova visão sobre TIPS
4 12

3 . 1097 : Preparo realizado


eguindo os funda mentos
apre entados ac ima.

3 .1098: Fio afastado r Ultrapak


{Ultraden t) inserido com
;t,l
o instru mento de Fischer
(Ultraden t).

3 .1099: Camada de dentina mais


espessa aplicada como uma
pri meira camada.

3 .1100 : Ca madas finai s


concluída s.

3 .1101: Caso concluído com


protocolo de facetamento
de dentes com suave
escurecim ento.

3 .1102 a 3 .ll04 : Caso de dentes


com suave escurecim ento
realizado com protocolos de
dentes com suave escurecimento
do esquema 15.
413
e transformações anteriores
Capítulo 3 : Restaurações esté ticas

ESQUEMA 16
ESQ UEM A 15
casos de reco ntor no cosm étic o:
caso s de recontorno cosmético
: Sequência de estratificação em
Seq uênc ia de estr atifi caçã o em mento severo
men to suave face ta de den tes com escureci
face ta de den tes com escu reci

Corante opacificador
is espessa)
Uma camada de den tina (ma

resina de efei to Uma camada de dentina


Um halo bran co/o pac o com
bran co

a de efei to
Um halo branco/opaco com resin
to incisai branco
Corante azu l/cin za para efei

incisai
Corante azul/cinza para efei to
ático
Uma camada de esmalte crom

átic o
Uma camada de esmalte crom
mático
Uma camada de esmalte acroem esmalte
não possu
(exceção para os sistemas que
cromático - pular o item 4)

mático
Uma camada de esmalte acro
(exceção para os sistemas
que não possuem esma lte
cromatico; pular o item s)

o
correta de opaco, escolher sempre
Caso haja dúvida sobre qual a cor ada de
l dessaturar da prim eira cam
mais saturado . É sempre mais fáci
de esm alte do que o contrário. Nun ca use
dentina em direção à camada
corantes opaciftcadores brancos.
414
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Em dentes muito escurecidos ou com tonalida- Um bom opacificador deve ser bastante líquido e
des frias acinzentadas. após o preparo. que usual- opaco. para opacificar sem ocupar muita espessura.
mente é mais agressivo nestes casos. a primeira ao mesmo tempo que não deve ser branco. pois
camada utilizada deve ter o objetivo fundamen - isso deixará o dente cinza. Lembre-se de que um
tal de bloqueio do escurecimento do dente. sen- fundo escuro (enegrecido) mais branco é igual a
do então utilizado normalmente o esquema 16
cinza. O corante deve ter a mesma saturação da
de estratificação (Figs . 3.1105 a 3.1139). Inicial-
tomada de cor da dentina ou o mais próximo disso.
mente. uma camada fina de um opacificador lí-
Tanto o l<olorPlus Opaquers (l<err) quanto o Em-
quido deve ser pincelada 85 (l<olor Plus Opaquers/
press direct opaques (lvoclar Vivadent) possuem a
l<err ou empress direct opaque/lvoclar Vivadent)
cor A3 e A1. Se for necessária uma cor A2. ambos
(observação : o Esquema 15 dispensa este primei-
devem ser misturados gota a gota até se obter um
ro passo de opacificador).
tom intermediário.

Esse opacificador deve esconder cerca de 65 a Desenho 3.38: Opacificador


aplicado como vaca malhada. O opacificador deve ser aplicado levemente sobre
70% do escurecimento. sendo os 30 a 35% restan-
o chanfrado do preparo. parecendo que este possui
tes opacificados pela camada de dentina/opaco. Se
falhas. O aspecto final é o de uma vaca bem malhada
o índice de opacificação com o corante for maior
(Desenho 3.38) (Figs. 3.1140 a 3.1143).
que isso. o dente ficará excessivamente opaco e

esbranquiçado e. se for menor. ficará acinzentado.

Esta técnica é altamente sensível a este acerto da

quantidade de opacificador liquido; portanto. erros

nas primeiras restaurações são bastante comuns.


Capítulo 3 : Restaurações est e. t'icas e transformações anteriores 415

3.1105 e 3 .1106: Caso preparado


como descrito na técnjca acima.

3 .1107 e 3 .1108: Condicionamento


ácido por 30 segundos e
aplicação do sistema adesivo
Adper Single Bond 2 (3M ESPE).

3.1109: Corante opacihcador


aplicado sobre a camada de
adesivo, cobrindo cerca de 65 %
do escurecimento. Observe
as falhas que se mostram após
a aplicação (aspecto de vaca
malhada) . A sequência de
e tratihcação que será seguida
é a do esquema 16 (dentes com
e curecimento severo) . Uso do
opaciflcador Kolor+plus/ Kerr.

3.UlO: O segundo passo é a


Ao se usar o opaciftcador, se observar que existem áreas mais escuras é aplicação homogênea de uma
sinal que falta material opaco ou dentina; se estiver excessivamente b~anco resina híbrida de alta opacidade

é sinal de que está sobrando. ' (A30 Clearf1 1l Majesty /


Kmaray) . A camada de dentina
é zerada em cervical, ou seja,
acaba exatamente no térmrno
do chanfrado para ser mais
espesso (Desenho 3.39). Ainda
assim, haverá espaço para as
Essa camada de dentina é aplicada posicionando uma bolinha de resina pró-
camadas de esma.lte, uma vez
ximo da cervical e zerando-a com movimentos amplos de espátula. A resina que a cervical possui uma bossa
é acomodada batendo na porção inferior da bolinha. Esse movimento faz com mais volumosa. A cor é obtida
que a parte superior não saia da adaptação feita em cervical. através da colocação da resina
para dentina. Não se espera a
próxrn,a camada para acertar a
• Resina dentina/ opaco
cor (Desenho 3.39).
Resina esmalte

Desenho 3 .39 : Es pessura e


adaptação da resina dentina
Pode -se usar resina para halo incisal (efeito branco) e corantes cinzas/azuis sobre o término do preparo.
para evidenciar o efeito de transparência, uma vez que não é possível repro-
duzi-lo com resinas de efeito azulados ou transparente, pois o fundo está escu-
recido e isso pode ser evidenciado pela transparência. Corantes modificadores
são utilizados, portanto, mais em facetas do que em restaurações. O momento
ideal para o uso de corantes modiftcadores é antes das camadas de esmalte.
..n Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TI PS

A quantidade correta do
coranle modificador não e
quando não o enxergamos,
mas percebemos seu efeito
3.1111: Ca mada de resina esma lte cromático (A2 Clearhll Majesty / Kuraray).
deforma suave. O uso de
corantes serve como um
3 .1112: Camada de resina e ma lte acromático (T Clearfill Majesty / Kuraray).
tempero para a restauração.
a) Cinza e azul: são corantes 3.lllJ a 3. Ul6: Acabamento e polimento.
para profundidade. b)
3.lll7: Ca o flna lizado .
Vermelho e ocre (laranja) :
mais vitalidade na cervical
aquecendo a cor. e) Vwleta:
LtSado quando a camada
de dentina é terminada e
nota-se que a faceta está
branco -leitosa. Utiliza -se
no centro do dente. d) Bran-
co: para áreas de cristas e
pontas de mamelos, para
dar mais lum inosidade.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformaçõ es anteriores 417

3 .lUS : Caso inicial de de n tes com tra tam ento


e ndodôn tico.

3.1119 a 3.1121: Tentativa de clareamento com


téc nica de consul tório associada à técrúca
wa lk in9 b1each.

3.ll22: Caso direcionado par a face tamento


co m resina composta direta. Note que a
restauração do tipo Classe lll foi trocada
antes do face tam ento.

3.1123 e 3.1124: Pre paro rea li zado com po nta


diamantada 4138 (KG So re nsen) .

Caso exista a necessidade de trocar


restaurações de Classe IIT defeituosas
em facetas escurecidas, o momento de
ser realizado é antes do facetamen -
to. - A cor a ser usada deve ser a cor
do remanescente, e não a cor futura .
Se for colocada uma cor diferente do
remanescente e se o opaciftcar o, a
região restaurada ficará mais clara.
418 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS

3 .IJ25 a 3 .ll39 : Técn ica de facetamento seguindo o esque ma 16 de eslrati.hcação . Uma sequência em vídeo do passo a passo
de facetamento pode ser visto no site: \ VW\,\ .s hon culs- book.com.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t f -
rans ormaçoes anteriores 419

3.1140 a 3.1143: Caso exemplificando o aspecto de vaca malhada e a qu antidade utiLizada do opac ihcador, e como ele fica neutralizado pelas
camadas posteriores de resinas.
420 Shortcu ts em odontologia estética. uma nova visão
sobre TIPS

Shortcuts de restaurações anteriores: uma form


a mais simples

TÉCNICA DUAS CAMADAS (OU APENAS UMA) para obtenção de resultados com o mesma quali-
dade de técnicas mais complexas realizadas com
Restaurações anteriores são um grande desafio ao bastante perfeição91 ·92 . O desenvolvimento de ma-
profissional que além de conseguir um resultado
teriais versáteis com moléculas denominadas inte-
esteticamente agradável deve produzir trabalhos
ligentes tem a capacidade de funcionar em uma
que se mantenham funcionais por um longo tem-
gama variada de situações que permite uma téc-
po. Restaurações envolvendo ângulos incisais ten-
nica simples e consegue melhores resultados em
dem a falhar mais ao longo dos anos, se compara-
maior número de vezes. Isso proporciona alta re-
das com restaurações tipo Classe 111 86
, e o grau de produtibilidade, ou seja. pode ser reproduzida com
complexidade assim como o tamanho das restau-
o mesmo resultado por pessoas com diferentes ní-
rações contribuem para esta falha 87. Grande parte
veis de habilidade, o que torna a técnica eficiente e
dos motivos que levam à falha são erros de execu-
confiável além de despender menos tempo.
ção; técnicas menos complicadas, com menor nú-

mero de etapas, resultam em menor ocorrência de


Originalmente o esquema de estratificação basea-
erros e, portanto, restaurações mais duradouras 88-9º.
va-se na combinação de resinas em diferentes sa-

turações, com uma resina para área cervical mais


A tecnologia avança no sentido de facilitar a técnica,
saturada, e resinas para terço médio e incisai menos
reduzindo o número de etapas clínicas necessárias
saturadas: o tradicional cervical A3. terço médio A2
421
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformaçoes
- anter .iores

baixa luminosidade. O uso de resinas translúcidas


e incisai A1. Este esquema de estratificação produ-
deve ocorrer em pequenas espessuras com ca-
zia resultados pouco correspondente com as cores
madas de aproximadamente 0.5 mm. mais finas.
dos dentes naturais. Com o desenvolvimento de
portanto, que a espessura média da camada de
novas resinas compostas foi possível variar além do
esmalte natural dos dentes (espessura de resinas
matiz e croma. a translucidez. ou seja. existem resi-
esmalte não devem reproduzir a mesma espessu-
nas de alta translucidez para reproduzir o esmalte e
ra de um esmalte natural. caso contrário se torna
baixa translucidez ou opacas para reproduzir a den-
excessivamente acinzentada). De maneira análoga,
tina. Cinco são as variações de opacidades. sendo
equívoco ocorre com resinas opacas que no rótulo
três mais translúcidas e duas mais opacas.
apresentam a denominação dentina; essas resinas
em grandes espessuras podem apresentar-se mui-
Resinas translúcidas recebem a denominação es-
to opacas e em finas espessuras tão translúcidas
malte cromático ou acromático em sua embala-
quanto resinas denominadas translúcidas.
gem e isso cria uma idéia equivocada de que elas

devam ser utilizadas para substituir toda a cama-


Nessa perspectiva. a familiarização com as diferen-
da de esmalte perdido, o que não nem sempre é
tes opacidades das resinas compostas e o controle
verdade, pois resinas translúcidas em espessuras
das espessuras de cada incremento é fundamental
maiores que 1 mm tendem a se tornar acinzenta- 5
para conseguir o efeito desejado º.
da e criam restaurações com aspecto artificial de
422
Shortcu ts em odonto logia estéti ca: uma nova
visão sobre TIPS

Existem no com ércio cinco opacidades de resina


s 83 e resina s de esmalte crom ático em co res me-
compostas . sendo : duas opaca s (alta opacidade/
Somente a marca
nos saturadas e co m aspecto branco esfumaçado
denti na ou opaco e média opacidade/body
ou comercial 3M ESPE como cores Al . Bl. Bleach, White .
corpo) e três translúcidas. altament e t ranslúcidas possui uma resina de
média opacidade cha -
(Efeitos). médi a translucidez (esmalte acromát mada Body ou Corpo.
ico) A t écn ica tem poucos passos; prime iro aplica
As outras marcas
-s e
e baixa trans lucidez (esma lte cromático).
possuem somente uma camada fin a de re sina de médi a opacida-
dentina/opacos.
de co m uma gu ia palat ina em fin a espessura;
Buscando a simplificação da técnica. reco mend a-se
lemb re-se de que quan to maior a translucide
z
utiliza r resinas de méd ia opacidade (body ou co
r- do t erço incisai. mai s fina deve ser essa cama
-
po) e baixa transl ucidez (es malte cro mátic
o). da. Na sequênc ia aplica-se uma camada mais
Ou seja. os t erços cervical e méd io dos dente
s volumosa da mesma resina que deve ir desde
são mais opacos e podem ser utiliza das ca mada
s a meia di stância do bisei até aprox imad amen
te
m ais espessas de resinas de body ou corpo e
ca- 1 mm aquém da borda incisai. Essa resina deve
madas m ais fi nas de res inas de baixa t ran slucid
ez ser cuidadosamente esculpida para dar o aspec
-
(esm alte cro m ático ); procura-se assim ficar sem-
to desejado das pontas dos mam elos denti
ná-
pre no m ei o da escala de lum inosidade. não
indo rios; é o contr ole da espessura dessas cama
da
nem muito para a alta opacidade nem para a
alta de resina que vai deter mina r áreas mais opaca
s
translu cidez . O terço incisai, por exemplo. mais
e cromatizadas e áreas menos opacas e crom ati-
trans lúcido , requer maio r quantidade de resina
zadas. Caso o dente a ser copia do apres ente
ca-
trans lúcida e meno r quantidade de resina opaca.
racterizações como manchas brancas opacas
ou
áreas alaranjadas de infiltr ação denti nária essas
Ainda, buscando uma simplificação de técnic
a, é deve m ser reproduzidas com coran tes para resi-
possível restaurar dentes anteriores e obter óti- na comp osta (Figs. 3.1144 a 3.1155). Uma últim
a
mos resultados usando apenas duas cores de resina Desenh o 3.40
camada de resina de esma lte crom ático deve
comp osta, sendo a resina body ou corpo mais
cro- ser aplicado, dand o a form a desejada do dente
matiz ada como resinas nas cores A2, A3, A3.5,
82, resta urado (Desenho 3.40).
Capitulo 3 . Restaurações estéticas e transform - .
açoes anteriores 42:l

3.1144 a 3.1155: Sequência demonstrativa de caracterização de detalhes com uso de corantes. Caso inicial de hipoplasia, sendo restaurado com sistema Empress Di rect (lvoclar Vivadcnt)
e corantes Tetric colors (Ivoclar Vivadent). A técnica de restauração utilizada foi a simplificada (2 camadas) com uso de corantes para caracterízaç:lo.
424 Shortcu t s em Odonto logia estética·· uma nova visão sobre TI PS

Vale destacar que a forma dental, depois de defini-

da pelo enceramento diagnóstico, deve ser respei-

tada durante a aplicação da resina para se produzir

o resultado desejado. Ou seja. as dimensões largura

versus altura e espessura do dente a ser restaurado

é fixa. sabendo-se que a sobreposição de resinas


de opacidades distintas em espessuras diferentes

altera a percepção de cor e sendo o volume final da

restauração fixo. É o volume da camada de resina

opaca que determina a percepção de cor do dente

(Figs. 3.1156 a 3.1169).


425
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transforma ções anteriores

3.U56: Acompanh amento clinico


de 3 anos de duas restaura ções
classe IV em res inas compostas.

3.1157 e 3.1158: Biselament o


reali zado com sof- lex pop on XT
(3M ESPE).

3.1159: Jateamento com óxido de


aJum[nio (Prep tart / Danville).

3.1160 a 3.1162: Aplicação do


sistema adesivo Scotchbon d
Unive rsal/Single Bond Universal
(3M ESPE).

3.1163: Concha paJatina realizada


com resina esmaJte cromático Al
(Filtek supreme ultra / 2 - 350 XT;
3M ESPE}.

3.1164 e 3.1165: Corpo realizado


com resina body A3 {Filtek
supreme ultra / 2 - 350 XT; 3M
ESPE).

3.1166: Uso de corantes para


caracteriza ção interna (Empress
colors / ivoclar Vivadent).

3.1167: Es malte hnaJ realizado


com resina esmaJte cromático
Al (Filtek supreme ultra / Z- 350
XT; 3M ESPE). Foran1 utilizadas
somente duas resinas com duas
o pacidades.

3.U68 e 3.1169: Caso finalizado.


426 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

As próprias empresas hoje pensam em técnicas


simplificadas com o uso de menos camadas, possi-

bili ando resultados interessantes com dois tipos de

resina (den ina/esmalte) ou mesmo uma somente

(monocamadas)93 -95 _ Um caso exemplificando esta

ideia pode ser visto a seguir. Recentes tecnologias

de partículas são envolvidas no desenvolvimento

de resinas específicas para técnicas mais univer-

sais e simples (p. ex., Ceram X Universal/Dentsply).


Propriedades de mimetismo ópticos apresentando

translucidez, sem serem tão acinzentadas, favore-

cem o resultado clínico.

Dessa forma aproxima-se da característica apre-

sentada por sistemas cerâmicos, sob o ponto de

vista óptico (Figs. 3.1170 a 3.1184).


Capitulo ·1 Restaurações estéticas e transformaçoes anteriores 427

3 .1170 e 3 .1171 : Caso inicial de


necessidad e com troca de resinas
anteriores tipo Classe IV (com
e nvolvim ento de i ngulo inci ai) .

3.1172 e 3.1173: Dentes isolados e


as pecto após remoção de todas as
resinas antigas .

3.1174 e 3.1175: Aplicação


somente de duas ca madas:
dentina e esmalte (CeramX Duo /
Dentpsly) .

3.1176 e 3.IJ77: Aplicação das


mesmas duas camadas (em duas
polimerizações somente).

3.1178: Centrais finalizados .

3.1179 e 3.ll80: Restauração


Classe rn realizada com
resina monocamada (single
translucenc_y) (Ceram.X mono
universal / Dentsply).

3 .1181 e 3 .1182: Restauração


Classe IV realizada com resina
também monocamada (single
translucency) (CeramX mono
universal/ Dentsply) .

3.1183 e 3.1174: Caso finalizado.


Observe que os centrais foram
realizados somente com duas
camadas de duas opacidades
de resinas. Os laterais foram
finalizados com uma camada
com somente uma opacidade
(single translucenc_y).
428 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

RESTAURAÇÃO EM MODELOS DE SILICONE o princípio de se confec cionar resinas anteriores

em modelos surgiu dos inlays!onlays, em que o

Uma outra alternativa, ou mesmo tendência, é a cirurgi ão-dentista realizava restaurações poste-

realização de restaurações de resinas compostas riores em modelos de gesso, como uma opção ao

de forma indireta 96, tal qual a confecção de inlays! envio ao laboratório de prótese. Essa ideia pode

onlays com resinas para uso em cons ultório, como ser apli cada também aos dentes anteriores (Figs.

será descrito no Capítulo 5. 3.1185 a 3.1199). Nessa técnica, o mínimo de duas

co nsultas é exigido, com necessidade de provisio-

A vantagem desta técnica é a possibilidade de se nalizar o dente após a moldagem.

real izar de forma indireta, com melhor controle de

forma e camadas 97. A vantagem adicional é o maior Silicones de adição próprios para a confecção de

grau de co nversão possível da restauração, uma modelos, com tempo de presa rápido (ao redor

vez que uma sobrepolimerização co m calor pode de 3 minutos), possibilitam a realização indireta
ser reali zada. Melhor resistência à fratura é alcança- de resinas na mesma consulta 100 . Nomes comer-
da98·99 Percebe-se que o polimento torna-se mais ciais destes silicones são Mach 2 (Parkell) e Oie-
faci lmente obtido após o complemento de poli- -silicone (VOCO). A mesma técnica de confecção
merização com o uso de calor. Usualmente, pode de restaurações pode ser aplicada com a vanta-
ser aplicado um ciclo adicional de polimerização gem de se realizar sessão única, sem a necessi-
com um forno de sobrepolimerização de resinas dade de provisórios .
compostas que adicionam calor e, eventualmente,

pressão. Outras formas alternativas são um ciclo


Um caso exemplificando a técnica pode ser visto a
completo de autoclave (12 minutos) ou mesmo mi- seguir (Figs. 3.1200 a 3.1224).
cro-ondas por 5 minutos em potência alta.
ações anteriores 429
Capítulo 3 : Rest aurações estétic as e transform

3 .1185: Modelo troquel ado em


gesso especial pronto para a
realização da restauração.

3 .1186: Aplicação de Super


Bonder (Loctite) para aument o
da resistência da superfí cie.
Posterio rmen te aplica - se uma
manteiga de cacau de lábios para
isolame nto do modelo.

3 . U87 a 3 .ll89 : Aplicação de uma


resina compos ta para uso direto
(Vitalescence/ Ultrade n t) para o
fragmento de resina compos ta .
A adaptaç ão cervica l e ponto de
contato se mostra m mais fáceis
de serem obt ida em trabalh o sob
modelos. Uma opção de sobre -
poUmerização das resinas e m
unidade s de calor pode favorecer
algumas caracte rísticas como
mais facilidade de polime nto
de superfície e mais resistên cia
fl exural da resina.

3 .1190 a 3 .1193 : Acabam ento


e polime nto realizad os com
sistema so í- lex pop on XT
(3 1 ESPE) e borrach as Jiffy
(Ulrrad ent).

3 .1194 a 3 .1199: Proced e-se a


cimen tação adesiva que será
discutid a no Capítu los .
4 O Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
Capítulo 3 : Restauraçõ es estéticas e transformações anteriores
431

3.1200 : Acidente provocando a fratura dos dois i.ncisivos centrais.

3.1201 e 3.1202: Centrais fraturados, assim co mo incisal do incisivo


lateral. Uma ses ão de emergê ncia foi sugerida, com a confecção
de resta urações indiretas devido :10 trauma bucal. enh um bisei fo i
sugerido por se tratar de um tratamento provisó ri o.

3.1195 e 3.1996: Moldagem rea lizada co m aJginato (Cavex) .

3.1997 a 3.1999: Modelo realizado com silicona Mac h 2 (ParkeU) ,


sendo vertido na parte dos dentes. Uma segu nda silicona acompanha
a prim eira, sendo es ta usada somente pa ra a base do m od e lo (Green
Mousse / Parkell). Mode los superio res e inferiores podem se r realizados .

3.1200 : Aplicação da camada de dentina co m uma resina A3 Empress


Direct (lvoc la r Vivadent).

3.1209 e 3.1210: Um instrument o auxiliar na determinaç ão da


proporção co rreta é a sonda de CHU (Hu -friedy ). Ele foi utilizado neste
caso para determinar a altura hnal dos ma.meios de dentina durante a
estrali.hcação. A proporção oferecida pelo instrument o é de 10 de altura
para 8,5 de largura.

3.1211: ApLicação das res inas de efeito incisais.

3.1212 a 3.1215: Acabament o e polimento realizados.

3.1216: Restauração completadas. Observe que nenhum bi el foi


reaLizado uma vez que se trataria de, teoricamen te, re tauração
provisórias .

3.1217 e 3.1218 : Preparo da peça para a cimentação .

3.1219 : Profilaxia de dente após isolamento .

3.1220 : Condi cio nam e nto ác ido .

3.1221 e 3.1222: Cime ntação com resin a Z- 100 (3M ) aquec ida com
a parelho Ena - Hea t (Miscerium ) .

3.1223: Caso c línko logo após a cimentação .

3.1224: Caso clínico um a no de po is.


432 Shor tcuts em odon tologia estét
ica. uma nova visão sobre TIPS

Me smo pequenas restauraçõe


s e fragmentos po-
dem ser realizados com resi
nas da mesma forma
uti lizando modelos de silicone
. Outros dois casos
solucionados com a mesma
filosofia e modo de tra-
balho pod em ser visto nas figu
ras 3.1225 a 3.126096 .
apítulo 3 : Re t aura õc es t · t i as e t ransform ações anteriores
433

3.1225: Caso in icia l de necessidade de fechamen to d e


d iastemas

3.1226: Moldagem realizada co m Hyd.rogwn 5 (Zhermack) .

3.1227: Mode lo reali zado co m si lico na de ad.ição Mac h 2/


Green Mo usse (Parke ll) .

3.1228 a 3.1230: Realização das restaurações com um resina


ún ica (UE2 Enamel HR l/ Miscerium) .

3.J23J : Try- in com glicer ina pa ra teste.

3.1232: Co nd.icionamen to com ácido fosfó rico para limpeza


da supeflcie interna {Ultra -etc h / UJtrade nt).

3.1233: Silanização da su perffc ie {Monobond S/lvoclar


Vivadent).

3.1234: Aplicação de adesi.vo puro (pas o 3 Scotc hbo od


Multi Purpose/ 3M ESPE).

3.1235 : l olame nto absoluto modificado pa ra a cime ntação


das peça (Diqu e de bo rrac ha Roeko).

3.1236: Jatea mento com óxido de alumútio (Prep tart/


Danville).

3.1237 e 3.1238 : Restaurações c im e ntadas com re ina


aquec ida Z- 100 (3M).

3.1239 e 3.1240: Reali zação de aca bamento e poli me nto


(Op ti - disc/ Hawe eos - Ke rr).

3.1241: Caso fm al.


Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TIPS
434

:i. 3 .1260: Sequencia de duas restaurações Classe V rea lizadas co m Empre s Direct (1
3 . l242
voe1ar y 1vadent)
· de (o . d. .
na mesma sessão. rma in treta e cimentadas
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
435

O passo a passo em vídeo do caso a seguir pode ser visto no

site: www. shortcut s- book .co m (Fig. 3.1261 a 3. 1265).

_ Liz da sobre modelos de silico ne. Vídeo desse procedim ento poder ser visto no site: www .sho rtcuts book.com
3.1261 a 3.1265: Caso de restauraçao Classe IV rea a
436 Shortcuts em odontologia est ét ica: uma nova visão sobre TI PS

FORMAS OU FACETAS PRÉ-CONFECCIONADAS uma alternativa ao uso de formas, ainda visando

simplificar um procedimento de reconstrução an-

Outra forma mais simples ou atalho seria o uso terior seria o uso de estampas ou carimbos de den-
de facetas fabricadas prontas para cimentação. tes anteriores. O sistema Uveneer (Dental Art lnno-
Servem mais para situações de baterias de den- vations) disponibiliza diferentes tamanhos de jogos
tes anteriores, do que para dentes individuais, de dentes anteriores. Os carimbos são preenchidos
uma vez que possuem anatomia padrão 101·1º2. São com resinas compostas da coloração escolhida e,
disponibilizados em diferentes tamanhos den-
após os procedimentos adesivos realizados no den-
tários básicos e, dependendo da marca, em pa-
te, são encaixados na estrutura dental e permitem
drões de cores distintos. Marcas comerciais dis-
a polimerização através dele pela transparência.
poníveis são Edelweiss (Ultradent) e Componeer
Posteriormente, são removidos com um simples
(Coltene Whaledent).
descolamento e, após a autoclavagem, podem ser
reutilizados.
O passo a passo um caso pode ser visto nas figu-
ras 3.1266 a 3.1279.
Um caso pode ser visto nas figuras 3.1280 a 3.1297.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores
437

3 .U66 a 3 .1268 : Sistema


Edelweiss (Ultradent} de facetas
pré-confeccionadas. São
oferecidas em 3 tamanhos base e
anatomia padrão.

3 .1269 e 3 .1270 : Caso inicial de


diastemas generalizados.

3 .1271: Fio afastador 00


(Ultrapak/ Ultradent) instalado.

3 .1272: Faz-se tratamento


adesivo da superfície interna
da faceta. Para cimentação
utiliza-se uma resina composta
convencional (Amelogen/
Ultradent) .

3 .1273 a 3 .1275 : Realiza -se o


posicionamento de todas facetas
antes da fotopolirnerização .

3 .1276 e 3 .1277: Caso logo em


seguida.

3 .1278 e 3 .1279: Caso 6 mese


depois. ote a grande perda
de polimento de superfície
generalizada. A expectativa
seria de melhor manutenção da
supefície uma vez que facetas
pré - confeccionadas passam
por um melhor proce so de
polimerização extraoral.
Shortcuts em odontologia esté tica: uma nova visão sobre TIPS
438

3 .1280 e 3 .1281: Sistema U


Veneer (Denta l Art lnnovatio ns).
Diferentes tamanhos de jogos de
dentes anteriores é oferecido no
sistema padrão. Uma variação
co m anatomia de modelos de
dente naturais , assim como sua
textura, está sendo desenvolvido
pelo fabricante . ote a presença
de uma linha média guia
nas formas para facilitar o
posicionamento em boca.

3 .1282 e 3 .1283 : Caso inicial de


diastemas generalizados onde
o paciente não tinha condições
hnanceiras para laminados
cerâmicos.

3.1284 e 3 .1285 : Teste em boca


para dehnição do tamanho
correto a ser escolhldo.

3 .1286 a 3.1289 : Preparo dos


dentes para a realização das
facetas.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transform ações anteriores 439

3.1290 e 3.1291 : Insere- se a resina dentro da


fo rma e leva - se em posição. Após o e nca ixe
adeq uado, polimeriza -se at ravés da forma e
remove - se a mesma. Note que a fo rma pode
ser autoc lavada e reutilizada. Um tratamento
interno da supe rfíc ie pcrmjre a remoção
simples da ma triz após polimerização da
resina.

3.1292: Realiza - e o acabamento do primeiro


den te e se realiza posteriormente os outros
dentes da mes ma forma .

3.1293: Caso clínico logo após.

3.1294 e 3.1295: Antes e depois.

3.1296 e 3.1.297: Antes e depois.


440 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Para onde caminha a ciência em restaurações anteriores

Uma clara tendência à discussão sobre manuten- Pacientes jovens com necessidade estética genera-

ção de resinas compostas existe. como já dis- lizada. mas sem experiência inicial de tratamentos

cutido no Capítu lo 2. Poucos trabalhos discutem restauradores. sem presença de restaurações. sem

longevidade de resi nas compostas sem a presen- tratamentos endodônticos. grande quantidade de
ça de cavidade, como em recontorno cosméti - esmalte íntegro. são candidatos a resinas compos-
co1º3. Existe consenso sobre a necessidade de um tas como um primeiro tratamento estético (Figs.
repolim ento periódico e eventual reparo geral 3.1330 a 3.1342).

(Figs. 3.1298 a 3.132 4)

No acompanhamento clínico das resinas, pode-se

aval iar o comportamento clínico das resinas para

determinado paciente e sempre existe a alternati-

va de transição futura para cerâmicas, como vistos Analise a idade do paciente


na página 404. Ainda que exista esta possibilidade, e pondere o tratamento.
Lembre-se que pacientes
percebe-se que se torna uma rotina pacientes que jovens pode sempre transi-
decidem e pedem para manter as resinas compos-
tar futuramente de resinas
compostas para cerâmicas,
tas. mesmo que exija reparo geral ou manutenção o que quer dizer que são
grandes candidatos a resi-
mais ampla (Figs. 3.1325 a 3.1329 ).
nas compostas inicialmente.
Capítulo 3 : Restauraç ões estéticas e transform ações anteriore s 441

3.1298 e 3.1299: Pacie nte jove m (16 ano } co m d iaste mas gene ral izados
e necess idade de aLLme nto de ta manh o de ntá rio.

3.1300: Rea lização do caso co m resi nas compostas.

3.1301 e 3.1302: Caso logo e m seguida.

3.1303 e 3.1304: Dois an os e meio de pois.

3.1305 e 3.1306: Se is anos e meio depois.

3.1307 e 3.1308: Oito anos depois.

3.1309 e 3.1310: Dez an os depois.


442 Shortcuts '111 od ntol ia e~tet1 ,, uma nov1 v1 ·,10 ob1 ílPS

3.1311 e 3.1312: Ca o in i i:11de ne ssidadc der Onlorno cosmelico.

3.1313e3.1314: Casoclini o logoa p ' s resinascom p stas.

3.1315 e 3.1316 : Acompanhamento cllni o de 15 :mo .

3.1317 e 3 .1318: Um reparo geral e repolime nto foram realizados.

3.1319 e 3.1320: Acompanhamento cllni o de 18 anos.

3.1321 e 3 .1322: : Acompanhamento clinico de 19 anos.

3 .1323 e 3 .1324: Acompanhamento clinico de 21 ano .


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformaçoes .
- anteriores 443

3.1325 e 3.1326: Caso antes e depois de recontorno cosmético com


resinas compostas.

3.1327 e 3.1328: Acompanhamento clínico 22 anos depoi .

3.1329: Caso clfnico após reparo e repolimento geral .


444
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

3.1330 e 3.1331: Pac.i ente com 14 anos de idade, com indicação precisa de resinas compostas
ante riores e periodontia estética.

3.1332 e 3.1333: Aumento de coroa cirúrgico visando exposição da coroa clinica.

3.1334 a 3.1336 : Sorriso após cirurgia e clareamento dental.

3.1337 e 3.1338: Caso finalizado com resinas compostas.

3.1339 e 3.1340: Acompanhamento clínico de 4 anos com manutenção.

3.1341 e 3.1342 : Acompanhamento clínico de 9 anos com manutenção.


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 445

3.1343: Paciente com 29 anos. Suas palavras foram : eu gosto


A tendênci a mundial para a re solução de trans- dos meus dentes , queria somente corrigir este desgas te dos
centrais e mud ar um pouco a form a dos caninos que são
formaçõe s anteriore s com facetas cerâmica s
gordos, mas o dentis ta que fui falou que meu sorriso está

pode. como já visto. ser discutido. A just ificat iva envelhecido e deve ter outro design de sorriso fazendo face tas
de porcelana de pré- molar a pré- molar mas eu não queria
para tratamen tos com laminado s cerâmico s en - desgastar os dentes e eu gosto deles .

contra-s e na maior facilidade de se enviar para o 3.1344: Mesmo caso ind icado para novo design de sorriso,
pacien te sexo feminino, 29 anos de idade.
laborató rio e obter o resultado estético desejado
3.1345 e 3.1346: Foi proposto um cla.rearnento caseiro co m
pelo técnico. Uma febre de laminados cerâmicos
moldeiras e um recontorno cosmético suave com resinas
compostas. Aqui o caso clinico após o clareamento dental .
e lentes de contato evidencia a dificuldade de
104
se analisar criticame nte cada situação clínica . 3.1347 e 3.1348: Caso clinico após recontorno cosmético
realizado.
(Figs . 3.1343 a 3.1352).
446

3 _1349 e 3 _1350 : Acompanhamento clínico de 4 anos de recontorno cosmético com resinas compostas realizado nos dentes 13 , 12 , ll, 21 , 23
e adesiva em Emax (Ivoclar Vivadent) realizada no dente 22 por motivo de agenesia Observe a diferença de polimento de superfície entre
cerâmica e resinas.

3 _1351 e 3 _1352 , Fotos com Jábio em repouso e sorriso, esse problema de polimento não se mostra tão relevante quanto se discute nos meios
científicos.
Capítulo 3 : Restaurações estéticas e transformações anteriores 447

A preserva ção dental foi um objetivo bastante Sabemos que o índice de sucesso de laminado s

claro nas linhas de pesquisa laborator ial e clínica com substrato em esmalt e dental é bastante gran-

há décadas , e ainda persiste 1° 5. A esté tica exer- de 107, porém quando realizados sobre dentina o re-

ce hoje uma pressão para se abrirem algumas sultado não se mostra tão previsível.

exceçõe s em termos desta preservação dental;

a ju stificat iva vem sendo dar uma estética nova Apesar de trabalhos comprovarem o sucesso clí-

e rejuvene scida 106 . nico de laminados cerâmicos, provando, segun -

do alguns autores, sucesso cl íni co de 97,5% em 7

No passado, durante a febre das coroas anos 108, 91% em avaliações clín icas de 10 anos
109 e
94,4% em avaliações de 12 anos , é importante
110
metaloce râmicas, houve o mesmo com a just i-

ficativa da correção da oclusão não ideal e de evidenciar que são de trabalhos retrospectivos rea-

que as coroas eram até mais resistentes que os lizados por um ou dois operadores.

dentes naturais; foi a febre da reabilitação e o

resultado de mutilaçã o vemos até hoje. Ao analisar trabalhos reali zados em multicen -

tros 111 , 53% das facetas sobreviveram sem rein -

tervenção após 1O anos, conflitan do com os da-


Laminados cerâmicos podem ser vistos como pro-
dos anteriorm ente oferecidos. No entanto, esse
cedimen tos conservadores (frequen temente são
número parece mais próximo do que se observa
vendidos aos pacientes desta forma), mas o são
6 clinicame nte na atualidade, uma vez que muitos
perante os preparas tradicionais de coroas totais 1° .

dos nossos pacientes já nos procuram para a tro-


A ideia de preparo dental de facetas de porcelana
ca de laminados preexiste ntes.
como tratamen to conservador é equivocada; tra-

tamento s conservadores envolvem o não desgaste


É importante lembrar que cerâmicas quando fa-
dental. Abre-se aqui uma diferença entre minima-
lham, apesar de serem passíveis de reparos, deixam
mente invasivo e não invasivo. Lembre-se de que
a desejar no aspecto estético marginal, com ten-
O preparo de um laminado cerâmico remove cerca
dência a manchamento e demarcação da interface
de 30% da estrutura dentária saudável.
448 Shortcuts em odontologia esté ti ca: uma nova visão sobre TI PS

devido a comportament os distintos da cerâmi ca e Di z-se atualmente que repre sentam o tratamento

resina. A opção restauradora normalmen te envolve quase ideal, sem desgastes e grande estabilidade.

a remoção da cerâmica com pontas diamantadas Mas fragmentos e lentes podem por diversas cau-

em alta rotação, gerando inevitavelmente maior sas também falhar. e nestes casos perceberemos

preparo da estrutura dentária (Figs. 3.1353 a 3.1360). que não são tratamento s reversíveis porque é im-

possível desgastar cerâmicas aderidas sobre esmal-


O surgi mento do dissilicato de lítio para uso em te dental sem o afetar também.
trabalhos estéti cos foi provavelmente a maior re-

volução da Odontologia restauradora nos últimos Resinas compostas podem ser uma opção restau-
anos. fornecendo mais resistência da cerâmica as- radora conservadora e reversível. Burke. em um
sociada à alta translucidez. o que favorecia o uso artigo de análise filosófica. chama a atenção ao
em laminados cerâmicos e coroas conservadoras. excesso de tratamento e. como o título do artigo.
Os profissionais. porém. têm a falsa impressão de reforça que: indique o material restaurador e téc-
que estas não falham como ocorria com laminados
nica como se fosse para sua filha (Oaughter's test).
em refratário. devido a maior resistência, e esta in-
A decisão ética113 e bem ponderada do ponto de
formação pode estar errada. Cerâmicas reforçadas
vista do conceito da profissão visando à proteção
ainda são materiais friáveis.
do nosso paciente. muitas vezes de nós mesmos.

cirurgiões-dentistas. deve ser buscada indepen-


Fragmentos e lentes de contato já existem, desde
dentemen te da moda (Figs. 3.1361 a 3.1369).
longo tempo, como uma técnica de ausência ou

quase ausência de preparos 112 .


Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t rans f ormaçoes
- a nte riores
.
449

3.1353: Aco mpa nh a me nto clíni co de 3 a nos de la min ados ce râmicos nos dentes 12, 11, 21 e
22 mos trand o fratura do tipo chipping que se mo tra a mais co mum e m la minados. Lasca
são percebidas de forma se me l.ha nte ao que ocorre co m resinas compostas.

3.1358: Laminados inferiore co m substrato de ntin a (4 anos depois).


3.1354 a 3.1356: Le ntes d e contato realizados.

3.1359: Laminado trin cado (Empress Es thetic/ lvoclar Vivadent) no


3.1357: Um a no de acompanhamento clínico d as len tes de co nta to. Fratu ra da borda in cisa i
de nte 11 (3 a nos depois).
neces itando remoção da faceta e novo face ta me nto.

3.1360: Laminado fratu.rado (Empress Es thetic /lvoclar Vivadent) (4


anos de pois).
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre
4 50

3 .1361 : Facetas de porcelana


realizadas de forma adequada 3
anos atrás por seu dentista anterior.
O paciente agora exige a troca por
motivos estéticos.

3 .1362 : Observe que é impossível


a remoção das cerâmicas sem um
desgaste adicional da estrutura
dentária.

3 .1363 : Repreparas dos tratamentos


conservadores.
451
Capítulo 3 : Restaura ções estéticas e transform ações anteri ores

3.1364 a 3.1367: Paciente


pós - tratame nto ortodôntico
requisitan do tratamen to
es tét ico .

3.1368: Cirurgia periodon tal foi


realizada para au me nto de coroa
clínica .

3.1369: A paciente me pergunta


qual a indicação correta pa ra
seu ca o e m relação a material e
técnica restaurad ora . Respond o
que para seu caso acreditav a ser
cerâmica . Ela me faz a seguinte
pergunta : Mas o que o Sr. faria se
fosse sua boca?
Respondo que resinas
composta s. Ela me afirma:
quero que faça em minha boca
o que faria se fosse feito na sua .
Esse caso está com 4 anos de
acompa nhame nto clinico.
452 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

CONCLUSÃO

A técnica de resinas compostas permite uma

gama de resoluções estéticas, desde restaurações

simples até transformações de sorrisos. tendo re-

gras específicas para cada situação clínica.

Este capítulo abordou 16 esquemas de estratifi-

cação anterior possíveis em diversas situações,

enfocando também detalhes técnicos de mani-

pulação, acabamento e polimento. ajuste oclusal,

indicação e proservação.

Tópicos apontando formas alternativas de sim-

plificação da técnica tradicional, assim como

tópicos críticos discutidos cientificamente tam-

bém foram abordados.



Capítulo 3 : Restaurações estéticas e t ransf ormaçoes anteriores 453

Clareamento dental

Restauração Recontorno cosmético

~~
Classe Ili Classe V Classe IV Sem escurecimento dental
~ '-
Com escurecimento dental

esquema 16
esquema 4

esquema 5 esquema 6
Padrão
Escurecimento severo Escurecimento suave
esquema 3

Técnica mão livre Técnica guia de silicone


esquema 2 Reconstrução incisai
esquema 14
esquema 1

Hipoplasias
Situação 1: Situação 3: Fechamento de diastemas
esquema 13
vestibular vestibular comprometida:
preservada cavidade extensa
esquema 7 esquema 8
Transformação dental

esquema 11 esquema 12

Situação 2: Fechamento de Fechamento de


diastemas generalizado Pré-molar em canino
vestibular comprometida: diastemas localizados Canino em lateral
cavidade pequena
Laterais conoides

esquema 9 esquema 10

Pequenos Grandes
aumentos de lateral aumentos de lateral
454
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

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. stéttca uma nova visão sobre TIPS
Shortcuts em odonto 1og,a e .
458

/?.:;(e / - Como e por que fazer

~/
Quando utilizar resinas compostas diretas?

o avanço real da Odont ologia adesiva. junto com os compósitos.


RESPOSTA tem permitido o uso cada vez maior de resinas diretas como res-

taurações de dentes posteriores de uma forma bastante segura e


» Cavidades com caixas proximais reduzidas.
predizível1 . Para que esta prática seja segura e duradoura. deve ser
\i < ,, Términos cervicais visíveis e de fácil acesso.
indicada de forma correta e respeitada com critério em todos os
,, Cavidades sem perdas de cúspides.
,, Restaurações de amálgama com
seus passos. uma vez que é tecnicamente muito sensível e qual-
enfraquecimento de estrutura. quer descuido nos detalhes pode ter. como resultado, insucessos

futuros 2. A causa mais comum de insucessos no uso de resinas

compostas posteriores é a presença de cáries secundárias e fratu-


3
ras de restaurações .4.

As restaurações diretas em dentes posteriores podem ser mais

bem indicadas quando existem caixas oclusais e oclusoproximais

não muito extensas. sem perda de cúspides e com términos (pa-

redes) cervicais não muito baixos. Situações em que ocorre perda

maior de estrutura com comprometimento de cúspides. caixas

proximais amplas e términos muito cervicais com difícil acesso


Capítulo 4 : Restaurações est e, t'rcas e escultura posterior 4 59

podem ser mais bem finalizadas com restaurações

indiretas laboratoriais ou cerâmicass(Figs. 4.1 a 4.3).

Situações clínicas com presença de restaurações

amplas de amálgama do tipo MOO são candidatas

à troca por resinas, mesmo não apresentando pro-

blemas clínicos6 . O ponto frágil da manutenção de 4 .1 a 4 .3 : Caso bem indicado para restauração direta de resina composta.

algumas restaurações não adesivas está relaciona-

do ao enfraquecimento da estrutura dentária, e não


4 .4 : Fratura completa da
7
especificamente ao fato de não serem estéticas . cúspide pela biomecânica
das restaurações metálicas,
sobrecarrega nd o as estruturas
dentárias.
As fraturas (Fig. 4.4) ou mesmo trincas (Fig, 4.5) de-

vem ser evitadas e este parece ser um dos desafios


restauradores: a previsão de falhas graves. Parece.

portanto. que se deve prever e apontar a troca de

algumas restaurações previamente ao aconteci-


7
mento destas trincas e/ou fraturas . Fica claro que

grande parte do volume da clínica diária está rela- 4.5: Trin ca - Fratura incompleta
da cúspide distoliJ,gual ,
cionada a soluções de problemas de resistência da que gerava sensibilidade à
mastigação e ao frio.
estrutura dentáriaª. O tratame nto será o
recobrimento desta cúspide
e urna restauração i.ndireta ,
Uma análise crítica da função mastigatória. grau dimjnu indo a flexão cuspídea
por meio da redu ção da altura
de enfraquecimento dentário. da vitalidade pulpar. da cúspide .

das parafunções e dos hábitos deve ser conside-


rada. estando o profissional obrigado a intervir em

prováveis problemas, antes que estes aconteçam.


Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
460

4.6: Fra tura na base da cúsp ide de dente vitalizado


As fraturas ou trincas ocorrem mais comumente ex ig indo tratamento endod ôntico seguido de
restauração indire ta com reco brim ento de cúspide.
em cúspides linguais de molares inferiores (tam-

bém em superiores 7), devido ao enfraquecimen-

to gerado pelo desgaste cavitário (aumentando

a altura da cúspide), somado ao efeito de cunha

proporc ionado pelo amálgama dentário, podendo


4.7 a 4.9: Trinca na c úspide distolingual do molar
o paciente apresentar sensibi lidade exacerbada ao inferi or. Para redu zir a movimentação cus pídea,
faz - se uma redu ção e o recobrimento da mesma.
frio e ao calor, à mastigação , à movimentação da
9

língua e, em algumas situações, ao surgimento de

tri99er points (pontos de gatilho), levando, muitas


vezes, ao tratamento endodôntico (Fig. 4.6). Casos

de fraturas totais podem levar a procedimentos ci-

rúrgicos ou mesmo à exodontia 10.

A solução destes casos envolve sempre procedi-

mentos restauradores adesivos visando ao aumen-

to da resistência dental, evitando a propagação da

trinca e estabilizando o quadro sintomático pela

não movimentação de fluidos dentinários pela

mesma (Figs. 4.7 a 4.9) 11 .


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 461

7~
Quais resinas compostas utilizar em dentes posteriores?

Como visto no Capítulo 2, na classificação de resinas compos -

tas, as resinas mais indicadas para restaurações posteriore s são

as híbridas modernas (micro-híbridas), seguindo a tendência

atual na Dentística restauradora. que é a introduçã o. no mer-

cado odontológ ico. de resinas híbridas com tamanho médio

predomin ante de partículas de carga menores, em torno de 0.4

a 0,6 µm. ou mais atualmen te, também as resinas nanopart icu-

ladas (Figs. 4.10 a 4.17).

Estas classes de resinas mantêm a resistência mecânica adicio-

nando a vantagem de melhor polimento e manutenção da super-

fície. Um dos problemas mais comuns das resinas híbridas iniciais

usadas em dentes posteriore s foi a pigmentação em excesso ou a

perda do polimento superficial. Ainda que mecanicamente apre-

sentem características favoráveis e est a perda de polimento (Figs.

4.18 a 4.30) não comprom eta clinicamente a restauração, as novas

resinas compostas híbridas ou micro-híbridas podem ser alternati-


1
vas atualmente mais interessantes (4.31 a 4.36).
462 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

4 .10 a 4 .17 : Sequência


cUnica realizada com resina
micro - híbrida Empress Direct
(Ivoclar Vivadent).
Capítulo 4 : Restauraç ões estéticas e escultura posterior 463

4.18 : Marcação dos co ntatos iniciais que devem ser buscados ao final da
restauração .

4 .19: Re tauração inicia l da caixa proximal com resinajlow na primeira


camada, associada a uma híbrida para re tauração (como erá visto em
Cla se li). Os sistemas adesivo são usados em base ou forramento.

4.20: Finalização da caixa proxima l e remoção da matriz proximal.

4.21 : Primeira camada de resina dentina A3 (Tetric Ceram / lvoclar


Vivadent).

4.22: Segunda camada de res ina esmalte cromático A2 (Tetric Ceram /


lvoclar Vivadent) a sociado a cora ntes Tetric Colors (lvoclar Vivadent).

4 .23: Aplicação da última camada de esmalte acromático T (Tetric Ceram/


lvoclar Vivadent).

4.24: Checagem oclusaJ.

4.25: Caso fin alizado.

4 .26: Caso clínico depois de um ano de acompanha mento.

4 .27: Caso clinico depois de 10 anos de acompanh amento. Note a perda de


polimento , porém com função clínica adequada.

4 .28: Caso clínico depois de 13 anos : a interface encontra-s e perfeita.

4 .29: Caso clinico depois de 15 anos . Leve desgaste da superfície oclusal.


A dentição natural sobre cerca de 11 micrômetr os de desgaste anual, o que
quer dizer que em 18 anos o dente natural também sofreu 190 micrometros

de desgaste.

4 .30: Radiograba 15 anos depois mostrando selamente da interface e

longevidad e.
Shortcuts em odon tologia estética: uma nova visão sobre TIPS
464

4 .31 e 4 .32: Ante e depoi


de re tawação Clas e II
concluída em Renamel Hybrid
(Cosmedent).

4 .33: companhamento clinico


de 11 anos.

4 .34: Acompanhamento clínico


de 15 anos.

4 .35 : Acompanhamento clinico


de 18 anos. ote que a resina
sofre os esforços mecânicos tanto
quanto o dente natural (observar
a cúspide rnesiopalatina) .

4 .36 : Radiog rafia de 18 anos


mostrando qualidade de
interface e selamento.
ap1tulo 4 : Re taurações estéticas e escultura posterior 465

Não se cogita. em momento algum, o uso de resi-


nas micropart1culadas convencionais (em torno de
50 a 55% de carga por peso) em técnicas de res-
taurações posteriores

A experiência clínica com resinas híbridas conden-


sáveis não foi bem -sucedida. uma vez que a super-
fície tornava-se rugosa e a interface comumente
apresentava falhas de adaptação marginal devido à
dificuldade de molhamento (contato) da resina na

cavidade 11 (Figs 4.37 a 4.39).

4.37 a 4.39: Falhas de adaptação


causada pela dificuldade
de inserção das resinas
condensáveis ou mai densas.
Posleriormente, as empresas
pas aram a indicar o uso de
uma resina flow previamenle às
resinas condensáveis para cobrir
csla falha.
466 Shortcut s em odontolog ia estética·· uma nova visão sobre TIPS

73
O que devemos saber sobre contração de polimerização?

Desde a sua introdução. na década de 1960. as resinas compo


s-
tas vêm sendo o objeto de inúmeras pesquisas que visam ao
seu
aprimoramento. Os recentes avanços dos materiais restaurado-
res e a evolução dos sistemas adesivos popularizaram o uso
das
resinas compostas. Apesar de serem cada vez mais utilizadas.
as
resinas compostas ainda possuem características indesejáveis
que
prejudicam o seu desempenho clínico. Entre estas. a contra
ção
de polimerização destaca-se por estar diretamente relacionada
à
adaptação e ao selamento marginal. Uma vez que o sucesso
clíni-
co das nossas restaurações pode ser resumido e obtido pelo
con-
trole da contração de polimerização e pelo estabelecimento
da
adesão . procedimentos clínicos que produzam resultados duráve
is
e satisfatórios devem ser desenvolvidos B.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura poster ior 467

VOLUME DE CONTRAÇÃO VERSUS TENSÃO de contração é mais relevante do que o volume de

DE CONTRAÇÃO contração, uma vez que a tensão pode ser contro-

lada, e o volume percentual de contração da massa

Volume de contração é inerente ao material polimérico a ser trabalhado,

podendo apenas ser compensado.

A contração de polimerização é uma característica

inerente aos materiais resinosos. Durante a polime- Quando inserimos uma resina composta em uma

ri zação das resinas compostas, ocorre a aproxima- cavidade, ela se liga às paredes do preparo atra-

ção e a união de suas moléculas, transformando os vés do sistema adesivo, e durante a sua fotopoli -
11 _ _ _., _

monômeros em cadeias poliméricas, substituindo merização se estabelece uma competição entre

espaços de van der Walls por ligações covalentes, o • a força de contração e a resistência de união à

que, na prática, representa a diminuição do volume


. estrutura dentária 20 . Se a tensão de contração (em

da resina composta 14·15. A quantidade de material média entre 13 e 17 Mpa), de acordo com a lite-
• ratura21, for maior que a força de união entre a
que se contrai quando este passa do estado gel
Desenho 4.1: Contração

para o estado sólido define a contração de polime- volumétrica em direção resina e o sistema adesivo, a interface pode se
ao centro da massa (na
romper dando origem a uma fenda, que predi s-
rização. As resinas compostas contraem entre 1,5 realidade um ponto
levemente superior ao
põe à infi ltração marginal e, consequentemente, à
a 5% do seu volume 16·17. Este volume de contração centro).
descoloração marginal, sensibilidade pós-operató-
é inerente ao material e imutável (Desenho 4.1).
ria e recidiva de cáries, diminuindo a longevidade
Novos materiais com composições monoméricas
da restauração 14·21 . Quando a união entre a resina
distintas hoje podem oferecer menor volume de
1 composta e o dente resiste às forças de contra-
contração, como observado -por alguns trabalhos ª.
ção, outros inconvenientes podem ocorrer, como

a fratura da resina composta, a fratura da estrutu -


Tensão de Contração
ra dentária e a deformação cuspídea 2w_ Um fator

primordial, portanto, é o controle desta tensão de


A tensão de contração possui um papel fundamen-
contração (Fig. 4.40).
tal na adaptação marginal 19. Clinicamente, a tensão
Shortcuts em odontologia estética. uma nova visão sobre TIPS
468

4 .40 : Imagem de Micro CT de uma


resina polimerizada dentro de um
ca idade Classe J. Observe a abertura
de gaps na parede pu lpar, devido à
con tração de polimerização.

4 .41 e 4 .4 2: Imagem de licro CT de


uma resina polimerizada dentro de
um cavidade Classe I sem adesivo.
Supe rfície esverdeada mostra a
contração pós - polimerização.
Tendência a contração a um ponto
central da resina , levemente para
oclusa l abrindo gaps em interface.

4 .43 e 4 .44 : Imagem de ~icro CT de


uma resina polimerizada dentro de
um cavidade Clas e I com adesivo.
Superfície esverdeada mostra a
contração pó - polimerização.
Tendênc ia a se lamento da interface
se o procedimentos adesivos fo ram
realizados corre tame nte.
Capítulo 4 : Restaurações estét icas e escultura posterior 469

Vetores da Contração da intensidade de luz quando esta passava pelas

cunhas e matrizes ou pelo esmalte. As resinas com -

At é recentement e, acreditava-se que as resinas postas não se contraem em direção à luz, desde que

compostas contraíam em direção à luz e, assim, se consiga o estabelecimento efetivo e adequado

muitas técnicas clínicas como a polimerização atra- da adesão: elas se contraem em direção às paredes

vés do esmalte e materiais como cunhas reflexivas a que estão aderidas 25 (Desenho 4.2). Se estas não
Desenho 4.2: Contração em
e matrizes transparentes foram propostos basea- di.reçào às paredes ade ridas . fossem submetidas a um procedimento adesivo, a

dos nesta afirmação 24 . Os bons resu ltados obtidos resina teria tendência à contração levemente em

com estas técnicas ocorriam devido à dim in uição direção ao centro da massa26 . (Fig. 4.41 a 4.44)
470
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Muitas tentativas para di m inuir a t ensão de con- deformação elásti ca e do se u escoam ento para as

tração de pol imerização das res in as co mpost as superfícies livres, re laxando as tensões da contra-

foram propostas através do contro le de seus ção e possibilitando melh or união adesiva 33·34 .

componentes, como a quantidade e o t ipo de

matriz resi nosa, a quantidade de carga, o modo

de polimerização, a adição de part ícul as não ade- Área de Superfícies Aderidas


Fator e= - -- - - - - - - -
ridas, entre out ros 27-31. Poré m. devemos fo car Área de Superfícies Livres

nossa atenção aond e podemos intervir, ou seja,

nas maneiras de controlar os ef eitos da cont ra-

ção de polimerização at ravés do aperfeiçoamento Levando em consideração o fator C o escoamento


da técnica clínica. dentre estes : control e do fat or das resinas compostas é muito limitado em cavi-
C através da técn ica incremental. uso de resinas dades de Classes I e V. que possuem fator C = 5,
co m baixo módulo de elasti cidade, utilização de ou seja, cinco paredes aderidas (vestibular, lingual.
insertos e modulação da fot opolimerização. Para mesial. distal e pulpar) e apenas uma parede livre
isto, alguns prin cípi os devem se r entendidos 32 . (oclusal). Em cavidades de Classe IV, o fator C é mais

favorável. C = 0.2/0.5. Em cavidades de Classes li e


Fator e Ili. o fator C fica entre 1,0/2.035.3 6 . A partir destes

estudos, foram desenvolvidas várias técnicas que


o fator C foi descrito como sendo a razão entre objetivam o controle do fator e e dos efeitos da
a área de superfícies aderidas e a área de super- contração de polimerização 3738 (Figs. 4.45 a 4.47).
fícies livres, determinando, assim, a relação entre

a forma do preparo cavitário e a capacidade de Situações clínicas de superfícies livres como face-
alívio das tensões provenientes da contração de tas e recontorno cosmético são extremamente fa-
polimerização. Este alívio depende da capacida- voráveis para a manipulação de resinas em maiores
de de escoamento dos materiais. ou seja, da sua volumes devido ao baixo fator e apresentado.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 471

4 .45: Micro CT de resina


composta após polimerização
em dente natural. Superfície
esverdeada mo tra a contração
pós- polimerização. Uma
superíície livre pass ível de
deformação restaurações de
cavidade l se 1.

4 .46 e 4 .47 · Micro CT de resina


compo'>ta apó~ polimerização
em dente natural. SuperfJcie
prateada mostra a con tração
pós - polimerização . Três
supcrhcicl> livrel> p ssíve il>
de deformação em cavidade
Classe li
472
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Técnica de Inserção Incremental


de contração transmitida à interface adesiva 38 . Ma-

teriais que possuem menores módulos de elastici-


As técnicas de inserção incremental sugerem o
dade são mais flexíveis e permitem sua deforma-
uso de pequenos incrementas de resina compos-
ção durante a contração de polimerização. Dessa
ta, de aproximadamente 2 mm 39, polimerizados
maneira, diminuem os seus efeitos, preservando a
individualmente para reduzir, desta maneira, o
interface adesiva (Desenho 4.3)36 .
fator C: a união de cada incremento restringe-se

a poucas paredes, proporcionando mais áreas de


O uso de resinas com baixo módulo de elastici-
superfícies livres para o escoamento e alívio das
dade (resinas fluidas) permite o estabelecimento
tensões, e também há menor quantidade de ma- Desenho 4.3: Deformação
de resinas de baixo módulo de uma camada elástica que diminui as tensões
terial para sofrer contração. Por exemplo, em uma de elasticidade durante a
contração, gerando menos
geradas pela tensão de contração, atuando como
Classe L o fator C = 5 permite pouco escoamento tensão na interface adesiva
amortecedor e resultando, ainda, em melhor
das paredes da cavidade.
do material; por outro lado. se for restaurada em
adaptação marginal. Seu baixo módulo de elastici-
incrementas, o fator C diminui para aproximada-
dade (baixa rigidez) propicia à restauração a flexi-
mente 1 para cada incremento, pois este só irá se
Observe a espessura bilidade necessária para compensar e acompanhar
aderir a poucas paredes. havendo uma área muito de2mmemuma
a contração de polimerização e, como resultado
maior de superfícies livres para o alívio das ten- régua milimetrada.
Perceba que são in- disso, a interface adesiva permanece intacta, e
sões da contração 38·4 º·41 (Figs. 4.48 a 4.58). crementos pequenos
a integridade marginal é preservada42 (Fig. 4.59).
e delgados, mas não
excessivamente ftnos . Com o mesmo intuito, podem ser utilizados ou-
Uso de Resinas com Baixo Módulo de Elasticidade
tros materiais como as resinas autopolimerizáveis.

que apesar de possuírem contração de polimeri-


A tensão de contração relaciona-se com o módulo Sensibilidade a doces zação muito menor, possuem propriedades me-
de elasticidade, ou seja, quanto maior o módulo de indica inftltração
marginal com possível cânicas inferiores, ou os cimentos de ionômero de
elasticidade (rigidez) dos materiais, maior a tensão evolução para cárie. 35 43 44
vidro - · (Figs. 4.60 a 4.80).
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 473

4.4 8: Caso inicial de sensibilidade


com alimentos doces , indicativo de
infiltração marginal .

4 .49 : Remoção da cárie residual com uso


de corantes (Caries Detector/ Kuraray
Co.) .

4 .50 : Aplicação do primer condicionado r


do sistema ade ivo Adhese (lvoclar
Vivadent) .

4.51 e 4 .52 : Aplicação do passo 2 (ade ivo


hidrófobo) do sistema adesi o Aclhese
(lvoclar Vivadent).

4 .53 a 4 .58 : Estratificação por


camadas, diminuindo a tensão de
co ntração através da conve rsão do
fa tor C e diminuição do volume de cada
incremento.

4 .59 : Micro CT de uma resina flow


(Perm aflo / Ult radent) em urna
cavidade Classe I demonstrand o
maior deformação (e m oclusal) após
a polimerização. Su pe rfície prateada
mostra a contração pós- polimerização .
474 Shortcuts em odon ologia esté ica: uma no ·a \.~são sobre TIPS
Ca pít ulo 4 : Restaura ções estéticas e escul t ura posterio r 4 75

4 .60 : Caso inicial de cá rie oculta após o tratament o ortodônLi


co.

4 .61 : Cá rie re movida.

4 .6 2: Na época da res tauração, os co nce itos de pro teção adesiva


es tavam

ainda sendo ace itos. Po r se r um caso a ntigo, fez - se uso de proteção


conve ncio na l com hidróxido de cálcio. Atualmente, a abordage m
de prefe rência seri a utilizar adesivos de dois passos com primer
de
autoco ndicio na nte direta mente sobre a dentina e estratihcação pura
res inas compostas.

4 .63 : Sob re o h.id róxido de cálcio, fo i apl icado um ionômero


de vidro

quin1icam ente ativado (materiais co m baixo módulo de elas ti cidade).

4 .64 e 4 .65: Co nd icionamen to ác ido e aplicação do siste ma


adesivo.

4 .66 e 4 .67: Aplicação da primeira ca mada de resina de ntina


A3.

4 .68 e 4 .69: Aplicação da segunda ca mada de resina esmalte


cromático Al .

4 .70: Corante aplicados.

4 . 71 a 4 .74 : Aplicação da cam ada de es mal te acromátic o levemente


es branquiça do, cúspide a cúspide.

4 .75 e 4 .76 : Selamento do sulco pri.ncipal com selante de supe


rfície com

ca rga ; realiza- se a fo topolime rização em seguida.

4 .77: Aplicação de gel para a fotopo limerização final .

4 .78 : Restauração finalizada.

4.79 : Ajuste direcionad o para os pontos de lóbulos principais .

4 .80: Caso depois o ajuste fin al (siste ma restaurado r Point 4


- Kerr) .
476
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Os materiais restauradores são constantemente


as resinas híbridas se contraem em média de 1,5 a
aprimorados e as várias opções levam à criação de
35%, 47 diferença compensada pela resiliência das re-
vários protocolos. Assim sendo, o uso de meca-
sinas fluidas. Tão importante quanto a contração de
nismos compensatórios. como as resinas de baixa
polimerização é o módulo de elasticidade das resinas
viscosidade, é proposto com o objetivo de favore-
compostas: quanto menor o módulo de elasticidade,
cer a adesão e reduzir a possibilidade de ocorrên-
maior a capacidade de o material de se deformar de
cia de falhas marginais.
maneira elástica, definindo também sua rigidez. O
módulo de elasticidade das resinas fluidas tem valores
As resinas fluidas apresentam várias característi-
médios entre 1 e 5 GPa enquanto as resinas híbridas
cas interessantes e, ao contrário do que se pensa,
possuem valores médios de 10.5 GPa48 .
possuem o mesmo tamanho das partículas, mas a • Resina flow

quantidade de carga inorgânica é levemente redu-


Um sistema adesivo adequado deve superar a ten-
zida, mantendo uma porcentagem semelhante à
são de contração gerada durante a polimerização
das resinas híbridas, em média de 60 a 70% por
das resinas compostas. Maiores forças de adesão
peso. É esta redução que confere à resina fluida a
Desenho 4.4: Uso de resina
são normalmente propostas como a solução para
sua baixa viscosidade 45 _ flow em irregularidades da
cavidade. os problemas de infiltração marginal nas restaura-
ções de resina composta 49 .
sua consistência e a facilidade de manipulação a
ornam uma opção atraente. As resinas fluidas con-
Os novos sistemas adesivos possuem valores de
-eguem criar uma união estrita com a estrutura den-
adesão mais altos e menor grau de microinfiltra-
ária, pois penetram em defeitos microestruturais das
ção. mas a adaptação marginal total ainda não foi
aredes dos preparas cavitários e. consequentemen-
obtida. Como a contração se desenvolve durante
e. melhoram a resistência adesiva46 (Desenho 4.4).
a fotopolimerização, o rápido estabelecimento de

uma forte adesão através da interface adesiva é


m relação à contração de polimerização. as resinas
desejável, uma vez que as forças de adesão têm
uidas contraem-se em média de 3 a 6%. enquanto
que superar as de contração.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior
477

Mesmo tendo um módulo de elasticidade relativa-


permanece intacta e a integridade marginal é preser-
mente baixo. a camada híbrida não deve ser conside-
vada. pois é mais favorável que a resina se deforme
rada suficiente para absorver as tensões geradas devi- do que a interface dente-restauração falhe 42. O uso
do à sua espessura limitada 50 . O uso de camadas mais de resinas fiuidas tam bém diminui o fator C e. conse-
espessas de adesivo demonstrou ser eficaz na redução quentemente. a tensão interna e a competição entre
das forças de contração (entre 18 e 50%). diminuindo as forças de contração e adesão 42·58 (Figs. 4.81 a 4.88).
a infiltração marginal. Porém. camadas muito espessas
podem levar a um desgast e maior desta região14·15·51.

Embora a literatura demonstre resultados relativa-


mente variáveis52 -55• uma alternativa que pode ser

recomendada é o uso de resinas fiuidas sobre os

adesivos para formar uma parede verdadeiramente

elástica. que atua como um amortecedor de tensões.

aliviando a tensão da contração de polimerização e

resultando. ainda. em adaptação marginal total. Isso

pode ser atribuído à melhor fiuidez destes materiais.

penetrando nas falhas dos preparas cavitários e à


. capac1
ma1or ·dade de deformação elástica. Seu bai-

xo módulo de elasticidade (menor rigidez) propicia

à restauração a fiexibilidade necessária para com-


- de polimerização. permitindo
pensar a contraçao
4 .81 a 4 .83 , Aplicação do sistema adesivo com primer co ndicionador Clearhl SE Bond (Kuraray Co. ).
sua de-Aexão entre a dentina e a resina composta.
·
4.84: Uso de resmas d e baixa
· v1scos1
· ·dade (Tet ric flow A3 /lvoclar Vivadent) , reduzindo a tensão de
· 1s6s1 e a longevi- _ desde que se utiJíze uma pequena quantidade
melhorando o selamento margina contraçao, . de material.

d em maiores forças
dade da restauração. resu Itan o . - do
4.85 a 4.88: Ap 11caçao · compós ito em inc
· re mentos para reduzir o fator C (Sistema Amelogen /

. ·nterface adesiva Ultradent).


de adesão. Como resultado disso. a I
478 Shortcuts em odontologia estética: urna nova visão sobre TI PS

Uso de lnsertos Pré- polimerizados e lnsertos em longas cade ias poliméricas que são est áveis,
62
Cerâmicos fortes e res istentes quimicamente .

A base para a utilização dos insertos pré-polimeriza- A polimerização das resinas compostas pode ser

dos e cerâmicos seri a a poss ibilidade de diminuir a dividida em duas fases : a fase pré-gel, que se ca-

quantidade total de resina composta suj eita à con- racteriza por ser um estado menos viscoso, na qual

t ração, além de m elhorar a obtenção do ponto de a alteração volumétrica pode ser compensada pelo

contat o e diminuir o desgaste. Apesar de alguns es- escoamento contínuo do material, e a fase pós-gel,

t udos demonstrarem efetividade relativa, esta téc- o estado rígido do material em que não ocorre mais
- para dentes ante-
nica t em custo alto e, por isso, é pouco popular59-61 _ riores, normalmente
o escoamento, sendo a contração acompanhada
pelo baixo fator C pelo au mento do módulo de elasticidade. Essas
enuoluido, utiliza-se
Modulação da Fotopolimerização mais a forma conve n- fases são divididas pelo ponto g, ou seja, o ponto
cional de fotopo!ime- a part ir do qual as resi nas não sofrem mais defor-
rização.
Para entendermos os princípios da modulação da mação2l59_ Portanto, o objetivo de modulação da
- para dentes pos- fotopolimerização é o de prolongar a fase pré-gel,
fotopolim erização, t emos que entender o meca-
teriores, principal-
nismo de polimeri zação das res inas compostas. mente nas camadas protelando o ponto g, dando à resina mais tem-
de união ao dente,
As resinas compostas possuem em sua formulação po para aliviar a tensão induzida pela contração, ao
utiliza-se atualmente
agentes fotossensívei s, normalmente uma alfa di- mais a forma "ramp" mesmo tempo que possibilita um pos icionamento
ou "step".
quetona, que é a canforoquinona. Quando a canfo- da cadeia polimérica em novas direções e reduz as

roquinona é ativada pela luz do fotopo limerizador tensões na interface dente-restauração 63 . Essa mo-

em um comprimento de onda específico entre 450 dulação pode ser obtida reduzindo-se o tempo de

e SOO nm, ela passa para um estado energizado, exposição e a intensidade de luz durante a fotopo li-

vindo a reagir com aminas. que são agentes redu - merização. O uso de altas intensidades de luz limita

tores . Formam, então, radi cais livres que irão poli- o relaxamento da contração, uma vez que permite

merizar a resina composta por meio da conversão uma fase pré-gel pouco evidente devido à polime-

dos monômeros e de pequenas cadeias carbônicas rização muita rápida da resina. Uma polimerização
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 4 79

mais lenta é menos prejudicial à interface adesiva, inicialment e polimerizado através de uma exposição

sem alt erar o grau de conversão da resina e suas rápida de 5 segundos em baixa intensidade, apro-
pro priedades mecânicas 62-69 . ximadamente 300 mW/cm 2. A intensidade mínima

necessária para iniciar a polimerizaç ão de maneira

Técnicas de Fotopolimerização adequada é de 280 mW/cm 2 72 . Essa potência é obti-

da através do afastamento do fotopolimeri zador da


73
Convencional: A resi na é foto polimerizad a por uma restauração, aproximadamente 10 mm . A polimeri-

intensidade constante, normalmente a máxima de zação inicial ativa as moléculas iniciadoras e a resina

cada aparelho, por um período específico, 20 ou 40 composta polimeriza de maneira gradativa. Após a

segundos. É a t écn ica mais conhecida e utilizada. conclusão da restauração , a polimerização é com-
pletada com potência e tempo de exposição maior.

Step: A resina é fotopolimeri zada inicialmente por Assim, além de melhorarmos a adaptação marginal

uma intensidade mais baixa, que, então, é aumen- e reduzirmos os efeitos da contração de polimeri-

tada e se mantém constante até o f inal. zação, ganhamos tempo clínico. Representa uma
técnica bastante polêmica, dada a possibilidade de

subpolimerização da restauração e formação de ca-


Ramp: A luz é aplicada em uma intensidade baixa,
deias poliméricas excessivamente curtas.
que aumenta gradativamente para maior intensidade.

Apesar de todos os dados e fundamentos apresen-


Pulse Delay ou Pulso Tardio: Entre as técnicas que
tados em relação ao controle de potência de poli-
propõem a modulação da fotopolimerização, essa
merização, a efetividade ainda é discutida, como
apresenta, segundo alguns trabalhos, os melho-
visto no gráfico 4.1 e figura 4.89.
res resultados6s.Gno.71_ Cada incremento de resina é
480 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

4.000

3.000
~
o
.X

·=-=
VI
e 2.000
"'cu
~

1.000

0.000
High Mode Low Mode Soft Start Mode Turbo Mode
Group
Error Bars: 95% CI

Griftco 4 .J: Vol u me de con lração (%) comparando dife renLes modos de polime ri zação. Não houve diferença
esta ti t ica entre o modos'• .

4 .89: Reconstruções 30 de uma amostra por grupo. Al- A2: modo alta
potência. Bl - 82: modo baixa potência. Cl -C2: Modo soft start. Dl - D2:
modo turbo. A área esverdeada mostra a contração de polimerização eª
formação de gap interno's.
Capítulo 4 : R staurações e téticas e escultura po terior
481

Qual sequência de camadas utilizar para estratificar restaurações posteriores?


(Restaurações Classe 1)

Observa-se que. em dentes posteriores naturais. a espessura do

esmalte é relativamente superior à existente em anteriores. o que

resulta em comportamento diferente frente ao fenômeno físico

da luz. Referente à técnica de restaurações de cavidades dentárias

com materiais estéticos. parece clara a diferenciação dos aspec-

tos ópticos ao se comparar a forma com a qual reagem os dentes

frente à luz em região anterior e em posterior (Fig. 4.90).

4.90: Corte lateral de um dente


po tcrior: observe a grande
espessura do e malte em
comparaç:\o com um dente
anterior (foto ced ida: TPD Cuido
Paredes/Laboratório Prodenl -
Cascavcl/PR).
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
4 2

A própria incidência da luz (sem a qual não existe o

fenômeno físico da cor) é diferente na região pos-


terior Pode-se deduzir. portanto. que a abordagem
de mimetismo das restaurações necessitará de ca-
racterísticas indiv1dua1s As dimensões de matiz e

croma não são tão fundamentais quanto em res-


taurações anteriores. mas os aspectos relacionados
ao valor. principalmente opacidade e transluci dez.
são fundamentais. O uso de resinas corretas em re-
lação à reflexão da luz tornará a restauração mais
natural. Deveríamos determinar a área de aplicação
de cada tipo de resina composta seguindo carac-

terísticas de comportamento mecânico e óptico.


bem como dosar a espessura destas camadas a fim
Não existe tomada de cor para dentes
de potencializar o resultado estético e colocar em
posteriores. A sequência sempre será:
uso todas as possibilidades oferecidas at ualmente A3,5, A3 ou B3 dentina, A2 esmalte
CTomático e esmalte acromático leve -
pelos compósitos 16.11 (Figs. 4.91 a 4.93).
mente esbranquiçado.

Sabendo-se que dentes posteriores apresentam

espessuras grandes de esmalte e as cavidades em

dentes posteriores convencionais envolvem essen- 4 .91 : Resinas dentina, esmalte cromático e
esmalte acromático (foto: CD. Milko Villaroel).
cialmente esta camada de esmalte perdida (compo-

nente dentinário de forma menos visível), devemos 4.92 e 4.93: Observe a diferença de percepção
de cor em vista oclusaJ e em vista frontal.
utilizar resinas com características de alta translu- A dimensão de opacidade e translucidez é
muito mais relevante numa vista frontal:
cidez visando à transparência e grande quantidade quase não se nota matiz, somente um pouco
mais de saturação.
de carga visando à resistência mecânica.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 483

O corpo dos dentes posteriores apresenta comu-

mente alto grau de saturação ou cromatização. as-

sim como maior opacidade. Entende-se aqui que

as porções mais profundas do corpo deverão ser

feitas com materiais que apresentem saturação

compa tível com esta área, o que corresponde às

resinas A3. A3.5 ou 83. Cores que oferecem mais

vitalida de (como a 83) resultam em restaurações

mais interessantes. As resinas utilizadas para a pri-

meira camada são classificadas como resinas den-


4.94: Caso inicial de troca de restarnaçã o.
tina ou opacos (Figs. 4.94 a 4.106; Desenho 4.5).
4.95 : Contatos oclusais que deverão
ser buscados no final da restauraçã o,
uma vez que é mantida a MIH (máxima
intercuspi dação habitual) .

4.96 a4.99: Isolamento absoluto e


Grampos de isolamento usados são:
remoção da restarnação.
200 para primeiros molares .
201 para segundos molares .
208 para pré molares .
- Furar a borracha sempre no meio do lençol, usando o penúltimo furo do
26 para molares expulsivos.
perfurador.
WBA para molares muito expulsivos.
- Colocar o grampo no dente a ser restaurado ou um dente para posterior,
no caso de cavidades distais sendo restauradas.
- Realizar dois furos no dente do grampo, um furo principal e outro furo
unido, porém menor. Isso evita que o dique rasgue (Fig . 4.99) .

Desenho 4.5: Acabamento das margens de esmalte.


Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
4 84

Sempre fa ça o acabamento das margens da cavidade, evi-


tando a presença de prismas de esmalte sem suporte, que
podem ser fraturados pela contração de polimerização da
resina composta (Desenho 4.5).

Um jateamento realizado com partículas de óxido de


alumínio com aparelhos como o Microetcher (Danville},
usualmente pode ser utilizado como limpeza de superfície
previamente ao condicionamento ácido ainda que este
jateamento não modiftque a resistência de uniãa1 3.i5-131 •

Existem espátulas mja ponta ativa apresenta 2,5 mm o


que serve de referência para as próximas duas camadas.
Um exemplo é o brunidor 26 -30 (Cosmedent} ou mesmo o
27-29 (Hu -Fried_y) . Coloca -se a ponta ativa na margem da
restauração: deve -se observar o espaço da ponta ativa da
camada de dentina até a margem.

4.100: Jateamento co m óxido de alumínio. Note que as margens devem ser aca badas com
pontas cliarna.ntadas douradas em um contra- ângulo multiplicador. Não chega a ser um
biselame.nto.

A camada inter me a·1ana


· · pode ser feita com brunidores
4.101 a 4.104: Co ndjc ionarn ento ácido total. O sistema adesivo utilizado posteriormente foi O
Single Bond 2 (3M ESPE). menores, como O Ml da Cosmedent e executada de uma só
vez, deixando se1npre um degrau de aprox11nadamente
. 1,2
4.105 e 4.106: Aplicação da primeira camada de resina dentina (A3 dentin /Filtek Supreme/JM mm ao redor de toda a margem para acomodar as ultimas
, ·
ESPE). Após essa camada, deve-se deixa r um espaço de 2,5 mm para as próximas duas
camadas.
camadas de resina. Este bnmidor possui uma ponta ativa de
l ,l mm que serve como referência, ou seja, deve -se deixar o
O vfdeo da aplicação da primeira camada está no site: ww w.shortculs boo k.co m. espaço da ponta ativa deste brunidor da camada de esmalte
cromático A2 até a margem.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 485

A segunda camada corresponderá a cromas re-

ferentes à própria cor do dente como cor base

A 2 ou A3 (na maioria das situações A2). Por se

situarem em regiões mais superficiais, corres-

ponderão à necessidade de camada de esmalte


4.107: Aplicação da segunda camada de esmalte cromático A2 (Filtek Supreme / 3M ESPE). O
cromático, consequentemente, de resinas que
vídeo da aplicação da segunda camada pode ser visto no site:
permitam a transmissão mais apropriada da luz www.shon cuts - book.com .

e de forma mais semelhante ao esmalte dentá- 4.108: Segunda camada finalizada com a delimitação de perúnetros de cúspide. A sonda
exploradora toca na primeira camada de dentina, separando completamente as cúspides,
rio (Fig. 4 .107). evitando a tensão de contração.

Mais importante do que a inclinação de verten-


As vantagens de se
tes nesse momento, é a delimitação do perímetro realizar a segunda
das cúspides que servirá como referência para as camada de uma só
vez são: Corantes podem ser utilizados no momento ade-
camadas finais, e pode ser feita com uma sonda 1 - tempo operatório
menor; quado. com grande sucesso. Esse momento seria
clínica comum número 5, sabendo-se que cada
2 - diminuição da
durante o processo restaurador. antes das cama-
dente possui uma delimitação particular corres- possibilidade de
erros de escultu- das finais. Sabendo-se que essas camadas finais
pondente aos sulcos principais.
ra, uma vez que
são de resinas esmalte acromático. estes coran-
podemos corrigir o
formato de todas as tes transparecerão com sutileza. Algumas cores,
Ao mesmo tempo que a sonda clínica delimita
cúspides ao mesmo
como o ocre, o marrom-escuro, o marrom-claro e
o perímetro das cúspides. também as vai sepa- tempo; quando se
realizam poli- o mel são comumente usadas em dentes poste-
rando, evitando a maior concentração de tensões merizações desta
riores. principalmente em regiões de sulco. Outra
da contração gerada pelo volume total de resina. camada cúspide a
cúspide, é comum cor utilizada em cristas e vertentes é o branco.
É como se tivesse sido realizado cúspide a cús- que ocorram erros
Marcas comerciais de bons corantes internos são
em uma ou outra
pide. uma vez que a ponta da sonda clínica no
cúspide, gerando as séries Empress Colors (lvoclar Vivadent) e l<olor
momento da delimitação toca a primeira camada. um erro total da
+ Plus (l<err) (Figs. 4.109 a 4.111).
escultura.
separando as cúspides (Fig. 4.108).
4
Shortcuts em odontología estética: uma
nova visão sobre TIPS

Percebe-se que determinadas regi


ões dos den-
Cx:istem três regras para os corantes: tes posteriores possuem transluc
idez exagera-
nunca os use próximo à margem da da. como vértices e pontas de
restauração; cúsp ides. bem
2 nunca os use em sulcos secundários; como as cristas marginais e transver
sas . Por ve-
3 - nunca os use aglutinado em
formato de zes. esta translucidez estará acom
gota , sempre espalhados. panhada por
aspectos esbranquiçados ou acin
zentados (to-
nalidades que apresentam as regi
ões oclusais e
incisais). Algumas resinas apresen
tam-se num
grau de transparência esbranquiça
da; outras. um
Corantes marrom-claros ou médios costu aspecto transparente acinzentado
mam ou apenas
manchar as restaurações. Utilize, se for
o
caso , marrom-escuro (Tetric Color dark transparente neutro. Essas resinas
bro - serão utiliza-
wn/lvoclar Vivadent e Kolor Plus brown/Ke das na últim a camada. representan
rr) . do as resinas
esmalte acromático. finalizando a
estratificação
de dentes posteriores (Desenho 4.6)
.
4 .109: Corante brancos são utiliz
ados
em uma ou duas cúspides, aume ntand
o
a lumin osidade. Eles não servem para Inicia-se a últim a camada pela cúsp
imita r manc has (Tetric Color White / Os corantes possuem duas funções : ide mesio-
lvoclar
Vivadent) . 1 - dar cor e saturação; vestibular. adaptando-se uma boli
nha de resina
2 - evidenciar a delimitação de perímetro
4 .llO: Corantes ocres ou laranjas no ângulo cavossuperficial. de
servem para realizada na segunda camada. maneira que a
aume ntar a saturação central, devendo
ser margem fique bem adaptada e.
espalhados além do suJco principal (Tetri
c com a mesma
Color Ochrc/lvoclar Vivadent).
sonda clínica número 5. faz-se
a escultura da
4.lll : Corantes marrons podem ser usado
s, restauração. reproduzindo caracter
mas nem semp re são necessários. Deve
ísticas ana-
m ser
usados nos ponto s mais profundos, em tômicas naturais. levando a resin
um a da margem
ou dois ponto s centr ais do suJco princ
ipal. Corantes relacionam-se muito mais com
as em direção ao cen tro (e não o
Servem para caracterizar (Tetric Color
dark contrário). até
brow n/lvo clar Vivadent). Observe como sensações do que com a visualização prop
ria- exa tam ente a deli mita ção feita
os coran tes evide nciam o desen ho do
suJco
mente dita. Deve -se treinar a percepção
des - na camada in-
principal ou a delimitação de perím etro
das
tas sensações, como o treinamento da audiç termediária e evidenciada pelo uso
ão dos corantes
cúspides. aos refinamentos e nuances da musicalid
ade. (Desenhos 4.7 a 4.18).
Capítulo 4 : Restaur ações estética s e escultur a posterio r
487

Desenho 4 . 9: Esses contatos


Desenho 4.7: Manipu lação Desenho 4 .8 : A manipula ção incorreta acaba por
Desenho 4.6: Camada s de estratific ação acabam precisando de
convenc ional incorreta da resina clirecionar os contatos que deveriam ser pontos para
em dente po teriores . desgastes para ajuste,
compost a do centro em direção à superfícies de contato em áreas laterais às cúspides.
exata.mente em uma área
margem , da mesma for ma que era
onde os mesmos deveriam
realizada a manipulação de amálgama
ser evitados (margem
com espátula s como HoUemback no 7.
cavitiria) . esse moment o, a
restauração parece estar com
excesso de resina pelo ajuste
realizado, quando na verdade
houve falta de resina em
algumas áreas, acarretan do
necessidade de desgaste
incorreto da resina. Os sulcos
principais mostram -se, nessa
manipula ção, largos e sem
defmição .

Como regra geral, 90 % dos


Des enho 4 .10: Manipulação correta da resina de
dentes posteriores apre-
última camada.
sentam esmalte acromático
levemente esbranquiçado
e 10% esmalte acromático
neutro. Essas são as dicas
para esta camada .
488 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Desenhos 4 .11 a 4 .14: Adapta - se com um brunidor na margem e manipula-se a resina em direção
ao centro de e cultura, batendo sob re a bolinha, levando até a delimitação evidenciada pelo Desenhos 4 .15 e 4 .16: Após a polimerização
corante. da primeira cúspide, as próximas são feitas da
mesma forma .

A última camada deve ser realizada cús-


pide a cúspide, fotopolimerizando uma a
uma. Isso auxilia o processo de domínio
da escultura ftnal.

.... -
-'f')'
Desenhos 4 .17 e 4.18: Dessa fo rma • O volume da resina fica .direcionado
. para o centro
. de
.
Manipule gel de glicerina em gel de
escu ltura (área correta d os pon tos de contato ' como será visto adiante) . O sulco pnnc1pal
carbopol a 20% ou 25% para a fotopoli-
surge do quase encon t ro d e cada cúspide manipulada corretamente.
merização ftnal.
Capítulo 4 : Restauraçõ es estéticas e escultura posterior
489

Maior volume de resina deve ser deixado em lo-

cais estratég icos de contato com o dente anta-

gonista, a fim de não prejudicar a escu ltura no

moment o dos ajustes oclusais . Os sulcos secun -

dários são executad os um para cada vertente da

cúspide e direcionados um para cada sulco prin-


cipal, existindo basicam ente para liberar o con -

tato do lóbulo principal nos movimen tos excursi-

vos (Desenho 4.19; Figs . 4.112 a 4.119).

4.112 a 4.114: Manipulação correta da camada de esma lte acromático,


levemente esbranquiçado, o mais utilizado na maioria das vezes (Filtek
Supreme WE/ 3M ESPE). No primeirn molar superior, inicia - se pela
cúspide mesiovestibular.

4.115: Segunda cúspide sendo realizada (cúspide mesiopalatina ).

4.116: Te rceira cúspide (distovestibular).

4.117: Quarta cúspide (distopalatina).

4.118: os pontos mais profundos podem ser selados com selante


de superfície ou adesivo puro sem primer (monômero hidrófobo) .
Visualmente, parece estar bastante profundo, mas clinicamente está
se lado, como em um selamento de fóssulas e fissuras.

Desenho 4.19: Posição dos sulcos


4.119: Fotopolimerização final da restauração . Nesse momento,
secundários ao redor do contato oclusal.
utiliza-se uma camada de gel de glicerina para evitar o contato
do oxigênio (inibidor de polimerização) com a última camada de
resina' s. Ainda existe discussão sobre a efetividade desse passo, mas
uma vez que se espera que tenhamos uma quantidade pequena de
acabamento , fotopolimerização mais efetiva da superfície sempre será
interessante ' 29 • O vídeo da confecção da última camada pode ser visto
no site: www .shortcul - book.com.
490 Shortcuts em odontologia estética. uma nova visa- 0 b
so re TiPs

75
Como realizar o acabamento e polimento em restaurações posteriores?

o acabamento de dentes posteriores deve evitar ao máximo a

concentração de tensões e o aquecimento gerado na interface


da restauração. Os fundamentos discutidos neste capítulo relacio-

nados à anatomia dos dentes posteriores buscam fundamental-

mente a diminuição do ajuste grosseiro eo direcionamento dos

contatos oclusais (Fig. 4.120).

Assim, os contatos prematuros da restauração executada podem

ser ajustados minimamente com o uso de pontas multilaminadas

com 12 lâminas com formato de ovo (egg form) do tipo H 379


(l<omet). Essas pontas, utilizadas com cu idado em baixa rotação

em um contra-ângulo multiplicador 4 a 5 X (T2 Sirona), não produ-

zirão tensão e aquecimento. uma vez que a multilaminada corta (e

não tritura. como as diamantadas) (Fig. 4.121).

Borrachas para acabamento e polimento não se encaixam bem

para a anatomia de dentes posteriores. manchando os sulcos.

O uso de pastas diamantadas (pastas para o polimento de cerâmi-

cas) mescladas com óleo natural (Johnson &. Johnson; NujoO. tor-

nando-as mais fluidas. pode ser mais interessante. Uma vez que
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 491

a pasta diamantada é mais grossa. co m partículas

mais duras. agirão como uma forma de acabamen-

to de superfície. mas lembre-se de que não como

polimento (Fig. 4.122).

O polimento final pode ser realizado com escovas

específicas para brilho de superfície. como Astro-

brush (lvoclar Vivadent) e Jiffy brush (Ultradent). Es-

sas escovas liberam abrasivos finos (carbeto de silí-

cio) à medida que se desgastam . Devem ser feitos

moviment os laterais rápidos e suaves, pois o ex-

cesso de pressão pode gerar desgaste de superfície

(Figs. 4.123 a 4.125). Outra opção excelente são as

pontas EVE DIACOMP PLUS (EVE) para acabamen-

to e pré-polim ento (Rosa) e alto brilho (Branca). 4 .UO : Conta tos oclusais clirecionados. A altura não se encon tra perfeita, porém os contatos
estão bem localizados. Esse é o ponto mais alto; ao redor destes, a escultura encontra-se
abaixo, o que não ex.igirá desgastes excessivos.

Outro caso clínico pode ser visto a seguir (Figs.


4.121: Uso de ponta multi laminada (H 379/ Komet) em contra-ângulo multiplicador 4x (T2

4.126 a 4.159). Sirona).

4 .U2 : Pastas diamantadas (Crystar Paste/Kota) mescladas com óleo mineral (Johnson &
Johnson) em uma escova de Robinson macia .

4.123: Astrobrush (Ivoclar Vivadent) .

4.124: Caso finalizado .


As escovas de carbeto de silício, quando novas, possuem
uma capa ao redor das cerdas que impede o contato .do car- 4 .125: Caso clínico com acompanhame nto de do.is anos. O vídeo passo a passo do
beto de silício. À medida que desgastam, passam a liberar acabamento e polimento de dentes posteriores está no site: ,1 ,, , .~l1ortL li~ h, "~ , rr> .

o abrasivo, tornando mais efetivo o efeito de polimento


ftnal . Quando comprar as escovas, desgastá-las um pouco
em uma resina polimerizada ou em um dente de estoque de
acrílico.
492 Shortcuts em odontologia estética: urna nova visão sobre TlPS
Capitulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 493

4.126 a 4.128: Remoção de restauração de amálgama.

4.129 a 4.135: Uso de sistema adesivo autocondicionante com


condicionamento ácido inicial do esmal te (Adper Easy One/3M ES PE).

4.136 e 4.137: Uso de resinas flow nos ângulos agudos, torn ando a
cavidade mais favorável para a inserção das resinas compostas. Essa
resinaf!ow pode servir também corno uma cam ada hid rofóbica sobre o
sistema adesivo de um passo autocondicio nante.

4.138 e 4.139: Ap licação da primeira cam ada de resin a A3 ou A3,S


dentina, deixando um espaço de 2,5 mm para as próximas duas
camadas.

4.140: Aplicação da segunda camada de uma só vez, delimitando o


perímetro de cúspides e separando - as.

4.141 a 4.144: Uso de coran tes.

4.145: Espaço deixado para a úl tima camada de 1,2 mm. Observe a


cavidade vestibular já restaurada.

4.146: No molar inferior, a última camada , que deve ser um esmalte


ac romático levemente esbranquiçado, deve ser iniciada pela cúspide
mesiovestibular. Acomoda - se inicialmente a resina na margem ,
levando-a em direção ao centro.

4.147 a 4.149: Direciona-se o volume para o centro , seguindo a marca


dos corantes, realizando- se uma depressão por vertente. Deve-se
polimerizar de cúspide a cúspide.

4.150 e 4.151: A segunda cúspide deve ser a mesiolingual no primeiro


molar inferior .

4.152 e 4.153: A terceira cúspide deve ser a média (formato de gravata).

4 .154: A quarta cúspide deve ser a distolingual.

Em cavidades médias e rasas,


a primeira camada deve ser
mais delgada ou, muitas ve -
zes, inicia-se diretamente na
segunda camada.
494 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

4 .155 e 4 .156: A última cúspide deve ser a distovestibul ar.

4 .157 a 4 .159: Selamento do sulco principal. Pode- se observar que a


escultura deve ser levemente planificada, como será visto em anatomia
e escultura dos dentes posteriores.
Capítulo 4 : Restaur ações estética s e escultur a posterio
r 495

7~
as proximais? (Restaurações Classe li)
Com o real izar restaurações posteriores com caix

oclusal.
Cavidades do t ipo Classe li podem envolver ou não a caixa
de uma
mas obrigatoriamente apresentam comprometi mento
superfície proximal.

uma téc-
As caixas proximais sempre devem ser rest auradas com
r ca-
nica si mples e previsível, sem manobras compl exas. Se houve
restau-
vidades próxim o-oclu sais, a cavidade proximal deverá ser

rada inicialm ente e depois da cai xa oclusal.

s pos-
Matrizes metáli cas são preferenciai s em proximais de dente
podem
teriores por causa da qual idade do cont ato. uma vez que
s. Um
ser pré-conformadas e mais finas que matriz es transparente
da luz do
cuidado que deve existir é com a densidade ou potência
auxiliando
aparelho: ainda que as matrizes metálicas reflitam a luz
te para
a polimerização da cervical. esta deve ser potente o bastan
ação
converter corretamente a resina nesta região . A subpolimeriz

.. . - d camada cervical da resina da camada mais cervical é bastante comum (Figs. 4.160
e 4.161).
4 .160 e 4 .161: SubpoUmen zaçao a ·

compos ta.
496
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Essas matrizes pré-conformadas vêm acompa-

nhadas por anéis estabilizadores que seNem, real-

mente. para afastame nto dental, potencializando a

qualidade do contato proximal. Devem sempre ser

utilizados, pois da qualidade deste anel e do metal

de sua fabricação, assim como da espessura da ma-

triz, resultará um ponto de contato eficiente (que

em adultos apresenta-se como superfície de con-

tato59·6º·78 (Figs. 4.162 a 4.165).

Ao se instalar a matriz e o anel, quando se percebe


uma adaptação ceNical correta pelo formato pré-
4 .162: Matrizes parciais pré-conformadas, que inicialmente foram desenvolvid
-conform ado desta matriz, as cunhas podem ser as para
restaurações de amálgama de liga esférica. Podem variar da espessura de 30 até 70 µm ,
dispensadas. Quando, ao contrário, permanecer um de marca para marca. Nomes comerciais são: Golden Tight (Garrison), Contact Matrix
(Danville), Palodent (Dentsply), Unimatrix (TDV), outros atualizados no site:
espaço, uma cunha deverá ser posicionada antes da \\ \ \\ .shoncut - book.com.

instalação do anel. Cunhas para adaptação ceNical 4 .163: Anéis de afastamento. Os anéis circulares são universais (ex., Golden
Tight/Garrison),
enquanto os planos podem ser universais (ex. , Anatornical Matrix /Ultradent) ou em pares,
podem ser de madeira. plástico ou borracha (Figs.
apresentados em conjunto de um anel para caixas proxirnais mesiais e outro para caixas
distais (Contact Matrix/Danville).
4.166 e 4.167). Cunhas comercialmente existentes

podem ser vistas no site: www.sho rtcuts-bo ok.com. 4.164 e 4.165: O anel dentado, que é vendido em pares, deve apresentar as garras abertas
em
direção à caixa a ser realizada.

4.166 e 4.167: Cunhas de borracha


(Elastowedge/Danville). As alturas devem ser
compatíveis com a ameia cervical dos dentes
posteriores.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 497

Al guns sistemas de matrizes pré-conformadas pos-

suem anéis co m adaptações, ou espaços, dentro

da parte dentad a do anel, possibilitando o uso de

cu nhas plásticas e anéis adaptados perfeitamente

(Composi-tight 30/Garrison; Palodent Plus/Dents-

ply Calk) (Figs. 4.168 e 4.169). 4 .168: Anéis de afastamento instalados . Observe que o anel se posiciona sobre as cunhas
pois possui uma abertura própria para esta finalidade, permitindo um encaixe perfeito
{fotos: Eduardo Pena e Andre Reis).

As matri zes pré-conformadas parciais apresent am 4 .169: Matriz Palodent Plus instalado , com cunhas plásticas em posição.

format o de f eijão e deve m ser posicionadas em ge-


ral co m a parte côncava para cervical, encaixando-

-se no co l gengival normal mente. Se posicionadas

ao contrário, o contato proxi mal é levado muito

para cervical, abrindo uma ameia grande no terço

médio/oclusal, resultando em uma qualidade bai xa

de contato (Figs. 4.170 e 4.171).

Uma alternativa para pequenas cavidades Classe 11

são matri zes já pré- cunhadas. Servem t ambém para 4 .170 e 4 .171: Posição correta da matriz proximal , com a concavidade voltada para cervical.
Em posição invertida, note como o contato proxin1al se posiciona muito para cervical
proteger o dente adjacente em preparas dentários {observação: como regra geral).

(Figs. 4.172 a 4.174).

4 .172 a 4 .174 , Matriz Fender Mate Prime/


Directa Den tal.
498 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Desenhos 4.20 e 4.21: Técnica de


Uma sequência de restauração proximal será pro-
estratificação inclinada e técnica
posta. seguindo a estratificação realizada em cai- de estratificação horizontal.

xas oclusa is: primeira camada de dentina A3. A3.5

ou 83. segunda camada esmalte cromático A3/A2

e última camada esmalte acromático levement e


esbranqu içado. Essa caixa proximal deverá sempre

ser restaurada inicialmente ao preenchimento da

caixa oclusal e separadamente. Toda restauração

Classe li será. portanto, transformada posterior-

m ente em uma cavidade Classe 79 .


1

Na t écnica convencional de estratificação da cai-

xa proximalªº. utilizavam-se incrementas inclinados

para vestibular e palatino. diminuindo a concentra-


ção de tensõ es relacionada à contração de poli-

merização. Trabalhos recentes 52·81·82 demonstraram


Em situações de términos
que desde que utilizados incrementas pequenos cervicais muito baixos, in-
verte-se a matriz colocando
e restaurando apenas a proximal separadamente
a parte convexa para cer-
à caixa oclusal. incrementas horizontais apresen- vical. Deve-se, no entanto,
realizar posteriormente um
tam o mesmo resultado de infiltração marginal e
reparo na caixa proximal
adaptação que incrementas inclinados. sendo uma para corrigir o contato. Pre-
para-se uma caixa em pro-
técnica mais simples que, na prática. diminui a pos-
ximal dentro da restauração
sibilidade de desadaptações entre os vários incre- de resina composta e Jaz-se
um reparo em proximal com
mentas (Desenhos 4.20 e 4.21). a matriz posicionada agora
corretamente, uma vez que
a cervical já se encontra
adaptada.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 499

O uso de resinas f/ow em caixas proximais de den- com uso de fio afastador. Na moldagem simultâ-

tes post eriores pode ser bastante interessan te do nea. o denso comprime o fluido para as áreas de
Use a resina ''flow "
ponto de vi sta clínico de adaptação e molhamento como um liner na difícil acesso e detalhes do preparo, como sulcos
proximal e adapte a
da cavidade, uma vez que resi nas mais densas pos- gengivais e, quando polimerizado, o fluido perma-
resina de primeira
suem baixo escoam ento, que pode gerar falhas de camada sobre ela, o nece apenas nestas áreas e não em todo o preparo.
que fará com que a
adaptação em áreas mais crít icas da cai xa proxi- Nas restaurações ocorrerá o mesmo, ou seja, a re-
primeira adeque-se
m al545657·83·84 (Figs. 4.175 e 4.176). às regiões de difícil sina flow estará somente em áreas em que a resina
acesso para as hí-
bridas comuns. Essa híbrida teria dificuldade de acesso. Essa técnica de
técnica pode ser cha- restauração pode ser chamada de dupla acomoda-
A resina flow será posicionada antes da resina den-
mada de técnica da
tina, mas somente como um forramento na menor dupla acomodação. ção de res inas em proximal (Figs. 4.177 a 4.244).

O vídeo da confecção da caixa proximal pode ser


quantidad e possível, semelhante à aplicação de um
visto no site: www.shortcuts-book.com.
adesivo com carga, umedecendo a margem, e não

será polimeriza do. Aplica-se a primeira camada de

resina dentina sobre a f/ow e adapta-se a mesma:

a resina densa irá comprimir a resina f/ow em di-

reção às áreas de mais difícil acesso, como pare-

des cervicais e laterais da caixa proximal. Fazendo

uma analogia às técnicas de moldagem, na técnica

por reembasa mento ou dupla moldagem, primeiro

é feito um molde com o material denso ou putty


e, após a execução de alívios, utiliza-se o material

fluido para copiar com detalhame nto. Já na técnica


4.175 e 4 .176: Resinas com falhas de adaptação às marge ns da caixa proxjmaJ.
chamada moldagem simultânea, o material denso

é levado junto com o fluido no preparo, o que leva a

uma melhor definição de detalhes, sendo a técnica

de escolha para a confecção de laminados e coroas


soo Shortcuts em odontologia estética: urna nova visão sobre TIPS

-t .177 : ' o ini ia l de c:iri pro,·imaJ c m pos ibilidade de


:ices d ireLo e tritamente proximal.

4.l78 : a idade preparada e cárie remov ida. Apre ervação


da ri ta e mpre deve er bu cada, mas em si tuaçõe onde a
resistên ia está co mp rometida , a me ma deve se r re movida.
Oi obmenlo ab oluto pode er fe ito apó o preparo cavitário.
Apesar de em de n t anteriore ser usuaJ mente dispe n ável,
em d nte p teriores o i olamento om dique de borracha
faz- e obrigatór io dev ido ao exces o de umidade p rese nte.

4.179: Condicio namento das margen em e ma lte para o


u o de si te mas ades ivo auloco nd icio nan te com prim er
co nd ic io nador.

4 .180: Cav idade pro nta pa ra a aplicação do adesivo.

4.181: Aplicação ativa do prim er co ncUcionador (Primer Clea rftl


SE Bond / Kuraray Co. ) po r 20 segundo em esma lte e dentin a.

4 .182 e 4 .183: Apl icação do ade ivo (Clea rtil SE Bond /


Ku ra ray Co. ), se m a m atriz pré - confo rmada, previame nte
à fo to poli me rização por 20 segundos. Foi instalada uma
ma triz pa rcia l pré - co nfo rmada (Co ntact Matrix / Danville)
co m cunh as de borrac ha (Elastowedge / Da nville) e anéis
de afas ta me nto (J M ESP E), e posteri orme nte realizada a
fo topolimerização.

4.184 : Aplica- se uma tina camada de resina jlow na ce rvicaJ , o


mínimo para provocar um leve molhame nto da mes ma, se m
fotopolimerizar.

4 .185: Aco moda - se a camada de resina dentina AJ sobre aflow


na técnica da dupla acomodação. Fotopolirne ri za -se desta
forma . Note que são aplicadas camadas horizontais de resina.

4.186: Aplica - se a segunda camada de resina esmalte


cromático A2 e posteriormente a resina esmalte acromático
levemente esbranqujçado.
r
501
Capítul o 4 : Re tauraçõ es estética s e escultu ra posterio

4 .187 e 4 .188 : Após a co nclusão,


a mat riz é remov ida e inicia - se o
processo de resta uração ocl usa J.

4 .J89: FotopoJime rização final com o


uso de gel de glice rina .

4 .190: Ajuste ocl usa l.

4 .191: Resta uração co ncluida (CD.


An tô n io Sakamo to).

Ao utiliza r sistemas adesivos


com primer condicionador,
como necess itam de aplicação
ativa (o primer deve ser esfre-
ente realizadas com brocas diamantadas esféricas e
As cavidades em resinas compostas devem ser preferencialm gado nas paredes da cavidade),
mais suaves , sem os ângulos agudos exigido s nos preparos
cilíndricas de extremo arredondado, tornando as cavidades to ma-se como preferência o seu
e facilita a adapta ção das resinas compos tas e diminui a
para amálgama. Essa característica arredondada da cavidad uso previam ente à instalação da
sensibilidade pós- operatória.
tensão de contração, reduzindo, também , a possibilidade de matriz proximal.

4 .192 a 4 .194: Caso ini cial co m


inhJ tração marg ina l na caixa
prox imal.

4 .195 e 4 .196: Uso de evide nciad o r de


cárie (Car ies De tec tor/ Kuraray Co .}.
Sua base q ufmk a mostra - se m ais
es pecffi.ca e de u o cLínico bas ta nte
favoráve l. Não deve ser vis to co mo
um passo merame nte acad êmico:
a plica - se po r 15 segundo s, seguido
de lavagem e secage m . O tecido
co rado refe re - se à parte infec tada e
irre ve rs ivelm e nte des mine ralizada.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
502

4.197: Com o dente isolado, faz -se uma limpeza cavitária


com ubstânc ias anti.microbianas, como a clorexidina a 2%
mi turada com um abrasivo com pedra- pomes (Consepsis
Scrub / Ultradent) , vi to que estes produtos possuem efeitos
favo ráveis contra a ação dos micro - organi mos e seus
ubprodutos no complexo dentinopuJpar: realiza- se profilaxia
da cavidade.

4.198 e 4.199: Apl.icação do primer de um sistema adesivo


autocondicionante com primer concLicionador (Primer Adhese /
lvoclar Vivadent) esfregando - o na superfície dentinária.
Exige- se uma secagem cuidadosa para a eva poração do
solvente, observa - se uma superfície brilhante. Sistemas
adesivos com primer condicionador como primeiro passo
e adesivo hidrofóbico co mo segundo têm tido resultados
clínicos interessantes. Sensibilidade durante a mastigação
com presença de dor aguda devido a falhas adesivas são
solucionada devido a um comportamento mais previsível de
formação da camada h íbrida.

4.200 a 4.202: Apl.icação do ades ivo do mesmo sistema :


espalhar e fotopolimerizar por 20 segundos. Esse adesivo não
deve estar excessivamente espesso nos ângulos.

4.203 e 4.204: Uso de resina jlow (Tetric jlow A3 / lvoclar


Vivadent) em uma fina camada na parede cervical, provendo
uma adaptação perfeita da resina em cavidades com ângulos
agudos ou de difícil acesso. Haak e colaboradores' 30 obtiveram
resultados de adaptação marginal mais favoráveis em análise
microscópica com o uso de resinas tipo flow antes da camada
de resina composta híbrida em restaurações de Classe 1, tanto
por meio da técnica estratificada como em incremento único.

4.205 e 4.206: Realização inicial da caixa proximal utilizando


uma resina Al (Tetric Ceram/lvoclar Vivadent). Note que
o brunidor (M1 / Cosmedent) é utilizado comprimindo
lateralmente a resina , que automaticamente sobe na matriz
conformando a angulação da caixa proximal. Utiliza-se
uma sonda clinica para arredondar a crista marginal79 • Uma
leve variação de cores de estratificação da caixa proximal,
comparada a técnica exposta anteriormente neste capítulo em:
como restaurar caixas proximais.
.
Capítulo 4 : Restaur ações estética s e escult ura posterror 503

4 .207: Após a confecção da caixa proximal, remove-


se a matriz metálica . Realiza-se

a caixa vestibular e, finalmente, inicia - se a caixa oclusal.

4 .208 e 4 .209 : Primeira camada realizada com urna


resina com alta saturaçã o (83,
o mais volume nas
A3 ou A 3,5) e opacidade, que deve ser hna e abau lada, deixand
e. Para as cavidade s de resina compos ta, que
vertente s do que no centro da cavidad
ística mais arredon dada, usam-se mais brunido res do que
possuem uma caracter
nessas camadas iniciais. Como exemplo , pode - se citar o brnn.idor para
espátulas
na. mas a acomod ando
resina compos ta 26-30 (Cosmedent). Sem condens ar a resi
camada em direção à vestibular
com leves batidas pode-se colocar primeiro uma
camada em direção à palatina e novame nte
e fotopolime rizar. Em seguida, uma
fotopolimerizar.

4 .210: lnicio da segunda camada com o uso de resinas


esmalte cromáti co de

sa turação A2.

ea.
4 .211: Realização de todas as cúspides de forma simultân

4 .2U : Delimitação realizada com uma sonda clinica


nº S ahlada de forma irregular.

4 .213 : Uso de corantes brancos em alguns pontos


de algumas cúspides. Devem,
principal (ao seu redor).
porém , ser posicionados em áreas mais próximas ao sulco

os no centro da
4 .214: Corantes como ocre ou laranja devem ser espalhad
redor, borrand o o centro da
restauração, principa lmente no sulco principal e ao seu
restauração.

ser posicionados em alguns


4 .215: Corantes mais intensos, como o marrom , devem
de perímet ro anterior mente
pontos do su lco principal, intensih cando a delimita ção
rea lizada.

mais
Delimita-se a segunda camada da seguinte forma : alguns pontos
mais
profundos e outros mais rasos. Algumas áreas mais largas e outras
tos. Mais importante do que
estreitas, o que favorecerá o uso de pigmen
tro das
inclinação de vertentes nesse momento é a delimitação do períme
cúspides que servirá como referência para as camadas ftnais, e pode
ser feita com uma sonda clínica comum número 5, sabendo -se
que cada
dente possui uma delimitação particular correspondente aos sulcos
principais.
504
Shortcuts em odontologia estética: uma nova
visão sobre TIPS

4.216 : O coranle e idenciam a


deljm itação de cú pide , ou eja,
0
li mite e o formato de cada cú pide.
De te qua e encon t ro de cada cúspide
surgirá o su l o prin cipal.

4 .217: In ício da úl ti ma camada pela


cúspide me iovcsLi bular .

4.218 : L va - se a cúspid e exalamenle


aLé a delimilação anter io rment e
realizada e evide nciad a pelo
coran te .

4.219 : Realiz a e um a depre são p r


cúspi de direc ionad a para o sulco
prin c ipal, evide ncia ndo o volum e
do lóbulo princ ipal (Paulo Kano,
comu nicação pe oal) . Ou o de
onda clínicas faci lita o proce

4.220 a 4.222 : Prime ira cú pide


finalizada e p li merizada . Um pince l
pode poten cializar a qua lidade de
ada ptação da marge m ou me mo o
uso do bruni dor.

4.223 : In iciand o a segun da cús pide


(me ioling ual) , levan do exata me nte
até o perím et ro das cú pides .

4.224 : Rea lização de uma depressão


po r ve rten te.

4 .225: Confecção da cúspide média.

4 .226: Confe cção da cúspi de


distolingua l.

4 .227: Confe cção da cúspi de


distovestibular.
Pacientes mais velhos possuem
tendência a um esmalte acromático
neutro, mostrando mais a saturação
dentinária .
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior
505

4.228: Para diminuir o excesso de delimjtação e


profu.ndidade dos sulcos principajs, pode ser útil a
aplicação de um se lante de superfície (Paulo Kano,
co municação pessoal).

4.229: Sulcos principais se lados segwdos de


foto poLi.me rização.

4.230: Fotopolimeri zação final com o uso de ge l


hidrossolúvel protegendo a última cam ada do contato com
o ox igênio , possibilitando uma polim eri zação efetiva e
melhorando o aca bamento e polimento. Sabendo- se que
a presença do oxigênio inibe a polimerização das últimas
camadas de resina, deve- se aplicar um gel hldrossolúvel
ao tina.! da restauração e sobrepolimerizar, como havia s ido
descrito anteriormente.

4.231 a 4.232: Contatos direcionados para á reas de lóbu.lo e


início do acaba mento co m po ntas multilarrunadas Komet.
Os ajustes oclusais podem ser realizados com brocas
multilarni.nadas de 18 lãminas como as eggform H 379
(Komet).

4 .233 : Uso de pastas diamantadas (para polimento


de porcelanas) que agem melhor que pastas de
óxido de alum ínio em res inas hlbridas para a ação de
acabamento. A pasta deve ser misturada com óleo
mineral (Nujol) . Utilizam-se escovas de Robinson
macias para contra -ângulo.

4.234 e 4.235 : Escovas com abrasivos (carbeto de silício)


nas cerdas servem como uma forma de atingir brilho
superficial fin al em restaurações posteriores (Jiffy Brush/
Ultradent e Astrobrush/lvoclar Vivadent).

Faça poucos movimentos na resina, As pastas diamantadas para polir


que devem ser mais amplos. Lem- porcelanas podem ser uma melhor
bre-se de que resinas são materiais opção para resinas posteriores, se
tixotrópicos, ou seja, quanto mais comparadas com as pastas de óxido de
movimentos você realiza, mais a resi- alumínio, que agem melhor em super-
na torna-se fluida e pegajosa. fícies lisas anteriores.
506 Shortcuts em odont ologia estét ica. uma nova visão sobre TIPS

4 .236:Restauração hnalizada
(caso realizado com Tetric
Cera.m / Jvoclar Vivadent) .

4 .237 : Avaliação clínica de 3


meses .

4 .238 : valiação clínica de 3


anos.

4 .239 : Avaliação clínica de 6


anos.

4 .240 : Avaliação clínica de 10


anos.
Capitulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior

4 ">.J l :. - pia eleaónica


de \-:uredurn da area ada
(acompanhamemo clínico de 6 an -)
(Di Hipóliro. \:: De Goes ... ) .

.J .::!.J::!: ~licroscopia eleaóni


de \:-arreclur.1 da área assinala a
(acompanhamento clínico de 6 an -)
(Di Hipólito,\:: DeGoes. ' .) .

.J .243 : ~ücroscopia e.leaôni


de \"airedura da área inala a
(acompanhamento de clini 6 an ·)
(Di Hipólito. V: De Goes. M ..

.J .2.U: Micros pia eletrônica


de varredurn da área inalada
(a mpan.hamento clini de an ·).

são necessirio em rua.rge.n ima de


2SOµm(DiHi ºlito:DeG s. !.).
ntologia estética: uma nova visão sobre TIPS
Shortcu t s em Odo
508

~7
Noções iniciais de escultura em dentes posteriores: o que saber?

CONCEITOS INICIAIS DE GEOMETRIA

Inicialmente. os dentes posteriores podem ser imaginados e pensa-

dos geometricament e como pirâmides. apresentando quatro ver-


tentes. Na prática. eles são mais planificados85 (Figs. 4.245 e 4.246).

Os sulcos secundári os poderiam ser posicionados um para cada

vertente interna das cúspides. ou seja. um para cada vertente da

pirâmide. Not e que o posicionamento mental das pirâm ides pode

alterar o entendimento correto da anat omia interna e ext erna do


dente post eri or.

4 .245 e 4 .246:
Tendência de
Se posicionados como no desenho 4.22. o dente pode fi car com
as cúspides
O
apresentarem contorno excessivamente quadrado (Desenho 4.23), ainda que
anatomia oclusa l
mais planihcada, em internamente possa estar correto. Se posicionados como no de-
especial as cúsp ides
de contenção. (Foto senho 4.24, o dente pode estar correto externamente, porém in-
BrasiUo Wille}.
ternamente apresentará algumas falhas anatômi cas como sulcos

excessivamente largos. presença de fossas (oclusão gnatológica) e

posicionamento incorreto de sulcos secundários (Desenho 4.25).


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escu ltura posterior 509

Desenho 4.22: As cúspides devem ser imaginadas como pirâmides, porém o posicionamento delas não é Desenho 4.23: Contorno inadequado gerado pelo

regular. Isto ge raria um contorno extremamente quadrado no dente posterior, o que não existe. posicionamento incorreto das cúspides. A delimitação
pontilhada , em vermelho, indica o que seria o contorno
correto.

1
'
Desenho 4.25: Sulcos secundários
· · to m·correto das cúspides gerando sulcos principais extremamente largos,
Desenho 4 .24: Outro pos1c1onamen • posicionados um para cada vertente, segundo
fossas em excesso e posicionamento incorreto dos sulcos secundários. o desenho 4.24, resultando em desenho
artificial e incorreto.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
510

Note que os sulcos secundários possuem um dire-

cionamento divergente para o sulco principal, sen-

do um para cada sulco principal e não ambos para

o mesmo sulco (Fig. 4.247).

Os sulcos secundários possuem a função de liberar


4 .247: Sulcos secundários ao redor do lóbulo principal. (Foto Brasilio Wille) .
os movimentos de lateralidade dos contatos que

se posicionam no lóbulo principal, sendo. por esse

motivo. um para cada lado (vertente) e direciona-

dos para su lcos principais diferentes. Observe que

o posicionamento correto das pirâmides é leve-

mente girada para o centro da escultura (Dese-

nhos 4.26 e 4.27).

Os lóbulos possuem. portanto. bases mais largas e


não afiladas. sendo os sulcos secundários mais finos

próximos ao sulco principal e mais largos próximo à Desenho 4 .26: Posicionamento correto das cúspides,
levemente giradas, resultando em contorno externo
ponta de cúspide, ao contrário do que comumente correto, e posicionamento de fossas e sulcos
secundários também corretos. Perceba que nessa
se imagina (Desenho 4.30).
distribuição o sulco principal estará fmo e defmido.

Quanto mais laterais forem


Jeitos os sulcos secundá-
rios, mais suave e natural
ftcará a escultura (Dese -
nhos 4.28 e 4.29).
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 511

CONCEITOS INICIAIS DE TÉCNICA DE


ESCULTURA

As cúspides tendem a ser levemente planificadas,

ao contrário do habitual telhadinho que costuma

ser realizado em técnicas tradicionais (gnatológi-

cas) de escultura 86 .
Desenho 4.28: Quanto mais próximo ao Desenho 4.29: Quanto mais lateral o
centro do lóbulo , m ais artificial a escultura. sulco secundário, mais suave torna -se a
escultura. A técnica de enceramento de Peter Thomas resul-

tava em lóbulos principais e secundários afilados,

com sulcos secundários e principais muito largos,

(Desenho 4.31) quando, na realidade, os dentes


Desenho 4.30: Técnica de escultura naturais possuem exatamente o desenho contrá-
gnatológica (pontilhado vermelho) x
técnica de escultura fisiológica (fios rio (Desenho 4.32).
pretos) .

Desenho 4 .31: Técnica de escultura Desenho 4.32: Técnica de escultura


gnatológica. fisiológica.
512 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Além disso, ainda de acordo com essa técnica. cada

dente oclui exclusivamente em um dente. diferen-

temente da oclusão da dentição natural. chamada

oclusão de Payne (oclusão fisiológica). em que cada

dente oclui em dois dentes.

A oclusão de Peter Thomas fazia sentido em gran-

des reabilitações do passado. onde se buscava ocluir

um dente contra um, evitar erros de contat os proxi-

mais e, consequentemente, impacção alimentar.

Num momento onde hoje se busca a reprodução 4 .248: Pomo principal da oclusão e movimentos excursivos demarcados (técnica de enceramento do
compasso oclusal) 87 •
da natureza e os t rabalhos não são mais reabilita-

ções totais em oclusão gnatológica. uma oclusão

fis iológica faz mais senti ndo.

A anat om ia do enceramento de Peter Thomas le-

vava a uma oclusão pura de cúspide x fossa, quan-

do nos dentes naturais existe o balanceamento de • Pro rusiva

cúspide x fossa e cúsp ide x crista. As técnicas de • La eralidade trabaho

enceramento foram sendo modificad as signif icati-


• Lateralidade balanceio

vamente para um encaixe mais funcional, privi le-


• Latero-trusiva
giando a função em contatos oclusais e movimen-
• Retrusiva
tos excursivos. Uma forma pioneira foi o chamado
·: ..• :· Centrica-longa
Compasso de Polz, ou compasso oclusal 87 (Figs.

4.248 a 4.263; Desenho 4.33).


Desenho 4.33: Compasso de Polz.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e esc ult ura posterior
. 513

4.249 a 4.252: Inicia- se pela cúspide


mesiovestibular, buscando o conta to do
lóbulo principal.

4.253 :Lóbulo principal de contato. O correto


é buscar este con tato; caso a anatomia
tenha que ficar excessivamente volumosa,
obriga-se a dispensá- lo.

4.254:Cúspide mesiopalatina encontra a


fossa central do molar inferior, marcando o
tripoidismo .

4.255: Finalização das cúspides


clistovestibulares e, por último, a
clistopalatina.

4.256 e 2.257 : Observa-se uma atenção


maior ao perúnetro de cúspides, tomando o
enceramento menos cônico e sem a presença
de fossas excessivas {baixo relevo), e mais
lóbulos (alto relevo) .
514 Shortcuts em odontologia esté lica: uma nova visão sobre TIPS

4 .258 a 4.263 : Observe co mo o volume das


cúspides da última ca mada direcionam o
conta to para o lobul es ce ntrais, induzindo
um aju ste direcionado e con tatos mais
corretos.
Cap ítulo 4 : Restaurações estéticas e escu I
tura posterior
515

Uma segunda técnica, publicada em 2009ªª (técni -

ca de enceramento Paulo l<ano), de enceramento

fisiológico vem co m preceitos f uncionais e anat o-


mia bast ante suave e natu ral (Fi gs. 4.264 a 4.267).

Outras técni cas de ence ramen to surgiram co m a

mesma intenção de fis iologia de contatos e movi-

ment os excursivos (Fi gs. 4.268 e 4.269).

Verificaremos, a segui r, dois tipos básicos de conta-


4.264 e 4.265: Módulo inicial: enceram ento do primeiro molar superior" (técnica de
t o oclusal em uma oclusão fisio lógica. ence ramen to fisi ológico, Paulo Ka.n.o) .

4.266 e 4.267: Módu.los avançad os68 •88 (técnica de e nceramento , Paulo Kano).

7 - Contato do tipo cúspide x crista (contato em

plano).
2 - Contato do tipo cúspide x fossa (contato em
tripoidismo).

O contato do tipo 1 apresenta-se mais forte e nor-

malmente borrado quando marcado com papel


4.268 e 4.269 : Módulo de e nce ramento (técni ca de ence rame nto, Ivan Ronald Huanca).
carbono; já o contato do tipo 2 apresenta-se como

um contato suave em lóbulos e normalmente em


bi ou tripoidismo.

Um segundo passo, além dos contatos oclusais,

que incorretamente executados podem gerar

contatos prematuros ou ausência de contatos,


M o

e ntr l
p

M o
riore e

tru i a. O ulc L

o conta
balho. Pequeno m vi-
menta de laterotru i .

Para e encontrarem corret mente o ont to e


direcionar o aju te. t , ni d v er r liz d
M
com a di tribuiçao corr t d v lume do lóbu- o

los. que devem e tar mai pró imo o entro d

e cult ura (Fig . 4.270 a 4.2 1). p

M
D

L
Desenho 4.35:
põ terlorment
estét ºicas e escultura posterior
517
. es
Capitulo 4: Restauracõ

/
escultUJa com resinas compostas (Curso Ronaldo Hirata
escul tura vista pelos alunos no curso de
4.170 a 4 .28J : Sequê ncia da técnica de
to transferidos para a técnic a de resina s compostas.
Curitiba - Brazíl). Conc eito de encer amen
518
Shortcut s em odontologia estética: uma nova visão sobre TI PS

ANATOMIA E REGRAS DENTE A DENTE


imaginárias: uma passando pela linha dos sulcos

Ainda que em princ ipais posteriores e outra passando da ponta


Primeiro molar superior dentição natural, o da cúsp ide mesi opalatina até o sul co vestibular.
tripoidismo seja difi -
cilmente encontrado, Desta bi ssetriz, determina-se o centro de escul-
O primeiro molar superior é o dente-base no ensino quando em restau -
tura do molar. Simplificando, seria um ponto le-
ração de dentes ou
de escultura de dentes posteriores, representando
próteses, pode facil - vemente para mesial e para vestib ular (Desenho
muito do conceito de trabalho. mente ser executado e
4.36 e Fig. 4.283).
comumente encon-
trado se a escultura
Apresenta uma forma de parale logramo (Fig. estiver correta e
sempre resultará em
4 .282), sendo a cúspide mesiovestibular leve- mais estabilidade.
m ente mesial e vestibular.

Observe que este dente apresenta a estrutura

com maior volume de todos os dentes posterio-

res, que é a crista tran sversa que vai da cúspide

m esiopalatina até a distovestibular. Essa estrutura

oclui na maior depressão dos dentes posteriores,

que é a divisão da segunda e terceira cúspides do


primeiro molar inferior.

(A) Centro de escultura: observe que o centro de

escultura oclusal nunca coincide com o centro geo-

métrico do dente; cada dente possuirá uma regra.

A regra para se determinar o centro de escultura 4.282: Forma geométrica do primeiro molar superior.

do primeiro molar superior é traçar duas linhas Desenho 4.36; 4.283: Centro de escultura .
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 519

(B) Delimitação do perímetro de cúspide: define

o desenho do sulco principal; cada dente possuirá

um desenho distinto .

Do centro de escultura deve ser feito o desenho de

um triângul o (Fig. 4.284) com ângulos não perfei-

tamente simétricos. com duas pernas mais aber-

tas. Ad iciona-se um lóbulo mesial de contato. que

tem o formato de uma cobra. Esse lóbulo deve ser

estreito e longo. quase se inserindo no centro de

escultura. Em distal seria o desenho de um bigode.

(C) Contatos oclusais ideais em Classe 1: deve-se


conhecer o que será o ideal de contatos oclusais em

um paciente com oclusão normal (Classe 1) mesmo

que não seja viável em todos os casos clínicos.

A distribuição dos contato s do primeiro molar su-


4.284: Deli mitação do perímetro de cúspide.
perior está disposta na figura 4.285.
Classe 1.
4.285: Contatos oclusais ideais do primeiro molar superior em oclusão do tipo

áreas de desgaste coincidem


(D) áreas de desgaste fisiológico: todos os dentes 4.286: Áreas de desgaste fisiológico do primeiro molar superior. Note que as
com os movimento s excursivos dos contatos oclusais.
em função apresentam áreas de desgaste planas. de-

vido à função oclusal normal em pacientes adultos.

As áreas de desgaste do primeiro molar superior

estão dispostas na figura 4.286.


520
Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TIPS

(E) Sequência de cúspides na última camada:


quando se realizar a camada de esmalte acromáti-

co (última). cada cúspide deve ser esculpida e poli-

merizada separadamente. A sequência de cúspides

deve seguir uma sequência lógica e de dominância.

A sequência de cúspides em última camada do pri-

meiro molar superior pode ser vista na figura 4.287.

Um caso clínico unindo estes conceitos pode ser


visto nas figuras 4.288 a 4.257.

4 237
· : Sequência da realização da última camada, sempre
fotopolimerizando uma a uma, iniciando pela mesiovestibuJar. Segue-se
O
lóbulo de contato, mesiopalatino, distovestibuJar e distopalatino.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 521

4 .288: Condicionamento ácido


executado apenas nas margens de
esma.lte.

4 .289 e 4 .290: Aplicação do


sistema adesivo Adhese (rvoclar
Vivadent).

4 .291: Aplicação da primeira


camada de resina dentina A3 (4
Seasons dentin / lvoclarVivadent).

4 .292: Aplicação da segunda


camada de resina esma.lte A2
(4 Seasons enamel/lvoclar
Vivadent). A delimitação de
perímetros é realizada seguindo
as regras de centro de escultura.

4 .293 a 4 .296 : Aplicação de


corantes (Kolor Plus/ Kerr e Tetric
color/lvoclar Vivadent).

4 .297 a 4 .304: Aplicação da última


camada (High Va.lue / 4 Seasons /
lvocla.r Vivadent) seguindo a
sequência de cúspides da úJtirna
camada.
c:q

522 Shortcuts em odontologia estética uma nova visão sobre TIPS

4.305: Formato de coração do segundo


Segundo molar superior
molar superior.

Desenho 4.37; 4.306: Ce ntro de escultura.


O segundo molar nada mais é do que o pri mei-
4.308: Delim itação do perúne tro de
ro molar com uma quarta cúspide (disto palatina) cúspide da mesma fo rma que o primeiro
molar.
mais reduzida ou. em alguns casos, inexist ente.

A m esa oclusal dest e mo lar apresen t a o desenho


d e um co ração (Fig. 4 .25 8).

(A) Centro de escultura

4 .306

Este d ent e poss ui as mesmas caracter íst icas do

c entro de es cultura do pri m ei ro mo lar. ou seja.

na b issetr iz das linhas dos sulcos principais pos-

ter iore s e da linha qu e passa da ponta da cús pi de


m es io palat ina até o sul co v estibular. Se si m pl i-

fi cásse m os. o segundo molar superior possui o

ce nt ro de esc ult ura no centro do coração (D es e-

nho 4 .3 7 e Fi g . 4 .2 59).

(B) Delimitação do perímetro de cúspide

O segundo molar superior apresenta exatamen-

te o mesmo desenho do primeiro molar superior

(Fig. 4 .260).
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior
523

(C) Contatos oclusais ideais em Classe I 4 .308 : Distribuição do contatos


ideais do segundo molar superior
em uma oclusão do tipo Classe 1.

A distribuição dos contatos ideais do segundo mo- 4 .309 : Áreas de desgaste


fisiológico do segundo molar
lar superior está disposta na figura 4.308.
superior.

4 .310 : Sequência da realização

(D) Áreas de desgaste fisiológico da última camada, sempre


fotopolimerizando uma a
urna, iniciando pela cúspide
mesiovestibular. Segue-se o
As áreas de desgaste estão dispostas na figura 4.309. lóbulo de contato, mesiopalatina,
ctistovestibular e ctistopalatina .

(E) Sequência de cúspides na última camada

Sequência de cúsp ides em última camada do se-

gundo molar superior (Fig. 4.31O).

Um caso clínico unindo estes conceitos pode ser

vi sto nas figuras 4.311 a 4.319.


Shortcuts em odont ologia estética: uma nova visão sobre TIPS

4 .3ll: Sistema adesivo já aplicado


no segundo molar superior.

4 .3U: Aplicação da primeira


camada de dentina A3 .

4 .313 : Aplicação da segunda


camada de esmalte cromático
A2, delimita ndo o perímetro de
cúspide.

4 .314 : Corantes aplicados,


evidenci ando mais a delimitação
do perímetr o realizada.

4 .315 a 4 .317: Última camada


a plicada de esmalte acromático
Ameloge n EW (Ultradent).
seguindo a sequência de
cúspides da última camada e
fotopolim erizando uma a uma.

4 .318: Selamen to dos sulcos com


Optiguar d (Kerr} , selante de
superfície com carga utilizado
apenas no sulco principal para
diminuir a sua profundidade.

4 .319 : Checagem oclusal.


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 525

Primeiro pré-molar superior

O primeiro pré-molar superior, em relação ao se-

gundo, apresenta um formato mais triangular, ob-

servando-se uma cúspide vest ibular mais alta e mais

volumosa que a palatina. No segundo pré-molar,

estas se apresentam mais semelhantes (Fig. 4.320).

Vale lembrar que o primeiro pré-molar é uma

transição da bateria de dentes anteriores para a

de dentes posteriores, tendo ainda uma leve se-


4 .320: Diferença dos formatos do primeiro e segundo pré-molares.

melhança com o canino, sendo também um auxí-

lio na guia lateral. Ambos os pré-molares superio-

res apresentam a cúspide palatina desviada para

mesial para liberar o movimento de balanceio dos

contatos da crista marginal.

(A) Centro de escultura

2/3

A regra para o centro de escultura do primeiro

pré-molar superior é vista no desenho 4.38 e na

figura 4.321.
1/3

Este deve ser levemente para palatino: dois terços


Desenho 4 .38; 4.321: Centro de escultura do primeiro pré- molar superior. Dividindo o dente em 3 partes
do dente estão para vestibular e um terço para pa-
iguais, 2/3 encontram- se para vestibular e 1/3 para palat ino, ou seja, o centro de escul tura é levemente
palatinizado.
latino (Paulo l<ano. comunicação pessoal).
526
Sh ortcuts em odontologia estética: uma nova visa·o b
5o re TIPS

(B) Delimitação do perímetro de cúspide 4 .322: Delimitação do perúnetro


das cús pides no formato de um
cotonete.

A delimitação do primeiro pré-molar assemelha-se


4.323: Contatos oclusais ideais em

a um cotonete (Paulo l<ano, 2009) 88, com um sulco Classe l do primeiro pré- molar
superior em uma oclusão do tipo
principal longo e lóbulos proximais curtos. Classe T.

4 .324: Áreas de desgaste


hsiológico do primeiro pré- molar
Observe que este dente não apresenta sulcos se- superior.

cundários. apenas depressões secundárias na cús-


4 .325: Sequência de cúspides
pide vestibular (Fig. 4.322). na última camada do primeiro
pré- molar superior.

(C) Contatos oclusais ideais em Classe I

A distribuição de contatos ideais do primeiro pré-

-molar superior está disposta na figura 4.323.

(D) Áreas de desgaste fisiológico

As áreas de desgaste fisiológico do primeiro pré-

-molar superior estão dispostas na figura 4.324.

(E) Sequência de cúspides na última camada

A sequência de cúspides em última camada do

primeiro pré-molar superior está nas figuras 4.325

a 4.337.
Capítulo 4 : Re t uraçõ
527
rior

4.326 4.337: Re tauração do


primeLro pré- molar superior.
Ob erve que o pré- molar
superior não apresenta fossas ,
como e executava na técnica
de enceramento tradiciona l
gnatológica, e im lóbulo (o
contrário) .
52 Shortcuts em odontologia estética: urna nova
visão sobre TIPS

Com o visto ante riorm ente . os contatos


devem
ser direc iona dos para os lóbulos. Caso
os mes-
mos não sejam executados. os contatos
acabam
se direc iona ndo para as laterais de cúsp
ides. o
que gera deco mpo sição de forças desfa
voráve l.
em especial em pré-molares superiores.
que t en-
dem a apresentar fraturas das cúspides
palat inas
(Desenhos 4.39 a 4.42).

Desenhos 4 .39 e 4 .40 : Execução de escultura


de pré- molar superi or com fossas proximais,
causando
deficiê ncia de contat o oclusal proximal e sobrec
arregando as cúspid es.

Desenhos 4 -41 e 4 -42 ' Posicionamento correto


de volumes, direcio nando o contat o para os
contat o proximal . lóbulos de
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escu 1tura posterior
. 529

Segundo pré-molar superior

O segundo pré-molar superior possui característi-

cas mais suaves que o primeiro. tendo um aspecto

levemente ovalado. Também apresenta a cúspide

palatina desviada para mesial (Fig. 4.338).

4.338: Aspecto ovalado do segundo pré- molar superior.


(A) Centro de escultura

O centro de escultura do segundo pré- molar se-

gue as mesmas regras do primeiro pré- molar (De-

senho 4.43 e Fig. 4.339).

(B) Delimitação do perímetro de cúspide


Desenho 4.43; 4.339: Regras para centro de esc ultura para o segundo
pré- molar superior. Dividindo o dente em três partes iguais, dois terços
encontram- se para vestibular e um terço para palatino, ou seja, o centro de
A delimitação do segundo pré-molar assemelha- escultura é levemente palatin izado.
88
-se a uma borboleta (l<ano, 2009) , com o sulco

principal curto e lóbulos proximais longos, ao con-

trário do primeiro pré-molar.

Outro detalhe importante deste dente é a pre-

sença de sulcos secundários evidentes na cús-

pide vestibular, diferentemente do primeiro

pré-molar. o sulco secundário mesial é mais pa-


ralelo ao sulco principal e o distal, mais perpen- 4.340: Delimitação do perímetro de cúspide do segundo pré - molar superior.

dicular (Fig. 4.340).


Shortcuts em odontologia estética: urna nova visão sobre TIPS
so

4 .341: Contatos oclusais ideais do


(e) Contatos oclusais ideais em Classe I segundo pré-molar superior em
urna oclusão do tipo Classe l.

4 .342: Áreas de desgaste


A distribuição dos con tatos ide is do segundo pr ' -
fisiológico do segundo pré-molar

- molar superior est · dispost a na fi gura 4.341. superior.

4 .343: Sequência de cúspides


na última camada do segundo
(D) Áreas de desgaste fisiológico pré - molar superior.

As áreas de desgast e do segundo pré-molar supe-

rior est ão dispost as na figura 4.342 .

(E) Sequência de cúspides na última camada

A sequência de cúspides em última camada do se-

gundo pré- molar superior está na figura 4.343 .

Um caso clínico unindo esses conceitos pode ser

visto nas figuras 4.344 a 4.389.


531
Capítulo 4 : Rest aurações est éticas e escultura posterior

4.344: Caso inkial de troca


de restauração de pré- molar
superior.

4.345: Remoção da restauraçã o


de amálgama com pontas
diamantad as esférica

4.346: Cavidade preparada .

4.347: Observe a cavidade


preparada no pré- molar
adjace nte para restauração com
acesso direto.

4.348 e 3.349: Acabamen to


proximal da cavidade com lixas
proximais e ponta d.iamantada
para ultrassom CVD {CVD).

4.350 e 4.351: Instalação da


matriz proximal (Contact Matrix /
Danville). Observe a adaptação
cervical, dispensan do o uso de
CLulhas prox:imais.

4.352 e 4.353: O uso de anéis é


indispensável para um contato
proximal forte e efetivo. parte
anular deve estar empre para
mesial (anel de afastamen to 3M /
ESPE).

4.354 e 4.355: Bmnimen to da


matriz dLminu.indo a e pessura do
metal pa ra favorecer o ponto de
contato.
Shortcuts e
53_

J .356: Condicionamem o ácido apenas


do esmalte marginal.

J .357: Ca\idade eca para a aplicação


do si tema adesivo com primer
condicionador.

4.358 e 3.359: Aplicação aóva do primer


condicionador (Oearfil E Bond/
Kuraray Co.).

J .360: secagem suave para a


evaporação do sol vence do primer.

J .361: Aplicação do adesivo hidrófobo


(passo 2) de forma homogênea (Clearhl
E Bond/ Kurara ) .

4.362: plicação de uma pequena


espe: ura de r ina fiaw (Tetric jww 3/
I oclar 1 adent). ão fotopolimerizar.

4.363: plicação da primeira camada


de resina dentina 3 (4 eason
dentin /Ivoclar I adent) proximal
obre a resina fiow não polirnerizada.
Fotopolimerizar o conjunto.

4.364: plicação da egunda camada da


pro.>dmal (4 eason enamel 2/ Ivodar
1vadent).

4.365: plicação da última camada


proximal (High Value 4 e ons/lvoclar
Vivadent).

4.366 e 4.367: Remoção da matriz


proximal pa ra o início da oclusal. Dessa
fo rma, a cavidade de Clas e Il torna-se
uma cavidade de Cla se 166 .

4.368 e 4.369: Aplicação da primeira


camada oclusal (4 Seasons dentin A3 /
lvoclar Vivadent) .
Capítulo 4 : Restaura ções estética s e escultur a posterio r
533

4.370 e 4.371: Aplicação da segunda


camada oclusa l (4 Seasons ena mel
A2 / lvoclar Vivadent ). Realiza- se a
delimitação dos perímetro s de cúspide
segu.indo as regras do centro de
esc ult ura e de delimitação.

4.372 a 4.374: Uso de cora ntes


evidencia ndo o sulco principal (Tetric
color/ Jvoclar Vivadent) .

4.375 e 4.376: Início da aplicação da


última camada {High Value 4 Seasons/
lvoclar Vivadent) , adap tan do -se
inicialmente na margem e levando
em direção ao centro, seguindo as
referências dos corantes.

4.377 e 4.378: Realização de ulcos


secundários evidente s na cúspide
estibular .

4.379 e 4.380: Seguindo a regra da


sequênci a de cúspides, realizam- se
os lóbulo proximai mesial e distal
simul taneamen te.

4.381: Realização da cúspide palatina.

4.382 e 4.383: Selamento do ulco


principal com um selante de superfície.
r-34
Shortcuts l l li

.i Ob erve que o selante é aplicado apenas no sulco principal. Faz-se a polimerização inicial.

..t .•JH"> plic:1ção de glicerina para a fotopolimerizaçào fma l.

4 ..J8t, Fotopolimerização por 80 segundo .

..t.387 e 4.388: hecagem oclu ai. Ob erve a tendência de contato nas cristas marginais .

..i.JS9 ·Ca o clínko finalizado.


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escu ltura posterior
535

Primeiro molar inferior

Provavelmente, este é o dente mais restaurado en -

tre todos os dentes posteri ores, mostrando assim

a importância de um delineamento oclusal correto.

Possui o desenho de um pentágono, com a cús-

pide média mais longa em direção vestibular e

oclusal (Fig. 4.39 0).

(A) Centro de escultura

4.390: Formato pentagonal do de nte.

Dividindo o dente em duas partes de mesial para

distal, o centro de escultura encontra-se no meio,

ou seja, metade para mesial e metade para distal.

Dividindo-se o dente em três partes de vestibular

para lingual, duas partes estão para vestibular e

uma parte está para lingual, ou seja, o centro de es-

cultura está levemente para lingual (Desenho 4.44

e Fig. 4.391).
Desenho 4.44; 4.391: Cent ro de escultura do primeiro molar inferior. Diviclindo o dente em duas partes
iguais, de mesia.l a clistal, metade está para mes ial e metade para distal. Dividindo o dente em três partes
iguais, de vestibular para lingual, dois terços estão para vestibular e um terço está para lingual, ou seja, o
centro de escultura é levemente lingualizado.
536 Shortcuts em odontologia est ética: uma nova vis'
ao sobre TIPs

(B) Delim itação do perímetro de cúspide 4 .392: Delimitação do perímetro


das cúspides do primeiro molar
inferior.

O desenho principal do primeiro molar é o de uma


4 .393: Contatos oclusais ideais em
uma oclusão Classe l.
gravata, sendo o cent ro de escultura posicionado

na ponta da gravata. Da ponta da gravata sai um 4 .394: Áreas de desgaste


tisiológico do primeiro molar
sulco, e das laterai s saem outros dois sulcos. sendo inferior.

um para mesial e outro para distal (Fig. 4.392).


4 .395: Sequêncja de cúspides na
última camada do primeiro molar
inferior.
(e) Contatos oclusais ideais em Classe I

A distribuição dos contatos ideais do primeiro mo-

lar inferior está disposta na figura 4.393.

(D) Áreas de desgaste fisiológico

As áreas de desgaste fisiológico do primeiro molar

inferior estão dispostas na figura 4.39 4.

(E) Sequência de cúspides na última camada

A sequência de cúspides em última camada do pri-

meiro molar inferior está disposta na figura 4.395.

um caso clínico unindo esses conceitos pode ser

visto nas figuras 4.396 a 4.409.


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 537

4.396 e 4.397: Condicionamento


seletivo do e malte dentário por
20 segundo

4.398: Aplicação de um adesivo


universaJ (Scotchbond UniversaJ
ou Single Bond UniversaJ /3M
ESPE).

4.399 e 4.400: Aplicação da


primeira camada de uma resina
A3 body {Filtek Supreme Ultra
ou Z- 350 T/ 3M ESPE). Primeiro
em direção a vestibuJar e a pós
polimerização, em direção a
LinguaJ. Deixa - e um espaço de
2,5 mm . pa.ra as próximas duas
camadas.

4.401 e 4.403 : Aplicação da


egunda camada de uma resina
2 e malte (Filtek Supreme
Ultra ou Z- 350 T/ 3M ESPE).
Coloca- se are i.na em um
incremento e separa- se a
cúspide delimitando o per(rnetro
da me mas com uma onda
exploradora. Deixa - e um e paço
de 1,2 mm. para a última ca.mada.

4.404 e 4.405: Corante podem


er aplicado (Kolor+plu / Kerr).

4.406 a 4.409: , Sequência


de aplicação da última
can1ada: primeiro a cús pide
rné iovestibuJar, depoi
mé iolingual, média, di tolingual
e ftnalmente a distove tibu.lar.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
538

A mesma sequência de escu lt ura realizada em


um caso de restauração indireta pode ser visto

nas figuras 4.410 a 4.424 .

4 .4 10 :i 4 .424 : equencb de
onfccçiio de inlay com resina
direlas ( mpre Dir ct/ lvoclar
Vivadent) em primeiro m lar
inferior.
/
Capítulo 4 : Restauraçõe s estéticas e escultura posterior 539

Segundo molar inferior

Dente com formato quadrang ular e bastante

regular . Possui a cúspide mesiove stibular leve -

mente plana ou com abfrações devido ao co n-

tato fisiológic o das cristas dos dentes supe rio-

res (Fig. 4.425).

4.425 : Aspecto oclusaJ do segundo molar inferior.


(A) Centro de escultura

O segundo molar inferior segue a mesma regra do

prim eiro molar, ou seja, no centro do dente de me-

sial para distal, e de vestibular para lingual ele é le-


vem ente linguali zado (Desenho 4.45 e Fig. 4.426).

Desenho 4.45; 4.426: Diviclindo- se o dente em duas partes de rnesiaJ para distal, ele
(B) Delimita ção do perímetro de cúspide
se encontra na metade. Dividindo-se o dente em três partes iguais de vestibular para
lingual, dois terços encontram -se para vestibular e um terço para lingual.

O sulco principal do segundo molar assemelha-se

muito a uma cruz. O sulco vestibular, no entanto,

não encontra o sulco lingual, sendo, às vezes, mais

para mesial e em outras mais para distal (Fig. 4.427).

4.427: Delimitação do perímetro das cúspides do segw1do molar inferior.


540
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

(c) Contatos oclusais ideais em Classe I 4.428 : Contato


oclusai ideais em um
pacieme com oclusão
Clas e 1.
A distribuição dos contatos ideais do segundo mo-

lar inferior está disposta na figura 4.428 . 4.429 : Áreas de


desga te fisiológico do
segundo molar inferior.

(D) Áreas de desgaste fisiológico 4.430: Sequência de


cú pides na última
camada do segundo
As áreas de desgaste fisiológico do segundo molar molar inferior.

inferior estão dispostas na figura 4.429.

(E) Sequência de cúspides na última camada.

A sequência de cúspides em últ ima camada do se-

gundo m olar inferior pode ser vist a na f igura 4.430.

Um caso clínico unindo est es conceitos pod e ser

visto nas figuras 4.431 a 4.435.

A mesma sequência de reconstrução pode ser vista

nas figuras 4.436 a 4.447.


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 5 1

4 .431 a 4.435: Sequência da técnica convencional de resina campo ta com 3 camadas, realizada com o sistema
Empress Direct (lvoclar 1vadent) .
hmt II ti 1 lt 11,,1,1 ., t 1 1 111 11 111v1\/1 1<1 >111 Ili'

1.,1.lh.1 l 07 .

S ·qu n ·i:i d · ·on \':<


I i11 lc1 11 11 0 ' ·gundo
mob r iní ·rlor 1.:0 111
r •s inas dir ·ias
(EnlJ r •ss Dlr · 'li
Ivo ·br i nd ·nt)
1110 1,t >s d 'sillc n:i
(Di · i li ·on •/V ).
Capítulo 4 : Restaurações estét icas e escu 1tura posterior
. 543

4448

Primeiro pré-molar inferior

Dente com duas cúspides separadas por uma pon-

te t ransversa. Possu i o formato de um diamante

sendo uma t ra nsição da bateri a de dentes ante-

riores para a dos posteriores, e anato mi ca mente

se assem elhand o ainda a um can ino (Fi g. 4.448).

Po ssui a cúspid e vest ibular mais alta e mais vo lu-


m osa que a lingual. 4 .448: Forma de dlamante do primeiro pré- molar inferior.

4.449

(A) Centro de escultura

Não exist em regras de centro para os pré- molares

inferiores, uma vez que ambos (o primeiro e o se-


gundo) apresentam na verdade dois centros sepa-

rados. Pode- se observar que a mesa oclusal mesial

é mais para vestibular que a mesa distal (Desenho


Desenho 4 .46. 4 .449: Mesa oclusal mesial e distal do primeiro pré - molar inferior.

4.46 e Fig. 4.449).


4450

(B) Delimitação do perímetro de cúspide

O desenho da delimitação do perímetro das cúspi-

des do primeiro pré-molar inferior é de dois Y sepa-

rados por uma crista transversaªª (Fig. 4.450). 4.450: Delimitação de perímetros de
cúspide do primeiro pré - molar inferior.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
544

4 45'
(C) Contatos oclusais ideais em Classe I

A di st ribuição de contatos ideais do primeiro

pré- molar inferior está disposta na figura 4.451 .

(D) Areas de desgaste fisiológico

As áreas de desgaste fisiológico do primeiro pré-

-molar inferior estão dispostas na figura 4.452 .

4 .450: Distribuição dos contatos ideais em wn paciente em oclusão Classe 1.

(E) Sequência de cúspides na última camada

Sequência de cúspides em últ im a cam ada do

primeiro pré - molar inferior pode ser vi sto na 4 452 4.453

figura 4 .453 .

Um caso clínico de restauração de um primei-

ro pré-molar inferior pode ser visto nas figuras

4.454 a 4.463.

4 .452: Áreas de desgaste fisiológico do


4 .453: Sequência de cúspides na última camada do
primeiro pré - molar inferior.
primeiro pré- molar inferior.
Capitulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 545

4.454 a 4.456 : Remoção de restaurações


deamáJgama

4.457 a 4.463: Sequência de restauração


com uso de resina bulk fill que será
discutido em como simplificar, utilizando
urna resina A2 FiJtek buJk fill reguJar
(3M ESPE).
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
546

Segundo pré-molar inferior

Dente com três cúspides. tendo um format o

mais quadrangular. Não apresen t a crista t rans-


versa (Fig. 4.464).

(A) Centro de escultura

Da m esma for ma que o primeiro pré- molar. não 4 .464: Aspecto oclusal do segundo pré-molar inferior.

ex ist e uma regra para este item devido à presen-

ça de duas mesas ocl usai s separadas (Desenho

4 .4 7 e Fig. 4 .465).

(B) Delimitação do perímetro de cúspide

Apresenta um sulco no formato de dois Y76 ligados


Desenho 4 .47; 4 .465: As duas mesas oclusais que existiam no primeiro pré- molar inferior são
pelo sulco principal. Observe que este sulco princi- encontradas tam bém no segundo pré- molar inferior.

pal possui a inclinação da mesial levemente vesti-

bularizada (Fig. 4.466).

4 .466: Delimitação do perímetro como dois Y


unidos por um sulco principal.
Capítulo 4 : Restauraçõ es estéticas e escultura posterior 547

67
(C) Contatos oclusais ideais em Classe I

A distribuição dos contatos ideais do segundo pré-

-molar inferior está disposta na f igura 4.467.

(D) Áreas de desgaste fisiológico

4 .467: Distribuição de conta to oclusa.i idea.is em oclusão Cla e 1.


As áreas de desgaste fisiológico do segundo pré-

-molar inferior estão dispostas na figu ra 4.468.

(E) Sequência de cúspides na última camada

A sequência de cúspides na última camada do segun-

do pré-mola r inferior está disposta na figura 4.469.

Um caso clínico unindo estes conceitos pode ser 4.468: Áreas de desgaste fisiol ógico do segundo pré - molar inferior.

visto nas figuras 4.4 70 a 4.4 74.

4.469 : Sequência de cúspides realizadas na


1'.tltima camada do segundo pré-molar inferior.
Shortcuts em odontologia es tética: uma nova visão sobre TIPS
5-l8

4 .470 : Caso inicial de pré- mola res inferiores com necessidade de troca de restauração .

4 .471 a 4 .474 : Restauração realizada com o sistema restaurado r 4 Seasons (Ivoclar Vivadent) .
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 549
Shortcut rn o 1~)1lt k) 1 '"t...' 1 ,1 um.1 1 v,1 .io
TIP

Shortcuts de restaurações estéticas e escultura posterior

Uma das ormas que se discute sobre simplificação standartizados e a barra ao lado direito mostra um
de resinas compostas re ere-se ao desenvolvimen- profissional pós-graduado realizando as mesmas
to e es udo de resinas comercialmente conhecidas restaurações nas mesmas cavidades. com um coe-
como resinas bulk fi/1 ou também chamadas de re- ficiente de variação menor e resultados diferentes.
sinas de ba, a contração (ver Cap. 2).

A ciência tem pesquisado e apontado para mate- 100.000-

riais que permitam seu uso em bu/k filling (uma só


camada). Como também discutido no capítulo de
90.000-

adesivos e resinas compostas. uma ideia de mate-

riais bulk fi/1 autoadesivos pode responder algumas #


g- 80.000-
~
questões existentes em relação à complexidade da

técnica atual e ao tempo requerido para a execução


10.000-
das mesmas. Na gráfico 4.2. podem ser vistos dois

operadores realizando o mesmo teste em cavida-


60.000-
--
des para resinas compostas; a barra esquerda refe-
1
1
Operator 1
Operator 2
re-se a uma aluna da graduação em primeiro ano
Examiner
realizando resinas compostas Classe I em molares 4 2
Grábco • = Comparativo de dois operadores restaurando cavidades Classe I (Teste de adaptação interna).
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escu ltura posterior 551

Uma vantag em adicion al de se diminu ir a quan -

t id ade de ca madas se ria a m eno r prese nça de

bolhas e espaços vazio s int ernos na massa de

re sina. Na figura 4.4 75, pode ser observada uma

cavida de cilíndr ica restaurada com camadas de

forma increm ental; pode - se notar a quantid ade

de bolhas presen tes interna m ent e. Na f igura

4.4 76, pode ser observada a m es ma cavidade

preenc hida de modo único (buli<) com uma re-

sina Tetric Evo-ce ram bull< fi/1 (lvoclar Vivadent);

perceb em-se menos bolhas e porosidades inter-

nas (ou mesmo sua ausência). As consequências

de bolhas e espaços inte rno s estão relacionados

à diminu ição das propriedades me cânicas. man-


chame nto superf ic ial e diminu ição da re sistên -

cia à abrasão 89 . Podem ainda concen trar stress


e tornare m - se pontos ini cias de formaç ão de

trincas e fratura s dentro do material. Se as bo-

lhas se localizarem na interfac e. podem di mi nuir

a resistê ncia de uni ão . Adi ciona lm ente. podem


90

com téc nica increment a.!.


aumen tar a reten ção de biofilm e e acúmulo de 4 .475: Reconstru ção 30 de u ma cavidade cilíndrica restaurada

bactér ia resulta nte das bolhas formad as · Pode - 4 .476: Recons tru ção 3 0 de uma cavidade c il índrica res taurada
com técn ica bulk..

ria se especular que as bolhas possam ser oriun-

das da forma que as resinas são empacadas in-

dustria lmente , mas isto não foi correlacionado

(Figs. 4.4 77 a 4.4 79).


Shortcuts m odontologia estética· uma nova viç
ao sobre TIPS

A ideia de se fazerem incrementa s únicos não é

nova92e o uso destes incrementas visando diminuir

o stress de polimerização pode ter seu efeito discu-

tido2193. A busca por materiais com baixa contração

volumétrica, e/ou materiais e técnicas que gerem


menos stress de contração em interface. é cons-

tante na ciência dos materiais. Algumas tentativas

existem no mercado odontológico. como resinas

para base quimicamente ativadas (Bisfil 2B/BIS-


C0)94 e, mais recente mente, siloranos (P90/3M)95 .

Novas resinas de baixa contração estão sendo tra-

zidas para o comércio, em um conceito de alta

transmissão de luz, permitindo maior profundida-

de de polimerização, podendo, desta forma, ser

utilizado no conceito de buli< fi/1 (preenchimen-

to) em uma espessura de até 4 mm 96 . O primeiro

material com esta característica foi lançado pela

companhia Dentsply, e foi chamada Surefil SOR

f/owable (Figs. 4.480 a 4.489). Poderia ser usada


em incrementas de até 4 mm, sendo necessárias

apenas camadas finais com uma resina conven-

cional para conferir resistência em áreas de car-

ga. Note-se, sem necessidade de estratificação

convencional , e em uma consistência flow. A re-

sina Surefill SDR flowable possui um monômero


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 553

uretano patenteado com grupos fotoativos para


97
contro le cinético , que oferece menor stress ge-

rado, assim como menor volume de contração.

Al guns trabalhos mostram vantagens em termos

de stress de contração no uso de resinas bulk fi/1

em relação a uma estratificação convencional de

resinas em cavidades posteriores 98 (Fig. 4.490).

4 .480: Caso de cárie oclusal.

4 .481: Cavidade realizada.

4 .482: Concticionamento se letivo do esmalte para aplicação de um


adesivo tipo selj-etching.

. d · ssos autoconcticionante
4 .483 e 4 .484: Aplicação de sis tema a es1vo 2 pa
(Clearhl SE Bond) .

. . da com cerca de 4 mm com a


4.485 e 4.486 : Aplicação da primeira cama
resina SDR BuJk hll J7owa ble (Dentsply) cor universal.

E ress Direct A3 Esmalte


4 .487: Realização da segunda cama d a com mp
cromático (Tvoclar Vivadent).

. . d Empress Direct T20


4 .488 e 4 .489: Realização da últUT1a carna a com
(Ivoc lar Vivadent).
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
554

MPa
60

30

Z3SOXT Filtek Bul k FIII I + Tetric EvoCeram Venus Bulk Fill +


SDR + Esthet X HD
Filtek 2350 XT Bu lk Fill Charisma Diamond
-2
4490

4 .490 : DistribLLição de stress Von Hses para diferentes materiais e técnicas de preenchimento após polimerização. Resinas bulk ft ll resultaram em menos
stress de contração residual do que a
técnka de p ree nc hime nto inc reme ntal. (1magem gentilmente cedida pelo Prof. Dr. Ca rlos Soares/ UFB)••.

Uma lista das resinas buli< fi/1 com consistênciafiow

pode ser vista no site: www.shortcuts-book.com.

Observa-se contraste do conceito de buli< fil/ing

em relação à técnica incremental clássica99 .

Estudos com reconstruções 30 geradas a partir de

scans de Micro CT em cavidades Classe I mostra-

ram menor formação de gaps gerados na parede

pulpar com resinas buli< fi/1 (SDR flowable/Dentsply)

em comparação com resinas convencionais (Vita-

lescence/Ultradent)100 (Figs. 4.491 a 4.495).


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior
555

4.491 : Reconstrução 3D representativa de Micro CT de um cavidade Classe I


em dente natural. Ob erva- se o 9ap formado abaixo da resina convencional
inserida em urna camada (Vitalescence/ Ultradent}.

4.492 e 4.493: Reconstrução 3D representativa de Micro CT de um cavidade


Classe I em dente natural. A imagem em verde representa a contração de
polimerização; observe o gap formado abai o da resina convencional inserida
em uma camada (Vitalescence/ LJltradent} .

4.494 e 4.495· Reconstrução 3D representativa de Micro CT de um cavidade


Classe l em dente natural. A imagem em prata representa a contração de
polimerização; observe menor incidência de 9ap abaixo da resina Filtek Bul.k
Fill Flowable (3M ESPE) .
Short ut m ocJomoloci 1 ,.., , ' lit.i : 1111i.111ovc1 vi\,o b,, IIP\
556

Duas vari ações de t écnica com est a classe de re-

sinas podem ser utili zadas, sendo (a) a res ina t ipo

buli< fi/1 substituindo a prim eira camada apenas da


rest auração ou (b) a resina bulk substituindo a pri-

m eira e a segunda, deixando um espaço somente

para a camada fina l. Ambas as técnicas podem ser

vi suali zadas nas figuras 4.496 a 4.523 1º1.

4.496 : Cá rie oclusa l co m progressão em dentina.

4 .497 a 4.500: Aplicação de um sistema adesivo tipo primer


con dicio nante {ClearfiJ SE Bond / Kuraray).

4 .501 a 4.503: Aplicação de uma res in a bulkft ll fl owable cor Universal


(SDR fiow / Den tsp ly), substit uindo a primeira camada, ou seja, a
den tina artific ia l.

4 .504 a 4.506: Realização da segun da cam ada com uma resina


conven ciona l Em press Direct A3 esmalte (Ivoc lar Vivadent).

4.507: Aplicação d e coran tes (Kolor + plus/ Ke rr).

4.508 e 4.509: Caso fm alizado co m última cam ada co m res ina Enamel
HRI UE2 (Miscerium) .
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 557

4 .510 : Caso inicial de


restauraçõe de amálgama

4 .511 e 4 .512: Cavidades


hnalizadas e sistema adesi o
aplicado

4 .513 a 4 .516 : Resi.na bu lk ftll


J)owable cor Universal (SDR
Jlow/Dentsply} substituindo a
primeira e egw1da camadas
(Dentina e e malte cromático}.

4 .517 a 4 .519: Resina Geram X


Universal (Dentsply} cor M2
(representando A2 esmal te
cromático}. Deve - se, nesta
técnica, sempre hnaUzar a
re tauração com um esmalte
cromático A2 ou AI (ao invés do
acromático), devido a falta de
opacidade das resi.oas bulk ftll.

4 .520 : Coloca - se a resina de


última camada de uma só vez,
e posteriormente se delimi ta
todas as cúspides, sentindo o
explo rador tocar a camada de
J)ow poUmerizada. Isso é i.nal
que as cúspides fo ram separadas.

4 .521: Note que essa resin a


muda bastan te a cor após a
polimerização, tornou-se menos
amarelada (devido a quantidade
de fo toiniciador presente no
material) .

4 .522: Aplicação da última


camada do outro molar,
utilizando a resina Ceram X
Universal (Dentsply) cor Ml
(representando Al esmalte
cromático). Após a poli merização
existe a opção de uso de corantes
nas áreas delimitadas de sulco.

4 .523 : Caso finalizado.


558 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TtPS

Uma técnica para o uso de resinas do tipo flo-

wable buli< fi/1 foi proposta por Hirata et ai.. em


comparação a técnica convencional que necessi-

ta maior número de passos e tempo clínico (Figs.


4.524 a 4.535)102_

Um vídeo dessa técnica pode ser visto no site:

www. shortcuts-book.com.

4 .524 a 4 .526 : Aplicação de um sistema adesivo universal no modo self-etching.

4 .527 a 4 .529: Aplicação da resina bulk ftll flowable (Filtek supre me bulk ftll flowable U/3M
ESPE). Esta camada nesta técnica chamada de anatômica'º', a resina bulkdeixa somente
um espaço de 1,2 mm . para uma ca mada línal a ser realizada com uma resina com mais
resistência , do tipo micro- hfürida ou nanoparticulada .

4 .530: Última camada deve ser realizada nesta técnica, com uma resina esmalte cromático
(usualmente cor Al) . A resina esmalte acromático não é usada na técnica anatômica, devido
à falta de opacidade das resinas de base bulk ftll.

4 .531 : Após a adaptação da resina esmalte cromático na cavidade, separa -se as cúspides
com uma sonda exploradora, sentindo tocar a ponta da sonda na camada de bulk
polimerizada. Dessa forma, assegura- se que as cúspides estão todas separadas.

4 .532: o uso de corantes é opcional, podendo ser utilizado nos pontos mais profundos das
delimitações.

4 .533: Caso finalizado.

4.534 e 4 .535: Foto polarizada demonstrando a espessura da resina bulk flowable como base e
a resina esmalte cromático como camada final.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior
559
T!P
60 shortcuts em Od onlolog1a estéticJ: uma nova visão sobre

Em cavidades Classe li, o uso também encontra


103
base científica . Algumas imagens de scans em
Micro CT e um caso clínico demonstrando a técni-

ca podem ser vistos nas figuras 4.536 a 4.564.

4.536
5 1

4.5-W : Co · ionam n o á i o Selem-o


o esmalr da ca'<idade.

4.545 a 4 ..5-U: Apli • -o do tema


adesi'o--o .. elj-e1 hing ingle Bond
Coo·ersal (3~1 ESPE).

4.548 a 4.550: Aplica -o da resina


debai'Q CODtra -o ureó] DRJ1otL•
(Dencsply) realizan do a camada de e
inclusi\·e na caixa proximal (Primeira
camada }.

4 .5.51: t\onnal menre opra- por


finalizar a caixa proximal previam ente
a restauração oclusal. R ina utilizad a
UE2 Enarnel HRl Misceri urn.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
562

4.552: plicação de uma resina


con encional (UE2 Enamel HRl/
Miscerium) como cobertura da
restauração , aplicada em uma só
camada (Segunda camada) .

4 .553 e 4.554: Para evitar o srress


de contração na interface realiza-
se a delimitação das cúspides
separando-as. De a forma seria,
como a técnica de re tauração
cúspide a cúspide.

4 .555 a 4.557: Uma abordagem


opcional é a caracterização da
restauraçõe posteriormente à
fotopolimerização inserindo um
pigmento nos pontos mais profundo
da escultura (Kolor ... plus/ Kerr)
realizando o selamemo do sulco com
um selante de superfície (Fortfy /
BISCO).

4 .558 e 4 .559: 1 ta da rescauraçõe


esculpidas previamente a
foto polimerização.

4 .560: Fotopolimerização ánal

4.561 a 4 .563: Aju te oclu al

4.564: Restauração concluída .


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 563

Uma variação das resinas buli< fi/1 flowable é a buli< É importante perceber que mesmo algumas resinas

fi/1 com consistência regular. Uma lista destas resi- buli< fi/1 tendo consistência regular. e não necessi-

nas pode ser vista no site: www.shortcuts- book.com . tando de recobrimento de uma resina convencia-

Com este tipo de resina. a técnica resume-se a um nal. suas propriedades mecânicas não se mostram

preenchimento da cavidade e escultura em um só tão favoráveis quanto às híbridas e micro-híbridas

passo. a exemplo da antiga técnica de amálgama. convencionais 1º4 . Outra informação relevante é que

Apesar de limitações de cor e caracterização. clíni- não se podem generalizar resultados positivos de

cos podem tirar vantagem destes materiais em si- resina buli< fi/1, urna vez que marcas comerciais

tuações onde o isolamento absoluto não for possível, diferentes mostram resultados bastante distin-

atendimento de pacientes especiais. Odontopedia- tos 10 s- 107, não permitindo generalizações.

tria. entre outros (Figs. 4.565 a 4.587).

4.565 a 4.570: Remoção de restaurações de amálgama.

. 'o 30 micrómetros (Prepstart/Danville).


4.571 a 4.572: fateamento com óXIdO de alumíni
564 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

4.573: Condicionamento seletivo do


esma lte dentário.

4.574 a 4.579: Aplicação de um


sistema adesivo self-etching 2 passos
(Clearhl SE Bond/Kuraray).

4.580 e 4.581: Aplica -se a resina


bulk consistência regular (Tetric Evo
Cera.rn bulk fill/lvoclar Vivadent)
de uma só vez no primeiro molar
inferior.

4.582 a 4.584: Antes da


polimerização, realiza- se urna leve
anatomia uma vez que esta resina
serve como preenchimento e camada
final ao mesmo tempo.

4.585: O uso de corantes (Kolor+plus /


Kerr) é opcional e realizado após a
polimerização ónal.

4.586 e 4.587: Caso hnalizado.


Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 565

Para onde camin ha a ciência em restaurações estéticas e escultura poster ior

Muitos trabalhos clínicos de acompanhamento de qualidade do material (discutida no Cap. 2) soma-

restaurações de resinas compostas Classes I e li das à indicação correta que irão favorecer a longe-

têm demonstrado a segurança no uso destes ma- vidade e o sucesso.

teriais em dentes posteriores 3.4·108-m.


O primeiro ponto, infiltração e cárie secundária têm

A maior causa de falhas ainda estão relacionadas a tendência de serem associadas a uma falha mar-

à cárie recorrente e fratura do material restaura- ginal da restauração . Temos o costume de acreditar

dor4; em geral o índice de falha anual gira ao redor que a cárie inicia-se por causa da presença de um

de 1,6% 3. O sucesso tem sempre se demonstrado gap na margem de uma restauração de resina com-
114
maior em pacientes com baixo índice de cárie . posta. Alguns autores e trabalhos não conseguem,

ainda hoje, correlacionar a presença de gap marginal

com cáries recorrentes 11 5-117, não embasando nossa


Desta forma, o controle de placa bacteriana ao redor
crença clínica. Também, o tamanho do gap em in-
das restaurações, assim como uma maior evolução das
terface não tem mostrado correlação com a evo-
propriedades mecânicas de resinas compostas estão
lução de lesões de cárie 115 . Mesmo o gap interno, já
sendo o foco de investigadores e clínicos. A relevância
que nos preocupamos quase excessivamente com
destes dos tópicos apresentam suporte científico.
a questão de contração de polimerização e seus
efeitos, tem sido revisto e discutido. Alguns estu-
Às vezes, nos preocupamos muito com quesitos
dos já demonstram que, normalmente (desde que
técnicos mínimos, mas a infiltração marginal e
566 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

1588

os procedimentos tenham sido seguidos correta- (i)


GBP
mente), se algum gap for gerado internamente, o
mesmo ocorre não entre a dentina e o adesivo, mas
sim entre o adesivo e a resina composta, o que quer
dizer que clinicamente nem é observado pelo profis-

?((.)\..:::·::
• , • : • • •... . . : f. ' ....

sional ou sentido pelo paciente 118·119 (Fig. 4.588).


....m:;;;;11 ift!.,A··Míl
Em relação à questão de infiltração, o controle da 4.588: Imagens (Confocal laser scanning microscope) da interface dentina / adesivo / resina do adesivo
G- Bond Plus (GC) , onde o gap está localizado (setas) na interface adesivo / resina. Reimp resso com
placa bacteriana e at ividade cariogênica provavel- permissão d a Soc iety of Photo-optical lnstrumentatio n Eng in eers; ln te rnational Biomedical Optics
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tauradores com liberam Aúor.

O flúor já est á bem documentado na literatura como


um agente anticariogênico 120 . Diversos trabalhos já
comprovaram que os materiais restauradores que libe- A grande demanda de pacientes por restaurações
ram Aúor fornecem muitos benefícios para o meio bu- estéticas levou a um aumento no uso de mate-
cal, como, por exemplo, a inibição de cárie secundária riais restauradores à base de polímeros com essas
na interface de restaurações, bem como promovem características . Além da biocompatibilidade e lon-
12
a remineralização dos substratos dentais adjacentes 1. gevidade clínica, materiais estéticos que tenham

a propriedade de liberar /recarregar flúor são de


Materiais adesivos com liberação de flúor para res- grande valia123 .
taurações estéticas foram desenvolvidos e intro-
duzidos no comércio e, por estarem em contato Um caso clínico realizado com um material com
estrito com as margens das restauração, o flúor esta tendência, utilizando S-PRG (Surface Pre-
liberado a partir destes penetra nas estruturas den- -reacted Glass /onomer) 124 pode ser visualizado
122
tárias, exercendo um efeito cariostático .
nas figuras 4.589 a 4.600.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 567

4 .589 : Aspecto inicial do dente a ser


restaurado (elementos 46 e 47).

4 .590 : Dentes isolados.

4 .591 : Após remoção das resinas


antigas, condicionamento seletivo do
esmalte. Aplicação de ácido fosfórico
(Ultra - etch 35% , Ultradent) durante
20-30 segundos em esmalte.

4 .592: Aplicação de um self-etching


primer baseado em tecnologia S- PRG
(Primn FL Bond 11/ Shofu).

4 .593 : Aplicação do Bond (Prim er FL


Bond II/ Shofu).

4 .594 e 4 .595: Aplicação de uma


resina A3 (Beautiful 11 / Shofu).

4 .596 : Corantes branco aplicados


(Empress colors/Ivoclar Vivadent).

4 .597: Corantes ochre e marrom


aplicados (Empress colors/Ivoclar
Vivadent) .

4 .598 : Aplicação de uma resina I C


(Beautiful 11/Shofu) .

4 .599 : Ajuste oclusal.

4 .600 : Caso hnalizado.


568
Shortc uts em odonto logia estétic a: urna nova
visão sobre TIPS

O segundo ponto , a fratura do material, envo clínicos, ou abrem margens, trabalhando (se movi
lve -
essencialmente dois fatores cruciais: a indica mentado) sobre a base (Figs . 4.589 a 4.591).
ção
correta e a propriedade mecâ nica do material
res-
taurador. O ponto referente à escolha correta Outra análise que deve ser feita é referente à super
do fí-
material restaurador foi discutido no Capítulo 2. cie dentinária disponível para adesão. A referência
Al - MPa
gumas outras análises serão feitas agora . determina a resistência de união por área. Um exem
-
plo pode ser visto na figura 4.601; uma resistência
de
Resta urações em molares e restaurações com- união típica de um bom sistema adesivo oferecendo
plexa s de resinas apresentam maior índice
de 67MPa representa uma carga de 82 kg. em 3,5
mm 2
falha anual 113 . Seguir parâmetros de indicação 126
. Uma extensão deste pensamento deve ser traduzi-
correta de resina composta baseada em critér
ios do; caso você tenha mais área disponível para adesã
o,
como tamanho da cavidade e perda de estru
tura este valor aumentará proporcionalmente por esta
área;
dentária é fundamental. Lembre-se de que
al- ou seja, se você tiver 7 mm 2, o resultado de adesi
vida-
gumas situações complexas são mais indicadas
de será aumentado. Caso esta área seja ocupada
por
para inlays/onlays .
materiais como ionômero de vidro, cujo valor de
resis-
tência de união é -SMpa, a área disponível para adesã
o
O maior índice de falhas em fraturas está ligad
o estará sendo desperdiçada127 (Figs. 4.601 a 4.608).
à presença de base convencional de ionômero de
vidro 11 2·125 . Resinas compostas, mesmo sendo
me- Outra justificativa para a não utilização de mate
riais
nos rígidas que cerâmicas, não são necessariamen
- intermediários (base/forramento). especialm
ente
te materiais resilientes . Quando submetidos
a um em grande extensão e quantidade, é que os traba
-
teste mecânico, descrevem um gráfico tensã
o/de- lhos de avaliação clínica mostram maior sobre
vida
formação típico de materiais rígidos. Todo mate
rial de restaurações realizadas com sistemas ades
ivos
rígido (como resinas compostas), quando coloc
ados (88, 1%) em comparação com restaurações com
io-
sobre uma base não rígida (como ionômeros
de vi- nômero de vidro na chamada técnica de sand
uíche
dro), ou fraturam, como evidenciado por traba
lhos (70,5%) em 9 anos de avaliação em boca12ª.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultu ra posterior 569

Resina presente no
4 .601 a 4 .603 :
dente 26 , com interface não vedada.
Removendo a restauração percebe - se a
presença de base em excesso , fazendo
com que a restauração trabalhasse
sobre o material intermediário,
iniciando a abertura de ga.ps ao redor da
restauração. Restaurações em resinas
compostas fo ram confeccionadas
com sistema Empress Direct (Jvoclar
Vivadent).

4 .604: Área representativa de 3,5 mrn 2 .


Quanto mais base se utiliza , mais area
que estaria disponível para adesão é
retirada.

Remoção de resina
4 .605 a 4 .608 :
compostas com extensa base
convencional. Observe que o dente
foi perdido pela fratura das cúspides
palatinas; uma maior adesão obtida por
sistemas adesivos poderia reforçar o
remanescente , melhorando também o
se]amento da interface . A resina mostra
sinais de ausência de adesão devido ao
excesso de material intermediário.
570
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

CONCLUSÃO

A técnica de resinas compostas em dentes poste- Características de anatomia e escultura direcio-


riores é bastante crítica em re lação a alguns aspec- nadas para resinas compostas foram abordadas,
tos do material, como contração de polimerização oferecendo 5 regras, dente a dente, para nortear a
e comportamento mecânico em áreas de carga. aplicação do material em região posterior.

Esse capítulo discutiu as indicações corretas de Simplificações corno uso de resinas buli< fi/1 e casos
resinas posteriores, abordando estratégias para o
demonstrativos apontaram urna linha alternativa
controle dos problemas oriundos da contração de ao clínico geral.
polimerização, tanto em cavidades Classe I corno

em Classe li, propondo uma técnica de estratifica-


Tendências apontadas pela ciência em pontos clíni-
ção nessas situações.
cos críticos foram descritos.
Capítulo 4 : Restaurações estéticas e escultura posterior 571

ldifü4H3'1fiMl:tnii'lfill X SE ONLAYS

Indicações
Resinas compostas

Micro-híbridas Nanoparticuladas

O que saber?

Fator e Contração de polimerização

Stress de contração x volume de contração Técnica de inserção incremental


Utilizaçã o de insertos pré-polimerizados

-- -- -- --~ L . . . ------------.
Utilizaçã o de resinas de baixo módulo de elasticidade
Modulação da fotopolimerização

1
Classe I
Técnica de
Esquema de Técnica de confecção de
estratificação estratificação caixas proximais
de posteriores Transformar a Classe li em Classe I

Acabamento e polimen to

1
Escultura dental

Dente a dente
572 Shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TIPS

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576 Shortc uts em odontologia estétic a: uma nova víç
ao sobre T!Ps

/1,r(e. f - Como e por que fazer

~/
Quando indicar inlays e on/ays ao invés
de resinas diretas?

A máxi ma preservação da estru tura dentá


ria é um dos princi-
pais objetivos da Dent ística restauradora.
As resinas compostas .
além de prom overe m restaurações com color
ações muito seme-
lhantes às do dente . possuem a grande vanta
gem de restaurar
a estru tura dentá ria de form a conservadora.
Os procedimentos
diretos em dente s anter iores pode m ser
ideal ment e realizados
em áreas que nece ssite m de mínim o prepa
ro dentário. tais como
pequenos fecha ment os de diast emas e recon
struções reduzidas.
Nos dente s posteriores, as restaurações realiz
adas em cavidades
pequenas. sujeitas a estresse mínim o e com
grande quantidade
de esmalte rema nesc ente, têm alcançado
exce lente sucesso clí-
nico (Figs . 5.1 a 5.5)1.2_

Restaurações indire tas favor ecem a dissip


ação do estresse de po-
limerização, uma vez que este proce sso ocorr
e extrabucalmente,
poten cializ ando o resul tado de adap tação
inter na e diminui O ris-
co e estresse em inter face 3 . Estab elece r um limite preciso entre
Capítulo 5 : lnlays e on/ays: restaurações parc,a,s
. . em resinas compostas e cerâmicas 577

5 .1: Caso inicial com presença


de resta uração de amálgama
e pequena cárie na mesial do
primeiro molar s uperior.

5.2: Cavidades p reparadas .

5.3: Caso finalizado .

5.4: Acompanhamento de 11
anos da restauração (Tetric
Ceram/ Ivoclar Vivadent e Tetric
Color / lvoclar Vivadent).

5.4: Acompanhamento de 18
anos .

vez que os trabalhos indicam que em termos de


a possibilidade de indicação de uma restauração
longevidade clínica ambas as opções oferecem
direta ou indireta é bastante difícil, porém deve-
resultados semelhantes 5·6 .
-se lembrar de que quanto maiores as dimensões
do preparo dentário, maiores as dificuldades de
Na técnica indireta, pode ser obtida melhor adapta-
restaurar o dente utilizando a técnica direta, e
ção após a cimentação da peça45.7-9, e essa parece
quanto maior a área da superfície a ser restaura-
ser a principal vantagem. Outros pontos favoráveis
da, maior o potencial para desgaste superficial e
4 incluem o fato de que, quando utilizadas as resinas
fratura da resina composta ao longo do tempo .
compostas, estas podem ser esculpidas com a for-
Problemas como estes podem ser minimizados
ma anatômica adequada e fotopolimerizadas por
por meio da técnica indireta. Ainda que exista
aparelhos específicos, que geram calor e pressão,
grande dúvida em relação à indicação de restau-
eventualmente na presença de nitrogênio e ausên-
rações diretas de resina composta ou indiretas
cia de oxigênio, potencializando a conversão dos
(inlays/onlays) e o que sempre preponderá será
monômeros em polímeros (p. ex.: Belleglass HP/l<err
a preferência técnica pessoal do operador, uma
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão
-
578 sobre TIPS

Corp. substituído pelo sistema Premise lndire A segunda refer ência é que térm inos cervic
ct. e ais da
Tescera/BISC0) 10 . Dessa maneira. é possível caixa proxi mal deve m estar visíveis ou supra
conse- o erro mais frequente gen-
guir maior conversão de polimerização. maior na decisão por técnica givais. com facili dade de acesso. Casos
dure- cl ínicos
direta ou indireta é
za e. conse quentemente. maior resistência da nos quais os térm inos se enco ntram muito
resina acreditar que ela se cer-
ao desgaste (apesar de esta característica ser encontra somente na vicais ou subg engiv ais deve m ser indica
muito dos para
habilidade do profis-
discutida). além de melhor adaptação marginal restaurações indiretas.
após sional de restaurar
a cimentação da peça indireta. tanto em dente uma cavidade média
s an-
ou grande de forma
teriores como em posteriores. como já citado 79
· . direta . É preciso lem- A terce ira refer ência é a exten são das
paredes
brar-se de que a con-
vesti bular e palat ina/li ngua l da caixa
fecção da restauração proximal,
A técn ica indireta possui a desvantagem da
neces - fora da boca permite que não deve m estar muit o abert as em
direção
sidade de aguardar a confecção da peça melhor adaptação
cerâmi - vesti bular ou palat ina/li ngua l. Estan do esta
às margens, além da caixa
ca ou de resina por parte do laboratório proté
tico. possibilidade de foto - proxi mal muito ampla, peças cime ntada
s ofere-
porém quando se tem a disponibilidade de polimerizar a resina
temp o ceriam situa ções mais favor áveis para a
composta na presença interface
clíni co. uma técnica denominada semidireta
pode de calor e pressão, o adesiva (Figs. 5.15 a 5.17) .
ser utilizada. Essa técnica será descrita poste que invariavelmen-
rior-
te irá resultar em
ment e e possui as mesmas indicações da
técnica maior conversão de
indireta. mas com a grande vantagem de se polimerização, maior
poder
dureza superficial
preparar. mold ar e cimentar a restauração em
uma e maior resistência
Quando grandes áreas dentais necessitam ser restau
ao desgaste ao longo radas
única consulta. (I) com perda de cúspides (2) apres entan do términos
do tempo . Portan - pro -
ximais subgengivais ou (3) caixas proximais com
to, deve -se saber paredes
laterais muito abertas e amplas, a técnica indireta
Três referências clínicas defin em bem as situaç que apesar de uma pode
ões ser planejada.
restauração indireta
em que a resina comp osta direta ainda pode
ser exigir duas sessões
indicada. A primeira é a existência de todas de consulta e ter va-
as cús-
lores mais onerosos,
pides preservadas (Figs. 5.6 a 5.14), ou seja,
quando existem situações
houver cúspides fraturadas ou destruídas, resta em que esta forma de Analise sempre a caixa proximal e, nas situações
ura- onde se
confecção torna- se percebe dificuldade técnica de adaptação da resina
ções indiretas serão mais indicadas. com-
imprescindível. posta nas paredes cervical e laterais da caixa , ponde
re a
confecção de uma peça indireta.
Capítulo 5 : lnl ::ry on/Jy : rc tauraç parciais em res inas compo tas e cerâmicas
579

5.6 e 5.7: Cavidade bem indicada


para restauração direta.

5.8 e 5.9: Observe a adaptação


correta da matriz (Colden Tight/
Carrison Denta l Solutions) e da
cunha {Elastowedge/ Danville),
possibi litando tun bom controle
da construção da proximal.

5.10 e 5.11: Aplicação do


istema adesivo Clearúl SE
Bond (Kuraray Co.) com primer
condicio nador sem a necessidade
de condicionamen to ácido
prévio e iniciando a cai: a
proximal utiJjzando uma resina
j)ow A3 (Tetric Flow A3 / lvoclar
Vivadent).

5.12: Restauração ampla de


resi.na composta realizada em
um caso desfavorável. Note que
a caixa proxjrnal é mwto ampla e
términos cervica.is mu.ito baixos.

5.13: Remoção da re tauração


antiga devido a presença de
intiJtração.

5 .14: Grande presença de cárie


ec u.nd ária e infiltração.

5 .15 a 5 .17: Caso favoráve l para o uso de restauração indireta pela presença de té rmi.no
cervical excessivament e baixo e paredes

late rais d a caixa proximal muito abertas de vestibu lar pa ra lingua l.


580
Shortcut s em odontologia estética: urna nova visão b
so re T!Ps

Td
Qual material usar nas restaurações indiretas: resinas compostas ou cerâmicas?

RESPOSTA Acredita-se que as porcelanas mostram-se bastante vantajosas em


grandes onlays e overlays, mas em pequenos inlays e onlays, em
,., Resinas de laboratório: inlays e pequenos que exista grande quantidade de paredes opostas entre si e gran-
onlays .
de retenção friccionai. as resinas compostas podem apresentar al-
., Porcelanas: grandes onlays e overlays.
gumas vantagens como melhor acabamento de margens. menos
friabilidade, mais facilidade de manuseio. preparo mais conserva-
dor e melhor condição de polimento após o ajuste oclusal11·12•

Algumas tendências de uso das resinas compostas. sejam la-


boratoriais ou de consultório. na chamada técnica direta/indi-

reta vêm sendo observadas ultimamente13 . As cerâmicas mais


indicadas em grandes restaurações indiretas como overlays ou

grandes onlays. principalmente quando existirem muitos térmi-

nos próximos à área gengival. o que dificultaria a manutenção

de resinas com ausência de placa bacteriana e manchamento.

Em pequenos onlays e inlays14 • a indicação recai sobre as resi-

nas compostas. Avaliações clínicas apontam maiores problemas


. .
Capítulo 5 : /nlays e on/ays: restaura ções parciais .
em resmas compos tas e cerâmicas 581

relacio nados a t rin cas e fratur as em restaurações

parciais ce râmi cas co m espaço reduz ido em co m-

paração às resin as indi retas1 s.16 (Fi gs. 5 _18 a 5 _22 )_

Ainda que em curt o prazo os res ultados de cerâ-

mi cas em inlays sej am favorávei s17, um a anál ise

de fadiga de mater iais re st auradores favorece as

resi nas comp o st as em co mparação as cerâm icas

após 10.000 ciclos . Outros trabalho s tê m mos-


18

19
trado resulta do s sim ilares - º.
2

Grandes restau rações indiretas de compó sitos

não teriam mais a desva ntagem mecânica suge-

rida no passado da suscetibilidade ao desgas t e,

uma vez que hoje se sabe que quase todas as resi-

nas compo stas comercializadas no mercado pos-

suem características mais favoráveis em relação


21
ao desga ste do que restaurações de amálgama .

O grand e proble ma clínico observado nos últimos

anos com o uso de resinas de laboratório em gran-

des peças é o manch amen to e a alteração de co-


5.18: Overlay de Ernp ress (Tvoclar Vivaden t) com fratura de corpo.
loração de corpo (superficial) que ocorrem nessas
de corpo .
5.19 e 5.20: Onlay de Nobel Ron do (Nobel Biocare) com frat ura
peças (Figs. 5.23 a 5.25).
ineficácia da base utilizada.
5.21: Onla_y an tigo (FortW1e/ Williams) com fratura de corpo por
ões rígidas desfavore cem o res ul tado em longo prazo'i. .
Bases resilientes sob restauraç

Em alguns sistemas, isto pode ser intensamente cerâmico fratu rado fe ito
5.22: Microsco pia eletrônic a de varredur a (MEV) de um Onla_y
em MEV gentilme nte
observado; em outros, menos . Esse problema pare- através da técnica de réplica em resina e póxica (fotomicr ogra.óa
cedida por Gilberto Borges).
ce estar bastante relacionado à baixa qualidade de
582 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

polimerização da maioria dos sistemas de resinas

laboratoriais e de seus fornos de polimerização, que

utilizavam luzes posicionadas a uma distância muito

grande em relação às peças. Sabe-se que a intensi-

dade da luz polimerizadora está diretamente rela-

cionada à distância da ponta (que deve estar o mais

próximo possível da restauração confeccionada).

Isso acaba gerando um índice de sorção alto, uma

vez que o grau de conversão destas resinas é baixo.

5.23 e 5.24: Onlays realizados com resina Solidex (Shofu) após cinco (Fig. 5.23) e oito (Fig.
Outra explicação para o pouco sucesso clínico 5.24) anos de uso clinico.

era o uso em algumas resinas com quantidade


5.23 e 5.24: Onlay realizado com sistema Zeta (Vita), em um acompanhamento clinico de 4

de partículas de carga muito baixa e dimensões anos. Essa resina apresentava baixa resistência mecânica e tendência alta a manchamento
de su pe rflcie.
amplas, resultando em perda de polimento e

manchamento das restaurações, como pode ser

visto no quadro 5.1.

Quando houver mais do que duas


Quando existir, portanto, a necessidade de grandes cúspides destruídas. pense na
possibilidade de realizar a restau -
reconstruções, como onlays com perdas de três ou
ração em cerâmica. Em ''overla9s "
mais cúspides, ou mesmo overlays totais. as cerâ- com todas as cúspides envolvidas,
as cerâmicas são a escolha certa.
micas estariam mais indicadas 22 . As modificações
Reserve as resinas compostas para
e a evolução dos sistemas cerâmicos favorecendo restaurações pouco espessas e com
perda de uma ou duas cúspides (Figs.
os resultados clínicos atuais serão abordados pos- 5.26 a 5.29).
teriormente (Figs. 5.30 a 5.32). Sucesso clínico de

restaurações cerâmicas posteriores em avaliação

clínica de 1O anos é de 935% 23 .


Capítulo 5 : lnlays e onlays·. rest auraçoes
- parciais e .
m resmas compostas e cerâmicas
583

5.26: Onlay feito em Tescera (Bisco Co.) em uma boa indicação para resinas indiretas.

5.27 e 5.28: Silanização e aplicação do sistema adesivo para cimentação.

5.29: Onlay cimentado (TPD : Fred Rodrigues dos Santos/ Laboratório Clelio) .

5.30 a 5.32: Onlay em maior dimensão feito em cerâmica reforçada por leucita Empress
(Jvoclar Vivadent) (TPD: José Carlos Romanini, Londrina-PR) .
Fo~ . dos

...!_ ""::

Fo~tiViildos

Fo~t:ivados

Fo~tiViildos
+
calor

Fo~tiViildos
+ H, ,
luz/calor

Cristobal (Oen /Ceramco) 7

BelleGI G( err Lab.) 4


Fotoatiwdos
+ Tescera NTL (Bise )
calor/pressão

oncept HP (lvoclar / Vivadent) 7 -7


Capítulo 5 : /nlays e on/ays: restaurações pareia is em resmas
· •
compostas e ceramicas 585

Depois de definir entre resina e porcelana, devemos pensar:


que tipo de material utilizar?

RESINAS COMPOSTAS
RESPOSTA

As primeiras gerações das resinas compostas fabricadas em la-


Resinas compostas indiretas: boratório foram desenvolvidas baseadas no desejo clínico de ex-
sistemas com grande quantidade de carga,
pandir a gama de alternativas restauradoras estéticas sem metal.
micro-híbridas. com formas de polimerização
porém estas primeiras formulações de compósitos foram propen-
com adição de calor e pressão em unidades de
polimerização específicas: sas a falhas devido à sua baixa resistência flexural e baixa resistên-

resinas compostas técnica direta/indireta: cia ao desgaste (com exceção da resina lsosit/lvoclar Vivadent),
resinas micro-híbridas/nano-híbridas/ propriedades atribuídas ao baixo conteúdo de partículas inorgâni-
nanoparticuladas com grande quantidade de
cas24·25. Na década de 1990, as resinas indiretas de segunda gera-
carga;
ção surgiram no mercado odontológico. Esses materiais passaram
cerâmicas: cerâmicas com reforço de leucita
por modificações gradativas. sobretudo em sua composição e no
ou dissilicato de lítio através da técnica de cera
perdida ou frezada. processo de polimerização. que se tornou mais complexo e efeti-

vo. possibilitando seu uso para a confecção de trabalhos protéticos

unitários como inlays. onlays, coroas totais e facetas laminadas.

além de próteses fixas de até três elementos. quando reforçadas

por fibras. Uma grande variedade de resinas indiretas de segunda


586
Shortcuts em odontologia e tética: uma nova visão sobre TIPS

geração. com diferenças notáveis quanto à com- cristais pol iméricos e cerômeros - polímeros oti-
posição. métodos de pol imerização e aplicações mizados por cerâmica (originado do inglês cero-
clínicas estão presentes na atualidade. mer - ceramic optimized polymer) 21 . São. na ver-

dade. res inas compostas.


Evolução das resinas indiretas para restaurações

As resinas indiretas de segunda geração são resinas


Surgidas no início da década de 1980. as resinas
compostas com partículas cerâm icas na porcenta-
compostas indiretas microparticuladas de primei-
gem entre 60 e 70% em volume. com média de
ra geração (Dentacolor - Heraeus l<ulzer. lsosit N
resistência flexural entre 120 e 160 MPa e módulo
Essas resinas indire-
- lvoclar Vivadent. Visio-Gem - 3M ESPE) aumen-
tas eram conhecidas de elasticidade de no mínimo 8.500 MPa25 . O au-
taram a gama de materiais restauradores possí- por unir algumas
mento na quantidade de partículas inorgânicas. as-
vantagens das por-
veis para dentes anteriores e posteriores. Porém.
celanas e das resinas sim como a diminuição do tamanho para em média
devido a algumas desvantagens. como resistên- compostas, sem apTe- 20
0.04 a 1 µm • além de alterações no formato e nas
sentar suas limita -
cia flexural inadequada. fraturas de margens e
ções inerentes2 • En- composições destas partículas. resultaram em me-
cúspides. desgaste oclusal e instabilidade de cor. tretanto, a realidade
era que se tratavam lhoras significativas nas características mecânicas
continuou-se a busca por um material que solu-
de resinas compostas destas resinas indiretas. Houve redução da contra-
cionasse ou ao menos minimizasse estas caracte- com características
semelhantes às das ção de polimerização, aumento da resistência fle-
rísticas desfavoráveis 26 . resinas diretas ou, em
xural, resistência à abrasão e resistência à fratura.
alguns casos, piores.
junto com melhor estabilidade de cor por parte do
Em meados da década de 1990, foram desenvol-
material, apresentando excelentes resultados clíni-
vidas as resinas laboratoriais de segunda geração.
cos 7-9. A composição da matriz orgânica das resinas
assim classificadas por Touati 25. Além dessa classi-
indiretas está baseada em Bis-GMA e em outros
ficação, na literatura. podem ser encontradas de-
monômeros de metacrilato (TEGMA e UDMA) que
nominações diferentes para este mesmo material,
favorecem a manipulação do produto. tal qual urna
como polímeros de vidro (polyglass). polividros.
resina composta direta fotoativada. Entretanto.
porcelanas de vidros poliméricos. polycerams.
além da presença destas moléculas bifuncionais
Capítulo 5 : ln/ays e onlays: restaurações pareia· · · .
is em resmas compostas e ceram,cas 587

convencionais, há a incorporação de novas matri- baixa resistência flexural. Como exemplos, os siste-

zes poliméricas e de monômeros multifuncionais mas Zeta (VITA). Solidex (Shofu). Resilab (Wilcos) e

que apresentam de quatro a seis sítios para ligação Sinfony (3M ESPE). sendo este último mais bem uti-

durante a polimerização 24 . lizado como revestimento completo de estruturas

de metal ou de materiais reforçados por fibra. Es-

A presença dos monômeros multifuncionais possi- ses sistemas devem ser classificados como resinas

bilita maior formação de ligações cruzadas entre indiretas intermediárias (Figs. 5.33 a 5.37).

as cadeias poliméricas. mas este processo não é

conseguido apenas com a fotopolimerização tra-

dicional. A luz mantém-se como catalisador prin-

cipal da reação em todos os sistemas de resinas

disponíveis; no entanto. formas complementares

de polimerização por calor, pressão e/ou ausência

de oxigênio foram acrescentadas ao processo para

introduzir energia suficiente para estender o grau 5.33 e 5.34: Onlay realizado em resina
. . 4 Solidex (Shofu) (TPD: Roberto Devôlio;
de polimerização além dos limites convenc1ona1s . Curitiba/ PR) .

Assim, o produto final polimerizado consiste numa 5.35: Acompanhamento clinico de 10


anos.
estrutura macromolecular complexa e irreversível,
5.36 e 5.37: /nla_y realizado em resina
vista como uma rede tridimensional. de densidade
Solidex (Shofu) (TPD: Roberto Devôlio;
Curitiba / PR) .
superficial alta e propriedades mecânicas próximas

às do dente natural.

• • çadas no comércio.
Algumas resinas indiretas 1an
.d d estéticas notáveis,
apesar de possuírem qual1 es ª
- d · as laboratoriais
não entram na classificaçao e resin
.d , a composição e
de segunda geração25• devi O su ª
588 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Classificação das resinas indiretas de segunda Alguns sistemas como o Gradia Direct (GC Ameri-

geração quanto ao método de polimerização ca) utilizam luz com intensidade crescente para fa-

vorecer o entrelaçamento gradual das cadeias po-

O método de fotopolimerização complementar é liméricas e diminuir a contração de polimerização.


visto como uma das grandes vantagens dos siste- O sistema Artglass (Heraeus l<ulzer) possui uma
mas de resinas para uso indireto. Tem a finalidade unidade de fotoativação com alta intensidade de
de aumentar o grau de polimerização, isso é, levar a luz xenon estroboscópica (comprimento de onda
uma maior conversão de monômeros em polímeros entre 350 e 550 nm), que emite luz por 20 milisse-
e, consequentemente, melhores propriedades mecâ- gundos, seguidos por um período de escuridão de
A utilização do vácuo
nicas28. Assim, é interessante classificar as resinas la- 80 mi lissegundos, com a ideia de aumentar, assim.
ou a fotopolimeriza-
boratoriais de segunda geração, conforme proposto ção na presença de a taxa de conversão por ligações cruzadas e di-
nitrogênio servem
por Garone Netto e Burger 29
. Segundo esses autores, para eliminar o oxi- minuir a tensão de polimerização interna da resi-
há quatro protocolos de polimerização diferentes: gênio, que é um inibi-
na. Apesar de apenas fotoativadas, em tese, esses
dor de polimerização
fotoativados, fotoativados com polimerização com- da última camada sistemas tendem a obter alto grau de conversão
plementar por calor, fotoativados com polimerização da restauração. Cli-
polimérica, com propriedades mecânicas maiores
nicamente, pode-se
complementar por luz e calor e fotoativados com observar uma cama- que as resinas compostas diretas, mas isso não é
polimerização complementar por calor sob pressão. da mais pegajosa da
uma regra geral para estes sistemas, uma vez que
resina quando essa é
fotopolimerizada na alguns resultam em polimerização ineficaz (exem-
presença de oxigênio.
Sistemas fotoativados plos no site: www. short cuts-book.com).

Os sistemas de resinas fotoativadas utilizam luz ha-


Sistemas fotoativados com polimerização
lógena ou xenon estroboscópica como único agen-
complementar por calor
te de polimerização. Existem unidades fotopolime-

rizadoras específicas para cada marca comercial,


Nestes sistemas, a polimerização inicial por luz pode
com o objetivo de alcançar maior conversão de
ser realizada na unidade específica de cada siste-
monômeros em polímeros. ma ou por qualquer unidade fotopolimerizadora.
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações pa · · ·
rc1a1s em resinas compostas e cerâmicas 589

O tratamento pelo calor que se segue é proporcio- e menores propriedades mecânicas de resistência
nado por uma unidade que mantém a temperatura flexural e dureza l<noop, quando comparado ao sis-
em aproximadamente llOºC por 8 a 15 minutos, tema anterior31 . Porém, segundo o fabricante, apre-

podendo variar de acordo com o sistema emprega- senta melhores propriedades ópticas, junto com

do. O sistema Conquest Sculpture (Jeneric/Pentron) aumento da lisura de superfície, obtendo, assim,

é um exemplo desta classe de materiais. sendo fo- melhor polimento e menos pigmentação extrínse-

topolimerizado inicialmente pela unidade Cure-Lite ca ao longo dos anos. Esse sistema continua sendo

e polimerizado de forma complementar na unidade compatível com as fibras Vectris (lvoclarNivadent),

Conquestomat com calor e vácuo 30 . e pode ser associado a ele para aumentar as pro-
priedades mecânicas da restauração 32 (exemplos no
site: www.shortcuts-book.com) (Figs. 5.38 a 5.40).
Sistemas fotoativados com polimerização

complementar por luz e calor

Para esses sistemas, unidades polimerizadoras di-

ferenciadas são necessárias para a obtenção das

propriedades finais da resina. Normalmente, os sis-

temas dispõem de uma unidade fotopolimerizadora

responsável pela polimerização inicial, e de uma uni-

dade complementar que fornece luz e calor simulta-

neamente, em ciclos automatizados, com tempos e 5.38 a 5.40: Onlay realizado com a resina
Cristobal (Dentsply) , representante da
temperaturas indicados pelos fabricantes.
classe de resinas com polimerização
complementar por luz e calor (Laboratório
Calgaro - Curitiba / PR).
O sistema de resina Targis (lvoclar Vivadent) utilizava
. · - porém foi substi-
este processo de pohmenzaçao,
tuído pelo sistema SR Adoro (lvoclarNivadent), que
'culas inorgânicas
tem menor porcentagem de partl
590 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TI PS

Sistemas fotoativados com polimerização


complementar por calor sob pressão ou vácuo

Esse último tipo de sistema de polimerização utiliza


uma técnica que obtém os melhores resultados. prin-
cipalmente no que diz respeito à resistência à abrasão
e ao grau de conversão dos monômeros em políme-
ros, que poderia chegar a 98,5%8; porém, esses valores
de conversão exacerbados são bastante discutíveis.

Além do calor, o uso de pressão constante ou do


vácuo no processo de polimerização é capaz de 5.41: Acom panh amento de resi na cimentadas
realizadas com Belleglass (Kerr) demon rrando ótimos
eliminar a porosidade da massa dos compósitos, resultados clínicos após 6 anos.

o que reduz o processo de degradação superfi- 5 .42: Aco mpanhamento clínico de 4 anos de Onlay de
Belleglas no primeiro mola r infer ior.
cial da resina. A pressão também tem a finalidade
de evitar a evaporação dos monômeros quando 5 .43: Acompanhamento clíni o de 6 anos de Onlay de
Belleglass no primeiro pré- molar uperior.
em temperaturas muito altas. Outra variável im-
5.44 a 5.48: Onlay realizado com a resina Tescera
portante desse sistema é a presença do nitrogê- (Bi co) (TPD: Fred Rodrigues do Santo / Laboratório
Clelio; Belo Horizonte / MG).
nio. que possui vantagens citadas no tip ao lado.

As resinas indiretas BelleGlass NG/Premise lndirect

(l<err Lab.) e Tescera NTL (Bisco) utilizam este sis-

tema de polimerização 33. Essa parece ser a técnica

de eleição para resinas laboratoriais em situações

que requerem boas propriedades de resistência


10
mecânica em inlays e onlays (exemplos no site:

www.shortcuts -book.com) (Figs. 5.41 a 5.48).


Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações p arc1a1s
. . em resin
. as compostas e cerâmicas 591

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS CERÂMICOS PARA No final da década de 90, surgiu o IPS Empress

RESTAURAÇÕES (lvoclar Vivadent) que utiliza uma técnica semelhante


à da cera perdida usada nas restaurações metálicas
As primeiras porcelanas utili zadas para a confecção fundidas. A diferença é que, em vez de centrifugada,

de restaurações sem metal foram as porcelanas a cerâmica é injetada com pressão e temperatura

feldspáticas, que tradicionalmente eram aplicadas controladas em um forno especial para o sistema.

em coroas metalocerâmicas. Entre as vantagens deste sistema, destacam-se a


diminuição da contração da estrutura quando com-

As porcelanas são compostas por duas fases distintas: parada com as cerâmicas convencionais, além da

a cristalina que geralmente possui cristais de alumina e presença de leucita na fase cristalina, que permite
a obtenção de melhores qualidades ópticas e esté-
leucita e uma fase vítrea que basicamente é compos-
t icas36. Esse sistema apresenta resultados de avalia-
ta por feldspato de potássio, vidro e óxido de alumí-
ções clínicas com sucesso após 8 anos 37 e índices de
nio34. A incorporação de alumina na fase vítrea aumen-
falhas de 7% in vivo após 6 anos38 .
tou a resistência flexural deste material, que passou a

ser indicado com mais segurança para coroas unitárias


35 Esse sistema pode ser condicionado por ácido fluo-
sem metal em dentes anteriores, por exemplo .
rídrico e tratado com agente de união (silanização),
o que faz com que a cerâmica possa ser fortemen-
A técnica laboratorial mais comum é a confecção
te aderida à estrutura dentária após os procedi-
da restauração sobre um modelo refratário, com a
mentos adesivos de cimentação.
técnica convencional de pó e líquido. Essa técnica

é utilizada tanto para coroas parciais, laminados,


Para cromatizar e saturar a peça existem duas técni-
inlays e onlays como para coroas totais anteriores.
cas: uma chamada técnica da pintura ou maquiagem
Entretanto, a evolução dos sistemas cerâmicos não
e outra de estratificação39. Na primeira a restauração
ocorreu apenas com a melhoria da composição das
é fundida até o seu contorno final com uma única
cerâmicas, mas também com a técnica de confec-
cor e caracterizada por corantes especiais do próprio
ção das restaurações.
5 -

1 1

em Empre
na um ca
faceta em rela o
tando 98, Vo de uce
publicado em 2002, 11

por 11 anos. havendo uce o clínico


1
à estabilidade de cor de 94.2 Vc ' J . E E
onlays. entretanto. um e tud clínic

que IPS Empress obteve melhor

cor e textura superficial. porém pior re ult d m

relação à fratura de restauraÇo 41 .

Na técnica de estratificação. é feit prim ir m n-

te uma infraestrutura por injeção e obr p


aplicadas cerâmicas de cobertura do próprio i - mi d
tema. permitindo maior estratific ç o d cor qu ntid
também caracterizações inci ai . E técnic n o t
apresenta diferença significante o longo do t m-

po em relação à estabilidade d cor. qu ndo am- de


parada à técnica da pintura40 • Compl t ndo r m r produzid me d d n
Capítulo 5 : Jnlays e onlays: restaura - . . .
çoes parc1a1s em resmas compostas e cerâmicas

Uma evolução relacionada a este sistema foi o desen- confecção pode ser realizado por meio da técnica
volvimento do sistema JPSEmpress 2 (lvoclarVivadent), de injeção (IPS e.max Press) na qual a restauração
que emprega uma cerâmica estruturalmente diferen- defi nitiva é obtida a partir de um modelo ence-

te, composta por cristais de dissilicato de lít io, que rado ou através da técnica CAD/CAM (!PS e.max

conferem à cerâmica melhores propriedades mecâni- CAD), quando o preparo dentário é digitalizado e

cas, permitindo a confecção de prót eses fi xas de três sobre o modelo digital em 3 dimensões é realiza-

elementos sem infraestrutura metálica e coroas uni- do o desenho da restauração desejada e poste-

tárias em dentes posteriores que podem ser aderidas riorment e um bloco de dissilicato de lítio é fresa-
55
à estrutura dentária. Além disso, a alta t ranslucidez do conforme as indicações do desenho digital .

presente no sistema permite a confecção de infraes-


Além da gama de variedade de indicações. o sistema
truturas que não interferem no resultado óptico fi nal
IPS e.max permite duas possibilidades de confecção
da restauração, podendo ser utilizadas sobre o prepa-
de próteses: (a) com uma infraestrutura de dissilicato
ro de dentes claros, onde permite ótima interação de
42 51 de lítio para posterior revest imento com cerâmica
luz entre a restauração e o preparo dentário - .

feldspática (porcelana de revestimento) ou (b) a con-

fecção de estrutura monolítica já com a pastilha de


Essa cerâmica à base de dissilicato de lítio era com-
55 57
t ranslucidez e cor indicada para o caso final - .
posta por uma matriz de cerâmica vítrea enrique-

cid a com cristais de dissilicato de lítio (60 a 65%).


O uso de uma infraestrutura (JE) recoberta por
Após algumas reformulações químicas, foi relan-
porcelana apresenta a vantagem de alinhar a re-
çado e chamado de IPS e.max Press ou JPS e.max
sistência do dissilicato de lítio com a estética su-
CAD (lvoclar Vivadent) (65% de dissilicato de lítio,
"d d perior da porcelana de revestimento. O uso de es-
34% de fase vítrea e até 1% de poros, ª es
)52-54
·
truturas monolíticas maximiza a resistência com

a utilização de uma camada mais espessa de ma-


Os sistemas de dissilicato de lítio são extrema-
terial, cerca 1 a 2 mm de espessura frente aos 0,8
mente versát eis em se tratando do método de
mm da IE43.49.ss.ss _
- . . - I' · a seu método de
confecçao e 1nd1caçao c 1nic .
594 Shortcuts em odontologia estet1ca: uma n a · - n

Diferente das cerâmicas feldspát icas. as cerami-

cas semicristalinas. com reforços como dissilica-

to de lítio. oferecem melhor resistência à propa-

gação das trincas. Os cristais formam uma zona

de tensão compressiva na matriz vítrea ao redor

dos cristais que causa a deflexão das trincas, as-

sim como ocorria nas cerâmicas à base de leu-

cita. Mas. diferentemente dos cristais de leucita

que são poligonais. os cristais de dissilicato são

alongados (na forma de bastões) e formam uma

rede de cristais entrelaçados que dificultam a

propagação das trincas entre os planos, exigindo

grande número de deflexões e desvios para que


a fratura ocorra53·5459.
·
595
pareia '
Capítu lo 5 : lnlays e onlays : restaurações is em resinas compostas e cerâmicas

Com o dev e ser o preparo para inlays!onlays estéticos?

icas não guardam


Os preparas para restaurações indiretas estét
·,~'_ ;'.':: <í}~ -
restaurações me-
RESPOSTA . ?~~\
·. · .
·_if'
•.. r ( . . ·· · ; : ..· ·, v·~ as característ icas presentes nos preparas para

.. "t':ri§,"!!,\ll . . tálicas. como presença de caixas. sulcos acess


órios, contrabisel e

» Términos externos em ·chan fr,ado . ção das peças se dá


~: : :~:·i: ·:r:~ recob rimen to tradicional de cúspides. A reten
» Ângulos internos arredÔndadÕ"s.. pela adesão micromecânica fornecida pelos
proce dime ntos ade-
:.>.:FYi?~~
» Preparas expulsivos . ,(t-:i//~, preparas deve m ser.
.-:_·::;~:r-:::~:?fti\4f'~j sivos aos substratos dentina e esmalte. Os
» Espessura mínima de 2.5 mm em'~[~~:/~~1 ~;i , ;~ porta nto. extre mam ente expulsivos, uma vez
que a retenção está
ltf:
carga (cúspides de contenção cêntricá.:t fo1~~
adesiva e não na de-
' :J:;1 a cargo dos procedimentos de cimentação
crista).
pendência de retenções de caixas acessórias
e paredes opostas.
>> Paredes da caixa proximal expulsivas para ·
proximal.
-se basta nte a pis-
De forma genérica. os preparas assemelham
m ser evitados. uma
tas de sl<ate . Términos em ombr o reto deve
60

nto e não favor ecem


vez que dificu ltam o escoamento do cime
ou mesm o biséis são
a adaptação da peça estét ica - chanfrados

preferenciais e viáveis (Figs. 5.49 e 5.50).

5.49 e 5.50: Prepares semelh antes a pistas de skate.


Shortcuts e m odontologia estética: uma nova visão sobre Tlf>S
596

O A ngulo interno devem ser arredondados para

evitar pontos de concentração de tensões que po-

deri m gerar a formação de trincas (em cerâmicas)

o m esmo tempo em que dificultam a adaptação


da peça protéti ca.

O preparo t ambém deve oferecer uma espessura

mínima de 2.5 mm em áreas que recebem esforços

mecânicos como o fundo da fossa central e cúspi-

des de contenção (vestibulares dos inferiores e pa-


5.51: Caso inkial de restauração de
latinas dos superiores). Em outras áreas. esta regra amálgama extensa.

não se aplica, podendo a peça ter uma espessura 5.52: Moldagem com silicone de
adição (Splash/ Discus Dental) em
bastante reduzida.
moldeiras parciais (lhe Gripper /
Discus Dental).

Essas regras aplicam -se a preparas para resinas 5.53: Provisório realizado com
Systemp Onlay (lvoclar Vivadent) .
compostas e cerâmicas. Para as cerâmicas. no en-
5.54: Preparo isolado para cimentar a
tanto, as regras são mais rígidas e criteriosas dada
peça cerâmica. Note a característica
a friabilidade do material (Figs. 5.51 a 5.55). de ângulos internos arredondados,
extremamente expulsivos, espessura
mínima de 2,5 mm em áreas de carga
e términos externos em chanfrado .
Um bom sistema de pontas diamantadas específi-
5.55: Onlay realizado em e.max
cas para inlays!onlays pode ser visto na figura 5.56.
(lvoclar Vivadent) (TPD: Alexandre
Santos/Studio dental; Curitiba/PR;
CD Antônio Sakamoto).

5 .56: Kit de pontas diamantadas (ltit

Paulo Kano - Jota). Note a presença


de pontas com forma cilíndrica
de extremo arredondado e grande
amplitude.
mr
597
Ca pítulo 5 : lnlay e onlay : r tauraçõ p r iai inas ompo tas cer' micas

UD
com carac t erísticas de híbridas como ZlOO cor
NÚCLEOS DE PREENCHIMENTO
com
(Un iversa l Dentina - 3M ESPE) ou outra híbrida
Pontas diamanladas
em esféricas de grande grand e resist ência flexural e quantidade de carga.
Raramente serão necessários pinos intracanal
dimensão e "egg
e que t enha cert a opacidade (Figs. 5.57 a 5.67).
dentes com necessidad e de preparo para onlays Jorm " ou ovala-
das são bastante
overlays, uma vez que se sabe que ret entar es intrarra-
interessantes para s
peça Resina s direcionadas para a confecção de núcleo
diculares servem como aumento da ret enção da oferecer expulsivida-
utili-
do de. As cilíndricas e as de preenchimento (cores) podem tamb ém ser
protética, mas não como aumento da resistência cônicas de extremo
ores, zadas, uma vez que apresentam grande quantidade
conjunto restaurador (exceto em dentes anteri arredondado são úteis
de
icati-
em caixas proximais de carga e muita resistência. com a vanta gem
em que componentes horizontais são signif e oclusais e resultam apli-
s em um preparo ex- oferecerem polimerização dual, podendo ser
vos)61. Retenção não é um problema em restauraçõe
pulsivo com ângulos cadas de uma só vez (em grandes preenchimentos.
-
parciais, já que grande quantidade de esmalte margi internos arredon-
pou-
dados. Em caixas uma polimerização de pequenas quantidades.
o
nal está presente, garantindo estabilidade em funçã
proximais, as paredes co a pouco. poderá ser interessante. uma vez
que
mecânica e consequentemente retenção. laterais devem estar
ção
levemente expulsivas apesar de apresentarem menor tensão de contra
não só para oclusal, pela polimerização dual. a grande quantidade de
re-
men-
Usualmente, em dente s tratad os endod ontica mas também para
con-
proximal, podendo sina utilizada pode gerar uma característica de
te, um preen chime nto ou core deve ser realiz
ado e
ser utilizada para 63 -
tração desfavorável) . Resinas presentes no merca
é suficiente. tendo a funçã o de favorecer o prepa- esta região uma
r
ponta 3195 (cônica do como Luxacore (DMG), Multic ore Flow (lvocla
e de
ro torna ndo-o mais expulsivo sem necessidad afilada).
Vivadenü Rebilda (Voco) podem ser utilizadas (Figs.
es
desgastes adicionais, além de regularizar pared
5.68 a 5.87). O uso dessas resinas em vídeo pode ser
des
pulpares que apres entam superfície com cavida
observado no site: www.short cuts- book.com.
62
e pequenas retenções (Desenho 5.1) .

so-
Em pequenos preen chime ntos, como cúspides
8 Resina de preenchimento
cavadas. uma resina flow poder á ser utilizada em
à
es 5.1: Utilização de resinas em áreas socavadas, visando
uma cor padrão A3 ou A2; grandes reconstruçõ
preservação da cúspide .
ência
necessitam de uma resina com mais resist
shortcuts em odontologia estetJCa· uma nova visão sobre TIPS
598

5 .57 a 5.67: equência de


preenchimento realizado com
sistema ade i o LtLxabond (D~!G)
e re i.na para preenchimento dual
Lmacore (DMG) que ,·ern em
seringas com pontas específicas
para mistura e aplicação direta.

5 .68 : Em grandes
preenchimento como em
coroas totais, um conjunto de
pino de fibra de vidro Reforpost
{Angelus), acompanhado de
pino ace órios de fibra de vidro
Reforpin {Angelus) e um núcleo
pré-conformado de fibra de
vidro Reforcore (Angelus) pode
er interes ante. O aumento
do volume de fibra de vidro e
diminuição de cimento re inoso.
a sim como da resina de
preenchimento, pode ter efeitos
mecànico positivos.

5 .69 a 5.81 : Sequência de


cimentação com Kit introdutório
de Cin1entação de Pinos
( ngelus).

5 .82 a 5 .87: Repreparo realizado


com kit de pontas Paulo Kano
{Jota).
pltulo 5 : lnlay e onlay : restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 599
600 Shortcuts em odontologia est ética: urna nova visão sobre T!Ps

Duas situações não são indicadas para a realização 5 .88 : Dente após a remoção de restauração antiga
defeituosa.
de preenchimento: a primeira é a presença de ca-
5 .89 : Dente isolado. Pode-se observar que se trata
vidades rasas sem espaço para este procedimento; de uma cavidade média / rasa sem necessidade
de núcleos de preenchimento. o que tomaria O
a segunda é a existência de coroas clínicas curtas.
espaço necessário para a peça_

5 .90 e 5 .91 : Aplicação do prime-rcondiciorudor


Na primeira situação (Figs. 5.88 a 5.101) é necessá- do sistema Adhese (rvoclar Vivadent). Tomamos
como preferência para o selamento imediato
rio apenas o selamento dentinário buscando prote-
dentinário os istemas adesivos do tipo dois
ção do complexo dentinopulpar64 - 67• passos (primeT condicionador e adesivo
hidrofóbico com carga) (ver Capítulo 2).

5 . 92 e 5. 93: Aplica-se jato de ar uave e continuo


para a evaporação do solvente do prirner. Lembre-
se de que o primer des.ses sistemas adesivos possui
bastante água, o que resulta em maior dificuldade
neste procedimento.

5 . 94 e 5. 95: Aplicação do adesivo (passo 2)


hidrofóbico com carga. Essa QJJl.ada não pode
ficar excessivamente delgada.

5 . 92 6 5 . 97: Fotopolimerização por 20 segundos.

5.98 a 5.100: Deve-se aplicar urm caID2<b


de glicerina em gel de carbopol (25%} para
polimerizar de forma efetiva a camada uperficial
que estava em contato com o o ·gênio e sofreu
inibição. Depois disso, o preparo deve r limpo
com álcool para remo er algum resquicio da
camada inibida residual qu pode interagir
negativamente com o material de mokbgem
impedindo sua polimerização corretan.m.

s .101: o provisório ( temponb /lvoclar


Vtvadent) mantém- embricadosobreacamada
do selamento imediato m, no entanto, se aderir
a esta, desde que a camada da h.aõridização esteja
bem polimerizada e com a ~ da capa de
inibição (CD. Cristian Higashi).
s e cerâmicas 601
capítulo 5 : lnlays e onlays: restauraç ões parciais em resinas composta
602 Shortcut s em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

5.102 a 104: Co roa clínica curta com


a segunda situação, em que a coroa clínica curta
tratame nto e nd odôntico. A est ratégia
desfavorece o preenchimento, o espaço deve ser para esses casos é não realizar pino
as situações de cavidades rasas e em intracanal e preenc himento, o que
aproveitado para a espessura do material de reco- coroas clínicas curtas evite utilizar resultaria em um preparo excessivame nte
núcleos de preenchimento. curto e problema de rete nção.
brimento final. Em casos de dentes com tratamen -
Retenções intracoronárias (endocrowns)
proporciona m estabiUdade bio mecànica
to endodôn ico, o espaço da câmara pulpar deve-
efetiva.
rá ser utílízado para a retenção inversa, chamada
5.105 e 106: Endo-Onla_y reaUzado e m
usualmente de endocrowns ou endo-onlays. Essa Empres (lvoclar Vivade nt) , técnica de
maquiagern , sobre o modelo.
alternativa oferece mecanicamente os mesmos
5.107 e 108: Observe o preparo com
resultados de coroas totais, sendo mais conserva-
términos em c hanfrado e retenção na
dores e obtendo melhor selamento, uma vez que a área da càmara pulpar.

margem de esmalte mantém-se em grande parte 5.109: A peça preenche a retenção


intracoronaJ com a injeção da ceràntica,
do preparo68·69 (Figs. 5.102 a 5.119). como nos antigos pivô .

5.110 e 111: Caso preparado e peça


cimentada (TPD: Alexandre Santos/
Studio dental , Curitiba/ PR) .

5.112: Molar inferior preparado para


endo -onlay.

5.ll3 e 114: Onlay em Empress (Lvoclar


Vivaden t) maquiado (TPD : Alexandre
Santos /Studio dental , Curitiba/ PR).

5.115 e 116: Co ndicioname nto com ácido


fluorídri co por um min uto (Cond Ac
Porcela na . FGM ).

5.117: Aplicação do ilano (Prosil / FGM) .

5.118: plicação do sistema ades ivo dual


(Exc ite DSC/ lvoclar Vivadent) .

5.1J9: Peça cime ntada.


Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 603
Short uts m d 11tolOf'ld '5 1é•t ica : urna novo
visc1o (,obr TIP::,

Q and o as cúspides dev em ser rec obe


rtas no pre par o par a onlays?

O que dete rmin a a necessidade de reco


brim ento de cúspides é a
quantidade de estru tura dent ária presente
em sua parte externa
e não o fato de ser esta de contenção ou não conte
nção. como se
imagina. Muitas vezes. a cúspide já se enco
ntra destruída e. nes-
ses casos . o reco brim ento já exist e natu
ralm ente . Outra situação
apre senta- se quando se inicia o preparo
e as cúspides necessitam
da decisão de preservação. man tend o
a restauração como inla.y.
ou de reco brim ento . parti ndo para uma
restauração tipo on/a.y ou
overlay (Figs . 5.120 a 5.122).

- .120 :1 5 . 122: O rv ' q u d marg m da c:ivid:id ai :l 1> nt.a da Ú'>pi • ~,mw,


2 mn1 d · 1Jld' 1, ·!· r)
inla_y lnlay r ali'l..ado com :i r , ina l.:lbor:itorial ,,. ' a, qu • ~U).( ' f ' :i po~Nlbllkfocl ·d· pr ·:. ·r-1. '< · q d 1 ·ihpld · m mt<' nd ·1 r. •'•, ·-1u1 ''
•"'· • 111
Be ll h~~/K •rr) . "
· · · • . 605
Capítulo 5 : lnlays e on/ays: restauraçõ es par c1a1s e m res mas composta s e ceram1cas

Depois do preparo inicial (remoção de restauração

e cárie). se a distânc ia entre a ponta da cúspide

até a margem do preparo for de 2 mm. a mesma

deve ser preservada; se a distância for menor que


Desenho 5 .2: Il us tração de um preparo
2 mm. então essa cúspide deve ser recoberta. re -
para Inlay vista da caixa oclusaJ. Observe
duzindo sua altura. que as paredes laterai da caixa proximal
devem ser ex puJsivas para proximal.

Desenho 5.3: !lustração de um preparo


CARACTERÍSTICAS DE UM PREPARO PARA para Inlay vista da caixa proximal.

INLAY (DESENHOS 5.2 E 5.3):

arredondado;

expulsivo;

espessura mínima de 2,5 mm em áreas de car-

ga mastiga tória (cristas marginais e fundo de

fossa);
paredes vestibular e lingual/palatina expulsi-

vas para proximal.

realizando
5 .123 e 5.14: Pontas diamantad as com g rande arredondam ento e diâmetro,
preparo expulsivo sem formação de ângu los internos {Pontas diamantad as
portanto um
Esthetic Kit Hirata / Scopin , Mani).
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
606

O recobrim ento aum enta a resistência do conjun-

to restaurador final. uma vez que diminui a altura

da cúspide. diminuindo a flexão durante a função

normal, reduzindo, assi m, a possibilidade de uma

fratura de base de cúspide. A cimentação adesiva

da futura peça também aumentará a resistência

final (Figs. 5.125 a 5.127).

CARACTERÍSTICAS DE UM PREPARO PARA

ONLAY:

arredondado;

expulsivo;

espessura mínima de 2,5 mm em áreas de car-

ga (cristas marginais, fundo de fossa e cúspi-


des de contenção);

paredes vestibular e lingual/palatina expulsi- 5.125: Preparo arredondado e expulsivo para Onlay
com recobrimento das cúspides vestibulares e da
vas para proximal. disto palatina.

5.126: Onla_y em resina laboratorial Tescera (Bisco)


(TPD: Fred Rodrigues dos Santos/ laboratório CleLio;
Belo Horizonte / MG).

5.127: Realizando a prova com um cimento tr_y-in


transparente, observando a adaptação marginal e cor /
forma (Try in Variolink ll / Ivoclar Vivadent).
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restauraç ões . . .
parc1a1s em resmas composta s e cerâmicas 607

T {;
Qual é a melhor forma de recobrimento?

Antigamente, quando do uso de restaurações metálicas cimenta-


das com fosfato de zinco, o recobrimento de cúspide de conten -
ção necessitava de um abraçamento com terminação em ombro.
muitas vezes, biselado . Essa era a forma de aumentar macrome-
canicamente a resistência dos preparas.

Com os procedimentos adesivos em cimentação de peças de ce-


râmicas ou resinas, este abraçamento não se faz mais necessário,
sendo a simples redução da altura suficiente para aumentar a re-

sistência após a cimentação adesiva. uma vez que diminuem a

flexão cuspídea por meio da redução da altura da cúspide (medida

do fundo da cavidade até a ponta da cúspide).

A forma mais simples e direta de recobrir uma cúspide é diminuir a

altura, desgastando-a reto e finalizando com um bisei (broca 3195

ou 4138) ou chanfro (esférica grande), melhorando o acabamento

da margem (Desenho 5.4).


Desenho 5.4: ilustração de um preparo para oniay.
608 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Essa forma de recobrimento favorece o escoamen-

to do cimento resinoso, bem como um resultado

estético final potencializado. O recobrimento no

terço oclusal dessa forma favorece ao técnico de

laboratório a mimetização, desde que ele finalize

com material transparente, proporcionando melhor

efeito estético (a sequência em vídeo do preenchi-

mento e do preparo pode ser visualizada no site:


www.sho rtcuts-bo ok.com) (Figs. 5.128 a 5.132).

Quando a estética for fundametttal , como em áreas de


pré-molares superiores ou em dentes com escurecimento,
deve -se realizar um recobrimento do tipo facetamento (Figs .
5.133 a 5.138).

5.128 a 5.130: Preparo realizado com recobrimento favorável , com


redução plana e posterior chanfrado no ângulo externo.

5.131 e 5.132: Onla_y de resina laboratorial cimentado (Solidex /Shofu.


TPD: Roberto Devolio; Curitiba/ PR). Observe o acompanham ento
clínico de 9 anos.

5.133: Caso inicial com planejamento de facetamemo anterior de


cerâmica. Observe a ausência do canino superior esquerdo, o que
ocasiona a necessidade de transformação do dente 24 em 23.

5.134: Preparos realizados para laminados.

5.135: Preparo tipo Onla_y com recobrimento vestibular para laminado


do dente 24.

5.136 e 5.137: Laminados posicionados no modelo-mest re. Observe o


Onlay do dente 24 .
Importante lembrar que no terço oclusal a espessura de
esmalte mostra-se evidente, o que possibilita esta transiçãD
5.138: Laminados cimentados (Emax/lvoclar Vivadent; TPD: Jonathan estética do esmalte natural com um material mais trans-
Bocutti /Studio Dental; Curitiba/PR). lúcido. O terço oclusal é composto quase exclusivamente de
esmalte.
Capítu lo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas co mpostas e cerâmicas 609

~7
Como evitar o problema de sensibilidade após a cimentação?

Tem-se observado que a dentina logo após o preparo dental,

quando comparada à dentina no momento da cimentação, apre-

senta particularidades diferentes. Isso se deve à contaminação

dentinária por materiais uti lizados entre a fase de preparo até a

fase de cimentação da peça protética. Isto é, a dentina obtida

após o preparo apresenta, em sua superfície, a entrada dos ca-

nais dentinários exposta, o que possibilita a penetração de mate-

riais como cimentos provisórios, materiais de moldagem, dentre

outros, que contaminam a superfície e reduzem a resistência de

união da dentina com o elemento protético. Para se evitar tal si-

tuação, tem-se proposto uma hibridização da dentina logo após o

preparo dentário64.1o.n _

A hibridização, ou selamento imediato, é o tratamento da denti-

na superficial recém-preparada, e tem se mostrado uma prática

muito importante para melhorar a resistência de união dente-

-prótese, diminuir a sensibilidade dentinária, proteger o comple-

xo dentina- polpa e diminuir a formação de fenda na interface

dente-restauração 65 - 67· 72 .
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

3. umidade excessiva da dentina, resultando em


A sensibilidade à mastigação que ocorre logo após
presença excessiva de água, solvente difícil de
a cimentação tem como causa a falha no selamen-
evaporar clinicamente. O adesivo, nesta situa-
to da superfície dentinária no momento da cimen-
ção, não polimerizaria efetivamente;
tação, em algum ponto microscópico, o que causa
4. não agitação do frasco de adesivos tipo primer
a movimentação de fluidos 73 quando o paciente
e adesivo em um só passo, o que faz a sepa-
solta após a compressão da mastigação (não exa-
tamente quando ele morde, mas sim quando abre). ração do solvente do adesivo dos monômeros,

O selamento da dentina (immediate dentin sealing tornando ineficaz sua ação de primer;

ou resin coating technique) evita esta sensibilidade 5. aplicação do primer por tempo insuficiente, e

devido ao selamento efetivo prévio da interface, quando os monômeros hidrofílicos iniciam a

resultando em maior efetividade da qualidade de sua penetração, o uso do jato de ar impede a

polimerização da camada híbrida. infiltração total desse primer.

Essa falha adesiva no momento da cimentação Percebe-se a dificuldade de controle de todas essas
pode ser causada por uma interface em que hou- variáveis na clínica diária. Uma estratégia de sela-
ve condicionamento e desmineralização dentinária, mento dentinário antes da moldagem do elemento
mas o adesivo não conseguiu penetrar selando efe- pode eliminar todos os itens citados anteriormente.
tivamente, o que pode ter sido ocasionado por:

Para o selamento imediato da dentina é usado um


1. condicionamento ácido realizado por muito
sistema adesivo autocondicionante de dois passos,
tempo, desmineralizando uma profundidade
por apresentar menor potencial de desminerali-
que o sistema adesivo não consegue pene-
zação e possibilidade de selamento pelo adesivo
tração;
hidrófobo (bond). Esse adesivo deve apresentar
2. secagem excessiva da dentina, resultando em
partículas de carga em sua composição. A hibridi-
colabamento das fibras colágenas, 0 que impe-
zação forma uma camada intermediária que ab-
de a penetração correta do adesivo;
sorve choques durante as forças mastigatórias, e
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais e m resmas
· • ·
compostas e ceram1cas 611

clinicamente resulta em bom desempenho clínico

e maior longevidade quando comparada a dentes

não hibridizados74 . Exemplos comerciais são: Clear-

fil SE Bond (l<uraray Co.), Adhese (lvoclar Vivadent).

Essa técnica é indicada para todos os casos em que


houver exposição de dentina e possui a finalidade

de promover melhoria em termos de desempenho


clínico em longo prazo (Figs. 5.88 a 5.101). O sela-

mento passo a passo em vídeo pode ser visto no

site: www.shortcuts-book.com.
612
hortcut C'r 11 otlni 11 olor,i,1 " l c't 1r ,, 1m 1,1 nov,1 v1~.10 sobre lil'S

Ts
Como e com qual material realizar a moldagem?

RESPOSTA Usualmente. em moldagem de peças parciais posteriores. utiliza-


-se apenas um fio afastador com maior calibre (Ultrapak/Ultradent

Com silicones de adição na técnica simultânea, Products lnc.; Sil-trax Plain/Pascal). Uma segunda alternativa é a
normalmente com fio único, com uso de técnica do fio duplo. que é muito utilizada para a moldagem de co-
moldeiras totais ou do tipo triple-tray (uma ou
roas totais e laminados cerâmicos. Para inlays e onlays, por serem
duas peças).
preparas mais simplificados. a técnica do fio único é. na maioria
dos casos. suficiente75 .

Casos unitários ou de até dois elementos podem ser moldados


com moldeiras do tipo tríple-tray (Premier Dental). Moldex (An-
gelus) ou The Gripper (Discus Dental). sendo esta última marca co-
mercial mais rígida e interessante. Utilizam-se. com essas moldei-

ras. silicones de adição. dada a necessidade de confecção de dois

modelos (um rígido e outro troquelado). A técnica de moldagem

de eleição será a da moldagem simultânea. onde o denso (putty) e

o fluido são utilizados ao mesmo tempo. sendo evitada a técnica

do reembasamento com moldagem inicial do denso e posterior-

mente o fluido (Figs. 5.139 a 5.156). As marcas comerciais estão no

1.
Capítulo 5 : /nlays e onlays: restau raçoes
- parciais
. em resinas
· compostas e cerâmicas 613

1 a técnica de moldagem
simultânea, o material
denso comprime o fluido em
direção às areas com mais
5.139: Pré- molar preparado para inlay.
detal11es . como sulcos e
5.140: Início da aplicação do material fluido do silicone de adição (Futura AD / DFL). areas delgadas do prepa -
ro, moldando com maior
5.141 a 5.143: Insere-se o fluido, evitando tirar e reinserir a ponta para não causar bolhas internas.
cleftni{ào em comparação à
tecnica de reembasamento.
5.144 e 5.145: Usualmente, em casos unitários ou mesmo de dois dentes, utilizam- se moldeiras parciais tipo
triple-tray (Premier). Nesse caso, foi utilizada a Moldex (Ângelus).

5.146: Observe que, comumente, o paciente não consegue realizar o registro da mordida habitual com essas
moldeiras, devido à sua posição na cadeira odontológica, e da consistência do silicone denso.

Moldciras elo tipo


5.147: Percebe-se a incorreção do registro pela abertura da mordida do lado oposto.
"triple - trag " moldam
simutaneamenle o preparo,
5.148 e 5.149: Moldagem realizada.
o antagottista e o registro de
5.150 a 5.156: Registro oclusal realizado separadamente com silicones para essa finalidade (Occlufast/ mordida.
Zhermack). Outras são O-bite (DMG) e Mega- bite (Discus Dental) .
71
Como e com qual material realizar provisórios de inlays/ onlays?

Os provisórios podem ser feitos com uma resina resiliente para

provisóri os parciais. como o Systemp inlay!onlay (lvoclar Viva-

dent) ou o Cli p F (VOCO). Normalmente. um provisório realizado

após a hibridização do preparo dentário (selam ento dentinário

imediato) não precisa ser cimentado. pois ficará retido apenas no

preparo dentário devido às características elásticas destes ma-

teriais. Se houver a necessidade de cimentação, um provisório

rígido deve ser realizado com resinas acrílicas ou resinas com-

postas tradicionais.

As resinas para provisórios de restaurações parciais indiretas são

levemente borrachosas no momento da confecção, tornando-se

mais rígidas com o tempo em boca (Figs. 5.157 a 5.169).


Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 615

5 _157 , Realiza-se uma bolinha


com a resina para provisórios.

5 _158 , Adapta-se com o dedo


umedecido.

5 .159 : Pede-se para o paciente


morder e realizar movimentos
largos antes de polimerizar a
resina .

5 .l60 e 5 .161: Após esses


movimentos, removem- se os
excessos.

5 _162 e 5 .l63 : r:;otopolimerização


do provisório por 40 segundos.

5 _164 a 5 .169 : Mesma sequência


de provisório realizada com a
resina S_ystemp Onla_y (lvoclar
Vivadent).
616
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

~/t)
Quais são as técnicas de confecção das peças de resina composta?

TÉCNICA INDIRETA COM RESINA LABORATORIAL

Os sistemas utilizados para esta finalidade foram listados na tabe-


la 5.1. As resinas indiretas são aplicadas conforme cada sistema e
polimerização específicos11 ·12 (Figs. 5.170 a 5.182).

TÉCNICA SEMIDIRETA EM CONSULTÓRIO

A literatura cita o uso de modelos não rígidos na execução de


inlays e onlays, permitindo a confecção da peça extrabucalmente

enquanto o paciente espera. sem necessidade de uma segunda


sessão. uma vez que a polimerização desse modelo é bastante
rápida. Pesquisas realizadas com estes materiais-base não rígidos

apontam para uma excelente combinação de impressões realiza-


das com silicones de adição e modelos com materiais à base de
1. 't 7677 b
po 1e er · , o tendo resultados de adaptação final melhores que
a do grupo-controle (utilizando gesso tipo IV) (Figs. 5.183 a 5.312).
Capitulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 617

5.170 e 5.171 : Caso in.icial para a


troca de restauração e preparo
rea lizado.

5.172 a 5.177: Sequê ncia de


estrat iflcação em labo ratório da
res ina Belleglass {Kerr) .
A camada seguem a sequ ência
discutid a no ca pítulo 4.

5.178 e 5.179: Polimerização


comple men tar realizada em
uma unidad e própri a com
adição de caJo r e pressão e m um
a mbiente se m oxigê nio (uso de
nitrogênio).

5.180 a 5.182: Rea liza m - se


posteriorment e o aca bamento e a
cimentação fmal45 .
618 shortcuts em odontologia estética· uma nova visão sobre TIPS
_ . . . 619
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaura çoes parc1a1s em resmas compost as e cerâmicas

tratamen to endodôn lico.


5.183 e 5.184: Caso inicial com restauraç ão provisória e

hlbridas , com grande quantida de de carga e bastante


5.185 a 5.187: Iníc io do preenchi mento realizado com resinas
- ESPE). Um brnnidor para resinas compost as mostra-s e ma.is interessa nte que condensa dores
rigidez (Z- 100 A2 / 3M
(brunido r Miltex 26 / 27) .

delínido , ingulos internos arredond ados e expuJsividade


5.188: Preparo línalizado para 011lag, com términos bem
pontas diamanta das convencionais cilíndricas e cônica de extremo
das paredes cavi tárias . Realizado com
arredond ado (4138 e 4139 / KG So rensen).

se posicionar na interface .
5.189: Verilícação da distribuição de contatos que não devem

o
ição (Express/ 3M leve e pesado em um único pa so com
5.190 2 5.194: Mo ldagem do prepa.ro com silicone de ad
uso de moldeiras parciais - Moldex / Ângelus).

ltaneame nte.
5.195 e 5.196 : Moldagem do preparo e do antagoni sta simu

pode -se azar a moldagem com um poliéter (lmpregu m


5.197: Para evitar a longa espera da presa do gesso especial,
em um aparelh o como o PentamLx 2 (3M ESPE) e lnserido em
Penta Soft/ 3M ESPE), que pode se r manipula do
injeção do material , o qual não pos ui adesivida de ao si.licone de adição e apresent a alta fidelidade de
seringa para a
reproduç ão'•.

de trabalho e, jw1to com a moldage m, é lnserido em


5.198 a 5.206 : O poliéte r é vazado para a obtenção do modelo
Die Cast (Laborde nta l) , que permite a remoção e colocação do troquei na
um a base para a confecçã o de troq uéis
mesma posição.

de
re ina acrU ica (Duralay / Reliance). por apre entar tempo
5.207 a 5.211: Os dentes antago nistas são vazados com
contatos oclusai durante a confecçã o da restamaç ã
dos
presa reduzido e dureza adeq uada para a verilícaçào prévia
e espera a polimeri zação do poliéter.
ind ireta. Esse mode lo polimeriza enquanto

phl tica. Ob erve o encaLxes das canaletas laterais.


5.212 e 5.213 : Após 4 minutos , libera-se o modelo da base
620 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
· • . 621
Capítulo 5: fnlays e onlays: restaura ções pareia·is em resinas compost as e ceram1cas

visualizar as marcas da
5.214 e 5.215 : Dehnição mostrada pelo modelo, sendo poss.ível
ponta diamanta da de preparo utilizada.

12 de bisturi.
5.216 a 5.219: Faz-se o troquelarnento do modelo com uma lâmina

perfeitam ente
5.220: Compare o modelo agora já cortado com o término cervical
delimitado, depois do alivio da região cervical do preparo.

Lembre- se de que
5.221: l.n.ício da reconstrução com resinas opacas mais sa turadas.
A sequência de cores
em dentes posteriores não existe necessidade de tomada de cor.
Filtek Supreme XT A3B
sem pre se repetirá, salvo raras exceções . A resina utilizada foi
(3M ESPE), iniciando sempre pelas caixas acessó rias.

resina tipo esmalte


5.222 e 5.223: A segu nda resina a ser utilizada sempre será uma
primeira utilizada , como no caso
cromático (translúcida) , menos sa turada que a
clínico. Filtek Supreme XT A2E (3M ESPE).

uma resina tipo esmalte


5.224 a 5.226: Finalizam - se a caixa proximal e a cú pide com
para esmalte se m cor VITA
acromático (transparentes de cobertura ou resinas
quase em pre uma resina transpare nte levemen te
definido). Em dentes posteriores,
no caso, foi utilizado o Filtek Supreme XT WE (3M ESPE).
esbranquiçada ;

a de cores.
5.227 e 5.228: Inicia-se a restauração oclusal com a mesma sequênci
(3M ESPE), com forma le emente abaulada .
Primeira camada Filtek Supreme XT A3B

ESPE) , realiza - e
5.229 a 5.232: Com a segunda resina Filtek Supreme XT A2E (3M
se preocupa r com
a delimitação de cúspides. Importan te, neste momento , é não
um espaço de 1,3 mm para a última
inclinações, mas sim com perímetro. Deixa-se
camada.

s (Tetric Colar
5.233 e 5.234: Uso de corantes brancos em duas cúspides aleatória
corantes : nunca utilize
white / lvoclar Vivadent} . Lembre- se de duas regras do uso de
em sulcos secundários e nem próximo às margens cavitárias.

Vivadent).
5.235 e 5.236: Uso de corantes ochre (Tetric Color ochre/Iv oclar
não é imitar sukos escurecid os ou cariados , mas sim evidenci ar
A função do corante
ão de cúspides realizada na segunda camada e dar saturaçã o (cor) à
a deLimitaç
ado no centro da
restauração. O ochre é uma tendênci a ao laranja , e deve ser posicion
restauração e espalhada.

dark brown / lvoclar


5.237 e 5.238: Uso de corantes marrom- escuro (Tetric Calor
apenas nos pontos mais profundo s do sulco
Vivadent). Esse corante deve se r colocado
principal de forma irregular .
Shortcuts em odontologia estética: uma no ,a ,,isà o sob reTIPS

622
623
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas

5.239 a 5 .249: Início do traba lho da última camada com Fil tek Sup reme XT WE {3M
ESPE). Deve-se manipular da margem em direção ao centro , seguindo a delimita ção
de c úspides, mantendo o volume da cúspide direcionado ao centro. Realiza-se uma
depressão ou sulco para cada lado ou ve rten te. Segue - se a sequência de aplicação
cúspide a cúspide , poUmerizando uma a uma.

5.250 a 5 .252: Selamento dos sulcos mais profw1dos com um selante de superfície
{Optiguard / Kerr Co .).

5.253 : Após a fotopolimerização da última camada da restauração, aplica-se gel


hidrossolúvel em toda resina composta para impedir o contato desta com o oxigênio, e
sobrepolirneriza -se por 60 segundos em cada face da peça indireta.

5.254 a 5.258: A peça é levada para uma unidade de calo r, que pode ser um forno
próprio pa ra sobrepolimeri zação ou mesmo um ciclo em forno de micro -o ndas, po r 4
minutos em alta potência••. Esse au mento de temperatura aumenta as propriedades
mecânicas da resina e melhora a ca pacidade de polimento e sua manutenção , uma vez
que libera monômeros não polimerizados pela fotopolimerização e aumenta o g rau de
conve rsão da resina . O uso somente de fotopolimerização converte cerca de 60 a 65 %
de monômeros em polímeros, um valor bastante baixo.

5.259 a 5.261: Essa capacidade de polimento do sistema Fi ltek Supreme XT (3M


ESPE), aliada à ação da tempe ratura, pode ser avaliada nas imagens. A sequência de
aca bame nto e polimen to é o uso de pastas diamantadas para polimento de porcelanas
misturadas a óleo natural com escovas de Robinson macias (Crystar Past / Ko ta; óleo
Johnson & lohnson). Somente com esse passo já se mostra a facilidade de polimento
após a sobrepolime ri zação.

5.262 a 5 .264: Polimento fmal com urna escova com carbeto de silício (Astrobrush/
lvoclar Vivade nt) .

5.265 : Prova da ada ptação da peça, sem análise de cor. Pa ra se verificar a estética , seria
necessário um cimento pa.ra prova (tr_y- in) , mas no caso de inlays e On lays não existe
tom ada de cor diferenciada. No te que as pequenas rebarbas só serão remo idas apó a
cimentação.

5.266 : Jateamento com óxido de alumínio pa ra a asperização da supe rfíc ie para


ci mentação.

5.267: Silanização da superfície interna.


Shortcuts em odontolog ia estética. uma nova visão sobre PS
624

5 .268 e 5 .269 : Condicion ament ácido do


preparo.

i tema ad i, dml
/ !Yoclar Viva em). nã , end
polimerizado ant - da i.menca ii .

5 . .271 : pli açà do i t ma :i.d iY n


Onlay em polimeri r pr vil.mente.

5.272 a 5.27-l: imenta à m 'iment


resinoso dual (Rd ,x/ JM E PE) .
5 .279; Caso inicial de uma resina fraturada
que será removida para a realização de 5.275 e 5 .276: ju te lw:i.l om
Onlay feito na técrúca direta / indireta
sobre modelos de poliéter.

5 .280 : Caso preparado.

5 .281 : Troquei realizado com poliéter


(lmpregum / 3M ESPE).

\\ \\ \\ h)tl1. \( ( t>, ~ l i '11.


5 .282: Onlay realizado em resina
composta para uso direto (Grandio /
5 .277: Ca o fm alizad .
VOCO).

5.278: Caso clíni o ;1p _ :111 - e m ~-


(ca o clú1i o public1do em B.1r:itieri)'· ·
pítu lo : lnlays onlay : r tauraçõe s parciais em resinas compostas e cerâmicas 625

h 2 (Parke ll) como se rá descri to na parte 2


5.283 a 5.286: Mode lo co nfecciona do co m ilicona de adição Mac

(uma fo rm a m ais s imples).

de uma camada A3,5 dentina Empress


5.287: Se mpre se inicia pe la parte de cúspides perdidas. ApHcação

Direct (l voclar Vivade nt).

co Empress Direc t (l voclar Vivadent)


5.288: Segunda camada da c úspid e reali zada com A3 es malte c romáti

Empress Direct (Ivoclar Vivadent)


5.289: Última cam ada realizad a co m res ina esmalte acromá tico T20

(J vocla r Vivadent).
5.290: Primeira camada d a oclusa l com A3 ,S de ntina Empress Direct

Direc t (lvoclar Vivadent) .


5.291: Segunda cam ada da oclusa.l co m A3 esmalte c rom ático Empress

oradora.
5.292: Realiza - se a de marcação de c úspid es com wna sond a ex pl

5.293 e 5.294: Uso de co rantes Ko lo r + plus (Kerr) .


626 Shortcuts em odontologia estetica: urna nova visão sobre TIPs

5.295 a 5.297: ltima ~ada oclusaJ


realizada com re ina esmalte acromático
T20 Empress Direct (lvoclar I adem).
De e er realizada cú pide a cúspide
como vi. to no capítulo anterior.

5.298 a 5.300: Polimerização fmaJ com


aplicação de um gel hjdrossolúvel (De
Ox/ Ultradent) e fotopolimerização hnal
melliorando a polimerização da camada
fmal que normalmente sofre uma inibição
de polimerização pelo contato com
oxigênio.

5.301: Remo e- e do modelo.

5.302 a 5.309: Leva- e a um forno


de micro-ondas e deLxa - e por 4
minuto a uma potência alta. E ~
obrepolimeriza ão aumentará algumas
propriedade mecà.nkas, e facilitará o
polimento de superfície. 'ote a superffcie
e branqwçada apresentada apó a
remoção do calor.

5.310 e 5.3ll: omente com u o de pasta


de polimento, remove- e a upe rfície
e branquiçada e e percebe a facilidade
do polimento.

5. 3U: R tauração tipo Onlay fmalizada.


e pitulo 5 : lnlav · e onlc1y : , e tuur o s p 1rciai: em resin, s compostas e erâmicas
627
628 Shortcuts em odon ologia estet,ca uma nova viSc'!o sobr TIP5

5.313: 1 olamenco do modelo de g para


TÉCNICA INDIRETA COM RESINAS PARA USO re-.11.ização de inlays com resina par u
DIRETO direto Z- 250 (J 1 PE) .

5.314: Primeira camada cervic:il da cai :i

proKimal com uso da r ina 2 - 250 \3 (3\1


Na técnica indireta com uso de resinas para uso em ESPE).

consultório, após o preparo dental, realiza-se a mol-


.315: Segunda camada da

dagem de modelos de gesso para a obtenção da com uso da resina Z- 250 PE).

peça com resinas para uso direto, marcando uma 5. 16: · lcima camada da ·x:i pr ima.l com
lC, da e ina Z- 250 10 (J 1 . PE).
segunda sessão para a sua cimentação. Os passos
5.317e5.318:Primeir.icamad ac r.1 ld..1
para a confecção da peça são os mesmos da téc-
cai; • oclus:il com da r in Z 150 ,
nica laboratorial; no entanto. são utilizadas resinas (J~l PE) D ix - e um pa od • 2.5 mm.
para cama<bs de malte crom;1tl e
trad icionais de consultório para uso em boca. ob- romático.

tendo facilidade e o custo reduzido, adicionados à S.3 1 e 5.320: u.nda c:imada da C"JI
odUS:tl mu dar ina L-250 , (3\
possibilidade de execução em mod elos e sobrepo-
PE). Delimiu- eo pedm uodecu pid
limerização com o uso de calor potencializando as
5.321 a S.323: e ra.nt ( olor- plu 11:cn)
propriedades mecânicas78 . Utilizam-se compósitos :>.pli d .

micro-híbridos ou nanoparticulados (Figs. 5.313 a 5 .314 a 5.326: · llim maúa da 1.-:u:


lu -1com o da r illJ 2 250 1 (3 PE):
5.465).
deve--e h~r o nt.no a.nw ni: tJ n
m.da.

S.327: A ba.ment m ponu


mulc ila m inad:i H37 ( ·omt:t).

5.318: lnla_us ím liza.d .


Capítulo S : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas
629
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
630

5 .329 : Caso inicial de inla_ys e onla_ys


na téc nica indireta co m resinas para
uso direto, realizada em modelos de
gesso.

5 .330: Isolamen to absoluto.

5 .331 a 5 .334 : Selament o dentinário


imediato {Contax/ DMG) e uso
de resi11ajlow para fornecer
expulsividade nas cúspides socavadas
(Luxaflow / DMG) .

5 .335 a 5 .341: Moldagem realizada


com técnica simultân ea, urilizando
silicones de adição (Honigurn /
DMG) manipula dos em máquinas
automáti cas (MixStar Emotion /
DMG).

5 .342 a 5 .347: Registro oclusal


confecci onado com silicones para
registro (0-bite/ DMG). Deve ser
observad a uma espessura delgada do
registro para possibilitar uma oclusão
favorável e montage m correta.

5 .34 8 a 5 .354 : Moldagem realizada


do antagoni sta com silicone de
adição monofas e (Status blue/DMG) .
Represen tam uma nova classe de
materiais que visam um antagonista
ou mesmo modelos iniciais com mais
fidelidade que moldagens de alginato;
também podem ser manipuladas
em aparelho s automáti cos (Mix Star
emotion/ DMG).

5.355: Conjunto de moldagem


antagoni sta e registro.
Capítulo 5 : ln/ays e on/ays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas
631
632 Shortcuts em odontologia es é íca· uma no1a 'JIS~o s0bre TIPS
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 633

5.356 e 5.357: Modelos de gesso troque lados.

5.358: Aplicação de Super Bonder (Loctite) para


aumentar a resistência da superfície e servir como
espaçador.

5.359: Isolamento do modelo com manteiga de


cacau liquida (para proteção labial} .

5.360: Aplicação da primeira camada (Tetric


n - Ceram A3,5 dentin / lvoclar Vivadent) .

5.361: Deixa - se um espaço de 2,5 mm para as


duas próximas camadas.

5.362: Segunda camada (Tetric n - Ceram A2


esmalte cromático/lvoclar Vivadent} .

5.363: Deixa- se o espaço de 1,3 mm para a última


camada.

5.364 e 5.365: Delimitação de perímetros com


sonda exploradora.

5.366 e 5.367: Corante branco (Kolor Plus wh.ite /


Kerr) em duas cúspides, mais em direção ao
centro da restauração.

5.368 a 5.370: Corante ochre (Kolor Plus ochre/


Kerr), mais ao centro, espalhado.

5.371 e 5.372: Corante marrom (kolor plus brown /


Kerr) nos pontos mais profundos.

5.373 a 5.376: Inicio da última camada (Tetric


Ceram bleach 1/ lvoclar Vivadent).

5.377 a 5.382: Sequência da última camada do


dente 38.
634
Shortcuts em odontol ogia estética: uma nova visão sobre
TIPS
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 635

5 _383 a 5 .387: Sequê ncia da


última ca mada do dente 38.

5.388 a 5.392: Caixa proximal do


dente 37.

5 _393 a 5 .4 02: Caixa oclusal do


dente 37.

5 .4 03 a 5 .413: Co nfecção do
den te 36. O vídeo passo a passo
deste proceilimento pode ser
visto no site:
\II\ \I .,hortcub-book.com.
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaura õ . . .
ç es parc1a1s em resinas compostas e cerâmicas 637

5.431 a 5.433 : Veribcação dos


contatos prox:imais e pontos de
contato.

5.434: Formas ter mo plás ticas


para a confecção de provisó rios
(Luxaio rm / DMG).

5.435 a 5.437: Ao ser colocado em


água quente, ele se toma plástico
e transparente.

5.438 : Os dentes são moldados


antes de serem preparados ou
molda- se o enceramento .

5.439 : Forma já endurecida pelo


resfriamento após a moldagem
do modelo.

5.440 : Prova da forma em boca .

5.441 : Isolam - se os preparos com


vaselina sóHda.
638 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
Capítulo 5 : lnla.ys e onlays· restaura _ .. 639
. çoes parc1a1s em resinas compostas e cerâmicas

5 .442 a 5 .449 : Utilização de Bis - acryl


(Lw atemp A2/DMG) para a realização dos
provisórios unidos.

5 .450: Prova do provisório.

5 .451: Cimentam- se os provisórios com


cimentos estéticos provisórios (Provitemp/
Biodinâmica ou System link /lvoclar
ivadent) . Observe que o provisório do dente
38 foi realizado com resinas para provisório
Luxatemp inlay/D IG (borrachoso).

5 .452 a 5 .456 : In!a_ys e 011Ia_y finalizados.

5.457 e 5.458 : Após o jateamento com óxido


de alumínio, faz-se o condicionamento
com ácido fluorídrico . Em algumas resinas,
isto pode ser interessante em outras , não,
dependendo do forma to e do tamanho de
partículas presentes na resina dentinam.

5 .459: Uso de água destilada e ultrassom para


limpar a superfície após o condicionamento.

5.460 a 5.462: Silanização {Silane/ DMG) .

5.463: Condicionamento ácido dos preparas.

5.464: Aplicação do sistema adesivo para


cimentação (Luxabond/DMG) .

5. 465: Cimentação das peças com cime ntos


resinosos duais {Vitique /DMG).
ologia e tet1ca urna nova visão s:;obre TIP5
Shortcuts em od 00

'T'//
Como pode ser o passo a passo da cimentação dos inlays/onlays?

cimentação é um dos passos mais importantes quando se fala


em reabilitação através de restaurações indiretas. pois qualquer
fal a neste passo pode comprometer a longevidade da restaura-
ção. Estudos longitudinais constatam que a maioria das restau-
rações indiretas falha por deficiência no selamento marginal, por
degradação do agente cimentante ou por falha na resistência de

união79·80• É importante recordar que o resultado clínico da cimen-

tação está diretamente relacionada ao operador 81 .

Para restaurações parciais como ínlays!onlays, prefere-se a cimen-

tação adesiva convencional ao uso de cimentos tipo self-adhesive,

uma vez que resultados científicos têm embasado este conceito 82-84 .

A união da dentina ao esmalte, estruturas com características físicas

diferentes, ocorre através da junção esmalte-dentina, que gera um

substrato extremamente resistente e capaz de receber e dissipar

forças ao longo do dente. Dessa forma, o cimento resinoso quando

presente entre inlaylonlay deve desempenhar a função de reter a

prótese, ao mesmo tempo em que absorve e transmite forças.


Capítulo 5 : /nlays e onlay s·. rest auraçoes
_ parciais e .
m resinas compostas e cerâmicas
641

Além dos fatores relacionados ao material


. res- adjacentes, realizada sem o uso de cimentos de
taurador. alguns fatores relacionados ao paciente
. prova. Uma segunda etapa é feita com a utilização
podem influenciar na longevidade da restauração. de cimentos de prova try-in, disponíveis em diver-

tais como idade. higiene bucal. forças oclusais e sas cores, como Variolink li try-in (lvoclar Vivadent),

esclerose dentinária. e podem ser mais determi- para verificar cor final e possibilitando leve ajuste

nantes do que as características intrínsecas dos oclusal antes da cimentação.

materiais74 ·85 (Fluxograma 5.1).

ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO

PROVA DA PEÇA
Sempre que possível. utilizar isolamento absoluto
para isolar o dente a ser tratado e os dentes ad-
Uma primeira análise da peça recebida do labora-
jacentes. Quando não for possível. pode-se fazer
tório protético deve ser feita no modelo de gesso.
uso de um isolamento relativo cuidadoso com a
No modelo troquelado, deve-se verificar a adapta-
utilização de abridores bucais, roletes de algodão e
ção correta da peça ao término do preparo e. no
sugadores potentes ligados a uma bomba a vácuo,
modelo rígido, deve-se verificar a anatomia dental.
de modo que nenhuma contaminação por sangue
o eixo de inserção da peça e os pontos de contatos
ou saliva esteja presente no preparo dental durante
interdentais com os dentes adjacentes. Sempre se
a cimentação (Figs. 5.466 a 5.470).
deve trabalhar com dois ou mais modelos nunca

em modelo único.

Após a verificação e aprovação da peça nos mo-

delos de gesso, a prova deve ser feita de forma

intrabucal e consiste de duas fases: uma primeira

etapa, na qual se verificam a adaptação da peça,

o eixo de inserção e a relação com os dentes


642
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Flu O"t::ima
· h
s · I : p ro e
d 1º
mcnt de cimentação .

PROTOCOLO PARA CIMENTAÇÃO ADESIVA

Laboratório

Prova da peça
Avaliar a adaptação da peça no modelo de gesso. forma

i .-.---------- anatômica pontos de contato interproximais. pontos de


contatos oclusais e eixo de inserção da peça

Não
Sim
Aprovado?
i
Preparo da peça para Jatear a peça com óxido
cimentação de aluminio.
Condicionar com
ácido fosfórico por
30 segundos. aplicar
o sistema adesivo e
Condicionamento prévio: aplicar ácido fotopolimerizar (se
fosfórico por 30 segundos. aplicar silano resinas compostas).
por 30 segundos. aplica o sistema adesi- Condicionar com ácido
vo sem fotopolimerizar se adesivos duais fluorídrico por 20 a 60
(se resinas compostas). segundos (se cerâmi-
cas). ácido fosforico por
Aplicação do cimento resinoso na peça e 30 segundos. aplicar
posicionamento da peça no silano por 30 segundos.
preparo dentário aplica o sistema adesivo

r sem fotopolimerizar
se adesivos duais (se
porcelanas).

Remoção dos excessos de cimento com


microbrush e fotopolimerização

Ajustes Oclusais
Capitulo 5 : lnlays e onfays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas
643

5 466 e 5 .467 : Onlay realizado com resina


.
laboratorial Tescera (B.isco) (TPD·. Fred.
.
Rodr1gues dos Santos/laboratório Clelio; Belo
Horizonte/MG).

5 .468 a 5 .470 : Isolamento absolut~


. do uma cimentação adesiva sem
garan tm
contaminação.
Shortcut s em odontologia estê 1ca: uma nova v <,
baO sobre TIP<:,

COLHA DO AG . TE CIMENTANTE
os cimentos resinosos podem ser classificados
conforme a forma de ativação ou viscosidad
e.
D, n dos d rsos ,pos de o men os presen es no Eles podem ser autoativados. fotoat ivados ou dual.
m rc do odon olog1eo. o c,menLo resinoso é o mais
Os cimentos fotoativados permitem maior contro-
ind1c do d do s suas cara erís icas de adesivi da- le por parte do operador. que tem tempo para ma-
d o su s ra o den ai. b i a solubilidade na cavida-
nipular a peça até observar que a mesma está na
d buc 1, spessura de película pequena facil manu-
posição correta. para depois proceder à fotoativa-
seio. r is · nc,a o desgas e e longevidade clínica90.
ção. Porém . este t ipo de cimento deve ser utiliza-
do em casos de pouca espessura e em peças mais
A compo siç o des e cimen o é baseada na estrutura
translúcidas. que permitem a passagem de luz para
ásica das resinas compos as convencionais. sendo
a fotoat ivação . São mais utilizados em casos de la-
um m nz org • nic . que em geral é o B,s-GMA. uni- Se você quer ajustar a
oclusaI da peça antes minados com 0,5 a 1,5 mm de espessura. em locais
da. rav ·s do s,I no. a uma matriz inorgân ica for- de cimentar, posicio -
de fácil acesso da fonte de luz e em restaurações
ne-a com um cimento
m d por p r ícul s de sílica e/ou de vidro e/ou sílica
" try - in " (glicerina com pouco corante 90 .
coloidal P r d quar a resina à cimentação. foi re- nw tizada ) em posição
e bata suave mente o
avida p rt d s p r ículas de carga para reduzir a
antago nista sobre ela. Os cimentos ativados quimicamente são mais utili-
viscosid de e cili ar o assen amen o da peça. sem
zados para a cimentação de coroas que apresentam
que remoção prejudicasse o desgas te do material.
coping metálico. de alumina ou zircônia, para garan-
um cimen o deve apresen ar uma espess ura de pe-
tir uma polimerização efetiva sem a necessidade de
lícul mínim p ra não interferir na adaptação. pro-
luz. A ativação é realizada através da mistura de duas
mover baix contração de polimerização. desgaste
pastas com reação química ácido-base. com alto
mínimo e bom desempenho clínico ao longo dos
grau de conversão de monômeros em polímeros90•
anos90. Por apresentar baixa solubilidade em água.
mas apresenta curto tempo de trabalho.
os cimentos resino sos comportam-se de forma di-

ferente dos demais cimentos; assim. sua capacidade


O cimento mais comumente utilizado para as ci-
de estabilidade e selamente são mais estáveis.
mentações adesivas de inlays/onlays é o cimento
Cap ítulo 5 : ln/ays e onlays: restauraç ões . .
parc1a1s em resinas composta s e cerâmicas 647

resinoso de dupla polimerização (dual). Esse cimento e inserido na peça protética. Posiciona-se a peça,
apresenta maior tempo de trabalho e possui a capa- observando o eixo de inserção predeterminado
cidade de polimerização quando em contato com a e a adaptação marginal. Com um brunidor, uma
luz, além de apresentar polimerização lenta da par- auxiliar mantém a peça em posição enquanto é
te ativada quimic ament e
91
. Assim, é indicada a uti- removido o excesso com pincéis (Cosmedent

lização desse ciment o quando o preparo do dente l<eystone, Takanishi). Polimeriza-se por 5 segun-

forma áreas de difícil alcance da luz, o que faz com dos apenas para estabilizar a restauração, os ex-

que a polimerização possa ficar compro metida nes- cessos grosseiros são removidos com mais cui-

tas áreas, tanto pela capacidade de alcance da luz dado, principalmente os proximais, com auxílio

quanto pela capacidade de aproximação da ponta de um fio dental (Superfloss/Oral B), porém sem

da fonte de luz. Coelho Santos comen tou que o


92 força em demasia. Polimeriza-se inicialmente por

grau de polimerização do conjun to adesivo -cimento 60 segundos, aplica-se gel hidrossolúvel em toda

é determ inante nas propriedades física, mecânicas e a interface dente- restauração para não haver o

contato do ciment o resinoso com o oxigênio e,


biológicas da restauração (nomes comerciais atuali-
finalmente. fotopolimeriza-se cada face por 60
zados no site: www. shortc uts-book.com ).
segundos, de preferência com um fotopo limeriz a-

dor de alta potência. Realizam-se o ajuste oclusal,

o acabamento e o polimento com pontas diaman-


CIMENTAÇÃO PROPRIAMENTE DITA
tadas finas e extrafinas. discos, borrachas e pasta

para polime nto (Figs. 5.471 a 5.503). O vídeo passo


Em um bloco de espatu lação, são colocadas por-
a passo da ciment ação adesiva pode ser visto no
ções iguais da base e do catalis ador do cimen to
site: www. shortcuts- books.com .
de polime rizaçã o dual, e o cimen to é espatu lado
648
Shortcuts em odontologi a estética: uma nova visão sobre TIPS
·
· . · em resmas
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações p arc,ais
649
compostas e cerâmicas

5.471 e 5.472: Caso inicial de onlay.

5.473: Aplicação de Super Bonder (Loctite) para aumento da resistência


do modelo.

5.474: Aplicação de manteiga de cacau sóLida para isolamento do


troquei.

5.475 :i. 5.488 : Sequência realizada com resina Empress Direct (fvoclar
Vivadent) e sobrepolimerização em forno de micro-ondas como já
descrito .

5.489: Provisório em boca pela técnica do embricarnento (Systemp


onJay / Ivoclar Vivadent) três se manas após a instaJação.

5.490 e 5.491 : Jateamento com óxido de alumínio 50 micrômetros


(Microetcher/ DanviJJe).

5.492: Condicionamento ácido com ácido fosfórico 35 % (Ultra-etch/


Ultradent) somente para limpeza da superfície.

5.493 : Silanização (Monobond S/lvoclar Vivadent).

5.484 e 5.495: Secagem do silano com calor emitido por secador de


cabelos .

5.496 : Aplicação do adesivo d ual Excite DSC (lvoclar Vivadent} sem a


fotopolimerização prévia.

5.497 :i. 5.499: Limpeza do preparo com clorexidine 2% (FGM) .


650 Shortcuts em odontologia esté ica: urna nova visão sobre

5 _5oo: Conclicionamento ácido do preparo por 20 a 30 segundos com ácido fosfórico (Ultraetch 35%/ Ultradent) .

5 . 501: Adesivo dual aplicado sobre o preparo sem fotopolirnerização prévia (Excite DSC/Ivoclar Vivadent) .

5 _502 : Cimentação realizada com cimento dual (Variolink ll/lvoclar Vivadent) utilizando - se usualmente para peças posteriores uma base
transparente e um catalisador transparente de baixa viscosidade. Os excessos são removidos suavemente com pincéis adequados antes
de polimerizar. Em seguida, pode - se polimerizar por alguns segundos e remover com mais cuidado os excessos prox:imais com fio dental.
Garantindo- se a ausência de excessos grosseiros, realiza - se a fotopolimerização de 40 segundos.

5.503: Caso clínico logo após a remoção do isolamento absoluto(FGM).


Capítu lo 5 : lnlays e on/ays: restaura - ..
çoes parc1a1s em resinas compostas e cerâmicas
651

POSSÍVEIS FALHAS RELACIONADAS AOS


fotopolimeri zadores que não alcançam a faixa de
CIMENT OS RESINOSOS
potência de luz adequada para a polimerização,
que deve ser de 600 a 800 mW/cm 2, deixando de
1. Falhas no posicionamento correto da peça po-
promover uma polimerização efetiva. o que pode
dem gerar um assentamento incorreto com
resultar em menor resistência à tração e maior
consequente espessura de película de cimento
sorção de água, com possível redução do desem-
aumentada e ajuste oclusal mais agressivo . As-
penho clínico em longo prazo. Há, no comércio.
sim, é importante observar pontos de referência
fotopolimerizadores com a opção alta potência
alternativos à margem para guiar o assentamen-
que podem chegar a 1.000 mW/cm2 . Assim, há
to, uma vez que a margem estará encobert a por maior chance de alcançar a intensidade favorá-
cimento . Outro detalhe a ser lembrado é que vel de polimerização do cimento. Os aparelhos
quando o cimento de escolha é de polimerização Bluephase (lvoclar Vivadent) e VALO (Ultradent)
dual, ele deve ser espatulado, inserido na peça e são alguns exemplos (outros nomes comerciais
levado à cavidade sem muita demora para que no site: www.shortcuts-book.com ).
sua fluidez seja a ideal e escoe adequadamente.

2. o uso de pouco cimento na peça pode resul-

tar em falta de cimento em alguma região, com

consequente infiltração. O cimento deve ser co-

locado no fundo da peça inicialmente e espalha-

do em todas as paredes para permitir o molha-

mento destas superfícies (Figs. 5.504 a 5.506).


5.504 a 5.506 : Ci mentação adesiva reforçando
a necessidade de ve ri ficação de escoamento de
3. Polimerizar deficientemente por pouco tem - cimento resinoso por todas as margens, assegurando
que não houve fa lta ou fa lha em alguma margem .
. a-o ou por alguma deficiência
po de expos1ç
na fonte de luz. Muitas pessoas apresentam
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

652

~/p{_
O que se deve saber sobre fibras de reforço associadas a resinas laboratoriais?

Alguns sistemas de resinas indiretas apresentam a possibilidade


RESPOSTA de serem indicadas para próteses convencionais fi xas de até três
elementos, utilizando fibras de reforço corno substitutos para as
, Tipo de fibra - fibras de vidro ou polietileno.
estruturas rnetálicas 93. Vários tipos de fibras vêm sendo sugeridos
,, Direção das fibras (arquitetura) - uni ou
para reforço de estrutura, porém as mais utilizadas para reforço de
multidirecionais.
,, Pré-tratamento com silano - pré-impregnadas
resinas compostas são as de vidro e as de polietileno. Elas atuam
ou não. corno reforço interno, que reduz a deformação e dissipa a pro-

pagação de trincas e microfraturas durante a fadiga da restaura-


ção94. O conjunto fibras+ resina recebe a denominação FRC (Fiber

Reinforced Cornposite - Resina Reforçada por Fibra) e, segundo

Freilich e colaboradores95 , sua resistência flexural alcança valores


entre 800 e 1.000 MPa, o que permite repor um dente com pre-
paras conservadores dos dentes pilares.

De acordo com sua arquitetura, as fibras podem ser classificadas

corno contínuas/unidirecionais, por se apresentarem sob a forma

de tufos ou feixes (Figs. 5.507 e 5.508) e multidirecionais, apre-

sentando-se na forma de malha trançada (Fig. 5.509). As fibras

unidirecionais possuem maior resistência transversa e são mais


- p · ·
r · rest a uraçoes
Capítul o 5 : lnlays e onlay·.,, 653
arc1a1s em resinas compo stas e cerâmicas

. ses parciais fi xas.


indicadas para vi gas d e prote

As fibras mult idirec ionais aumentam a resistê ncia


·- de
coronária à fratura e previn em falh as na reg,ao
-
térmi no, sendo mais bem indicadas como subes
truturas de coroa s e reten t ares.

O aspe cto mais signif icativ o para o sucesso clí- 5.507: Fotornic rograha
, demons trativa da
nico das próteses fi xas com estru turas de fibras orientação unidirecional
. das fibras (Vectris /
no entan to, é utilizar fibras pré-impregnadas lvoclar Vivade nt)

Nessa situação, as fibras re cebem pré-tr ata- (Fonte: Hirata) 12• .

ment o em processo industrial e se tornam im- 5.508: Fotomicrograha


demons trativa da
e-
pregnadas unifo rmem ente por silano , monôm orientação unidirecional
das hbras (Fibrex-
ros e resina . A resistên cia das resinas reforçad as Lab /Ângelu s) (Fonte:
Hirata)"ª·
por fibras depe nde desta impregnação por ma-
z, 5.509: Fotomicrograha
triz resinosa, da adesão dessas fibras à matri
demons trativa

bem como de sua quan tidad e e orientação 96 . O da orientação


multidirecional das
Vectris (lvoc lar/V ivade nt) é um sistema de fibras fi bras (Conne ct/ Kerr)
(Fonte: Hirata)" ª·
de vidro pré- impre gnad as por silano, monô me-

ros e resinas micro partic ulada s, utilizado com

a resina SR Ador o (lvoc lar/Vi vade nt), que subs-

tituiu a resina Targis (lvoclar/Vivadent), como


três
visto anter iorme nte. Está disponível em

forma s : Vectr is Single, para ser utiliza da como


s
infrae strutu ra intern a de coroas totais de dente

anter iores e poste riores ; Vectris Pontic, para a

confe cção de estru turas em forma de barra em


Shortcuts e

ERROS COMUNS NA UTILIZAÇAO DE FIBRAS


pontes fixas; e Ve ctris Frame, colocada sobre o

pôntico para completar a estrutura das próteses DE REFORÇO

fixas . O Fibrekor (Jeneric-Pentron) é composto

por fibras de vidro pré-impregnadas por resina Tendo em vis a que a d re

e é utilizado para a confecção de pontes fi as reforçada por fi bra é ind ic

com a resina Scu lpture (Jeneric-Pentron). A re- tais e prótese fi a de a é re


sin a Bell eGlass NG (l<err Lab.) util iza as fibras procedimentos labora oriai de

de polietileno pré-impregnadas Construct (l<e rr nam-se os mais propen err . P

Lab .) para formar o sistema FRC. Um exemp lo seleção correta dos ipos de I r . e

composto apenas por fibras de vidro, sem uma com as suas direçoes. e a ua ade uad p
resina indireta própria para o sistema é o Fibrex- rização. com os aparelhos e método

- Lab (Ângelus), disponível na versão uni e mul- são essenciais para a obtençao de r lí-
tidirecional. Um resumo das principais caracte- nicos favoráveis. estética e mecanic ment .

rísticas das FRC, junto com as resinas indiretas longo do tempo -9

preferenciais de cada sistema e suas indicações

clínicas, pode ser observado na tabela 5.2. Deve-se levar em consideraçao. finalmente. ue

a grande evolução em sistemas de impl nt •

com maior previsibilidade estética e bi ló i-

ca, e mesmo as infraestruturas de zirconi p r

próteses fixas sem metal de tres elemento re-

sultaram no abandono parcial do uso de re in

laboratoriais associadas a fibra como próte e

definitivas. Podem e devem ser vistas hoje como

próteses parciais provisórias em vista de um tra-

tamento restaurador futuro 1ºº·


1tul : /nf,
6

a.bela S.2 : Prin ipai caracter{ tica das FR 0 111 a r sin as indireta prefe r n iai de ada si tema e ua in li caçõe lln i a .

Vectris Single / SR Adoro (lvoclar / Coroas totais de dentes anteriores e


Pré-impregnadas Multi direcionais
Vivadent) posteriores

Vectris Frame / SR Adoro (lvoclar/ Pré-impregnadas Mul tidirecionais Próteses fixas de até tr 's elementos
Vivadent)

Vectris Pontic / SR Adoro (lvoclar/ Pré -impregnadas Unidirecionais Próteses fixas de até três elementos
Vivadent)

Coroas totais e próteses fixas de até


Fibrekor / Sculpture Pré-impregnadas Unidirecionais três elementos
(Jeneric-Pentron)
Coroas totais e próteses fixas de até
Construct / belleGlass NG Pré-impregnadas Multi direcionais três elementos
(l<err Lab.l
Coroas totais e próteses fixas de até
Pré-impregnadas Uni e Multidirecionais três elementos
Fibrex-Lab (Ângelus)
656 Shortcuts em odontologia estética: uma nova 1sào obre TI

Shortcuts de inlays e onlays parciais em resinas compostas e cerâmicas

Uma forma de simplificação da técnica de inlays Nomes comerciais de materiais utilizados para mo-
e onlays é a utilização da técnica semidireta em delos são Mach 2 (Parkell) + Green Mousse (Parkell)
uma só consulta 1º1. como mostrado com uso de e Die Silicon (VOCO). Nomes comerciais de bons al-
modelos de poliéter e moldagens com silico- ginatos de moldagem são Hidrogum 5 (Zhermack)
nes de adição. Uma variação e simplificação de e Cavex orthotrace (Cavex).
todo este processo é o uso de silicones de adi-
ção específicos com presa extrarrápida. que são Clinicamente. restaurações realizadas por meio des-
comercializados para uso em modelos parciais. sa técnica apresentam adaptação excelente. sendo
com bastante fluidez no momento do vazamen- melhor que peças recebidas do laboratório. mesmo
to e dureza bastante evidente pós-presa (maior sendo a moldagem realizada com alginato102•
que silicones para moldagem). Essa técnica traz
a vantagem da necessidade de uma molda- Dois casos passo a passo podem ser obseNados
gem simples com alginato de boa qualidade e nas figuras 5.510 a 5.594.
possibilita a confecção da restauração na mesma

sessão com a facilidade do trabalho extrabucal

associado com melhor qualidade e adaptação da


restauração na cavidade.
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas
657

5.510: Base plástica Bafix 1 para


viabilizar troquelização quando
necessário.

5.511 e 5.512: Cavidade simples,


mas com decisão de confecção da
restauração extraoralmente devido à
dibculdade da paciente de se manter
por longo tempo em procedimento.

5.513: Realiza-se uma moldagem


com alginato de boa qualidade como
Orthotrace (Cavex).

5.514 e 5.515: Verte-se a silicona fluida


de presa extrarápida (-2 minutos) Mach
2 (Parkell) na parte dental.

5.516 a 5.518: A base do modelo é feita


com uma silicona mais espessa para
registro de mordida Green Mousse
(Parkell) , utilizando a base Baftx.

5.519 e 5.520: A primeira camada de


resina dentina (Empress direct A3,S
dentina /Ivoclar Vivadent) é realizada
com o instrumento 26-30 (American
Eagle). Um espaço de 2,5 mm para as
próximas camadas é calibrado pela
ponta ativa do instrumento.

5.521 a 5.523: A segunda camada de


resina esmalte cromático (Empress
direct A3 esmalte/Jvoclar Vivadent)
é realizada com o instrumento Ml
(American Eagle). Um espaço de l,2mm .
para a última camada é calibrado
pela ponta ativa do instrumento.
Delimitação de perímetros de cúspide
segue as regras do Capítulo 4.

5.524: Pode- se analisar a espessura


deixada para a última camada
posicionando o antagonista que foi
realizado com o mesmo material.
658 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
.
::apítulo 5 : lnlays e onlays: restauraçõe s parciais em resinas
• . 659
compostas e ceram1cas

5.525 e 5.526: Corante branco Tetric colors white (Jvoclar


Vivadent) é posicionado em duas ou três cúspides, sempre ao
redor do sulco principal.

5.527 e 5.528 : Corantes ochre e marrom são posicionado s na parte


central da esc ultura. Prefere -se utilizar ambos simultaneam ente
(Tetric colors/lvocl ar Vivadent) .

5.529 a 5.534: A última camada de resina esmalte acromático


(Empress direct/Ivocla r Vivadent) seguindo a delirrtitação
de cúspide evidenciado pelo corante. Realiza-se uma a uma,
checando com antagonfata.

5.535 e 5.536: Fotopolimerização final e nova polimerizaçã o com


glicerina sobre a superfície.

5.537: Qua tro minutos em forno de micro- ondas em potência alta,


imerso em água.

5.538: Restauração sendo removida do forno. Note a superfície


esbranquiçada da resina composta.

5.539 e 5.540: Antes da realização do acabamento e polimento


pode-se chamar a paciente e realizar um aj uste intraoralme ote,
uma vez que resinas permitem uma checagem de con tatos antes
da cimentação.

5.541: Pon tas rnultilamina das para acabamento (Kornet H-379) são
utilizadas.

5.542: Acabamento hnal com escovas de carbeto de silício


As trobrus h (lvoclar Vivadent).

5.543 a 5.438: Cimentação adesiva da peça, sendo realizada na


mesma sessão em que o de nte foi moldado.

5.539 e 5.440: Caso hnalizado.


660 Shortcuts em odon ofogia e-tét1ca: uma no a visào sobre TIPS
. .
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaura çõe s parciais em resinas compostas e cerâmicas
661

O de resina co mpos ta
com caixas proximais , utilizando a m es ma téc ni ca anterior e me mo sistema
_ _ , Exatam e nte ::i mes ma sequê ncia se nd o realizada para uma cavidade
:i
5 531 5 594
(Empre ' S direc L/ lvoc lar Vivad e nt) .
Shortcut s em odon ologia es é ·ca: u a no,a visão so re - PS
1

um atalho sequencial ao uso de modelo s de silico-


ne é o uso de matriz es de borracha transparentes

que facilitam a escultura oclusal destas peças fa-


bricadas sobre modelos (New Architect/Smile Line)

(Fígs. 5.595 a 5.606). Um vídeo do uso pode ser vis-

to no site: ww.sh ortcuts -book.com .

Essa técnica pode f avorecer a dificuldade encon-

trada por alguns profiss ionais de executar escul-

tura em grandes extensões, possib ilitando a có-

pia da anatom ia desta forma realizando-se uma

casca ou concha oclusal. Nesta técnica, portanto,

inicia-se a estrati ficação do onlay de fora (superfí-

cie oclusal) para dentro , como se fosse um carim-

bo, poster iormen te se adapta ndo esta oclusal no

preparo dental preenc hendo interna mente com

resinas dentina , inclusive possib ilitando a oclusão

dessa concha oclusal.


es p . . .
Capítulo 5 : lnlays e onlays: resta uraçõ arc,ars em resmas comp ostas e cerâm
icas 663

5.595 e 5.596 : Resina antiga.

5.597 : Kit de ponta s diam antad as para


a/
prepa ras adesivos Esthe tic Kit Hirat
Scopin (Mani).

5.598 e 5.599 : Remoção da resina e


prepa ro para On lay sendo realizado.

5.600 : Ponta diam antad a para


acaba ment o do prepa ro.

5.601 : Ponta fina para separ ação


proxlmaJ do térmi no cervical.

5.602 e 6.603 : Matriz ew Archi tecc


(Style [ta.lia no) que oferece dois
taman ho de mesas oclusais, tanto
superiores quant o inferiores.
Vídeo desta restam ação pode ser
visto no
site: \1 1,w.shoncu t - book.co m.

5.604 : Onlay hnalizado com resina


Empress Direct (Ivoclar Vivadent).
Vídeo desta cimen tação pode ser
visto no
site: \\ w w . horrcu t - book..com.

5.605 e 5.606 : Onlay cimen tado.


hort ul vr1 , o I Jlll lt11:l11 c•st(· tlt.i 11111r1 r1ovi1 w..\o ,, 0 1i11 , ru,c;

erceira form de implificaÇ o tem envolvimen- A tabela 5.2 mostra as classes destes materiais.
o da tecnologia atual de CAD-CAM. que obriga- métodos de produção e indi cação. Tal fato torna
toriamente força uma simplificação do processo evid ente o estímulo da indústri a na mecani za-
laboratorial para inlays/onlay (Figs. 5.607 a 5.633). ção do trabalho laboratorial. Em contrapartida. a

quase totalidad e dest es mat eri ais apresenta-se


O uso de sistemas CAD/CAM no processo de pro- como blocos monocromáticos para usinagem
dução de restaurações. seja pelo fluxo de trabalho como copings que serão revestidos por algum
digitalizado total. onde as etapas de moldagem material de cobertura e outros como materiais
e obtenção de modelos de gesso são eliminadas.
monolíticos que receberão maquiagem. o que
ou mesmo parci al em que o molde é obtido e a
normalmente torna a participação do técnico de
restauração é desenhada a partir de um modelo laboratório indispensável.
escaneado. tem se tornado cada vez mais roti-

neiro. A digitalização do processo restaurador é


Desse modo. desenvolvimento de novos mate-
um cam inho sem volta e que certamente passará
riais nessas categorias são esperados para que o
por aperfeiçoamentos incessantes. O ganho de
fluxo digital possa ser cada vez mais individua-
tempo clínico talvez seja. teoricamente. o maior
lizado. não só na anatomia. mas principalmente
motivador no uso deste processo. Dentre as 3
nas nuances ópticas que caracterizam a estrutura
classes de materiais restauradores disponíveis
dentária. Sendo assim. apesar de o CAD/CAM ser
(Fluxograma 5.2). dois deles são produzidos ex-
uma ferramenta no diagnóstico. planejamento e
clusivamente no CAD/CAM (cerâmicas policrista-
execução de casos. a finalização com excelência
linas e cerâmicas de matriz resinosa). sendo que
estética ainda depende sobremaneira do tempo
são poucos materiais da classe das cerâmicas de
devotado para a individualização. em especial
matriz vítrea que não estão disponíveis em blo-
quando o desafio é mimetizar apenas um den-
cos para usinagem (algumas porcelanas feldspá-
te artificial a um conjunto e não estabelecer um
ticas e cerâmicas à base de fluorapatita) 1º3.
novo padrão em vários dentes.
es arei . .
Capít ulo 5 : lnlays e on/ays: resta uraçõ a,s em resinas comp ostas e cerâmicas
665
P

d
S.607 a 5.610 : Prepa ro endo c:inea
intrw ralme nte ( i terna c rec /
da
irona). As ve r õe mai anliga a in
ne e si ta v:1111 a apli açà de um pó
nio )
reflexivo (:\ base de dióxid o de lilà
para o ca nea rn e nLo ( irona Cerec
Opt i
pray).

5 .611 : Tamb ém o antag o ni ta sendo


scane ado.

o ele
S.612 a 5 .6 14 : Proce de - e o procc
ro.
delim itação da m:irge n do prepa

S.6 15 : partir de uma anato mia ba e


pode- e indi iduali za r como em
um ence ra mento . Ob erve 3 á rea
averm elhad as apont a m con ta tos
exce ivame nte forte .

S.616 a S .623 : Os dado ão tran fe rid o


/
para o bloco de fresag em (Erna: .cad
lvoc la r Vivad en t) .
Shortcut In dontolo , 1d t ' t 1 é\. um nov w,ào obre TIP
666

5.624 : itua ;i inici:11 m sLrando r mura -e inadequada


d nt S, .l6 t: 7. O dente 36

5 .625 : lma em mo tr:rndo o dent preparad para ereni


e :m ado . O fio afastador foi utilizado p:ira o afa tamento
gengi ale removido ante do proc o. O dentes 35 e 37
foram preparado parar tauraçõe tipo inla_ys. O dente
36 foi preparad para um tipo de coroa conservadora, / ull
veneeT. Depoi do preparo, a dentina do dente itais foi
protegida com uma camada de ade i o auto- ondicionante
e urna fma camada de re ina compo ta tipo jlow.

5 .626 : Imagem intraoral escaneada obtida usando a câmara


intraoral Omnicam (Sirona).

S.627: De enho a i tido e aju tado para oca o pelo


computador (CornputeT Assisted Design/ D).

5 .628 : lmagem mostrando o desenho propo to após


pequenas correções utilizando o software.

5 .629 : esta figura é possí el obser ar o de enho final em


oclusão.

5 .630: Restaurações finais fresadas em blocos de ceràmica


fe ldspáticas Vitablocs para Cerec. Após a fre agem as peças
tiveram a anatomia refinada , foram maquiada e uma fina
camada de glaze foi aplicada.

5 .631 e 5.632: As imagens mostram a e pe sura final da


coroa tipo full veneer após os procedimento de acabamento
e polimento.
5633

5 .633: Fotografia tirada imediatamente após os


procedimentos de fixação adesi a e ajustes oclusai .

(Caso realizado por Dario Adolfi, Maurício Contar Adolfi e


Oswaldo Scopin de Andrade) .
5: e ,:,s: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 667

f1r.rxogr:trrut 5 .2: Todos 05 materiais cerâmicos e semelhames à cerâmica disponíYeis na odontologia r tauradora podem r div-iclido em tr · famfüa prin ipai on om,e ua
composição: cer.imic.as com matriz ,icrea, 2) cerâmicas policristalinas e, 3) cerâmicas com matriz re ino a. Cada família ainda é ubcli iclida de a ordo com a ompo i ã quími ma
ª . eia P ·pa1 neste sistema de classificação é que os materiais a erern lançados e enquadrem em uma de tas categoria com ba e na pre ença de ma Lrlz vítrea ( rám i a om ma triz
resú:Josa) ou sua ausé ia (oe ámic.as policrist.alinas) , ou na presença de matriz com base resinosa .

Feldspática

À base de leucita
dissilicato de lítio e
Cerâm icas com matriz vít.rea ____. Sintética derivados
à base de fluorapatita

Alum ina

Infiltrada por vidro Alumina e m agnésio

Alumina e zircônia

Alumina
CERÂMICAS DENTÁRIAS E MATERIAIS
(CERAMIC-Lll(E} Zircônia estabilizada
Cerâmicas policristalinas
Zircônia tenacificada por alumina

Alumina t enacificada por zircônia

Resina nanocerâmica

Cerâmicas com matriz


Cerâmica de vidro em matriz de resina
resinosa

Zircônia-síl ica em matriz de resi na

Reimpresso com pernüssão da Qui.otessence from : Gracis S. et ai. A new cla.ssihca tion system fo r a.lJ - ceramic and ceramic- like restorative materiais. Lnt J Prosthodont 2015;28(3):227- 35.)"".
6 Shortcuts em odontologia estética: uma nO'fc3 visão sobre JPS

T:ibcb S .2 : D/ AM d ese nh o auxil iado pe lo co mpu tado r/ de e nh o ass istido pe lo co mp utador; PPF = p rótese parcial hxa. · As cerâmicas à base de íluorapati ta são usadas como
1113 1 ri ni d e r · b rim c n t br infrae Lruturas de liga me tá lkas ou zi rcô ni a.

1. Cerâmicas com matriz vítrea


Troquei refratário,
1.1 Cerâmicas fe ldspáticas lâmina de platina, M/V Sim
injeção
1.2 Cerâmicas sintéticas

Injeção ou -l'(A)
a. A base de /eucita F/ M Sim ,I ,I
CAD/CAM

b. Disilicato de lítio e Injeção ou ,I


3 unidades até o 2º ,I'
F/ M Sim ,I "(NP)
derivados CAD/CAM pré-molar

Injeção ou
e. A base de fl uorapat it a estratificação
V Sim

1.3 Infiltradas por vidro

CAD/CAM ou 3 unidades região


a. Alum ina F Si m ,1(A/P)
infiltração anterior

CAD/CAM ou Sim "(A)


b. Alum ina e magnésio F
infil tração

CAD/CAM ou 3 unidades região


e. Alumina e zircônia Sim "(A/P)
infi ltração post eri or

2. Cerâmicas policristalinas

CAD/CAM Não ,1(NP) ,I'


2.1 Alumina

CAD/CAM F/M Não ,1(A/ P) ,I' ,(


2.2 Estabilizada por zircônia

2.3 Alumina tenacificada


CAD/CAM F/M Não ,1(A/P) ,( ,(
por zircônia e zircônia
t enacificada pela alumina

3. Cerâmicas com matriz resinosa

CAD/CAM M Não ,t(A/P)


3.1 Nanoceramicas resinosas

3.2 Cêramicas vítreas numa


CAD/ CAM M Sim .f(A/P)
rede polimérica resinosa
int erpenetrante
3.3 Zircôni a-silica numa ,( ,(
CAD/CAM M Não ,1(A/P)
rede polirnérica resinosa
interpenetrante
'" (re impresso co m penuissão da Qu intesse nce: Grac is S. et aJ . A new classihcation system fo r aIJ - ceramic and ce rarnic - Ii.ke restorative materiais. lnt J Prosthodont 201 5;28(3),227 _35 _)'º'·
Capítulo 5 : /n/ays e onlays·· re s ta uraçoes
_ parc1a1s
. . em resinas compostas e cerâmicas 669

Em conjunto com o desenvolvimento de novos Tecnologias aditivas, já rotineiras em vários se-

materiais, a área de softwares de CAD, não ne- tores da indústria, como a impressão 30 poderá

cessariamente atrelados ao sistema de usinagem, também beneficiar a área restauradora, embora

bem como de novos hardwares, não obri gato- suas limitações como a criação de interfaces en-

riamente envolvendo o processo de usinagem, tre as camadas bem como a pouca agilidade do

também tendem a se tornar rotina na produção sistema tenham impulsionado novos desenvolvi-

de restaurações em sistemas mais abertos. Al- mentos. Métodos ainda mais avançados, como

guns softwares permitem detalhamentos avan- o Continuous Liquid Interface Production (CLIP)

çados de design, atualmente simplificados nos parece ser altamente promissor na área de po-

sistemas de CAD/CAM odontológicos e com a límeros. A produção via CLIP é obtida por uma

possibilidade de exportação para arquivos com- janela permeável ao oxigênio situada abaixo de

um plano de projeção de imagem ultravioleta


patíveis (p. ex.: .stl) abre-se uma gama importan-
que cria uma zona em que a fotopolimerização
te de individualização ainda maior de forma. Em
é inibida entre a janela e a parte já polimerizada.
relação ao hardware, mudanças também são de-
Dessa forma, geometrias inviáveis de produção
sejadas uma vez que a tecnologia subtrativa (usi-
via usinagem podem ser planejadas em uma ve-
nagem) é pouco interessante economicamente
104
locidade de 25 a 100 vezes mais rápido •
em virtude do desperdício de matéria prima.
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS
670

Para onde caminha a ciência em inlays e onlays parciais


em resinas compostas e cerâmicas

Idealmente. investigações sobre os materiais restau- Um método em especial que tem sido usado

radores devem incluir estudos clínicos randomizados devido à sua capacidade de reproduzir as falhas

longitudinais bem desenhados. o que é virtualmente clínicas em geometrias relevantes e numa ampla

impossível de ser realizado com consistência em fun- gama de materiais cerâmicos é o teste de vida

ção do custo. tempo e da ampla gama de materiais step-stress acelerado (step -stress accelerated
disponíveis. Assim. é fundamental que os estudos life testing. SSALT) especialmente com a inclusão
laboratoriais sejam capazes de similar o mais pró- de um componente deslizante durante o teste 1º8.

ximo possível estas falhas observadas clinicamente. Em resumo. uma ponta edentada toca a restau-
Um método de teste mecânico que simule a fratura ração. aplicando uma carga em taxa controlada.
de corpo na zircônia não é muito significativo e for- a máquina gera um determinado deslize (0.3 a
nece contribuição limitada à área. já que este modo 0,7 mm) e. então. afasta-se da amostra para co-
de falha é raro neste tipo de material num cenário meçar um novo ciclo . Uma variedade de cargas
clínico 1º5·106. A simulação das variáveis encontradas tem sido usada com diversos perfis distribuídos
na boca durante a mastigação é uma tarefa desa- para otimizar a máquina e os tempos de teste.
fiadora. Embora existam diversos métodos incluindo Detalhes do método incluindo suas vantagens.
a fadiga. cada um com suas vantagens e limitações limitações e abordagem estatística podem ser
já detalhadas 107. Deve-se selecionar um método que encontrados na literatura 1°7. (Figs. 5.634 a 5.642).
responda aos objetivos do estudo e que possa ser

realizado com precisão no equipamento disponível.


Capitulo 5 : lnlays e onlays: restauracões . . .
· parciais em resmas compostas e cerâmicas 671

5.634 a 5.636 : Preparo padrão para coroa metalocerâmica rea lizado em um


modelo. O término foi rea.l.i.zado em chanfrado e a espessura do preparo
foi de 2,0 mm. (Reimpresso com permissão da SAGE JOURNALS from:
Coelho PG , Bonfan te EA, Silva NR , Rekow ED, Thompson VP. Laboratory
simulat ion of Y-TZP ali - ceramic crown clin.ical failures. J Dent Res
2009;88(4) :382- 6 (108) .

5.637: Coroa realizada sobre o preparo determinando um modelo padrão de


anatomia e es pessura (2,0 mm .).

5.638 : Um CAD - CAM desta coroa foi realizado para possibilita r a frezagem
dos grupos testados.

5.639 : Coroa realizada posicionado sob o edentador da máquina que realiza


a fadiga do material (BOSE) .

'>639
5.640 a 5.642: Para simular um reparo realizado em coroa de Lava
Ultimate (3M ESPE), uma cúspide foi removida e a coroa reparada de
duas fo rm as: com resina direta (Filtek Supreme / 3M ESPE) e com resina
indireta (Cera mage /Shofu). Coroas reparadas já foram também testadas ,
mant ive ram resultados estatisticamente simiJares ao grupo controle de
coroas metalocerâmi cas. Em alguns casos , a coroa de resina reparada
mantêm a resistê nc ia da coroa inicial integra, suportando a possilidade
clinica de reparo sem troca total da coroa.
Fadiga de materiais cerâmicos (Início dos a proximais e a outra uma reduçao na anatomi

trabalhos de SSALT de Zircônia comparada à definitiva da coroa e por este motivo fie u conhe-

Metalocerâmica até Emax) cid como de enho anatomico da infr e trutur. ,


o que eventualmente resultou n e pe ur uni-

Embor o nt ndi nto obr o modos de pro- forme da pareei na de recobriment . Ape r d

m primeiro c r ct riz do melhor ignificativa na carg de fi Ih dur nte

em eom tri impl como c m d pi n , os SSALT comparada à infr e trutur e m ur

nt nvolv m geom tria clini - uniforme de 0.5 mm. tod e t in-

c m nte r I v nte . como coro em molares da gerar m valore inferiore n

qu permitir m vali ç- o contínua do p rA - met loceramicas. Um v nt m i nific ti d

m tro . incluindo confi bilid de (prob bilidade modificaçoe ne te de enho ni redu n

de obrevivenci ) e o modelo de f lha numa manhas da fraturas, que clinic m nte tr du

variedade de m teri i re tauradores. Com con- como lascamento que pode er p lido n v m nt

trole padrão-ouro. coroa metalocerA mica foram ou reparado com e for o mínimo r nd

avaliadas contra a porcelana fundida sobre a zir- restauraçao em funçao. Me m m Ih r

conia (PFZ). fabricadas conforme as normas dos significativa ob ervad pel t d r fri m nt

fabricantes. Significativamente. a probabilidade lento da camada de gl z d PFZ 11

de sobrevida dos dois sistemas PFZ foi menor que revisoes sistemática aind

nas metaloceramicas e os modos de falha obser- roas e próte es parciais fi a ,

vados durante o SSALT foram muito similares aos em taxa de sobrevida menor qu nd
observados clinicamente 10 (Gráfico 5.1) às metaloceramicas e. s im. dev m

das como a segunda opçao1 1 •

Como tentativa de melhorar a confiabilidade da

PFZ. duas modificaçoes nos desenhos das infraes- Nas próteses que sao estratificad , ond limi r
truturas foram sugeridas. Uma envolveu a incor- do fator de inten idade de e tre
poração de uma cinta lingual que se estendia até o do material de recobrimento. que é o e n
Capítulo 5 : lnlays e on/ays: rest aurações pareia·is em resmas
· • ·
compostas e ceram1Cas

porcelanas de recobrimento. as falhas podem sur- Fadiga de materiais com base polimérica (Novos
gir da porcelana. nas margens. ou nas superfícies resultados promissores)
de cimentação. Considerando-se que a porcelana

de recobrimento geralmente é a parte mais fraca Na avaliação com a técnica SSALT, resinas com-

neste tipo de prótese. é provável que as falhas a postas indiretas usadas em coroas unitárias sobre

envolvam. Assim. na comparação de sistemas mo- implantes ou mesmo próteses parciais fixas com

nolíticos e não monolíticos. deve-se ter em mente resina composta monolítica têm mostrado resul-

que tal comparação pode parecer inadequada. de- tados comparáveis aos das metalocerâmicas 111 -m .

pendendo do material monolítico sob comparação. Na verdade, o SSALT foi conduzido para caracte-

A comparação das coroas monolíticas de dissilicato rizar o uso de resinas indiretas em lmplantodon-

de lítio com 2 mm de espessura têm mostrado, por tia e já relatadas em estudos clínicos. A técnica já

exemplo, resistência característica significativa- está em uso desde então e foi publicada primeiro

mente maior do que nas metalocerâmicas. e que a num período com revisão por pares em 2007 11 4 .

espessura de 1 mm foi similar à metalocerâmicas


44
.
Um estudo retrospectivo mostrou altas taxas

de sobrevida e mais acentuadamente o fato de.


(Gráficos 5.3 a 5.5).
na ocorrência de falhas, elas serem de tamanho

reparável ou para novo polimento. colocando-as


Embora os estudos com Y-TZP monolítico mos-
em função sem a necessidade de troca115 • Esses
trem grande comportamento mecânico, fatores
achados corroboram os observados durante o
como a degradação em baixa temperatura ainda
SSAL1 em que o reparo seria clinicamente exe-
asseguram a pesquisa futura e a obtenção de uma
quível e evitaria a troca da maior parte das res-
estética exemplar com este material usado como
taurações (Gráfico 5.6)
contorno final completo ainda é um desafio.
674 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Fatigue failure Zr. Zr mod. Me


Fatigue failure Zr, Me

Contour Plot Contour Plot Weibull-2P 90%


Weibull-2P

Target e
Zr- M
"'
~ 16 n:"' 16
ID

o
Zr Zr MC

o
MC

o 1100 2000
o
lL-.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
200 1100 2000
Eta (N) Eta (N)

- Zr Design eonventional - MCR - Zr Design conventional - MCR


F= 14/5=0 F= 19/S=O F= 14/5=0 F= 19/5=0
13=3.27. 11=370.66. p=0.98 13=4.91. 11=1304.78, p=0.97 13=3.27. 11=370.66, p=0.98 13=4.91. 11=1304.78, p=0.97

- Zr Design modified
Gráfico 5.1: Este gr:iftco, as im como o próximos que virão, mostra a carga na qual as F= 8/5=5
coroa de molares falharam durante o teste de fadiga deslizante pelo método SSALT. Cada 13=4.91. 11=1304.78. p=0.97
contorno é representado por um material usado em coroas testadas onde a referência
(padrão ouro) é a metalocerâmica (MC), neste caso comparada com coroas de zircônia Gráfico 5 .2: Modificação no design da infraestrutura de Zr possibilitando
revestida por porcelana (Zr). O posicionamento de um contorno mai para a direita do um controle da espessura da cerâmica de cobertura por lingual e proximal,
gráfico representa uma maior carga necessária para a fratura durante a fadiga e neste ca o
melhorando significativamente sua resistência (mais para direita do plol) e
observa - se que a MC foi significativamente superior que a Zr uma vez que os contornos reduzindo a variabilidade (posicionamento mais acima no plot). (Silva NR ,
não se sobrepõem. Outro aspecto desejável é que o contorno também se localize mais para
Bonfante EA, Rafferty BT, Zavanelli RA, Rekow ED, Thompson VP, Coelho
a região superior do gráfico o que significa que o módulo de Weibull é maior e portanto
PG. Modified Y- TZP core design improves all - ceramic crown reliability. J
a variabilidade entre as amostras é menor. Nesse caso, o módulo de Weibull da MC de Dent Res 2011;90(1):104 - 8 (129).
4.91, comparado aode 3.27 da Zr, denota uma maior variabilidade nos valores de carga
necessários fratura na Zr. O significado clinico desta informação é o de que as coroas de
zr não só se comportam de maneira significativamente inferior às de MC para coroas em
molares, mas também que a maior variabilidade (menor modulo de Weibull) e a sugestão
de material com menor previsibilidade de comportamento clínico. O alvo (target)
apresentado no canto superior direito é o que se espera de novos materiais que deveriam
apresentar performance na região de molares no mínimo igual ou idealmente superior às
metalocerãmicas. (Reimpresso com permissão da Sage Journals from: Silva NR, Bonfante
EA, Zavanelli RA, Thompson VP, Ferencz JL, Coelho PG. Reliability of metalloceramic and
zirconia - based ceramic crowns. J Dent Res 2010;89(10):1051 - 6 (109).
• .
Capitulo 5 : lnlays e onlays: restaurações parc·,a·15 em res ·mas compostas e ceram1cas

Fatigue failure Zr. Zr mod. Mcr e E.max 2mm F ·gue


Contour Plot Weibull·2P

Zr· M z-
rtl E.max 2

~
êu 16 ~ 16
co o

;:,

o
Zr MC

(J
1'--~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~--'
1
Du 00
200 1100 2000 200
Eta. ( )
Eta. (N)

- MCR - Zr Design conven ·anal CR


- Zr Design conventional F= 19/5=0
F= 19/S=O F= 14/S---O
F= 14/ S=O - '.91. íF p=0..91
13=4.91, ri=1304.78. p=0.97 fF327, rj=370.66. p=0.9
13=3.27. ri=370.66, p=0.98

- E.max2mm - Zr Design modified - E.max


- Zr Design modified F= 8/S---S F=9/5=9
F= 8/S=S F= 9/ S=9
!3=4.91. rj=l304.78. p=0.97 fF7. 3, ff=l 9.69. p=0..9
13=4.91 , ri=13 04.78. p=0.97 13=7.83, ri=1719.69. p=0.94

- E,maxlmm
Gráfico 5.3: Teste realizado com coroas monolíticas de dissilicato de lítio com F= 7/5=3
fF6.71. rJ=l SSS.67, p=0.83
espessura de 2,0 mm (Emax / lvoclar Vivadent). determinaram resultados
rnelbores q ue O grupo controle de coroas metalocerámicas, suportando
cientificamente seu uso como coroas posteriores. (Guess PC, ZavaneW RA , Gr:íhco 5.4: Mantendo a anatomia externa e diminuindo a es
Silva NR, Bonfante EA, Coelho PG, Thompson VP. Monolithic CAD /CAM de dis ilicato de lítio para 1.0 mm , o r ultado ainda de.m
· ; cciro.ts <1
Hthium disilicate ve rsus veneered Y-TZP crowns: comparison of failure em fadiga, mesmo com espessura reduzida. m rela -ão a.:
modes and reliability after fatigue. Jnt f Prosthodont 2010;23(5):434-42 (43) .

comparison of failure modes and reliability after fatigue. lnt) Pro · lh


20l0;23(5) :434- 42 (43) .
676 Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Fatigue failure Zr. Zr mod. Mcr. E.max 2mm. E.max lmm e E.max 0.5 mm Contour Plot

Contour Plot Weibull-2P 90%

E.max 1
16

Zr-M
"' 16
~

1'-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-'
200 1100 2000
Eta. (N) 2 L-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

500 700 900 1100 1300 1500


- Zr Design conventional - MCR
F= 14/S=O Characteristic Strength - 11 (N)
F= 19/S=O
13=3.27. r,=370.66, p=0.98 13=4.91 . r,=1304.78, p=0.97
Weibull-2P

- Zr Design modified - E.max 2mm - Lava Ultimate - Ceramage


F= 8/S=5 F= 9/5=9 m= 9.56 m= 5.48
13=4.91, r,=1304.78, p=0.97 f.3=7.83, r,=1719.69, p=0.94 r,=1038.8 N r,=794.35 N

- E,maxlmm - Metal Ceramic


F= 7/S=3 m= 4.67
13=6.71, r,=1555.67, p=0.83 r,=945.42 N

Grábco 5.5: Uma vez que uma grande tendência a coroas ultra-conservadoras Gr:íbco 5.6: Resultados de coroas em molares sobre implante fabricadas em resina
(Jull veneers) está sendo notada em clinica, sendo estas coroas de 0,5 mm. composta comparados com o grupo controle de coroa metalocerâmica. Cer.unage é
realizadas em dentes anteriores e posteriors, o mesmo teste foi aplicado uma resina composta laboratorial (Shofu) e Lava Ultima te uma cerâmica de matriz
em amostras de coroas de dissilicato de Utio (Emax/Ivoclar Vivadent) resinosa para fresagem em CAD/CAM (3M Oral Care) . Note resultados bastante
de espessura 0,5 mm. O resultado mostrou uma queda significativa que favoráveis da resina Ceramage, que indicaria superioridade em relação a Zr e
posicionou o dissilicato de Utio em termos de resistência entre os grupos de dissilicato de Utio 0,5 mm. O resultado do Lava Ultimate foi significativamente
zircônia convencional e de infra- estrutura modihcada, não sendo diferente superior ao do Ceramage, porém ambos apresentaram resistência não diferente
estatisticamente que ambos (note o sobrecontomo entre os 3 grupos). Este estatisticamente da metalocerâmica (presença de sobrecontomo entre os grupos) .
achado sugere que espessuras de 0.5 mm para dissilicato de Utio devem (Reimpresso e modificado com permissão da Wtley from: Suzuki M, Bonfante E,
ser mantidas apenas em dentes anteriores. (Reimpresso e modificado com Silva NR, Coelho PG. Reliability testing of indirect composites as single implant
permissão da Eselvier from: Bonfante EA, Suzuki M, Lorenzoni FC, Sena LA, restorations. J Prosthodont 2011;20(7):528-34 (112).
Hirata R, Bonfante G, et ai. Probability of survival of implant-supported
metal ceramic and CAD/CAM resin nanoceramic crowns. Dent Mater
2015;31(8):el68-T7 (122).
- . .
Capí tulo 5 : lnlays e onlays: resta ura çoes parc,a,s em res inas cornpo ta e cerâmica
77

a Ulti mat e/3M blocos de resi -


Vantagens e pontos-chave (Lav industrialmente e apresentadas em
no mercado (p.
ESPE e Ena mic NIT A) nas compostas diretas de longo uso
ex., Paradigm MZlOO 3M ESPE).
ese traz nova
O uso das resinas compostas na prót
Lava Ultimate
perspectiva no trat ame nto restaura
dor,,6. Em fun- Os materiais com mais destaque são o
polímeros de
ção dos resultados promissores com
polímeros e (3M ESPE) que possui uma matriz de
inorgânica
com os avanços rápidos na engenh
aria da química 20% de UOMA e Bis- EMA com uma fase
zircônia. Outro
classe de mate- de 80% de nanopartículas de sílica e
de polímeros, é evidente que esta
por um bloco
rsas demandas sistema é o ENAMIC (VITA), composto
riais pode ser desenhada para dive
) infiltrada por
de cerâmica feldspática (86% de peso
(Figs. 5.643 a 5.660).
)11 ª.
polím eros convencionais (14% de peso

2013 pela Ame -


Nos EUA foram classificados em
l restaurador
ão atual do Code Tran sferi ndo o pens amento do materia
rican Den tal Association, na vers
um debate ain-
lature, como ce- para implantes dentários, tem havido
on Den tal Procedures and Nomenc
se materiais
seguradoras que da maior em relação aos dentes naturais,
râmicas (por motivos maiores de
o a cerâmica
livros de ciências com baixo módulo de elasticidade com
não serão discutidos aqui) e nos tes artificiais
com matriz resinosa, ou mesmo os den
eriais não ce-
dos materiais eles sempre serão mat mais uniform e
de acrílico, resultam em distribuição
de uma matriz
râmicos em virtude da existência cerâ micas. Em-
do estresse no osso, comparados às
mos a seguir, o
orgânica . Entretanto, como vere dos realmente
bora ainda não resolvido, alguns estu
matrizes orgâni-
alto conteúdo cerâmico em suas resinosa pod e
mostram que a cerâmica com matriz
s que geraram a
cas lhes proporciona propriedade parada à ce-
absoNer melhor as forças oclusais com
a classe de ma-
necessidade de criação de uma nov sses nas in-
râmica sem matriz 11 . Além disso, os estre
9

o cerâmicas de
terial, recentemente proposta com inados quan -
117 terfaces osso-implante podem ser elim
mics) Estes ma-
mat riz resinosa (res in-m atrix cera
.
ulo mais baixo
do o material da prótese tem um mód
cado há algum
teriais vêm sendo lançados no mer 2
º.
do que a porcelana fundida ao metal1
polimerizadas
tempo, sendo comumente versões
Shortcuts em odontologia esté ica: uma nova visão sobre TIP
678
Capítulo S : lnlays e onlays: restaurações parciais
· · em resinas
· 679
compostas e cerâmicas

5.643 e 5.644: Remoção de restaurações amplas de amálgama.

5.645: Realizou - se o preenchimento do segundo molar com a resina


bulk ftll SDR Flowable Universal (Dentsply).

5.646: Ponta diamantada extrema.mente arredonda do Esthetic Kit


Hirata /Scopin (Mani).

5.647: Preparo do chanfrado proximal com ponta cônica de extremo


arredondado do do Esthetic Kit Hirata/ Scopin (Mani) .

5.648: Ponta de mínimo diãmetro para separação da parede cervical


(RAl) do Esthetic Kit Hirata/Scopin (Man.i) .

5.649: Fio afastador Ultrapak 00 (Ultradent) instalado.

5.650: Moldagem realizada com Ex:press XT (3M ESPE).

5.651 e 5.652: Onlays fresados em resina nanocerâroica Lava Ultimate


(3M ESPE) .

5.653: Cimentação segue os princípios de cimentação de resinas


indiretas.

5.654: Jatea.mento com óxido de alumíruo (Prepstart/Daoville).

5.655: Aplicação de ácido fosfórico 35% para limpeza.

5.656: Aplicação do adesivo Scotchbond Universal /Single Bond


Universal (3M ESPE), que se tomará d ual com contato com o cimento
resinoso RelyX Ultimate (3M ESPE) .

5.657: Aplicação do adesivo Scotchbond Universal / Single Bond


Universal (3M ESPE) no modo self-etching.

5.658: Cimentação com cimento resinoso RelyX Ultimate (3M ESPE) .

5.659: Fotopolimerização hnal.

5.660: Caso hnalizado.


Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

Clinicamente, pode ser pensado em situações Ainda, os conceitos sobre a necessidade de su-

desafiadoras para o uso em fad iga mecâni ca porte para o mater ial de recobr imento, que é

constante, como facetas oclusais e total veneers cruc ial nas pró teses com porce lana de recobri-

posteriores19 . Diferentement e de cerâmicas, a es- mento, não se aplicam às ce râm icas com matriz

pessura não influenciou na resistência à fratura de resinosa, já que grandes quantidades deste ma-
lâminas realizad as em Lava Ultimate (3M/ESPE), terial permanecem sem suporte, e com pouco
sendo o material mais indicado para espessuras efeito sobre a confi abilidade 113 . Algumas ques-
de 0,5 mm 12 1 (Figs. 5.661 a 5.667) tões como a caracterização e a natureza mo-

nocromática podem ser reso lvidas através do


Além destas vantagens clínicas que precisam ser polimento que devolve as pro priedades ópticas
provadas. outras características das cerâmicas com originais ou pela estratifi cação da anatomia in-
matriz resinosa são indiscutivelmente superiores, terna desse tipo de cerâm ica com resinas co m-
como a facilidade de usinagem, as altas proprieda- postas para dar estét ica natural. Mais desenvolvi-
des mecânicas 122
e a capacidade de serem repara- mentos são esperados, não apenas nesses novos
das ou ter a incorporação de resinas mais facilmen- materiais, mas também nas suas t ecnolo gias de
te do que numa cerâmica convencional 123
. fabricação (Figs. 5.668 a 5.67 4).
68 1
. . .
Cap ítulo 5 : fnlays e onla
ys: restauraç - compostas e cerâmicas
oes parcrars em resinas

ameJogênese
5.661 e 5.662: Caso clinico de
não se forma
imperfeita, ond e o esm alte
con tinu ame nte.

s realizados,
5.663: Preparos conservadore
ueneer ou
atua lme nte chamados de full
ssur a min ima ao
faceta totaJ com uma espe
a form a todo o de nte
redor de 0,5 mm . Dess
vez que exis te den tina
será protegido uma
vári as área s do den te natural .
exposta em

uen a
5.664: Coroas fresadas em peq
ocer âmi ca Lava
espessura com resina nan
orta nte lem brar
Ultimate (3M ESPE). Imp
coro as tota is não
que a indicação para
é mais reco men dad a pelo
fabricante;
s de de bonding ou falhas de
algun caso
nção fora m apo ntad os, prov avel men te
rete
ade do
pelo baixo módulo de elas ticid
ção e posterio r
material, causando deforma
descirnentação.

ado ras
5.665: Coroas ultra con serv
em área post erio r.
cim enta das

riores ,
5.666 e 5.667: Em den tes ante
os fora m real izad os em E.max
lam inad
(lvoclar Vi aden t) .
682
Capítulo 5 : /n/ays e onlays: restaurações parciais em resinas compostas e cerâmicas 683

CONCLUSÃO O texto propôs ainda, técnicas alternativas à con-

fecção dos inlays e onlays em laboratório, com o

Restaurações parciais de resinas compostas e uso de resinas de consultório na técnica semidire-

cerâmicas podem ser indicadas em situações clí- ta e indireta.


nicas em que as resinas diretas oferecem limita-

ções técnicas . Simplificações da técnica tradicional foram propos-

tas, incluindo CAD-CAM, silicones específicos para

A discussão de propriedades dos materiais e indi- modelos imediatos e formas oclusais.


cações foi abordada neste capítulo. Também a téc-

nica de: preparo, selamento imediato, moldagem, A ciência dos materiais para restaurações indiretas

provisório, confecção das peças e cimentação ade- do ponto de vista mecânico do método SSALT foi

siva foi englobada, sendo discutidos os passos clí- analisada e resum ida.
nicos e variantes.
684
Shortcuts em odontologia estética: uma nova visão sobre TIPS

RESINAS COMPOSTAS DIRETAS X

Resinas compostas Cerâmicas

Indiretas
1
Indiretas com resinas de consultório Técnica direta-indireta Injetáveis

Com preservação de cúspides Com recobrimento de cúspides


lnlays Núcleos de preenchimento? Onlays

Laboratório de prótese
Em consultório
Técnica indireta Técnica direta-indireta

Técnica indireta
com resinas
de consultório

Em consultório
Capítulo 5 : lnlays e onlays: restaurações par · · ·
c1a1s em resinas compostas e cerâmicas 685

Referências:

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rown re ihty J Dent Res 2011:90(1) 104-8
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-
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OUINTESSENCE

quintessence
editoro.
ISBN 978-85-7889- 075-9

li 1111111111
788578 890759

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