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XII FATECLOG

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO:


DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021
ISSN 2357-9684

PIRATARIA EM ALTO MAR E ROUBO A MÃO


ARMADA:
DEFINIÇÃO E SUAS CLASSIFICAÇÕES

ARIANNE ALVES DE SOUZA(FATEC BAIXADA SANTISTA


- RUBENS LARA)
arianne.souza@fatec.sp.gov.br
DAYSA FERREIRA MUNIZ (FATEC BAIXADA SANTISTA
- RUBENS LARA)
daysa.muniz@fatec.sp.gov.br
THIAGO DE OLIVEIRA TEIXEIRA (FATEC BAIXADA
SANTISTA - RUBENS LARA)
thiago.teixeira3@fatec.sp.gov.br

RESUMO
O presente artigo foi elaborado por meio de metodologias cientificas como pesquisa cientifica, análise
quantitativa e qualitativa através de websites, jornais, filmes, relatos documentados e livros. A pirataria
atualmente se faz presente não somente nas rotas de navegação, mas também, em navios atracados aos portos, na
maioria das vezes com a ajuda dos próprios tripulantes. No entanto, este artigo visa pesquisar conceitos de
pirataria, relatos e analisar métodos tecnológicos para que essas situações diminuam e a segurança cresça, pois
na maioria das vezes essas abordagens são feitas com muita violência e opressão aos envolvidos.

PALAVRAS-CHAVE: Pirataria 1. Navio 2. Segurança 3.

ABSTRACT
The follow study was made by means of scientific methods, as the scientific research, quantitative and
qualitative research, using websites, journals, films, reported documents and books. The piracy
nowadays it's very currently, not only in ships that are in navigation routes, but in ships that are in
berth as well, and usually happens with the crew's help. Although, this scientific study aims to search
the concept of piracy, analyze reports and technological methods to ensure safety and evades piracy
situations, because, in most of time, the approaches are made with extremely violence and oppression.

Keywords: Piracy 1. Ships 2. Safety 3.

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1. INTRODUÇÃO

As situações de roubos de cargas por piratas ocorrem há anos, principalmente na Costa


da Somália, e podemos ver isso representado no filme Capitão Phillips, de 2013.
Segundo o Sindicato dos Vigias Portuários do Estado de São Paulo, no Brasil os
roubos de carga em navios ocorrem mais quando os navios já estão atracados ao Porto, ou
seja, não estão navegando. De acordo com a informação, esses roubos são facilitados pela
própria tripulação desses navios e não envolvem muita complexidade ou violência. Mas, de
acordo com a IMO (International Maritime Organization), a forte fiscalização da Polícia
Federal e da DEPOM (Delegacia Especial de Monitoramento Marítimo) contribuíram muito
para que os roubos em navegação diminuíssem, ao contrário do contrabando e tráfico de
drogas, que crescem cada vez mais.
O Brasil é um dos países mais privilegiados com a sua costa marítima, que é
equivalente a 8,5 mil quilômetros navegáveis, fazendo com que 80% do comércio mundial de
mercadorias seja por navegação. Por isso, uma das grandes preocupações dos navegantes é a
pirataria, que é definida por todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato de
depredação cometido, para fins privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou
de uma aeronave privados, e dirigidos contra: um navio ou uma aeronave em alto mar ou
pessoas ou bens a bordo dos mesmos; um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar
não submetido à jurisdição de algum Estado. (Convenção das Nações Unidas Sobre o Direito
do Mar, CNUDM).
De acordo com a Ocean Beyond Piracy (OBP, 2013) com a revista The Economic Cost
of Piracy, foi realizado um cálculo aproximado que durante um ano, a pirataria tem tido um
impacto grande na economia mundial, tendo um valor entre 7 a 12 bilhões de dólares por
carga roubada, o que mostra que há um gargalo logístico que gera um custo muito grande. É
de suma importância ressaltar o investimento em sistemas de segurança eficazes, pois, quanto
mais a cadeia de abastecimento for interdependente, tornando as operações dos modais mais
seguras, ocorrerá uma baixa significativa no roubo de cargas e um aumento na lucratividade
das empresas (HENRIQUES, 2008).
O presente trabalho tem como objetivo geral, relatar sobre os sistemas de segurança
encontrados nos navios. E como objetivo específico, analisar os acontecimentos de furto
realizado pelos piratas, relatar possíveis falhas ocorridas e apresentar/relacionar outros
sistemas que poderão ser mais eficazes, podendo trazer uma aprimoração na segurança
durante a operação e evitando que outros furtos possam ser realizados.
Para que se possa dar desenvolvimento ao trabalho, é necessário utilizar de padrões de
pesquisa cientifica e metodologias já estabelecidas, facilitando a comunicação e o
entendimento como um todo. Pesquisa cientifica é o ato de fazer uma coletânea de
informações, conhecimentos e possíveis dados em prol da solução de um ou diversos
problemas. É um trabalho árduo em busca de fatos que possam comprovar a relevância e a
importância da situação e do desenvolvimento do trabalho, o que pode resultar em uma
resposta para diversos pesquisadores. Além da pesquisa, é preciso a utilização de alguns
métodos comprovando a validação dos dados e uma análise mais precisa de toda a
problemática em questão. Para isso, têm-se como métodos: a pesquisa bibliográfica, que tem
como objetivo principal a busca de conhecimentos e fatos em livros, trabalhos acadêmicos e
revistas cientificas realizados por pessoas que possuem dominância do assunto e que tenha
relação ou algo relevante para o desenvolvimento do projeto; A análise quantitativa, que tem
como objetivo o agrupamento de dados, representando eles de forma numérica podendo assim
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compreender de uma forma


generalizada todo o problema por meio dessa amostra de dados, e; A análise qualitativa, que

por meio dos dados coletados, é realizado analise mais sucinta do problema, podendo assim
compreender toda a complexidade dos dados apresentados, o que pode definir a razão da
existência e uma possível semelhança aos problemas contidos nos dados (ZANELLA, 2013).

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

Uma das maiores vantagens que pode se ter em uma navegação marítima é o fato de
realizar o transporte de grandes quantidades de cargas com um custo logístico mais baixo, e
independente se a carga possui alguma característica diferenciada (seja em tamanho,
temperatura ou em qualquer escala), as tarifas conforme cada carga acaba por tornarem mais
econômicas (LUDOVICO, 2014).
De acordo com Grant, outro ponto positivo por usar o transporte por vias navegáveis,
além de transportar o maior número de carga em comparação aos outros modais, é o mais
adequado para se fazer viagens de longas distâncias, é um dos que causa menos impactos
ambientais e possui uma larga escala de embarcação.
O transporte marítimo é o mais aconselhável para expedição intercontinental, pois é o
mais rápido no transporte e mais eficaz. Outro ponto bom, é que é ecológico porque o
combustível usado é "sujo", mesmo assim opera e transporta tudo normalmente até em más
condições meteorológicas (GRANT, 2018).
Conforme a necessidade dos países se desenvolverem economicamente, de acordo com
Teixeira, com o evento da globalização, os países detentores de matérias primas começaram a
fornecer sua matéria para outros países mais desenvolvidos para que façam produtos
industrializados, resultando na mutualidade entre as nações.
Por conta disso, surge o transporte marítimo, para poder auxiliar no transporte de
grande volume de carga entre os países, que contam com a sua eficiência abrangendo um
grande território, sendo que mais que a metade do planeta Terra é coberto por água
(TEIXEIRA, 2019).
Como já dito previamente, o modal marítimo é um recurso fundamental para a
realização de transporte de matérias para o comércio internacional, com isso houve a
necessidade de regular formas de acordo para que possa ser realizados as negociações,
resultando na criação de órgãos intervenientes que auxiliam nas negociações com padrões de
regras nos contratos (TEIXEIRA, 2019).
Segundo Teixeira, o transporte marítimo se divide em duas categorias: Longo curso,
que se trata na navegação entre países (navegação internacional) e cabotagem que são as
viagens entre portos nacionais.
A insegurança no modal marítimo se apresenta por diversos fatores, um deles é o fato
de que alguns navios possuem equipamentos/sistemas visados para o armazenamento das
cargas abordo e uma quantidade de sistemas de proteção muito ineficazes, e por ser um modal
que está em mar aberto, o navio e a tripulação ficam expostos a muitos perigos que podem vir
de qualquer direção. Outro fator é o fato de que alguns piratas estão começando a utilizar de
tecnologias modernas para auxiliar no momento do roubo (como por exemplo o GPS – Global
Position System), o que permite terem uma vantagem tanto em armamento, como em
estratégia contra os tripulantes do navio (OCEANS BEYOND PIRACY, 2020).
Apesar de existirem essas tecnologias, um dos problemas mais agravantes são as rotas
comerciais, quando se planeja uma viagem, é sempre aconselhável utilizar o caminho mais
rápido, pois assim, resultaria numa queda considerável dos custos, contudo, parte dessas rotas
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possuem partes perigosas onde já se ocorreram diversos ataques por piratas, tornando uma
operação que teria mais benefícios em uma operação com custos e riscos exponenciais.
De acordo com Carla Fregona membra da Comissão Do IBDMAR (Instituto Brasileiro
de Direito do Mar), a insegurança e o roubo de carga por piratas se tornam cada vez maiores,
pois a pirataria ficou tão moderna e cada vez mais violenta, isso faz com que a tripulação e
armadores tenham medo, fazendo com que aumentem seus custos e fretes na navegação.
Os crimes ficam cada vez mais desafiadores quando criminosos exploram os
empecilhos nas leis em alto mar. Os piratas estão cada vez mais bem equipados, mais revoltos
e com navegações rápidas a ponto de cercarem seus alvos, obrigando-os a pararem sob
ameaça. Quando parados, eles entram por meios de cabos, ganchos ou utilizam algum
elemento surpresa para surpreender a navegação (FREGONA, 2019).

3. O QUE É PIRATARIA?

De acordo com Guedes (2015), piratas são aqueles que vão ao mar por conta própria,
eles se direcionam a rotas comerciais a fim de realizarem furtos, para tomarem para si tanto de
riquezas como de cargas e até mesmo na intuição de usar os tripulantes como reféns para
extorquirem com os resgastes.
Segundo International Chamber of Commerce (ICC) – International Maritime Bureau
(IMB): Piracy And Armed Robbery Against Ships Report (Câmara de Comércio Internacional
– Serviço Internacional Marítimo: Relatório de Pirataria e Roubo À Mão Armada Contra
Navios), existem quatro tipos de pirataria contra navios:
 A Bordo – É quando os piratas conseguem ter acesso ao navio;
 Sequestro – É quando os piratas tomam o controle do navio e de toda a tripulação;
 Sobre Disparo – É quando os piratas utilizam as armas de fogo contra a
embarcação e a tripulação e;
 Tentativa – É quando os piratas tentam ganhar acesso ao navio, mas não obtém
sucesso.
No momento em que esses tipos de pirataria ocorrem, existem consequências tanto
para a tripulação, como para o navio e a carga:
 Tripulação – Sequestro, Danos, podem ser mantidos como Reféns e até mesmo a
Morte;
 Navio – Danos ao navio, devido a principalmente aos disparos dos piratas contra a
embarcação ou contra os equipamentos;
 Carga – Avarias ou Roubadas.
Com todas essas consequências, é indubitável a gravidade dos impactos negativos
causados pelos piratas, tanto para uma economia, como mundialmente, apesar de serem
diminuídas com o tempo graças a criação de novas tecnologias, ainda é um fator de risco
existentes para todas as embarcações que realizam a navegação internacional (ICC, 2020).

3.1 Relatos

De acordo com a ICC e a Ocean Beyond Piracy (OBP), no qual ambas possuem
relatórios mostrando como que foram realizados os roubos e os impactos desses crimes nos
continentes que possuem áreas de riscos, em grande parte das ocasiões, a pirataria é realizada
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pelo período da
madrugada, onde a visão da tripulação se torna escassa, deixando-os expostos ao perigo da
pirataria, e os piratas geralmente carregam armas (sendo elas brancas ou de fogo), facilitando
a redenção dos tripulantes e o furto das cargas ou do navio.

Um exemplo de relato é um que se passou na Indonésia, em um dos seus subdistritos


denominado Tanjung Priok e pelos seus arredores, no qual os piratas invadiram as
embarcações
pela noite, portando armas, facas e/ou machetes, enquanto os piratas atacavam os navios, foi
possível acionar o alarme de segurança, além de haver avarias na embarcação, os piratas
fugiram sem confrontar a segurança local o que fez os donos repensarem em um sistema
antipirataria mais eficiente (OBP, 2019).
Isso não somente acontece no exterior, o Brasil está exposto também a esses tipos de
pirataria. No ano de 2017 uma embarcação que saia da Ilha das Palmas e retornava para
Santos, durante o período noturno em alto mar, a embarcação foi saqueada por 4 piratas que
estavam de mãos armadas e levaram cerca de 200 mil reais em equipamentos (PIMENTEL,
2019).

3.1.1 Territórios/Áreas Passivas de Pirataria

Com o passar dos anos, O IMB e o ICC fizeram um sistema que tornou possível além
de enumerar os ocorridos de pirataria, também ter as coordenadas de sua localização durante a
abordagem, isso ajudou a conseguir as rotas/locais que possuem mais chances de acontecer os
ataques, assim, tornando possível se planejar melhor no momento da roteirização e para que
haja um plano de ação caso os piratas tentem vir ao navio.

Figura 1 – Mapa mostrando os locais que foram relatados algum ato de pirataria e sua
classificação no ano de 2020.

Fonte: ICC – International Chamber of Commerce

É notável com a figura 1 que a grande massa dos ocorridos tem origem por parte do
continente Africano, o que já é possível realizar um plano estratégico caso a navegação tenha
que passar por uma rota que se aproxime-se dessa área de pirataria, ou de outras áreas que
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tenham menos relatos de


pirataria.

3.2 A Segurança Nos Navios e Alguns Sistemas

É Todo navio deve possuir algum sistema de segurança em grande parte dos
equipamentos, primordialmente para a segurança da tripulação e de passageiros caso houver,

de acordo com a Lei nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997, obriga para todos os transportes
aquaviários possuam equipamentos de proteção para que não ocorra acidentes. Com relação
aos roubos, a Marinha Militar, por meio da NPCP – Normas e Procedimentos Da Capitania
Dos Portos, é relatado que o navio deve conter alguns equipamentos para serem utilizados
para essas situações, alguns desses equipamentos são: Holofotes de grande potência, para que
ofusque a visão dos agressores, a utilização de Jatos D’água para que atrapalhe a entrada e/ou
crie movimentação no mar levando o embarcação dos oponentes em outras direções ou até
mesmo submergir e Sinalizadores Náuticos, para evitar a abordagem. Mas assim, como
mostrado também nos Relatos e no filme Capitão Phillips (2013), existem situações que
mesmo com a utilização destes e outros equipamentos, a segurança da tripulação e da carga
ainda pode ser comprometida conforme o desenvolvimento da situação, com isso, existem
alguns sistemas de segurança que podem ajudar nessas situações evitar o que o roubo seja
realizado.
Existem vários sistemas que podem potencializar a segurança dos navios. Alguns deles
são:
– O SSRS - Ship Security Reporting System (Sistema de Segurança de Reportagem
do Navio) é um sistema de segurança de navio que direciona um sinal do navio para as
autoridades locais, tem o objetivo principal para diminuir a pirataria, principalmente perto da
costa da Somália, principalmente mandado para forças navais que são responsáveis pela
segurança marítima nessas regiões que assinam um termo de compromisso para chegar no
local o mais rápido possível, permitindo que haja o monitoramento continuo com recepção de
sinais para identificar o navio e seus status atuais, ajudando contra ataques ou até mesmo
sequestros (MARINE INSIGHT, 2019);
– O ISPS CODE – International Ship and Port Facility Security Code (Código
Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias) é uma série de critérios para
aprimorar a segurança nos navios e no porto, em cada situação é feita uma avaliação do fator
de risco para que medidas de segurança sejam acatadas conforme o nível de risco existentes
para cada situação, com isso gera uma flexibilidade melhor para poder analisar e o poder
escolher uma medida mais exata e que seja mais eficiente. O código possui duas partes, na
qual a primeira parte consiste nas diretrizes de segurança em que todas as instituições devam
ter obrigatoriamente e a segunda parte são dos requisitos não obrigatórios que podem evitar
outros riscos, isso ajuda a poder ter uma gestão melhor de todo o fluxo existente no porto e
das instituições com suas importações e exportações, com ajuda de alguns equipamentos e da
cada um cumprir conforme a sua responsabilidade, exemplo de medida seria o controle de
acesso de carga e de pessoas no navio e/ou a utilização de equipamentos (como rádios,
radares), para poder ter uma comunicação melhor e uma troca de informações mais eficiente
de toda situação (ANTAQ – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS,
2004). E;
– O Advance Eletronic Cargo Information (Informação Eletrônica Antecipada Sobre
a Carga) é um sistema onde ambas as empresas marítimas (exportador e importador), tem os
status atuais sobre os seus produtos transportado, em que lugar e em que momento ela se
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encontra, além de trazer


mais segurança com a informação exata, é possível determinar um plano estratégico para
poder criar uma maior segurança para a navegação. Além das empresas,
as autoridades locais podem possuir o acesso dessa informação, o que já poderia criar um
alertar maior para a marinha local (HENRIQUE, 2008).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Guedes (2015), pirataria é algo intrínseco no comércio exterior desde
os tempos antigos até os dias atuais por diversos fatores, tanto por existirem mazelas nas
sociedades ou por simples e espontânea vontade, são práticas que dificilmente se cessaram até
que muitos problemas socioeconômicos sejam resolvidos. Importante ressaltar, que muitos
dos ocorridos podem também ocorrer por meio de pessoas que estão dentro dos portos,
fazendo o contrabando e o tráfico de drogas, fazendo com que as empresas tenham
conhecimento de seus funcionários e de não permitir que algum navio desatraque com alguma
carga que tenha conteúdo duvidoso. Muitas instituições foram criadas com o intuito de
extinguir ou no mínimo amenizar os ocorridos de pirataria com a ajuda da Marinha local dos
países envolvidos, por exemplo a ONU e a OBP, que visão relatar, discutir e criar
formas/métodos/sistemas para concluir o objetivo, contudo, com a crescente demanda do
mercado, as exportações tiveram um aumento, o que exigem que haja um planejamento
estratégico mais complexo que possa se evitar algum ocorrido de pirataria e para que tenha
mais segurança dentro dos navios.
Como forma de prevenção, quando os navios entrarem em águas perigosas, poderiam
ser escoltados pela segurança do navio mais próximo ou se isso for muito caro, o responsável
do setor de monitoramento de navios pelo radar, poderia ter mais atenção ao navio que está
passando por um território de pirataria para que caso ocorra uma ação indesejada, ele já
poderá alertar pessoas para ajudá-los (como um dos sistemas apresentados no capítulo
anterior). Contudo, um meio de auxiliar esse navio e manter a carga segura, pode-se fazer um
casco automático para subir, caso piratas tentem ir abordo para tomar o controle do navio, no
qual seria acionado pelo próprio capitão mediante a essa situação, e o material poderia ser
variado, como plástico ou alumínio para evitar um aumento de peso exponencial do navio.
Outra medida de segurança que pode ser feito seria por meio de capacitação do capitão
e/ou tripulantes para saber se defender desses perigos, caso aconteça o caso fortuito dos
piratas entrarem e/ou atacarem, podendo trazer uma segurança tanto para as vidas que estão
embarcadas ou até mesmo das cargas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme mencionado na literatura,... Um objetivo inicial do projeto foi identificar...


A primeira O presente artigo proporcionou outras maneiras do grupo pensar sobre pirataria e
roubos, visto que atualmente esses roubos não são realizados apenas por pessoas em
condições precárias ou de regiões mais pobres, como antigamente era visto ou como é
mostrado no filme Capitão Philips. Atualmente eles são feitos até mesmo com a ajuda de
quem trabalha diretamente com essas cargas e em Portos, sendo um facilitador para quem vai
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efetuar o roubo das cargas.


Mas, mesmo com essas situações, os roubos em navegações vêm diminuindo cada vez mais e
dando lugar para novos gargalos, como o contrabando e tráfico de drogas.
É de suma importância que assuntos como esses não sejam esquecidos e sejam sempre
estudados, para que essas situações diminuam cada vez mais, dando lugar a segurança e
conforto com novas tecnologias e operações antipirataria.

REFERÊNCIAS

Filme: Capitão Phillips, 2013

QUEIROZ CAVALCANTI ADVOCACIA. Pirataria Maritima: Riscos Cobertos Pelo


Segurador. Disponível em:
<https://www.queirozcavalcanti.adv.br/publicacoes/artigos/26/04/2019/pirataria-maritima-
riscos-cobertos-pelo-segurador>. Acesso em:

BOMBARCO – APAIXONADOS POR BARCOS. Cresce O Número De Roubos A Navios


Em Portos Do Brasil. Disponível em:
<https://www.bombarco.com.br/comunidade/noticias/cresce-o-numero-de-roubos-a-navios-
em-portos-do-brasil>. Acesso em:

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<https://www.youtube.com/watch?v=uWzbqJ1IL9o>. Acesso em 25 mar. 2021. 09h42

ANTAQ – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS. Código


Internacional De Proteção De Navios E Instalações Portuárias – ISPS CODE –
Conferência Interamericana De Transportes De Produtos Perigosos – CITRANSPPE.
Disponível em:
<http://web.antaq.gov.br/portalv3/pdf/palestras/RicardoFreireCodigoInterProtecaoNaviosInst
alPort04.pdf>. Acesso em 25 mar. 2021. 09h42

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HENRIQUES, J.A.R.L. O Impacto do Terrorismo nas Cadeias Globais de


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BR&sa=X&ved=2ahUKEwicr8qP6o3vAhXbJrkGHcAvAH8Q6AEwAnoECAQQAg#v=onep
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ZANELLI, L. C. H. Metodologia de Pesquisa. ed. 2º. UFSC. 2013.


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2021. 09h42

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LUDOVICO, N. Logística de Transportes Internacionais. 2ª ed. São Paulo/SP: Editora


Saraiva, 2014.

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OCEANS BEYOND PIRACY. The State Of Maritime Piracy 2017 – Assenssing The
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G1 – SANTOS E REGIÃO TV TRIBUNA. Piratas Invadem Barco E Fazem Arrastão Em


Alto Mar Após Festa: 'Traumatizante'. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/piratas-invadem-barco-e-fazem-arrastao-em-alto-mar-apos-festa-
traumatizante.ghtml>. Acesso em 25 mar. 2021. 09h42

MARINHA MILITAR DO BRASIL. NPCP – Normas E Procedimentos Da Capitania Dos


Portos De São Paulo. Disponível em:
<https://www.marinha.mil.br/cpsp/sites/www.marinha.mil.br.cpsp/files/NPCP_CPSP.pdf>.
Acesso em 25 mar. 2021. 09h42

MARINE INSIGHT. How Ship Security Reporting System (SSRS) helps to Improve
Maritime Security?. Disponível em: <https://www.marineinsight.com/marine-piracy-marine/
how-ship-security-reporting-system-ssrs-helps-to-improve-maritime-security/>. Acesso em 25
mar. 2021. 09h42

XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021
XII FATECLOG
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO:
DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021
ISSN 2357-9684

ICC –
INTERNATIONAL CHAMBER OF COMMERCE – COMMERCIAL CRIME
SERVICES. INTERNATIONAL MARITIME BUREAL. Piracy & Armed Robbery Map
2020. Disponível em: <https://www.icc-ccs.org/index.php/piracy-reporting-centre/live-piracy-
map/piracy-map-2020>. Acesso em 25 mar. 2021. 09h42

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XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES
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