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BIOLOGIA E GEOLOGIA

Observação de células vegetais


em divisão

Trabalho realizado por: Lara Duarte (Nº10), Rita França (Nº15) e Tomás Farias
(Nº21); 11ºB
Montemor, 29 de
novembro de 2023
Ano letivo 2023/2024
Índice
Introdução .............................................................................................................. 3
Materiais ................................................................................................................ 5
Procedimento experimental .................................................................................... 5
Resultados .............................................................................................................. 6
Discussão dos resultados ......................................................................................... 7
Conclusão ............................................................................................................... 7
Bibliografia ............................................................................................................. 7

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Introdução
Um ciclo celular é uma sequência de acontecimentos que ocorrem desde a
formação de uma célula, procariótica ou eucariótica, até à formação de duas células-
filhas.
Nos seres unicelulares, procariontes ou eucariontes, no final de um ciclo de
divisão celular formam-se dois novos indivíduos.
Nos seres multicelulares eucariontes, os ciclos celulares sucedem-se na formação
e no crescimento do organismo e para que possa ocorrer a renovação celular e a
regeneração dos tecidos/órgãos.
Nas células procarióticas, o ciclo celular ocorre com a replicação do cromossoma
bacteriano, seguido imediatamente da divisão do citoplasma.
O material genético de uma célula eucariótica, devido à sua elevada extensão,
está contido num conjunto de cromossomas. Cada cromossoma eucariótico é formado
por uma única e longa molécula de DNA ligada a proteínas, na sua maioria histonas. As
histonas compactam e organizam o DNA no núcleo das células, permitindo a
individualização dos cromossomas durante a divisão celular. Este complexo de DNA e
proteínas constitui a cromatina.
A maioria dos cromossomas, quando condensam, fica como uma estrutura em
forma de X. Isto é consequência da replicação que leva à formação de duas moléculas
de DNA idênticas – cromatídeos irmãos – que são mantidas juntas por um complexo de
proteínas chamadas coesinas, numa região de constrição designada centrómero. Nesta
etapa do ciclo celular, cada cromossoma tem assim duas moléculas de DNA que, durante
a divisão celular, se separam para cada uma das células-filhas, vindo a constituir
cromossomas individualizados.
Nas células eucarióticas, o ciclo celular consiste em várias fases distintas. Na
interfase, a célula cresce e o DNA do núcleo é replicado; na fase M, ocorre a divisão do
núcleo (mitose), seguida da divisão do citoplasma (citocinese).
A interfase, na maioria das células, consiste em três fases: a fase G₁, de
crescimento celular e de preparação para a fase S; a fase S, em que ocorre a replicação
do DNA e, nas células animais, os centrossomas são duplicados; a fase G₂, que volta a
ser de crescimento celular e de síntese de proteínas necessárias na fase M.
A mitose ou divisão nuclear compreende quatro etapas: prófase, metáfase,
anáfase e telófase. Durante a prófase os cromossomas condensam-se, forma-se o fuso
mitótico, que é composto por fibras de microtúbulos e outras proteínas associadas que
deslocam consigo os cromossomas. Na metáfase os cromossomas alinham-se na zona
mediana da célula, placa equatorial. Na anáfase ocorre a degradação das coesinas, os
microtúbulos do fuso encurtam e os cromossomas separam-se e ascendem aos polos.
Por último, na telófase os cromossomas descondensam e individualizam-se dois núcleos.

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Nas células animais, a citocinese acontece através da formação de um anel
contrátil na zona mediana das células.
Na citocinese das células vegetais, membrana e paredes celulares novas são
formadas a partir de uma placa celular, com origem em vesículas no complexo de Golgi.
Durante a fase S do ciclo celular, o DNA presente nos cromossomas sofre
replicação, mas as duas moléculas resultantes ficam ligadas pelo centrómero. Assim o
número de cromossomas não aumenta, apesar de haver uma duplicação da quantidade
de DNA nuclear. Com a separação dos dois cromatídeos no início da anáfase, o número
de cromossomas duplica e os dois lotes de cromossomas, constituídos agora por um
cromatídeo, afastam-se em direção a polos opostos da célula. Como cada cromossoma
fica apenas com uma molécula de DNA, a quantidade de DNA por conjunto
cromossómico é reduzida para metade.
O ciclo celular é controlado por proteínas específicas, existindo pontos de
verificação que permitem que o ciclo seja atrasado ou interrompido quando necessário
– pontos de controlo. Existem três pontos de controlo principais: entre G₁/S, entre G₂/M
e na metáfase.

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Material
• Bolbo de cebola
• Gobelé
• 1 Lâmina
• 1 Lamela
• Papel absorvente
• Lamparina de álcool
• Fósforos
• Pinça de madeira
• Microscópio (MOC)
• Orceína acética
• Régua

Procedimento
1- Deitou-se 3 gotas de orceína acética numa lâmina de vidro
2- Cortou-se 3 extremidade das raízes de cebola, com 3 mm de comprimento cada (usou
se a pinça, a tesoura e a régua), sobre a lâmina.
3- Cobriu-se com uma lamela
4- Segurou-se a lâmina com uma pinça de madeira sobre a chama, a cerca de 5 cm de
distância, durante cerca de 3 segundos. Repetiu se este procedimento por 3 vezes com
intervalos de 3 segundos.
5- Dobrou-se uma folha de papel absorvente em quatro, colocou-se sobre a lamela e
pressionou-se levemente com o polegar sobre a mesa – técnica de esmagamento.
6- Retirou-se o excesso de orceína acética com papel absorvente.
7- Observou-se a preparação ao MOC, com a objetiva de menor ampliação e correu-se a
preparação até encontrar células em várias fases da mitose. Mudou-se de objetiva até à
de 40x, ajustando sempre a focagem com o parafuso micrométrico.
8- Fez-se um registo fotográfico de todas as fases da mitose.

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Resultados

Telófase

Metáfase

Interfase

Fig. 1 Células eucarióticas vegetais de raiz de cebola observado ao MOC ampliação 400×

Prófase

Anáfase

Após citocinese

Fig. 2 Células eucarióticas vegetais de raiz de cebola observado ao MOC ampliação 400×

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Discussão
Através da Fig. 1 e da Fig. 2 podemos observar as 5 fases do ciclo celular que são:
a interfase, a anáfase, a metáfase, a anáfase e a telófase.
Para isto foi necessário a orceína acética que é um corante, que cora vermelho e
fixa as células interrompendo a mitose. Por outro lado, usou se a lamparina que, com o
aquecimento da preparação bloqueia a mitose desnutrindo as proteínas que deixam de
executar a sua função. Algumas destas proteínas acabam por ser importantes como as
proteínas do fuso mitótico que, sendo desnutridas provocam a interrupção da mitose.
Com esta experiência conseguimos perceber que a fase mais observada é a
interfase pois é a mais longa do ciclo havendo consequentemente mais células nesta
fase. Para além disso conseguimos ver células em todas as fases, mas nem todas as
células estão em divisão ao mesmo tempo.
Na interfase, apesar de ser a fase mais longa, é a fase onde as mudanças celulares
que nela ocorrem, são menos notáveis, quando observadas ao MOC. Nesta fase ocorre
a síntese de proteínas e a replicação do DNA, contudo, a única diferença percetível ao
MOC, é o tamanho da célula. É deste modo que se distinguem as células recém divididas.
Por outro lado, é possível distinguir uma célula interfásica de uma célula no início da
prófase através dos cromossomas que se encontram descondensados na interfase e
condensados na prófase.

Conclusão
Com esta atividade procedemos à observação de células de cebola em divisão.
Concluímos que para a observação de células em divisão é necessário um corante
que fixe as células, a orceína acética. Além disso, é necessário utilizar a técnica do
esmagamento para que se obtenha uma única camada de células permitindo a sua
visualização ao MOC. Também necessitamos de aquecer a preparação de modo a
desnutrir proteínas essenciais para a mitose, inibindo a mesma.

Bibliografia
Ferreira, A.L.; Bação, F.A.; Jacinto, M.J.; Silva, P.A; Duarte, M.A; Lobo, S.C; 2022.
BioGeo 11 - Biologia; Texto Editores; Lisboa: pp. 44-64

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