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alterações nutricionais
32) (FlOÇRUZ 2010) Na classificação da desnutrição
Assinale a alternativa CORRETA: moderada, segundo o Ministério da Saúde- 2005, o
(A)V, F, V, F peso/estatura e a estaturaiidade devem ser,
(B)F, V, V, F respectativamente:
(C)V, V, F, V (A) maior ou igual a -3 e menor ou igual a -2
(emagrecimento moderado) e maior ou igual a -3 e menor
(D)F' F' F' v
ou igual a -2 (deficit linear moderado).
28) os na avariação [3J,ff1]L;1"!"Jff;;:',',"nto
índices mais utirizados
moderado) e menor -3
antropométrica de adultos são: (UFRJ 2009) (C) maior ou igual a -4 e menor ou igual a -2
(A) Peso, dobras cutâneas e Relação cintura Quadril iemagrecimento rioderado) e maior ou igual a 12 e meno,
í1991'
(B) lndice de Massa corporal (lMC) e Dobra Cutânea
ou iqual a -1 (deficit linear moderado),
"maior ou igual
suprailíaca; fó1 a -2 e menor ou igual a -1
(emagrecimento rioderado) e maior ou igual a 12 e menor
(C) Dobra Cutânea Tricipital, circunferência do braço ;; ig;al a -1 (déficit linear moderado).
circunferência da cintura;,, " (E) maior ou igual a -3 e menor ou igual a
(D) Dobra cutânea Tricrpital, e ^ , -Z
Dobra cutânea suprailí.aca;
(E) lndice de Massa Corporal (lMC); Circunferência da iuruóru.ir"nto rioderado) e maior ou igual a -4 e menor
à, ióüaf a _3 (deficit linear moderado).
Cintura e Relação Cintura-Quadril (RCa).
.qqÊ;ʧ..n.êcês,sroaôes.JJsrorogffis
oe nu§:!tê: (o)nntroponietria.
"1tt:
dosadultos,mar(úeaopção-corrêtã::
(A) A medida de ^^,^ ^^. ? 35)A circunferência muscular do braço éa medida do
ciicütdêrêtdó191í9"=q;;ir,9'..'I
[Biilifl:,,,,,t9,
usada sozinha para estimai o peso idéàl nos Ídosos,: ' r , , ,..--iâãsri"tá-rõÀóãrrir.*nto
--- ãorporar 1órernl zor r;:
(B) A área muscurar do braço.!"iifr'àiffiâfrtilfiíí;çág_,q; ,,,,,,
massa corporal magra e, dessa forma, de m⧧â piotéica
Iâi"3,,#iffi,Umi;;
esquelética de um indivíduo,
iõi ãiát"i"o visceral
(D) proteico adiposo
Ç) A quantidade de gordura avaliada a partir de pregas
cutâneas pode se alterar no intervalo de uma semana. 1-A 2-D J_U 5-B
(D) E considerada como perda de peso grave quando
superior a 3% no período de um mês.
fr-L 7-A 8-D 9-D 10 -B
11-C 12-C 13-A 14 -D 15 - D
31) (IABAS 2010) O ICA reflete a massa muscular
16-D 17-C 18-B 19-D 20 -D
corporal, sendo usado com marcador de depleção: zt -L 22-E 23- A 24-E 25-D
(A)Leve, entre 50-75% 26-A 27-Ç 28-E 29-A 30-B
(B)Leve, entre 45-65% 31 -D 32-A 33-D 34-D 35-B
(C)Moderada, entre 30-55%
(D)Moderada, entre 60-80%
97
NUTRTÇÃO NOS CTCLOS DA V|DA Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
ADOLESCENCIA, ADULTO E GERIATRIA
NUTRTçÃO NA ADOLESCÊNCtA
Comparando-se os sexos, as meninas inrciam o
A adolescência é marcada por intensas modificações físicas, desenvolvimento púbere dois anos antes dos meninos. A
psíquicas, comportamentais e socrais. fase de pico de crescimento é dependente da fase de
maturação sexual.
Após o nascimento, é o único momento em que o ser
humano apresenta aceleração na velocidade de crescimento Entre as allerações biológicas, destaca-se o estirão de
estatural e no ganho de peso, nos demais casos, mesmo crescimento, maturação sexual e modificações na
com crescimento intenso, há desaceleração dessa composição corporal.
velocidade.
Os adolescentes ganham cerca de 20% da altura e 50%
Compreende o período dos 10 aos 1g anos de idade. A lei do peso corpóreo e massa óssea de um indivíduo, no
Brasileira, segundo Estatuto da Criança e do Adolescente, início de sua vida adulta.
considera adolescente o indivíduo de 12 a 18 anos de idade
(wEFFORT & LAMOUNTER, 2009). AVALTAÇAO DO CRESCIMENTO E MATURAÇÃO
SEXUAL
E dito pre-púbere na faixa de idade de 10 a 14 anos, púbere
de 14 a 16 anos e pós-púbere dos 16 aos 20 anos Os estágios de maturação sexual serão verificados
(wEFFORT & LAMOUNIER, 2009). atraves da aplicação das tábuas de maturação de
OMS ) ,, .Tanner. .- :
adolescência - interve
98
- vê a independência como algo muito importante, - CLASSIFICAÇÃO OMS/NCHS 2000 para o IMC segundo
- experimenta um desenvolvimento cognitivo significante. wEFFORT & LAMOUNTER (2009):
ÍNDrc§,FE 4 0Ú#F,0RA!j"r,f,BA ADE (rMC/i) O segmento superior (SS) é definido no ponto da síníise
99
Gravidade Dosagem de albumina sérica Faixa etária (anos Meninos Meninas
(q/dL) 14,1 13.6
Deplecão leve 3.5 a 2.8 2a3 15,0 13,5
Deplecão moderada 2,7 a 2,1 4a6 lE a
13.8
Depleção grave lnf erior a 2,1 7a10 16.7 14,1
NECESSIDADES E RE COMENDAÇOES NUTRICIONÀ 11a14 16,8 13,0
15 a 16 15,9 11 .8
* Energia
Para estimativa das necessidades de energia (EER ou VCT) Considerar ainda se o adolescente é sobrepeso ou não,
deve-se levar em consideração o gasto energético total e a seguem as tabelas do CHEMIN & MURA:
energia de deposição.
Tabela 3: Cálculo da estimativa das necessidades de
energia para adolescentes (CHEMIN & MURA 2011 t
- sexo masculino
vrToLo 2014).
ldade Muito
ativo §tro fÁt-(flJlr, D §SE#ÂI$ÍÀ Dâ§t{tsüEs§sÂsEs
í0
11
12
r@*m IÊS,t *§ü,Ê xiMa lap*x,] * aeidqe frdqf x (râa*M:
4a , l&i$'f,Êd**tture{ln}f + ís lx****oxl:r*ulsd*S€oosi6#,
14
15
, t_*Í * atârp {s*fe 1,* q t;B} ,:..,r
17
1B M**udi** §S§ - *:i,6 x idM* *rn#M Íí&*" x {ffi"? x pe*s
Tab. 2: Necessidades XIã] 6
!*,trs+j +
ú0*.;§$hs* {ínl { gs
fl{sa§dü e4.§rg*xd-
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me n i n os dfps#fi)
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*j!.lü *À&é*â{râ&;
^*or..):rn,, ,titii.-*i.t
',t,*â*m$ro'a'}ystq,rui;d*b,w ,,,
10
11 O IOM preconiza que, para adolescentes com risco de
12 tt::: sobrepeso ou sobrepeso (lMC/l >pBS e 95,
respêotivamente); náo se deve incluir a , ênêigiâ'," Oe
14 deposição no cálculo da EER.
1
-
&§nidí§':.*@{.tt;Xx'@;ilfarlssíx, t*r***x
^ i,
.-i'*.;;F;*;lqÊã;6T'ffiFü"
*A{Í\*dadâ
6ske:
Faixa etária íanos) Meninas Meninos ' , . ,,1;SSr ffilo{eruret,Oâr.al ,, ;lii
11-14 l
kcallcm 16 kcal/cm . p§Rcsa{t${erqtE
Í,18* ?,+et,6} .{
15-18 13,5 kcal/cm lTkcallcm
" 135*ativo{sÊrs t-6â 1,§}
. I.§0 * filuÊs §*i,o {efltuo l,* e 2"§}
2) Ou segundo a FAO/OMS: onde a Taxa de Metabolismo lÁasçui§§|B *114 r§S"8 n,ú*#p
1e*04 amv+OaOá Ít*â. x
Basal seria dada por: " x asrra
+ t.í6!,,1
.. "(l!S.x
'Ârivl@,rÍsha; ryryo ffuJ
, ,..,
[nS
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Faixa etária (anos) Meninas
. i.00 - sdeÍBárry{orrs§
-farr6I,S a Í.4}
Meninos . !,1â*FS$
'10 18 12.2xP +746 'l7,5xP+651 1,, * n.* í
. tS{ * âtlç* i{,.rbs i"ê s,t_â} " ,,,=,
, l.d$ * sruilo eüro fcnlra ,.9 e
Após o cálculo da TMB, deve-se multiplicar o fator atividade:
.! Carboidratos: Recomenda-se cerca de .l 30g/dia.
Atividade Meninas (o/dia) Meninos (o/dia)
Escola e atividade 4C
1,6
leve vtTolo,2014
Atividade moderada
Atividade intensa 6 6
14-18
3) Pode-se ainda utilizar o gasto energético com base Meninos 0,73 0,85 ou S2gid
centímetro de altura real (VITOLO,2014):
no Meninas 0,11 O.Bs ou 46á/cl
100
WEFFORT & LAMOUNIER (2009) ) a recomendação Anemia fisiologica do crescimento ) reservas adequadas de
p ferro, mas, em vista do rápido crescimento e aumento de
ldade RDA (g/kg/d) massa magra, tem-se diminuição do ferro cirçulante.
11-14 1,0 g/kg
15 - '18
2. Cálcio ) recomenda-se 1300m9 diários para ambos os
Meninos 0,90 g/kg SEXOS.
Meninas 0,80 s/ks
KRAUSE ) Em função dos desenvolvimentos muscular,
Corresponderia de 12 a 14% do YCT. esquelético e endócrino acelerados, as necessidades de
cálcio são maiores durante a puberdade e adolescência, que
* Fibras na infância ou fase adulta.
A ingestão adequada (Al) de fibras possui variação com a
faixa etária e sexo. Vitolo (2014), idade +5 até os'l 5 anos. A DRI de cálcio para adolescentes é de 1300m9, o que
Após, a mesma recomendação de adultos: 20 a 309 diários. está entre os valores recomendados pelo NIH para ingestão
de cálcio ótima (1200 - 1500m9) para adolescentes de 11 a
Segundo CHEMIN & MURA, estabeleceu-se uma Al de 24 anos.
1 4gl'1 000kcal.
O peso sofre variação normal de 1 ,0 a .1 ,5kg entre o período As medidas de dobras cutâneas predizem a quantidade de
da manhã e o período da noite, sem significar que é gordura corporal localizada ou total, por meio da avaliação
aumento de gordura. subcutânea.
CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA (CC) Seu emprego na avaliação da gordura total se deve ao fato
de apresentar boa correlação (r) com métodos mais precisos
Tem como objetivo avaliar a adiposidade abdominal em de avaliação de composição corporal (r entre 0,6 a 0,g,
função de sua associação com doenças crônicas. estando em alguns estudos em torno de 0,85).
A OMS recomendou o uso do ponto médio entre o último Em relação à composição corporal, avaliam-se os
rebordo costal e a crista ilÍaca. compartimentos corporais e, em especial, sua associação
com o risco de adoecer (tanto por distúrbios associados à
O perímetro de cintura é o melhor indicador,,,da,gordurá, dêsn_utf lção,, q uantos aq ueles associados à obes dade). i
visceral, mais relacionadoàs doençai iardiovaúulares
Nâãrea de Nutrição, tem-se utilizado o protocolo de soma
I .': ,a
das quatro dobras (tríceps, bíceps, supra-ilíaca e
A RCQ está mais relacionada â resistência à insulina. subescapular) e densidade corporal proposto por Durnin e
Rahaman.
Tabela 8: Pontos de coÉe de perímetro:de cintura
I
:' Em geral considera-se como aceitável, para adultos, um
percentual de gordura corporal de até 25o/o para homens e
SexÕ Paf ífi et ro: deêiüuÍa'í:óml 30Ó/o para mulheres.
RiEco Aurnêntado dê . Risôo Muito
, ,,i :t DCV,,.i., !iiii aumentado de DCV Tabela 09: Pontos de corte de adiposidade e risco
(.) à94 >1p2 HEMIN & MURA
Õ >80 >819
BÊs{ú{ifr,diê{Mâapx**{@s s§ s§
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ÁÊ}ãiro da ft&jío ô* fd
TNDtCADORES E CRtrERlos DE CLASStFtCAÇÃO
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Âe*ft6 dô n*di& Í& - âd *4**Í
fi:ie**ded§*ü&fosm*od#⧠BÊã ,à§
â ffiÉsr{*sdfi
Por recomendação da OMS tem-se utilizado para avaliação
NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
t.
As principais limitaçõo"c do IMC apontadas por alguns a)Energia (EER) à considerando peso e altura de
autores referem-se ao fato do IMC estabelecer correlaião, ,referência, a EER para indivíduos ativos de g anos é
com a altura, embora baixa, '"úm a massa maãra_
.1
rÀronr§ socroEooNôMrcos- ..
para adultos Estima-se que mais dà 15% dos anciãos têm alimentação
diária com , menos de .000 kcal/dia, favorecidas
'1
Para ômega 3, foi estabelecida ingestáô âôôquada eni a custos mais acessíveis a
1,69/dia para homens e'1 ,lgidia para mulheres. monotonia da alimentação.
nó dentes.
nutricional são: dimínuição metabolismo basal,
redistribuição da massa corporal, alterâcôes no Esses fâtores interferem no comportamento inicial do
funcionamento digestivo, alteraçÕes na percepção sênsorial processo digestivo, favorecendo sua inadequação tanto no
e diminuição da sensíbilidade à sede;. Com exceção das aspecto enzimático como no mecânico.
duas primeiras, toilas as
outras po'dem interferir,
diretaúênte, no consumo alimentar. As principais causas de ausência de dentes e de uso de
, próteses totais na terceira idade são decorrentes de cáries
Há numerosos estudos sobre. a diminuição da função não tratadas e da periodontite, embora essas causas
ga§trintestinal em virlude do avanço da idade, mas pouco se possam ser previníveis com a tecnologia atual.
conhece acerca das alteraçôes morfológicas. Na maioria dos
casos, o funcionamento oastrintestinal mantém-se A perda de apetite em idosos tem sido, geralrnente,
relativamente íntegro, porque há grande capacidade relacionada com ausência de elementos dentários e com o
funcional no intestino, no,pâncreas e no fígado. uso de próteses. As pessoas que usam dentaduras
mastigam 75 a B5o/o menos eficientemente que aquelas com
As mudanças' clinicamente relevantes heste sistema, em dentes naturais, o que leva à diminuição do consumo de
humanos, incluem decréscimo no limíâr: do goslo; atrofia da carnês, frutas e vegetais frescos, razão porque idosos com
mucosa 'gástrica,
consêqüentemente mehõr produçâo de próteses totais tendem a consumir alimentos macios,
ácido clorÍdrico, diminuição do Íátor intrinéeco e menor facilmente mastigáveis, pobres em fibras, vitaminas e
absorção da viÍaminâ r.12: e decréscimo no tamanho do minerais, fato que pode ocasionar consumo inadequado de
fÍgado. :r i', i i , energia, ferro e vitaminas.
"t!)) :
:'.-
ALTERAÇÕES NA pERÓÉeçÃO'§rruSOnrnr_
, ,.,,
.,_ nr-irnnçpEs,.NA coMpostÇÃo E No FLUXO sALtvAR
As alterações sensoriais podem êstar associaaas áo ENA MÚCÓSA ORAL
decréscimo do apetite nas pessoas idosas. Essas muOânçâê''
abrangem declínio e eventual perda da acuidade visúal, As células das glândulas salivares são reduzidas em número
audição, olfato e sensação de gustação. nas pessoas idosas, embora não tenha ainda sido
demonstrada nenhuma ligação entre o envelhecimento e a
Dentre todas as mudanças sensoriais, o olfato e a gustação redução da secreção salivar espontânea ou estimulada.
inteíerem mais diretamente na ingestão de aliméntos, a
visão prejudicada também a influencia negativamente, Não A saliva tem papel relevante no processo digestivo, na
há dúvida que o apetite no idoso é influenciado, prevenção de cáries e das doenças periodontais e na
principalmente, pela palatabilidade dos alimentos. lubrificação das mucosas. Nas pessoas idosas, os estudos
O idoso tende a concentrar o tempero dos alimentos para Dentre essas mudanças, a aparência lisa na mucosa e a
ajustá-lo ao paladar, que está alterado. Outro fator que diminuição da espessura do epitélio na cavidade oral
exerce importante função na sensibilidade aos sabores é o interferem diretamente no consumo de alimentos, diminuindo
sentido. o apetite. Essa perda de apetite pode ser decorrente do
104
aumento da sensibilidade na mucosa oral, o que ocasiona idade em ambos os sexos, devido, provavelmente, às
sensação de ardor no idoso, quando este ingere alimentos alterações nos vários processos de transporte,
quentes ou frios.
O crescimento bacteriano excessivo no intestino pode
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA E FUNÇÃO DO também ocorrer, como resultado da diminuição da secreção
ESOFAGO ácida. Tal fato interfere na disponibilidade biológica dos
nutrientes e pode resultar na menor ação dos sais biliares,
Disfunções clinicamente significantes do esôfago são raras na má absorção da gordura e na diarreia.
em todos os grupos de idade, embora leves mudanças
tenham sido descritas com o envelhecimento. lsto inclui ALTERAÇÕES NO PÂNCREAS
diminuição na amplitude das contrações e no número de
ondas peristálticas após a deglutição do alimento e aumento Em pessoas idosas, parece que o pâncreas é capaz de
no número de desordens nas contrações do corpo do funcionar bem, sem condições de estresse, no entanto, sob
esôfago. Regularmente, enÍermidades neurológicas estimulação repetida com secretina ou colecistocinina, a
relacionadas com a idade resultam em significante disfunção secreção pancreática da referida população cai
secundária do esôfago e podem causar pneumonia por signiÍicativamente.
aspiração e má nutrição. Mas, em geral, mesmo na velhice,
a função esofagiana é bem preservada. ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA E NA FUNÇÃO DO
FIGADO E VIAS BILIARES
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA E FUNÇÃO DO
ESTOMAGO E INTESTINO Com o envelhecimento, o fígado é submetido a algumas
alteraçÕes anatômicas e funcionais. As alterações
A atrofia da mucosa gástrica no idoso resulta na menor iã.ry1p.m1çflsr)ç__'mpreendem diminuição do peso do fÍgado e
produção de ácido clorídrico e ng,,§lpipúiÇfl0 Uill féçQÇ$ .,
f:mefo õé=hêpatÓcitos e aumento de tecido
Íibroso.
1,j.9...:
fator intrínseco, provocando menor absorção da vitamina
812, com conseqüenreningta.r-q,ç àá. #á*ià";,fl.$íí â, Conseqüêntemente, ' em nivel citoplasmático têm-se
Esse tipo de anemia.ocorre:somente quandó o'ldoso registrado mudàn§as que interferem nâ biotransformação
dos fármacos' da sÍntese protéica, do metabolismo
lipoprotéico e da secreção da bile, como também na redução
da toteráncia a oulros agêntes, normalmente excretados por
esse orgao.
105
- Diuréticos e laxantes: ocasionam desidratação e depleção
de eletrólitos como magnésio, potássio e zincó; A polifarmácia em idosos aumenta a incidência de efeitos
- Antibióticos: alteram a absorção intestinal por destruição colaterais e interações medicamentosas e o seu uso
da flora. Provocam má absorção de carboidratos, vitamlna inadequado, freqüentemente, provoca complicações graves.
812, cálcio, ferro, magnésio e cobre e inlbem a síntese
protéica;
-. Nesse sentido, a utilização, a longo Vazo, de drogas
Glicocorticóides: predispõem à gastrite, osteoporose terapêuticas que interferem na digestão, na absorção e no
(interferem na absorção do cálcio) e hi[erglicemia, e metabolismo de nutrientes pode, também, ocasionar
- Analgésicos: favorecem as gastrites e úlóeras.
desnutriçâo nos idosos, além de desenvolver anorexia.
A terceira idade, em geral, apresenta multiplicidade de
doenças, e portanto, consome maior número de As variáveis fisiológicas que se deprimem no idoso estão
medicamentos. apresentadas na tabela '1
.
+:,,iii,i
7 trdi&s - $fY*
i;r,:.+ ,r"
1 n*dí& - 19%
.rü$.*;@*3|il${
'i:.:
i sqdidar- 3*%
ͧ§$i#§* 5r"3%
A história dietética deve levar em consideração as realizar as tarefas necessárias para lidar com a vida diária e
alterações do paladar e de cavidade oral, já dêscritas com o próprio ambiente.
anteriormente.
Deve ser realizada a avaliação de atividade diária:
As variáveis antropométricas devem ser avaliadas - Atividades da vida diária:
cuidadosamente, uma vez que tem-se alterações nos .Alimentar-se
depósitos musculares e gordurosos. .Transferência cama-poltrona
.Mobi lidade interna/externa
AVALTAÇÃO MULTtDtSCtPLtNAR
rVestir-se
.Banhar-se
O modelo de avaliação multidisciplinar melhora oToalete
significativamente o cuidado total fornecido. As medidas de
estado funcional avaliam .Continência
a capacidade dos indivíduos de
r06
NUTRITIONAL SCREENING INITIATIVE - DETERMINE
- Atividades instrumentais de vida diária:
.Uso do telefone A iniciativa de Avaliação Nutricional Íeito pela American
.Viajar Academy of Family Physicians (AAP), American Dietetic
.Fazer compras Association e o National Council on Aging desenvolveu um
.Cozinhar Checklist Nutricional baseado em sinais do idoso, Esta nova
oLeves serviços domésticos ferra menta está d s po n Ível em ylggjê|g-e;ghsdgA].fl, htm l, o
i
ldade:
Nome
Dala'. _l_l_
QUESTOES RESPOSTAS
AFIRMATIVAS
(pontos)
Você tem alguma doença que o fez mudar o tipo/quantidade de alimentos que consome? 2
Você consome menos que duas refeições por dia? 3
Você bebe três ou mais doses de cerveja, licor ou vinho qua.qelodos os dias? 2
VocêconsomepoucaSfrutas,legume§|].y,',,9ldtJíâsÔ9.prodüt9slictêoS?
Vocêtemproblemasbucaisque#Éi]cürãúi§uâl*timentaçao?
Você nem sempre tem dinheiro suÍiciente p*u comptut os alimentos que necessita? 4
.
#tj,i,iií!t:
.:::::,:,:,;:: ,
i 0 tàca&#§t Nutrldsnal d'bqseÊdô flüB einâis dÉ EÉr.âÍtêÍlcja descrltoe ã s8gulr.
a:,::
{ ;tluelrs"** r pala'}ffi âET§Éí*INE effi lngBs êôfirô toiÍh§r{rtê dos $irteis d€ edvertànctc.l
i üoohçs Ouâ]qu€í d&êfi[à. enfarmrdade GLr cÊí]d+ç*o cíôflrcts quo Í*ça co*r q*a ]se$ miJds E mânáir* ds tüÍ]Êt Êu di!iüu116
s alí§€fiiàEàq ooloca suâ 6ãudê nbtnciofta, Gm Íisca Oustío ds c;noô eduJlos táffi d$6nç&s crÔnhas ry..ro 8áô á,elâdfls
. pots dhla. Egt!,Trâ'sê qu* Êôfl{u$áê ôu p€rdê d€ mÊmoria. qua ôÇntftl}J€§r pêra p,EÍtsr. a{c.lcm um íJe Ênc§ orr enâr8 da
. adullos ldÇgos, lslo padE ÍsínáÍ d,ilôtl ,onrbÍâr.se ú que, quândo ou so wcê comou. §entirsc tÍislo ou depÍIfiildÕ, o gtrs
i atorrtec* co<n u*r am çü1o ôdultos ld6§oâ, BEds eê§.sár *íáÍ1dês áâlêíâ{§ts *ü sF6$ts, díSs61áo, nivBl dfi Ba*ígh, ÊBe§ *
I bo*n,eetar
'§
CsmêÍ poucô C€fiBr ffiuito porjÇq ü{ *§msí s.s:r d§?1r&srü !*yain & um* sa!üds prê(§íiâ, ]Íl§sík ô* ,x*}âffrsâ ü[ifiÊôt86 unj
' d$ êpús ô ôulro oiJ rràs Êsfi*umiÍ ,rurleB, llêÍiêll$ts ü produtoe íá.etsüü fsmaúíÍ'r ld ôü{sio*üÍ úma seddú nutrktçn€í
i prc*àrÍa. Un efi Éhüô Edul!üÊ p{Jlá r*hq*€5 dlãrtàmanta. Âpenas 13§ d,Eá adullüs §ofl§0l1lam I qusnliúsd€ mrnilÍ}ê de
i fru[⧠I vggtsiâ!,s nêc8ssÁriüs, Uín *m quátr]ro sdutios ,nâi§ ]§{hâs bêb* ,rr}ito álcí}et. M{.1ílss probiümâ.s de sâüds §o
i tü{Bêrfi ÊiorBs E€ vÇÇS b*b6r ffiÊls ds u:mâ su dBàÉ bÉbidàá êEüSlicrês êô dlâ
;.
Perds ds d€ntsddoÍ na bocs Bacá, dêntss € Êún€i!ãs sãudávÉls sâg neçessáriog paía se alirDÊrtlâr. Dsntss aus€ntes,
6ínolsçido6 qqr cariados ou ÉÍóle*es qq.)ü fl&o sslóo bêm âúâptâsês" !ümaí11 â ôIfi1ê{tt^âç,Éo di,hii
i ultttlxoru* egqn&*l+a Àté 40% d{s ân'}flrleanos idssor tÁm rs4rda in$ptor a s fi}1l d&êIç$ sâ sno. Tsr msno6 Çu Êsc{El€í
' gâslar rnêrsc quâ e5 â 3fl dútsÍús pÇr seffrfiÊa Fffrx n nlir*«rlaç*o lôní& i!§ultô diüÍ{il ôbtsí ü8 âliff@n!§s qsê $(»* prsêi§.{
tilânlêÍ mud*l'el
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I
I üo*tçlo eoçíal r*Suzldo Um [6rqo d*s FcsssÉts idsees virs ss;lnt]É, §*tâí üú,m s* pfssôÉÉ dlltrJô."r]Êntê riá um eletto
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'. moBdo dos arnericanos íd.o.ssg lomâ uáÍr*§ rrled;c,Im€Írlo5 todos os dlas. Ern/clhsooÍ p6de müdaÍ o rnanôrm d& írâ-
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i
107
M t N t AVALT AÇÃo N urnrc t oN AL (MAN) Os dados de NHANES sugerem que os adultos mais velhos
estão em risco de desnutrição pela presença de doenças,
O rastreamento da DEP em idosos pode ser feita com a lncapacidade física, polifármacos, saúde dental e oral
MAN, em pacientes ambulatoriais, hospitalizados ou em prejudicadas, isolamento social, limitações financeiras ou
clÍnicas geriátricas. saúde mental prejudicada.
A triagem é Íeita na primeira parte da MAN, onde serão Segundo KRAUSE uma boa ferramenta para diagnostico
considerados de risco aqueles que pontuam com 1 1 pontos nutricional é a Mini Avaliação Nutricional que consiste de
ou menos, devendo continuar a avaliação. questões e medidas antropomêtricas para determinar um
O melhor instrumento validado para a avaliação é a segunda escore indicador de desnutrição.
parte da MAN.
Miniavaliação Nutricional
§Ç§Íe§arfl ê:
Fmr*c&*r a pnrne#s p*-l* d**to 4ulffih&inír,-irdà*md* * rosfürer- &mrr o.*6mÀr*d* írÁ*çr** f;eoo o *score sEr
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r08
Preconiza-se, dentre outros o uso de métodos objetivos Em idosos é a medida mais sensível de massa muscular.
(antropometria, composição corporal e exames bioquÍmicos). lndica mudanças de massa magra que ocorrem com o
envelhecimento e diminuição da atividade.
a) Antropometria
> IMC - 22 a 27kglm2 (CHEMIN&MURA 20'11; CUPPARI
Medidas: 2014; VITOLO 2014) ou 24 a 29kglm2 (KRAUSE, 2015)
) Estatura (que pode ser estimada pela altura do joelho ou
pela hemienvergadura do braço): ) Circunferência muscular do braço
O valor de estatura pode diminuir com o avanço da idade, ) Area muscular do braço
em razão do achatamento dos discos intervertebrais e do ) Area muscular do braço corrigida ) com ajuste da área
arco plantar dos pés e do enfraquecimento de musculatura óssea à equação de Gurney e Jellife de área muscular do
da perna. braço.
Há declÍnio (embora sem consenso) de 1 ,2 - 4,2çm a cada As medidas de perimetria e circunferência serão
20 anos, a partir dos 30 anos. Chumlea propõe equações comparadas junto às tabelas do FRISANCHO (1990).
para estimativa de altura.
AVALTAÇÃO DO R|SCO DE DESNUTRIÇÃO (WAITZBER,
Tab. 6: Fórmula para estimar a altura a partir da altura do 2009)
ho
Presença de pelo menos dois sinais:
84,88 - (0,24 x idade) + - perda de 2kg no ultimo mês ou 4kg nos últimos 6 meses;
1.83 x altura do i 'ç,1,p,çy§g.de.1. Z0% do peso adulto norma|;
'r.:i tl, ,ir= düâ§ Í õês por dia;
O valor estimado da altura poae ser usàdo para cálculo - dieta especial ou para perda de peso;
.do
- baixa ingestão oral;
- problema oral ou dentário;
F Peso, que,,1poflê se.Ê"esligá§í.i seguhdo,á,.íó.,, ul i.,de- - perda da autonomia física ou psicológica;
Chum ea, oôin,;a comhJ'Éaç§g;ó"âs',rné'didas,d e . pantu iri n a,
I t
- constipação (obstipação) intestinal grave;
- dificuldade de deglutição;
Joelho e braço, onde:
- morar sozinho ou depressão;
HOMEM = (0,98 x perimetro de panturrilha) + (1,16 x altura - mais que cinco medicações por dia;
do jpél } llti73 x cirêuhíeiênciâ do braç),+ {Q;37 x dobra - doença aguda ou crônica.
cutânêâ súb.ê§çapular) 81,69 :.'
-'
',-.
,,i,;l;;;,il ,,,it,,., ,
RECOMENDAÇOES DIETEflCAS NO ENVELHECIMENTO
utl- tJB ;1-;(ll,;â7 x@lmetrí oe pâhtur,rilhâ),'+ (0"87 x altura
do,qjoefhô)j;!1{0;98 ldiounferênçiá do braço) + (0,4 x dobra
As DRls atuais, estabelecidas para otimizar a saúde de
indivíduos e grupos, fornecem uma diretriz para avaliar a
Quandn,nãç há,.ppssibilid ç de, rneBsu raçãp,.pu p,gtimativa conhecimentos sobre as necessidades nutricionais.
.l Energia
! Perímetro da panturrilha
109
Tabela 16: Fatores atividade, lesão e térmicos a serem
utilizados nas equações de Harris & Benedict (CHEMIN DrsTRtBUlÇÃO DOS MACRONUTRTENTES (CHEMtN &
& MURA). MURA)
PÀT§R
ÀIr1ílâÀ$r r,§rs§ wBÀ§ FÁT§â Os valores de distribuição de macronutrientes:
{rf*sslÂr.Iea0Êl {Lg§&0,§*Tffi r*ml*o )
* ll
Proteínas )
10 - 35% ou 0,8g/kg/dia;
,{emrm& q l,* Êadier}te tlÀ{}§r{§dkâd$ *âtü . 1,1
} Lip.ídeos )
20 - 35%, sendo:
Acsúilâdô ô
$1ô'd$ 1.*§ Êáq.çper*&íhçâxçr * ri.l t#S - ;,?
o Acido linoléico ) 5
- 10ok (14gldia para homens e
" *1,§ ,{'* * 1.ã gl dia para mulheres);
À#*xrl6n * §?ât$â - l.â ,1
1
*â
hlffi'tü k{ê 1"3 1.3
L#ra 1.§ tr,5
À$çde..ra& r,6
lfitenso t,1 t"9
2;2
T§§l-A ?1"{ * Mütr[tr]{ÀÇÁ* 0A l{i([.§stoÂn§ {rurl§i{À (strd A t*À{}[ úr Ârü§** t0{d  ssÀ
{}*$*}
110
O aumento da recomendação de cálcio para idosos foi Os menores níveis de vitamina D foram observados em
estabelecido em razão das intercorrências que ocorrem idosos institucionalizados e confinados, com exposição
neste estágio de vida, Recomenda-se 1200 - 1500 mg /dia irregular e deficiente à Iuz solar ou indivÍduo com diminuída
para prevenir ou reduzir a doença óssea do idoso. massa renal.
ZINCO VITAMINA E
Um baixo consumo está associado com prejuizo imune, Pode ser benéÍico intensiíicar o consumo de vitamina E em
anorexia, diminuição do paladar, demora de cura de feridas adultos mais velhos, por sua atividade antioxidante e um
e desenvolvimento de úlceras de pressão. papel imoortante na prevencão de catarata.
.l Vitaminas FOLATO
Parece ser importante para baixar as concentrações de
E importante ressaltar a relação entre saÚde e nutrição, homocisteÍna, um possível fator de risco para trombose,
particularmente em relação às necessidqdgs de vltamina§ Alzheimg.-.-.-.-..f e Parkinson. Ao suplementar folato deve-se
antioxidantes como tocoferóis c31,.,9§n,1i§,e vilamfna Gii,, - môniforar:lô, ontêúdo de vitamina B'12.
Os antioxidantes atuarn Cômô úm tampão cônffi o :iiàno Tab. 10: Relação entre nutrientes e cérebro - KRAUSE
celular que pode ocorrey' durante o funcionamento cêlular 201 3
normal. As ingestões súÚótimas de vítaminas-chave pôdem
-pessoa
colocar uma em risco de enfel'úidade crÔnica' Funcão cerebral lnoestão inadeouada
especialmerlte nos idosos.
Jso§.
::, '' Perda de memórÍa de cur{o 812, vitamina Ç
nràzo
,:ll:ttlit,,,i;íj;:iiií.tÍ"'
V lTAlvl lNA giriil
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111
Àr il,rcg*idrdm dâ l{§tfhfllàs tirdsm *üm o Em*lherlmruto
tSsutürt*c [âd.n@ co{tt o tftiü[t{rcàriüÍts Sd§*ôr* Pr*tlçr*
H*rrgl* À mtr nerairúli** hx*l *lkninari ç.*nr e iderh mr funçâ* [ntxrlirr rlirreílI!É tt*.b {rn nutffi{g\ cnr lnnnürlsdÊs
**r nlre**çô+x ru cr:nrprrri*lo *onx:rul, a,leqwJar prm x nrestrdm rshnm
À* nqtx*idarlcs d* cn*rgia dimrinmnr * i§; lxrr r!émla
nq* uluhrn.
,\{iurinur r[*. pax+dno ü,üt g/ttg (} nüninu *ç lttçnçÊkx +«n ,r idxçtr, max r grxqui*r .À itgwtfitr rlu pr:tçinlç rrào drtr *et mtin*ir*,nxrn* *uta*nt*ln;
niô É ctxldudla, Rcqniritrn r:ri*m Llc xrrnLr urr:r x,io*n{.q mrrx: rir prm*i*a prk rrelcffi dwnmsriemç.nrr
crônim, dfurúnriç*a dr elarrtçâo e da *{nrcrr. * c*tclh«úndnEo d(}d nnr.
()rboitlmrx,l5 %-it5'*, Á cr*xrjpol*s d unx rdrir pnrr:a;o4'Ífl 6arl nrrri** 1m**.*r. ,.1 ê*liq C nn nurrxntt çl$ rnrxxm$ de ftintc* d+ crrlnádrctnc
d* **[,nriac tatd* çr]ürphtsxr: l*,61,n3tr. rentuna, prsa* inregr*ix e í*uas,
l"[rÊacÍ]r ]l] g {lê 6t!rô prra pnnnce íibmr, minr"r*ix e rit*rrtÍ*** qrsêsriri'. .{ufiânte
[.ltrlhçresâl grhf.hâ * librq dd*tÉtiçn pdrt i*uftsp316 6{uit* l*:*nm, *qxcirlonrur
rm ickxor,
t;iP:tl;r* tü6-35*, :1 *lrxnca mnlt**a * ur* d:lagtrrxnímr {truru*l" IterríçJ+ nruito int*n*e ds ljpülí+rir Dr dkta sfttÍs i*l]c,r, trsÍt§r,
rlo $dr*iâ* rü&rÍi *o ;u*rlr dar ali'rnaruu; 6.ulc líemr neg*dvaarunlc e dirt*
r.rn g*ral, r ;r*sxr * * qurli*t*rl* de úh.
lia.Êrúr* goalorar srrfiláxâx *m u** r1* rextringir * rne*rna-
Viraminsr r rnine*uir ,Jt turaprr:cnd+ drx nec§$icl,l4{s dr ril*rnirxr * r*:inqruà ti,úrítlilíÊ ãli$irçÊ!§r, r{tdrç s* nUrixntm. **x qus*i;irp+le*
de rr:g ahorçio. dE m w! G rwrldo nn rm rlhrcÍmnrrr *r§u*br pora la nca'ts*id,rde mlrtríw.
t*rm **nl*nt*íer, m*t ra*iirr Fe*maneerr dercrc]üh«i{r{"J, Prrxe*rq» rrlidssjw» t inltra*r*trlrine qrl* *fctsn oçnrxthmirnçn*a
refurpm o trmpcl rçnrnl rls]á rflirrúrrff;elrx" t*ptri*lrne*re
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ALIMENTOS FUNCIONAIS Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
ALTMENTOS FUNCTONATS (KRAUSE, DAN No corpo humano se acumula na pele, glândula adrenal,
WAITZBERG e CUPPARI) testÍculos e próstata.
Segupdo DAN WAITZBERG (2Ô09) - Os mecanismos Os tomates possuem cerca de 3Omg/kg de vegetal e
conhqcidos e ação dos fitoquímiús são: produtos concentrados possuem concentrações maiores
- ántioxidante; (suco de tomate -150m9/kg; catchup -100m9/kg).
- ação hormonal:
Geralmente, 10-30% do licopeno da dieta é absorvido por
seres humanos, sendo mais bem absorvido o licopeno
- ação antibacteriana: e presente em produtos processados do que de alimento
- ação mecánica. cru.
O mesmo ocorre com alimentos coccionados (o tralamento
Principais c dê têpeno$, Í9,nÉis.e,t!óÍs, térmico permite a isomerização da forma lrans presente
liilês liqqlifllcp§: nos alimentos e cis que é mais bem absorvida).
.Carotenóides laranja - alfa, beta e gamaÇaroteno; LICOPENO > q-TOCOFEROL > q-caroteno > B-
.Carotenóides vermelhos licopeno e astaxantina;
- criptoxantina > zeaxantina = B-CAROTENO > luteína.
.Carotenóides amarelos - luteína e zeaxantina.
Possui efeito protetor em doenças crônicas, incluindo
Os carotenóides mais prevalentes são: alfacaroteno, aterosclerose, HAS, infertilidade masculina e doenças
betacaroteno, betacriptoxantina, licopeno, luteína e
neurodegenerativas.
zeaxantina.
Ainda não há provas contundentes baseadas em
Fontes dietéticas: Tomate, salsa, laranjas, toronja rosa e evidências que o consumo de llcopeno possa reduzir a
incidência de malignidades.
espinafre, damasco, mamão papaia, batata-doce, mangas,
milho, morangas e cenoura.
Não há recomendação oficial de consumo mínimo diário
LICOPENO (DAN WAITZBERG, 2009): presença em feita por profissionais ou agências regulamentadoras.
tomate, melancia, toranja, goiaba vermelha, pitanga e
BETA E ALFA CAROTENO (DAN WAITZBERG, 2009):
mamão. Têm ação antioxidante muito eficaz, mas não
possui atividade de pró-vitamina A. são precursores de vitamina A, com fraco poder
antioxidante, Os alimentos mais ricos em betacaroteno são
cenouras, espinaÍre, brócolis, abóboras e melões. O
r 13
alfacaroteno é imunoestimulante. 3Omg/dia ou mais estão ANTOCIANIDINAS (DAN WATTZBERG, 2009): obtidas
associados com hipercarotenodermia. pela hidrólise nas antocianinas. Em solo ácido se
manifesta com cor vermelha, em solo alcalino, em cor azul.
LUTEíNA E ZEAXANTTNA (DAN WA|TZBERG, 2009): Possuem efeitos antiproliferativos,
são conhecidos como xantofilas. Alimentos ricos em
luteína incluem repolho, agrião e espinafre, ao passo que ANTOCIANINAS (DAN WAITZBERG, 2009): são sotúveis
milho e pimentão amarelo são ricos em zeaxantina. Não em água e instáveis ao calor. Encontradas em muitas
possuem atividade de pró-vitamina A. Atuam protegendo a plantas, como mirtrlos, açaí, framboesa, amora-preta,
degeneração macular relacionada à idade. acerola, morangos, repolho roxo, berinjela, jabuticaba,
jambolão, uva vermelha e ameixas. A maior concentração
ASTAXANTINA (DAN WATTZBERG, 2009): pode ser esta na casca das frutas.
encontrado em microalgas, salmão, caranguejo, krill e
crustáceos. Ê um poderoso antioxidante, estlmula células PROANTOCIANIDINAS (DAN WATTZBERG, 2009): são
T e liberação de citocinas, Pode ser benéfica pata a substancias sem cor, como o picnogenol. Possuem efeito
deficiência de imunidade relacionada ao envelhecimento. cardioprotetor e capacidade antioxidante. possuem a
para o sistema vascular, imune e neuroprotetor, capacidade de estabilizar o colágeno, proteger a LDL da
oxidação e impedir a catarata relaciona ao DM. As
lB.Terpenos não-carotenóides ) saponinas, terpenol, proantocianidinas do mirtilo possuem a capacidade de
limoneno, álcool perrilil. impedir a aderência da E. coli no epitélio do trato urinário,
prevenindo infecções urinárias. Encontrados em especial
LIMONOIDES, KRAUSE, (subclasse de terpenos, os em sementes e casca de uvas tintas. Outras fontes: maçã,
monoterpenos): São agentes quimiopreventivos que amêndoas, cacau e casca de pinus marítima.
induzem as enzimas nas Fases I e ll do ,sistema de , ,: .-:: :
desintoxicação do fígado. Este sistema desintoxica os aPtGÉntt-tÀ, (onru wetrzBERG, 2009): encontrada na
carcinógenos facilitando camomila.
sua exóreção Fontes díetéticás: frütas cítrióas, como:
toronja e suco de laran)a. LUTÉOLINA (DAN WAITZBÊRG, 2009): encontrada na
2. FENOIS ,.
salsa, menta, manjêricão, aipo e alcachofra. possui
propriedade antitumoral.
:
Esse fitoquÍmicos protege as plantas do dano oxidativo e RUTINA (DAN WAITZBERG, 2009): encontrada no trigo
possui subclasses: sarraceno, folhas de tabacoi Íolhas de chá preto e de
eucalipto, na casca de maçã e frutas cítricas. Na digestão,
24. FLAVONOIDFS: Pigmentos vegetais azul, azul- a rutina e digerida em quercetina, com bom poder
avermelhado e violeta e atuam na varredura de Radicais antioxidante, fortalecendo capilares daqueles com
_ ativados.
Livres, mutágenos e carcinógenos
::, fragilidade capilar. É tão eficiente quanato à N-Acetil-
cisteína em pacientes com síndrome de estresse
Os flavonóides são bivididos em'seis grupos:
.Flavanois: catequinãs; ---;*- respiratório.
O chá verde (Camellia sinensis)não passa pelo processo KAMPFEROL (DAN WAITZBERG, 2009): presente na
de fermentação, somente pela secagem, evitando que maçã, cebola, alho porró, brócolis, frutas cítricas, toranja,
seus pollfenóis sejam oxidados (conserva em g0% os uva e vinho vermelho, chá, ginkgo biloba, hammamelis e
poliÍenóis). erva de São João. Parece útil em doenças autoimunes
mediadas por células.
A atividade anticarcinogênica do chá é atribuída a seus
polifenóis, que pertencem ao grupo dos flavonóides. Os MIRICETINA (DAN WAITZBERG, 2009): encontrada em
polifenóis do chá verde são conhecidos como catequinas: uvas, berries, frutas, vegetais, nozes, êrvas e casca de
epicatequina (EC), epigalocatequina (EGC), epicatequina 3 árvores. Possui efeito antagonrstada ligação do fator da
galato (ECG) e epigalocatequina 3 gatato (EGCG atividade plaquetária. Possui atividade antiinflamatória.
principal componente, corresponde a SOo/o do teor de Tem potencial uso na osteoporose, por mediar a apoptose
catequinas). celular em osteoblastos.
Possível benefício atribuído ao chá verde: combate ao HESPERIDINA (DAN WAITZBERc, 2009): encontrado em
câncer. limões e laranjas, tangerinas e pêra (fontes dietéticas de
maior quantidade). Utilizada no tratamento de insuficiência
I xicara de chá verde = 1-2g de extrato seco 40% venosa e hemorróidas.
polifenóis = 400m9 50% EGCG.
114
SILIBINA (DAN WAITZBERG, 2009): maior glicosídio no regulam genes ligados ao metabolismo lipÍdico e
extrato de silimarina. Possui atividade de suporte para diferenciação de tecido adiposo.
detoxificação hepática. Possui atividade antioxidante
(bloqueia a produção de superóxidos e síntese de Apesar de resultados conflitantes, recomenda-se o uso da
leucotrienos LT4), soja como boa fonte de proteínas em pacientes
submetidos a regimes para perda de peso, tratamento de
Em caso de uso de SILIMARINA, a posologia e 70 - dislipidemias e prevenção de DCV, devido ao alto teor de
120m9, 3x dia, para ação antioxidante e varredora de PUFAS, fibras, vitaminas e minerais e baixo conteúdo de
radicais livres, desintoxicação hepática e regeneração de gordura saturada.
hepatócitos.
A SOJA NA PREVENÇÃO Or OCV
NARINGENINA (DAN WAITZBERG, 2009): diminui o dano
oxidativo do DNA.Possui efeito anticancerígeno e está A soja apresenta eÍeitos antiinflamatórios decorrentes de
presente no suco de laranja fresco. suas proteínas, das isoflavonas e de ácidos graxos n-3. A
soja, especialmente através das isoflavonas, modula a
NARINGINA (DAN WAITZBERG, 20091: capaz de diminuir atividade do NF-rB, reduzidno seu efeito transativador de
LDL através da inibição da HMG-CoAred hepática e genes pró-inflamatórios.
estimula a excreção fecal de colesterol. Auxilia no
metabolismo do álcool e possui atividade antioxiante. A soja e seus derivados têm efeito redutor do estresse
Presente na toranja. oxidativo e modulam a Íunção endotelial, íatores
importantes na gênese de DCV. As isoflavonas emlhoram
ISOFLAVONAS (DAN WAITZBERG, 2009): São a resistência das cólulas endoteliais a agressões e
encontradas em feijões e outlaç.,,,r i fg-gurnino§â§; vascu Ia r'
principalmente a soja e produtog-- a h,aqê dêi,§pja. Afgumâs .inÍ |z"s.m ,lÇl,,gxamento
isoflavonas são fitoestrógenô$ i{ÍiJeréstérois}; iqüé âtuam KRAUSE à A FDA (1999) alimentos com propriedades
fraco§ e úmo antlestrôoenos de reduzir o risco cardíaco nos alimentos que contêm
i 6,25g de proteína de soja por porção. Para esta
,, ,.:;os
.
. , alegação o alimento deve ser pobre em gordura (.3g) e
^r*
. Diminúiçáo fl,g, feSl"el:ol serico; , ,;i
gordura saturada (<19), pobre em colesterol (<20m9) e ter
. Melhor elasticidade a'rterial; um valor de sódio inferior a 480m9 se Íor para um
. F.,io!$§§o da óxidâçáqdo l*D!;,,,,,=.::',. indivíduo (menos de 720mg se for prato principal e
. , Diltri*uj o de.,risÇô-,de Câh.qerp§.;.dependçntes de
:
<960m9 se for uma reÍeição completa),
;,i,i.tl'rtâúãtêprosJ.ata);'; i:i i,i, :,,,' ;..::"'t CUPPARI (2015) ) trabalhos com humanos reforçam o
o Suporte para saúde da próstata;
uso de isolado proteico de soja na proporção de 25 a
509/dia, por 2 a I semanas. Não foi observado efeito
:'jl;,,ltla1ot'0ansda!'q.?lssê,, :,,'-',rt. funcional na quantidade de 159/dia de isolado
proteico, O isolado proteico pode possuir de 0,1 a 2mg
As, isoítavonàs (fit trógenos),69s1"*,'na,'sojaina forma de isoÍlavonas/g.
glicosídica, sendo as três as mais importantes: genistina
tzs"a o,,Íol.af)id?i.dzinâ ê,,glicitin
,
Após ingestão, são hidrolisadas pela betaglicosidases
,,.. ,
A SOJA NA PREVENÇÃO PE NEOPLASIAS
3. TIOIS OU ORGANOSULFURADOS
4.FITOESTEROIS ) bela-s itoesterol.
Contém enxofre, são encontrados nos vegetais crucÍferos
e contêm 3 subclasses: Presente na serenoa repens, pygeum africanum, farelo de
1- lndóis, arroz, semente de abóbora, germe de trigo, óleo de milho
2- Ditioltionas; e fei.jão de soja. Capaz de inlbir a conversão de
3- lsotiocianatos. testosterona em DHT, que estimularia o crescimento
prostático.
Foi observada uma relação inversa entre o consumo de
brócolis, repolho e couve-flor e o risco de câncer (pulmão, 5. ANTRAQUINOIDES ) sena e hipericina. (DAN
Estômago, Cólon e Reto). Fontes dietéticas: Brócolis, WAITZBERG,2OO9)
couve-flor, couve-de-bruxelas, couve e repolho.
SENA (DAN WAITZBERG, 2009): estimula contração
propulsiva e efeito laxativo.
lt6
proteínas G, em íleo e cólon, estimulando a secreção de
HIPERICINA (DAN WAITZBERG, 2009): dos um peptídeos (GLP-1 e P\^/) que afetarão a saciedade em
constituintes da Erva de São João (Hiperico), é capaz de SNC.
inibir a recaptação de dopamina, aumentando os seus
nÍveis, podendo ser usada em depressão leve. Prebióticos mais conhecidos: oomas de aveia. pectina e
oliqossacarídeos diversos.
6.CAPSATCTNA. (DAN WAITZBERG, 2009)
Fig. 2: Efeitos benéficos propostos para os prebióticos
Presente na pimenta malagueta, pouco solúvel em água e - DAN WATTZBERG (2009).
muito solúvel em etanol. Parece induzir apoptose em
células malignas em próstata e pulmão. * fermentaÇês fis irrtâ*tin$ grüsr*
T.PtPERtNA. (DAN WATTZBERG, 2009) . Prode.4aa & ádoç gÉrcos Ce cÊ&a firrsâ * dp l;flato
* üü$et priwipalnient* {ü, e H,
Capaz de modular as
mudanças oxidativas, inibir a
peroxidação lipídica, demonstrando efeito potencial na - ÁumetlIr da biarewsa
prevenção da aterosclerose.
- Àumento,rial {aloilas * d* ni:r*$*io fetais
8.BETAÍNA. (DAN WATTZBERG, 2009) -. FrErtudadn laxantes trmres
ü tntefiino de&àdü ü
lemr aÇáo
- trlelhora da ahcrçâo dt ç.alçio, nr4ne"xo e {etro
L,artrtial
Segundo DAN WAITZBERG (2009) à São Íibras c.1. FOS, INULINA e GOS (DAN WAITZBERG, 2009)
especiais, basicamente de origem vegetal, resistentes à
hidrolise pelas enzimas de TGI humano. São substratos INULINA
para fermentação bacteriana no TGI inferior e aumentam a Polímero de glicose extraÍdo da raiz da CHICORIA ou
quantidade microflora benéfica da intestino. no produzido industrialmente a partir da sacarose (2-60
Características: unidades de carbono);
- ser resistente à hidrólise e à absorção no intestino
delgado; O Írutano mals conhecido é a inulina, encontrada na
- ser seletivos para as bactérias intestinais benéficas e alcachoÍra, chicória, cebola e banana. A inulina induz
estimular o crescimento destas; crescimento de lactobacilos e bifidobactérias benéficos no
- manter composição de microflora saudável e induzir cólon intestinal e reduz microrganismos patogênicos.
efeitos luminares e sistêmicos benéficos no hospedeiro,
A ingestão de frutanos demonstrou reduzi a insulina,
CUPPARI (2014) à a fermentação das fibras prebióticas colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios e estimular a
gera, além de gases, ácidos orgânicos (fumarato, lactato e absorção de cálcio.
succinato) e AGCC (acetato, propionato e butirato). Com
exceção do butirato, os demais AGCC alcançam sistema FOS
porta-hepático e são metabolizados em fígado. Já o . Obtidos da hidrólise da inulina pela inulase
butirato é a principal fonte energética para a mucosa . Contém 5% de glicose, frutose e sacarose
colônica, afetando a diferenciação e apoptose dos
colonócitos. AIguns AGCC se ligam a receptores de
t17
. lndustrialmente: obtidos a partir da sacarose
( Frutosiltransferase) Fontes: Alimentos industrializados (leites fermentados,
. E um açúcar simples de cadeia curta (3-10 unid iogurtes), cápsulas ou pó.
sacarose + unid. frutose)
LEITES FERMENTADOS
Fontes alimentares de FOS: mel, cerveja, cebola, raiz de
bardana, aspargo, centeio, girassol batateiro, banana, Definição. alimentos ou suplementos microbianos que
açúcar de bordo, aveia e cebolinha chinesa. podem ser usados para mudar ou melhorar o equilíbrio
intestinal bacteriano para melhor a saúde do hospedeiro.
Os FOS estimulam o
crescimento de bifidobactérias e
lactobacillus, que reduz o nível de bactérias patogênicas, Os produtos lácteos fermentados, inclusive iogurtes de
tais como salmonella e clostrídeos no trato Gl, além de culturas vivas, bebida láctea ácida (kefir) e preparaçôes
atuar na prevenção do câncer (diminuição atividade da probiótlcas comerciais, contêm formas de bactérias
beta-glicuronidase). benéficas.
Para DAN WAIZTBERG, apenas cebola, alho, tomate, Outros alimentos fermentados como chucrute, missô e
aspargos, alcachofra, banana, cevada, centeio, aveia, tempeh, podem ser cultivados com bactérias benéficas
trigo, mel e cerveja são fontes de pré-bioticos. específicas, como lactobacillus.
PAPEL DO FOS e INULINA - DAN WATTZBERG Efeitos fisiológicos dos probióticos (DAN
WAITZBERG):
. COLON - Proliferação de bactérias probióticas;
. DELGADO - Aumento do bolo fecal"
--_, ., .. . 1|::,:);lir:::;: ,] .,, r' Subst. bâctericidas (Peróxido de hidrogênio),
pose obtido a parttr da hldióli§.e-da fAitosêiiO;;dBr ,/ Adesão à mucosa e multiplicação,
{a g
de leite tambêm e riçOjem.GÔ-§. ..," . , ..,, -::::r, ,; '/ Presença sem adesão à mucosa.
"". 'r ,
'1::rl',,tt':rl.i.:
1ii,,.
!;le;ginaoo
número, exêrcem efertos para a . Slntese de vit: 81, 82, 86, 812, ácido nicotÍnico e
fenéficos ácido fólico;
Fig. 3: Funçôes da microflora intestinal - DAN . lnibição da colonização gástrica com Helicobacter
wAtTzBERG(rOOn)., .. ,.,l pylori.
ii
+ R«upsraÇãs & mlorial {diç*$n da la,mmq prd*(ôe
& Jincidência, duração e sravidade de doenças
É{{{}
il;llÍii llARl: intestinâis (diarréias por rotavírus, por
-., -" üásll0as. _e.
ântibióticô é Dll) com ingestão diária de 10e a 1011 UFC e
. tro{fifularâü d* reeimato e da dife*nrÍaçqü ffl$lãíe5 ihepáiópatia alcoólica experimental.
+ Àntsg*ni$rm de pa.r@eos
*
DAN WAITZBERG (2009) ) Disbiose é um estado no
tstinrr*laÇas do trodn imaan*ffuim liniuiíde assuía&
as nts161p
qual as bactérias, ou seus elementos antigênicos, da
r k*lnidade inôtê {ffilrã iníerçoes microbiota intestinal produzem efeitos danosos ao
individuo.
r kad'r;{â» k vit**rsran
Pode ocorrer em conseqüência de:
n Rdqão dos {lptdim rànqüiÍ}É*s - alteração da composição ou quantidade da microbiota
intestinal;
- alteração na atividade metabólica das bactérias;
Características dos probióticos (DAN WAITZBERG):
. Serem habitantes normais do intestino - alteração na sua distribuiçâo no TGl.
. Reproduzirem-serapidamente O
r Produzirem substâncias antimicrobianas consumo de antibióticos representa a causa mats
importante e comum para alteração de flora intestinal.
. Resistirem ao tempo entre a fabricação,
comercialização e lngestão do produto, devendo O impacto do uso de antibióticos sobre a microbiota pode
atingir o intestino ainda vivos. repercutir negativamente no indivíduo de várias formas:
. Probióticos mais importantes: lactobacilos acidófilos,
casel bulgárico, lactis, plantarum; estreptococo - favorecendo o supercrescimento de microrganismos já
termófilo; Enterococcus faecium e faecalis; existentes, como fungos e Clostrídium difficile;
bifidobactéria bifidus, longus e infantis.
il8
- reduzindo a produÇão de AGCC;
. AG poli. ômega-6: ácidos-cis-linoléico;
- aumentando a suscetibilidade à colonização por bactérias . AG poli. ômega-3 e seus derivados: alfa-linolênico.
potencialmente patogênicas;
As proporções dietéticas atuais de n-6 e n-3 variam de
- reduzindo o efeito terapêutico de ailmentos ricos em 10:1 a25:1 e a recomendada é de: KRAUSE ) 3:í.
fitoestrógenos, pois muitos deles depende do metabolismo
enzimático, no colon, dado pela B-glicosidases Os AGE: participam de reações inflamatórias, resistência
bacterianas. imunológica, distúrbios metabólicos, processos
trombóticos e doenças neoplásicas.
Fig. 4: lndicações tradicionais dos prebióticos,
probióticos e simbióticos (DAN WAITZBERG, 2009), Ações do ômega-3; Prevenção DAC, HAS, Dçs auto-
imunes, redução dos niveis de triglicerÍdeos, colesterol,
1" lxigln&ab * l*st*§* lipoproteínas plasmáticas, propriedades anti-coagulantes,
antitrombótica.
2. C6*5lipêÇio irim*dnal
3. ft*e*$* * tr*íênr*ruü dr *r*lrea *çu& Efeitos antitrombóticos e anticoagulantes - 10g/dia.
4. ke@rldô #artc* pas.antr{iióii{s
Prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares -
§, Pm,e*çã*,dia dt$rciê dü !v1íi,{Ítr Redução da lipemia pós-prandial; Retocolite ulcerativa;
t. lrmc*fo da absorçôa intestinal {rc$r$l} de s*iis rnioerors {p. ex.: Doenças Pulmonares e redução de triglicerídeos
eât*o] * a&lesces':t* mu{h*le* na rrcfi@§u5â" prrryÊr{áo dô dose>19/dia
§s{B9pí}l§S8' -
.
FohÍC§,drêÍétiéas de ômega-3: semente de linho, óleo de
7" §*t*r*pi$ Sa mirr*Lri*tx iüí{,*li&*l sra iri*e+s cânola e soja, nozes, nozes brancas, sementes de
g,
ryry,p;iil't! inte*tio*i{d*eqa d* (r*fn, rers*díu groselha vermelha e preta, salmão, cavala, arenque
u*r*rati45;;,r,ffi&l?S"},,
ir :'.i (KRAUSE)
t20
(A) Vinho tinto, uva vermelha e leguminosas (D) Alcachofra
(B) Cebola, alho e couve-flor
(C) Frutas cítricas, brócolis e salsa 21)Grace tem 32 anos, é secretária do ambulatório de
(D) Chá verde, leguminosas e cebola Nutrição e ouviu que o consumo de genisteína pode
(E) Oleos cítricos, chá verde e salsa prevenir câncer. Solicitou à nutricionista uma sugestão de
alimento rico neste fitoquímico. O alimento sugerido à
'1
6) Assinale a opção correta em relação à nutrição de Grace foi (Residência HUPE 2009):
atletas de resistência (CSM 2005). (A) alho poró
(A) Os CHOs consumrdos durante o exercÍcio de (B) chá verde
resistência garantem provisão suficiente de energia (C) leite de soja
durante os últimos estágios. (D) farelo de aveia
(B) A quantidade protéica necessária para o
desenvolvimento muscular quase nunca é satisfeita com a 22) Em razão dos problemas posturais que, em geral,
dieta regular, havendo a necessidade de suplementos. ocorrem com o avançar da idade, recomenda-se estimar a
(C) O atraso na ingestão de CHO após exercício aumenta estatura dos idosos. Esta deve ser obtida através do (a)
a síntese de glicogênio por gliconeogênese. (rNCA 2009):
(D) ingestão de CHO previne a fadiga e aumenta o
A (A)Extensão dos braços
rendimento nas últimas etapas do exercício, quando o (B)AItura do joelho
glicogênio muscular está baixo. (C)Altura recumbente no leito
(E) As refeições pré-exercício devem ser consumidas 2 - (D)Estadiômetro
4h antes do evento, fornecendo 109/kg de peso de CHO.
23) Para a escolha do método de avaliação antropométrica
17)Correlacione fitoquímicos con . a ser utl!iza_da no idoso deve-se considerar a: (UFRJ 2009)
colaterias/tóxicos (CSM 2005). (A) presônôâ de doenças crônicas e aumento da
|- tanaceto u-r,,,,,1;.1)!iiil,,,,:
lli i,, quantidade de água corporal:
ll- alho 'i:' '
(B) atenção limitada, presenÇa de doenças crÔnicas e
lll - gengibre mentais e/ou oom dificuldades motoras;
(C) redução da ,estatura e aumento da massa magra
V - ginsenglllirri t'i,::i.í::;i:;i;,,» principalmente dos músculos e visceras;
) HAS, insônia e dianéia-[eve (D).diminuição,da gordura abdominal e aumênto de
)fadiga e prurido; aumento do peso corpóreo. gordura nos membros;
) ulceráÇáo de múcosa oral e lnflamáção dà lingua. (E) redução da estatura, dos músculôs, ossos, visôeras, da
) cefaleia, reações alérgicas de pele e queixas Gl. quantidade de água corporal e o aumenlo e redistribuição
) gastlte,.dores,e formação de úlceras gástricas. de gordura abdominal.
gastritê, flatulência
\ )1v--:rl*t 'l-'"'-: :'l e reaçôes alergicas leves.
(A) V;;; l; lV; lll; llr 24) Correlacione os componentes dos alimentos funcionais
(B) lll; ll;-;l; lV; ll. às suas fontes alimentares e assinale a opção
(C)- ; llll l; lV;: ll; V. correta.(CSM 2009)
i.âí.iíiíiÍ"{,il l'fi.:! i; rt; ' ,r.,:;. ,;il::' ,,' ,,,': GOMPONENTES
t - cÚrrrÀnrun
II_ CATEOUINAS
18) Em rela.ção u"ô i*rupêütico do alho,é correto aÍirmar ilr - PRÉBTOTTCOS (TNULTNA E FOS)
"o
que (CSM 2005): ,. IV - CISTEÍNA
(A) AumeÀta o tempó de'ôóagulação sangüínea, devendo V - FITOQUIMICOS FLAVONOIDES
ser amplailêft#jilfiffiaOg quando há--uso de,,.dpg.eg,., FONTE§
( ) chiúria, alho-poró, alho, banana
(B) A terapia com átho:devê sqr.sêmpfe Ig-gg-.mend.$dâ §âifi ) brócolis, frutas cÍtricas, soja, tomate
o tratamento de dislipidêmia Orlnc,i l e-n|$i ) trigo e alcaçuz
hipercolesterolemia. .é,m _g9i9t, _ ) soro do leite, leite, clara de ovo crua e carnes
(C) Os efeitos colaterais da ingestão de.álhti'pôdém.Íno.,] :: ) ohá verde
reações alérgicas leves, dermatites e sintomas Gl. ) gengibre
(D) O consumo de 2 a 5 dentes de alho por dia pode ) salsa, cenoura e frutas cÍtricas
causar gastrite ou flatulência, porém esse efeito não é A)il, -, V, ilI, r, rv, -
sentido quando o alho é administrado na forma de cápsula. B)r, v, ilr, -, il, -, rv
(E) Pode ser utilizado çomo único antibiótico em pacientes (c)-, ilr, il, rv, -, r, v
graves devido às propriedades antimicrobianas da ajoene (D)ilr, v, -, rv, il, -, r
19)Qual a recomendação protéica média, em g/kg de 25) (IABAS 2010) os probioticos promovem melhora nos
peso, para atletas que exercem atlvidades de resistência quadros de diarréia e constipação por meio do seguinte
(csM 2006)? mecanismo:
(A) 1,0 - 1,8 (A)Estimula a resposta imune
(B) 1,5 - 2,4 (B)Fornecem nutrientes para crescimento de patógenos
(c) 1,8 - 2,5 (C)Estimulam adesão de bactérias
(D) 2,0 - 2,8 (D)Sintetizam compostos que estimulam crescimento
(E) 2,5 - 3,0 bacteriano
(E)Produzem AGCC
20) Qual dos alimentos abaixo é a principal fonte do
componente funcional pré-biótico, FOS (CSM 2006)? 26) (EAOT 2010) As necessidades de proteínas na
(A) Espinafre adolescência têm sido pouco estudadas, pelo menos se
(B) Farelo de trigo comparadas às de oulros grupos etártos, As
(C) Laranja recomendações são de que a ingestão proteica deva Íicar
121
entrê 15% a 20% (National Cholesterol Education lll. lsoflavonas
Program, 1991) do total de energia consumida,
considerando o sexo, a idade, o estado nutricional e a
qualidade de proteína. Sendo assim, a faixa de proteína E(são) exemplo(s) de nutriente(s) funcional(is):
total seráde_a_g/dia. (A) todos.
Assinale a alternativa que completa correta e (B) apenas ll, lll e lV.
respectivamente a laouna. (C) apenas ll e lll.
(A) 10 t 20 (D) apenas l.
(B) 25 / 30
(c) 45 t72 28) Os alimentos que contêm o sulforafano e os indóis
(D) 1s t 25 como fitoquímicos na prevençâo do câncer sáo (CEpERJ
2011):
27) (EAOT 2010) Os alimentos funcionais correspondem, (A) repolho, brócolis e couve-flôr
atualmente, a mais ou mênos 6% do mercado mundial de (B) uva, vinho vermelho, ameixa seca
alimentos. Com isso, deparamos com uma grande (C) cenoura, manga e abóbora
demanda e uma dificuldade da efetiva comprova§ão de (D) tomate e produtos à base de tomate e melancia
resultados favoráveis ao consumo desses alimentos. Cabe
aos profissionais ,da saúde investigar, através de
pesquisas,a sua eficácia e orientar uma legislação que
venha garantir à população os benefÍcios 'desses
alimentos, bem como a proteção da população de
possíveis riscos à saúde quanto a sua utilização.
Considere os itens abaixo.
l. Aliina
ll. Licopeno
:uiiil!.lr I i
122
OBESIDADE Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com. br
f,-,abola íiiFatofêa
dos na Àllmer*tação e na Adiposidade
taraclorístEcas e Funçáo
123
Os prydtli*s Slt§lridtte§tifi:t;r: ;irr.uteilLt,ll í qu$fitj{irdr ,C* im.r,uliru [ilxmds grular^ rdr]uias lxm qlrr
pánrr,eas api-s ulrr* r.r"*Íeiçâ*, tri ;rüu!§ díl$ (*{)Íltst:lili!!"${ls cle glirr::re *,,, u*,,pro liÉ: tfi!.írrrcrn
síçr'nd*s. IiÍx urnrtxrlr tlítrtjnuern * t*t* ttrl afururç;tt gx:t r*r[*r-ir*nl u **noiu*,*,,ro
6.{srÍrq1 *
pnderll tiir*mrerç*t* r*thtuir a ing*stf,u d{ atirtru'lrns. ,{s inerciiilír1i taurbúmr
inibcrn e lih*mçâer
d,u glurngi*rr pelas cdlrr§*;r[fa rLr
F$rrcrcxs {r,*r eit,l}- t e ÇlF mrnirun].
{ i;}esi.*rrxininr i[i)
{f_l( tr'ih*r'ad;r lxlo l*tlr: iuttsrinul qu;rnrlcr urÍltlçr-ar r çrrcr*ín*arintçr:rn s i6rx,rcirrc} tlelgnrkr- í*x:§l)p!ric1â
d.r (l(lK tÀur ,rid* rngrntmil*rr; n* rtjtro gr*frintrlsilnal n* r:{re[rrm" t\ il(.]li {?u.\§ * (,(}ftÍÍi}çt*
e
tll vesíEul* lüti*r, * e:rtíatu,l:r r': ltirttr*.:rs * lih*mr rlu"ir$e.ç. Ntl r:Ér'rlrnr, r (l{.K
inltx ;r iag*t;+
dr ;llírrr*,n to*.
llrrlrrlresi n+
[l.lr tcrrmt;t tin r
$lrrtlrr.rs.
Urru Trr"lipocit+cinrl rcrerada pelo *círlo tdiprsu que ruodula a g§icooe e ü cãrshotlsnlo dor dr.idos
gr'*xrm" Cünn*n#*çri*s tit,stc h*mnüniu gr;rág in.r'ersírnent* relací*,lr.rdáJ trlml Õ ítrdíee r:te nrrs.ss
fi(rrporâl (ÍHCl' ü hc.rrru»niç ílur rtr.rr rJi*çfrrhiris r*«*llNi[icns Hl cr:cnrr r.;, di*lxres ri;xr ?, a
*i:e.*irla<1e a irr*oscl*nr$s. À5 (ôtüf ntrraçôes crr*nr r*1tdt r:imrgi* de h/ueu
r lfr.rr,rirn lxrr rn*is d*
ffis {Cmre *r *1,, Jt)fi(rj.
nrcs{}r
ü aültrentr de serr*ç a: de glrr.rg*n á caus:rdo p*[a iripoglicrrtriir e pclor i]unlrnr,ür dâ6
r:r:lncentraçôe.r rle norupirlrdrinr c epi.me[iina. t{r:rs arrrÀn,:irjdns plasnr:itic*s e c*iecistçri.ninx, Á.
<Jim.inuil:*u dr seer*ç;i* rle qltrr:rg*m rxome rlumtl.n * in.sujinr ü1r ;r §&mâtrl§.riúna rsr: lilrer;rdos,
Sinretímdr e se*rutada pe1+ irrtesdlo dtrunr*: rr s$rrrçá{r linfitiqr de quil:mierr:nr- ,{pds enrrar 1a
cirr:ul"tção s*nguÍu*+, lrrlÍ fre{[uün* 6*rrç:i.o rle rpr:lipogrr*te írl* Â-trlr e*tm nü sisrenu scfli{}ii{)
c*ntrrl {Sfrft-} e inibr * cÍ}ft$uü* de alirrrç'nt*s.
Ácitlcls 6rr.to* iitr*s,-trig'licerirJius r glic*ol río f*rorcs elue tanbdm tfetam r e*puçârr da glictrsc
prl*s reciJns prri firicr:s"
Iibcrut{os 1u!r rtluer.»:r tttrerinal ft* í}rr$rnçâ r}e ume ruíri$n rim eru glierxe c lipítii*s; esdurula r
{1'glueae*n {C[.P-I] pprirlio
e $í$irüse r r liirenryã*r r.ãl insutina; ü[,P-l dirninui e secr*çÍu tful glurugrrn, rerxrrlu o ternpo r.trr
rsraeiament* pístri*r { p{Hf* §t)rúrrl{rrt:r * s;rri*el*rl*l rÍfirlplos rle honnônios inr.:ry1inx.
Atu*ntr$NCen*gistenl*nrn,trluperiitt"ieuprrrre.§ul*raing*sffi
$nl'*l*idil fliâ $íntese r Ir() âÍrrlrrdnetnentrr tj<r; lipíctins.  rrrii,id::d* da iosulinr rerlueãde pri,ác
ldlr,ar aôimp*dinunr.r rlr rennr:qÊnes*. É prr<itel que üher#Í aiar delir:i,&arin r:u resirrône,i* à
insulina t{Erftím um dr:f*iru nfl sisrrxm* d* di*rifu.uiçi* dq glie**r s $nr
sr§$ hairrr d*
tmp*gün*gr. Quento ntlicr a rr:rístfrlcia à ürsulina* nwn*r i * nfeim tÉrrrric,n do nlinr*ntn,
üontenrrrt{uts dr ir:*uiiru et:r j*}unr;}Li!r*nmnr çr,ropor*l*n*lrnefttc süru o gr*u rla otrcsirtar.lcl
rls ellfilllt.l llluit*s *rteii*s spresrnrirrr resirtênrie i insulin* dr:yido à tilr:l d.r efsáru dr:r*
r*üeptfir*§ {fu í**ulinl, pe l* furr*l*dnr:i;r â glicrrse e prfu di*ipi<kmia,asr*xirdx. Hsrls rtqueiar
pndem srr nomr*llnultri «rrrigi,:.i*s reirr t reduçrr: clâ ílrxctt ft:rÍKuáI.
Ulrrt edigracitrcin* secr*tuel:r p+l* te*irlo rilipus* {l*ç rstu{ r*l*çionads *rrn o perr*nrurrí de
*orporal. I]rirteip:rI sin;rl çirrs eãtü{iuí"§ iie en*rgi:r1 sixr f,*s.} dr uhtsiçi*tte
$rY{.!i* lurttc a
hahilittadc p*n inibir * inge.-t:à* rle rlreryi:a c* p*rra aurnâRrâr o gasrrr er:rergdricn {Enri*ri *t ul.
)CIü{}. C*mplntJ*r roi hr:metlr, ns mulherer
X}oÍsileíu cuncenmrçurl; signiÍcarir.lntrnr* nrrjçr
de fuçdna ldric,r 4.À{*rshal[ ilr rl"" JüilúJ. kus ohrwn,rç*el {:rl*!!,rnurn n papel ri,a lepdm nr
re{uiaçI* der *;xtir,; (Resr:Ílru] er al., Jll() tJ.
ilesirtirm Lirrrr ar*ipximein;l elpres,srlda prirrciir*lnrrnre nrrx erlilúciro*; nnturyrniiu a eçxo ch insuli,nn
íü$lslxein c §*rlia, ]tl{lj;Jrnh* et a!", "lüü.2.1.
Frrrdudràr principlm*nt* p*[rt rstôrnaffi; â{irü s$hrc o hip,*r;iLnnro &seim$l*ndo a flrrnn" Àr
c*nrenlraçôe'.s d* gr*lin* sâo nn*í*res ccit intl,il'ídu{}s r}t*gÍôs e rieft}r*§eÍrl til.rçsr:r.
ünnc*nr-ruçurx âuürÍlrlud⧠*"{a ohs*n,adas 0m pr.§§{}i}§ qutr rs{âú scpimk: unra rJitta, r
«rn+entraçoes supnrnidts sâo olrsen'cd:s api* hpus pJdsrneo (cumnrings rt rl., a.fi.tJi.
p*ssiv'u.hn*nrc r*ntrariado p*te adilxrne*i*x i(.nur:c *r sl., lfl{16i"
lle;rtítli* lYi* ro
gtYr. r,,) secretado ltlasrilulx enriócrinrrç qu{ r(r:â§{( r: inrcstino rurt{) e ü rrilcm crn rcsi}o+ta $r)
*lirnento; ura *otfllçq$âdsru ** malureu.çín *l* apetirc {lhh,uaru e &{orr*n t{x"13.}" Â.p,lis u
infimáo de *rna d.ttre fisiuf igir:r de PY\"r. u eln hilrnftts e rnulirer*s uâe ub*sl», a ilirucnr*çân fci
inibidn pr mrrls dt li
htra*n resulltndu em rerfu$n r'le ll% nr inges$o tx!úric;a total jxn: urn
perírldo de 14 h.osas (San*rh*m *t *1., J<). m flY p*rere funrl*nrr de fi;rrrr,r $íxrshr â
line; incluz rr racicrirdc.
124
DESEOUILíBRIO FUNCIONAL E OBESIDADE:
ALTERAÇÕES HORMONATS, TMUNOLOGTCAS E 2)EPA e DHA (W-3)
ENZIMATICAS (CHEMIN & MURA)
Principal fonte: óleo de peixe.
a)lnsulina Sugere-se que o EPA e DHA levam à redução das respostas
A resistência à insulina é definida como uma resposta de IL-1 e TNF e diminuem a produção de eicosanóides pró-
biológica subnormal do organismo ao eÍeito da alta inflamatórios, podendo melhorar a sensibilidade insulínica
concentração de insulina no metabolismo de glicose. As em até 38%.
causa de resistência podem ser atribuÍdas a;
. Fatores nutricionais (glico ou lipotoxicidade); A recomendação de W-3 é de 3 * 4gldia, sempre
. Defeitos de sinalização de insulina nos tecidos-alvo; acompanhada de uma vitamina antioxidante, como 100U1 de
. Aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias. vitamina E.
Sabe-se que a obesidade abdominal é um fenótipo A suplementação de 6g/dia pode diminuir os níveis de
característico de resistência a insulina que desencadeia proteína C-reativa séricos.
todas as outras complicações envolvidas com a síndrome
metabólica, culminando com o aparecimento de outras 3)Acido o-linolênico (W-3)
doenças crônicas.
Principal fonte: linhaça. Uso de 139/dia durante quatro
Glicotoxicidade semanas.
lngestão de carboidratos de alto índice glicêmico pode A adição à dieta diminui a produção de lL-1 e TNF pelos
ocasionar: i.:r'nonócil;o§ ?,)fduzi i m po rta ntes ef eitos i mu nomodu lató rios.
. Lipogênese.
r Aumentar os niveis de trigliceiÍdeos cjrcufantesi,., ", ,b)Cortisol
. Depletar as vitaminas Oo comptexo B, vitamina C e cromo;
A obesidade central é associada com aumento do cortisol
. sérico, estimulando o consumo calórico (lipídico e glicídico).
Diminuir a sacledadêiê oxidáÉo dê lipÍdêôs;:1-.,
. Causar irritabílidâdê e hip,eralfvidade; , ,,,,
Os receptores hipotalâmicos estimuladores de
neuropeptídeo Y são mediados por cortisol. O fracionamento
. Au mentai;àr,inEêst§41imentaÊ bompulsivá' (mediaoa peto
da dieta diminui os níveis de cortisol.
neuropê'Btidêo Y)Í , 1
,, ," , ': '
. uipertiOfâ,iancreáticá êhiperÍnsulinlsmoi,,
, ',,
c) Catecolaminas
. Aumênlo ga p.roouoao,! ftisol,, ,,:
l
As catecolaminas são responsáveis pela regulação e
ativação de enzimas, como a LPL e a LHS, que determinam
o acúmulo ou oxidação dos triglicerídeos. As catecolaminas
estimulam a lipólise via receptores beta, ao passo que
Eú razâo da intensa atividade da LPL em obesos, observa- estimula a lipogênese via receptores alÍa;
,..,
resulta na oimiàuição dâ expressâo de enzimaô lipolíticas e Pacientes obesos apresentam maior atividade da LPL,
altera o potencial para oxidação de ácidos graxos. contribuído para acúmulo de tecido adiposo. Na perda
de peso, a atividade da LPL aumenta ainda mais,
O alto consumo de saturados e de W-6 está diretamente sugerindo uma desregulação metabólica da ação da
relacionado comm eno r sensi biliüadBã ins'u[[na, mlÍêiândêto,,
LPL no tecido adiposo, que pode representar um se/
metabolismo do ácido araquidônico-'(vláftiblçáo dà õ 5- point na perda de peso, principalmente se esta perda
'' de peso Íor induzida por dietas hipocalóricas.
desaturase) e desviando a cascata para produção de
eicosanóides pró-inflamatórios.
d)Estrogênio
Defeito na sinalização intracelular de insulina - produçáo de Os estrógenos estão envolvidos com maior depósito de
citoq ui nas pro-infl am atori a s gordura na região glúteo-femural do que abdomial, mediado
pela açào da LPL nestas regiões.
lndivíduos obesos apresentaram duas vezes mais TNF e
RNAm nos adipócitos que indivíduos magros, sendo esta Uma forma de equilibrar o excesso de estrogênio produzido
correlação positiva com o aumento do lMC. Os níveis de lL-6 éa ingestão de Íitoestrógenos (isoflavonas da soja e
e lL-1 também estão aumentados em obesos. lignanas da linhaça).
O aumento do TNF no tecido adiposo acarreta diminuição da
expressão dos transportadores GLUT-4. Os fitoestrógenos estimulam a secreção de glucagon, leva à
diminuição das enzimas lipogênicas e redução do acúmulo
Papel dos ácidos graxos essenciais no processo de gordura corporal.
antiinflamatorio e ativação da funcionalidade da lnsulina
e)Testosterona
1)Acido y-linolênico (W-6 - GLA) Baixo nível de testosterona éo principal fator para o
desenvolvimento de obesidade visceral. Em homens de
Principal fonte: óleos vegetais e de prÍmula (5 a 10% do total meia-idade, os níveis de testosterona estão diminuídos, com
de ácido graxo). o aumento concomitante da obesidade abdominal.
O consumo de 1 - 2,4gldia de GLA é suficiente para mediar
efeitos imunológicos.
125
O re-estabelecimento do nível de testosterona aumenta a consumo de dieta hipocalórica pode aumentar os níveis de
sensibilidade insulínica no músculo esquelético, atenua a grelina.
produção do cortisol e reduz os níveis de hormônio do
crescimento em indivíduos com obesidade visceral.
Neuropeptídeos Anorexigênicos
b)
.Serotonina
f) Hormônios produzidos pelo tecido adiposo
A serotonina e seus agonistas inibem o consumo alimentar
na parte ventromedial do hipotálamo, lntensifica o poder de
Leptina
saciedade dos allmentos nos componentes de pós-ingestão
A leptina, expressa pelo tecido adiposo como sinal de
e pós-absorção da saciedade. Níveis de serotoninã são
adiposidade (quanto mais tecido adiposo, maiores as
dependentes da ingestão alimentar de triptofano e também
concentrações de leptina), diminui a expressão do
dos carboidratos.
neuropeptídeo Y e reduz o consumo alimentar, da gordura
corporal, dos níveis de glicose, insulina e cortisol Tabela 2: Fontes alimentares de triptofano.
plasmáticos e aumento do gasto energético e produção
de
calor.
ALTERAÇÔES HIPOTALAMICAS
Sâo derivados do mesmo precursor da POMC. São
secretadas nos núcleos paraventricular e ventromedial do
hipotálamo, induzindo a inibição da ingestão alimentar.
126
A anamnese é o primeiro passo obrigatório, onde levanta-se Compleição física = estatura (cm) / circunferência do
dados fundamentais para o estabelecimento de estratégias punho (cm)
que serão adotadas durante o tratamento.
Classifica-se a compleição segundo sexo como grande,
A idade do paciente é importante. O risco para um grau média ou pequena. A partir desta classificação aponta-se a
comparável de obesidade parece maior entre os indivíduos faixa de peso corporal relativo segundo sexo e estatura,
com idade superior a 40 anos.
Tabela 4; Compleição física segundo sexo.
A celularidade adiposa está associado a períodos críticos CompleiÇão Grande Média Pequena
onde tem-se hiperplasia celular: gestação, idade pré-escolar Homens <9.6 9.6 - 10.4 >10.4
e adolescência. Mulheres <1 0.1 10.1 - 11.0 >11.0
Para a determinação da composição corporal por BIA devem Tabela 7: Classificação do estado nutricional segundo
ser feitas as seguintes orientações: IMC e risco de co-morbidades íCHEMIN & MURA).
- jejum de 4h, incluindo líquidos;
,r[ifÊ.fts*n1. :r.fi"ffi@ BE ÊO'MüF,F{$pE$
- não fazer atividade física 12h antes;
- urinar 30min antes da avaliação; Eeixc pffiü pffiü { l8,S Sêirô tpo$rn csm aumefllo de
- não consumir bebida alcoólica 48h antes do exame; outrrôs proHsflâs clínleos)
- não usar diurético 7 dias antes; ftaonormal 1Ê,5 - Ê4,$ Mádio
- mulheres no período menstrual não podem utilizar a BIA; Sokepesn 25 - 29.9 Ligeirarnenlo aumen:lado
- não pode ser ferta em usuários de marca-passo ou
übe*e e30
gestantes; Grafi I Sü-S4.S il{odê#âdo
Grau I t5 - §É,S Grave
Greu 3 â 40 [duito graw
b)Peso (CUPPARI)
- correlaciona-se indiretamente com a quantidade de gordura
e) Percentual de gordura corporal
total e o % em qualquer grupo etário.
- Tabelas segundo compleição física (Metropolitan Life Tabela 8: Classificação de excesso de adiposidade
lnsurance Company, 7983): limitaÇões de metodoloqia, segundo percentual de gordura corporal (cHEMrN &
limitações operacionais, avaliar riscos de vida e reoresentam
MURA).
o peso ideal ou peso corporal relativo. Pouca
operacionalidade no setor saúde.
121
ú:=r,lÍi.itiru * l.r:rt6[§'d;1.i" riii. úorif nr*m Sexo feminino
Leve Z§ *A0 15 *20
Elevado Muito elevado
Modeíadâ 30 - 35 20 - As
Cintura >80cm >88cm
Elevada 35 - 40 25 - 30
RCQ 0,75 - 0,85 >0,85
Môrbida >40 >S0
'),t
t, i;iii!;t:,=titl
Iílihi:r: 6ll-B§
f+luit* aÍh
128
TRATAMENTO CLíNICO DA OBESIDADE . Tratamento Nutricional: mudança na escolha de
. Tratamento médico: modificaÇão do estilo de vida alimentos, manutenção da ingestão de micronutrientes e
(aumento da atividade física), apoio psicológico, drogas e educação nutricional.
cirurgia;
Objetivo: atingir, segundo a ADA, o melhor peso possível no
contexto da saúde geral.
E}lmlmndo h$bltoõ nã bôrá dâ úllrrlentâçôo ldtsS*cíari;om os tsml}ãíe* para «:mo, á,*imÊnl6 *audáwir
Álk!18'fit6r"6ê eíxryHrtÊ sôntãdô Ér"n iüga.Í dâlúríenfldo Padlr Êsr& üütíss B6$§ües ÍnoôilúíãrêÍs sg pâdrÕás alim64t&roú ü
§ssÍhrrt* à Ínaga nú{T} lÕâl dil*{€fiÊ drlígrfl f âtr$&liíÍ)§rfi l*ç&O pú§ff ys
*$*ar a n'ç*a a§.sim que eâbsÍ ds cs úlim6nL*r §r&§liluí{ es lencf}ss pc,í oútres Eli!*dâdss
ft*o t$r outrã sàividâde ne b6r& de elime{deçáÕ, soms ísÍ sü i}sslsÍit ÊBrú{ l*nchüd wôirdü Fdrtó§if*§ e írulasi !rB,6cas
iéiêvi.rilÕ Comporl*rnêntüs psíâ prcC6ngêr õ húíâ dâ êlhflôfitâÇáü ê
tl&ü tdlúgât ná m8ês ãs ?ravsssss dÊ ãl.irrrêntcaÉ rsdLElr s qüsoildúdq roftsunrdâ ds stlm€nto
l{Õ íç6laurêr8e, timiLs.r o fiJí}süÍ?xJ de pérrrjnno pera *rÍrâ urddads,
gâr1'r ü(t ccfi püuçâ qilanildgdê dê ínafit{ig* Ç{xT16r dê1íÊgel s *ra$oíesí çEdá poíç§{
Siprúr a casâ eà{r1 6í*,r,'§Íri1]8.§suÉÉv*is $8§tâ*§ár ú gâxb üíflre ss pürçúê§
l!'lâ!r{Éd w árim*$trx am arndrir**, ondá ô&s Í}o§$em e€{ \Í;§{m Àlrex§t â 6limefitãçâo psÍ g â ;min p tlsír$ers§lÍ çían o* Bi.ííú§
,fum a* crrnp6 com ,Fr*i lkrâ, @§ 1ér &âu trna r*fair;Éo cer,*Soto ltua&*r ô üüngurÍlo d§ {rm iânÊt8 6ss€Pdô p§,Í t$fiin
§srvií §8 slií&õnBüc em p{êtB p6quÉ!1o
-1xtlâ. à §,rânír'ÍÊdà dá drÍrtlü,rs prara r* âl eôrnprae
Planejar sr rele4lcã e os lsncnes Püixüí I e B s$rçí}eâ nô prâlü
Pkfieieí €#sfllê5 Êsââeiãia" !6ãlàâ E &ên!ar.ês ôivídr ês püÍçSsÉ re m6lâde p8{e qua ü{!}á ôutrâ pErçáo pqssjr sâ,,
üffirde, linÉ&l&Í'Êtntê á.9 Édb{cs de slirn€{Ío9 *{}1 *ímãeúâ" Éârnitkls
Õú rftísJÉr, par6 üuÍm.s ÍBiEi
F i g. 2 : Es tralegias pa rá plq.difiÇa,ç,.§9: iJa,eeti o,d g,,-v.;!da.s
f
e gund o K RA U S E
- etilismo social; e
- atividade física.
Os programas pflfia p.g,I,;oa q..q_ peso c.grn afggÍlj:gia.ú,r d,e
excesso ntegr:ârrri ffi ug$nças..alllnenlargs ôôm gerôÍci s,
i - trxames oloqurmrcos
m udança
flÊirfp$portárnênto, êdúcaçâo nutricionaL e apóio
- Exame físico: cardiovascular e abdome.
"
Éú,I,.gi e
9,. ifiiíi,. ^êÍ,?:'á'irt i.i, li.l i, i, ,
OrientaçÕes do NIH dos EUA para o tratamento de
O:úáffidirnÊnfoi ern,r$esidade deve ser pqptado nos indivÍduos com excesso de peso ou obesos:
A sibutramina induz perda de peso e parece melhorar os g.Anorexígenos catecolaminérgicos (Diretrizes Brasileiras de
componentês da sindrome metabólica. como TG, colesterol Obesidade 200912010) - Documentaram-se com
total eHDLeinsulina. dietilpropiona e mazindol sintomas leves a moderados de
estimulação dos sistemas nervoso central (incluindo insônia,
nervosismo e euforia) e cardiovascular (incluindo taquicardia
,:] . :::,t e, ocasionalmente, elevação da pressão arterial),
Efeitos cotaterais: áürnàntos modestos e* or"*"áOiáí;tiaf ,à'
,:iUm inquérito epidemiológico norte-americano não sugere
associação do uso de dietilpropiona e mazindol à
Pacientes diabéticos tipo 2 em ,.ô oà má húà e hipertensãô §ulmonar. Êm razão da ausência de estudos de
sibutramina 15 mg tiveram pequenas reduções Oa"'§ticóié; longa duração (superior a um ano), não há evidência de
hemoglobina glicada e triglicerídeos e peqúenos aumentos eficácia e segurança de uso de dietilpropiona e mazindol em
do colesterol HDL em relação aos participantes que longo prazo.
receberam placebo, e nenhum efeito sobre o colesterol total
e o colesterol LDL. Não há estudos clínicos publicados com femproporex.
O uso de sibutramina em homens obesos com apneia do b.Avaliação taboratoriat (MoREIRA & CHtARELLo, 2008)
sono demonstrou que a perda de peso resultante de sua
ulilizaçào se acompanhou de melhora na severidade da lncluir exames como:
apneia - hemograma completo;
- lipidograma;
b.Orlistat - glicose e insulina;
O orlistat diminui a absorção de lipídios ligando-se à lípase - Hemoglobina glicosilada;
pancreática e, por meio desse mecanismo, inibindo a - ureia, creatinina e ácido úrico;
hidrólise dos lipÍdios alimentares a ácidos graxos livres e - sódio, potássio, magnésio, cálcio, zinco e ferro,
monoacilgliceróis absorvíveis. - vitamina B12 e ácido fólico;
- Ferritina e ceruloplasmina;
Auxilia na perda de peso, adicionado à dieta hipocalórica, e - hormônios tireoidianos.
na manutenção da perda de peso.
Pode-se conjugar ainda o coprológico funcional, dosagem de
Dose:120m9. homocisteína do plasma e EAS.
130
TRATAMENTO CLINICO do indivíduo, além de controle e prevenção de co-
morbidades.
Visa a interrupção do ganho de peso, a obtenção e
estabilização do peso que seja capaz de beneficiar a saúde ABORDAGEM DIETÉTICA:
*riêrÍ.+*r 3*ar"* *r'lo@ dcx rw*»Sà** d* &â§*llei*Í{r d* r.becjdade, d* qçordo e a* p lhrí{ r s wuxÂnde fs{srdôífuüo
Pmr*{í* da erte do là{f; fiag,i mr,
Ss**t § rrhqrre clà f{rr{.r, r }{Íi !r iíà e t Se ínxu$ *rs;tt, * n rr *mir*lar *ar
lm:çr# ri*e:ir {ftÊ(N[H§ tle e ax**l*:rrqa tf* {r}r}}{rfirJ, **$et:*lX:ls** ru r***idtrrxr x
{a}{t}}}*Ê!}Ix§ll i, !rii ii{,}.ii:íF}I $l t}sÍltr r. l*Írtx**sr}* *rmlrnriírhâi pxxihlli$*rl* rl*
"{q &r§rÍ.*ni*Írt*l
"4p1« $W*r*r nrnll niíi!çÍd.!, .fprlo L* **rtrrxn:ur ».;n *ú §irp{**Í,,*r* *x *r:ll*id*«r: r,in§*'gir:*"
}n*pra' d*f*r it r lrrrg:í.t I ti *l §ítrr{x!Êr. ril,f*$jrrü}ltl à ü p{sridlxllXll;l*s d*
l*\!{1 p§lrr* pârrlá {l* F-l* hg rl4c***l**;rrlrr d* lrx{*r{l&*{1 xri*li*tÍr**à{} rix$}*krr,
e*t t|§ ***ansx, lrt#*4ãsritÚ*.M,t
*c irars:r"*íÁt#, x«lllxr x
rusx**i*xrlr *lr t r;It;ín,{rr}tdtl
FIffin§Iirt)t(hii
OS ser subdividios em
Leve restricão >1200kcal/dia
Moderada restriçáo >800kcal (1000 - 1400kcal)
Grande restricão 800 - 1200kcal (10-19kcal/ko)
Muito baixo VC 400-800kcal ( 1 0kcaUkq)
carboidrátô§,' câü§ám mâiai;:-É,ê,ída dq'iÉgua ido,r oue de Rica em carboidratos quantidades generosas de proteínas
(15 - 25o/o VET), para prevenir a conversão da proteína da
dieta em energia.
As d i etas esC-᧧᧠e$,;,Car§ó.i'dff 9s é'i rioas r eúto1düi,qs
especialmente' sâluHggs, êü,:_ 0,,,,,,! tê ,r*áo.tárnFérn,r,llj,cêÊ lncluir: fibra extra (aumenta a saciedade e reduz a eíiciência
em p rote ín as an mái§ :,êft êfioi.Enla§j rern :titam inas,-A, 86 ê. E,
i
de absorção intesiinal).
folato, cálcio, magnésio, ferro,'potássiô e fibras. PortàÀto,
requerem suplementação. ai, ::,j.,= Süp,lgpentação vitamínica e minerálica em programas com
V0i[']iíÍefi6r, a 1200 kcal para mulheres e 1800 kcal para
As necessidades calóricas em pacientes hospitalizados hôrnens.
podem ser medidas através de calorimetria indireta ou por
métodos estimativos, sendo a fórmula mais frequentemente
utilizada a Harris-Benedict. ATENçÃO - DAN WATTZBERG 2009 / CHEMTN &
MURA 2011 / CUPPARI 2014
As dietas restritas em calorias são consideradas os
métodos mais utilizados para redução de peso. Um deficit - redução de 500 a 1000Kcal/d com relaçào a
calórico de 500 - 1000 kcal atinge a meta, anamnese alimentar, para uma perda de 0,5 a 1kg por
semana.
Suplementação vitamÍnica e minerálica (em especial o
mineral cromo, em viÉude do auxílio no tratamento da àSegundo a Cuppari (2014), para o cálculo direto,
resistência à insulina) em programas com VCT lnferior a sugere-se '|5 a 20kcallkg de peso ATUAL/dia, não
1200 kcal para mulheres e 1800 kcal para homens. inferior ao GEB.
Segundo CHEMIN & MURA (2011), os fundamentos dos
planos alimentares para o tratamento de obesidade incluem;
- promoção de balanço energético negativo, em que a MORETRA & CHTARELLO (2008)
reserva adiposa será usada como substrato energético;
- manutenção do peso perdido; - Necessidades nutricionais: um método prático é utilizar 20
- prevenção de futuros ganhos de peso corporal. - Z1kcallkg de peso atual/dia. Segundo o Consenso Latino-
Americano de Obesidade e I Diretriz Brasileira de
Os planos alimentares adequados não devem extrapolar a Diagnóstico e Tratamento de Síndrome Metabólica indicam
TMB e respeitar a distribuição de macronutrientes na
l3r
uma redução de 500 - 1000kcal do VET para promover vt. RESTRTÇÃO rXrReH,1n DE ENERctA
perda de peso de 0,5 - 1,Okg/semana. As dietas entre g00
1200kcal/dia não são indicadas,
- As dietas com restrição extrema de energia fornecem menos
de 800 kcal/dia e a inanição ou as dietas de jejum ou de
fome fornecem menos de 200 kcalidia.
A perda de até 1kg/semana é considerada ideal. A perda de
5 - 10% do peso corpóreo é considerada benefica quando a)Jejum
mantida por mais de 1 mês. Mais de 50% da perda rápida de peso é de líquidos, levando
a problemas como hipotensão. O acúmulo de ácido úrico
Segundo o Consenso Latino-Americano de Obesidade e I pode precipitar episódios de gota; e também podem ocorrer
Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento de Síndrome cálculos biliares.
Metabólica recomenda-se a seguinte distribuição:
b)Dietas de valor calórico muito baixo (VLCD)
- PTN 15-20% (não menos que 0,Bg/kg); Fornecem de 200 - 800 kcal, ou cerca de <1Okcal/kg de
- cHo 55-60%; PESO DESE.IÁvEuaia (cuppARt, 2014). Características
- LtP 20-25%. das VLCD:
. Hipocalóricas;
Em relação aos lipÍdios, a AHA recomenda não mais que
307" d9 VET de lipídios, sendo <10% de saturados (se
. Ricas em proteínas (0,8 - 1,59 de proteínas/kg de peso
corporal ideal);
dislipidêmicos deverá ser <7%), <10% PUFAS e 1O - lS% . Suplementadas por vitaminas, minerais e ácidos graxos
MUFAS. lngestão inferior a 15%o do VET à base de lipídios
essenciais;
pode reduzir HDL e aumentar TG séricos.
o Ministradas por 12 - 16 semanas;
Quanto às fibras, a ADA recomenda de 20-35g, sendo pelo ,', Rlpida perda de peso (20k9, com manutenção de 33 -
50o/odo peso perdido no ano seguinte);
. Reservadá a indivÍduos com IMC>30kg/m2 que não
Pacientes obesos podem têr tol;iância alminuiaa a i,l ri obtiveram sucesso com outros programas de dietas
glicose. O cromo;,§ Em compgnente átivp..dAiFaiói ae' associados a psicoterapia. O"asiónuimãnts podem ser
Tolerância à Glicose (TGF). Outros elementos i;;ü";, indicadas para indivíduos com IMC de 2Z - 30 com co-
niacina, cisteína, glicina e ácido glutâmíco. morbidades ou fatores de risco.
sarisfatórios. -''":"
' ti,1fu riitilifu',r.irÍidliu
Ás necássiOades calóricas em pacientes hospitalizados
podem ser medidas através de calorimetria rndireta ou por
métodos estimativos, sendo a fórmula mais frequentemente
Deve-se atentar: utlizada a Harris-Benedict.
- fracionamento: pelo menos S refeições/dia (CUppARl 2014
recomenda cerca de 6 refeiçôes diárias); Pode-se utilizar tambem as fórmulas preconizadas pela
- consistência: sólida, comer lentamente e mastigar bem; OMS, onde:
- volume: podem ser de grande volume, mas dã baixo valor
calórico, Homens:
- temperatura: alimentos quentes promovem saciedade mais 1B - 30 anos: 64,4 x P - 1 13 x A + 3000/4,25
rápido. 31 - 60 anos: 19,2 x P - 66,9 x A + 376914,25
il. DTETAS DO STSTEMA DE SUBST|TUtÇÃO Mulheres:
18 - 30 anos: 55,6 xP - 1397,4 x A + 14614,25
III.DIETAS COM FORMULAS E PROGRAMAS DE 31 - 60 anos: 36,4 x P - 104,6 x A + 361914,25
suBSTITUtÇÃO Or REFETÇÃO
Valor calórico total variando de 1000 - 1600 kcal com Se sedentários, multiplicar por 1,3, se ativos multiplicar por:
bebidas ou barras substituindo refeições. 1,5
IV. PROGRAMAS COMERCIAIS Segundo MOORE, citado por WATTZBERG (2009), o cálculo
das necessidades calóricas para pacientes obesos é
v. DTETAS DE BATXO VALOR CALORICO (CUppARt, estimado a partir da determinação do peso ideal,
20141) 10 a 'tgkcat /kg de pESO DESEJÁVEL. multiplicando-se, segundo atividade física:
132
- sedentário: 20 - 2Skcal/kg Pl; quantidades diárias recomendadas de minerais, vitaminas e
- atividade moderada: 30kcal/kg Pl; ou ácidos graxos essenciais.
- atividade intensa: 35 - 5Okcal/kg Pl.
São utilizadas como única fonte de nutrição durante quatro
A partir daí, devem-se subtrair 500 a 1000kcal, para alcançar a 16 semanas e, em geral, são efetivas para pacientes que
perda de peso de 0,5 a '1 ,0kg/semana. não obtiveram sucesso com outros tratamentos ou que
tenham comorbidades importantes, sendo necessária
Outro fator é que o gasto basal está modificado em pessoas intensa supervisão.
com peso 125ok acima do peso ideal, deste modo, sugere-se
ajuste do peso, onde: As dietas de baixíssimas calorias são úteis para induzir
rápida perda de peso e motivar o paciente muito obeso, mas
Peso ajustável - (peso atual - peso ideal) x 0,25 + peso deve-se utilizá-las por longos períodos. Devem ser seguidas
ideal por outro tratamento para manter a perda de peso.
133
geral, combinada com outros compostos, como cafeína e/ou Com isso, há aumento dos níveis intracelulares do 3,S-
aspirina. A frequência e a magnitude dos efeitos colaterais e monofosfato de adenosina, o qual ativa a lipase hormônio-
a ineficácia dos suplementos contendo efedrina sensível, promovendo a lipólise, havendo liberação de
contraindicam seu uso no tratamento da obesidade. ácidos graxos livres na circulação. Também não existem
estudos que mostrem que o guaraná e as colas reduzam o
2.ERVA-DE-SÃO lOÃO (HypERlcuM pERFORATUM) peso corporal.
E uma planta nativa da Europa, da Austrália e das Américas,
Seus extratos, que parecem ter ação serotoninérgica, são 3.CAPSAICINA
utilizados para tratar depressão. Não existem evidências A capsaicina é uma substância presente nas pimentas e
científicas de que a erva-de-sâo joão seja eficaz para reduzjr prmentões. ln vitro, ativa a colecistocinina (a qual suprrme o
peso. apetite), estimula a secreção de adrenalina, a
gliconeogênese, a lipólise e a termogênese. Existem poucos
3.GARCINIA CAMBOGIA estudos em humanos, sendo a maioria de curto prazo,
Esta substância, extraída da casca de uma fruta citrica realizados com indivíduos magros e que não comprovam as
exótica (Brindall berry ou brindleberry), contém ácido ações termogênica, anorexígena e redutora de peso.
hidroxicítrico, que inibe a clivagem enzimática do citrato.
Segundo seus defensores, além de aumentar a taxa de 4.CROMO
síntese hepática de glicogênio, inibe o apetite e a estocagem O cromo é um mineral essencial, considerado um cofator da
de gordura corporal. insulina. Tem-se investigado seu papel no metabolismo de
carboidratos e proteÍnas. Utiliza-se o picolinato de cromo,
Apesar de nâo terem sido documentados efeitos colaterais um derivado orgánico composto de cromo trivalente e ácido
significantes, não existem estudos de longo prazo a esse picolínico, em muitas fórmulas para emagrecimento, não há
respeito. Atualmente, não há dados convincentes,oara o uso suporte teórico ou prático para o uso de suplementos com
da garcínia como agente antiobesidade. ' cromo no tratamento da obesidade.
Descreveram-se efeitos colaterais como irritabilidade, Além disso, não se demonstrou a presença de gordura nas
artralgias e cefaleia. Até o momento, não há evidências fezes dos indivÍduos testados. Não se determinou
clÍnicas de que se possa indrcar a ioimbina para reduzir rigorosamente a segurança do uso da substáncia, bem como
peso. não se avaliou o efeito sobre a absorção de vitaminas
,-. - , lrrr, ii '.,;, lipossolúveis em longo prazo.
S.PSYLLrUM (PLANTAGO)
PsylliuÍn é, umâ fibra :hidrôssolúvê|derivãdã:da semente da 6. H I DROXI M ETILBUTI RATO
Plantago ovata. Propõe-se que o uso dessa fibra aumente a O hidroximetilbutirato (HMB) é um metabólito da leucina
saciedade, reduzindo a ingestão calórica. Apesar de haver
uma sugestão de discreta redução na ingestão alimentar, os
encontrado naturalmente em peixes, frutas e no leite
humano. Tambêm está disponivel como suplemento
estudos ate agora realizados não demonstram diferença na dietético, usado primariamente por atletas com o objetivo de
perda de pê§o de ihdfüíduoi obesos úsá110o 1S â 90 gldia Oo aumentar a massa muscular e reduzir o tecido adiposo. E
suplemento, quando comparado ao placebo. importante salientar quô os estudos sempre foram feitos por
prazo curto e em indivíduos que praticavam exercícios
A ingestão da tiUra -relàôiona.se a AistUibios físicos orientados, Não se testou a eficácia do HMB em
gastrointestinais, como fiatulêncjâ; dUiiêia ê náüsêasl, além :lndivÍduos obesos sedentários ou não. Dessa forma, ainda
de interferir na absorção de medicamentos, como não êxistêm evidências que corroborem o uso dessa
antibióticos e digitálicos, e potencializàr a açâo de Orôgas ,substânciá no tratamento da obesidade.
anticoagu lantes.
T.PIRUVATO
)SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Tem-se efetuado suplementação nutricional com piruvato,
com o intuito de modificar a composição corporal e melhorar
1.ÁCtDO LINOIEtCO CONJUGADO (ALC) a performance atlética. A maiorra dos estudos não é
O ácido linoleico conjugado é produzido, naturalmente, no randomizada ou duplo-cego e utillza o piruvato em grande
aparelho gastrointestinal dos animais ruminantes, pelas quantidade (de 2% a 15% do total de calorias), associado à
bactérias fermentativas que isomerizam o ALC. Trata-se de dieta hipocalórica e à atividade fÍsica.
ácidos graxos tipos trans encontrados, principalmente, na
carne bovina e seus derivados, incluindo manteiga e queijos. Apesar de não haver relatos de efeitos adversos, não se
Os estudos até agora realizados não justificam ó uso desse verificou devidamente sua segurança. Considerando a
suplemento no tratamento da obesidade. avaliação rigorosa dos estudos clínicos, existem fracas
evidências de que o piruvato auxilie os obesos a perderem
2.CAFEÍNA peso.
A cafeína pertence a um grupo de compostos solúveis
chamados purinasl(D) ('1,3,7{rimetilxantina), encontradas )HIPNOSE
naturalmente em grãos de café e cacau, chás, guaraná, Apesar de a hipnose ser utilizada para auxiliar a perda de
chocolate, bebidas à base de colas e sob a fõrma de peso, a maioria das revísões feitas até hoje conclui que a
comprimidos. A cafeína estimula a liberação de adrenalina hipnose per se tem pouco ou nenhum efeito na redução e na
que age como antagonista dos adenina-receptores nos manutenção do peso perdido
adipócitos.
t34
USO DE ALIMENTOS SUBSTITUTOS DE GORDURAS E *§i,.r.#r r{r ;rl'r:r ,.*t
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CARBOIDRATOS . !!;$14/"-r!r'
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t36
- considera-se efeito platô o permanecimento no mesmo a)Restritivas'. banda ajustável, gastroplastia vertical com
nível de peso por bom tempo, badaoem:
- reÍlete uma redução de lipídeos no adipócito até algum
sinal que exija ajuste metabólico e manutenção de peso.
- Além disso, qualquer perda de peso promove perda de
massa magra, conseqüentemente, diminuição da TMR.
.! Ciclo do peso
LIP -
15 SOq/oVCT,;,
AGS KÍOOÁVCT
AGPI 6u 1Og/oVOlTi:].
W3 5;8% VOT:I
W6 X +"2.e/aVCT,
CHO Bíii;:::l5o/o:'VCT
ACUCARES <10%;VCT
PTN 1,0:-r,1§YoÍOT
COLÊST RÔL <300rno
NaCI ódlo) <5q,{<20)
FrutiÍS::iérrvêriêtãis ,4fJ00
Fihi'á§r,! >?5n
FibÉáli sôlüVêis 20o sypuu* em Y d* Rsux
CÕ$r êstsmô e*li*redú Cçm ffiAnel de Cagella
c úrôHod HiürnrcíóÍã1, N o pHÉ E Éo§-ôp E RAro R r os
Perdas de peso de 35 - 40%, mantidas em longo prazo, e
lndicados
rrl
com taxa de reganho tão baixas quanto 5%. São
1â Lp-"gçjgfiÍU$ irôm IMÕ40 0u a. partlr dP;05 com
oonsideradas o padrão-ouro, indicadas à maioria dos obesos
mórbidos.
lndicacões: ,
a) presença oe':mo'ib,1oadê§j §(e.,irxultp., obesidade oü é
:
c)Disabsôrtivas/Malabsortivas: derivação biliopancreática de
por ela agravada, como âpnráÍa doêônq;;i-, Scopinaro e duodenal switch de Heiss
r
137
Apesar de ser um procedimento de baixo risco, em Recomenda-se evitar período de jejum superior a 3h, para
seral
cursa com reganho de peso após sua retirada prevenir hipoglicemia.
A.ORtENTAÇÕeS ruo PRE-OPERATORTO Com a introdução da alimentação com consistência normal,
pode-se evoluir o volume, como por exemplo, no bypass em
Deve ser realizada anamnese clÍntca e nutrlcional. Deve ser Y-Roux a 2001250mL por refeição.
elaborado o diagnóstico da situação e estimular a motivação
para o seguimento das orientações dletéticas, como a .Evolução da alimentação
importância de macro e micronútrientes após bariátrica,
detectar carências nutricionais no pré-operatório, como Aumenta-se a consistência dos alimentos a cada 2 meses,
deficiência de ferro e Bi 2. podendo variar de acordo com a tolerância individual.
Dieta Líquida
, Hemagram4 coagu{agraÍna, sddio, polássio, Tem como objetivos, ainda, o repouso gástrico e a
wéla, creatidnq hi_
g licemia de jejum, bilirrubinas, transamínases, fosfatase drâtaÇão, além de adaptação u pàqr"noi volumes,
de_
alcalina, lglutamiltransÍerasê, côlestêrol total e ÍraçÕes, vendo-se, portânto, aincla evitaresiímulos por meio
da
triacilgliceróis, proteínâ total, albumina, ácido úrico alirnentação. Os alimentos devem estar na ôonsistência
líquida, ou que se clissolvam na boca, em temperatura
A rltério
ambierlÍe, sem adição de açúcar. O fracionamento pode
. Hemoglobina glicosilada, fibrinogênio, insulina, hormônios ser de 6 a 8 refeições diárias, com o volurne de 50mL
tireoidianos, cálcio, magnásio, fósforo, ferro, lerritina, por refeição.
transÍenina, ácjdo Íólico, vitarnina 8,, Alirnerrtos pemtitidos :
.Compreensão do tratamento e educação nutricional. I Introduzir leite desnatado e derivados líquidos sem
gordura.
b) Tratamento pós-operatório
H Sucos naturais de frutas peneirados, sem adição de
.Volume açÍrcar.
Nas cirurgias com bypass em y-Roux, com reservatório I Agua serrr gás, na temperatura normal ou gelada, chás
gástrico em torno de 20m1, a ingestão aceitável é de no claros, água de coco, bebida isotônica.
máximo 50mL por refeição. n Caldos de legumes liquidificados, preparados com came
de boi magra, frango ou peixe; vegetais peneirados.
Nas derivações biliopancreáticas, com volume gástrico de
§ Temperos: óleo vegetal; temperos normais: sa1, cebola,
200 - 500mL, a ingestão pode ser de 300 - 500mL por vez.
No duodenal switch, com capacidade gástrica de 1SOmL, alho. tomate, salsinha.
a
ingestão aceitável é de 200m1. t! Sotrremesa de gelatina dietética, pudins eflans dteÍé-
ticos, iogurte desnatado.
138
Período de Transição para a Dieta Pastosa
Deve ser realizada anamnese clínica e nutricional. Deve ser
Nesse período, acrescentaru-se algrtns alimentos, com elaborado o diagnóstico da situação e esttmular a motivação
para o seguimento das orientaçÕes dietéticas, como a
o objetivo cle tratrsição de consistência da alitnentação'
importância de macro e micronutrientes após bariátrica,
detectar carências nutricionais no pré-operatório, como
t Clara de ovo cozida ou ovos quentes ntoies - duas
deÍiciência de ferro e B12.
tunidades por dia.
I Biscoito crca.üt cracker - ulna unidade, misturada ao D.ORTENTAÇÕES UO POS-OPERATORIO (DAN 2010)
1eite.
r As frutas podem ser consumidas sob a forma de creme A ingestão de alimentos intcia-se após período de 12 a
24horas pós-operatório, com lÍquidos em pequenos goles e
. ou raspadas. fracionados. A dietetica e dividida em quatro fases.
ü Acrescentar à sopa caldo do feijão bem cozido'
Período 1: Alimentação líquida
A segunda fase do tratamento corresponde à dieta pastosa
com duração de 15 dias a 1 mês,a depender da tolerância A duração desta fase é de duas semanas. A alimentação
individual. liquida ajuda a diminuir as chances de complicações
mecânicas. Preconiza-se 30ml/hora. Conforme tolerância,
pode-se evoluir para 100-120m|/hora durante o dia.
Alirnentos pen'nitidos :
A dieta branda possui duração até a consistência normal, Os alimentos são oferecidos sem passar no liquidificador,
permanecendo o controle de volume. mas podem ser amassados com o garfo. Produtos cárneos
devem ser servidos moídos, desfiados ou cortados em
A quarta fase, ou fase de dieta normal, atenta-se às pequenos cubos. lngerir primeiro os alimentos ricos em
adequações nutricionais, preocupando-se com a seleção proteína. Meta: 709 de proteína/dia. As frutas devem ser
dos alimentos ricos em proteÍnas, cálcio, Íerro, vitaminas A e amassadas ou raspadas. Evitar jejum superior a 3 horas.
C e folatos, avaliar demais carências nutricionais.
O controle de volume deve ser mantido. Período 4: Dieta normal (baixa em gordura e doce
concentrado).
PROTOCOLO DO DAN WATZTBERG (2009) NO POS. Evitar frituras. Carnes devem ser preparadas grelhadas,
OPERATORIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA assadas e cozidas. lngerir primeiro os alimentos ricos em
proteína. Meta: 709 de proteína/dia. Evitar jejum superior a 3
horas.
c.oRrENrAÇÕes uo PRE-oPERATORTO (DAN 2010)
139
Tabela 13: Manifes clínicas decorrentes de carências nutricionais na ica-CHEMIN&MURA.
tstât suâlsclôse*§
pds X**tt*e, hip{ect{ük§4 'ldsh"ts§, p*té*trra* *a*ecsv** tlilsrrÉflffi ô, Ç. *§
Oe.,rr*Elâ Àcdos çrare* *xery,*;s. zrnc0 o necinâ
felsÉ Mlh* Éwç, *aídr*tâí**
Ç,cafmaçêo do!'*anta píc4Ê:n&g, rrtam,na C sfds
e
§eca o §*pcta Vitanr.ixa Á a â*íS+r üíâxês e*eêffiiÊ@
$'*** Pgsde{, $sh{$Íêie Ê*sdâ§61, eS*$$ d* tfl'f* pr*!l}lnÀ, r*xrnr*n ã,
*e*S§ ü,red* *.e*mdvx, p*da d* brrfi**, §s*§, @ilr,{*drs*6" *e§*,S{nsdrieãs*, Í}r*{*iaa ã*H** §,*içr ess*rl{}ârs
td**is da s* *mawl
SlhÕâ Pâld*: aoftvílfit'd e rn#uq+ )dereo{} hgrfrtrrsâ,s. Çer}sJeL,,5J* l#v* F*r*,,-,itanrn**"rr ,q,*$Ç"
tg&s.á ftc*iloqa ar{ulsr {l§**s rssas e.r i$&rl*ãs {rüs r*Í}trüs dà hof.â} ?,B«n{*a S,
lrrs§* @§ilas
Ljssxa maç*aea. is!ísâs e tlip*rlrfiÍín $a* \Ix*lldna &u. á*d0 f*liçs e fin;{}na
Ên*qi*aa $ânffêrftsÍ:ts
ü**ç;vs5 tou**u§, Í{ràflr#-xâ s
tlflh,ls r§#rss
#ue*adça*, Êfi ía{má dfi {Whâí, *#irr ir*rr*
1*ç!* eukiltfu+rg §dq$e. S*Heê §$4§râ pâokln⧠$ ci!hl;r&
§Stofia eâl*ffn*sula, Carclumoç;ala* Vnamina $,
§§ls§$e ffiâwso Mudnnças p§*orl}§tsrB§, *ÍeçuBss fiàül**§, dt***Sx* a*naitâra*, PrslernB. WBfFlrr§ts *", ** * Snn
d+#sÀtáo. f,â,ilrBâírlpnro dgs ff1á4s Ê dos p+§i süníus§o e oc,môncl:r
proteÍna e glicogênio repõe-sê de t,S'- ZSlkS de peso Ltíi'''Tabêla 1 4: exames laboratoriais pós-operatórios.
e) Monitoração
P;tírfit*t l,r;.i;plr:irol í ), ,{ iÍ
L{aryltr* ;!i X lq l
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T ;1 I ):
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Tabela í5: Acompanhamento laboratorial segundo DAN
140
DESNUTRTçAO Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
.:,,,:-:,; :,:
,,i16,0-16,9 Kglmz - depleção grau ll
E importante avaliar a causa e a extensão do baixo peso .<16,0 Kg/m2 - depleção grau lll
antes do início do programa de tratámento.
EFETTOS DA DESNUTRIçÃO EM LONGO PRAZO (DAN
2009)
l) história crrliCa;
Teoria da Programação metabólica à fetos humanos
ll) dados,ãntropométricos (peso, altura, padrão de possuem a capãcidade de adaptação frente à oferta de
cresêifigntp;qôbras cúáneas, área muscular e âdiposa do nutrientes insuficientes, O sistema endócrino possui papel
braç4 * permitem avaliàr se exisle rêalmente ,o risco de fundamental nessa adaptação e que, no longo prazo,
aumentaria o risco de doençás relacionadas à obesidade na
vida adulta, como diabetes e hiperlensão.
llÍ)dados biquímicos.
TRATAMENTO DA CRIANÇA DESNUTRIDA (DAN 2OO9)
Em relação ao tratamento, deve-se começar pela causa do
baixo peso (infecção, trauma, dentre outros). O tratamento da criança desnutrida não deve ser enfocada
apenas nas alteraçÕes de saúde, mas também nos
O apoio..,hutiiçiónal e dietélico..gãs efetivos juntamente ou problemas sociais e Íamiliares em toda sua complexidade,
após o tratamento do distúrbio subjacente ou quando a como déíicit de renda, analfabetismo materno, condições
causa do balxôpêpo e,Ue UiiUl!,.l mentenutr Çiona inadequadas de saneamento básico, presença de violência
nos bolsões de pobreza e a quantidade e qualidade da dieta
Medidas mais utilizadás, na avaliação de estado nutrióio,nai: das populaÇões pobres. lncluir medidas comol
'
peso e estatura. Índices utillzadôs: r ploQramas de monitoramento de crescimento infantil;
r p-fqQ-ram-a de educação nutricional e orientação, em
especiát,§.p,§iê arnãmentação e higiene;
. promõÇão da segurança alimentar e nutricional,
. estatura/idade (E/l); e
* peso para estatura (P/E). (DAN 2009): Ambulatórios de Recuperação Nutricional )
CREN. Objetivos:
_(DAN 2010): Déficit de E/l indica um orocesso crônico ou - promover recuperação nutricional efetiva de lactentes e
pregresso de retardo de crescimento linear. pré-escolares com desnutrição primária;
- prevenir ocorrência de patologias,
Déficit de P/E indica acúmulo insuficiente de massa corporal - diagnosticar e tratar intercorr6encia clínicas;
ou catabolismo de tecidos corporais e, portanto, uma - promover desenvolvimento global da criança;
deolecão aquda. - realizar abordagem educativa Íamiliar;
- diagnosticar e corrigir erros alimentares da família e da
O P/l expressa alterações agudas e crônicas. criança;
- facilitar o acesso das famÍlias mais carentes aos recursos
- indivÍduos com idade > 5 anos - usa-se o lMC. Em sociais disponíveis na região.
adolescentes, pode-se combinar o IMC com o índice Ei l.
Para atingir esses objetivos, faz-se necessário uma
Os Índices Pll, Ell e P/E podem ser expressos de acordo abordagem multiprofissional.
com diferentes critérios de classificação: porcentagem de
adequação, percentil e Escore-Z. Nos CREN, a criança Íica 10 horas por dia, de segunda a
sexta-feira, recebe cinco refeições que contemplem no
Mais utilizados: percentil e Escore-Z. mínimo 70% das necessidades energéticas e 100% das
necessidades protéicas corrigidas para o percentil de
adequação de seu peso e estatura e a sua faixa etária.
t4l
- Peso <80% do ideal;
A família é orientada a fornecer mais uma refeiçâo no - DCT <3mm;
domicílio (as famÍlias recebem uma cesta básica/mêó como - CMB <'1 Scm;
complemento de tratamento). Entretanto, no Brasil, os CREN - Altura <60% do padrão
são isolados. - Hipoalbuminemia não inferior a2,BgldL.
Em relação às orientações ambulatoriais, deve-se incluir: Sinais clínicos:
.orientação ao aleitamento materno exclusivo até o sexto - emagrecimento;
mês, - diminuição de temperatura corpórea,
.orientação para a introdução de alimentos complementares - diminuição de freqüência cardiaca e TMB;
adequados ao final do sexto mês de vida, - constipação e em alguns casos diarréia de jejum (fezes
.com manutenção do aleitamento até 2 anos ou mais, com muco),
rmonitoramento do crescimento com anotaçÕes no cartão da
3.DESNUTRtÇÃO UISrR (DAN 2009)
Criança, Ocorre quando um paciente com desnutrição crônica é
oorientações de higiene e preparo de alimentos, submetido ao estresse metabólico, promovendo
rcuidados com a água, entre outros. aparecimento de edema, entretanto não há despigmentação
de cabelo.
DESNUTRTÇÃO pRtMÁRtA E SECUNDÁRtA (DAN 2009)
Tabela 2: Classificação da desnutrição protéico-
A desnutrição hospitalar pode ser resultado de uma
enerqêtica ÍDPE) - :RAUSE
conjugação entre a desnutrição primária, conseoüente do Diagnóstico e Critério e características
baixo nível socioeconômico que dificulta a. aquisição de .:;:dê8cricãô
aporte protéico-calórico :
adequado, e,., a desnutricão - peso > 90% do padrão de peso
secundaria, conseqüente 'à doença dó paciente, como para altura;
câncer, infecçâo ou doenÇas crônicas.' ,
KWashiorkor - albumina <3g/dL, transferrina
(edema nutricional <180mg/dL;
DESNUTRTÇÃO TERC.|ÁR|A,(DAN
.:
2009) .. com - causada por deficiências
. despigmentação da energéticas e protéicas agudas ou
Conforme aumênta o ,"*ro àe internação hospitalar, pele e cabelo) refletindo uma resposta metabólica à
também aumentam o risco dé desnutrifão. lesão;
- caracterizada por edema,
O aumento da Oesnutriçao durante a'internação hospitalar catabolismo de tecido muscular,
pode ser explicado por uma soma de condiçôes, inciuindo fraqueza, alterações neurológicas,
fatores causais da desnutrição no. momênto da admissão, perda de vigor, infecções
maior consumo das reservas enefgeticâs e nutricionais do secundárras, retardo de crescimento
enfermo em resposta a tratamentos graves (cirurgia, eT, infantil e alteraÇões em cabelo.
RT) e evéntuais perdas por distúrbios digestivos (úuseas, - peso <807o do padrão ,de peso
vômitos, Íleo paralitico ê dianéia). Também pode ser para altura, e /ou perda de peso
decorrente de iatrogenia. Marasmo >10% do peso habitual nos últimos 6
: (atroÍia nulricional, meses com redução muscular;
TTPOS DE DESNUTRTÇÃO oeflcrencta calonca - albumina >3g/dL;
,1 cronrca grave, - causada por ingestão crônica
I.DESNUTRIÇÃO nCÚOn (DÀN 2009) ' desnutrição grave) deficiente em energia;
Anteriormente chamada d" k*urhiokor. : caracterizada por
catabolismo
adiposo e muscular,
letargia,
Diagnóstico:
<2,8g/dl;
- albumina
- transferrina < 1 50mg/dL;
';4i;;;!.;i1i
""t::1
üiijfiiffi -
Íraqueza generalizada e perda de
peso,
peso <60% do padrão de peso
- linfócitos <1500mm3; para altura;
- anergia ao teste cutâneo. Outra DPE grave - albumina <3g/dL;
(edema nutricional - ocorre quando um paciente
Sinais clÍnicos: sem marasmático é exposto a um
- edema nutricional / ascite; despigmentação de estresse;
- hepatomegalia; pele e cabelo) - caracterizado pela combinação dos
- alteração de cabelo e pele; sintomas de marasmo e
- hipoalbuminemia; kwashiorkor, um alto risco de
- diminuição de função imune, infecções e deficiência de
- ligada a trauma e infecções, principalmente entre pacientes cicatrizaÇão.
internados em UTI recebendo soluções glicosadas a So/o por - peso 60 - 75% do padrão de peso
10 a 15 dias. Desnutrição de grau para altura;
moderado. - albumina de 3 - 3.So/dL.
2.DESNUTRtÇÃO CRôNtCA (DAN 2009) - peso 75 - 90% do padrão de peso
Considerado o estágio final do processo de caquexia, na Desnutrição de grau para altura;
desnutrição crônica os depósitos org6anicas de leve. - albumina de 3,5 - So/dL.
gordura
estão reduzidos. Causada por doenças crônicas e
indolentes, a desnutrição crônica e de fáciÍ diagnóstico pelo CoRRELAÇÃO CLÍNtCA - CHEMTN & MURA
exame clínico do paciente, que se encontra emagrecido e a)Marasmo: anorexia nervosa, DEp secundária à AIDS;
sem massa gordurosa e muscular. b)Kwashiokor: DEP secundária ao prejuízo na absorção
de proteínas.
Diagnóstico:
142
RESPOSTA METABOLTCA AO JEJUM AGUDO (DAN 2009) náo é capaz de produzir fatores de coagulação e proteínas
de transporte.
A resposta orgânica ao jejum agudo implica adaptações
metabólicas deflagradas pela hipoglicemia, que ocorre após Causas mais comuns de óbito: edema pulmonar com
lShoras de jejum, por exaustão de glicogênio hepático, broncopneumonia, sepse, gastroenterite e desequilíbrios
muscular e de glicose circulante. hidroeletrolÍticos.
Após as primeiras 7i horas de jejum, se estabelecem A distribuição energética dos macronutrientes deve ser:
alterações adgqfafiüflii;:i jéj.úrn'tpr:olo,nggdo; p.,co,rre mâior a) lipídeos - 30%;
utilização de,,iipÍuio§ e,iêdu'çãà..dí.oegiá{açàoiiprôtéiú;'Ôs b) proteínas - 12 a 15o/o;
lipídios se convertem na principal fonte de energia e os c) carboidratos - complementar o VCT.
corp::.,lêtô!l_q9$ nô prindpal'úéio de frocá ên§i$ét ca
As vezes podem ser necessárias suplementações básicas
A GLUTAMINA, metabolizada pelo rim, e responsável por de vitaminas e minerais dependendo do estado nutricional.
45i4i$â,,1rôÊü9ã,o de s coss,:, *it* n19lg,,noaoo; Caso necessário, utilizar suplementos líquidos, de alta
densidade energética.
n iqiifi*àgaçrde! licorpos cê{ô'h icot,, p,eto,.,$No e s'úa d if usão
pelá barreira hematoencefálica é facilitada ALTEMÇOES FUNCTONATS E ENDOCRINOLÓGICAS
e s§gínr,rüffi i1iê
ra p!$ii
:j
nte reüêrÍid o cqrn: a a dm in i st ração Pacientes com DPE podem apresentar as seguintes
alterações:
143
estar elevados, o que pode estar associado à anorexia,
degradação muscular e alteração do metabolismo de tOutras: Na DPC, ocorre diminuição do potássio corpóreo
lipídeos (hipertrigliceridemia). total devido à redução das proteínas musculares e à perda
do potássio intracelular.
tComposição Corpórea: quando há perda de mais de
20% de proteína corpórea, a maioria das funções fisiológicas
está sign ificativamente alterada.
Tabela 3: Alteraçôes hormonais na desnutrição e sêus efeitos metabólicos - DAN WAIZTBERG (2009)
* Anemia severa.
* lcterícia clÍnica ou elevação de bilirrubinas.
{. LesÕes cutâneás exsudáiivas oü esfoliátivas.
* Hipoglicemia ou hipotermia.
.1. Proleínas séricas
totais muito diminuÍdas-
t44
TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR Prof. José Aroldo Filho
goncalvesíilho@nutmed.com, br
Lii'r'91iiil- "t':
excessiva de alimentos/purgação. ,Diferehtes dos pacientes com anorexia nervosa,
pacientes bulímicos estão dentro da variação de peso
2)Compulsão períódico-purgativa: durante o atual episódio normal, embora alguns este.jam ligeiramente abaixo do
de purgação o indivíduo apresenta regularmente episódios peso ou com sobrepeso.
de ingestão excessiva e purgação.
Alguns fatores etiológicos foram propostos para o
Aspectos clínicos e complicações: desenvolvimento de Bulimia Nervosa e inclui dependência,
familiar, nível sócio-cultural, cognitivo-comportamento e
As complicaçÕes clÍnicas nos portadores de transtornos psicodinâmico.
alimentares podem representar risco de vida estando .';:,'-
Y:.-..^--.-
\' $rfluflvÂ'í
associadas a fatores como tempo de evolução; jdade de Critérios de diagnóstico para Bulimia Nervosa
início do quadro, intensidade da redução ponderal e tipos e
freqüência de métodos compensatórios. * Repetidos episódios de ingestão excessiva de
alimentos. Crises caracterizadas por:
Os sinais e sintomas fÍsicos associados à AN são: 1) consumo em períodos isolados (2h, por exemplo) de
.Emagrecimento, cuja perda acentuada de peso quantidades de alimentos definitivamente maiores do que
promove o aparecimento dos ossos e à diminuição muitas pessoas considerariam normais;
acentuada do tecido adiposo; 2) perda do senso de controle ao se alimentar durante a
.Hirsutismo (pele coberta por uma fina camada de crise.
pêlos); ..'. Repetidos comportamentos compensatórios, não
.Lanugem; apropriados, para controle do peso;
. Hipercarotenodermia ;
145
* Os episódios de comer em excesso ocorrem pelo menos .Distúrbios hidroeletrolíticos (complicação mais grave.
2 vezes por semana durante os últimos 3 meses; Distúrbios de sódio, cloreto, fósforo, potássio e
.t Transtorno da imagem corporal;
.1. Na presença
magnésio são os mais importantes);
de bulimia do tipo purgativo, não ocorrerá .Desidratação e alcalose metabólica ocasionados pelo
anorexia.
excesso de métodos purgativos (vômitos, diuréticos
e laxantes).
Existem dois padrÕes de Bulimia Nervosa:
1) Purgação: durante o atual episódio de Bulimia Complicações cardiovasculares:
Nervosa, a pessoa está regularmente envolvida na .Arrtimias cardíacas causadas por alteraçoes
auto-indução de vômitos, abuso de laxativos ou em
eletrólitos.
diuréticos ou enemas;
2) Não purgação: durante o atual episódio de Bulimia a Complicações do TGI:
pessoa tem o hábito de usar mecanismos .Sensação de náuseas
compensatórios inapropriados, como jejuns e salivação excesslva, como
ou reflexo da indução de vômitos;
excesso de exercícios, mas não apresenta .Obstipação ou diarréia;
regularmente episodios de purgação.
.Alterações de cavidade oral (perda de dentes, cáries e
CHEMIN & MURA - Os sinais e sintomas físicos aumento de glândulas salivares) ) face de meia-
associados à BN são: lua;
.Sobrepeso ou peso próximo ao normal; .Esofagite e até hemorragia alta;
.Aumento de glândulas parótidas, sublingual e
.Dilatação gástrica e ulcerações;
submandibular (reflexo dos vômitos induzidos); .Alterações enzimáticas em fígado e pâncreas.
.Sinal de Russell (calos em mãos);
.Dentes em perimólise (erosão de eiúalte dentário ou Complicaç,ões hematológicas:
.Anemia em indivíduos com sintomatologia intensa,
.Fraqueza física e
personalidade transtôrnada e
extremista, associadâ à depressão e risco de Complicações renais:
suicídio. .DiminuiÇão de cloretos e potássio;
.Desidratação e risco aumento para nefroitíase.
Complicações endócrino-metabólicas: ,l
.Hipoglicemia e hipercolesterolemia;
.l1eUülarfdade mê1dtr.uát (nao amenóriéia); n:
'.::al '.::lj rl
ilábelâr í r,C dos transtornos alimentares (TA . CHEMIN & MURA.
Anorexla neavosa
Suitrmld fl,ervoss
. MBdo mórbidê dê eôqordar , ou*r
. Faixa et&ía de iíich da dg$nçê: ÊnlÍo í 2 s I
de gespe rada**m.-"arnffiài
I âna$
' Faixa e{ária d8 i,licio dê d{Érr{â:ffihe l B e
. PÍs/â!ánciâi8,5 a 1% ?â Ârkü6 ôir fiiâi!
, PíBvalànc,a:3 â 5o/"
. Magr.eta
. Pêgo osrporal pfoximô dô normat ou sobrepa*o
. AÍriffloÍráiá
. D.ssn{tíiçâ§. hir§r}tj§ma, lamgêrB, âÊÉlia, indsposi:@,
" lrreçuíarüade mengrual
br4djcâídia, . Sobrepeso, dnêl ds fr!§ssll, perjnróliss,
Hpolsfl sâo, sacíedàdo pr8mcÊ, obstbaçâo/disíróia, guôop+nàa aumsrlto dâ
gtàndoh parólida, distúrbb hidroetetrotiricô, h@gticerRia,
rrítÍ0pantÊ, ânsíniâ. oslêôporôsê nBkolilíAse
atrilmlâ cârdíâcâ, ulc8râçôâs esofágicas e gáelricas,
án6Íniâ., nêkolítíÂ$ê
Su,bl,pos
SuhtiFês
* Fi*strititç: n*ô há pur*âsáo
. Purgativo: há purgaç,áo
" Campulsáo pedúdlco.purgatim; há puÍgaÊão , Sô{rÍ purgêçáoi há Jejunt a âtidíads lísi.#" flas fiáo M â
píátice de vôÍdtús. diurá{cos, lârantps
,..:'
III. TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS Os antidepressivos são eficazes na rerlução do impulso
ALIMENTARES sobre a alimentação excessiva e levam ao bem-estar do
doente. A fluoxetina tem sido utilizada.
Acompanhamento deve ser realizado por equipe
multidisciplinar: médico (avaliação clinica), nutricionista Uso de fluoxetina, com maior sucesso quando administrada
(reeducação alimentar e nutricional), psiquiátrica e em doses >20m9. OBS: também usado em AN ) é
psicológica. lnício do tratamento: ambulatório / consultório. anorexígeno!
Freqüência: semanal.
Outros medicamentos utilizados para atenuar os sintomas:
Objetivo interrupção da perda de peso, melhora da lítio, antiácidos, antiespasmódicos e analgésicos
e nos parâmetros clínicos. Em
subnutrição pacientes
bulímicos, avaliar também as intercorrências 2.1 er apia cog n itivo-co mporta m e nta I
gastrointestinais.
Pode ser feita em grupos ou individual. Em pacientes jovens
DAN WAITZBERG (2009) ) Equipe multidisciptinar - é aconselhável a presença e apoio familiar, uma vez que o
acompanhamento psiquiátrico, nutricional e psicoterapia. fator predisponente ao transtorno pode estar relacionado à
META: ganho de peso até IMC>19kg/m2. família e sua estrutura.
-rri .l
i ,, , 't"ír- l l,
CUIDADO NUTRIGIONAL NA'BULIMIÀ úÉÊVOSN' .. ;= necêssária para normalizar as sensações, mesmo com
i,,
sobrepeso.
§is,l**r** l rl*rmefur*k lrft *se*{}?.s *lalx-qír'.fl.i.t r*sfi*í#**!,xç* *rÉ&rídw d** e*à*rt* r*rr
{.â§*}rg{§rí
: r!#{r â{}* â\$}rpf{r*at**-im
I Foã*, * *!mr§{r* 1 *rrlrxlr**+,tn r:ry q*$rxra {Íê *rl;L*r {si*ee} r{* f4a*sxl}; *v'*ir*lirl §}*tq?cr*:,ltí* +jls ínrilà.trÍ,tt{.* êtÊtiÍtt {;,# ç§*x§** s: tltt
cl<; rrtt&{íqt' <lr'm!..crã(,j,. {.ifit"\ 4*í1â.êÍr} rl{}ff} {x âr.r{;{} giislri+-* râ*?ír}E} ftÍ} t**?ri{.*
, ;rri3.â! e iilrji,j.Eii(àí i
148
$ixn*t*:lr rrl}"lr:ç:+J*í.llr: i Lg.aq:gu.lar:irilr{l{ir ?}141iírt}'ttj,}.I .\1lr'rle r.ri,,r ir r, ,ítsilii| ;dàrt{
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: lllc:í*},xt;ltlilrt fi nix* i:rgr :*ul+ Íldt{r ir *
149
As pacientes podem ser internadas em enfermarias de 6) Ana Carolina tem 14 anos e procurou o AGN com queixa
psiquiatria ou clínica médica, de acordo com a presenÇa de de excesso de peso. Na consulta relatou perda ponderal de
co-morbidades. 1Okg em 6 meses, dado que você correlacionou com baixa
ingestão e amenorréia há 4 meses. Sua avaliação
EXERCíC|OS DE OBESTDADE, DESNUTRTÇAO E antropométrica revela :
150
1 1) Pacientes com anorexia nervosa geralmente lll A obesidade androide, caracterizada pelo depósito de
requerem hospitalização pata iniciar o processo de gordura central, está associada com maior risco de doença
realimentação, Nestes casos, o acompanhamento renal crônica.
nutricional é indispensável para a completa recuperação
do paciente. São condutas nutricionais importantes para (A) As aíirmativas I e ll estão erradas.
a recuperação da anorexia nervosa, EXCETO (EAOT (B) As afirmativas l, ll e lll estão erradas.
2009): (C) Apenas a afirmativa lll está correta.
(A) Aumentar a prescrição calórica em '1 00 a 200kcal/dia. (D) Apenas a afirmativa ll esta correta,
(B) Estimular o consumo de Íibras insolúveis.
(C) Fornecer fontes de ácidos graxos essenciais. '1
7) O tratamento dietético de indivíduos obesos é um
(D) As proteínas devem totalizar não mais do que 10% do desafio da prática clínica, que muitas vezes leva ao
VCT. emprego de suplementos. Dentre os suplementos çitados a
seguir, aquele que apresenta evidência cientÍfica de
12) (Residência UFF - 2010) Com relação às
diÍerenças benefício para os obesos e (CEPERJ 201 1):
entre o catabolismo da inanição e o catabolismo relacionado (A) garcÍnia cambogia
ao estresse, podemos afirmar que, em ambos os casos, (B)ma huang (efedra)
ocorre: (C) sene
(A) aumento da taxa metabólica. (D) cromo
(B) intensa cetogênese.
(C) aumento da glicemia 18) No início do tratamento, as dietas ricas em energia para
(D) predomÍnio da secreção do glucagon sobre a de insulina. a recuperação do peso corporal devem contemplar
(CEPERJ 201 1 )
13) (Residência UFRJ - 2010) A desnutrição,se,caractoriza (A),3000 kcal
por uma alteração no estado nutrigionál,r decsrfentgr dâ (8i3400 kcal '
151
TERAPTA NUTRTCTONAL ENTERAL (TNE) Prof. Cristina Fajardo Diestel
cristinadiestel@nutmed.com.br
152
Desnutrição (aguda, crônica e hipoproteinemia) 1. Período provável da TNE
Estados hipercatabólicos (queimadura, sepse, trauma)
Doenças neurológicas (incapacidade de deglutição Curta duração ) sonda nasoentérica com posicionamento
e/ou sucção, facilidade de aspiração) gástrico, duodenal ou jejunal
Coma;
Anomalias congênitas (Íissura de palato, atresia de
esôfago, f ístula traqueo-esofágica ) Dan e Cuooari ) Até 6 semanas
Doença ou obstrução esofágica; Krause e Proieto Diretrizes) Até 3 a 4 semanas
Cirurgia do TGl,
Diarréia crônica não-específica;
SÍndrome do intestino curto; - Objetivo de evitar complicações pela permanência
Fibrose cística; prolongada da sonda como: migração da sonda para o
Cáncer associado à quimioterapia, radioterapia eiou esôfago, aspiração pulmonar, lesão da mucosa do TGI
cirurgia. pela ponta da sonda, infecções das vias aéreas (sinusite,
rinorréia) e trato respiratório superior, estenose esofágica,
CONTRA-IND|CAçOES DA TNE 'S*n paralisia das cordas vocais, irritação e erosão nasais
t54
do jejuno, por ação do peristaltismo digestivo normal, num 1'. Vazamento do conteúdo intestinal para a cavidade
espaço de tempo de algumas horas após a introdução. peritoneal
Para posicionamento mais seguro, pode-se recorrer a uma * Diarréia
endoscopia digestiva alta. Deve-se fazer a confirmação .:. Obstrução da sonda (o calibre da jejunostomia é
radiológica antes de iniciar a dieta. semelhante ao de uma sonda nasoentérica)
* Permanência da fístula jejunal após remoção da
sonda
Fannce .1. lsquemia e necrose intestinal no pós-operatório
v-
imediato
*
)
r §ql<Jê. Volvo
,
7 f:§ôfâ96
lq:
Vantaqens do acesso pós-pilórico:
t Jejunostómia ) é realizada pelos mesmos metodos OUTRAS INFORMACÔES SOBRE OSTOMIAS (GASTRO
da GTM, com*.algumas modificações técnicas OU JEJUNOSTOMIA)
i
'b.qslcos
:,,i,.t'::::,#íiàiàffií odá,leiém jiijunôlri'ti ti,utii,,,;
!t!t;::::;;J1il ínititit iii lndicações de Gastrostomias ou Jejunostomia
. .,... Éarinoa
em situações específicas, segundo Dan (2009):
l *
TAEELA 43,4 0r
=),1tiii TNDICAçÂ0 TERAPIA NUTRICIoNAL
/ -"";
t 7 ã*S,êss
INÍIRAL (TNE) PoR EST0MIA§ rM ADULl0S{',i
I 1 Estôn,"go
i i? Prirnária Disfunção na deglutiçào
it
,; I
1
Distúrbios no sistêma nerv050 central {6}
(ú)
Doença do colaqeno tascular
nte*tino. !
ü{0§$ô i J*.iurl§slômiit Miastenia qrave (6)
1
§spplô'§ia.§á$ríca (])
lndicações da Jejunostomia: Neopla;ia/estreitamento duodenal (J)
t Pancreatectomia
.! Gastroparesia Ressecçáo mie(a de intestino delgado (J)
Pancreateciornia (.1)
155
RESUMO
TGI funcionante?
Sonda
Pos-oilorica
. Y"l
crremii
, : , .1,.,
- A calorimetria indireta é considerada o método ideal para
tit:. determinar a necessidade energética;
- A equação matemática mais adequada para estimar a
S*g*ttâ* de eÉl*-r** catúr&e* para necessidade energótica de pacientes adultos obesos e não
pâôi*rlle âdil,t$ em s§tí.}âçâÊ obesos, e a de Mifflin St.
de *çirr**a
§íruÂçÂs cí.,!ücÂ
HCIrnans: ü[E - 10 x pe$ô fi1ü} + S,Ê5 x altura {eq} "
*0-*? ffi#âUãd* *díWa 5 x iciade {anostr + 5
*f*âS [&rasap
§ - :1
?? *30
Cxurgra nâo co*Xdcada;doança crô«ca
Muil'leres: GEB = 10 x peso ftg] + 6,25 x drura (cmJ -
§epss, tfernrt
ry*§s
3§
3ü ^
Ír**rosÍasêdm
ô+o,maduras {< S{*}, *r§}otrsm*
-Para pacientes graves, a equação de lreton-Jones é a
mais apropriada:
e§*§ ô&&€ãr&tr{,r#r,.§#}wse
11{[+rÊS{ÊÊsü,*!4a4:**§ffi,l,' '. ,",., '
1* l"l W&t"osn**ur**"
ft
1,$* *;$ ft§*Ws$edüô**ârs*íeh#*(q pa*gltaUçp*naent*de tilaÉo: Af-f'f,rtfg4-
&&* 1S bátdxl*ffi8#{*#nm#a:srrmsasârâeat&ed* te*,s?Ar** $
r.B- l§
,.1- Q.
?qrffiarw*"eç$úârnâ*BàdfiÊep*$@$rã}e$â ff t t,q6 *'s ú',rt-*#***g;'ãMll,;,soa
ülrgingErag4na#1!,*t@s*acâ.rss*
* - ,.$ §u*d$lre,&,**{i $ffii"pod*r.sçr***meorynal I: üdad* {onms}i*inflhssl si{aun*rrte:ü;peffi
fr
= li, S = sexo {masc = l: fem = 0} 0 = queinradura
n lausente = 0; Fesente = 1].
r56
CRITERIO DE SELEçAO DE DIETAS adicional através da sonda de alimentação, conforme
necessário.
ENTERAIS
Na tabela 03, podemos observar diíerentes bases de
As variáveis comumente avaliadas para seleção de dietas cálculos para necessidades hídricas, segundo Dan e
enterais são: Chemin.
obs. Zii i i S-É.gUndf, ál,:&irü§ê= 0.1,Q/,C0,13, \ a§.:- fôrmu I as Tab. 04 Categorização da Osmolalidade das fórmulas
s pê .L füilt nÍ iíirr7.,lrti,rtri&lgBi$ Ugirêp,ísxÍ]i!êdâÍnênle
enterai enterais (Dan, Chemin e Cuppari)
85% de ágÇplas a*jffi f#ü.Eí,-rÊor1ôp'i*ad⧠(2.{cal/m't)
co n t é m apena§ róêroâ,§ldÍfitfirW,l§\{1ábü ài Hipotônica 280 * 300 mOsm
lsotônica 300 - 350 mOsm
E mu i to i m po rta nte ;'r A üe,,eô9,4çlpifi"eglç, i sejal;feiÍi- ó
Lev,eqente hipertôn ica 350 - 550 mOsm
cá culo d a recomendação h Ídricâ diáiia pãfá, deterrninar' â
| .
quantidade de dieta (ml/dia) a ser infundida, bem como a l.{ipêitônica 550 - 750 mOsm
necessidade de uma complementação de água livre párà Muito hipertônica > 750 mOsm
garantir a correta hidratação do paciente.
Obs.: segundo a Krause, fórmulas para uso geral
encontram-se entre 300 e 500 mOsm/kg. Fórmulas com
n Recomendação hídrica para indivíduo adulto sadio:
alta densidade calórica podem ter entre 400 a 700 mOsm e
o 25 a lmllKgldia (Dan e Chemin); hidrolisadas ate 900 mOsm.
o 30 a 3Sml/kg/dia (Krause)
o 1ml de águal kcal (Krause e Chemin) Na prática clÍnica, estes valores são relacionados com a
* Crianças: 50 - 60ml/kg/dia (Dan e Chemin);
.l. Pode-se calcular a quantidade de líquido em função
tolerâncra digestiva da dieta enteral:
do total de proteína da dieta ) 40 a 60 ml / g de * Estômago tolera fórmulas com osmolalidade >, enquanto
nitrogênio. (Dan e Chemin);
no posicionamento pós pilórico as isotônicas são melhor
* Para prescrição hídrica considerar: faixa etária,
toleradas. O uso de Bl J a intolerância a fórmulas
condições climáticas e clínica do paciente (hidratação,
hipertônicas em TGI distal.
hipertermia, diarréia, vômitos, Íístulas, grandes * Quanto mais hidrolisada, maior a osmolalidade da
queimaduras) à 1 das perdas. fórmula.
* Todas as Íontes de líquidos administrados a uma
*AIENÇÂO: média das medicações = 450 a 10.950
paciente que está recebendo NE, incluindo lavagem
mOsm ) observar se não é a medicação a causa da
da sonda de alimentação, medicamentos e líquidos intolerância.
intravenosos devem ser considerados na
determinação e cálculo da ingestão do paciente.
Pode-se, como citado anteriormente, fornecer água
157
pH (Cuppari) * Normalmente fornecem de 40-60% do VET (Dan e
Chemin), mas podem compreender entre 40 e 90% do
- motilidade gástrica é menor com soluções de pH menor VET e 30 e 90% do VET (Krause, 2010) I 30-85%
que 3,5 (Krause,2013)
- o pH da maioria das fórmulas enterais é maior que 3,5 * Conforme mostra o quadro abaixo, apresentam-se na
forma de monossacarídeos (frutose e glicose),
dissacarídeos (sacarose), oligossacarÍdeos (amido de
Fonte e
Complexidade dos Nutrientes nas milho parcialmente hidrolisado, maltodextrina) e
Fórmulas Enterais polissacarídeos (amido de milho).
*As formas predomrnantes de carboidratos nas dietas
Carboidratos enterais são o hidrolisado de milho ou a maltodextrina
* ATENÇÃO: a lactose pode causar intolerância principalmente em desnutridos que tem 1 da lactase. A maioria das fórmulas é
i '
F;;" ,.
.
*'PrinólpaisfontesemNE:
..
peciina,goma-guaiepolissacarídeosdesoia(principal fontenasdietasenteraisemrazãodesua
solubilidade). :
.! Chemin à as fontes de fibra mais empregadas em NE quantidade esta, que parece não interferir na
tem sido a pectina de característica solúvel, a goma biodisponibilidade dos nutrientes.
guar e o polissacarídeo de soja que, apesar de {. O conteúdo de fibras nas dietas varia de 4-20 gllilro
conterem uma fração insolúvel importante, são (Dan) e 5 a 14 gll (Cuppari /Chemin).
submetidos a um processo de micropulverizaçao de + As fibras solúveis são benéficas aos pacientes
suas partículas, o que lhes confere uma ação no hemodinamicamente estáveis e fibras insolúveis devem
organismo humano, como se fossem fibras do tipo ser evitadas nos pacientes gravemente enfermos e nos
solúvel - auxiliam na regularização do transito pacientes com risco de isquemia intestinal e
intestinal. dismotilidade severa. (Projeto Diretrizes)
{. Dan ) Não há recomendações específicas para fibras .l Ajudam no controle da glicemia ) J a hipoglicemia de
em NE, mas deve-se iniciar com quantidades mínimas e rebote pós prandral.
fl gradualmente, mas não é necessário atingir-se as * Regularizam transito intestinal
recomendações para indivíduos adultos normais (2S-30 n Fermentadas pelas bactérias colonicas ) formação
g/dia segundo o Dan e 20-25 gldia segundo Cuppari). de AGCC (acetato, butirato (principal) e propionato) que
t Chemin ) Hoje, as fibras podem ser ofertadas na são combustíveis para os colonócitos.
nutrição enteral em quantidades próximas a fornecidas .t ATENÇAO: usar sondas de calibre 10 a 12 Fr, pois
por via oral, ao redor de 20 a 30 gramas ao dia, calibres menores ] risco de obstruçáo.
158
Prebioticos e Probioticos (Proieto Diretrizes) * Correspondem, em geral, a 14 a 20% do VEI (Dan e
Chemin), mas podem compreender entre 4-32% VET
- Não existem recomendações claras em relação a (Krause 2010) ou 6-25% (Krause 2013).
.t Para a função principal da proteína, plástica, torna-se
recomendações diárias de prebiótico, porém a quantidade
de 5-109 pode ser recomendada para manutenção da flora imprescindÍvel que haja adequado suprimento de
normal, e de 12,5 a 209 para recuperação das energia, de onde surge a relação kcal não protéicas / g
bifidobactérias. de nitrogênio. Estudos mostram que a melhor relação
- A recomendação de probióticos é de 0s UFC, para '1 está ao redor de 150 kcal não protéicas / g de nitrogênio,
promover alterações favoráveis na composição O, 150:1, variando de 110 a 180:'1 .
* Encontradas como:
'ff*n
: TOMPLEXIOAOE DIGɧTÂO E
FOI'{TÉ PROTÊÍCA ÀB§ORÇÁO HEAUERIOA SÀHÀCTEBí5TI§Á§ E§PECIÂI§
; DÂ PROÍE{NÀ
Cagelna Capaçidadê de d1g8âlào e lndicapãa: pa,a paciefllês com tÍato ga§tíôifittsstinâl
Prútêínâ intãcla
(alto p6so mol§culãü Prstúína isolãda de soiâ absoÍçãó complâlâ íntegÍo, Bnzimâs pancreáticâs normâis
Lactoalbuminâ Promovê maloí sstÍmülaçáo ds hoímônio§ intB§linais e lêÍoÍ
Clara de ovo (ovoalbumina) dÊ cíôscimênto quê o$ âmlnoácidos
Carna Osmola{idade da Íôrmulâ pôuco aÍ6tadã
LgitÉ desnatado ê inlegral
:r:rri
.= ,i i. |1tllt;l |::!i=
't'ti,?t:t I ititiii:i;t:-
AGPI, como o ômoga 3 ou o ácido linoléico, resultando em
Lipídeos
triacilglicerol misto, em que cadeias médias e longas estão
*Correspondem, em geral, a 30-35% do VET (Dan': à dispostas na mesma molécula de glicerol. Esta
chemin) ou 30-40% VEÍ,,(Kr,auge i f010,i, ,1$30-%,, p'o.,,nfi091,a.9a9,, parece atuar positivamente no sistema
(Krause 2013), mas podem compreendêr:,ontre 1,5 e rlnHne, , l,
Vitaminas e Elementos-traco:
t Principais fontes:
- TCL - óleo de milho, girassol, de carne bovina, n As fórmulas comerciais completas são adequadas em
gordura láctea, óleo de peixe ) Íornecem AGE vitamrnas e minerais quando o volume suficiente da
importantes para integridade de membrana (ingestão de íórmula é utilizado para ir ao encontro das necessidades
ácido linoléico deve ser de 3-4%VET - Cuppari I 2-4"/,VET energéticas e dos macronutrientes
- Krause e Projeto Diretrizes e alfa-linolênico de 0,25-0,5% * Algumas íórmulas especializadas em patologias são
VET - Projeto Diretrizes) e produção de eicosanóides. nutricionalmente incompletas em relação ao conteúdo de
Não exercem efeito sobre a osmolalidade da soluçâo, vitaminas e minerais. (isso ocorre especialmente nas
- TCM - óleo de coco ou industrialmente extraído à íórmulas insuficiência hepática e renal)
fornece de 8,2 a B.3Kcal/q, rapidamente absorvidos pela {. Suplementações de vitaminas e minerais podem ser
veia porta, estimulam menos a contração da vesícula biliar, necessárias para pacientes que recebem formulações
tem > influencia na osmolalidade. Não veicula AGE. nutricionalmente incompletas ou íórmulas diluidas por
Segundo Chemin, sua oxidação produz corpos cetônicos e longos períodos
ÇO2 o que, na cirrose e no shunt porto-caval, podem n Chemin ) Não existem ainda recomendações
exacerbar o quadro de confusão mental, específicas de vitaminas e minerais pra pacientes críticos ,
Segundo Krause (2013), a maioria das fórmulas fornece de entretanto, o aumento do requerimento de nutrientes
0-85% de gordura na forma de TCM. antioxidantes é teoricamente plausÍvel, destacando-se
- Lipídeos estruturados - são ácidos graxos de cadeia então, as vitaminas A, C e E.
longa e
média reesterificados. Há o processo de * Krause ) os eletrólitos são fornecidos em quantidade
transesterificação do TCM com o óleo vegetal rico em relativamente modestas em comparaÇão com a dieta oral e
159
podem exigir suplementação quando ocorre diarréla ou
perdas em drenagens. Vantaqens:
* Não ocorre manipulação, sendo dispensável uma
Categorização das Dietas Enterais área de sonda específica na cozinha hosprtalar
(RDC n." 63);
'1. Quanto à forma de oreparo: * Mais prática, com risco mínimo de contaminação.
Desvantaoens:
.:. Não favorece individualização da fôrmula;
t específico:
Mais difícil armazenagem;
Dietas enterais lácteas ou isentas de lactose
Dietas industrializadas prontas (sistema fechado):
acondicionadas em frascos ou bolsas próprias (SóO _
Dietas enterais com fibra ou isentas de fibra
1000m1), são diretamente acopladas no equipo. Em geral,
exigem administração contínua, gravitacional ou em
bomba de infusão, mas também pode ser intermitente
observando-se prazo de validade.
160
CALCULO DA CARGA DE SOLUTO RENAL - 100 a 300m1 (Dan) ou 50-500m1 (Cuppari)
administrado por gotejamento (60 a 150m1/h) a cada 4 a 6h
(Dan e Chemin) (Dan) e a cada 3 a 6 horas (Cuppari), precedida e seguida
por irrigação da sonda com 20-30 ml de água potável'
Em situações críticas como, por exemplo, na sepse,
no pós-operatório, no politraumatismo, na queimadura utilizando equiPo com Pinça.
grave, a urina torna-se muiio densa, com alta
ósmolaridade, ao redor de 500-1000 mOsmil, mesmo na 3. Com bomba infusora (Bl): igual a gravitacional,
vigência de adequada hidratação. porém com controle de uma Bl,
Dieta ricas em proteína e/ou eletrotitos, como sÓdio, Orientações gerais para infusão de dieta intermitente:
potássio e o íon cloreto representam uma elevada carga (Dan)
de soluto renal. A carga de soluto renal tolerada pelos rins,
numa situação normal, e de 800 a 1200 mOsm Portanto, n Similar a nutrição oral.
as dietas enterais não devem ultrapassar este valor. Na n Distensão gástrica estimula secreção cloridopéptica.
tabela 6 é explicada como se calcula a carga de soluto * Um J na átluidad" contrátil do estÔmago com f da
renal. taxa de infusão (60m1/min) e volume acima de 350m1
causa desconforto
de soluto
Como * lndicada para pacientes com esvaziamento gástrico
Núrientes i Osmolalidade (mOsm) normal e com NE domiciliar ) permite deambulação
ProteÍna 01 grama ) 5,7 mOsm adultos * lniciar dieta na concentraÇão total a cada 3 - 4h ate a
01 orama ) 4,0 mOsm crianças meta ser alcançada. IMPORTANTE: monitorar resÍduo
Sódio 01 mEo ) 01 mOsm oástrico e tolerância Gl.
Potássio i. Éar"r á administração com paciente sentado oou
Cloro r,4iedinado a 450 para prevenir aspiração.
,ii ã,1iãrâ'.mHii',lttii' t tt::'ttt::.
l6l
TNTERPRETAÇÃO DO RESíDUO GÁSTRTCO .!. Suspender dieta se RG for > 150m1
(RG)
Segundo Dan
A avaliação de resíduos gástricos é importante para
avaliar o esvaziamento gástrico em NE. Altos níveis de RG * RG > 200m1 (sonda nasoentérica) ou > 100m1
sugerem intolerância a alimentação e risco de regurgitação (Gastrostomia) + sinais de desconÍorto abdominal ou
e distensão = interrupção da NE e investigação
aspiração. Outro procedimento que evita a radiológica do paciente (Dan).
broncoaspiração é o uso permanente de cabeceira elevada
a 30-450.
..'. fi RG sem sintomas digestivos = retardar dieta por th
e reavaliar RG. Para pacientes críticos, com
Existem alguns fatures de risco que favorecem intolerância à oferta de NE, que apresentam grande
o
aumentodo RG e a aspiração: redução do nível de quantidade de resíduo gástrico (250ml) ou vômito,
consciência por sedação,aumento de pressão recomenda-se utilizar procinéticos (eritromicina,
intracraniana, doença neuromuscular, anormalidades do metoclopramida, bromoprida, cisaprida)
trato aerodigestivo, intubação orotraqueal, vômitos, * Para pacientes com escala de Glasgow abaixo de 12
diabetes, refluxo gastroesofágico e idade avançada. e/ou ventilação artificial, deve-se êvitar a alimentação
gástrica, devido ao relaxamento do esfíncter
O procedimento de verificação do conteúdo residual esofagiano interior que favorece o refluxo
gástrico eÍeito após in.jetar 3 e 5 ml de ar com uma seringa gastroesofágico e aspiração pulmonar.
grande (50m1).
Cuppari (2005):
'àUt '
..,.r,,.,
,* '; "* Aspirar SNG com seringa de 50 mL antêr e a carJa 4h até Sd; após a (âdâ j2h
t' -
t.
VRG < 150 mL
-',, i'
1 t .
,' Retornar aspirado Retornar aspirado
Continuar NÊ Continuar NÊ
,'-',,1
,," ;'
,,.: VRG < 150 mL '150 -
500 mL
obs.: considera-se resíduo gástrico aumentado > 200m1 após infusão de 6h.
Projeto Diretrizes
NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE
Sugere que cada instituição elabore seu protocolo e cita
um trabalho onde: Caracterizada por início da dieta após trauma fÍsico,
cirúrgico ou sepse:
- RG > 200m1 em 2 mensurações consecutivas- reavaliar a
dieta - ideal ate 24horas, aceitável até 48 horas (Dan,2009)
- RG > 250m1 - enlre 24 a 48h (Chemin)
- associar procinético
t62
BeneÍÍcios da Nutrição Enteral Precoce: .i. O intestino é um órgão que é adversamente afetado
quando não há suprimento de nutrientes,
Dan .i. O fornecimento de 10 a 15% das necessidades
calóricas totais, precocemente, por via digestiva
- Segura e eÍetiva se iniciada entre as primeiras 24 horas parece ser suficiente para minimizar os eÍeitos
- Diminui a indicação de nutrição parenteral adversos do TGl, mesmo que os demais nutrientes
- Favorece atingir as necessidades nutricionais em 03 dias estejam sendo oÍertados por via venosa.
- Atenua a reposta metabólica
- Diminui os prejuízos da resposta imunológica Observem no quadro abaixo os fatores que afetam a
barreira intestinal e a microflora de pacientes crÍticos:
- Mantém a integridade estrutural e funcional da mucosa
intestinal
- Diminui a oermeabilidade da mucosa intestinal fru*drc $S.t * Fstqros srr# s,#ü**rft s hârí#lr§
fnt*sti**le § tlilisr*Ífúrs d*
endotoxinas Sâs§$üt** çr{tic**ͧ
- Previne a ocorrência de úlceras de Curling (de estresse)
H,losshkfil*
- Não aumenta a ocorrência de pneumonia aspirativa
- Diminui a ocorrência de infecção e sepse ', e&&*${x{{9Ê1**}p
- Diminui o tempo de internação ft*x,i*t&n$xawl**lr@
- Diminui a mortalidade §!*{*}*.k*
" ,}#i§{âr§*
;;t'-ti " Mà*$
, **rr*{rlt ap?#xí
- lniciar com pequenos volHmʧ,=í0-1ê'ml/hoial,,com . ü*x*at*xç*o
300m1 de dieta hidrolisada nas 24 horas e ém bUrnba dê l§:urrslô*hs
infusão e
avaliar a
padà .6.,,hôras.- ã.. ocor;êIeia de
{re*É** lln{#*à e6ss{i"r& §* ií}rt*$iÍil*tr
complicações gastrointestinals como vômitos, distensão '- SÂlY
Êrn$&e d* r*íifi"& §àd*i*,tri;ll
abdominal, evacuação e outra§ complicações.
- Deve-se le.var em consiOeràção que quando há suspeita
de baixo fluxo intestináL (Uaixá pêrfusão), a NE pode levar
u nççid§$,.iiiniestinp#Êg-óÚusÍva ej ass-im1@ve-se Nutrição enteral precoce .pos-ooeratqria: (Dan,
prescrever suporte metabólico e não nutricional úm dietas
2009)
i",ipo"a1o1.q9r, ':;.
a.::a.
,l'
;i)
;:,;:""''',:'
t i'j
Deve ser indicada quando:
Ohêr!1Ín
- em pacientes cuja via oral precoce não pode ser indicada
(grandes cirurgias de cabeça e pescoço e do IGI alto)
- trauma abdominal grave
- pacienies com desnutrição grave
- aqueles em que se presume que a alimentação oral não
ocorrerá ou.será inadeqr;ada por 7 a 10 dias no pós-
operatório.
- existe benefício de usar-se fórmula imunomoduladora
r63
í--;;:;""*"*,,,u,, i-,.,.,-*[**";;.r;;,;;;;.
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Trauma Gravg: (,P.âhn 2Qg9) :...?Iil[ QUADR0 46.4 - R0TnrR0 PÂRA Hr6rrNrZAÇÂ0 DÂ5 MÂos
::::..
. Massageat, es(ovaí e enxaguar hm as mãos e antebraços
,:".-,,. . Secar coir papel t0âlha descaúível não-reciclado, ar quente 0u
eruiÉnal
..,.'. NÃo- outip procdlmenlo aprcpriado i
. -... : . Apliiár antixêptko, deixando se{âr nâturalmenle â0 ar, l
164
Conservação e transporte: conservadas de 2 a B"C em Náuseas e vômitos (Dan)
geladeira exclusiva e transportadas
recipientes em
térmicos que tenham proteção para luz solar (tempo de Causas:
transpo(e não deve ultrapassar 2h) .:. intolerância a lactose - se for o caso, usar fórmula
isenta de lactose
coNTAMTNAÇÃO MICROBTOLOGTCA EM NE * excesso de gordura na fórmula - a gordura não
deve exceder 30% VET
Quanto maior a manipulação da fórmula, maior o risco de * infusão rápida - se sonda gástrica iniciar com 40-
contaminaçâo. A contaminação: 50 ml/h / pos pilórica 20-25 ml/h, progredir
* Prejudica e pode comprometer a evolução do paiiente .i.
criteriosamente
(, gSO mOsm)
.l E mais freqüente em ambiente hospitalar solução hiperosmolar - usar
Pode ocorrer por: falta de higiene correta dos fórmulas isotônicas, se for o caso
manipuladores, inabilidade na desinfecção dos
.|. sabor desagradável - acrescentar flavorizante
equipamentos, aditivos contaminados adicionados a dieta, * Estase gástrica t^t nC ? 50% do volume
ambiente inapropriado. AIém disso, temperatura de infundido após 2h da infusão) - U oferta em bolus
da NE, tempo e sistema de administração
transporte e usar procinético - verificar se gastroparesia
podem favorecer a contaminação. diabética
* refluxo gastroesofágico (RGE) - alimentar pós
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO DE pilórico ,
MICROORGANISMOS .'@-**u
Estase gástricflElãfr)Tborresponde a presença de 50%
+ Nutrientes ) presentes em abundancia nas fórmulas, ou mais de volume de dieta após 02 horas de inÍusão.
favorecem o crescimento ,t:r:i:::,t.:, ,,
* Atividade de ásua ("*)
? fpi[?r..g
água presente no alimento páiN reàÇóês quÍmica e 1i
#
p,onl_qilidàdà dl Causas:
.l hipotensãó
bacteria no. dea[, p;âiJi c1àscim-f nto é' > 0,8 e 4.1 ;O'@;i t sepse
I
I r§r*?*';ffi**W
.;. AnItDotrcotêráôiâ q 6l
TôJ
,
ó t",,,",*.. -9t).;.,-.
.....
"
-""8. Yve- e r*fJf#::i::t*;"$õ;;;;*;;
, I lvl
'llvl
ql EvgUUqVUe§.
jip1.i9l ?iaa1íffiYu,.],uô
sonda Veja abaixo, o fluxosramá para manejo da dianéia
",,fl1;:FàHrr1l'!jllt^ ^Í"Yd,$|.
ir,r,r.,,í:1;,["Y;;1,.i{ií]qiYárreitryeu::]Í PI?qIftq,P
enlPmente. proposto por Dan (2009):
ii:
!,,, :1,1L
lil,fffi li r.
",.i)il.,t,i'íÍlí;:=:,i,.t
166
1, fá{r}É{s{ qrrô*.t}d*Seí adq*edar de lluidm paG hidrateçào * reporiç§ü ds sl*tr*liiss
t
t. disla tú& {iht'l rotçr*l i: *16.:r plra inlü&iô {ôntii}uô {- íê.turir â làxã d* irlusào
I
I
!" §edurir *r p«r:iar d« lqt{dog:a,§tqt{ô{itot
I
I
t
Pirt*S?nsâ ent*íi(ô5 *u rnÍl+r*qiio r:u proce*ro de dotnq*
Í /r \ iláô
s,*
IrêtnmttÍtô d{ fi9íç1ô M*di{ádl*')l(}
ffifffi I
i ll 11;ffill',l:.'!Í':
üiilirqià p*ÍÍlrt*
lnÍr{r.lúzir mfdi{{{ào,}áí8 ü §}*liiidêdr
*a"-
1,. w$,t$p1+,f,* dlxlt*ia 1 , ,
n*o rmlhorou a diarreia
aunmür o volump da N[ mudar swa diet{ rci;í'
qrê6alivaÍt'rênte elemeri& bu elernentar ,],
r*-_*1 I
rÉ6 m{lhsrüt
fislhor*u di'rrfi'l $rírcnd*r l{§
àufil*ntÀí Nt prercrqvar tlPI
As
167
MECÂNICAS ) relacionadas com a sonda e variam corn o - Krause
tipo e a posição.
- pacientes críticos têm redução da incidência de
broncoaspiração quando mantém-se a cabeceira elevada,
aspiração contínua da região sub-glótica e faz-se
Obstrução da sonda: descontaminação oral. Não se utiliza mais corante azul
.t lavagem incorreta à 30ml de água após dieta e para detecção de broncoaspiraçao.
medicação - Projeto Diretrizes - em pacientes de risco usar dieta
* Dan ) impactação de drogas ) desobstruir com contínua, reduzir o uso de narcóticos e preferencialmente
vitamina C / água morna / enzimas pancreáticas / usar sonda jejunal.
bebidas carbonatadas / bicarbonato de sódio /
papaína PSICOLÓGICAS
.l Chemin ) no caso de obstrução da sonda a
mesma deve ser desobstruída com água n monotonia alimentar
t dobramento e nó na sonda ) retirar e reintroduzir .i. auto imagem prejudicada
* depressão e ansiedade
Saída ou migração acidental da sonda: * falta de estímulo ao paladar
- causas relacionadas à TNE:
.i. t insociabilidade
alteração da peristalse â auscultar 3>r/dia e * inatividade
.:.
avaliar aspirado * desconforto pela presença da sonda
paciente hiperativo ) Rx abdome
Controle laboratorial: hemograma completo, glicose,
Erosões nasais, necrose e abcesso septonasal: uréia, creatinina, sódio, potássio, íósforo, cloro e
* sonda de grosso calibre ) usar sondas até 12Fr magnésio(semanal). PTNs totais e frações, TAP,
.:. sonda pouco flexível ) usar sondas de TGO, TGP, fosfatase alcalina, gamaGT, bilirrubina,
PTT,
polrurietano ou silicone e lubriÍ'icar nariÀas, usar lipidograma, uréia urinárial24h e avaliação antropométrica
fitas apropriadas para fixar a sonda (quinzenal)
RESPIRATORIAS "'r : '=' il.=, t ',] , â,fílíriiâl *4 tE'uru Faza rcq***w;t* í?ürJ*§]j$&í
ãr:â1
, trBri**â Fá"W*ffi*ns s,,§r## ft& *44xw,;M*d*.
A pneumonia aspirativa é a complicação mais qrave da ür.ürqát*íqü# Ê,ç,ij rxnp*r&** r**lrxw:a}
TNE, sua incidência varia de 21 a 95% " F&rip#,3 d* tli&t§#&rtí!*á *fr4NÍiê{4g,LW*, r**i* Ê ü1r,1"(.|fifái*i**
$ ÊP{if$ii$?. §§1 1*39 P*nlirrâi
* fia&}lrlps g»Nn tihdí*fi§* tl* ír# 81bsr!í,{ê*, *É.\ tâs* {Íxl
Causas:
.i. oferta exagerada de dieta
â*rlpi;iü.âe í*Ís,*,!ifiáf s rr,ialir*#fdr
Prevencão:
- Chemin - deve-se manter o paciente em decúbito elevado
durante e por 01 hora após a administração da dieta.
168
Quadrç Sü.â * E*l*çáo de pecluntes CIuadro 56.S - Sondas, eqúiFo.s e utpnsilloe
crÉdldEto.E à terepia Indldos psr€ uso€m nuhiçâo
n ulrÍcional enlsrel domiei lle r enteral doe'nlcÍliar (HED)
tn$§sráÕ $a ürâ$ Êü@*§ ne$ô$&A s dinacÚ,rrdridoflâl §erdar
. Senpro qr,n a vta ord rÉÇ EhEr§sr, $Sí106- B0:[ úaÉ
,lsh r gsíxbe nw{{dgak grntmt*d*mer0*, dú nllÕ E&sê,
,êen€ndâçôs6 üd&blFo1üicas ms3rno fipós a@çôes
lls$lrch dE s§coílü fl pütfttsro
úbl#ices
. . Sordas Êín Eáofiúü, qn locd de lád yis&&ldg e do uso
Mâ Fêrdürôl iÍÍgorffidE (I I 1ff* do peao tubi&d nrnr
ps&dü d6 6 meÊÉú cpnfor*ef, Mtitr*do s údrptà@ kÍÍtu. tn*Sedu *a a
E { tã0
iÍxÍÊede l*ó$sô Cgípqd
UEP kr k§lrtuida pc* wnp«todor e 3 rrmse
' Tre$ §âsíthüBâÍiÍd luncionanB, ç&psE dÉ dhsú ÊlimÉahe"
. Tree de râSa: ssÍrEÍÉ qxl a qqrh€
&{orBr 0 {&B{abÕ*}ff nuFlgnhs. io$l 0u SBreíshrsnl& íiloâ, natasgárh
. Agrçentar cerdçOes dÍnbmelshdlieaÉ quB po#saín §.eí
lrôidf, &§l eahÊdrÊrfldss erih*thfÍr$fit§
§
Todos os pacientes devem ser orientados de
maneira minuciosa quanto a terapia nutricional e,
A seleção da vra de acesso para nutrição enteral domiciliar eventualmente, pode-se hospitalizar o paciente com
deve seguir os critérios do quadro abaixo: objetivo de fornecer treinamento mais intensivo. O período
de adaptação do doente corresponde aos primeiros 14
dias de nutrição enteral dominciliar,
§s*s{rfisl§ , '.,,,t€IWl,lTIç*ü
r*,rffirt'
:
brdBe.e$fu(
lryeià{. §§}hl6r flçâ:fi*ã} , §üü *ɧ§8sdàd*S nár§síe râ * &1í fieeúdd# rffirnk ( B,X{ryfioqsÉül&dÊf q,*§§fàfu
erdÉí$a @rffeifreo
àElh#) ã 1âoü *d&ü§, issàficsl lf$ha«r" mx r& rrr+rdt,n {a l§} ô{r P§ta, t< l$i
pddJ tno c&w)
{ir&r&í&ir&í*d
> 3.§ )r8dtrtre, máà Âàs noímsIr{{J {< 3J) Plgü, {. 3,S
^§rrtátg{l§[}
lü e$tc.a tg$t) l |{ {hô{§!{
* l? {í{SI§lâs} ÀMx.§l fisúfiiàoôürr&e, ft(rtfi r
e!$Md&tr§r§rdü ú, #r
rue,*
tâ' tx'x&h*; *rÚ. i*t* **Um exgo*-
Num estudo feito em São Paulo, foi revelado que PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA TERAPIA
todas as internações sem intervenção de TN resultaram NUTRTCTONAL - ATUAÇÃO DO NUTRTCTONISTA
num leito para 450,4 habitantes, enquanto com o uso da (Chemin)
TN passaria a haver 01 leito para cada 514,6 habitantes,
ocorreria uma taxa maior de ocupação hospitalar e menor O profissional nutricionista pode atuar de manetra
tempo de internação com o uso de TN. direta ou indireta. Os profissionais de ação direta seriam
169
aqueles que assistem a unidade de internação e os distribuição adequados bromatológica e
pacientes ambulatoriais. Já os de ação indireta, os microbiologicamente;
nutricionistas responsáveis pela área de produção de {. Participar das atividades didáticas e científlcas da
dietas enterais das cozinhas hospitalares e aqueles equipe, visando estabelecer um determinado padrão de
atuantes nas indústrias de alimentos, responsáveis pela qualidade na terapia nutricional;
assessoria técnica na formulação e distribuição dos .! Realizar o treinamento e reciclagem do pessoal
produtos enterats industrializados. técnico e operativo envolvido na terapia nutricional;
* Participar de todas as atividades administrativas
Determinou-se ser de competência do nutricionista pertinentes à equipe de terapia nutricional;
como membro de uma equipe de terapia nutricional:
.:. * Criar mecanismos de auto-avaliação da performance
Realizar a avaliação do estado nutricional inicial e da equipe de terapia nutricional visando ao seu auto-
periódica, envolvendo a abordagem clínica subjetiva, gerenciamento. Para tal, devem ser estabelecidos metas e
coleta de medidas mensuráveis (antropométricas, inquérito objetivos mensuráveis, avalia-los periódica e regularmente,
alimentar, exames laboratoriais, indicadores clínicos e a garantindo a busca e a manutenÇão do mais alto nível de
realizaçáo da avaliação corporal ); qualidade de seus processos, procedimentos e de seus
.:. Determinar as necessidades nutricionais elementos.
.t Participar da seleção do paciente candidato a suporte
nutricional, considerando a interpretação de dados Além disso, o nutricionista com membro de uma
procedentes da avaliação nutricional; equipe de terapia nutricional tem obrigações legais no que
i Opinar na indicação quanto ao suporte e via de concerne ao aspecto ético. Sob este enfoque, o
acesso, nutricionista deve:
* Orientar o paciente e/ou familiares sobre a terapia * Quanto ao paciente em terapia nuiricional:
nutricional a ser utilizada, seja esta dur:anle atinternação, :a .: o lnterromper o tratamento quando os riscos superam
no momento da alta hospitalar ou ambúlatorial e domiciliar; os benefícios:
* Formular a prescrição dietética, de acordo com as ''.: o Prover aos pacientes, sem discriminação, todos os
necessidades nutricionais do páciente, adaptando-a à via recursos tecnolÓgicos êm suporte nutricional
de acesso,de possÍvel utilização,,em consonância com a necessários ao tratamento nutricional e disponíveis
avaliação da equipe multiprófissional;; i': na instituição;
* Selecionar e/ou elabor:ar a formulação a ser utilizada n Quanto ao paciente sem possibilidades terapêuticas:
no suporte nutricional e aôequá-las'.às bondiçÕes clÍnicas o Prover, no minimo, os cuidados nutricionais básicos;
do paciente; ,. : il o Continuar o tratamento nutricional, uma vez iniciado;
* Participài da supehiisão 'h_a admÍnísiiáção das o Evitar que a terapià nutricional sqa a causa mortis;
oProver tratamento nutricionai simbolicamente
* AVáliar a tolerância das soluções'nutritivas e a eficácia significativo;
do suporte nutricional, realizando ãs modiflcações sempre * Quanto ao desenvolvimento de pesquisa:
.lr o Submeter protocolos de pesquisa à aprovação
Realizar evolúção dietotêiápicà,, êstabelecer o prêvia pelos comitês de bioetica do hospitai. Me§:úô
dia§nóstiôo nutricionaf , deterúinar ôs critérios de âprovados, o paciente.deve estai ciente:de tôdos os
.! detalhes do mesmo e consentir, por escrito, sua
Participar da especificação dó.material, equipamento e participação;
matérla-prima a' serem émpregados Ào preparo, * Quanto ao aspecto do custo:
armazenamento, distribuição e administração das soluções o Estar consciente paru não tomar decisões
unilaterais quanto à prover, negar ou retirar terapia
* Supervisionar o preparo das dietas enteiais, em local nutricional com o argumento de limitar custo ou
especÍfico, assegurando a manipulaÇão, armazenamento e racronar recursos.
170
NUTRIENTES IMUNOMODULADORES E SUAS Prof. Cristina Fajardo Diestel
APLICAÇÔES cristinadiestel @nutmed.com. br
As recomendaÇões diárias diferem das usuais, de A deficiência de piridoxina, ácido pantotênico, ácido
forma que os objetivos nutricionais e farmacológicos sejam glutâmico bem como as demais vitaminas do complexo B
atingidos. As pesquisas põem em evidência alguns acarreta na supressão da formação de anticorpos. Há
nutrientes, como: (Chemin) concordância que a d-e§!gl1-igê.9-glq-Y.9. resulta em prejuízos
tanto nas respostas imunológicas mediadas pelas células
t Proteínas: arginina, glutamina, aminoácidos como nas humorais.
ramificados e ácidos nucléicos,
r'. LipÍdeos: gorduras da série ômega-3 e 6, Eíeilos da desnutriçáo §obre a
triacilgliceróis de cadeia curta; íunçto irnunologica
t Vitaminas A, C, E e os el-elnÊ-üos:U?9. zlnÇo e
selênio. ,,
Án*oadr rrdd@
Apesar disso, os
nutrientes terapêutjcos máis T!,sô
comumente utilizados sãa os ácldô§ gráios ômega 3, B"p
(EPA, DHA), ântioxidantes, glúiamina, arginina e L,lnfumdor
nucleotídeosrtíDâd;'â009) :'.
tôsM & llrdósIús clísJlÊrNsi
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Furçdo egor*ica
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S,$rrlisluia dss tprií _
dó TGI - l-unçoes:
' - manter o conteúdo de DNA e de proteínas intermediário proeminente na síntese de
poliaminas (crescimento e proliferação celular)
quimioterapia e após a sepse e a endotoxemia. - participa na sÍntese de prolina (consolidação de
,' - aümenta -a síntese de glutationa, o principal
- é o único subslrato biossintético para a produção
' -êxpressão induzida;,de proteínas de choque de óxido nítrico
termico (HSP) que são envolvidas ria,"proteiôa celular -é um modulador potente da função imune
durante diversos é§tresses celúlareá:,,. ' ,l (efeitos sobre a proliferação e diferenclaçãô dosiinfócitos;
, ..; r"dy, a qfavidade.da.,estomatite ern pecíentes ;
- aumenta a liberação de,hormônios prolactina,
insulina e hormônio do crescimento, ínsulinê::giovúh fator .l
(lGF-1). AIém de glucagon, segundo a Cuppaii ZOt +.
Na prática, a suplementação deste aa', está indicada: - favorece ô bâlanço nitrogenado em pacientes
(Chemin e Cuppari, 2014) t "', com câncêr gastrointestinal ê aumenta o número de
* Jejum digestivo - Suplementa$o via parenteral; linfócitos T-CD4 (Cupp ari, 201 4\
.! Doenças inflamatórias intestinais ó fases adáptativas
pós-resecções maciças; :.:.ttt -=. - a demanda aumentada da arginina em pacientes graves
* Hipercatabolismo: Câncer, choque, sepse, ocorre por suprarregulação da arginase produzindo uréia e
queimaduras severas; ornitina e pelo óxido nítrico induzida (iNOS) produzindo
.l Transplantes, em especial, no de medula óssea, óxido nítrico e citrulina. (a suprarregulação da arginase
reduz potencialmente os níveis de ON) (Dan, 2009 e
O uso da glutamina parenteral tem se mostrado eficaz Cuppari,2014)
na redução da translocação bacteriana como no aumento - o conceito teórico de que a arginina pode constituir um
dos niveis de lg A. Entretanto, resultados são risco paru pacientes em estado crítlco se baseia
contraditórios em relação a melhora da sua absorção principalmente na percepÇão de que pacientes em estado
intestinal e alertam parc a hepatotoxicidade deise crítico e encontram freqüentemente hemodinamicamente
aminoácido. (Chemin) instáveis, com a atividade da enzima iNOS suprarregulada.
- em conseqüência disso vai haver um aumento do óxido
Alguns cuidados devem ser tomados para não inativar nítrico à administração de arginina suplementar em
a glutamina: (Chemin) estados metabólicos de suprarregulação de |NOS. Esse
* Administrar como medicamento; aumento do ON pode induzir então vasodilatação e
* 109 em 3 vezes; hipotensão, ocasionando uma instabilidade hemodinâmica
* Diluir em 30 ml de água ou em fluido isotônico; ainda maior. lsso ainda é controverso. (Dan, 200g)
.:. Misturar, apenas, em alimentos que não sofreram - uso de 15-309 de arginina ao dia é segura e com poucos
cocção; efeitos colaterais Gl. (>30g ao dia pode causar diarréia)
{. Não usar em alimentos ou bebidas quentes; (Dan,2009)
* Nas fórmulas enterais que já possuírem, - é muito complicado determinar o nível apropriado e
suplementar apenas se não tiver atingido o seguro em pacientes críticos e hipermetabólicos, como
recomendado; colocado acima. (Dan, 2009)
t72
- A arginina parece ser segura e potencialmente benéÍica * Enzima Oxido nítrico sintetase: A suplementação em
nas doses administradas em formulaçÕes doses Íavoráveis (4 a 6% do VET) permite sua ação
imunomoduladoras a muitas populações de UTI como antibacteriano e melhorando a microcirculação.
hemodinamicamente estáveis e capazes de tolerar
alimentação enteral, lsto incluiria pacientes clínicos e * Estimula o sÍntese orotéica: Favorece a síntese de
cirúrgicos, pacientes submetrdos a grandes cirurgias, proteínas de fase aguda e de enzimas para melhor
pacientes pós-inÍarto do miocárdlo e aqueles apresentando defesa do organismo e resposta imunológica,
hipertensão pulmonar. (Dan, 2009) .:. Estímulo hormonal: Por estimular a secreção de
insulina parece melhorar o controle glicêmico,
Segundo a Chemin, apesar dos possÍveis problemas reduzindo as taxas de complicações.
com a suplementação de arginina em paciente críticos, a
grande preocupação deve ser com a dose utilizada e deve- Doses recomendadas: (Chemin)
se ter em consideração que a situação de deficiência em *
300 a 500m9/kg/dia ou;
arginina desencadeia a resposta inflamatória e imunológica *
Acima de 4 a 6'/o do VET ou;
perniciosa ao organismo aumentando o risco de .!
-Acima
de 10 a 12ol-dia tolerando até 30 a 609/dia;
complicações infecciosas. ATENÇAO: Cautela em pacientes com insuÍiciência renal e
hepática.
Benefícios da suplementaÇão ,da arqinina na sepse:
(Chemin)
Veja no quadro abaixo do Dan (2009) as
* Enzima Arqinase: Estimulada pela suplementação de vantagens e desvantagens do uso da arginina,
arginina disponibilizando substrato para o crescimento
e diferenciação celular. Como resultadq,.êstlmulâ â
cicatrização e d m i nu i o ri s.cor de rtitroêra$l dé:B,fqssão;.
i
plaquerána
'AgÍegação
. Âderên<ia de leucocitos
. Removedor de radicas lrvres
173
.i.
GTP (guanina trifosfato) e; suplementaÇão desse nutriente em fórmulas
.:.
UTP (uracil trifosfato). (Chemin)
infantis.
Os precursores do DNA são:
* dATP (desoxirribose adenina trifosfato); Efeitos benéficos dos nucleotÍdeos DIETETICOS:
{. dCTP (desoxírribose citosina trifosfato);
* dGTP (desoxirribose guanna trifosfato); Chemin
t dTTP (desoxirribose timina trifosfato). * lnfluencia a resposta lmune e o reparo intestinal após
lesão, diarréia crônica e radiação;
Os nucleotÍdeos além de servirem de unidade .!. Aumento da atividade de células natural killer e
estrutural do DNA e RNA, participam de várias reações produção de lL-2 em bebês alimentados com fórmulas
metabólicas: contendo NT ou leite humano;
.i. Aumento de lgG em bebês com fórmulas infantis com
- ATP, maior substância de transferência química é uma NT;
adenina nucleotídeo,
-a
n Os NT compôem cerca de S% do total de nitrogênio
adenina também está presente em coezimas como: do LH, ajudando no desenvolvimento e maturação do
nicotinamida-adenina dinucleotídeo (NAD), flavina-adenina intestino humano e sistema imune;
drnucleotídeo (FAD) e coenzima-A (CoA) - essas * Aumentam o crescimento das bifidobactérias no
coenzimas são importantes na síntese de carboidratos. intestino;
proteÍnas e lipÍdeos.
- mediadores fisiológicos: adenosina é um vasodilatador e Dan e Cuppari. 2014
ADP (adenosina difosfato) é crítica para agregação normal * melhoram a imunidade humoral mediada por células T
de plaquetas; auxiliares.
- intermediário ativo para inúmeras reações - parte de .:. melhoram a capacidade de dos macrófagos em matar
coenzimas envolvidas na sintese dé glicdgêalô,,:e, ৠbactérÍa§ englobadas pela produção de superóxido
glicoproteÍnas; ,tt aumento da espessura e do conteúáo de proteínas no
intestino
- combatente celulai - dispáranào sinal intracelular de * transdução de sinais a nível do sistema de sinalização
transdução em cascata incluindo , uia Oo Àfr4p purinérgico regulando a hemodinâmica em diveróos
cálcio-inositol; , 1: :,, "i"fi*-à
. leitos teciduais.
., - ,ri,,;r'
* Atua na recuperação de hepatócitos em pacientes
Os nucleotídeos são sintetizados com esteatose hepática ou decorrentes de outros
endogenamente, podem se tornar esienciais luãnOo-À comprometimentos hepáticos (Cuppari, 20i4)
suprimento endógeno nâo é suficjente, porém a ausência
na dieta não leva a uma sÍndrome de deficiência A maioria das fórmulas enterais e parenterais são
específica. Sâo classificados em condicionalmente desprovidas de NT. Alguns estudos utilizando fórmulas
essenciais, portanto podem tornar-se essenciais ern acrescidas de NT demonstraram: melhora da resposta
certos estáglos de doenças, períodos de ingestão limitada imune e úlcera de pressão e diminuição da permanência
dê nutrien'tês ou rápidó crescimento,e,a* pres"nça àá hospitalar. Um estudo experimental tambem concluiu que a
falorês de: desenvolvimento ou'r rêgulatório que interfiram suplementação dietética com RNA ou uracil mostra o
na capacidade de sÍntese endógenã. aumento da resistência e que sua adição a dieta pode ter
aplicação terapêutica em pacientes no desenvolvimento de
ABSORÇÃO E METABOLTSMO complicações infecciosas seguidas de adaptação a dieta
Existem duas vias de biossintese oarâ o metabolismo enteral ou parenteral que são livres de ruf. 1ôtremin;
dos nucléotídeos: de novo e a via de recuprrurro.
- A. srnÍese de qov_.o,i;.,Utifizq pequenos pieculiores,para
a Os NT tem sido incorporados em fórmulas com 2
síntese de nucleotídeos; é um pócesso de alto custo outros substratos imunopotente (óleo de peixe e arginina).
metabólico. .Nas comparaçôes da melhora dos efeitos imunológicos, o
- Via de recuperaçáo- Utiliza bases frA+ormaOàs de purina ólêo de peixe e RNA dietetico parecem ser equivalentes na
e pirimidina enucleosídeos pa,rà formação de manutenção da resposta proliferativa. No entanto quando
nucleotídeos: os nucleotídeos dieteticôs contribuôm para Combinados com arginina parecem ser aditivos benéficos
esta via; para o sistema imune. (Chemin)
O leite humano (LH) e a única fonte de NT para os Os lipídeos foram citados por muito tempo apenas
neonatos durantes os primeiros meses de vida, estima_se como fornecedores de energia, e os ácidos graxos
que o LH forneça 1/3 do requerimento de NT do neonato. essenciais deveriam representar no mínimo de 3 a 4% do
Já o leite de vaca possui um perfil de NT diferente do LH e VET. (Chemin)
específico para cada espécie. Diante da impossibilidade de
alguns neonatos receberem o LH, a União européia Recentemente, pesquisas têm demonstrado que as
reconhece os NT como componentes semi-essenciais em gorduras dietéticas têm participação ativa na resposta
fórmulas iniciais e específicas e estabeleceu normas para imunológica por serem precursores das prostaglandinas. O
ácido graxo ômega-6 é precursor do ácido araquidônico,
174
que por sua vez é metabolizado pela via da ciclooxigenase Os ácidos ômega 3 de 18 carbonos são alongados
produzindo prostaglandinas do tipo E2 com ação aos ácidos graxos ômega 3 de 20 e 22 carbonos, ácido
imunossupressora e que causam agregação plaquetária e eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico
vasoconstrição. Já as citoquinas produzidas pelo ácido (DHA), respectivamente que tem efeitos diretos sobre a
graxo ômega-3 são da série E3 e 13, imunoestimuladoras. fluidez, estrutura e a função das membranas celulares. O
A presenÇa do ômega-3 pode modular a resposta ser humano adulto converte apenas 8-13% dos AG Ômega
imunológica. (Chemin) 3 de 18 carbonos ao EPA de 20 carbonos.
Fontes alimentares de Ômega-3 e Ômega-6 (Chemin) Um aumento na disponibilidade do EPA age como um
A composição de AG da membrana celular e afetada inibidor competitivo, impedindo que o ácido araquidÔnico
pela composição da dieta, portanto a quantidade de or - 3 e entre na cascata e produza produtos finais pró-
o -6 ingerida modula suas quantidades na parece celular. inflamatórios,
O óleo de peixe apresenta 22 a 35o/o de seu lipídeos
na forma de or - 3, o de canola 10% e o de soja 8%, Como Alterando-se a proporção de lipídios de ômega 6 para
fontes de r.rr -6: óleo de açafrão, o de soja (54%), milho ômega 3 na dieta pode-se otimizar a provisão destes
(61%) e girassol (69%). produtos pró-inÍlamatórios para a resposta imune e de
Os peixes também são fonte de ,, - 3, incluindo os consolidação necessária e atenuar-se ao mesmo tempo o
peixes equatoriais de água doce e salgada. estado inflamatório.
178
Proí, Cristina Fajardo Diestel
RDC n.o 63 de 06 de julho de 2000 cristinadiestel@nutmed.com,br
infra-estrutura física, qquipamentos e procedimepl{os:': . ; : cohvencional, mas que possuam função do trato
operacionais que atendam às recomendações das BPPNE intestinal parcial ou totalmente íntegra.
e Boas Práticas ê ,,fldíninistrâção dg Nüti!eã0.. Entêral'
(BPANE). E,dd rêspdiía'àblfldgde da Admiôiitiação da uFl' Prescrição:
e EPBS p..l,",y l,e pro,,,y,,! §,,,{êju1po1.l1manos e materiais
necessário§,àôpêiàCjôrylitêção,daÍf.rlEr,', - O médico é responsável pela prescrição médica da
TNE.
ns,lJ.ltl11,p,,,1np4S''., .
dúeirarn hâUltiiái.êe'.árlprática oa - O nutricionista é responsável pela prescrição
dietética da NE ) deve contemplar o tipo e a quantidade
'.;:,:+ ') | "'"'..'.
dos nutrientes requeridos pelo paciente, considerando seu
- Sala de úanipulaçao que atenda às recomenàações das estado mórbido, estado nutricional e necessidades
Boa§...|til!#iá,tj.cás í3e, PrêparaÇãô de Nutriçáo Enteral nutricionais e condições do trato digestivo.
(BPPNE), sempre que se:optar pela utilização de NE em - A TNE deve atender a objetivos de curto e longo prazos.
sístema aberto. Curto prazo a interrupção ou redução da
- Equipe'Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMIN) - progressão das doenças, a
cicalrização das íeridas, a
grupo formal e obrigatàriamente constituído de, pelo passagem para nutrição normal e a melhora do estado de
meno§, um profissional de Cáda cátegoria, com desnutrição.
treinãmF*t*;7;igÉ;Éêcifico,,, para esJa atjvidade, â paber: Longo prazo a manutenção do estado nutricional
medico, nutijCionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo normal e a reabilitação do paciente em termos de
ainda inôtúitiii$ sÉior,raiá:l de;, {iÍ} têgor,issialeritério recuperação física e social.
das UH e oú,EFqS ' Em casos excepcionais a TNE pode substituir
- A UH, que iíáô;nfss-u!,,as con_{.iç-qqs, pt i;tus,np;iiÍern iliriii,r:r. a oràl'
anterior, pode contratar os sgrviços
terceiros, de ,:-tnil'"::"te 'nutiiÇão
devidamente licenciados; ÊâiiAlá1o,pj7 {ci0n'ál[zaçâo totãlioü r ri:jt,íii.,;
parcial da TNE, devendo
escrito.
nêste§ g,o§;fOrmalizár:rur i:,'1,rt,,r',;,
l
;'r,
lÍnÍoi ,,_,
e responsável pela supervisão da
contrato por ,:;,,,:, 1
,',11':1.,1
r.nutriCiôniSiã
- Os profissionais participantes da equipe
não preparação da NE.
multiprofissional, que queiram atuar na prática de TNE, - A preparação da NE envolve a avaliação da prescrição
devem fazê-lo de acordo com as diretrizes traçadas pela dietética, a manipulação, o controle de qualidade, a
EMTN. conservação e o transporte da NE e exige a
- A EPBS que somente exerce atividades de preparaçào responsabilidade e a supervisão drreta do nutricionista,
da NE, está dispensada de contar com a EMTN, porém devendo ser realizada, obrigatoriamente, na UH ou EPBS,
deve contar com uma UND sob a responsabilidade de um de acordo com as recomendações das BPPNE,
nutricionista. - Os insumos e recipientes adquiridos industrialmente para
o preparo da NE, devem ser registrados nos órgãos
coND|Ç_ÕES ESPECíFTCAS DA PRATICA DA competentes, quando obrigatório, e acompanhados do
NUTRIÇAO ENTERAL Certificado de Análise emitido pelo fabricante, garantindo a
sua pureza físico-química e microbiológica, bem como o
A TNE deve abranger obrigatoriamente as seguintes atendimento às especiÍicações estabelecidas.
etapas: - A NE preparada na sala de manipulação da UH e ou
EPBS deve atender às exigências das BPPNE.
1. lndicação e prescrição médica - A avaliação da prescrição dietética da NE quanto à sua
2. Prescrição dietética adequação, concentração e compatibilidade físico-química
3. Preparação, conservação e armazenamento de seus componentes e dosagem de administração, deve
4. Transporte ser realizada pelo nutricionista antes do início da
5. Administração manipulação, compartilhada com o farmacêutico quando
6. Controle clÍnico laboratorial se fizer necessário.
179
- Qualquer alteração na prescrição dietética deve ser bioquímlcas, hematológicas e hemodinâmicas, assim como
discutida com o nutricionista responsável por esta, que se modificações em órgãos, sistemas e suas funções.
reportará ao médico sempre que envolver a prescrição - Qualquer alteração encontrada nas funções dos
médica. principais órgãos e as conseqüentes alterações na
- Qualquer alteração na prescrição dietética deve ser formulação ou via de administração da NE devem constar
registrada e comunicada à EMTN. na história clínica do paciente.
- o enfeffidiio.,.é;io iq.sp,gh$êÍêli,pÉta çpͧ,érua$o após o - ltem N não cumprido após a inspeção passa a ser tratado
rece b i me nto id á,ry E iêr pêlÊlstrâ] aHB! nisfêçqd,i. i i,:: automaticamente cômo I na inspeção subsequente.
- A administraÇão da.Nã:dêvê sêr..êxêqútâdâ de,r.forma a - ltem R não cumprido após a inspeção passa a ser tratado
garantir ao paciê'nte:ume rápià..§'êgúiá.,e::0üe perfnital á automaticamente como N na inspeção subsequente, mas
máxima eficácia, em: [,ê]3§âo r.,,gP§.,; ,-Ê"Uslgsi ütilii?nqq nunca passa a l.
materiais e técnicas padióni2âdâ§;:::;qê:;âCQido com as -1,,.1,§ão passíveis de sançôes, aplicadas pelo órgão de
:::"Vi§ilâhéia.r:,l§àhitáfia competente, as infrações que
- A NE é inviolável até o final de sua administraçãô, não ::.6stivâm dr não cumprimento dos itens qualificados
podendo ser transferida para outro tipo de recipiente. A como I e N nos Roteiros de lnspeção
necessidade excepcional de sua transferência
para - O não cumprimento de um item l, dos Roteiros de
viabilizar a administração só pode ser feita após aprovação lnspeção, acarreta a suspensão imediata da atividade
formal da EMTN. afetada até o seu cumprimento integral.
- A via de administração da NE deve ser estabelecida pelo - Verificado o não cumprimento de itens N, dos Roteiros de
médico ou enfermeiro, por meio de técnica padronizada e lnspeção, deve ser estabelecido um pêzo paa
conforme protocolo previamente estabelecido. adequação, de acordo com a complexidade das ações
- A utilização da sonda de administração da NE não e corretivas que se fizerem necessárias.
exclusiva, podendo ser empregada para medicamentos e - Verificado o não cumprimento de itens R, dos Roteiros
outras soluções quando necessário. de lnspeção, o estabelecimento deve ser orientado com
vistas à sua adequação.
Controle Clínico e Laboratorial:
Anexo I - ATRIBUIçOES DA EQUIPE
- O paciente submetido à TNE deve ser controlado quanto MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL
à eficácia do tratamento, efeitos adversos e alterações (EMTN)PARA A PRÁTICA DA TNE
clínicas que possam indicar modificações da TNE.
- O controle do paciente em TNE deve ser realizado - Para a realização de TNE é condição formal e obrigatória
periodicamente e contemplar: ingressos de nutrientes, a constituiçáo de uma equipe multiprofissional.
tratamentos farmacológicos concomitantes, sinais de - Deve ser constituída por pelo menos 01 profissional,
intolerância à NE, alterações antropométricas, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro,
180
farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de - Promover e incentivar programas de educação
outras categorias a critério das UH e ou EPBS. continuada, para os profissionais envolvidos na TNE,
- A EMTN deve ter um coordenador técnico-administrativo devidamente registrados,
e um coordenador clínico, ambos membros integrantes da - Padronizar indicadores da qualidade para TNE para
equipe e escolhidos pelos seus componentes. aplicação pela EMTN.
- O coordenador técnico-administrativo deve, - Gerenciar os aspectos técnicos e administrativos das
preferencialmente, possuir título de especialista atividades de TNE.
reconhecido em área relacionada com a TN. - Analisar o custo eo benefício da TNE no âmbito
- O coordenador clínico deve ser médico, atuar em TN hospitalar, ambulatorial e domiciliar.
e, preferencialmente, preencher um dos seguintes critérios:
ser especialista, em curso de pelo menos 360 horas, em AtribuiÇões do Coordenador ClÍnico
área relacionada com a TN, com título reconhecido,
possuir título de mestrado, doutorado ou livre docência em - Coordenar os protocolos de avaliação nutricional,
área relacionada com a TN, indicação, prescrição e acompanhamento da TNE.
- O coordenador clínico pode ocupar, concomitantemente, - Zelar pelo cumprimenio das diretrizes de qualidade
a coordenação técnico-administrativa, desde que estabelecidas nas BPPNE e BPANE.
consensuado pela equipe. - Assegurar a atualizaçáo dos conhecimentos técnicos e
- E recomendável que os membros da EMTN possuam científicos relacionados com a TNE e a sua aplicaçáo.
tÍtulo de especialista em área relacionada com a TN. - Garantir que a qualidade dos procedimentos de TNE,
prevaleçam sobre quaisquer outros aspectos.
ATRIBUIçÕES GERAIS DA EMTN ,,,,i.:.::.::,.:::: ...:;;:ii!, i
Atribuicões Prlnçipais do Médico à indicar, prescrever e
@UmàiioosàTNE.
- Estabelecer as. diretrizes tecnico-administrativas que ' :- )
AtribuiçÕês Priàcioàis do Nutricionista
devem nortear a! atividades da equipe e suas relações realizar a avaliação nutricional do paciente com
comainstituiçáo, .' . base em protocolo pré-estabelecido
,
- Criar meim.fiifto§,nà.r,.ã)o de,ç.e.nvqJvifltenlp des etapas de - realizar todas a operações inerentes à
triaseriilLLe íiiilâns.iá,,nüiliêiôÀát àm iesime hoSpitatar, prescrição dietética, composição e preparação da NE,
ambulatoria[:ê,,domicilÍá,ir' sistemaileânpg',y,ma metodologia atendendo às recomendações das BPPNE,
capaz de identificar páCientes (Úe necessitam de TN, a - acompanhar a evolução nutricional do paciente;
serem encaminhados aos cuidados da EMTN. - garantir o registro de todas as informações
'Àlãnfliá ricitaçoài:'de avaliação do estado nutricional relacionadas à evolução nutricional do paciente.
- orientar o paciente, a família ou o responsável
do paciente, indicando, acompanhando e modificando a
TN,; quândo.iinêce$$ário, êm comu.m acordô com o médico legal, quanto à preparação e à utilização da NE prescrita
rospo §áüql , pelo paciente, atá que, :5qj, atingido os para o período após a alta hospitalar.
crÍtéiiq,s de,reabilitaçâo hutricional pre-e§labelecidos. - selecionar, adquirir, atmazenar e distribuir,
- Asgq$u,f-âi condiçles ade(üadas de lndicaçã0, criteriosamente, os insumos necessários ao preparo da
presc6içãq;.: f.leparaç§o;:.,çoÍ,1§,ervaÇão,,,,.trg1sporte e NE, bem como a NE industrializada.
ad mil,rtisf 1.,4§êo, Ê9, qlrole . ei i n lco e labo râtôria!*,,ava ação Ii - qualificar fornecedores e assegurar que a
i;nu| §s:$É,r vis,ân§p o§tet-.: ps bgnefícios'máxifiqs do entrega dos insumos e NE industrializada seja
acompanhada do certificado de análise emitido pelo
- rô,§7.lprofissionais envolvldos, direta,,r,: ou
Capacitár--,i ,i fabricante.
indiretamente, com a aplicação do procedimento, por meio - assegurar que os rótulos da NE apresentem, de
de programas dá ,,êiJücação continuada, deü!daménté maneira clara e precisa, todos os dizeres exigidos
- assegurar a correta amostragem da NE
- Estabelecer protocoló§' dg .âVafjaçãô.,, nutrlcional, paru análise microbiológica, segundo
pt1êpãrÊda as
indicação, prescrição e acompanhameritô dâ TNEt BPPNE,, ,, '"
- Documentar todos os resultados do controle e da : - participar de estudos para o desenvolvimento de
avaliação da TNE visando a garantia de sua qualidade. novas formulaçoes de NE.
- Estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por - participar, promover e registrar as atlvidades de
um dos membros da EMTN, para verificar o cuprimento e o treinamento operacional e de educação continuada,
Registro dos controles e avaliação da TNE. garantindo a atualização de seus colaboradores, bem
- Analisar o custo e o benefício no processo de decisão como para todos os profissionais envolvidos na preparação
que envolve a indicação, a manutenÇão ou a suspensão da da NE.
TNE. - Íazer o registro, que pode ser informatizado,
- Desenvolver, rever e alualizar regularmente as diretrizes onde conste, no mínimo:
e procedimentos relativos aos pacientes e aos aspectos a) data e hora da manipulação da NE
operacionais da TNE. b) nome completo e registro do paciente
c) número sequencial da manipulação
AtribuiÇões do Coordenador Técnico-Administrativo d) número de doses manipuladas por prescrição
e) identificação (nome e registro) do médico e do
- Assegurar condições para o cumprimento das atribuições manipulador
gerais da equipe e dos proÍissionais da mesma, visando f) prazo de validade da NE,
prioritariamente a qualidade e eficácia da TNE, - desenvolver e atualizar regularmente as
- Representar a equipe em assuntos relacionados com as diretrizes e procedimentos relativos aos aspeÇtos
atividades da EMTN. operacionais da preparação da NE.
- supervisionar e promover auto-inspeção nas
rotinas operacionais da preparação da NE.
181
d)Qualquer pessoa que evidencie condição inadequada de
Atribuicões Principais do Farmacêutico ) higiene ou vestuário que possa prejudicar a qualidade da
NE deve ser afastada de sua atividade até que tal
- adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, condição seja corrigida.
a NE industrializada, quando estas atribuições, por razões - Todos os funcionários devem ser instruídos e
têcnicas e ou operacionais, não forem de responsabilidade incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
do nutricionista ; quaisquer condições relativas ao amblente, equipamento
- participar do sistema de garantia da qualidade ou pessoal que considerem prejudlciais à qualidade da NE.
referido no item 4.6. do Anexo ll, respeitadas suas
atribuições profissionais legais. Vestuário
AtribuiÇões Principais do Enfermeiro ) - Os funcionários envolvldos na preparação da NE devem
estar adequadamente paramentados
- receber a NE e assegurar a sua conservação até - A paramentacão , bem como a higiene para entrada na
a completa administração. sala de manipulação devem ser realizadas em áreas
- administrar NE, observando as recomendações especificamente designadas e seguir procedimento pré-
das Boas Práticas de Administração de NE (BPANE) estabelecido.
garantir o registro claro e preciso de informações - A paramentação utilizada na sala de manipulação deve
relacionadas à administração e à evolução do paciênte ser exclusiva e substituída a cada sessão de trabalho.
quanto ao: peso, sinais vitais, tolerância digestiva e outros - A paramentação utilizada na sala de manipulação deve
que se fizerem necessárros. compreender:
r, :
1.82
- Deve dispor de bancada com pia e equipamentos para a menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo
limpeza prévia das embalagens dos insumos antes da sua após limpeza freqüente.
entrada para a sala de manipulação, bem Çomo para sua - A limpeza e sanitização de pisos, paredes, tetos, pias e
correta inspeçáo. bancadas devem seguir as normas de lavagem,
descontaminação e desinfecção previstas em legislação
d) Vestiário; especifica em vigor.
- Sala destinada à paramentação, constituindo-se em uma - Os ambientes devem ter dimensões suficientes ao
barreira às salas de limpeza e sanitização e de desenvolvimento das operações, dispondo de todos os
manipulação de NE. equipamentos e materiais de forma organizada e racional,
- E obrigatória a provisão de recursos para a lavagem das objetivando evitar os riscos de contaminação, misturas de
mãos, possuindo torneira ou comando do tipo que componentes e garantir a seqüência das operações.
dispensa o contato das mãos quando do fechamento da - Todos os ralos de esgotos devem ser sifonados e com
água. Junto ao lavatório deve existir recipiente dispensador tampas escamoteadas.
para sabão líquido ou anti-séptico, além de recursos para - Os ambientes devem ser protegidos contra a entrada de
secagem das mãos . aves, insetos, roedores e poeira.
- A iluminação e a ventilação devem ser suficientes e
e) Sala de preparo de alimentos "in natura"; adequadas.
- A temperatura e umidade relativa devem ser adequadas
- O processamento de alimentos in natura, que
exijam para a manutenção dos insumos e precisão e
cozimento para manipulação de NE, deve ser realizado em funcionamento dos equipamentos.
ambiente específico e distinto daquele -deStinq,q,q-, à ;,,Q§.._sanitários não devem ter comunicação direta com a
manipulação de NE. salá .mâüip..ulação e armazenamento.
; §álás dê descanso e refeitório, quando existirem, devem
§er separadas das demais áreas,
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- As portas devem ser projetadas de modo a permitir que
-
;
Sala segregadaG:,de§:f'tnadâ, par? i êste.,iíím1, livrê,.'de todas as suas superíícies possam ser limpas.
trânsito de materiais e ôu pessoas estranhas ao setor. - Os tetos rebaixados devem ser selados para evitar
- A sala dete di§ptf .do ümq bancada. ,,,,' contaminação proveniente de materiais existentes no
- A sata devê possuir dqaslpa§sagens (guiÇhê.ou similar) espaço acima dos mesmos.
distintas para entrada de tnsumos limpos e saÍda de NE - Todas as tubulaçÕes devem ser embutidas nas paredes,
pronta. A entrada paia a sala devé ser feita piso ou tetos.
exotr.rsjUAmêfitê através dó..vest[á1|io, , t ','t,"' - As instalaçÕes de água potável devem ser construídas de
-tÉ ,üeOáCa â existênç!9, oe iàlo no pis.o da sala de materiais impermeáveis, para evitar infiltração e facilitar a
manipulação de NE, limpeza e inspeções periódicas.
,.:A'çêla §eve pp;tor dê águâ potávêl para
posq,g.ir ser - Os reservatórios de água potável devem ser devidamente
protegidos para evitar contaminaçÕes
irrbmêtl Íi?b,er.1,,9'.'.
o:firtras.áo
, ,i, ;; i microorganismos, insetos ou aves.
por
Localização e instalação
183
- Os equipamentos empregados para a medição de compatíveis fÍsico-quimicamente com a composição do
parâmetros que possam afetar a qualidade da NE devem seu conteúdo.
ser validados e periodicamente verificados e calibrados - Os recipientes devem ser isentos de microorganismos
- A calibração dos equipamentos só deve ser executada patogênicos de forma a garantir a qualidade da NE
por pessoal capacitado, utilizando padrões rastreáveis à preparada.
Rede Brasileira de Calibração, com procedimentos
reconhecidos oficialmente, no mínimo uma vez ao ano. Recebimento (inspeção, aprovação, reprovação):
- Em função da freqüência de uso do equipamento e dos
registros das verificações dos mesmos, deve ser - O recebimento dos materiais deve ser realizado por
estabelecida a periodicidade da calibraçã0. pessoa treinada e com conhecimentos específicos sobre
- Devem haver registros das calibrações e verificações os materiais e fornecedores.
realizadas. - Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de
- As etiquetas com datas referentes à última e à próxima recebimento, devidamente documentada, para verificar a
calibração devem estar afixadas no equipamento. integridade da embalagem e quanto à correspondência
entre o pedido, a nota de entrega e os rótulos do material
Manutenção recebido.
-Qualquer divergência ou qualquer outro problema que
- Todos os equipamentos devem ser submetidos à possa afetar a qualidade do produto deve ser analisada
manutenção preventiva e corretiva, devendo existir pelo nutricionista e ou farmacêutico para orientar a devida
registros das mesmas ação.
- Cada lote de insumo e NE industrializada deve ser
Limpeza e Sanitização aco §anlrado do respectivo certificado de análise.
- Programas e procedimentos operacionais de limpeza e Armazenamento:
sanitização das,, áieâs, instalaçQês, . e-quipfuento§i
utensílios e matêriâis de.rem estar dispônjvêis ao péasdal - Todos os materiais devem ser armazenados sob
condições apropriadas, de modo a preservar a identidade
- Os produtos usados na limpeza e sanitização não devem e integridade dos mesmos, e de forma ordenada, para que
contaminar as instalações e equipamentos de manlpulação possa ser feita a separaçâo dos lotes ea rotação do
com substâncias tóxicas, químicas, voláteii e corrosivas. estoque, obedecendo à regra: primeiro que entra, primeiro
- Os saneantes e detergentes devem obedecer as normas quê sai.
do fabricante e serem avaliados sistematicamente quanto - Os materiais devem ser estocados em locais
à contaminação microbiana. identificados, de modo a facilitar a sua localização para
- Antes do inicio do trabdlho de manipúlaÇão da NE deve uso, sem riscos de troca.
ser verificada a condição de limpeza,dos equipamentos e - Para os insumos que exigem condições especiais de
temperatura, devem existir registros que comprovem o
- Após o término do trabalho de'manlpulação da NE, os atendimento a estas exigências.
equipamentos e utensÍlios devêm ser limpos e sanitizados, - Os materiais de limpeza e germicidas devem ser
efetuando-se os respectivos ',. çegistros desses
procedimentos.: , ,
184
. A água utilizada no preparo de NE deve,
comprovadamente, atender os requisitos de água a) inspeção visual para assegurar a integridade física da
potável conforme legislação vigente e ser filtrada. embalagem e condições organolépticas gerais,
- Todas as superÍícies de trabalho devem ser sanitizadas, b) verificação da exatidão das informações do rótulo,
com produtos recomendados em Legislação do Ministério
da Saúde, antes e depois de cada sessão de manipulação, c) avaliação microbiológica em amostra representativa
- Todos os funcionários envolvidos no processo de das preparações realizadas em uma sessão de
preparação de NE devem proceder à lavagem das mãos e manipulação, que deve atender os limites
antebraços, e escovação das unhas, com anti-séptico microbiológicos abaixo:
apropriado e recomendado em legislação do Ministério da d) microorganismos aeróbicos mesófilos - menor que
Saúde, antes do início de qualquer atividade na sala de 103 UFCig antes da administração;
manipulação e após a descontaminação das embalagens e)Bacillus cereus menor Que 'lQ3 uFc/s;
dos insumos e NE industrializadas ou quando da f)Coliformes menor que 3 UFC/g
contaminação acidental no próprio ambiente. g) Escherichia coli - menor Quê J uFc/g;
h) Listeria monocytogenes - ausente
Rotulagem e Embalagem: i) Salmonella s - ausente.
j) Sthaphylococcus aureus menor que 3UFC/g
A NE já rotulada deve ser acondicionada de Íorma k) Yersinia enterocolitica ausente
a manter a integridade do rótulo e permitir a sua perfeita l)Clostridium perfrigens - menor que 103 uFc/s;
identificação durante a conservação e transporte,
GARANTIA DA QUALIDADE
Controle de Qualidade da Nutrição Enteral
(A) 60 a
80 ml/h
(B) 30 a
50 ml/h
(C) 10 20 mtth
a
(D) 55 a
65 ml/h
(A)
(B)
0,6-0,8kcal/mt
0,9-1,2kcallmt
.Íti{iil ,i (E)80 a 100 ml/h
t.. .
(C) 1,3-1,5kcal/ml lr,liti íí , í0) Fórma de alimentação enteral planejada para facilitar a
(D) 1,6-2,Okcal/ml digestão e a absorção com suprimento de macronutrientes,
particularmente proteínas, em uma forma hidrolisada ou
5) De acordo com a atual legislação vigente para Terapia de parcialmente hidrolisada, tais como peptÍdeos ou
Nutrição Enteral o teor de Staphylocoôcus aureus deve ser aminoácidos e reconhecida como: (Bombeiros
- nutricionista
menor que: (Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara _ 2OO2) - 2001)
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