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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SOL NASCENTE-HUAMBO

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DE TCC1

TEMA: DIREITOS DA MULHER NO ORDENAMENTO JURÍDICO ANGOLANO

CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

HUAMBO, DEZEMBRO DE 2022

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SOL NASCENTE-HUAMBO

TRABALHO INVESTIGATIVO DE TCC1

TEMA: DIREITOS DA MULHER NO ORDENAMENTO JURÍDICO ANGOLANO

CURSO: CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


ESTUDANTE: ELSA DOMINGAS DA COSTA
ANO ACADÊMICO: 2022/2023
ANO: 4º ANO, I SEMESTRE
DOCENTE: SABINO DOS SANTOS CALEI.

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ÍNDICE
1. Dedicatória--------------------------------------------------------------------------------------2
2. Agradecimentos--------------------------------------------------------------------------------2
3. Objetivos-----------------------------------------------------------------------------------------2
4. Introdução---------------------------------------------------------------------------------------3
5. CAPÍTULO I- DIREITOS DA MULHER NO ORDENAMENTO JURÍDICO
ANGOLANO-----------------------------------------------------------------------------------3
6. 1.1- A Mulher no seio Familiar-------------------------------------------------------------3
7. 1.2- A Mulher no seio Social----------------------------------------------------------------4
8. CAPÍTULO II- FACTORES QUE ATRAPALHAM O RECONHECIMENTO DOS
DIREITOS DA MULHER--------------------------------------------------------------------5
9. 2.1- O Desconhecimento--------------------------------------------------------------------5
10. 2.2- A Aceitação e Superação Feminina------------------------------------------------5
11. 2.3- O Mito--------------------------------------------------------------------------------------5
12. Resumo------------------------------------------------------------------------------------------5
13. Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------6
14. Bibliografia-------------------------------------------------------------------------------------6

Dedicatória
O presente trabalho, dedico à todas mulheres guerreiras que diariamente fazem valer
as suas capacidades em busca de afirmação e de um espaço na sociedade humana
onde os direitos da mulher ainda estão longe de seu respeito pleno.

Agradecimento
Primeiramente à Deus, o todo poderoso, que com sua sabedoria nos tem guiado para
os nossos objectivos em busca do saber ser, saber estar e saber fazer; em segundo
lugar, à todos quanto de forma directa ou indirecta contribuem para que os nossos
sonhos se concretizem no processo da vida estudantil; por último reitero os meus
agradecimentos a instituição de formação e toda estrutura docente.

Objectivos
Como qualquer tarefa é provida de um escopo, o presente trabalho pretende
manifestar e atingir dois objetivos:
a) Gerais
Entender e reconhecer a evolução histórica da mulher, o valor que ela detinha no meio
familiar e na comunidade, sua inserção no contexto actual, sua afirmação na vida,
mas também na sua relação no dia-a-dia com outros seres;

b) Específicos
Despertar a sociedade e ao homem de forma especial sobre os direitos da mulher
sendo protegidos, e reconhecidos no ordenamento jurídico angolano, bem como
contar com a mulher na construção das sociedades face ao seu valor, capacidades e
o espaço que este género pode ter nas lideranças das organizações e das famílias.
Finalmente, representa objetivo deste trabalho despertar a consciência masculina que

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a mulher deve ser companheira permanente quer para a liderança, quer para as
atividades socioeconómicas.
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Introdução
Desde os tempos remotos, as mulheres desempenharam um papel determinante nas
comunidades, enquanto que os homens se ocupavam de tarefas mais pesadas e
transpirantes, as mulheres, jogavam um papel de reserva de valor e de educação na
família e cuidava dos trabalhos de casa participando assim no processo de integração
comunitária. Com o passar dos tempos, esta tarefa da mulher foi-se tornando mais
abrangente fruto da sua evolução enquanto ser humano e, por os homens reconhecer
determinadas qualidades ao género oposto.
Com esta evolução histórica da afirmação da mulher, tornou-se fundamental a sua
protecção, a sua emancipação e emponderamento face ao seu contributo valioso ao
longo dos tempos.
Assim, organizações sociais como empresariais, como os países, hoje utilizam
políticas sociais que visam a protecção e emancipação da mulher fruto do seu
reconhecimento enquanto pessoa e de capacidades que podem ser valentes na
materialização dos seus objectivos.
O capítulo I vai abordar o enquadramento jurídico dos direitos da mulher no
ordenamento jurídico angolano desde a família a sociedade, já no capítulo II abordar
diversos factores que influenciam ao não reconhecimento dos direitos da mulher no
género masculino nalgumas comunidades.

CAPÍTULO I
DIREITOS DA MULHER NO ORDENAMENTO JURÍDICO ANGOLANO
Tal como descrito na introdução, o sistema jurídico angolano acautela os direitos da
mulher, reconhecidos como tal, cabendo aos órgãos do Estado a sua promoção e
protecção.
Fruto da evolução histórica da mulher referente a sua afirmação, pretende-se que se
modifique os antigo padrões socioculturais de conduta dos homens e mulheres
visando alcançar a eliminação dos preconceitos e práticas que mostram a ideia de
inferioridade ou superioridade de qualquer dos sexos.
O Estado, promove o desenvolvimento da justiça social através de adopção de
critérios e políticas públicas adequadas ao reconhecimento e igualdade do género.
Angola, ractificou instrumentos jurídicos internacionais como a carta sobre os direitos
humanos e do homem das Organização das Nações Unidas que reconhecem doze
dos direitos da mulher considerados fundamentais para a sua vida, nomeadamente, o
direito à vida, o direito à liberdade e a segurança social, o direito á igualdade e a estar
livre de todas as formas de discriminação, o direito à liberdade de pensamento, o
direito à informação e a educação, o direito á privacidade, o direito à saúde e a
protecção desta, direito a constituir relacionamento conjugal e a planejar a sua família,
o direito à decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los, direito aos benefícios do
progresso científico, direito à liberdade de reunião e participação política, direito a não
ser submetida a torturas e a maltratos.
Ao serem ractificados estes instrumentos internacionais, o país compromete-se a

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respeitá-los, a promove-los e a protege-los, no sentido de fazer cobro ao
desenvolvimento harmonioso da mulher consubstanciado no reconhecimento de suas
qualidades e capacidades.
Assim, o ordenamento jurídico angolano reconhece na mulher um espaço privilegiado
dotado dos mesmos direitos que o homem (CRA, 2010, artigos 30º e seguintes).
O ordenamento jurídico angolano não especifica em separado quais os direitos da
mulher em detrimento dos dos homens, porém, estabelece igualdade de direitos e
deveres e, é bastante claro em relação aos direitos económicos, sociais e culturais.
Angola, por força da ractificação dos instrumentos internacionais que defendem e
promovem a mulher tem vindo a gizar políticas concretas com vista a salvaguarda dos
seus direitos em qualquer meio em que esteja inserida.

1.1- A Mulher no seio Familiar


A história, nos relata acontecimentos da evolução da mulher desde o seu sentido
antropológico e cultural. Hoje, fruto desta evolução assistem-se todos os dias um
contraste da história da mulher se comparado com o momento actual do seu estádio.

A constituição da República de Angola, reforça isso ao reconhecer na família como


núcleo fundamental da organização da sociedade sendo objeto de especial protecção
do Estado, quer se funde em casamento, quer em união de facto entre homens e
mulheres (CRA, 2010, artigo 35º, nº 1).
O Decreto Presidencial nº 8/11, de 7 de Janeiro, que aprovou o Regime Jurídico das
prestações Familiares, contempla uma série de direitos assistidos ás famílias onde a
mulher é gestora principal, proporcionando mais um reconhecimento ao género
feminino a sua acção na sociedade.
A lei, ao reconhecer ao homem e a mulher os mesmos direitos e deveres acaba
estendendo o princípio de igualdade consagrado na constituição de 2010.
Não sendo fácil manter sempre um ambiente saudável no seio das famílias e a relação
dos seus membros no convívio social, o Estado angolano, para mitigar os efeitos
negativos desta relação bem como dirimir os conflitos que surjam aprovou a Lei nº
25/11, de 14 de Junho, Lei contra a Violência doméstica, mais um instrumento que
visou a salvaguarda da integridade das famílias de forma geral e da mulher em
particular, desempenhando o seu papel de protetor.
A lei contra violência doméstica ressalta mais uma vez o direito a vida, a não
submissão e a maltrato em defesa das mulheres profundamente.

1.2- A Mulher no seio Social


A mulher nos dias de hoje fruto de sua evolução e de políticas que visaram o seu
emponderamento, é notório a sua promoção, protecção e integração nos variados
domínios da vida social. Portanto, já é possível na sociedade actual assistirmos
mulheres nas lideranças de grupos de índole política, religiosa e professional.
A lei geral de trabalho, a lei de bases da função pública, a lei do empresariado privado
e das cooperativas são uma prova da promoção que o ordenamento jurídico angolano
promove sem discriminação a posição da mulher em pé de igualdade ao homem.
Logo, percebe-se que as lideranças são mais partilhadas entre os homens e mulheres,
o que é positivo para qualquer sociedade com perspectivas de futuro brilhante. Uma
outra prova é o facto de que as empresas também são geridas por mulheres hoje
sendo um grande indicador do reconhecimento dos seus direitos e á posterior das

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suas capacidades.
A liderança pode ser entendida como sendo a atividade que influencia o grupo de
forma a aumentar a sua eficácia e coesão (Mário Bragança, 2010, pag 17).
Realmente, isso nos remete a filosofia de que hoje as mulheres conseguem muito
mais influenciar grupos se comparados aos homens o que de certa forma conduz ao
alcance de melhores resultados nas organizações. Com este reconhecimento do
espaço dados às mulheres para assumirem posições de grande responsabilidade, é,
visível a redução de absentismo ao trabalho nas organizações e aumento da
produtividade.
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CAPÍTULO II
FACTORES QUE ATRAPALHAM O RECONHECIMENTO DOS DIREITOS DA
MULHER
Seundo Albert Einstein ´´não se pode alcançar um novo objetivo pela aplicação do
mesmo nível de pensamento que o levou ao ponto em que se encontra hoje``.
Apesar de muito esforço e boa vontade, a verdade é que inúmeros responsáveis e
cidadãos anseiam por tornarem o exercício da liderança somente masculina. Assim,
torna-se necessário saber quais são os factores que atrapalham o reconhecimento
dos direitos da mulher.
2.1- O Desconhecimento
Uma das razões que leva muitas pessoas tornarem a liderança somente masculina é
o desconhecimento dos direitos desta enquanto mulher e enquanto pessoas dotadas
de conhecimentos capazes de revolucionar sociedades.

2.2- A Aceitação e Superação Feminina


Muitas mulheres também desconhecem seus direitos e aparecem com forças ociosas
que se postas em evidências tornam-se numa mais valia se considerarmos a
importância que a mulher hoje joga nas comunidades e nas organizações.
A não aceitação de que são capazes de fazerem diferentes em relação aos homens
tem sido fator condicionante na afirmação da mulher, diferente de outras que, apesar
de não usarem eficientemente suas potencialidades acreditam que podem se afirmar
ao lado dos homens e lutar para igualdade do género.

2.3- O Mito
Ainda existem um conjunto de ideias que cegam as mulheres dos grandes desafios e
objectivos alimentados por preconceitos, superstição resultantes de factores culturais
e outros, estes quando conjugados com os citados anteriormente atrapalham a
afirmação da mulher.
A questão de que existem tarefas confinadas somente aos homens e/o somente
confinadas as mulheres diminuiu o desempenho ontem o desempenho da mulher e
retardou o crescimento e desenvolvimento das sociedades.
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Resumo
Em resumo, ao tema proposto, direitos da mulher no ordenamento jurídico angolano
podemos afirmar que, o ordenamento jurídico de Angola estabelece e reconhece os
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direitos da mulher tal como estabelecido pela constituição a partir do princípio de
igualdade de direitos e deveres, bem como a promoção e defesa dos seus interesses.
Consultadas as leis ordinárias e decretos presidenciais, todas confluem num único
objectivo, a defesa e respeito pelos direitos dos cidadãos.
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Conclusão
Portando, é fundamental que as sociedades reconheçam na mulher um determinado
valor em função daquilo que é capaz e pode fazer. Conquanto, aos seus direitos
devem estar salvaguardados e respeitados.
O ordenamento jurídico angolano reconhece os direitos da mulher, os respeita, os
protege, apesar de que existam no seio social pessoas que olham na mulher duma
forma mais doméstica, o que é incorrecto.
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Bibliografia
1. CRA, 2010;
2. DECRETO PRESIDENCIAL, Nº 8/11, de 7 de Janeiro;
3. MÁRIO, Bragança, 2010, Os segredos da Liderança,
4. JOÃO, Kundonguende, 2013, Crise e Resgate dos Valores Morais e Cívicos e
Culturais na Sociedade Angolana, p.68;
5. CAPOCO, Zeferino, Manuel de Ciência Política e Direito Constitucional, p.32.

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