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Inclui bibliografia.
CDD 21 - 549
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ÍNDICE
2 – Definições e Conceitos..........................................................................................................7
Ligações atômicas ..................................................................................................................10
3 – Estrutura Interna dos Minerais .............................................................................................1
4 - Ambientes geológicos formadores de minerais .................................................................4
5 - Propriedades Físicas dos Minerais ......................................................................................5
Hábito......................................................................................................................................5
Clivagem ................................................................................................................................8
Dureza (D)..............................................................................................................................8
Tenacidade ...........................................................................................................................10
Densidade Relativa(d) ou peso específico .....................................................................10
Magnetismo ......................................................................................................................... 11
5.1- Propriedades relacionadas à luz ...................................................................................... 11
Cor ......................................................................................................................................... 11
Diafaneidade........................................................................................................................ 11
Brilho ..................................................................................................................................... 11
Cor de traço .........................................................................................................................12
6 - Relação entre composição química e estruturas dos minerais .....................................15
Isoestruturalismo ............................................................................................................15
Polimorfismo .....................................................................................................................15
Pseudomorfismo ..............................................................................................................16
Solução sólida .........................................................................................................................16
7 - Classificação dos minerais ..................................................................................................17
7.1- Elementos nativos ..............................................................................................................17
Metais .......................................................................................................................................17
Semi–Metais ............................................................................................................................17
Não-Metais ...............................................................................................................................18
7.2- Sulfetos .................................................................................................................................18
7.3- Óxidos ...................................................................................................................................20
7.4- Hidróxidos ............................................................................................................................21
7.5- Sulfossais .............................................................................................................................21
7.6- Carbonatos ..........................................................................................................................22
7.7- Sulfatos SO4-3 ....................................................................................................................23
7.8 – Haletos................................................................................................................................23
7.9- Boratos .................................................................................................................................24
7.10- Fosfatos PO4-3 .................................................................................................................24
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ÍNDICE DE FIGURAS
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ÍNDICE DE QUADROS
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ÍNDICE DE FOTOS
Fotos 1 e 2: Hábitos dos minerais: (a) laminar, (b) bodrioidal, (c) bipirâmidal, (d)
prismático hexagonal com terminação em pirâmide, (e) prismático quadrático (f)
romboédrico, (g) prismático hexagonal............................................................................7
Foto 3: Hábitos dos minerais: (h) prismático alongado, (i) agregados fibrosos radiados,
(j) acicular, (l) fibroso........................................................................................................7
Foto 4:Calcita exibindo clivagem em três planos formando romboedros.........................9
Foto 5: muscovita apresentando clivagem em uma direção formando folhas................9
Foto 6: topázio apresentando uma direção de clivagem perpendicular ao comprimento
do mineral.........................................................................................................................9
Foto 7: Quartzo exibindo fratura conchoidal....................................................................9
Foto 8: Brilho dos minerais: a, b, c - minerais de brilho não metálico; d, e, f - minerais
de brilho metálico............................................................................................................13
Foto 9: (a) Muscovita: mineral translucido; (b) hematita: mineral opaco. Minerais de
brilho metálico além de apresentarem brilho do metal também são opacos.................13
Foto 10: Minerais apresentando brilho vítreo: (a) calcita, (b) quartzo, (c) fluorita..........14
Fotos 11 e 12: Minerais apresentando brilho sedoso.....................................................14
Foto 13: Enxofre apresentando brilho resinoso..............................................................14
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1 - INTRODUÇÃO
2 – Definições e Conceitos
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Além dessas substâncias, o homem utiliza diversos bens minerais no seu dia-a-dia, por
exemplo: Alimentação – sal, fosfato, potássio, calcário e nitrato;
Embalagens – Alumínio, ferro, estanho, argila e talco;
Saúde e higiene – água, argila, talco, calcita e gipso;
Transportes – ferro, manganês, petróleo, níquel e titânio;
Energia – Petróleo, carvão e urânio.
Cosmético _ talco e micas.
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Cl
Na
Figura 2: Estrutura atômica do cloreto de sódio – halita NaCl. (Fonte: DRUPE, 2002).
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do elemento. Exemplo: Li +1
A Figura 4 apresenta a classificação periódica dos elementos químicos.
Ligações atômicas
As forças que mantêm os átomos unidos em um mineral são elétricas. Os tipos dessas
ligações são responsáveis pelas propriedades físicas e químicas dos minerais, e
subdividem em:
Ligação Covalente – É a força entre dois átomos que preencheram sua última
camada pelo compartilhamento de um ou mais elétrons. O compartilhamento de
elétrons é a mais forte das ligações químicas.
Ex: Diamante
Ligação Van der Walls – Moléculas polares possuem dipolos permanentes que
se atraem, sendo que os polos positivos de algumas moléculas atraem os polos
negativos de outras, Exemplo:
H-Cl H-Cl
+ - + -
H-Cl H-Cl
+ - + -
Esse tipo de ligação também pode existir entre moléculas apolares. Devido às
mudanças de temperatura e pressão, ocorre um ligeiro deslocamento das cargas
elétricas. Um par de elétrons de uma ligação simples desloca-se em direção ao átomo
mais eletronegativo e desse modo a molécula torna-se polarizada.
- + - +
- + - +
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Figura 4: Classificação Periódica dos Elementos Químicos
1A Metais Alcalinos Actinídeos H ← Gasoso 8A
1 2
Metais Alcalinos-terrosos Outros metais C ← Sólido
1 H He
Hidrogênio 2A Metais de transição Não-Metais Hg ← Líquido 3A 4A 5A 6A 7A Hélio
3 4 5 6 7 8 9 10
2 Li Be Lantanídeos Gases nobres Rf ← Desconhecido B C O F
N Ne
Lítio Berílio Boro Carbono Nitrogênio Oxigênio Flúor Neônio
11 12 ┌───────────── Elementos de transição ─────────────┐ 13 14 15 16 17 18
3 Na Mg Al Si P S Cℓ Ar
Sódio Magnésio 3B 4B 5B 6B 7B ┌───── 8B ─────┐ 1B 2B Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Argônio
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
4 K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Cromo Manganês Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsênio Selênio Bromo Criptônio
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
5 Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircônio Nióbio Molibdênio Tecnécio Rutênio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Antimônio Telúrio Iodo Xenônio
55 56
57 - 71
52 53 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
*
Césio Bário Háfnio Tântalo Tungstênio Rênio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polônio Astato Radônio
87 88 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
89-103
7 Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Uun Uuu Uub Uut Uuq Uup Uuh Uus Uuo
**
Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bório Hássio Meitnério Ununílio Ununúnio Unúmbio Ununtrio Ununquádio Ununpentio Ununhexio Ununséptio Ununóctio
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
* 6 La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
** 7 Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lw
Actínio Tório Protactínio Urânio Netúnio Plutônio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstênio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
1 ←Número atômico
H ←Símbolo atômico www.tabela.oxigenio.com
Hidrogênio ←Nome do Elemento
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Cl
Na
Célula
unitária
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opostas (cátions e ânions). Cada ânion tende a reunir em torno de si o número máximo
de cátion que sua carga e o seu tamanho permitem. Exemplo:
Na estrutura do mineral halita (NaCl), cada íon de Cl- tem seis íons de sódio Na+
vizinho e, aí, dizemos que o cloro está em coordenação 6 com o sódio, Figura 7.
A repetição das combinações entre ânions e cátions no espaço forma a estrutura
cristalina dos minerais.
O número de coordenação dependerá da razão entre o raio catiônico e o raio
aniônico (Figura 8).
O-2 F -1
Cl -1
S -2
Figura 8: Relação entre o raio iônico (dado em 108+ cm) de cátions e ânions. (Fonte: Press et al, 2007).
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Precipitação:
Hábito
Aspecto externo dos minerais. A forma com que o mineral se configura na
natureza depende, em parte, da sua estrutura interna (do arranjo tridimensional das
células unitárias) e, também, das condições de pressão e temperatura durante a
cristalização. Dessa forma, um mineral pode apresentar mais de um hábito.
Uma determinada espécie de mineral terá sempre o mesmo tipo de célula
unitária, no entanto, a forma de empilhamento dessa célula pode mudar, por exemplo:
o mineral magnetita possui célula unitária cúbica, podendo apresentar hábito cúbico ou
octaédrico ( bipirâmidal)
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Figura 11: Ilustra várias formas prismáticas. (Fonte: BONGIOVANNI, et al. 1994).
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Clivagem
O mineral apresenta clivagem quando, submetido a uma força, rompe-se de
modo a produzir superfícies planas e lisas. A clivagem depende da estrutura cristalina
do mineral e ocorre paralelamente aos planos dos átomos (FOTOS 4, 5 e 6), onde as
ligações atômicas são mais fracas.
Ex: clivagem lamelar da Muscovita e romboédrica da Calcita.
Fratura
É a tendência de um mineral de se quebrar ao longo de superfícies irregulares
(FOTO 7).
Tipos de fraturas:
Fibrosa
Conchoidal ou concoide
serrilhada
Dureza (D)
A dureza é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao ser riscada.
Quanto mais forte as forças da união entre os átomos, tanto mais duro será o mineral.
Os valores de dureza relativa são obtidos pela facilidade ou dificuldade com a qual um
mineral risca o outro.
A dureza de qualquer mineral pode ser obtida por meio da utilização da escala
de dureza de Mohs, a qual relaciona empiricamente a dureza de dez minerais mais
comuns em ordem crescente (Quadro 1).
Escala de Mohs
Dureza (D) Mineral
1 Talco
2 Gipsita
3 Calcita
4 Fluorita
5 Apatita
6 Ortoclásio
7 Quartzo
8 Topázio
9 Corindon
10 Diamante
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Tenacidade
É a resistência que um mineral oferece ao ser quebrado, moído ou dobrado.
Maleável - Mineral pode ser martelado para produzir lâminas. Exemplo: ouro.
Séctil - Mineral pode ser cortado em aparas adelgaçadas com um canivete. Exemplo:
prata.
Dúctil – Quando o mineral pode ser estirado para formar fios. Exemplo: cobre nativo.
Flexível - Mineral que se encurva, mas não retorna a sua forma primitiva quando cessa
a pressão. Exemplo: talco.
Elástico - Mineral que, depois de ter sido encurvado, retorna a sua posição original, ao
cessar a pressão. Exemplo: micas.
grafita C d- 2,2
diamante C d- 3,5
Nesse outro caso, os minerais compartilham do mesmo elemento químico, porém, com
arranjos atômicos diferentes. O mineral que apresenta uma maior união atômica, maior
adensamento atômico, deverá, também, apresentar a maior densidade.
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Magnetismo
É a capacidade de um mineral, em seu estado natural, de ser atraído por um
imã. Os minerais que apresentam essa característica são chamados de
paramagnéticos. Entre os minerais mais comuns, são mencionados apenas dois com
essa característica: magnetita Fe3O4 e pirrotita Fe1-xS. Minerais que não são atraídos
pelo imã são designados de diamagnéticos. Contudo, os minerais compostos por ferro
são atraídos no campo magnético de eletroímãs poderosos e, dessa forma, podem ser
separados de outros grãos minerais que não apresentem essa suscetibilidade
magnética.
Cor
A cor dos minerais é uma de suas propriedades mais importantes. Contudo
muitos minerais não exibem uma cor constante.
A mudança de cor, na maioria das vezes, reflete a entrada de elementos intrusos
na estrutura cristalina do mineral. Esses elementos mesmo que em quantidades
mínimas na composição do mineral podem alterar a sua cor. Dessa forma, um mineral
pode exibir ampla gama de cores, sem qualquer alteração aparente na composição. Os
elementos: cromo, ferro e lítio são exemplos de elementos que podem mudar a cor do
mineral quando presentes na sua composição, mesmo que em quantidades mínimas.
Assim, os minerais podem ser considerados:
Alocromáticos→ podendo ser encontrados na natureza com mais de uma cor, por
exemplo, o mineral calcita que pode ser azul, cinza, branco, amarelo, rosa e incolor.
Diafaneidade
É a capacidade com que a luz atravessa um objeto. Dessa forma os minerais
podem ser classificados como:
Transparentes: é possível a observação de um objeto através do mineral;
Translúcidos: capaz de transmitir a luz difusamente;
Opaco: o mineral é impenetrável à luz visível
Brilho
O brilho é a capacidade de os minerais refletirem a luz. Os minerais podem ser
divididos em minerais de brilho metálico, quando este apresentar um brilho parecido
com metal. Esses minerais são completamente opacos à luz. Os minerais de brilho
não metálico, além de não apresentarem brilho de metal, transmitem a luz, podendo
ser transparentes ou translúcidos (FOTOS 8 e 9).
●Vítreo
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●Resinoso
●Nacarado ou perláceo
●Gorduroso
●Sedoso
As FOTOS 10, 11, 12 e 13 mostram alguns dos tipos de brilho não metálico
encontrados nos minerais:
A observação do brilho dos minerais deve ser feita em superfícies frescas, sobretudo
os minerais metálicos que podem tornar-se embaçados (oxidados) com o tempo.
Cor de traço
É a cor do pó deixado pelo mineral em uma placa de porcelana branca
despolida. A cor do traço do mineral não tem relação com sua a cor.
Minerais com dureza superior à da porcelana (7) não são pulverizados ao serem
pressionadas contra a mesma, dessa forma, o traço é caracterizado como incolor.
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(b)
(a)
Figura 12: Estrutura atômica de átomos de carbono no mineral grafita (a) e no mineral diamante (b).
(Fonte: Drupe, 2002).
Densidade
Composição Mineral Sistema cristalino Dureza
relativa
C Diamante Cúbico 10 3,52
Grafita Hexagonal 1 2,23
Pirita Cúbico 6 5,02
FeS2
Marcassita Ortorrômbico 6 4,89
Quartzo de baixa temperatura Romboédrico 7 2,65
SiO2
Quartzo de alta temperatura Hexagonal 7 2,53
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Pseudomorfismo
Solução sólida
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Metais
Esses minerais são constituídos por elementos químicos classificados como
metais e dessa forma, apresentam ligações metálicas que permitem a esses minerais
serem maleáveis, sécteis, dúcteis, condutores elétricos com dureza e ponto de fusão
baixos. O Quadro 3 relaciona as propriedades físicas de determinados minerais da
classe dos elementos nativos metais.
Semi–Metais
São comparativamente frágeis e piores condutores de calor e de eletricidade do
que os metais nativos, isso, devido ao tipo de ligação atômica que consiste na metálica
e na covalente. A Quadro 4 relaciona as propriedades físicas do mineral semi-metal
arsênio.
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Não-Metais
7.2- Sulfetos
Figura 13: Formação de veios hidrotermais. Fase residual magmática rica em voláteis percola pelas
encaixantes remobilizando elementos químicos e precipitando devido ao resfriamento do fluido.(Fonte:
DRUPE, 2002).
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Marcassita Hábito: tabular, piramidal, nodular, concreções fibro-radiais, Formada por soluções
FeS2 D:6 - 6,5, d: 4,89, Brilho: Metálico,Cor: amarelo, pálido do ácidas a temperaturas
bronze, quase branco, quando oxidada trona-se amarela a inferiores a 450ºC, sendo
pardacenta, Cor de traço: preto acinzentado. abundante em
argilitos,carvão mineral e
calcários.
Usada na frabricação de
ácido sulfúrico e
ornamentação
Cobaltita Hábito: cubos com faces estriadas, granular, maciço, Filões de alta
CoAsS compacto, Clivagem: perfeita em uma direção, D: 5,5, d: 6 - temperatura.
6,3, Brilho: metálico, Cor: prateado tendento par o vermelho Fonte de cobalto
Cor de traço: preto acinzentado.
Molibdenita Hábito: laminar, maciço ou em escamas, lâminas flexíveis Gerada por processos
MoS2 mas não elásticas, Clivagem: em folhas, D: 1 - 1,5, d: 4,7 - magmáticos,
4,8, Brilho: Metálico, Cor: Cinza, Cor de traço: preto metamórficos, e
acinzentado a esverdeado, hidrotermais; encontrada
em granitos, pegmatitos,
metacalcários, etc.
Importante mineral de
minério de molibdênio,
utilizado como
lubrificante, fertilizante,
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7.3- Óxidos
7.4- Hidróxidos
São definidos pela presença da hidroxila. A Quadro 8 relaciona as propriedades
físicas de determinados minerais da classe dos hidróxidos.
7.5- Sulfossais
Neste grupo, os semi-metais desempenham um papel mais ou menos igual ao
dos metais, na estrutura e, nestas condições, os sulfossais podem ser considerados
sulfetos duplos. Os minerais desse grupo ocorrem em filões hidrotermais de baixa a
moderada temperatura, associados à prata. O Quadro 9 relaciona as propriedades
físicas de determinados minerais da classe dos sulfossais.
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7.6- Carbonatos
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7.8 – Haletos
A classe química dos haletos caracteriza-se pela predominância dos íons
halogênicos eletronegativos, Cl, Br, F e I.
Usualmente maciça, D: 2,5, d: 2,95 – 3,0, Brilho Ocorre em veios. Por ter baixo ponto de
vítreo a gorduroso, Cor: incolor ao branco, Brilho fusão, é usada como fundente Como
Criolita
vítreo. O índice de refração é próximo ao da água não é muito abundante, é também
Na3AlF6
e, por esse motivo, o pó do desse mineral quase obtida artificialmente a partir da fluorita.
desaparece quando imerso em água.
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7.9- Boratos
7.10- Fosfatos PO 4 -3
Quadro 14: Propriedades físicas dos principais minerais da classe dos fosfatos.
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O Molibdato (Mo) pode ocorrer como sulfeto (MoS2) devido a sua afinidade com
o S e em muitos casos a combinação com o oxigênio aparece confinada à zona de
oxidada dos depósitos. Já o W ocorre quase exclusivamente em combinação com o
oxigênio, formando os tungstatos. O sulfeto de tungstênio WS2 (tungstite) é muito
raro.Os minerais desta classe química distribuem-se em dois grupos isoestruturais
principais: o grupo da volframita e da scheelita.
Quadro 15: Principal mineral da classe dos tungstatos e suas propriedades físicas.
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7.12-Silicatos
Si
Figura 14: Representações da estrutura fundamental tetraédrica dos minerais silicáticos. (Fontes: Drupe,
2002; Teixeira et al.2009).
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Nesossilicatos
Hábito granular, Brilho vítreo, Fratura concoide, Cor: verde, D: 6,5 – 7, d: 3,27 -4,37.
Ocorrência: Mineral formador de rocha ígnea ferro-magnesiana.
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Hábito prismático quase quadrado, D: 7,5, d: 3,16 – 3,20, Brilho: vítreo, Cor: vermelho a
castanho avermelhado e verde oliva.
Ocorrência/uso: Forma-se a partir de metamorfismo de rochas aluminosas. Empregada
na confecção de velas para motores, porcelanas refratárias e gema.
Sillimanita Al Al O SiO4
Cristais delgados, fibroso, D: 6 – 7, d: 3,23, Cor: castanho, verde pálido e branco Brilho:
vítreo, uma direção de clivagem.
Ocorrência/uso: Mineral raro encontrado nas rochas metamórficas de alto grau como
gnaisses.
Cianita Al Al O SiO 4
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Sorossilicatos
Ciclossilicatos
O empilhamento dos anéis de tetraedros de sílica, unido por cátions, permite aos
minerais dessa classe um hábito prismático com clivagem perpendicular ao
comprimento do mineral.
Berilo Be 3 Al 2 (Si 6 O 1 8 )
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Cordierita Mg 2 Al 3 (Al Si 5 O 18 )
Hábito: granular e maciço, D 7 – 7,5,d: 2,60 – 2,66, Brilho: vítreo, Cor: tonalidades de
azul. Ocorrência/uso: Ocorre como mineral acessório em granitos, gnaisses e xistos.
Utilizada como gema (safira de água).
Inossilicatos
Espodumênio (Li,Al)Si2O6)
Rodonita (Mn,Ca,Fe)SiO3
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Wollastonita CaSiO3
Hábito: tabular, maciço e compacto e fibroso, D: 5 – 5,5, d:2,8 – 2,9, Brilho: vítreo a
nacarado nas superfícies de clivagem. Cor: incolor, branca e cinza, Clivagem prismática
formando ângulo de 87° e 93°.
Ocorrência/uso: Ocorre em metamorfismo de contato em mármores.
Fileira duplas de silício – oxigênio estão unidas por ligações iônicas através de cátions.
Íons de OH ocupam os espaços vazios, resultante das junções das cadeias.
Exercício proposto: Faça uma tentativa de representação da estruturação tetraédrica
desses minerais.
Hornblenda Ca2Na(Mg,Fe)4(Al,Fe,Ti)AlSi8AlO22(OH,O)2
Hábito: Colunar hexagonal, fibrosa ou grânulos grossos, D: 5-6, d:3,2, Brilho: Vítreo, as
variedade fibrosas exibem brilho sedoso, Cor: Verde escuro a preto. Clivagem
prismática formando ângulo de 56° e 124°.
Ocorrência/uso: Mineral formador de rochas ígneas e metamórficas. Quando bem
cristalizada, pode ser usada como gema.
Tremolita Ca 2Mg5(Si,Al)8O22(OH)2
Hábito: laminar e agregados fibrosos radiados, D: 5-6, d: 3,0 - 3,3, Brilho: Vítreo a
sedoso, Cor: varia do branco a verde claro na actinolita, quando o ferro ferroso substitui
o magnésio na quantidade de 2% , Clivagem prismática formando ângulo de 56° e
124°.
Ocorrência/uso: Encontrada em mármores dolomíticos impuros e em talco xistos. Usa-
se a variedade fibrosa como asbesto.
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Filossilicatos
Hidroxilas
Folhas de silicatos
Cátions intersticiais
Folhas de silicatos
Figura 15: Estrutura atômica em folhas dos filossilicatos. (Fonte: Drupe, 2002) .
Caolinitas Al2Si2O5(OH)4
Illitas KAl4(Al,Si7O20)(OH)4
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Serpentina Mg(Si4O10)OH8
Hábito placoide e fibroso, D: 2 - 2,5, d: 2,2Brilho: Gorduroso nas variedades maciças e
sedoso nas variedades fibrosas,Cor: verde, branco, bege.
Ocorrência/uso: Formado a partir da alteração hidrotermal de silicato magnesiano. A
crisotila (hábito fibroso) constitui o mais apreciado tipo de amianto. A maior quantidade
é empregada na fabricação de materiais de cimento-amianto. Antigorita (hábito em
placas) é usada na confecção de objetos de adorno, como vasos e cinzeiros, como
fundente na siderurgia.
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Clorita Mg3(Si4,O10(OH)2Mg3(OH)6
Talco Mg3(Si4O10)(OH)2
Hábito: Pode ser compacto ou em lâminas delgadas e flexíveis, porém não é elástico,
material séctil, D:1, d: 2,7- 2,8, Brilho: Nacarado ou sedoso, Cor: Verde pálido, amarelo
ou cinza-esverdeado.
Ocorrência/uso: Mineral secundário formado a partir da alteração hidrotermal de
silicatos de magnésio. Utilizado como pedra sabão, na indústria de papel, e cerâmica,
moldes refratários, branqueador para algodão, velas para automóveis, produtos
medicinais e cosméticos.
Tectossilicatos
É o grupo dos silicatos mais importante volumetricamente, uma vez que, perfaz
quase 75% do volume ocupado pela crosta terrestre. Os minerais da classe dos
silicatos são constituídos por tetraedros de SiO4 ligados tridimensionalmente, de
maneira que todos os oxigênios dos vértices dos tetraedros são compartilhados com os
tetraedros vizinhos, resultando uma estrutura fortemente unida, estável, em que a
relação Si:O é de 1:2 (Figura 14). Fazendo parte dessa subdivisão dos silicatos
aparecem os grupos ou famílias da sílica, feldspatos, feldspatóides, escapolita e
zeólita.
Figura 16: Estrutura atômica dos minerais da classe dos silicatos. (Fonte:Teixeira et al, 2009).
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Grupo da Sílica
Quartzo SiO2
Cristal de Rocha
Quartzo incolor com cristais bem desenvolvidos.
Quartzo Rosa
Quartzo de coloração rósea; cujo agente corante são as impurezas de Titânio.
Quartzo Esfumaçado
A cor escura resulta da exposição à radiação.
Citrino
Quartzo de coloração amarelo-claro.
Quartzo Leitoso
Quartzo de coloração branca leitosa, pela presença de minúsculas inclusões fluidas.
Olho de Tigre
Quartzo fibroso, amarelo, pseudomorfo sobre o mineral Crocidolita
Ametista
Quartzo cor de púrpura ou violeta. Seu agente corante são impurezas de Ferro Férrico.
Calcedônia
Variedade fibrosa, de coloração cinza, Brilho céreo muitas vezes em formas mamilares.
Ocorre a partir de soluções aquosas, revestindo cavidades nas rochas.
Crisoprásio
Calcedônia de coloração verde-maçã, determinada pela presença de óxido de níquel.
Ágata
Apresenta camadas alternadas de calcedônia e opala, ou quartzo criptocristalino,
concêntricas de diferentes colorações.
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Sílex
Apresenta coloração escura, usualmente ocorre em nódulos no calcário; apresenta
fratura concóide e arestas cortantes.
Opala SiO2.nH2O
Formam um dos grupos de minerais mais importantes, por serem grandes formadores
de rochas; são silicatos de alumínio com potássio, sódio, cálcio e raramente, Bário.
Ortoclásio K(AlSi3O8)
Microclínio K(AlSi3O8)
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Leucita K(AlSi2O6)
Hábito: trapezoédrica e granular, D: 5,5 - 6, d: 2,45 - 2,50, Brilho: vítreo; Cor: branco a
cinzento, reage com o ácido clorídrico.
Ocorrência/uso: Mineral raro ocorrendo apenas nas rochas ígneas extrusivas
desprovidas de quartzo. Constitui-se em importante matéria-prima para as indústrias de
vidro e cerâmica.
Sodalita Na4(SiAlO4)3Cl
Lazurita (Na,Ca)8(Al,Si)12O24(S,SO2)
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São silicatos hidratados de alumínio com sódio e cálcio, apresentam D: entre 3,5 - 5,5,
d: 2,0 – 2,4, trata-se de minerais secundários, encontrados em cavidades de rochas
ígneas básicas, cujas cores podem variar entre o branco, incolor, amarelo e vermelho.
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DANA, J. D. Manual de Mineralogia. Tradução Rui Ribeiro Franco. Rio de janeiro: livro técnico
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