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XII FATECLOG

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO


AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO
CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP – BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE
2021 ISSN 2357-9684

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE


RADIOFREQUÊNCIA (RFID) PARA MONITORAMENTO DE
CONTÊINERES EM TERMINAIS PORTUÁRIOS

CAROLINA ROSA DA SILVA (FATEC DA BAIXADA SANTISTA – RUBENS LARA)


carolina.silva87@fatec.sp.gov.br
EDGARD GOMES C. ALVES (FATEC DA BAIXADA SANTISTA – RUBENS LARA)
edgard.alves@fatec.sp.gov.br
REBECA BARBOSA S. RAMOS (FATEC DA BAIXADA SANTISTA – RUBENS LARA)
rebeca.ramos@fatec.sp.gov.br

RESUMO
A movimentação nos terminais portuários cresce a cada ano, isso inclui operações com contêineres. Com esse
aumento, se faz necessário o uso de tecnologias que sejam capazes de diminuir o tempo gasto em situações
adversas, como por exemplo, localizar e/ou monitorar um contêiner dentro do terminal portuário de forma rápida
e eficiente. Esse procedimento pode ser realizado com a tecnologia RFID (Radio Frequency Identification), que
utiliza a rádio frequência para capturar dados enviados por transmissores, decodificando e transferindo esses
dados à um software de gestão, o que permite o acompanhamento em tempo real. Este artigo tem por objetivo
pesquisar a eficácia do sistema RFID no monitoramento e rastreamento de contêineres dentro dos terminais
portuários, utilizando a metodologia de análise quantitativa e qualitativa, assim como revisão bibliográfica.

PALAVRAS-CHAVE: Sistema Rfid. Tecnologia. Contêiner. Monitoramento.

ABSTRACT
Handling at port terminals grows every year, this includes operations with containers. With this increase, it is
necessary to use technologies that can reduce the time spent in adverse situations, such as locating and / or
monitoring a container inside the port terminal quickly and efficiently. This procedure can be performed with
RFID (Radio Frequency Identification) technology, which uses the frequency to capture data sent by
transmitters, decoding and transferring that data to a management software, which allows monitoring in real
time. This article aims to seek a performance of the RFID system in the monitoring and tracking of containers
inside port terminals, using the methodology of quantitative and qualitative analysis, as well as bibliographic
review.

Keywords: Rfid System. Technology. Container. Monitoring.

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FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021
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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO
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CONTEXTO ATUAL FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP – BRASIL 18 E 19 DE JUNHO DE
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1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que na atualidade, torna-se cada vez mais necessária a utilização de


tecnologias inovadoras para a otimização do setor logístico.
Com o aumento progressivo da demanda, tornou-se indispensável as inovações e
melhorias nas operações portuárias, pois os pátios e armazéns na qual os contêineres ficam
armazenados, precisam ter todo o controle de suas localizações, para que contratempos sejam
evitados e a aplicação de novas tecnologias podem ajudar a comunicação mais ágil. Com
informações precisas, para que providências possam ser tornadas de forma mais rápida,
diminuindo assim atrasos e perdas.
As operações portuárias envolvendo contêineres cresceram consideravelmente nos
últimos anos, fazendo com que sistemas de automação sejam necessários para melhorar o
desempenho no setor.
A utilização do RFID (Radio Frequency Identification) pode ser eficaz no
monitoramento de contêineres dentro de terminais portuários, seja para monitorá-los,
identifica-los ou rastreá-los, mais rapidamente e categoricamente. Isso se deve às etiquetas
que têm a capacidade de armazenar dados e transmiti-los através de radiofrequência.
O objetivo dessa pesquisa é analisar os benefícios do RFID, especificamente no
monitoramento e rastreamento de contêineres nos terminais portuários. Para isso, o método de
pesquisa será fundamentado em revisão bibliográfica em livros, periódicos e sites
especializados.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Pode-se dizer que o gerenciamento da cadeia de suprimentos ocorre entre as funções


de produção, marketing e logística de um produto. A logística pode ser definida como um
agrupamento de atividades funcionais, tais como transportes, e controle de estoques que se
repetem inúmeras vezes conforme as matérias primas vão sendo convertidas em produtos
acabados. (BALLOU, 2006)
Com a integração da internet no processo geral do planejamento, pode-se facilmente
manter comunicação para informações importantes e reagir rapidamente a mudanças
imprevistas na demanda. (BALLOU, 2006)
O mundo está vivendo uma revolução na utilização de sensores remotos. Isso se deve
ao avanço das inovações tecnológicas no ramo da comunicação sem fio, eletrônica digital e
microeletrônica, (ROCHA, 2007).
Segundo Nunes et al. (2017), até 2025 haverá 27 bilhões de dispositivos conectados.
Isso trará novas oportunidades, desenvolvimento, negócios e empresas, porém, ainda existem
indefinições sobre quais caminhos poderão ser adotados, o que impacta nas escolhas de
hardware, firmware, infraestrutura de redes, ferramentas de gerenciamento e protocolos de
comunicação.
A camada física define as características funcionais, elétricas, mecânicas e os aspectos
para se manter, ativar e desabilitar conexões físicas para a transmissão de bits. É importante
ressaltar que, para essa camada, os protocolos devem ser independentes no meio de
transmissão. (MATARAZZO; SILVEIRA, 2004). E para uma solução de IoT na camada
física tem-se os protocolos sem fio WiFi, LPWAN, Bluetooth Low Energy, ZigBee, 802.15.4,
NFC e RFID, (GERBER, 2017).
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A camada de transporte é responsável pelo controle de transferência de dados que


incluem a qualidade do serviço, a correção de erros e garantia de entrega das mensagens,
(MATARAZZO; SILVEIRA, 2004).
Desde os anos 80, a utilização do RFID tem obtido sucesso no transporte e na
fabricação, e à medida em que os custos diminuem e seus benefícios são reconhecidos, cresce
rapidamente seu uso. (XIAONING SHI et al., 2011)
O RFID é um chip com memória que armazena e recupera dados, e transmite
informações através de ondas eletromagnéticas, usando um circuito integrado compatível.
(PEDROSO et al, 2009)
O RFID aumenta a capacidade de adquirir dados sobre a localização e propriedade de
qualquer produto marcado fisicamente e localizado remotamente, dentro de certos limites
técnicos. (WEINSTEIN, 2005). Isso pode proporcionar às organizações uma resposta rápida
às situações críticas em tempo hábil. Os tags são inseridos em intervalos regulares, podem ser
lidos por leitores no pátio e fornecer informações sobre a localização exata do contêiner,
podendo também capturar o número do contêiner transportado. (OHKUBO et al., 2003)
Com a evolução dos programas de rede em TI, para que os negócios de logística
portuária sejam capazes de atender às necessidades atuais do crescimento no ambiente atual,
se faz necessário o uso da tecnologia da informação e o RFID vem desempenhando um papel
muito importante nesse segmento, podendo ser utilizado por empresas de logística, que se
baseiam em negócios relacionados ao porto. (XIAONING SHI et al., 2011)
Com os avanços que vêm ocorrendo na movimentação portuária de carga, o RFID se
destaca em relação ao gerenciamento de contêineres de forma dinâmica, segura e com
informações ao vivo. (PEREIRA et al., 2012)
Existem muitas vantagens na aplicação RFID em Portos e terminais portuários, por ser
uma tecnologia automática que serve para coletar dados. Esse sistema utiliza algumas
etiquetas: primárias, ativa e a semi-ativa. As etiquetas ativas funcionam com bateria para
aumentar a faixa de leitura. As tags ativas têm grande capacidade de memória para armazenar
dados relevantes, que são criptografados para evitar a leitura não autorizada. Essas tags ativas
podem ter um alcance de 100 metros. Elas podem conter sensores, receptor de sistema de
posicionamento global (GPS), links de satélites e outras melhorias. As etiquetas semi-ativas
também contêm bateria, mas nesse caso não é para aumentar a distância de leitura, mas sim
para sensores ou memória volátil. Existem também os cartões de identificação RFID. Estes
são passivos, pois não contêm bateria e têm um alcance mais limitado. (XIAONING SHI et
al., 2011)
3 RFID

RFID (Identificação por Radiofrequência), admite que qualquer objeto seja detectado
através de vibrações de rádio que são elaborados por etiqueta eletrônica, que auxilia fazendo a
leitura e servindo como antena. A função da etiqueta é armazenar todas informações, o leitor
as capta e a antena as transmite, segundo Andrelo (2007). A etiqueta é uma informação com
várias formas e finalidades, nomeado como transponder (MELARA, 2011). São três
diferentes etiquetas RFID: ativas, semi-passivas e passivas, diferenciadas pela fonte de
alimentação. Passiva não possui bateria, sua identificação é através do leitor que estimula os
circuitos podendo assim transmitir as informações (MELARA, 2011). O ativo opera com
bateria, gerando sinais e permitindo a regravação das informações, tendo uma abrangência da
leitura, e maior memória interna, uma vida útil baixa e um custo elevado (OLIVEIRA et al,
2016). Já o semi-passivo apresenta bateria para o circuito e não pela comunicação com o
leitor (MELARA, 2011). As informações são coletadas por um sistema operacional específico
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de uma maneira a serem entendidas pelos sistemas da empresa, são eles: Planejamento de
Recursos Empresariais (ERP), Gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e
Gestão de cadeia de Suprimentos (SCM).
A antena pode ter uma melhor recepção com frequência mínima, podendo diminuir a
radiação e adaptação para utilização específica (MELARA, 2011). É atribuído um código
numérico, havendo monitoramento e armazenamento em um chip das informações
importantes. Segundo Oda (2018), as vantagens do RFID compensam sua utilização em
relação aos diversos métodos. São elas:
 Identificação das etiquetas não necessitando de contato visual;
 Realizar alterações nas etiquetas frequentemente e reutiliza-las;
 Utilizar paralelamente diferentes redes;
 Longa abrangência de leitura e codificação durável;
 Associação das informações na fabricação e verificação do período de
armazenamento;
 Atualização das informações dos objetos em movimento;
 Comunicação entre leitores e diferentes etiquetas simultaneamente;
 Agrupamento de dados salvos na etiqueta.
Segundo Zanlourensi (2011), as desvantagens e limitações do sistema têm relação com
sua utilização, provocando alguns problemas que devem ser observados, tais como:
 Na implementação da configuração, não há normalização;
 O bloqueio do sistema pode ser feito por qualquer pessoa aplicando a frequência certa
e a energia suficiente;
 Devido a presença de metais pode ocorrer a interferência na comunicação;
 Devido vários leitores realizarem a leitura simultaneamente, pode ocorrer interferência
de sinal;
 Vários dispositivos operando igualmente na faixa de frequências, pode ocasionar
interferência na comunicação;
 Colisão de informações, quando da leitura de várias simultaneamente;
 Distinção entre o leitor produzir a leitura, ocasionando falta de segurança das
informações;
 Maiores custos e pouca privacidade.

3.1 Como funciona o RFID

Capazes de armazenar dados enviados por transmissores, as etiquetas inteligentes


respondem a sinais de rádio de um transmissor e enviam de volta informações quanto a sua
identificação e localização.
As antenas enviam dados enviados por microchips e os retransmitem para leitoras
especiais, comunicando-se com as instituições, como sistemas de suprimentos, de
identificação eletrônica, de gestão, relacionamento com clientes, entre outros, e assim esses
sistemas podem localizar em tempo real os estoques, mercadorias, prazo de validade, preço,
lote, etc. (COELHO, 2015).
A figura 1 mostra o diagrama básico de como funciona o RFID.

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Figura 1 – Diagrama básico de um sistema RFID

Fonte: Coelho, 2015

Para ser identificado por um sistema RFID, o objeto deverá ser fisicamente etiquetado
com um tag. A fonte de energia do tag, que pode ser ativa ou passiva, determina a distância
de sinal alcançado, e os custos entre uma e outra também são diferentes, sendo as passivas
mais baratas e com menores distâncias de alcance e custos moderados, e as ativas com maior
alcance e maior custo.
As etiquetas inteligentes que levam o tag RFID podem ser reutilizadas várias vezes em
aplicações diferentes, já que pode ser programado e/ou atualizado no campo. A forma mais
fácil de adicionar RFID às operações é incorporando as etiquetas inteligentes à processos
existentes. Pelo fato de poderem armazenar dados em formato RFID, código de barras
inteligentes, humanamente legíveis, as etiquetas inteligentes oferecem uma forma
conveniente de protejer os dados, caso parte da etiqueta ou do sistema não funcione de forma
adequada.
O material da etiqueta pode ser desenvolvido para proteger o tag e suportar condições
ambientais adversas. Para o rastreamento de conteinêres reutilizáveis, um adesivo adequado
pode garantir que a etiqueta dure longos períodos, ou períodos mais curtos no caso de caixas
de papelão, que geralmente são destruídas após a entrega da encomenda. (COELHO, 2015)
Ainda segundo Coelho (2015), os dados contidos nos tags são passados para o leitor
por meio de uma interface de rádio frequencia, que pode ser fixo com maior distância de
leitura; móvel ou portátil, com menor distância de funcionamentoe maior mobilidade. A
figura 2 mostra modelos de leitores utilizados na leitura dos tags.

Figura 2: Modelos de leitores

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Fonte: Coelho, 2015


4 MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES NOS PORTOS BRASILEIROS

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em 2019 as


movimentações de contêineres nas instalações portuárias brasileiras cresceram 3% de janeiro
a setembro, comparado ao mesmo período de 2018, equivalendo à movimentação de 86
milhões de toneladas.
Conforme análise feita por Cerigatto e Barros (2018), alguns terminais de contêineres
no Brasil já estavam operando, em 2017, acima dos 65% da ocupação, tentando manter um
bom nível de serviço portuário. Os terminais devem operar em torno de 65% de sua
capacidade, pois entre 65% e 80% é possível operar, mas com uma queda no nível de serviço
prestado.
Ainda segundo Cerigatto e Barros (2018), espera-se que a movimentação de
contêineres no Brasil continue crescendo nos próximos anos. Assim, se faz necessário
investimentos em infraestrutura.

5 TRAJETÓRIA DO CONTÊINER EM UM TERMINAL

Na entrada do gate do terminal, a liberação funciona através de agendamento. Ao


acessar o gate, são exigidas as guias de entrega e saída de contêiner e o crachá do motorista
que fará o transporte. Caso não possua crachá, serão exigidos a carteira de habilitação e o
documento do veículo. Na guia de entrega deverá conter o horário já devidamente agendado.
Assim que a guia é entregue, é feita a verificação documental, e estando tudo correto, o
motorista é encaminhado para uma das balanças de entrada e, além de pesado é feita a
verificação da estrutura do contêiner. Estando tudo em ordem, o motorista é liberado para
entrar na área alfandegada do terminal. (PORTONAVE, 2017)
Para o contêiner de exportação, depois deste procedimento, a unidade é lançada com
número de identificação, padronização (se é contêiner de 20 ou 40 pés), avarias (se houver) e
número de lacre. O planejador de pátio confere todas essas informações, além de qual navio
embarcará, o porto de destino, se a unidade é perigosa, refrigerada ou fora do tamanho padrão.
A disposição do contêiner no pátio ocorre conforme tipo de carga e navio. São realizadas a
desunitização das unidades para conferência física da Receita Federal e para inspeção e
retirada de amostras do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Depois é feito todo processo de
liberação do contêiner via sistema. (PORTONAVE, 2017)
O planejamento dos contêineres que serão movimentados para o navio é feito entre um
acordo entre três partes: o central planner que representa o armador, o Imediato que
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representa o navio e o planner que representa o terminal. O central planner é quem decide o
tipo de contêiner que vai em cada posição. O planner do terminal decide qual unidade será
embarcada, por saber onde cada unidade está e qual melhor sequência de trabalho. Para a
realização das operações com contêineres serão utilizados os equipamentos: portêiner, que
movimenta o contêiner do caminhão para o navio e vice-versa; transtêiner, que movimenta o
contêiner do caminhão para a pilha no pátio e vice-versa; empilhadeira, utilizada como
equipamento de apoio; e veículo portuário, que é uma carreta reforçada que movimenta os
contêineres entre as pilhas e o cais. A bordo das embarcações é feita a peação, fixação dos
contêineres para evitar que se movimentem durante a viagem. (PORTONAVE, 2017)

6 RASTREAMENTO DE CONTÊINERES NO PORTO ATRAVÉS DO


RFID

O carregamento e descarregamento mais eficiente de navios porta contêineres se torna


fundamental para garantir a lucratividade do porto. Com a ajuda de software de gestão
adequado, o RFID pode controlar de forma eficiente os contêineres nos portos, evitando assim
o desperdício de tempo à procura de contêineres que não tenham sido colocados em locais
onde deveriam estar. A Figura 3 mostra o esquema prático da utilização do RFID no
rastreamento.

Figura 3 – Esquema prático da utilização do RFID

Fonte: Ohkubo et al., 2003

O acompanhamento das atividades utilizando o sistema, permite a resolução de


situações críticas em tempo hábil. Para servir como marcadores de localização, os tags podem
ser inseridos em intervalos regulares e lidos por leitores no pátio, fornecendo informações
sobre a localização exata do contêiner, bem como capturar o número de identificação do
mesmo e todas as informações relacionadas a ele.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o crescimento anual das movimentações de contêineres nos terminais portuários,


se torna necessário o uso de tecnologias que possam otimizar as operações no setor. Com esse
crescimento, tornam-se necessárias medidas que possam evitar que imprevistos aconteçam,
como por exemplo, posicionar um contêiner em um local diferente do qual deveria estar
dentro do terminal. Isso pode gerar perda de tempo e consequentemente atrasos na operação,
caso tenha que ser solucionado manualmente. A tecnologia RFID pode ser utilizada para
auxiliar na solução deste imprevisto, pois tem a capacidade de localizar e monitorar, em
tempo real, a movimentação do contêiner. Utilizando etiquetas inteligentes, esse sistema pode
estabelecer a comunicação desta com a antena, e posteriormente enviar os dados para
softwares de vários setores diferentes utilizados pela empresa. Desta forma, é possível que
providências sejam tomadas prontamente para que problemas sejam evitados ou solucionados.
Com esta pesquisa conclui-se que, o RFID, em relação a automação portuária, quando
aplicado aos contêineres, permite o monitoramento da localização e segurança física destes,
podendo ser identificado e localizado a qualquer momento, devido à comunicação dos tags
com a antena, e esta transmite as informações para um leitor, que decodifica os dados,
passando-os para o computador realizar o processamento. O uso desta tecnologia permite que
os terminais tenham informações quanto a localização e monitorar de maneira mais rápida e
eficaz os contêineres nos pátios.

REFERÊNCIAS

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2021

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XII FATECLOG - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021

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